Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE PROPRIEDADES RURAIS Prof. José Maria Hesketh Condurú Neto Engenheiro Agrônomo CREA 3898-D I Região IAPEP 72 ABRIL/2001 Conceitos Fundamentais VALOR - É a medida de uma necessidade, de um capricho ou de um desejo de possuir um bem. VALOR DE MERCADO - É aquele encontrado por um vendedor desejoso de vender, mas não forçado, e um comprador desejoso de comprar, igualmente não forçado, tendo ambos pleno conhecimento das condições de compra e venda e da utilidade do bem negociado. VALOR VENAL - É o menor valor de um bem, geralmente utilizado para trazer incentivo à aquisição daquele bem. CUSTO DE REPOSIÇÃO – é o custo da construção de um bem, aos preços correntes do mercado, que tenha uma utilidade equivalente à do bem avaliado, mas construído com materiais modernos e de acordo com os padrões atuais do projeto arquitetônico. CUSTO DE REPRODUÇÃO – é o custo da construção de uma exata duplicata ou réplica, aos preços correntes do mercado, usando os mesmos materiais, padrões de construção, projeto arquitetônico e qualidade de mão-de-obra do bem que está sendo avaliado. BENFEITORIAS TANGÍVEIS - Aquelas que podem ser tangidas ou tocadas. Diz-se de bens econômicos, ativos, etc. que têm existência física. BENFEITORIAS INTANGÍVEIS - São aquelas em que somos incapazes de defini-las ou determiná-las com certeza ou precisão. BENFEITORIAS VOLUPTUÁRIAS - São aquelas de mero deleite ou recreio, que não aumenta o uso habitual, ainda que a torne mais agradável, ou seja, de elevado valor. VISTORIA - É a constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que o constituem, sem a indagação das causas que o motivaram. ARBITRAMENTO - É a atividade que envolve a tomada de decisão ou posição entre alternativas tecnicamente controversas ou que decorrem de aspectos subjetivos. AVALIAÇÃO - É a atividade que envolve a determinação técnica do valor qualitativo ou monetário, de um bem, de um direito ou de um empreendimento. PERÍCIA - É a atividade que envolve a apuração das causas que motivaram determinado evento ou da asserção de direitos. LAUDO - É a peça na qual o perito, profissional habilitado, relata o que observou e dá as suas conclusões ou avalia o valor das coisas ou direitos, fundamentadamente. DEPRECIAÇÃO - É a perda de valor de um bem causada por obsolescência física, econômica ou funcional. DESAPROPRIAÇÃO - É o poder que possuem governos ou entidades agindo em seu nome e sua autoridade de tomar bens (propriedades) privados, para uso público, independente do consentimento do dono, contra-pagamento justo de indenização compensatória. OBSOLESCÊNCIA ECONÔMICA - É a perda da utilidade de um bem resultante de fatores econômicos tais como mudanças do uso ótimo, da legislação ou da relação de oferta e procura. OBSOLESCÊNCIA FÍSICA - É a perda de utilidade de um bem, resultante de fatores físicos tais como: deterioração por uso, desgaste, envelhecimento, oxidação, incrustações, rachaduras e outros. OBSOLESCÊNCIA FUNCIONAL - É a perda da utilidade de um bem resultante de fatores tais como a arte de projetar, as exigências legais ou suprimento de novos produtos, projetos ou concepções que substituam com vantagem. PATRIMÔNIO FÍSICO - Parte de um bem que tem existência física, que pode ser observada pelos sentidos. (Ex. terras, edificações, máquinas, estradas, culturas, etc.) PATRIMÔNIO INTANGÍVEL - Parte de um bem que não tem existência física. (Ex. organização, financiamento, fundos de aplicação, patentes, marcas, contratos, concessões, etc.) VALOR ECONÔMICO DA PLANTAÇÃO – É o valor que se equipara ao Valor Presente dos Rendimentos Líquidos das safras correspondentes ao número de anos menos um, necessários para que a plantação atinja a época de produção da espécie, multiplicado por um coeficiente de risco, adicionando-se, quando for o caso, o rendimento líquido da safra pendente de fato, na ocasião da avaliação, deduzidos os custos vincendos da mesma. LEGISLAÇÃO PERTINENTE CARTA RÉGIA DE 25 DE JUNHO DE 1812 D. João VI estabelece, na Bahia, um Curso de Agricultura DECRETO Nº 23.196 - DE 12 DE OUTUBRO DE 1933 Regula o exercício da profissão agronômica e dá outras providências LEI Nº 5.194 - DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966 Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências. RESOLUÇÃO Nº 218 - DE 29 DE JUNHO DE 1973 Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. RESOLUÇÃO Nº 345 - DE 27 DE JULHO DE 1990 Dispõe quanto ao exercício por profissionais de Nível Superior das atividades de Engenharia de Avaliações e Perícias de Engenharia. LEI Nº 8078/90 Institui o Código de Defesa do Consumidor MEDIDA PROVISÓRIA 2027-38 – DE 04 DE MAIO DE 2000 Acresce e altera dispositivos do Decreto-Lei nº 3.365/1941, da Lei nº4.504/1964(Estatuto da Terra), da Lei nº 8.629/1993 NORMAS DE AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS NB-613/80 (NBR 8799) As normas transcritas e/ou comentadas a seguir foram elaboradas e aprovadas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR NB-140 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamento de construção para edifício em condomínio. NB-144 - Discriminação de serviços técnicos para construção de edifícios. NB-502 - Avaliação de Imóveis Urbanos Código Civil - Lei nº 3.071, de 1/1/1916 entre outras e legislação posterior. Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, de 11/1/73 entre outras e legislação posterior. Código Comercial - Lei nº 556, de 25/6/1850 entre outras e legislação posterior. Código de Águas Código de Mineração Código Florestal Lei Federal nº 4.504, de 30/11/64 (Estatuto da Terra) Decreto Federal nº 81.621, de 3/5/78 (Unidades de Medidas) Leis de Parcelamento da Terra Manual Brasileiro para Levantamento da Capacidade de Uso da Terra (IBGE). O AVALIADOR Habilitação profissional Qualidades de um avaliador • Conhecimento técnico • Dignidade e probidade profissional • Autoridade • Saúde física O trabalho em equipe FINALIDADES DA AVALIAÇÃO Financiamentos e hipotecas Organização de empresas Seguros Perícia judicial Taxação Tarifas Administração Idade Vida útil Vida remanescente MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Ver Norma Brasileira de Avaliação – NBR 14653-1 e NBR 14653-3. HOMOGENEIZAÇÃO DE VALORES Em todos os processos avaliatórios, iremos deparar com a análise comparativa de objetos com características diversas. Quando se trata de um imóvel rural, sua natureza única, somente irá permitir comparar um ou mais deles através de suas capacidades de gerar bens ou serviços ao proprietário. MOREIRA citado por HIROI & NEVES (1995), referindo-se a propriedades rurais, informa que a homogeneização de dados amostrais pode ser obtida através de coeficientes “corretivos” para determinadas características (ou atributos) dos imóveis rurais. Estes coeficientes, cuja determinação ou escolha advém da prática do avaliador, é a base de toda boa avaliação. A verdade é que embora muitos deles possuam natureza eminentemente subjetiva, muitos, hoje, são encontrados de forma tabelada, sendo amplamente utilizados, sem muita contestação, por todos os avaliadores, principalmente aqueles de renomada competência. Assim, esses atributos são os seguintes: a) Atributos de Características Físicas: Capacidade de Uso do Solo; b) Atributos de Tipo e Volume de Produção: Capacidade de Gerar Receita Líquida; c) Atributos de Localização e/ou Situação: Proximidade a Centros Consumidores, Fornecedores de Mão-de- obra e Insumos, Vias de Acesso, etc.; Quando tratamos dos valores levantados, referente a cada tipo de bem avaliando, necessário se faz que esses sejam homogeneizados.A esta chamamos de Saneamento de Dados Amostrais, que nada mais é que a eliminação de valores extremos não representativos da população. Assim, através do saneamento tornamos os dados coletados mais homogêneos. O Saneamento do Dados Amostrais poderá ser feito por qualquer método matemático qualitativo e quantitativo, devidamente explicado e comprovado. Aqui nesse trabalho, principalmente pelo seu uso técnico e didático, essa homogeneização será feita através de três métodos: 1. Método da Média Aritmética; 2. Método do Desvio Padrão e; 3. Outros Métodos. 1. Método da Média Aritmética É feito ao se definir limites (inferior e superior) para a variação dos dados amostrais, a partir do que se exclui valores que não atinjam ou excedam estes limites. Esses valores são determinados de forma aleatória, pelo avaliador, estando, normalmente, situados entre 15% e 30%. Essa forma é representada nas expressões a seguir: Mi = X – 30% . X = 0,70 . X Ms = X + 30% . X = 1,30 . X Onde: Mi = limite inferior do intervalo Ms = limite superior do intervalo X = média aritmética simples Procedimento: Após encontrar os limites superior e inferior e eliminar os dados com valores abaixo e além desses limites, calcula- se a nova média aritmética, agora saneada. 2. Método do Desvio Padrão Semelhante ao método anterior sendo que os limites inferior e superior, são obtidos subtraindo-se e somando-se o desvio padrão à média aritmética dos dados brutos obtidos. Para tanto necessário se faz encontrar-se: a. Média aritmética dos dados n = n xi n i ∑ =1 b. Variância s x2 = 1 )( 1 2 − −∑ = n xxi n i c. Desvio Padrão s x = s x2 = 1 )( 1 2 − −∑ = n xxi n i Assim teremos: Mi = x - sx Ms = x + sx Procedimento: Procede-se o cálculo da média aritmética simples, a variância e o desvio padrão. A partir desses valores determinam-se os limites inferiores e superiores para que sejam expurgados os dados que fiquem acima ou abaixo dos limites estabelecidos com o uso do desvio padrão. Com os dados remanescentes, procede-se o cálculo da nova média aritmética, agora saneada. 