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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Cleiton Junio Pacheco Gleidson Gustavo Santos Durães Gustavo Chaves Peixoto Yago Pacheco de Aquino RELATÓRIO: TEORIA DE CONTATO DE HERTZ EM DEFORMAÇÃO PLÁSTICA Contagem 2021 2 Cleiton Junio Pacheco Gleidson Gustavo Santos Durães Gustavo Chaves Peixoto Yago Pacheco de Aquino TEORIA DE CONTATO DE HERTZ EM DEFORMAÇÃO PLÁSTICA Relatório referente à terceira prática realizada no Laboratório de Tribologia no dia 25 de agosto de 2021, cujo tema é: Teoria de Contato de Hertz em deformação plástica, sendo este solicitado pelo Professor Gilmar Cordeiro da Silva. Contagem 2021 3 LISTA DE FIGURAS Figura 1; Dados sobre o material ................................................................................................... 8 Figura 2; Representação ilustrativa dos valores obtidos ....................................................... 9 Figura 3; Gráfico Tensão de Engenharia x Deformação de Engenharia ............................. 9 Figura 4; Valores de carga aplicada, profundidade e diâmetro ........................................... 10 Figura 5; Gráfico Carga aplicada x Raio .................................................................................... 11 Figura 6; Gráfico Carga aplicada x Profundidade ................................................................... 11 file:///D:/Gleidson/Puc/Lab.%20Tribologia/Terceiro%20Relatório.docx%23_Toc81391383 file:///D:/Gleidson/Puc/Lab.%20Tribologia/Terceiro%20Relatório.docx%23_Toc81391383 file:///D:/Gleidson/Puc/Lab.%20Tribologia/Terceiro%20Relatório.docx%23_Toc81391384 file:///D:/Gleidson/Puc/Lab.%20Tribologia/Terceiro%20Relatório.docx%23_Toc81391384 file:///D:/Gleidson/Puc/Lab.%20Tribologia/Terceiro%20Relatório.docx%23_Toc81391385 file:///D:/Gleidson/Puc/Lab.%20Tribologia/Terceiro%20Relatório.docx%23_Toc81391385 file:///D:/Gleidson/Puc/Lab.%20Tribologia/Terceiro%20Relatório.docx%23_Toc81391386 file:///D:/Gleidson/Puc/Lab.%20Tribologia/Terceiro%20Relatório.docx%23_Toc81391386 file:///D:/Gleidson/Puc/Lab.%20Tribologia/Terceiro%20Relatório.docx%23_Toc81391387 file:///D:/Gleidson/Puc/Lab.%20Tribologia/Terceiro%20Relatório.docx%23_Toc81391387 file:///D:/Gleidson/Puc/Lab.%20Tribologia/Terceiro%20Relatório.docx%23_Toc81391388 file:///D:/Gleidson/Puc/Lab.%20Tribologia/Terceiro%20Relatório.docx%23_Toc81391388 4 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................................... 3 RESUMO ............................................................................................................................................... 5 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 6 OBJETIVO............................................................................................................................................. 7 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................................... 8 Procedimentos e resultados ....................................................................................................... 8 CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 13 5 RESUMO Ao realizar o estudo de contato entre duas superfícies, de forma incorreta, tende-se a pressupor que a área de análise é a região de contato entre as mesmas, ou seja, realizando o cálculo de área para uma geometria plana. Entretanto, o contato real entre duas superfícies está ligado diretamente ao contato entre picos de ambas. Ainda que o acabamento superficial realizado pareça estar perfeitamente plano, existe um histórico de estrias de acordo com o processo realizado para a sua produção. Dessa forma, pode-se afirmar que a área real de contato é muito menor do que a área nominal, pois somente os maiores picos das superfícies entram em contato uns com os outros. Quando aplicada uma força externa normal à