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CursoInternacionaldeTeologia

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CURSO INTERNACIONAL DE TEOLOGIA 
SEMINÁRIO GOSPEL 
 
ÍNDICE: 
Palavra do Presidente; 
Curiosidades; 
 
PRIMEIRO MÓDULO 
Página 16 
Teologia Sistemática; 
Natureza da doutrina; 
Doutrina de Deus; 
Atributos naturais; 
Triunidade; 
Atributos de Deus 
Nomes de Deus; 
Obras de Deus; 
Doutrina da Trindade; 
 
SEGUNDO MÓDULO 
Página 117 
Doutrina dos Anjos; 
Doutrina do Homem; 
Doutrina de Cristo; 
Doutrina do Pecado; 
 
 
TERCEIRO MÓDULO 
Página 218 
Doutrina da Salvação; 
Doutrina da Igreja; 
Escatologia; 
 
QUARTO MÓDULO 
Página 294 
Antigo e Novo Testamento; 
Igreja; 
Teologia de João e outros; 
Doutrina do Espírito Santo; 
Ensino Apostólico; 
 
QUINTO MÓDULO 
Página 340 
Homossexualidade; 
Sexo pré, extra e união estável; 
Trindade Santa; 
Bibliologia; 
Amar Israel; 
História da criação e da Igreja; 
História de Israel, nazismo e repatriação; 
Tempo dos gentios pós Israel; 
Tempo dos gentios e missões urgentes; 
Arrebatamento; 
 
Tribunal De Cristo; 
Bodas Do Cordeiro; 
Grande Tribulação; 
Milênio; 
4ª e Última Guerra Mundial; 
Juízo Final: 
Novo Céu e Nova Terra; 
Prosperidadeespiritual; 
 
SEXTO MÓDULO 
Página 454 
Provas 
Bibliografias 
Revista UniGospel 
 
DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA COM 
RESPONSABILIDADE 
 
DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA COM ORAÇÃO. 
 
A Palavra de Deus é discernida espiritualmente. Por isso, 
devemos orar pedindo a Deus que abra os nossos olhos para podermos ver 
as maravilhas de sua lei (I Coríntios 2.14; Salmos 119.18). Entender a Bíblia 
é uma virtude espiritual que somente Deus pode nos dar (Efésios 1.17-19). 
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 A qualidade de nosso estudo teológico passa pela qualidade de 
nossa espiritualidade, que se manifesta numa vida de dependência de Deus 
pela oração. 
 
DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA COM HUMILDADE. 
 
A Bíblia diz que “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede 
graça aos humildes” (I Pedro 5.5). À medida que aprendemos das 
Escrituras, devemos ter o cuidado de não nos orgulharmos, assumindo 
assim uma atitude de superioridade em relação àqueles que não conhecem 
o que temos estudado. Para evitar o orgulho, devemos associar o 
conhecimento ao amor (I Coríntios 8.1). 
 
DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA COM A RAZÃO. 
 
Podemos e devemos usar nossa razão para estudar e tirar 
conclusões do estudo das Escrituras Sagradas, mas nunca fazer deduções 
que contradiga o que a própria Bíblia diz. Nossas conclusões lógicas podem 
muitas vezes ser errôneas, pois os pensamentos de Deus são mais altos 
que os nossos pensamentos (Isaias 55.8-9). 
 
A Bíblia é a essência da verdade, e todo o seu conteúdo é justo e 
permanente (Salmos 119.160). Toda conclusão lógica que tivermos ao 
estudar teologia, deve estar em harmonia com toda a Bíblia. Caso contrário, 
nossa lógica está enganada, pois a Bíblia não se contradiz jamais. 
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DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA COM A AJUDA DE OUTROS. 
 
Deus estabeleceu mestres na igreja e seminários de teologia (I 
Coríntios 12.28). Isso significa que devemos ler livros escritos por teólogos e 
seminários preparados como o Seminário Gospel. Conversar com outros 
cristãos sobre teologia é também uma excelente maneira de conhecer mais 
sobre Deus. 
 
DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA COMPILANDO PASSAGENS 
BÍBLICAS. 
 
O uso de uma boa concordância bíblica nos ajudará a procurar 
palavras-chave sobre determinado assunto. Resumir versículos relevantes e 
estudar passagens difíceis também ajuda. É grande a alegria ao descobrir 
temas bíblicos. É a recompensa do próprio estudo. 
 
DEVEMOS ESTUDAR TEOLOGIA COM ALEGRIA. 
 
Não podemos estudar teologia de forma fria, pois ela trata do 
Deus vivo e de suas maravilhas. O estudo da Bíblia é uma maneira de amar 
a Deus de todo o coração (Deuteronômio 6.5), pois seus ensinamentos “dão 
alegria ao coração”, são grandes riquezas (Salmos 19.8; 119.14). 
 
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No estudo da teologia somos levados a dizer: “Ó profundidade da 
riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os 
seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu a mente do 
Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu, para que ele 
o recompense? Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja 
a glória para sempre! Amém” (Romanos 11.33-36). 
 
CURIOSIDADES BÍBLICAS: 
 
A palavra Bíblia vem do grego, através do latim, e significa: livros. 
 
Os primeiros materiais utilizados para as escrituras foram: a 
pedra, usada por Moisés para receber os dez mandamentos (Êxodo 24:12 e 
34:1); o papiro, material extraído de uma planta aquática desse mesmo 
nome (Jó 8:11; Isaías 18:2); de papiro deriva o termo papel (II João 12) e o 
pergaminho, pele de animais, curtida e preparada para escrita, usado a partir 
do início do século i, na Ásia menor (II Timóteo 4:13). 
 
A Bíblia inteira foi escrita num período que abrange mais de 1600 
anos. 
 
A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo após a invenção 
do prelo, em 1452 em Mainz, Alemanha. 
 
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A primeira Bíblia em português foi impressa em 1748, a tradução 
foi feita a partir da vulgata latina e iniciou-se com d. Diniz (1279-1325). 
 
A divisão em capítulos foi introduzida pelo professor universitário 
parisiense Stephen langton, em 1227, que viria a ser eleito bispo de 
cantuária pouco tempo depois. 
 
A divisão em versículos foi introduzida em 1551, pelo impressor 
parisiense Robert Stephanus. Ambas as divisões tinham por objetivo facilitar 
a consulta e as citações bíblicas, e foi aceita por todos, incluindo os judeus; 
 
O versículo central da Bíblia é o Salmos 118:8, o qual divide a 
mesma ao meio. 
 
Os livros de Ester e cantares de Salomão não possuem a palavra 
“Deus”. A frase “não temas”, ocorre 365 vezes em toda a Bíblia, o que dá 
uma para cada dia do ano! Há mais de 8 mil promessas na Bíblia. 
 
A divisão em versículos foi introduzida em 1551, pelo impressor 
parisiense Robert Stephanus. Ambas as divisões tinham por objetivo facilitar 
a consulta e as citações bíblicas, e foi aceita por todos, incluindo os judeus; 
O versículo central da Bíblia é o Salmos 118:8, o qual divide a 
mesma ao meio. 
 
Os livros de Ester e cantares de Salomão não possuem a palavra 
“Deus”. 
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A frase “não temas”, ocorre 365 vezes em toda a Bíblia, o que dá 
uma para cada dia do ano! 
 
Há mais de 8 mil promessas na Bíblia. 
 
O antigo testamento encerra citando a palavra “maldição”, o novo 
testamento encerra citando “a graça de nosso Senhor Jesus Cristo”. 
 
A Bíblia completa pode ser lida em 70 horas e 40 minutos, na 
cadência de leitura de púlpito. O antigo testamento leva 52 horas e 20 
minutos. O novo testamento, 18 horas e 20 minutos. Para ler a Bíblia toda 
em um ano basta ler 5 capítulos aos domingos e 3 nos demais dias da 
semana. 
 