3. Critério de Chauvenet Deste Universo Amostral, testaremos qual ou quais amostras são impertinentes, através do Critério de Exclusão de Chauvenet, cuja tabela de valores críticos a seguir: CRITÉRIO DE CHAUVENET – d/s crítico n d/s n d/s n d/s 5 1,65 20 2,24 5 x 103 3,89 6 1,73 22 2,28 5 x 104 4,42 7 1,80 24 2,31 5 x 105 4,89 8 1,86 26 2,35 5 x 106 5,33 9 1,92 30 2,39 5 x 107 5,73 10 1,96 40 2,50 12 2,03 50 2,58 14 2,10 100 2,80 16 2,16 200 3,02 18 2,20 500 3,29 Procuraremos sanear o rol pela eliminação dos elementos suspeitos. Para tanto, tomemos inicialmente os elementos extremos do rol (menor e maior valores). Se estes elementos atenderem aos valores críticos, obviamente os demais também atenderão. Caso um ou ambos os elementos testados não atenderem e forem excluídos, formaremos um novo rol, sem o (s) elemento (s) excluído (s), calcularemos nova média, novo desvio padrão, novos limites de confiança, e assim sucessivamente até todos os elementos atenderem aos valores críticos. Com essa metodologia, o campo de decisão do avaliador irá se reduzir e, conseqüentemente, maior será a precisão na escolha final. A tabela de valores críticos de Chauvenet para 10 elementos mostra que a razão entre o desvio da amostra (diferença em valor absoluto entre esta e a média) e o desvio padrão s deve ser menor ou no máximo igual a 1,96. (Vide Tabela VII) Para 12 elementos essa razão deverá ser menor ou igual a 2,03. Como o valor para 11 elementos não é dado na tabela, dever-se-á interpolar os valores para 10 e 12 elementos, restando para 11 elementos que a razão deve ser menor ou igual a 1,99. DEPRECIAÇÃO CONCEITO É o termo geral e amplo que abarca todas as influências que atacam os bens materiais ao longo do tempo, ocasionando perda e valor ou diminuição de preço. CAUSAS A depreciação é devido à idade, ao desgaste físico dos materiais, à obsolescência funcional e à obsolescência econômica. Causas Físicas: Acidentes diversos Sinistros Deterioração Desgaste Causas Funcionais: Inadequabilidade (falta de capacidade para servir) Obsolescência (novos dispositivos que servem melhor) Superação (outro equipamento mais eficaz) Desuso (falta de uso ou aplicação) MÉTODOS PARA AVALIAR A DEPRECIAÇÃO MÉTODO DA LINHA RETA Considera a depreciação como função linear da idade do bem, variando uniformemente ao longo da vida útil. Esse método divide o valor depreciável de um bem uniformemente durante sua vida útil, exceto quando esta é prolongada. Distribuição linear está relacionado com a perda do valor regular de cada ano. Fórmula geral: Depreciação Anual = Valor de Aquisição – Valor do Resto Duração de uso em anos Exemplo: Vaqu = R$20.000,00 Vrest = R$8.200,00 duração de uso = 4 anos Distribuição regressiva é quando a depreciação diminui muito no inicio do período depois estagna. ex. computador, maquina de qualidade ruim . Porque o valor da perda no inicio é maior do que no resto do período a depreciação regressiva é usada para equilibrar outros custos relacionados com um bem. Distribuição Progressiva perda do valor no final do período de uso é maior do que no inicio. Exemplo: cavalo jovem Depreciação anual = 20.000,00 – 8.200,00 4 Depreciação anual = R$2.450,00 MÉTODO DE ROSS-HEIDECKE Combina as considerações da idade do bem com as do estado de conservação. Tabela de Ross-Heidecke, em função da idade e estado do bem Estado do bem Depreciação (%) a) Novo 0,00 b) Entre novo e regular 0,32 c) Regular 2,52 d) Entre regular e reparos simples 8,09 e) Reparos simples 18,10 f) Entre reparos simples e importantes 33,20 g) Reparos importantes 52,60 h) Entre reparos importantes e sem valor 75,20 i) Sem valor 100,00 Tabela de Ross-Heidecke - Depreciação física - Fator “k” Idade em estado de conservação % da vida a b c d e f g h 2 1,02 1,05 3,51 9,03 18,9 33,9 53,1 75,4 4 2,08 2,11 4,55 10,0 19,8 34,6 53,6 75,7 6 3,18 3,21 5,62 11,0 20,7 35,3 54,1 76,0 8 4,32 4,35 6,73 12,1 21,6 36,9 54,6 76,3 10 5,50 5,53 7,88 13,7 29,6 36,9 55,2 76,6 12 6,72 6,75 9,07 14,3 23,6 37,7 55,8 76,9 14 7,98 8,01 10,3 15,4 24,6 38,5 56,4 77,2 16 9,28 9,31 11,6 16,6 25,7 39,4 57,0 77,5 18 10,6 10,6 12,9 17,8 26,8 40,3 57,6 77,8 20 12,0 12,0 14,2 19,1 27,9 42,2 58,3 78,2 22 13,4 13,4 15,6 20,4 29,1 42,2 59,0 78,5 24 14,9 14,9 17,0 21,8 30,3 43,1 59,6 78,9 26 16,4 16,4 18,5 23,1 31,5 44,1 60,4 79,3 28 17,9 17,9 20,0 24,6 32,8 45,2 61,1 79,6 30 19,5 19,5 21,5 26,0 34,1 46,2 61,8 80,0 32 21,1 21,1 23,1 27,5 35,4 47,3 62,6 80,4 34 22,8 22,8 24,7 29,0 36,8 48,4 63,4 80,8 36 24,5 24,5 26,4 30,5 38,1 49,5 64,2 81,3 38 26,2 26,2 28,1 32,2 39,6 50,7 65,0 81,7 40 28,8 28,8 29,9 33,8 41,0 51,9 65,9 82,1 42 29,9 29,8 31,6 35,5 42,5 53,1 66,7 82,6 44 31,7 31,7 33,4 37,2 44,0 54,4 67,6 83,1 46 33,6 33,6 35,2 38,9 45,6 55,6 68,5 83,6 48 35,5 35,5 37,1 40,7 47,2 56,9 69,4 84,0 50 37,5 37,5 39,1 42,6 48,8 58,2 70,4 84,5 60 48,8 48,8 49,3 52,2 57,4 65,3 75,3 87,1 70 59,5 59,5 60,5 62,8 66,8 72,9 80,8 90,9 80 72,0 72,0 72,7 74,3 77,1 81,3 86,7 93,1 90 85,5 85,5 85,9 86,7 88,1 90,3 93,1 96,4 100 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fórmulas: 100 - k d = ------------- 100 Vd = Vn x d Índices de depreciação das terras segundo sua capacidade de uso e situação do imóvel sob ponto de vista da circulação. Classe Situação I 100% II 90% III 80% IV 70% V 60% VI 50% VII 40% VIII 30% Ótima 100% 1,00 0,90 0,80 0,70 0,600,50 0,40 0,30 Muito Boa 90% 0,90 0,81 0,72 0,63 0,54 0,45 0,36 0,27 Boa 80% 0,80 0,72 0,64 0,56 0,48 0,40 0,32 0,24 Regular 70% 0,70 0,63 0,56 0,49 0,42 0,35 0,28 0,21 Sofrível 60% 0,60 0,54 0,48 0,42 0,36 0,30 0,24 0,18 Inconveniente 50% 0,50 0,45 0,40 0,35 0,30 0,25 0,20 0,15 Má 40% 0,40 0,36 0,32 0,28 0,24 0,20 0,16 0,12 Péssima 30% 0,30 0,27 0,24 0,21 0,18 0,15 0,12 0,09 Fonte: MOREIRA, 1994. onde: d = Depreciação k = Fator de Ross-Heidecke Vd = Valor do bem com depreciação Vn = Valor do bem novo. ROTEIRO PARA UMA AVALIAÇÃO RURAL DEFINIR O AVALIADOR Habilitação profissional DEFINIR OS OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO Financiamentos e hipotecas Organização de empresas Seguros Perícia judicial Taxação Tarifas Administração Idade Vida útil Vida remanescente FATORES A CONSIDERAR Utilidade Raridade Localização Características regionais LEVANTAMENTO DA PROPRIEDADE ECOSSISTEMA Clima Temperaturas Umidade Pluviosidade Balanço hídrico Solos Vegetação Hidrografia Mão-de-obra Mercado MÉTODOS DE AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO DE TERRAS As terras de uma propriedade são avaliadas pelo Método direto Comparativo, sendo levantados “in loco” os valores de propriedades semelhantes. Deve-se, entretanto, levar em consideração que o valor da terra estará diretamente vinculado às classes de solos, sua capacidade de uso, seu potencial de fertilidade e de produção, além de sua situação geográfica e socioeconômica. Características da avaliação de terras Levantamento de preços Cartórios de registro de títulos Agentes Financeiros Órgãos de desenvolvimento existentes na região Profissionais de Avaliação Rural Corretores de Imóveis Rurais Homogeneização de preços Depreciação em função das características de solo e localização É possível organizar-se tabelas para construção de quadro de avaliação de terras nuas, utilizados com freqüência por avaliadores na América Latina, que explicamos a seguir: Primeiramente, sugere-se destacar os pontos a serem considerados pelo avaliador, que seriam: AVALIAÇÃO DAS TERRAS NUAS Variáveis que influenciam a qualidade das terras: a) Topografia Especificação Escala de valor Plana 1,00 Suave Ondulada 0,90 Ondulada 0,80 Forte Ondulada 0,60 b) Fertilidade dos Solos Especificação Escala de valor Fertilidade Boa 1,00 Fertilidade Média 0,80 Fertilidade Regular 0,70 Fertilidade Baixa 0,60 c) Grau de Mecanização Especificação Escala de valor Atividade Mecanizada à tração motorizada 1,00 Atividade Mecanizada à tração animal 0,90 Atividade não Mecanizada 0,80 d) Existência de Infra-estrutura na área de influência Especificação Escala de valor Luz, Telefone, Cooperativas, Hospital, Escola 1,00 Telefone, Luz 0,80 Sem Infra-estrutura 0,60 e) Benfeitorias Existentes no Imóvel Especificação Escala de valor Atendem suficientemente as atividades 1,00 Atendem insuficientemente as atividades 0,90 Não atendem as atividades 0,80 Sem Benfeitorias 0,70 f) Distância à Sede Municipal Especificação Escala de valor Até 10 km 1,00 De 10 km a 20 km 0,95 De 20 km a 30 km 0,90 De 30 km a 40 km 0,85 De 40 km a 50 km 0,80 Mais de 50 km 0,75 g) Acesso ao Imóvel Especificação Escala de valor Rodovia Asfaltada 1,00 Rodovia Empiçarrada 0,95 Estrada Permanente 0,90 Estrada com utilização temporária 0,80 Acesso Aéreo ou Marítimo temporário 0,60 Sem acesso temporário 0,50 h) Hidrografia do Imóvel Especificação Escala de valor Rede hídrica de grande porte – permanente 1,00 Rede hídrica de pequeno porte – permanente 0,95 Rede hídrica de pequeno porte – temporária 0,85 Limitações hídricas 0,60 i) Áreas de preservação permanente Especificação Escala de valor Áreas inteiramente preservadas e conservadas 1,00 Áreas parcialmente preservadas 0,80 Áreas não preservadas 0,70 j) Reserva Legal Especificação Escala de valor RL = 80% 1,00 RL entre 50% e 80% 0,85 RL menor que 50% 0,70 Sem RL 0,50 k) Dimensão da área Especificação Escala de valor Até 500 ha 1,00 De 500 ha a 2 000 ha 