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Direitos de Vizinhança

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Direitos de vizinhança
O legislador, ao criar os direitos de vizinhança, objetivou evitar os conflitos de vizinhança
Para Santiago Dantas, citado por Maria Helena Diniz (2007): "Há conflito de vizinhança sempre que um ato praticado pelo dono de um prédio, ou estado de coisas por ele mantido, vá exercer seus efeitos sobre o imóvel vizinho, causando prejuízo ao próprio imóvel, ou incomodo ao morador.”.
Direito de vizinhança, são limitações impostas pela lei às prerrogativas individuais e com o objetivo de conciliar interesse de proprietários vizinhos, reduzindo os poderes inerentes ao domínio e de modo a regular a convivência em favor da harmonia social. Tais direitos e deveres são recíprocos. Surgem da mera contigüidade entre os prédios e dispensam registro.
Como cita Silvio Rodrigues (2003), o problema ganha complexidade quando o incômodo que afeta o proprietário confinante resulta de ato praticado pelo vizinho dentro do âmbito de seu direito.
Caso o ato praticado pelo possuidor do prédio exerça efeito sobre o imóvel vizinho, causando prejuízo ou incômodo ao seu morador, haverá conflito de vizinhança.
Para que ocorra tal conflito são necessários, em síntese:
· Um ato de proprietário ou possuidor de um prédio repercuta no prédio vizinho;
· Prejuízo ou incomodo sofrido pelo morador do prédio vizinho;
· Vínculo de conexão entre o ato e o prejuízo, ou incômodo.
O mau uso da propriedade é o que excede a zona de garantia de cada um, prejudicando o sossego, a segurança e a saúde dos vizinhos. Cabe ao prejudicado um direito de reação, pois cada indivíduo tem o seu domínio garantido e cada um tem o dever de respeitá-lo.
O conflito de vizinhança pode abranger, não somente fisicamente pessoas e bens, mas também geograficamente, por isso as restrições são mais do que imposições de ordem privada, pessoais, recíprocas, estabelecidas em beneficio dos vizinhos.
A maneira de usar e edificar no imóvel diz respeito ao seu proprietário e sua vizinhança, pois a característica de uso e ocupação afeta a ambos diretamente bem como, de forma indireta, toda a coletividade.
http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/correntes-da-natureza-jur%C3%ADdica-do-direito-de-vizinhan%C3%A7a 
São regras que limitam o direito de propriedade a fim de evitar conflitos entre proprietários de prédios contíguos, respeitando, assim, o convívio social. Constituem obrigações propter rem (que acompanham a coisa).
Os atos prejudiciais à propriedade podem ser ilegais, quando configurar ato ilícito; abusivos, aqueles que causam incômodo ao vizinho, mas estão nos limites da propriedade (barulho excessivo, por exemplo); lesivos, que causam dano ao vizinho, porém não decorre de uso anormal da propriedade (indústria cuja fuligem polui o ambiente, por exemplo).
Os atos ilegais e abusivos decorrem do uso anormal de propriedade, posto que ultrapassam os limites toleráveis da propriedade.
Entende-se que os primeiros a se instalarem num certo local determinam a sua destinação, no entanto, esta teoria não é absoluta, ou seja, os proprietários não podem se valer da anterioridade para justificar a moléstia ao vizinho.
http://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/55/Direitos-de-vizinhanca
o direito de vizinhança, que visa, portanto, a satisfação de interesses de proprietários opostos, efetivando-se por meio das limitações ao uso e gozo.
Entende a doutrina majoritária, ter o direito de vizinhança natureza jurídica de obrigação propter rem, pois é acessória e se vincula ao prédio, assumindo tal obrigação qualquer que se encontre em sua posse.
“Urge verificar que as limitações oriundas do direito de vizinhança afetam, de modo abstrato, a todos os vizinhos, contudo só alcança a concretização em face de alguns. Isto é, os direitos de vizinhança são potencialmente indeterminados, porém só se manifestam em face daquele que se encontre diante da situação compreendida pelo arcabouço normativo”
O uso anormal significa uso nocivo da propriedade de modo a perturbar a saúde, sossego e a segurança dos vizinhos. Os atos prejudiciais à propriedade podem ser ilegais, quando contrariarem a lei; abusivos, quando nos limites da propriedade mas que causam incômodo aos vizinhos ou lesivos, quando causa efetivo dano ao vizinho. Somente os atos ilegais e abusivos decorrem do uso anormal da propriedade, pois ambos excedem os limites da propriedade, lembrando que a limitação visa a harmonia e tranquilidade social.
https://mafacca.jusbrasil.com.br/artigos/338677262/direito-de-vizinhanca-no-codigo-civil-brasileiro

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