COMO PODEMOS SABER SE A BÍBLIA É 
INFALÍVEL? 
A PRÓPRIA BÍBLIA O AFIRMA: 
 
A Bíblia afirma em várias passagens acerca de si mesma que ela 
é a palavra de Deus e não contem erros (II Timóteo 3:16-17; II Pedro 1:20-
21; Mateus 24:35) 
 
A expressão "assim diz o Senhor" e equivalentes encontram-se 
cerca de 3.800 vezes na Bíblia. 
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Se alguma falha for encontrada na Bíblia, será sempre do lado 
humano, como tradução mal feita, grafia inexata, interpretação forçada, má 
compreensão de quem estuda, falsa aplicação quanto aos sentidos do texto, 
etc. saibamos refletir como Agostinho, que disse: “num caso desse, deve 
haver erro do copista, que não consigo entender...” 
 
A BÍBLIA FAZ REFERÊNCIA A FATOS ATUAIS: 
 
A primeira citação da redondeza da terra é feita na Bíblia, e não 
por Galileu Galileu (Isaías40: 22). 
 
O trânsito pesado e veloz, os cruzamentos e os faróis acesos 
aparecem descritos exatamente como são hoje (Naum 2:4). 
 
A mensagem através de "out-doors" é uma citação bíblica 
detalhada (Habacuque 2: 2). 
 
A primeira referência a impressões digitais aparece no livro mais 
antigo da Bíblia (Jó 37:7). 
 
 
A UNIDADE DA BÍBLIA É UM MILAGRE: 
 
Unidade da Bíblia só pode ser explicada como um milagre. Há 
nela 66 livros, escritos por cerca de 40 escritores, cobrindo um período de 16 
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séculos. Esses homens tinham diferentes atividades e escreveram sob 
diferentes situações. 
 
Na maior parte dos casos não se conhecem e nada sabiam sobre 
o que já havia sido escrito pelos outros. Tudo isto somando num livro 
puramente humano daria uma babel indecifrável! 
 
A BÍBLIA TEM UM ÚNICO TEMA CENTRAL: 
 
É o Senhor Jesus Cristo. Ele mesmo declara em Lucas 24: 27, 44 
e João5:39. Considerando Cristo como o tema central da Bíblia, os 66 livros 
apontam para Ele: 
 
Gênesis: Jesus é o descendente da mulher (3:15) 
Êxodo: é o Cordeiro Pascal (12:5-13) 
Levíticos: é o sacrifício expiatório (4:14,21) 
Números: é a rocha ferida (20:7-13) 
Deuteronômio: é o profeta (18:15) 
Josué: é o príncipe dos exércitos do Senhor (5:14) 
Juízes: é o libertador (3:9) 
Rute: é o parente divino (3:12) 
Reis e Crônicas: é o rei prometido (I Reis 4:34) 
Ester: é a providência divina (4:14) 
Jó: é o nosso redentor (19:25) 
Salmos: é o nosso socorro e alegria (46:1) 
Provérbios: é a sabedoria de Deus (8:22-36) 
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Cantares: é o nosso amado (2:8) 
Eclesiastes: é o pregador perfeito (12:10) 
Profetas: é o messias prometido (Mateus 2:6) 
Evangelhos: é o salvador do mundo (João 3) 
Atos: é o Cristo ressurgido (2:24) 
Epístolas: é a cabeça da Igreja (Efésios4:14) 
Apocalipse: é o alfa e o ômega (22:13) 
 
Podemos afirmar que a Bíblia é a palavra de Deus, nossa única 
regra de fé e prática infalível, nenhuma de suas promessas jamais falhou e 
seguir suas orientações é garantia de sucesso em todas as áreas da vida. 
 
 
PALAVRA DO PRESIDENTE 
 
Seja bem vindo ao mais respeitado manual teológico do CURSO 
INTERNACIONAL DE TEOLOGIA! Você está fazendo parte dos milhões de 
alunos que optaram pela vitória, sucesso e prosperidade espiritual que já 
fizeram esse curso nos últimos 30 anos em centenas de países. 
 