superfície, tem-se a deformação dos picos, aumentando proporcionalmente a sua área de contato. O físico Heinrich Hertz foi responsável pelas primeiras análises da teoria de contato entre dois sólidos. Esta teoria explica o que ocorre quando dois corpos sólidos, sob acoplamento geométrico não conforme, são submetidos um estado de tensão compreensiva, gerando comportamento elástico em uma pequena área de contato Entretanto, para a maioria dos materiais metálicos, esta deformação elástica ocorre apenas até deformações de aproximadamente 0,005 𝑚𝑚. O conceito de plasticidade está associado aos materiais para os quais a resposta deixa de ser elástica, ou seja, embora as deformações continuem processando-se de forma imediata, ao se retirar a solicitação estes não voltam às configurações iniciais, permanecendo deformados. Tais deformações irreversíveis são as chamadas deformações plásticas. Palavras-Chave: Hertz, Módulo de Elasticidade, Deformação Plástica. 6 INTRODUÇÃO A deformação plástica em uma análise microscópica corresponde ao movimento de grandes números de discordâncias, esse processo é denominado escorregamento. Porém ao analisar de forma macroscópica corresponde simplesmente a uma deformação permanente, resultante dos movimentos de discordância. Tendo como enfoque aqui os metais. A maioria dos metais é de caráter policristalino, com uma grande quantidade de pequenos grãos cristalinos aleatoriamente orientados no espaço. Cada grão mostra uma anisotropia de propriedades mecânicas dependendo de sua orientação espacial. Os policristais de metais na condição recozida, contudo, se mostram aproximadamente isotrópicos em propriedades mecânicas, como resultado de uma condição de inúmeros pequenos grãos aleatoriamente organizados. Estes oferecem, geralmente, maior resistência à deformação do que cristais simples. Muitos fatores são apontados como responsáveis pelas diferenças na conformabilidade entre metais simples e policristalinos estruturais, sendo o principal os efeitos complexos envolvidos com os contornos de grãos nos policristais. A aplicação de força uniaxial de tensões em corpos-de-prova normalizados é o método mais frequentemente usado para medir as características mecânicas de metais. Também a compressão de corpos-de-prova curtos e cilíndricos, assim como torção de corpos-de-prova tubulares de parede fina são ensaios comuns. 7 OBJETIVO Esta prática tem como seu principal objetivo proporcionar um maior entendimento dos conhecimentos teóricos envoltos na teoria de contato de Hertz, na fase plástica, dando enfoque em ligas metálicas. Desta forma, busca-se traçar os gráficos de Tensão de Engenharia x Deformação de Engenharia, a parti do coeficiente de encruamento (n) e a constante plástica de resistência (K). Com isso, será determinado o limite de escoamento e o modulo de Young. Posteriormente serão construindo dois gráficos, a parti da tabela contendo informações sobre a liga de Cobre recozido, sendo estes Carga x Raio; Carga x Profundidade e estes devem ser comparados com o tópico 2.5.1 – Contact Between Surface – Plastic Deformation. 8 DESENVOLVIMENTO Procedimentos e resultados Devido ao regime letivo remoto, para que se faça possível a realização da prática, as medidas foram retiradas pelo professor durante a aula síncrona. Nos quais foram fornecidas as tabelas, com todos os valores necessários para realização da prática. A realização da prática foi dividida em dois momentos principais. Em um primeiro momento foi solicitadotraçar o gráfico Tensão de Engenharia x Deformação de Engenharia para a liga de Cobre recozido. Cujos as propriedades fornecidas podem ser encontradas na figura 1 logo abaixo. Para o gráfico Tensão × Deformação verdadeira a formula que rege até o ponto de tensão máxima é: 𝜎𝑣 = 𝑘. 