0,95 De 2 000 ha a 5 000 ha 0,90 Mais de 5 000 ha 0,85 (CONDURÚ NETO, Avaliações e Perícias de Propriedades Rurais, 2000) A . Qualidades fundamentais da terra relacionadas com o crescimento das plantas: disponibilidade de água características físicas do solo características químicas do solo risco de inundações presença de ventos presença de períodos secos prolongados (balanço hídrico) B . Qualidades fundamentais da terra relacionadas com o crescimento de animais: sem privações devido a clima sem enfermidades endêmicas valor nutritivo presença de plantas tóxicas resistência a pisoteio resistência à erosão disponibilidade de água para beber acessibilidade C . Qualidades fundamentais da terra relacionadas com práticas de produção de plantas, animais ou extrações: possibilidade de mecanização resistência à erosão liberdade para planejamento físico trafegabilidade interna cobertura florestal favorável à exploração A esta lista poder-se-á acrescentar outras qualidades bem como suprimir algumas, de acordo com a finalidade da avaliação. A partir de então, o avaliador construirá um quadro dimensionando as diversas áreas da propriedade com sua respectiva relação aos itens de qualidade. Unidades de Tipos de Utilização das Terras Terras A B C 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média O preenchimento do quadro se faz de acordo com a disponibilidade de cada qualidade, por cada item, obtendo-se ao fim a média de cada item (A, B ou C), preenchidos porcentualmente. Ao final obtém-se a média que funcionará como fator de valorização ou depreciação das terras da propriedade. Fórmula: VTN = S x Pm x ut x ct onde: VTN = Valor da terra nua S = Área (em hectares) Pm = Preço médio das terras ut = Depreciação em função da utilização das terras ct = Valorização da terra em função de sua classificação TABELA DE VALORIZAÇÃO / DEPRECIAÇÃO DA TERRA CONFORME O FATOR LOCALIZAÇÃO (CONDURÚ, 1985) Condicionantes Fator 1. Distância de Centro Urbano - até 100 km 1,20 - mais de 100 km 0,80 2. Distância de Grande Centro Comercial - até 300 km 1,20 - de 301 a 400 km 0,90 - mais de 400 km 0,80 3. Proximidade de Infra-estrutura (Escola, Hospital, Sist. Comunicação, etc.) - até 50 km 1,30 - mais de 50 km 0,75 4. Vias de Acesso - Rodovia asfaltada 1,30 - Rodovia empiçarrada 1,20 - Estrada perene 1,00 - Estrada com restrições parciais 0,80 - Estrada com restrições sérias 0,60 - Sem acesso terrestre 0,50 F = média dos diversos valores encontrados “SITUAÇÃO DOS PRÉDIOS RÚSTICOS E SUA INFLUÊNCIA SOBRE O VALOR DA TERRA”: Situação Características Escala de Valor (%) Ótima Imóvel com face para rodovia asfaltada; importância limitada das distâncias. 100 Muito Boa Imóvel servido por rodovia de primeira classe, não pavimentada; importância relativa das distâncias. 95 Boa Imóvel servido por rodovia não pavimentada mas que ofereça seguras condições de praticabilidade, durante o ano todo; importância significativa das distâncias. 90 Desfavorável Imóvel servido por estradas e servidões de passagem, que não ofereçam satisfatórias condições de praticabilidade; vias e distâncias se equivalendo. 80 Má Como a anterior, porém interceptada por fechos nas servidões e com problemas sérios de praticabilidade na estação chuvosa; distâncias e classes de estradaequivalendo. 75 Péssima Como a anterior, com sérios problemas de praticabilidade, mesmo na estação seca, interceptada por córregos e ribeirões, sem pontes, com vau cativo ao volume das águas. 70 MENDES SOBRINHO, O.T. Avaliação dos Prédios Rústicos para Desapropriação por utilidade Pública – CESP – 1973. MANUAL BRASILEIRO PARA LEVANTAMENTO DA CAPACIDADE DE USO DA TERRA. (Classes) CLASSE I - Lavoura sem restrições Compreendem as terras cultiváveis em caráter permanente, com produção de colheitas médias e elevadas de todas as culturas adaptadas ao clima e que não envolvem problemas de conservação ou introdução de melhoramentos especiais. Sob todos os aspectos, trata-se de terras muito boas, férteis, cujo solo (profundo) se apresenta bem suprido de elementos necessários ao crescimento das plantas, conservando bem a água; fáceis de trabalhar, apresentam declividade suave e dispensam práticas especiais para controle de erosão. CLASSE II - Lavoura com práticas simples Possuem quase as mesmas características que as terras da Classe I, exceção feita a certas condições que não permitem sua classificação naquela categoria. Exigem uma ou mais práticas especiais para conservação da fertilidade do solo. Algumas apresentam declividade capaz de provocar erosão, outras exigem processos artificiais de drenagem, enquanto que umas poucas podem se apresentar com baixa capacidade de retenção de água. CLASSE III - Lavoura com práticas intensas São terras cultiváveis, mas que exigem práticas intensas ou complexas para culturas permanentes de todos os tipos, climaticamente adaptadas, com colheitas médias ou elevadas. Trata-se de terras moderadamente boas, com um ou mais fatores significativos que restringem o seu uso. CLASSE IV - Lavoura esporádica (pasto) São terras que não servem para culturas contínuas ou regulares, mas podem ser cultivadas em períodos curtos, quando devidamente protegidas. Dão bons resultados quando utilizadas para culturas anuais, durante apenas um ano num período de seis, destinando-se os cinco demais anos do período para pastagens ou culturas de ciclo longo e protetora do solo. Trata-se de terras suficientemente boas para culturas permanentes que protegem o solo ou mesmo para plantio ocasional de culturas anuais climaticamente adaptadas. Em geral, são caracterizadas pela baixa produtividade, drenagem deficiente, presença de declives íngremes, de pedregosidade e de erosão severa. CLASSE V - Pastagens sem restrições São terras que não se prestam para culturas anuais, mas que podem ser adaptadas à produção de algumas culturas permanentes, pastagens e florestas, sem grandes problemas de conservação ou à aplicação de restrições e medidas especiais de proteção ao solo. Caracterizam-se pela baixa fertilidade, pela presença de zonas de inundação permanente, por afloramentos de rocha ou de qualquer outra obstrução de caráter constante; podem apresentar ainda declives íngremes ou serem praticamente planas, apesar de todos os fatores restritivos já enumerados. CLASSE VI - Pastagem com práticas simples São terras impróprias para o cultivo de culturas anuais, mas que podem ser utilizadas para os mesmos fins expostos na categoria anterior, embora com restrições moderadas em seu uso, exigindo pequenos problemas de conservação, a fim de assegurar uma cobertura vegetal adequada, capaz de conservar o solo e possibilitar a continuidade de colheitas econômicas. O solo é de pouca profundidade e sua declividade excessiva, o que as torna vulneráveis aos ataques da erosão. CLASSE VII - Pastagem com práticas intensas (florestas) São terras que, além de não se prestarem à prática de culturas anuais, apresentam marcantes limitações mesmo para alguns tipos de cultura permanente e protetora do solo, para pastagens ou para florestas. Estão altamente sujeitas aos ataques da erosão, pelo que exigem, conseqüentemente, acentuadas restrições de uso. CLASSE VIII - Abrigo de vida silvestre São terras impróprias para quaisquer tipos de vegetação de valor econômico. Em geral, são formadas por terrenos montanhosos, íngremes, com afloramento rochoso, areias costeiras, etc. MANUAL PARA LEVANTAMENTO UTILITÁRIO DO MEIO FÍSICO E CLASSIFICAÇÃO DE TERRAS NO SISTEMA DE CAPACIDADE DE USO. (Classes e Subclasses) GRUPO A: Terras passíveis de serem utilizadas com culturas anuais, perenes, pastagens e/ou reflorestamento a vida silvestre (comporta as classes I, II, III a IV). Classe I: Terras cultiváveis, aparentemente sem problemas especiais de conservação, com nenhuma ou pequenas limitações permanentes ou riscos de depauperamento, próprias para culturas anuais climaticamente adaptadas, com produção de colheitas entre médias a elevadas sem práticas ou medidas especiais de conservação do solo. Normalmente, são solos profundos, de fácil mecanização, com boa retenção de umidade no perfil a fertilidade de média a alta. São áreas planas ou com declividades muito suaves, sem riscos de inundação a sem grandes restrições climáticas. Não há afloramentos de rocha, nem o lençol de água é permanentemente elevado ou qualquer outra condição que possa prejudicar o use de máquinas agrícolas. Dependendo de bons sistemas de manejo, podem mesmo ser cultivadas com plantas que facilitem a Erosão, como o algodão, milho ou mandioca, plantadas em linhas retas, sem perigo apreciável de erosão acelerada. As práticas comuns de melhoria a manutenção da fertilidade do solo, inclusive a rotação de culturas a aplicação de corretivos a fertilizantes, devem ser usadas nas terras da classe I. Esta classe não admite subclasses. Classe II: Terras cultiváveis com problemas simples de conservação. Consiste em terras com limitações moderadas quanto ao uso. Estão sujeitas a riscos moderados de depauperamento, mas são terras boas, que podem ser cultivadas desde que lhes sejam aplicadas práticas especiais de conservação do solo, de fácil execução, para produção segura a permanente de colheitas entre médias a elevadas, de culturas anuais adaptadas à região. A declividade é suficiente para provocar enxurradas a erosão. Em terras planas, podem requerer drenagem, porém sem necessidade de práticas complexas de manutenção dos drenos. Podem enquadrar-se nessa classe terras que não tenham excelente capacidade