Cada pessoa tem que procurar crescer diariamente na cultura 
espiritual, conhecimento, graça, fé, amor e no bom senso e, ser muito 
dinâmico, fazendo semanalmente cursos, devocionais, jejuns, orações e, 
sobretudo ser um obcecado pela Bíblia e comunhão com Deus. 
 
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Somente o correto de forma correta leva ao sucesso, na 
consciência e submissão ao Espírito Santo que rege a Igreja. Sempre deve 
procurar se aperfeiçoar na profundeza do conhecimento, da emoção e da 
razão, porque são meios que aumenta a força e consolida a personalidade e 
a moral para vencer as batalhas especialmente emocionais e viver 
consistentemente em um Porto Seguro. 
 
Sonhe com a sabedoria, poder espiritual, prosperidade, sorte e 
liberdade, ouse sonhar, pois você nunca vai além de seus sonhos, mas no 
limite que projetar os seus sonhos e, seja persistente! A sua vida terá duas 
fases distintas, uma até a leitura desse curso e outra após essa leitura. 
 
O seu crescimento na fé e em todas as áreas será fantástico e, 
você vai querer recomendar para todos da sua família e para os seus 
amigos essa obra rara e único método didático de cultura e ajuda que 
somente existe aqui na FACULDADE 
GOSPELwww.SeminárioGospel.com.br. Afinal estamos vivendo tempos de 
sede espiritual, onde heresias têm procurado se instalar no meio da Igreja. 
 
Precisamos exercer influências com nosso testemunho perante os 
que dispomos a ensinar a Palavra de Deus. Esse treinamento compacto e 
objetivo da Teologia Sistemática é muito importante porque nos dará ampla 
visão da teologia Divina, atrairá futuros líderes ao aprendizado e criará um 
ambiente mais espiritual na nossa Igreja (Koinonia). Aprendizados errados 
geram desastres e resistência à Obra de Deus. 
 
 
Temos capacidade, em Deus, de mudarmos o mundo, 
começando do mundo interior das consciências humanas dos alunos, que se 
tornarão futuros evangelizadores capacitados na Palavra de Deus. 
 
Não preguemos a verdade para ferirmos os outros ou para 
destruir, mas para ajudar e corrigir as almas, com amor, esperando que 
Deus lhes conceda o entendimento do Reino dos Céus. É importante que 
cada pessoa tenha esse curso, e que também responda as questões para 
didaticamente aprender mais e, ser transformado completamente a filosofia 
de vida, e afinal conseguir o respectivo Certificado, credencial e histórico 
(opcional) para enriquecer o seu currículo e portar a prova material em sua 
pasta eclesiástica para exibir a todos que o cercam. 
 
Ao final do curso você tem a opção do receber o Certificado, 
Credencial e participar da festa de Formatura e Colação de Grau e, para 
quem já é obreiro a Unção e Consagração para: Teólogo, Diácono, 
Presbítero, Evangelista, Capelão, Psicanalista, Pastor, Bispo e apóstolo 
e filiação na Convenção Geral e ao Conselho Federal de Pastor para 
obtenção da Credencial de Autoridade Eclesiástica. 
 
Organizamos a documentos para abrir igreja (ata, estatuto e 
CNPJ), rádios comunitária FM com requerimento para a ANATEL, ONG 
e clínica para viciados. 
 
Entre em contato com os nossos consultores por meio de nossos 
sites e peça os novos lançamentos. Quem para de ler para de crescer, de 
 
vencer e de conquistar. Que Deus te dê vida longa e saúde, sabedoria e 
conhecimento. 
 
Autor Presidente Pt. Ap. Pr. Dr. Omar M.B, D.D e, PhD. 
 
 
 
PRIMEIRO MÓDULO 
 
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA SISTEMÁTICA 
 
A Teologia Sistemática é uma importante ferramenta em nos 
ajudar a compreender e ensinar a Bíblia de uma forma organizada. 
 
