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ELETRÔNICA ANALÓGICA Prof. Dr. José Erick de S. Lima Física dos Semicondutores FUNDAMENTOS DA ELETRÔNICA 1. Por que a Microeletrônica? 2. Física Básica dos Semicondutores 3. Circuitos de Diodo 4. Física dos Transistores Bipolares 5. Amplificadores Bipolares 6. Física dos Transistores MOS 7. Amplificadores CMOS 2 FÍSICA BÁSICA DOS SEMICONDUTORES 1. Materiais semicondutores e suas propriedades; 2. Diodos de junção PN; 3. Ruptura reversa. 3 Física dos Semicondutores ▪ Os dispositivos semicondutores servem como um coração para a microeletrônica. ▪ A junção PN é o dispositivo semicondutor mais fundamental. 4 Física dos Semicondutores FÍSICA DOS SEMICONDUTORES PORTADORES DE CARGA EM SEMICONDUTORES Para entender as características IV da junção PN, é importante entender o comportamento dos portadores de carga em sólidos, como modificar densidades de portadores e diferentes mecanismos de fluxo de carga. 5 Física dos Semicondutores TABELA PERIÓDICA 6 Esta tabela abreviada contém elementos de três a cinco elétrons de valência, sendo o Silício o mais importante. Física dos Semicondutores SILÍCIO 7 Física dos Semicondutores ▪ Si tem quatro elétrons de valência. Portanto, pode formar laços covalentes com quatro de seus vizinhos. ▪ Quando a temperatura sobe, elétrons na ligação covalente podem se tornar livres. DESLOCAMENTO DO PAR ELÉTRON-LACUNA 8 ▪ Com elétrons livres quebrando ligações covalentes, lacunas são geradas. ▪ As lacunas podem ser preenchidas absorvendo outros elétrons livres, então efetivamente há um fluxo de carregadores de carga. Física dos Semicondutores DENSIDADE DE ELÉTRONS LIVRES A UMA DETERMINADA TEMPERATURA 9 Física dos Semicondutores ▪ Eg, ou energia de “bandgap” determina quanto esforço é necessário para quebrar um elétron de sua ligação covalente. ▪ Existe uma relação exponencial entre a densidade de elétrons livres e a energia de “bandgap”. 3150 3100 32/315 /1054.1)600( /1008.1)300( / 2 exp102.5 cmelectronsKTn cmelectronsKTn cmelectrons kT E Tn i i g i == == − = DOPAGEM (TIPO N) 10 Física dos Semicondutores DOPAGEM (TIPO P) ▪ Por exemplo, se Si é dopado com P (fósforo), então ele tem mais elétrons, ou se torna tipo N (elétron). O Silício puro pode ser dopado com outros elementos para mudar suas propriedades elétricas. ▪ Se o Si for dopado com B (boro), então ele tem mais lacunas, ou se torna tipo P. TRANSPORTADORES DE CARGA 11 Física dos Semicondutores DENSIDADES DE ELÉTRONS E LACUNAS 12 2 i nnp = Portadores Majoritários : Portadores Minoritárias: Portadores Majoritários : Portadores Minoritárias: D i D A i A N n p Nn N n n Np 2 2 O produto das densidades de elétrons e lacunas é SEMPRE igual ao quadrado da densidade intrínseca de elétrons, independentemente dos níveis de dopagem. Física dos Semicondutores MECANISMO DE TRANSPORTE DE CARGA: DERIVA 13 →→ →→ −= = Ev Ev ne ph ▪ O processo em que as partículas de carga se movem por causa de um campo elétrico é chamado de deriva. ▪ Partículas de carga se moverão a uma velocidade proporcional ao campo elétrico. Física dos Semicondutores FLUXO DE CORRENTE “CASO GERAL” 14 qnhWvI −= A corrente elétrica é calculada como a quantidade de carga em v metros que passa através de uma seção transversal se a carga viajar com uma velocidade de v m/s. Física dos Semicondutores FLUXO DE CORRENTE: DERIVA 15 Física dos Semicondutores Epnq qpEqnEJ qnEJ pn pntot nn )( += += = ▪ Uma vez que a velocidade é igual a µE, a