𝜀𝑣 𝑛 Sabe-se que no ponto de tensão máxima o 𝑛 = 𝜀𝑣 portanto para o período do gráfico que se deseja calcular a deformação verdadeira máxima será de 0,5. Substituindo este valor na formula é possível encontrar o valor de 𝜎𝑣 correspondente a este ponto: 𝜎𝑣 = 𝑘 × 𝜀𝑣 𝑛 → 𝜎𝑣 = 226 𝑀𝑃𝑎 Sabe-se também, que a relação entre Deformação Verdadeira e Deformação de Engenharia é dada pela fórmula: Material Cobre Recozido Coeficiente de Encruamento (n) 0,5 Coeficiente de Resistência (k) 320 Mpa Coeficiente de Poisson 0,35 Módulo de Elasticidade 110 - 120 Gpa Figura 1; Dados sobre o material 9 𝜀 = 𝑒𝜀𝑣 − 1 E da mesma forma com a Tensão Verdadeira e a Tensão de Engenharia temos: 𝜎𝑣 = 𝑆 × (𝜀 + 1) A partir destes dados fez possível a relação entre tensão e deformação real, com a tensão e deformação de engenharia. Desta forma utilizando o software Excel foi possível estipularmos os valores para 𝑛 entre 0 𝑒 0,5 variando a cada 0,001. Na imagem abaixo é possível observar alguns destes valores de forma ilustrativa: Com os dados obtidos foi plotado o seguinte gráfico, utilizando o software SciDavis: Foi solicitado o cálculo do limite de escoamento e o módulo de Young. Para chegar a estes valores utilizamos a teoria do capítulo 6 do livro: Ciência e Engenharia de Materiais Uma introdução, Wlliam D. Callister Jr e David G. Rethwisch. Desta forma TENSÃO VERDADEIRA TENSÃO DE ENGENHARIA DEFORMAÇÃO VERDADEIRA DEFORMAÇÃO DE ENGENHARIA 0 0 0 0 101,1929 91,5631 0,1 0,1052 143,1084 117,1672 0,2 0,2214 175,2712 129,8441 0,3 0,3499 202,3858 135,6632 0,4 0,4918 226,2742 137,2422 0,5 0,6487 Figura 2; Representação ilustrativa dos valores obtidos Figura 3; Gráfico Tensão de Engenharia x Deformação de Engenharia 10 verificamos que ao considerar o valor da deformação de engenharia 𝜀 = 0,2% é possível calcular a deformação verdadeira. A parti da formula: 𝜀𝑣 = ln (𝜀 + 1) Substituindo o valor na equação obtemos 𝜀𝑣 = 2 × 10 −3. A parti desta deformação é possível calcular a tensão de escoamento a parti da fórmula: 𝜎𝑣 = 𝑘. 𝜀𝑣 𝑛 → 𝜎𝑣 = 14,3 𝑀𝑃𝑎 Com estes valores é possível encontrar o Módulo de Young substituindo os valores na fórmula: 𝜎𝑣 = 𝐸. 𝜀𝑣 𝐸 = 𝜎𝑣 𝜀𝑣 → 𝐸 = 7,15 𝐺𝑃𝑎 Posteriormente, em um segundo momento, foi fornecido pelo professor os valores encontrados a seguir: Material Carga (kgf) profundidade (mm) Diâmetro (mm) 1360 0,22 5,3 1515 0,29 5,5 2220 0,33 6,4 2740 0,46 7,2 Cobre Recozido (Ø63,5 x 6,4 mm) Figura 4; Valores de carga aplicada, profundidade e diâmetro 11 A partir destes valores, foi pedido que se fossem plotados os seguintes gráficos: A parti da análise dos gráficos pode-se perceber que quanto maior a carga, maior será a profundidade e o raio de endentação. Isso se pode observa pela própria formula da teoria: 𝑎 = ( 3𝑊𝑅 4𝐸∗ ) 1 3 2,3 2,5 2,7 2,9 3,1 3,3 3,5 3,7 1300 1500 1700 1900 2100 2300 2500 2700 CARGA X RAIO 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 1300 1500 1700 1900 2100 2300 2500 2700 CARGA X PROFUNDIDADE Figura 5; Gráfico Carga aplicada x Raio Figura 6; Gráfico Carga aplicada x Profundidade 12 Na qual as variáveis 𝑊; 𝑅; 𝑎 estão relacionadas, assim como demonstram os gráficos. 13 CONCLUSÃO Em um primeiro momento observamos que os valores de Tensão de escoamento e módulo de elasticidade do material Cobre recozido, encontrados a partir dos cálculos e teoria, foram bem abaixo dos valores tabelados para este material. Acreditamos que isso se deve ao fato do gráfico ter sido gerado apenas com base em dados teóricos, sem a utilização de quaisquer informações práticas do experimento de ensaio de tração. Na segunda parte do experimento foram plotados dois gráficos, ambos em função da carga, porém, como estes possuem poucos pontos existe uma dificuldade de realizar uma análise mais profunda. Contudo, foi possível identificar que a profundidade da penetração e o diâmetro da impressão são diretamente proporcionais à carga aplicada.
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