DEFINIÇÃO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA 
 
A palavra “teologia” é derivada dos termos gregos theos, que 
significa “Deus” e jogos, que significa “palavra”, “discurso”, “tratado” ou 
“estudo”. A Teologia pode então ser conceituada, do modo mais simples, 
como “a ciência do estudo de Deus”. 
 
O seu campo é estendido não apenas à pessoa de Deus, mas 
também às Suas obras, de forma que ela tem sido chamada de “o estudo de 
Deus e de sua relação para com o Universo”, ”Sistematizar”, por sua vez, é 
 
“reduzir diversos elementos a um sistema” ou “agrupar em um corpo de 
doutrina”. 
 
Sistemático, portanto, é aquilo que segue um sistema, uma 
ordenação, um método. 
 
Quando se aplica o adjetivo a essa disciplina da enciclopédia 
teológica não se quer dizer que outras disciplinas (como a exegese oua 
teologia bíblica) não seguem qualquer sistema, mas que é a Teologia 
Sistemática que procura oferecer a verdade acerca de Deus e sua obra, 
apresentada na Bíblia, como um todo, como um sistema unificado. 
 
Teologia Sistemática é qualquer estudo que responda à pergunta: 
“O que a Bíblia toda nos ensina hoje?” sobre qualquer assunto. (John 
Frame, WestministerSeminary, Escondido, Califórnia – EUA). Essa definição 
índica que Teologia Sistemática envolve coletar e compreender todas as 
passagens relevantes na Bíblia sobre vários assuntos e então resumir seus 
ensinos claramente de modo que conheçamos aquilo que cremos sobre 
cada assunto. 
 
OUTRAS DEFINIÇÕES DE TEOLOGIA 
 
CHAFER: 
 
 
Teologia sistemática pode ser definida como a coleção, 
cientificamente arrumada, comparada, exibida e defendida de todos os fatos 
de toda e qualquer fonte referentes a Deus e às Suas obras. Ela é temática 
porque segue uma forma de tese humanamente idealizada, e apresenta e 
verifica a verdade como verdade (Lewis Sperry Chafer). 
 
HODGE: 
 
A teologia sistemática tem por objetivo sistematizar os fatos da 
Bíblia, e averiguar os princípios ou verdades gerais que tais fatos envolvem 
(Charles Hodge). 
 
THOMAS: 
 
A ciência é a expressão técnica das leis da natureza; a teologia é 
a expressão técnica da revelação de Deus. Faz parte da teologia examinar 
todos os fatos espirituais da revelação, calcular o seu valor e arranjá-los em 
um corpo de ensinamentos. A doutrina, assim, corresponde às 
generalizações da ciência (W. H. Griffith Thomas). 
 
STRONG: 
 
A ciência de Deus e dos relacionamentos de Deus com o 
universo (A. H. Strong). 
 
SHEDD: 
 
 
Uma ciência que se preocupa com o infinito e o finito, com Deus e 
o universo. O material, portanto, que abrange é mais vasto do que qualquer 
outra ciência. Também é a mais necessária de todas as ciências (W. G. T. 
Shedd). 
 
 
DEFINIÇÕES ERRADAS: 
 
Para definir teologia foram empregados alguns termos 
enganadores e injustificados. Já se declarou que ela é "a ciência da religião"; 
mas o termo religião de maneira nenhuma é um sinônimo da Pessoa de 
Deus e de toda a Sua obra. 
 
Da mesma forma já se disse que ela é "o tratamento científico 
daquelas verdades que se encontram na Bíblia; mas esta ciência, embora 
extraia porção maior do seu material das Escrituras, extrai também o seu 
material de toda e qualquer fonte. 
 
A teologia sistemática também tem sido definida como o 
arranjoordeiro da doutrina cristã; mas como o cristianismo representa 
apenas uma simples fração de todo o campo da verdade relativa à Pessoa 
de Deus e o Seu universo, esta definição não é adequada. 
 
 
OUTRAS ÀREAS DA TEOLOGIA ABORDADAS EM CURSOS 
DE BACHAREIS EM TEOLOGIA DO SEMINÁRIOGOSPEL. 
 