de retenção de água. Cada uma dessas limitações requer cuidados especiais, como aração e plantio em contorno, plantas de cobertura, cultura em faixas, controle de água, proteção contra enxurradas advindas de glebas vizinhas, além das práticas comuns referidas para a Classe I, como rotações de cultura a aplicações de corretivos a fertilizantes. A Classe II admite as seguintes subclasses: IIe: Terras produtivas, com relevo suavemente ondulado, oferecendo ligeiro a moderado risco de erosão (classe de declive entre 2 e 5%); IIs: Terras produtivas, planas ou suavemente onduladas, com ligeira limitação pela capacidade de retenção de água, ou baixa saturação de bases (caráter distrófico), ou pouca capacidade de retenção de adubos (baixa capacidade de troca); IIa: Terras produtivas, praticamente planas, com ligeiras restrições de drenagem ou excesso de água, sem riscos de inundação, mas, uma vez instalado o sistema de drenos, é de fácil manutenção e, a probabilidade da salinização, pequena; IIc: Terras produtivas, praticamente planas ou suavemente onduladas, com ligeiras limitações climáticas (seca prolongada até três meses). Classe III: Terras cultiváveis com problemas complexos de conservação. Quando cultivadas sem cuidados especiais, sujeitam-se a severos riscos de depauperamento, principalmente no caso de culturas anuais, requerendo medidas intensas e complexas de conservação do solo, a fim de poderem ser cultivadas segura a permanentemente, com produção média a elevada, de culturas anuais adaptadas. Esta classe pode apresentar variações (subclasses), de acordo com a natureza do fator restritivo de uso.Os principais fatores limitantes são: a declividade (moderado), drenagem deficiente, escassez de água no solo (regiões semi-áridas não irrigadas) a pedregosidade. Freqüentemente, essas limitações restringem muito a escolha das espécies a serem cultivadas, ou a época do plantio ou operações de preparo e cultivo do solo. A classe III admite as seguintes subclasses: IIIe: Terras com declividades moderadas (classe de declive entre 5 e 10%), relevo suavemente ondulado a ondulado, com deflúvio rápido, com riscos severos à erosão sob cultivos intensivos, podendo apresentar erosão laminar moderada a/ou sulcos superficiais a rasos freqüentes, também em terrenos com declives da classe entre 2 e 5% e solos muito erodíveis, como aqueles com mudança textural abrupta; IIIs: Terras praticamente planas ou suavemente onduladas com fertilidade muito baixa (caráter álico) ou limitadas ainda por: profundidade efetiva média, ou drenagem interna moderada a pobre; ou risco acentuado de salinização, ou dificuldades de preparo do solo devido à presença de pedras ou argilas expansivas (caráter vértico); IIIa: Terras praticamente planas com limitações moderadas por excesso de água, mas sem riscos freqüentes de inundações: a drenagem é possível, mas, sua manutenção complexa; IIIc: Terras praticamente planas a suavemente onduladas, com moderadas limitações climáticas, como a escassez de água em regiões semi-áridas. Classe IV: Terras cultiváveis apenas ocasionalmente ou em extensão limitada, com sérios problemas de conservação apresentando riscos ou limitações permanentes se utilizadas com culturas anuais. Os solos podem ter fertilidade natural boa ou razoável, mas não são adequados, para cultivos intensivos a contínuos. Usualmente, devem ser mantidas com pastagens, podendo serem suficientemente boas para certos cultivos ocasionais (na proporção de um ano de cultivo para cada quatro a seis de pastagem) ou para algumas culturas anuais, porém com cuidados especiais. Tais terras podem ser caracterizadas pelos seguintes aspectos: declive íngreme, erosão severa, obstáculos físicos, como pedregosidade ou drenagem muito deficiente, baixa produtividade, ou outras condições que as tornem impróprias para o cultivo motomecanizado regular. Em algumas regiões, onde a escassez de chuvas seja muito sentida, de tal maneira a não serem seguras as culturas sem irrigação, as terras nesta Classe deverá prever as seguintes subclasses: IVe: Terras limitadas por risco de Erosão para cultivos intensivos, geralmente com declividades acentuadas (classe de declive entre 10 e 15%), com deflúvio rápido, freqüentemente apresenta erosão em sulcos superficiais e rasos ou em sulcos profundos ocasionais. Também é o caso de terrenos com declives entre 5 e 10%, com solos susceptíveis à erosão, tais como os Podzólicos com mudança textural abrupta; IVs: Solos com profundidade efetiva rasa, ou apresentando pedregosidade (10-30%), com problemas de motomecanização, ou ainda com pequena capacidade de retenção de água aliada a problemas de fertilidade (como no caso das Areias Quartzosas); Na: Solos úmidos, de difícil drenagem, dificultando trabalhos de motomecanização e ainda com outra limitação adicional, tal como risco de inundação ocasional, que impede cultivo contínuo; IVc: Terras com limitações climáticas moderadas a severas, ocasionando períodos prolongados de seca, não senão possíveis colheitas em anos muito secos, ou então com risco ocasional de geada. GRUPO B: Terras impróprias para cultivos intensivos, mas ainda adaptadas para pastagens e/ou reflorestamento e/ou vida silvestre, porém cultiváveis em casos de algumas culturas especiais protetoras do solo (comporta as classes V, VI e VII). Classe V: Terras adaptadas em geral para pastagens e/ou reflorestamento, sem necessidade de práticas especiais de conservação, cultiváveis apenas em casos muito especiais. São terras planas, ou com declives muito suaves, praticamente livres de erosão, mas impróprias para explorações de culturas anuais, podendo serem apropriadas para pastagens, florestas ou mesmo para algumas culturas permanentes, sem a aplicação de técnicas especiais. Embora planas e não sujeitas à erosão, não são adaptadas para exploração com culturas anuais comuns, em razão de impedimentos permanentes, tais como baixa capacidade de armazenamento de água, encharcamento (sem possibilidade de ser corrigido), adversidade climática, freqüente risco de inundação, pedregosidade ou afloramento de rochas. Em alguns casos, é possível o cultivo exclusivo de arroz; mesmo assim, risco de insucesso pelas limitações advindas principalmente do risco de inundação. O solo, entretanto, possui poucas limitações de qualquer espécie, para uso em pastagens ou silvicultura. Podem necessitar de alguns tratos para produções satisfatórias tanto de forragens como de arbustos e árvores. Entretanto, se tais tratos forem dispensados, não serão sujeitas à Erosão acelerada. Por isso, podem ser usadas permanentemente sem práticas especiais de controle de Erosão ou de Proteção do solo. Quanto às limitações de uso são previstas as seguintes subclasses: Vs: Terras planas não sujeitas à erosão, com deflúvio praticamente nulo, podendo apresentar como limitações os seguintes fatores: muito baixa capacidade de armazenamento de água, drenagem interna muito rápida ou muito lenta, pedregosidade ou rochosidade intensa e problemas advindos de pequena profundidade efetiva; Va: Terras planas não sujeitas à erosão, com deflúvio praticamente nulo, severamente limitadas por excesso de água, sem possibilidade de drenagem artificial e/ou risco de inundação freqüente, mas que podem ser usadas para pastoreio, pelo menos em algumas épocas do ano; Vc: Terras planas com limitações climáticas severas, com longos períodos de seca e/ou risco freqüente de geada, neve ou ventos frios. Classe VI: Terras adaptadas em geral para pastagens e/ou reflorestamento, com problemas simples de conservação, cultiváveis apenas em casos especiais de algumas culturas permanentes protetoras do solo. São impróprias para culturas anuais, podendo ser usadas para produção de certos cultivos permanentes úteis, como pastagens, florestas e algumas permanentes protetoras do solo, como seringueira e cacau, desde que adequadamente manejadas. O uso com pastagens ou culturas permanentes protetoras deve ser feito com restrições moderadas e com práticas especiais de conservação do solo, uma vez que mesmo sob esse tipo de vegetação, são medianamente suscetíveis de danificação pelos fatores de depauperamento do solo. Normalmente as limitações que apresentam, são em razão da declividade excessiva, pequena profundidade do solo, ou presença de pedras impedindo emprego de máquinas agrícolas. Quando a pluviosidade da região é adequada para culturas, as limitações são atribuídas à declividade excessiva, pequena profundidade do solo ou a pedregosidade. Nas regiões semi-áridas, a escassez de umidade, muitas vezes, é a principal razão para o enquadramento da terra nesta Classe, apresentando as seguintes subclasses: VIe: Terras que, sob pastagem (ou, eventualmente, com culturas permanentes protetoras do solo, como por exemplo: seringueira, cacau ou banana), são medianamente suscetíveis à erosão, com relevo ondulado e declividades. acentuadas (entre 10 e 15%, ou entre 5 e 10% para solos muito erodíveis), propiciando deflúvio moderado a severo; dificuldades severas de motomecanização, pelas condições topográficas, com risco de erosão podendo chegar a severo; apresentando erosão freqüentemente em sulcos rasos ou profundos; VIs: Terras constituídas por solos rasos ou, ainda, com pedregosidade (30-50%) e/ou rochas expostas na superfície. Outra condição que pode caracterizá-las é a pequena produtividade dos solos, como no caso das Areias Quartzosas em terrenos não planos; VIa: Solos muito úmidos, com pequenas ou nulas possibilidadesde