característica de deriva é obtida substituindo V por µE na equação geral atual ▪ A densidade total da corrente consiste em elétrons e lacunas. SATURAÇÃO DA VELOCIDADE 16 Física dos Semicondutores E v E v b v bE sat sat 0 0 0 0 1 1 + = = + = ▪ Um tema tratado em cursos mais avançados é a saturação da velocidade. ▪ Na realidade, a velocidade não aumenta linearmente com o campo elétrico. Eventualmente vai saturar a um valor crítico. MECANISMO DE TRANSPORTE DE CARGA: DIFUSÃO 17 Física dos Semicondutores Partículas de carga se movem de uma região de alta concentração para uma região de baixa concentração. É análogo a um exemplo diário de uma gota de tinta na água. FLUXO DE CORRENTE: DIFUSÃO 18 Física dos Semicondutores dx dn qDJ dx dn AqDI nn n = = )( dx dp D dx dn DqJ dx dp qDJ pntot pp −= −= ▪ Diffusion current is proportional to the gradient of charge (dn/dx) along the direction of current flow. ▪ Its total current density consists of both electrons and holes. 19 L N qD dx dn qDJ nnn −== dd n n L x L NqD dx dn qDJ −− == exp O perfil de densidade de carga linear significa corrente de difusão constante, enquanto o perfil de densidade de carga não linear significa corrente de difusão variada. PERFIL DE DENSIDADE DE CARGA LINEAR VS. NÃO LINEAR 20 RELAÇÃO DE EINSTEIN Física dos Semicondutores Embora a física subjacente por trás das correntes de deriva e difusão sejam totalmente diferentes, a relação de Einstein fornece uma ligação misteriosa entre os dois. q kTD = JUNÇÃO PN (DIODO) 21 Física dos Semicondutores Quando dopantes do tipo N e P são introduzidos lado a lado em um semicondutor, uma junção PN ou um diodo é formado. TRÊS REGIÕES DE OPERAÇÃO DO DIODO 22 Física dos Semicondutores Para entender o funcionamento de um diodo, é necessário estudar suas três regiões de operação: equilíbrio, polarização reversa e polarização direta. FLUXO DE CORRENTE ATRAVÉS DA JUNÇÃO: DIFUSÃO 23 Because each side of the junction contains an excess of holes or electrons compared to the other side, there exists a large concentration gradient. Therefore, a diffusion current flows across the junction from each side. Física dos Semicondutores REGIÃO DE DEPLEÇÃO 24 Física dos Semicondutores À medida que elétrons e lacunas livres se espalham pela junção, uma região de íons fixos é deixada para trás. Essa região é conhecida como a "região do depleção". FLUXO DE CORRENTE ATRAVÉS DA JUNÇÃO: DERIVA 25 Os íons fixos na região de depleção criam um campo elétrico que resulta em uma corrente de deriva. Física dos Semicondutores FLUXO DE CORRENTE ATRAVÉS DA JUNÇÃO: EQUILÍBRIO 26 Física dos Semicondutores ndiffndrift pdiffpdrift II II ,, ,, = = ▪ Em equilíbrio, a corrente de deriva fluindo em uma direção cancela a corrente de difusão fluindo na direção oposta, criando uma corrente líquida de zero. ▪ A figura mostra o perfil de carga da junção PN POTENCIAL INTERNO 27 Física dos Semicondutores = −= n p p p p x x p pp p dp DdV dx dp qDpEq 2 1 n p p p pp p pD xVxV dx dp D dx dV p ln)()( 12 =− −=− 200 ln,ln i DA n p n NN q kT V p p q kT V == Por causa do campo elétrico através da junção, existe um potencial embutido. Sua dedução é mostrada acima DIODO EM POLARIZAÇÃO REVERSA 28 Física dos Semicondutores Quando a região do tipo N de um diodo está conectada à um potencial maior do que a região do tipo P, o diodo está em polarização reversa, o que resulta em uma região de depleção mais ampla e com maior campo elétrico embutido através da junção. APLICAÇÃO