 
TEOLOGIA BÍBLICA: 
 
Investiga a verdade de Deus e o Seu universo no seu 
desenvolvimento divinamente ordenado e no seu ambiente histórico 
conforme nos apresentados diversos livros da Bíblia. 
 
 A teologia bíblica é a exposição do conteúdo doutrinário e ético 
da Bíblia, conforme originalmente revelada. A teologia bíblica extrai o seu 
material exclusivamente da Bíblia, seu período compreende somente até o 
final da era apostólica. 
 
 
TEOLOGIA DOGMÁTICA: 
 
É a sistematização e defesa das doutrinas expressas nos 
símbolos da Igreja. Assim temos "Dogmática Cristã", por H. Martensen, com 
uma exposição e defesa da doutrina luterana; "Teologia Dogmática", por 
Wm. G. T. Shedd, como uma exposição da Confissão de Westminster e de 
outros símbolos presbiterianos; e "Teologia Sistemática", por Louis Berkhof, 
como uma exposição da teologia reformada. 
 
 
 
TEOLOGIA EXEGÉTICA: 
Estuda o Texto Sagrado e assuntos relacionados, através do 
estudo das línguas originais, da arqueologia bíblica, da hermenêutica bíblica 
e da teologia bíblica. 
 
 
TEOLOGIA HISTÓRICA: 
 
Considera o desenvolvimento histórico da doutrina, mas também 
investiga as variações sectárias e heréticas da verdade. Ela abrange história 
bíblica, história da Igreja, história das missões, história da doutrina e história 
dos credos e confissões. A teologia histórica tem seu período compreendido 
desde a era apostólica até os dias atuais. 
 
 
TEOLOGIA NATURAL: 
 
Estuda fatos que se referem a Deus e Seu universo que se 
encontra revelado na natureza. 
 
 
TEOLOGIA PRÁTICA: 
 
Trata da aplicação da verdade aos corações dos homens trazidas 
pelos outros ramos da teologia, sobretudo a sistemática. Ela busca aplicar à 
 
vida prática os ensinamentos das outras teologias, para edificação, 
educação, e aprimoramento do serviço dos homens. Ela abrange os cursos 
de homilética, administração da igreja, liderança liturgia, educação cristã e 
missões. 
 
 
OBJETIVO DA TEOLOGIA 
 
“A coleção, o arranjológico, a comparação, a exposição e a 
defesa de todos os fatos de todas as fontes com respeito a Deus e Suas 
relações com o Universo”. (Paul Davidson, Vol. I, p. 2). 
 
“O papel da Teologia como ciência não é criar fatos, mas 
descobri-los e apresentar a relação deles entre si. Os fatos com que lida a 
Teologia estão na Bíblia” (Paul Davidson, idem). 
 
 
LIMITAÇÕES AO CONHECIMENTO TEOLÓGICO 
 
 
Limitações da mente humana (Romanos11:33; II Pedro 3:16); 
Limitações da linguagem humana (II Coríntios 12:4); Restrições colocadas 
pelo próprio Deus (Deuteronômio 29:29; Provérbios 25:2; Marcos 13:32; Jô 
16:12; Atos 1:7). 
 
 
Para chegarmos à organização que temos hoje, foram 
necessários anos de estudos e combate às heresias. Após a era apostólica 
(morte dos apóstolos)surgiram figuras de muita importância no cenário 
cristão, os apologistas, estudiosos cristãos que defendiam a fé diante das 
heresias que surgiam em sua época, como Justino Mártir, Tertuliano, Irineu 
entre outros (100 – 451 d.C.). Essa apologética contribuiu em muito para a 
organização das doutrinas bíblicas como as temos hoje. 
 
 
A NATUREZA DA DOUTRINA 
 
 
A Bíblia Sagrada dá grande relevância à doutrina, e afirma 
fornecer o material próprio para seu conteúdo. Ela é enfática em sua 
condenação contra o que é falso. 
 