drenagem artificial, acarretando à motomecanização, agravados por certa suscetibilidade à erosão ou recebimento de depósitos erosivos oriundos de áreas vizinhas; VIc: Terras com limitações climáticas muito severas, a ocasionar seca edafológica muito prolongada que impeça o cultivo mesmo das plantas perenes mais adaptadas. Classe VII: Terras adaptadas em geral somente para pastagens ou reflorestamento, com problemas complexos de conservação. Por serem sujeitas a limitações permanentes, além de serem impróprias para culturas anuais, apresentam severas limitações, mesmo para certas culturas permanentes protetoras do solo, pastagens e florestas. São altamente susceptíveis de danificação, exigindo severas restrições de uso, com práticas especiais. Normalmente, são íngremes, erodidas, pedregosas ou com solos muito ra sos, ou ainda com deficiência de água. Os cuidados necessários são semelhantes aos aplicáveis à Classe VI, necessitando maior número de práticas conservacionistas, ou que estas sejam mais intensivas a fim de prevenir ou diminuir os danos pró erosão. Requerem, ainda, cuidados extremos para controle da erosão. Seu uso, tanto para pastoreio como para produção de madeira, requer sempre cuidados especiais. Suas subclasses são as seguintes: VIIe: Terras com limitações severas para atividades não florestas, com risco de erosão severo, apresentando declividades acentuadas (mais de 40% de declividade) propiciando deflúvios rápidos ou impedimento a motomecanização; apresentando, freqüentemente, erosão em sulcos profundos; VIIs: Terras pedregosas (mais de 50% de pedregosidade), com associações rochosas, solos rasos a muito rasos ou, ainda, com agravante de serem constituídas por solos de baixa capacidade de retenção de água; VIII: Terras com limitações climáticas severas, a exemplo das terras situadas em regiões semi-áridas ou em locais onde a irrigação seria imprescindível, mas impraticável. GRUPO C: Terras não adequadas para cultivos anuais, perenes, pastagens ou reflorestamento, porém apropriadas para proteção da flora e fauna silvestre, recreação ou armazenamento de água (comporta a classe VIII). Classe VIII: Terras impróprias para cultura, pastagem ou reflorestamento, podendo servir apenas como abrigo e proteção de fauna e flora silvestre, como ambiente para recreação, ou para fins de armazenamento de água. São impróprias para o uso com qualquer tipo de cultivo, inclusive o de florestas comerciais ou para produção de qualquer outra forma de vegetação permanente de valor econômico. Prestam-se apenas para proteção e abrigo da fauna e flora silvestre, para fins de recreação e turismo ou armazenamento de água em açudes. Consistem, em geral, em áreas extremamente áridas, acidentadas, pedregosas, encharcadas (sem possibilidade de pastoreio ou drenagem artificial), severamente erodidas ou encostas rochosas, ou, ainda, dunas arenosas. Inclui-se aí a maior parte dos terrenos de mangues e de pântanos e terras muito áridas, que não se prestam para pastoreio. São possíveis as seguintes subclasses: VIIIe: Terras de relevo excessivo, com declives extremamente acentuados e deflúvios muito rápidos, a expor os solos a alto risco de erosão inclusive a eólica, como é o caso das dunas costeiras; presença de processos erosivos muito severos, inclusive voçorocas; VIIIs: Terras constituídas por solos muito rasos e/ou com tantas pedras a afloramentos de rocha, que impossibilitem plantio e colheita de essências florestais; VIIIa: Áreas planas permanentemente encharcadas, como banhados ou pântanos, sem possibilidade de drenagem ou apresentando problemas sérios de fertilidade, se drenados, como no caso dos solos tiomórficos; VIIIc: Terras com limitações climáticas muito severas, como as das áreas áridas, que não se prestam mesmo ao pastoreio ocasional. Além das oito classes de capacidade de uso, existem as terras que não possibilitam o desenvolvimento de vegetação: são áreas denominadas tipos de terreno. Entre elas, enquadram-se os afloramentos contínuos de rochas, areias de praias, áreas escavadas pelo homem etc. O enquadramento das classes pode ser feito por dois processos: i. Paramétrico, que classifica as terras com base na limitação mais severa ii. Sintético, que classifica de acordo com o somatório dos graus de limitações e aptidões do solo. AVALIAÇÃO DE BENFEITORIAS AVALIAÇÃO DE BENFEITORIAS REPRODUTIVAS AVALIAÇÃO DE CULTURAS De acordo com a norma legal, a avaliação de culturas deve ser feita da seguinte maneira: ... Na avaliação das culturas perenes domésticas deve ser empregado o método de custo de reposição (de formação), computando-se o custo da muda e as despesas relativas ao plantio e à manutenção, até a época em que se deveria iniciar a produção, acrescido do valor líquido das safras perdidas nesse período, sempre que houver valor econômico significativo na região. Na avaliação de culturas perenes e temporárias comerciais, em produção deve ser empregado o método de custo de reposição acrescido do valor econômico da plantação. Este deverá ser equiparado ao valor presente dos rendimentos líquidos das safras correspondentes ao número de anos menos um, necessários para que a plantação atinja a época de produção da espécie, multiplicado por um coeficiente de risco, adicionando-se, quando for o caso, o rendimento líquido da safra pendente de fato, na ocasião da avaliação, deduzidos os custos vincendos da mesma... Para essa avaliação necessário se faz conhecer os seguintes aspectos: espécie botânica área de plantio estágio de desenvolvimento vegetativo estado fitossanitário práticas agrícolas utilizadas possibilidade de mecanização da área espaçamento utilizado culturas intercaladas técnica de plantio infra-estrutura de produção O cálculo da avaliação será feito em função de: ♦ culturas até o início de produção - investimentos de formação até a data da avaliação; ♦ culturas em produção - investimento de formação + produção estimada - custos de produção ♦ Cálculo do Valor Econômico da Produção: Assim para se chegar ao valor de uma cultura avalianda parte-se de: VA = CF + VE Onde: VA = Valor Atual (na data de elaboração do Laudo) da plantação CF = Custo de Formação [Custo de Implantação (CI) + Custo de manutenção (CM) + Custos de Oportrunidade dos Desembolsos Efetuados ou Juros Produzidos (J) à Taxa (i)]. Deduz-se então que o Custo de Formação é encontrado pela seguinte expressão: CF = CIt . (1 + i)n-t + ∑ = n t tCM 0 . (1 + i)n-t VE = Valor Econômico da plantação avalianda, obtido pela expressão: VE = (1 – r) . RL . ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ + −+ n n ii i )1.( 1)1( Onde: RL = Fluxo de Receitas Líquidas Futuras, RL = RL1 = RL2 = ... = RLn com t = 0, 1, 2, ..., n, períodos. r = Coeficiente de risco associado à queda no Fluxo de Receitas Líquidas decorrentes de queda de produção e/ou redução no preço do produto no mercado. Normalmente atribui-se uma taxa de 10% à variável risco. Para as culturas que se encontram em produção, devemos obter o montante destas safras (devidamente capitalizadas) e descontá-las do Custo de Formação do Pimental. Este montante é dado pela equação: MRL = RL . ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ −+ i i t 1)1( Onde: MRL = Montante para a Renda Líquida do Pimental até a data de avaliação RL = Fluxo de Renda Líquida t = Número de Rendas (ou períodos) obtidas desde o início da produção até a data da avaliação. Teremos então: CF = CIt . (1 + i)n-t + ∑ = n t tCM 0 . (1 + i)n-t - RL . ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ −+ i i t 1)1( Culturas Anuais De acordo com a NBR 8799/1985, na avaliação de culturas perenes e temporárias comerciais, em produção, deve ser empregado o método do custo de reposição, acrescido do valor econômico da plantação. Este deverá ser equiparado ao valor presente dos rendimentos líquidos das safras correspondentes ao número de anos menosum, necessários para que a plantação atinja a época de produção da espécie, multiplicado por um coeficiente de risco, adicionando-se, quando for o caso, o rendimento líquido da safra pendente de fato, na ocasião da avaliação, deduzidos os custos vincendos da mesma. Tem-se, portanto, a seguinte expressão, utilizada na obtenção do valor atual da cultura anual: VA = CF + VE Onde: CF = Custo de Formação e/ou reposição da cultura [Custo de Implantação (CI) + Custo de Manutenção (CM) + Custos de Oportunidade dos Desembolsos Efetuados ou Juros Produzidos (J) à Taxa (i)]. Dado que os desembolsos com a implantação e manutenção, se aplicados alternativamente no mercado financeiro, produziriam os juros (J), temos então que: CFcap = CF . (1 + i)n CFcap = Custo de formação capitalizado no instante em que se efetua a avaliação. VE = Valor econômico para a cultura em apreço VE = (1 – r) . RLt . tni −+ )1( 1 RLt = Renda líquida esperada, ou soma das rendas líquidas futuras Onde: pt = Preço pago ao produtor na época t (safra) qt = Produção esperada na época t (kg/ha) Dt = Despesas de colheita, armazenagem, transporte, entre outras r = Taxa de risco associado à possíveis quedas de produtividade e/ou risco de comercialização, admitido como 5% tni −+ )1( 1 = Fator de valor presente para a receita futura Outra forma de se proceder a avaliação de culturas foi sugerida por VILLELA (1997) que também leva em consideração o Valor Econômico da Cultura e que é desenvolvido da seguinte forma: Os tipos de itens básicos Devem ser considerados, por ocasião da avaliação, os seguintes tipos de item: • despesas já