DO DIODO POLARIZAÇÃO REVERSA: CAPACITOR DEPENDENTE DA TENSÃO 29 A junção PN pode ser vista como um capacitor. Ao variar VR, a largura da depleção muda, alterando seu valor de capacitância; portanto, a junção PN é na verdade um capacitor dependente da tensão. Física dos Semicondutores CAPACITÂNCIA DEPENDENTE DA TENSÃO 30 0 0 0 0 1 2 1 VNN NNq C V V C C DA DAsi j R j j + = + = As equações que descrevem a capacitância dependente da tensão são mostradas acima. Física dos Semicondutores 31 Física dos Semicondutores CAPACITÂNCIA CONTROLADA POR TENSÃO LC f res 1 2 1 = Uma aplicação muito importante de uma junção PN com polarização reversaé o VCO, no qual um tanque LC é usado em um oscilador. Mudando VR, podemos mudar C, o que também muda a frequência de oscilação. DIODO EM POLARIZAÇÃO DIRETA 32 Física dos Semicondutores ▪ Quando a região do tipo N de um diodo está em um potencial menor do que a região do tipo P, o diodo está em viés avançado. ▪ A largura de esgotamento é encurtada e o campo elétrico embutido diminuiu. PERFIL DE PORTADORES MINORITÁRIOS EM POLARIZAÇÃO DIRETA 33 Física dos Semicondutores Sob polarização direta, os portadores minoritárias em cada região aumentam devido à redução do campo/potencial incorporado. Portanto, as correntes de difusão aumentam para abastecer essas transportadoras minoritárias. T ep en V V p p 0 , , exp = T F fp fn V VV p p − = 0 , , exp CORRENTE DE DIFUSÃO NA POLARIZAÇÃO DIRETA 34 )1(exp exp 0 − T F T D p V V V V N n )1(exp exp 0 − T F T A n V V V V N p )( 2 pD p nA n is LN D LN D AqnI +=)1(exp −= T F stot V V II )1(exp exp )1(exp exp 00 −+− T F T D T F T A tot V V V V N V V V V N I A corrente de difusão aumentará para suprir o aumento dos portadores minoritários. A matemática é mostrada acima. Física dos Semicondutores CARACTERÍSTICA I-V DA JUNÇÃO PN 35 A relação corrente e tensão de uma junção PN é exponencial na região da polarização direta, e relativamente constante na região de polarização reversa. )1(exp −= T D SD V V II Física dos Semicondutores 36 JUNÇÕES PN PARALELAS Uma vez que as correntes de junção são proporcionais à área transversal da junção. Duas junções PN colocadas em paralelo são efetivamente uma junção PN com o dobro da área de seção transversal e, portanto, duas vezes a corrente. Física dos Semicondutores 37 MODELO DE DIODO DE TENSÃO DC O diodo funciona como um circuito aberto se o VD< VD,on e uma fonte de tensão DC no valor de VD,on se o VD tender à exceder o valor de VD,on. Física dos Semicondutores 38 EXEMPLO: CÁLCULOS DE DIODO ▪ Este exemplo mostra a simplicidade proporcionada por um modelo de tensão constante sobre um modelo exponencial. ▪ Para um modelo exponencial, o método iterativo é necessário para resolver a corrente, enquanto o modelo de tensão constante requer apenas equações lineares. S X TXDXX I I VRIVRIV ln 11 +=+= VV VV X X 1 3 = =para paramAI mAI X X 2.0 2.2 = = Física dos Semicondutores 39 RUPTURA REVERSA (BREAKDOWN) Quando uma grande tensão de polarização reversa é aplicada, ocorre a quebra e uma corrente enorme flui através do diodo. Física dos Semicondutores 40 ZENER VS. AVALANCHE (BREAKDOWN) ▪ A ruptura do Zener é resultado do grande campo elétrico dentro da região de depleção que quebra elétrons ou lacunas de suas ligações covalentes. ▪ A ruptura do avalanche é resultado de elétrons ou lacunas colidindo com os íons fixos dentro da região de depleção. Física dos Semicondutores
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