Adverte contra as "doutrinas dos homens" (Colossenses2.22); 
contra a "doutrina dos fariseus" (Mateus16.12); contra os "ensinos de 
demônios" (I Timóteo 4.1); contra os que ensinam "doutrinas que são 
preceitos de homens" (Marcos7.7); contra os que "são levados ao redor por 
todo vento de doutrina" (Efésios4.14). 
 
No entanto, se por um lado a Bíblia condena o falso profeta, por 
outro exorta e recomenda a verdadeira doutrina. Entre outras coisas para a 
doutrina que "da Escritura é... útil para o ensino" (II Timóteo. 3.16). 
 
 
Portanto, nas Escrituras a doutrina é reputada como "boa" (I 
Timóteo 4.6); "sã" (I Timóteo 1.10); "segundo a piedade" (I Timóteo 6.3); "de 
Deus" (Tito2.10), e "de Cristo" (II João 9). 
 
Para alguns cristãos, a palavra "doutrina" pode se mostrar um 
tanto ameaçadora. Ela evoca visões de crenças muito técnicas, difíceis e 
abstratas, talvez apresentadas de forma dogmática. Doutrina, entretanto, 
não é isso. 
 
A doutrina cristã é apenas a declaração das crenças mais 
fundamentais do cristão: crenças sobre a natureza de Deus; sobre sua ação; 
sobre nós, que somos suas criaturas; e sobre o que Deus fez para nos trazer 
à comunhão com ele. Longe de serem áridas ou abstratas, são as espécies 
mais importantes de verdades. 
 
São declarações sobre as questões fundamentais da vida, ou 
seja, quem sou eu? Qual é o sentido último do universo? Para onde vou? A 
doutrina cristã, portanto, constitui-se das respostas que o cristão dá àquelas 
perguntas que todos os seres humanos fazem. 
 
A doutrina lida como verdades gerais ou atemporais sobre Deus e 
sobre o restante da realidade. Não é apenas um estudo de eventos 
históricos específicos tais como o que Deus fez, mas da própria natureza do 
Deus que atuana história. 
 
 
Crenças doutrinárias corretas são essenciais no relacionamento 
entre o cristão e Deus. Assim, por exemplo, o autor de Hebreus disse: “De 
fato, sem fé é impossível agradar a Deus, portanto é necessário que aquele 
que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se torna galardoador 
dos que o buscam" (Hebreus11.6). 
 
Também importante para um relacionamento adequado com Deus 
é a crença na humanidade de Jesus; João escreveu: "Nisto reconheceis o 
Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne 
é de Deus" (I João 4.2). 
 
Paulo destacou a importância da crença na ressurreição de 
Cristo: "Se você confessar com a boca que Jesus é Senhor e crer em seu 
coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o 
coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação" 
(Romanos 10.9,10). 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA 
 
É comum em nossas igrejas, principalmente as pentecostais, 
existir um sentimento de negativismo em relação à teologia, certa vez ouvi 
um obreiro dizer o seguinte: “eu não compro uma Bíblia de estudo porque 
contém teologia de homens”, Bíblias de estudo à parte, esta opinião 
equivocada tem contribuído para que o ensino teológico seja colocado à 
margem, talvez por um desconhecimento da teologia e seus efeitos na vida 
 
cristã individual e da igreja. A importância da teologia se dá em alguns 
aspectos: 
 
SATISFAZ A MENTE HUMANA 
 
Deus quando criou o homem, deu-lhe uma capacidade especial, o 
intelecto, a razão, ou raciocínio, é da mente humana querer entender o que 
está ao seu redor, o homem não concebe viver sem entender a vida, já dizia 
o filósofo Sócrates “uma vida sem reflexão não merece ser vivida”. 
 
A teologia como ciência humana, vem para tentar preencher a 
lacuna do entendimento humano acerca de Deus, fundamentando-se no que 
Ele revelou em sua Palavra, a Bíblia, que é a fonte primária da teologia 
(Mateus 22.37). 
 