efetuadas • receitas já realizadas • despesas ainda não efetuadas • receitas ainda não realizadas Formulação matemática Culturas de uma única safra Convenção: VI - Valor da avaliação ou da Indenização RB - Receita Bruta RL - Receita Líquida DT - Despesas Totais DE - Despesas Efetivamente desembolsadas DV - Despesas Vincendas Por Despesas Vincendas, entende-se aquelas deveriam ter ocorrido entre o momento da interrupção da cultura (ou da avaliação dessa cultura) e o final do processo produtivo. Fórmula: VI = RL + DE ou seja, o valor da avaliação, ou da indenização‚ é o resultado da soma do valor da Receita Líquida provável com o valor das Despesas Efetivamente desembolsadas, como foi demonstrado simplificadamente nos itens anteriores. Sabe-se, porém que Receita Líquida é a diferença entre Receita Bruta - RB e Despesas Totais - DT. RL = RB - DT Substituindo na fórmula, temos: VI = RB - DT + DE Sabe-se, também, que Despesas Totais podem ser desmembradas em Despesas Efetivamente desembolsadas e Despesas Vincendas. DT = DE + DV Aplicando, temos: VI = RB - ( DE + DV ) + DE VI = RB - DE - DV + DE VI = RB - DV Dessa forma, chega-se à conclusão de que o valor da avaliação (ou da indenização de uma cultura vegetal de uma única safra interrompida antes da colheita) será obtido pela diferença entre o valor da Receita Bruta e o valor das despesas vincendas. Culturas de mais de uma safra A circunstância de haver mais de uma safra de uma cultura dá ensejo a que a interrupção do processo produtivo ocorra após o início do período de produção dessa cultura ou que haja uma avaliação da cultura nesse momento e, nesse caso, deve ser levado em consideração o componente RLR - Receita Líquida Realizada, ou seja, a diferença entre o resultado da venda da produção já obtido e os dispêndios com o custeio da cultura referentes a essa produção (inclusive uma parcela rateada do custo de implantação dessa cultura). As despesas efetuadas subdividem-se em despesas já ressarcidas e despesas ainda não ressarcidas: uma avaliação feita após o início dos trabalhos de uma segunda safra vai considerar as despesas referentes à primeira safra como tendo sido ressarcidas pela receita oriunda da venda da produção da primeira safra e como ainda não ressarcidas as despesas referentes à segunda safra. Técnicas ou insumos com efeitos em mais de uma safra têm seu custo onerando o custo das safras afetadas por seus efeitos. VI = RL - RLR + DENR Onde: VI - Valor da Avaliação ou da Indenização RL - Receita Líquida provável RLR - Receita Líquida Realizada DENR- Despesas Efetivamente desembolsadas ainda não ressarcidas Em outras palavras, considera-se como valor da cultura o valor da Receita Líquida provável deduzido do valor da Receita Líquida realizada e acrescido do valor das despesas efetuadas e ainda não ressarcidas na venda da produção. A relação entre as variáveis de Despesas Efetuadas pode ser explicitada: DE = DENR + DER Onde: DER - Despesas Efetivamente desembolsadas já ressarcidas Pode-se estender a elaboração da forma acima desmembrando os componentes: RL = RB - DT Onde: RL - Receita Líquida RB - Receita Bruta DT - Despesa Total RLR = RBR - DE Onde: RLR - Receita Líquida Realizada RBR - Receita Bruta Realizada DE - Despesas Efetivamente desembolsadas Substituindo o significado de RL na fórmula de VI, temos: VI = RB - DT - RLR + DENR Substituindo o significado de RLR na fórmula de VI, temos: VI = RB - DT - ( RBR - DE ) +DENR VI = RB - DT - RBR + DE + DENR Sabemos que: RB = RBR + RBNR Onde: RB - Receita Bruta RBR- Receita Bruta Realizada RBNR- Receita Bruta Não Realizada e DT = DE + DV Onde: DT - Despesas Totais DE - Despesas Efetivamente desembolsadas DV - Despesas Vincendas Então, substituímos o significado de RB na fórmula de VI: VI = RBR + RBNR - DT - RBR + DENR + DER + DENR Substituímos, agora, o significado de DT na fórmula de VI: VI = RBNR - ( DE + DV ) + DENR + DER + DENR Substituimos as variáveis por seus componentes em duas fases: VI = RBNR - DE - DV + DENR + DER + DENR VI = RBNR - DENR - DER - DV + 2 DENR + DER Simplificando a fórmula acima, temos: VI = RBNR - DV + DENR Onde: VI - Valor da Avaliação ou da Indenização RBNR - Receita Bruta Não Realizada DV - Despesas Vincendas DENR - Despesas Efetivamente desembolsadas ainda não ressarcidas Considerando que: RLNR = RBNR - DV Onde: RLNR - Receita Líquida Não Realizada temos: VI = RLNR + DENR Importante ressaltar que para se proceder cálculos de equações matemáticas como demonstrado anteriormente, necessário se faz que haja documentação acerca de valores culturais na propriedade ou na região onde se encontra o imóvel avaliando. AVALIAÇÃO DE PASTAGENS As pastagens são consideradas culturas, muitas vezes, perenes e devem ser avaliadas como tal. Deve-se lembrar que a pastagem não visa produzir um fruto e sim servir de alimento a espécies animais. Para tal, deve ser levado em consideração os seguintes aspectos: espécie botânica área de plantio estágio de desenvolvimento vegetativo estado fitossanitário práticas agrícolas utilizadas possibilidade de mecanização da área capacidade de suporte da pastagem AVALIAÇÃO DA COBERTURA FLORESTAL A Norma Avaliatória prevê o caso de florestas plantadas ou não, senão vejamos: ... Na avaliação de essências florestais homogêneas será considerado o valor econômico da plantação, que, no caso, pode ser equiparado ao valor presente do rendimento líquido dos desbastes periódicos vincendos e do corte final. Na avaliação de culturas perenes e temporárias comerciais e de essências florestais, pode ser, também, empregado o método residual, quando for possível obter, na mesma região, dados de mercado comparáveis e confiáveis... De acordo com MAGOSSI (1991), pelo método do Valor Econômico, a fórmula avaliatória pode ser representada pela seguinte expressão algébrica: VEF = (1 – r) . ∑ = n t tRL 0 . tni −+ )1( 1 Onde: VEF = Valor Econômicopara a Floresta em apreço RL = Renda Líquida Esperada, ou soma das Rendas Líquidas Futuras RLF = p . q p = Preço pago ao produtor por um metro cúbico (m3) de madeira q = Quantidade de metros cúbicos de madeira produzida em 1 ha tni −+ )1( 1 = Fator de Valor Presente para as Receitas (diferentes) Líquidas Esperadas r = Coeficiente de Risco de Mercado (queda de preços), admitindo-se 5% a 10% t = t = 0, 1, 2, ..., n períodos i = Taxa de juros (6 % a.a.) A cobertura florestal constitui-se um bem e como tal, deve ser avaliado pelo seu valor de mercado. A legislação vigente permite a exclusão de parte da cobertura florestal da propriedade para implantação de outras atividades produtivas e, portanto, tem valor a ser estimado. A parte de reserva legal também poderá ser avaliada, caso o proprietário possua projeto aprovado, junto ao IBAMA, de manejo florestal o que permitirá também estimar-se o valor dessa reserva. Para cálculo do potencial produtivo poder-se-á utilizar inventário florestal expedito, ou através de bibliografia por ventura existente da região ou da área em tela. No caso da existência de espécies extrativas, é obrigação do avaliador estimar esta produção, dando-lhe o valor devido. O valor de 1 (um) hectare de cobertura vegetal de mata é determinado pela soma da estimativa do quantitativo de m3 das essências comerciais existentes multiplicado pelo seu valor unitário, menos o custo de extração. Em muitos casos pode-se considerar o valor da “árvore em pé” , que é a forma comum de comercialização em algumas regiões. VCF = [ (ve1 x pe1) + (ve2 x pe2) + ... + (ven x pen) ] - CE Existem casos em que se encontram, em forma extrativa, algumas espécies que são conhecidas não por sua produção volumétrica e sim por sua produção extrativa. Exemplos são as castanheiras, o cacau e a seringueira nativos, entre outros. Nesse caso, essa produção que chamaremos de Agroflorestal, poderá ser calculada pela seguinte fórmula: VAF = (pma x vp) - ca onde: VAF = Valor da produção Agroflorestal pma = Produção média anual vp = Valor unitário da produção ca = Custo no ano da avaliação AVALIAÇÃO DE BENFEITORIAS NÃO REPRODUTIVAS Melhoramentos permanentes que se incorporam ao solo, cuja remoção implica destruição, alteração, fratura ou dano, compreendendo edificações, vedos, terreiros, instalações para abastecimento de água, de energia elétrica, de irrigação e outros que, por sua natureza e função, e por se acharem aderidas ao chão, não são negociáveis e nem rentáveis separadamente das terras. AVALIAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES CIVIS A avaliação de construções especializadas ou não, são realizadas pelo método do custo de reposição, não esquecendo-se a devida depreciação em função dos diversos fatores já citados anteriormente. AVALIAÇÃO DAS INSTALAÇÕES AGRÍCOLAS A avaliação de construções especializadas ou não, são realizadas pelo método do custo de reposição, não esquecendo-se a devida depreciação em função dos diversos fatores já citados anteriormente. AVALIAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PECUÁRIAS A avaliação de construções especializadas ou não, são realizadas pelo método do custo de reposição, não esquecendo-se a devida depreciação em função dos diversos fatores já citados anteriormente. MODELO PARA AVALIAÇÃO DAS BENFEITORIAS NÃO REPRODUTIVAS Para essas avaliações considera-se o valor do m2 de área construída que será calculado em função do custo de reposição do material de construção, na região onde se situa o imóvel, mais o custo da mão-de-obra. Fórmula: V = Vm x S x (1 - a.t) onde: V = Valor da construção Vm = Valor do m2 de área construída S = Área construída a = coeficiente de depreciação t = idade da construção No caso de utilização de depreciação pelo Método de Ross-Heidecke, substitui-se a expressão “(1 - a.t)” pelo fator “d”, usando o índice “k” ficando a fórmula: V = Vm x S x d O cálculo do fator “d” é obtido pela fórmula: 100 - k d = ------------- 100 Vd = Vn x d onde: d = Depreciação k = Fator de Ross-Heidecke Vd = Valor do bem com depreciação Vn = Valor do bem novo. AVALIAÇÃO DE SEMOVENTES A avaliação de rebanhos é uma atividade complexa, que exige profissional competente e habilitado para tal. Existem duas maneiras básicas de se avaliar um rebanho: por individualidade de sexo e idade ou pela correspondência em Unidade Animal de Gado Maior - UAGM, uma correlação zootécnica entre o sexo e a idade de cada animal e o padrão bovino adulto - 1,00. POR INDIVIDUALIDADE Estima-se o peso de cada uma das categorias do rebanho, estima-se as respectivas vidas úteis, os seus diferentes valores residuais e, a partir daí, calcula-se o preço médio de mercado que será multiplicado pelo número de cabeças respectivo de cada uma das categorias. POR UNIDADE DE GADO MAIOR Esta é uma figura zootécnica que correlaciona a idade e o sexo de cada individualidade animal ao padrão - 1,00. Nestas circunstâncias o trabalho do avaliador consiste no levantamento das diversas discriminações presentes no rebanho, que serão convertidas em uma única categoria. Obtida assim a totalidade de peso do rebanho, simplesmente se multiplica pelo valor do peso vivo de carne da espécie. Vidas Úteis e Valores Residuais de alguns rebanhos - Em nº de anos e % Especificação Início Vida Útil Fim Valor Residual em % BOVINOS Reprodutor 1,5 5 6,5 0,45 Vacas 2,5 6 8,5 0,40 OVINOS Carneiro 5 meses 2,5 7,5 0,45 Ovelhas 5 meses 4,5 5,0 0,40 Fonte: Agendas Dunod - Agriculture. Paris. Unidade Animal de Gado Maior - UAGM no padrão bovino - Em % Especificação % Touros, tourunos e novilhos acima de 3 anos 1,20 Novilhos de 1 a 2 anos / vacas de invernar e ventres em cria 1,00 Novilhos de 1 a 2 anos e vaquilhonas 0,75 Terneiros / terneira ao pé 0,40 Carneiros e carneiros capados 0,22 Ovelhas de descarte e ventres 0,20 Capões de 6 dentes 0,19 Capões de 4 dentes 0,16 Capões de 2 dentes 0,13 Cordeiros e cordeiras ao pé 0,10 Fonte: PII/RS AVALIAÇÃO DE MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E IMPLEMENTOS É uma especialidade do campo da engenharia de avaliações necessária para avaliações de bens patrimoniais de empresas além de ações judiciais. Para determinar o valor de uma máquina, equipamento ou implemento no estado em que se encontra é utilizado o método direto comparativo ou método de custos, com obrigatória utilização de depreciação por seus múltiplos métodos. Pode ser obtido também pelo seu valor depreciado e, para tanto, necessário se faz conhecer: seu valor residual provável sua vida útil sua idade seu valor novo FONTES DE INFORMAÇÃO Preferencialmente, todas as informações para composição de preços e valores devem ser levantadas na região onde está situada a propriedade rural, na sede do município, e, eventualmente, pode-se obter dados na capital do Estado ou outras cidades próximas. Estes valores serão obtidos em diversos lugares tais como: • Cartórios • Lojas de produtos agrícolas • Agentes financeiros locais • Entidades de classe • Instituições públicas e privadas • Escritórios agrários • Produtores rurais, etc. PERÍCIAS RURAIS O PERITO Habilitação profissional Direitos escusar-se do cargo por motivo legal, força maior, ético, interesse, etc. Pedir prorrogação do prazo por motivo justificado Recorrer a fontes de informações diversas Indenização de despesas para a realização da perícia Honorários Deveres Aceitar o encargo Servir Respeitar os prazos Lealdade, sinceridade, diligência, cuidado, escrúpulo, honestidade O assistente técnico TIPOS DE PERÍCAS Arbitramento Avaliação Exame Vistoria valor do imóvel causas de um sinistro estado deum bem PROCEDIMENTO PERICIAL Inicial da perícia Contratação dos serviços Pedido de honorários Levantamento de informações Perícia “in loco” Elaboração de relatório LAUDOS TIPOS DE LAUDOS Judiciais Extrajudiciais ou particulares FORMA DOS LAUDOS Descrição detalhada Descrição concisa Sintético (formulário) ROTEIRO DE UM LAUDO PERICIAL Pressupostos Interessado Objetivo do trabalho Individualização do objeto Informações complementares Vistoria • Caracterização da região • Caracterização do imóvel Metodologia Pesquisa de valores Determinação do valor final Conclusões Anexos Respostas a quesitos OBSERVAÇÕES IMPORTANTES Qualidades do laudo • clareza • concisão • precisão • originalidade • harmonia Correção ortográfica Uso correto de expressões de tratamento Uso correto do Sistema Internacional de Unidades EXPRESSÕES DE TRATAMENTO Dom ou Dona D. Senhor Sr. Senhora Sra. Digníssimo D.D. ou DD. Ou Digmo Meritíssimo MM. Ou Mmo Reverendíssimo Revmo Vossa Reverência V.Reva Sua Eminência S.E. Vossa Majestade V.M. Vossa Alteza V.A. Vossa Senhoria V.Sa ⇒ Diretores ⇒ Presidentes ⇒ Vice-presidentes de empresas e/ou órgãos públicos Vossa Excelência V.Exa ⇒ Presidente e Vice-presidente da República ⇒ Membros do Senado e da Câmara ⇒ Ministros de Estado ⇒ Chefe do Estado Maior ⇒ Governador de Estado ⇒ Secretários de Estado ⇒ Oficiais - Generais ⇒ Prefeitos ⇒ Juizes de Direito, do Trabalho, Eleitorais ⇒ Auditores Militares ⇒ Embaixadores HONORÁRIOS PROFISSIONAIS CÁLCULO DE HONORÁRIOS O cálculo dos honorários profissionais deve, preferencialmente, ser obtido através de uma formas designadas pelo IAPEP, AEAPA ou IBAPE, que são instituições oficiais, reconhecidas publicamente, e que darão consistência legal ao pedido profissional de honorários. PARCELAMENTO DOS HONORÁRIOS O parcelamento dos honorários profissionais de avaliações e perícias rurais pode ser amplamente negociado entre o profissional e o cliente. Normalmente, esse tipo de serviço é cobrado em duas parcelas. Uma inicial por ocasião da contratação dos serviços e uma final na entrega do relatório ou laudo. Em outros casos, como em financiamentos agrícolas, a avaliação pode ser paga através de crédito direto em conta do profissional. Finalmente, por ser um contrato de prestação de serviços, as partes negociarão todas as fases, incluindo-se aí os honorários profissionais. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA ABUNAHMAN, Sérgio Antonio. Curso Básico de Engenharia Legal e de Avaliações. São Paulo: PINI, 1999. 307p. AMERICAN INSTITUTE OF REAL ESTATE APPRAISERS. The Appraisal of Rural Property. Chicago/USA, 1983. 434p. ANAIS DO SIMPÓSIO SOBRE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS (Coordenador: Valdemar Antonio Demétrio). Piracicaba: FEALQ, 1995. 191p. ARAGÃO, Severiano. Honorários Periciais e sua Liberação Parcial. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: ABRAP, v. 7, n. 77, p.167-70, nov. 1995. ARANTES, Carlos Augusto. Avaliação de Imóveis Rurais – Discussão de Metodologia, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano IX, n. 105, p.263- 278., mar. 1998. ARANTES, Carlos Augusto. Metodologia de Trabalho – Evolução Bovina – Parceria Pecuária com Vacas, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano X, n. 109, p.13-21., jul. 1998. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Avaliação de imóveis rurais: NB-613/80. São Paulo, 1980. ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS AGRÔNOMOS DO ESTADO DO PARÁ (AEAPA). Tabela de honorários mínimos profissionais. Belém, 1992. AURICCHIO, Luiz. Evolução do Conceito de Valor e a Avaliação Imobiliária, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano VIII, n. 86, p.57-66., ago. 1996. CABALLER, Vicente. Valoration agraria: teoria y practica. 3ª ed. Madrid: MP, 1993, 380p. CASTRO, Orlando Ferreira de. Deontologia da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Goiânia: CREA, 1995, 527p. CHEDE, Gil José. Avaliação de Máquinas e Equipamentos. In: Curso de Avaliações de Bens. X COBREAP – Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias. Porto Alegre: IBAPE, 1999. 69p. CONDURÚ, José Maria Pinheiro. Avaliação de propriedades rurais. Belém: AGRIMAZÔNIA, 17p., 1985. CONDURÚ NETO, José Maria Hesketh. Sistema Internacional de Unidades (SI): utilização em trabalhos técnicos e científicos. Belém: FCAP. Serviço de Documentação e Informação, 1999. 24p. CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA (CONFEA). Leis - Decretos e Resoluções. 3ª ed. Brasília, 1987. CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA (CREA). Tabela de honorários mínimos profissionais e Ato nº 010 de 30 de setembro de 1992. Belém, 1992, 83p. CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA (CREA). Manual de orientação profissional: títulos, atribuições e atividades. Belo Horizonte, 1993, 244p. DANTAS, Rubens Alves. Engenharia de Avaliações: uma introdução à metodologia científica. São Paulo: PINI, 1998. 251p. DAUDT, Carlos Dário Lopes. Avaliação de imóveis rurais - terra nua; ranking de solos. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias. São Paulo: ABRAP, v. 4, n. 41, p.127-134, nov. 1992. DAUDT, Carlos Dário Lopes. Curso de avaliação e perícia de imóveis rurais. Brasília: ABEAS, 1995, 84p. DAUDT, Carlos Dário Lopes. Metodologia dos Diferenciais Agronômicos na Vistoria e Avaliação do Imóvel Rural. Porto Alegre: CREA/RS, 1996. 127p. ESCRITÓRIO TÉCNICO DE AGRICULTURA BRASIL-ESTADOS UNIDOS. Manual Brasileiro para Levantamento da Capacidade de Uso da Terra. III aproximação – julho de 1971. Rio de Janeiro: IBGE, 1971. 435p. ESTATUTOS do IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: ABRAP, v. 7, n. 79, p.227-261, jan. 1996. FERNANDES, José Fonseca. Avaliação de propriedades rurais. In: AVALIAÇÕES PARA GARANTIAS, São Paulo: PINI, 1983, 216p., p.123-126. FERRARO, Aldo Mario Pedro. Depreciação de Equipamentos. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano VII, n. 83, p.399-403., mai. 1996. FIKER, José. Avaliação de imóveis: manual de redação de laudos. São Paulo: PINI, 1994, 119p. FILLINGER, Victor Carlos. Vida útil de máquinas, equipamentos e instalações. In: AVALIAÇÕES PARA GARANTIAS, São Paulo: PINI, 1983, 216p., p.173-179. GABBAY, Albert & DUARTE, André Montenegro. Formação Profissional em Engenharia de Avaliações: Uma Experiência e Propostas, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano X, n. 110, p.40-45., ago. 1998. GAETA, Geraldo Augusto. A Perícia e as Alterações do Código de Processo Civil de 13/12/94, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: ABRAP, n. 76, p.125- 129., out. 1995. GUIMARÃES, Jorge Artur Rodrigues. Guia de Avaliação, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: ABRAP, v. 4, n. 45, p.219-230., mar. 1993. INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA. Norma básica para perícias de engenharia do IBAPE/SP. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias. São Paulo: ABRAP, v. 7, n. 75, p.79-98., set. 1995. INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA. Departamento de São Paulo. Regulamento de Honorários. São Paulo, 1994, 2p. INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA. Anais do X COBREAP – Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias. Porto Alegre: IBAPE, 1999. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Manual Técnico de Uso da Terra. Rio de Janeiro: IBGE, 1999. 58p. (Manuais Técnicos em Geociência, 7). INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Normas de Apresentação Tabular. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. 61p. LOCH,Carlos. Curso de avaliação de imóveis rurais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, 8., 1995, Florianópolis. Anais...Florianópolis: ICAPE, 1995, 8p. MACHADO, Cláudio Rossi. Avaliação de Recursos Naturais e Meio Ambiente. In: X COBREAP – Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias. Porto Alegre: IBAPE, 1999. 38p. MAGNOU, Eduardo. Importancia de la valuación en el crédito pignoraticio. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias. São Paulo: ABRAP, v. 4, n. 38, p.35-60., ago. 1992. MAGOSSI, Adilson José. Avaliação de imóveis rurais. In: Avaliações para Garantias, São Paulo: PINI, 1983, 216p., p.127-161. MAIA NETO, Francisco. Laudo pericial, a importância de uma apresentação didática. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias. São Paulo: ABRAP, v. 4, n. 39, p.80-82., set. 1992. MAIA NETO, Francisco. Normalização Técnica e a Engenharia de Avaliações, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano X, n. 111, p.85-86., set. 1998. MARQUES, João Quintiliano de Avelar. Preço da Terra em Função do Desenvolvimento Econômico da Região de sua Capacidade de Uso, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias. São Paulo: IBAPE, ano XI, n. 128, p.229-243., fev. 2000. MARTINS, Domingos Mota, SÁ LEITÃO, André Castelo Branco de. Processo computadorizado para avaliação de culturas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, 8., 1995, Florianópolis. Anais...Florianópolis: ICAPE, 1995, p.404-12. MEDEIROS JÚNIOR, Joaquim da Rocha. Métodos avaliatórios: diretos x indiretos. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: ABRAP, v. 4, n. 42, p.147-152., dez. 1992. MEDEIROS JUNIOR, Joaquim da Rocha & FIKER, José. A Perícia Judicial – Como redigir laudos e argumentar dialeticamente. São Paulo: PINI, 1996. 138p. MEDEIROS JUNIOR, Joaquim da Rocha. Ética do Perito Judicial, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano X, n. 111, p.69-73., set. 1998. MELLO, Luiz Fernando de & REIS NETO, João Mendes dos. Habilitação ou Qualificação para Avaliações e Perícias, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano VIII, n. 87, p.98-103., set. 1996. MENDONÇA, Marcelo Corrêa. Engenharia Legal: Teoria e Prática Profissional. São Paulo: PINI, 1999. 214p. MENDONÇA, M.C.; SOLLERO FILHO, M.; CURI, E.; AGUIAR, J.B.; QUEIROGA, H.S.; MAIA, E.A.; AQUINO, R. de; RESENDE, O. de; CANÇADO, J.M. de M. Fundamentos de Avaliações Patrimoniais e Perícias de Engenharia – Curso básico do IMAPE. São Paulo: PINI, 1998.316p. MILUZZI, Reinaldo. Problemas existentes nos laudos de peritos e assistentes técnicos em face do código de processo civil. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias. São Paulo: ABRAP, v. 4, n. 42, p.154-157., dez. 1992. MOREIRA FILHO, Ibá Ilha. Laudo Pericial de uma área de terras de 4.500 hectares - 1ª Parte. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: ABRAP, v. 4, N. 47, p.275-296., mai. 1993. MOREIRA FILHO, Ibá Ilha. Laudo Pericial de uma área de terras de 4.500 hectares - 2ª Parte. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: ABRAP, v. 4, n. 48, p.307-331., Jun. 1993. MOREIRA, Alberto Lélio. Princípios de engenharia de avaliações, 3ª ed. rev. ampl. São Paulo: PINI, 1995, 379p. MURRAY, W.G.; HARRIS, D.G.; MILLER, G.A.; THOMPSON, N.S. Farm Appraisal and Valuation. Ames: THE IOWA STATE UNIVERSITY PRESS, 6th ed., 1983, 303p. PELLEGRINO, José Carlos. Avaliação de Propriedades Rurais. In: AVALIAÇÕES PARA GARANTIAS, São Paulo: PINI, 1983, p.115-122. RAMOS, Tânia Magda Matsumo Albino. Avaliação de Imóveis Rurais. In: Curso de Avaliações de Bens. X COBREAP – Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias. Porto Alegre: IBAPE, 1999. 24p. RIBEIRO, José Ronan Simões. Perito judicial - uma honrosa função. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: ABRAP, v. 4, n. 41, p.123-125., nov. 1992. ROCHA, Vera Maria da Silva, COSTA, Rita de Cássia da, CARVALHO, Raimundo Antônio de, CARVALHO, Ana Paula Ferreira de, ARAÚJO, Alexandre Gonçalves de. Avaliação da Capacidade de Uso da Terra por Meio de Técnicas de Geoprocessamento para Subsidiar Ações de Reforma Agrária, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano IX, n. 103, p.215-222., jan. 1998. SALDANHA, Marcelo Suarez. Aplicação da Variável Dummy Como Atributo de Análise e Homogeneização de Mercado, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano X, n. 111, p.78-84., set. 1998. SAVIETTO, Clemente. Avaliação de culturas: eucalipto - cana de açúcar - pastagem. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, 8., 1995, Florianópolis. Anais.... Florianópolis: ICAPE, 1995, p.190-198. SEBENELLO, Luiz Inácio de Souza. Ética Profissional para Engenheiros, Arquitetos e Engenheiros Agrônomos – 1ª Parte, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano X, n. 117, p.265-273., mar. 1999. SEBENELLO, Luiz Inácio de Souza. Ética Profissional para Engenheiros, Arquitetos e Engenheiros Agrônomos – Última Parte, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano X, n. 118, p.293-304., abr. 1999. SILVA, João Alberto Silva da & VITÓRIA, Sérgio Roberto. Avaliação de Imóvel com Valor Cênico-Paisagístico: Emprego de Metodologia Específica para Avaliação de Cascata – 1ª Parte, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano VIII, n. 88, p.115-131., out. 1996. SILVA, João Alberto Silva da & VITÓRIA, Sérgio Roberto. Avaliação de Imóvel com Valor Cênico-Paisagístico: Emprego de Metodologia Específica para Avaliação de Cascata – 2ª Parte, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano VIII, n. 89, p.149-166., nov. 1996. TOLEDO, Flávio Godoy de. A informatização da avaliação de máquinas e equipamentos. Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, v. 7, n. 81, p.332-8., mar. 1996. TOSH, Dennis S. & RAYBURN, William B. Uniform Standarts of Professional Appraisal Practice: Applying the Standards. Chicago: REAL STATE EDUCATION COMPANY, 1999. 186p. VILLELA, Fernando Mancini. Avaliação de Culturas Agrícolas, Caderno Brasileiro de Avaliações e Perícias, São Paulo: IBAPE, ano IX, n. 102, p.167-180., dez. 1997. Home-Pages sobre Avaliações e Perícias de Engenharia www.abnt.org.br www.appraisalinstitute.org www.ibape.com.br www.incra.gov.br www.juridico.com.br www.pericias.com.br www.pini.com.br www.precisao.eng.br www.realstate.com www.terras.com.br www.urbi.com.br/users/avap Prof. José Maria Hesketh Condurú Neto Faculdade de Ciências Agrárias do Pará – FCAP Departamento Sócio-Econômico Av. Pres. Tancredo Neves, s/n 66077-530 – Belém – Pará Telefone: 274 2233 r-5122 Fax: 274 3814 e-mail: conduru@fcap.br Fundação de Apoio à Pesquisa, Extensão e Ensino em Ciências Agrárias – FUNPEA Telefone: 274 3170 / 274 6615 Fax: 274 6311 e-mail: funpea@funpea.org.br Residência: Av. Generalíssimo Deodoro, 146/1101 66055-240 – Belém – Pará Telefones: 225 3957 / 212 6320 / 9981 4985 e-mail: conduru@amazon.com.br ANEXOS TABELAS PARA CONHECIMENTO DOS SOLOS (Daudt, 1995) 1. Tabela de interpretação de análise química dos solos Características Unidade de medida Símbolo Férteis Inférteis Capacidade de troca de cátions mE/100g T 8 -4 Soma de bases mE/100g S 4 -3 Alumínio trocável mE/100g Al -0,3 +4 Ca + Mg trocáveis mE/100g Ca + Mg 3 -2 Potássio ppm K 135 -45 Fósforo ppm P 30 -10 Sodificação % -Na -10 +50 Distrofismo % V 50 -35 2. Classificação de solo mineral Classe Tamanho das partículas (mm) Argiloso 0 a 0,002 Siltoso 0,002 a 0,02 Arenoso
Compartilhar