 
 AJUDA NA FORMAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO 
 
A teologia injeta em nosso intelecto um conhecimento sobre Deus 
que influi no desenvolvimento do nosso caráter cristão, moldando a nossa 
mente para tornar-se parecida com a de Cristo, ter uma mente cristã é ver o 
mundo com a lente dos ensinamentos de Cristo. 
 
“Ter a mente cristã é compreender o mundo ao nosso redor, 
influenciados pela verdade de Deus, a ponto de, mesmo imperfeitamente, 
pensarmos os pensamentos de Deus a respeito de qualquer assunto: desde 
 
o salário digno de uma empregada doméstica que tem duas crianças para 
cuidar e alimentar até as implicações éticas da biogenética. Entre outras 
coisas, ter a mente cristã é também fazer a análise de um filme ou de uma 
de um conto seriado, à luz do ensino do evangelho.” (R. RAMOS, 2003, p. 
20). 
 
SERVE PARA PUREZA E DEFESA DO CRISTIANISMO 
 
Ao longo da história da Igreja, surgiram, e ainda surgem muitas 
teorias, doutrinas, correntes, heresias e afins. Para que a igreja esteja 
preparada para combater isso e manter uma doutrina bíblica pura, sua 
teologia precisa estar fundamenta da Bíblia, alguns movimentos religiosos 
têm sua doutrina fundamentada em teorias que foram combatidas ainda 
pelos pais da Igreja, a doutrina da trindade é um exemplo disso. 
 
CONTRIBUI PARA O AVANÇO DO EVANGELHO 
 
 
A Igreja avança de forma sadia quando compreende o significado 
do evangelho, sendo capaz de dar uma explicação inteligível da verdade a 
outrem. Os líderes da Igreja têm a responsabilidade de cuidar do 
desenvolvimento do rebanho (Ef4.11-14). 
 
 
FUNDAMENTA A PRÁTICA CRISTÃ 
 
 
Para o cristão é imprescindível entender as escrituras para por em 
prática os seus mandamentos, a qualidade da nossa espiritualidade é 
proporcional à qualidade do nosso entendimento da Bíblia. 
 
 
AS ESCRITURAS 
 
II Timóteo 3.16,17 “Toda Escritura divinamente inspirada é 
proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, 
para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda 
boa obra.” 
 
O termo “Escritura”, conforme se encontra em 2 Timóteo 3.16, 
refere-se principalmente aos escritos do Antigo Testamento (3.15). Há 
evidências, porém, de que escritos do Novo Testamento já eram 
considerados Escritura divinamente inspirada por volta do período em que 
Paulo escreveu 2 Timóteo (I Timóteo 5.18, Lucas 10.7; II Pedro 3.15,16). 
 
Para nós, hoje, a Escritura refere-se aos escritos divinamente 
inspirados tanto do Antigo Testamento quanto do Novo Testamento. São (os 
escritos) a mensagem original de Deus para a humanidade, e o único 
testemunho infalível da graça salvífica de Deus para todas as pessoas. 
 
Paulo afirma que toda a Escritura é inspirada por Deus. A palavra 
“inspirada” (gr. theopneustos) provém de duas palavras gregas: Theos, que 
 
significa “Deus”, e pneuo, que significa “respirar”. Sendo assim, “inspirado” 
significa “respirado por Deus”. 
 
Toda a Escritura, portanto, é respirada por Deus; é a própria vida 
e Palavra de Deus. A Bíblia, nas palavras dos seus manuscritos originais, 
não contém erro; sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e infalível. 
 
Esta verdade permanece inabalável, não somente quando a Bíblia 
trata da salvação, dos valores éticos e da moral, como também está isenta 
de erro em tudo aquilo que ela trata, inclusive a história e o cosmos cf. II 
Pedro 1.20,21; veja também a atitude do salmista para com as Escrituras no 
Salmos 119). 
 
Os escritores do Antigo Testamento estavam conscientes de que 
o que disseram ao povo e o que escreveram é a Palavra de Deus (ver 
Deuteronômio 18.18; II Samuel 23.2). Repetidamente os profetas iniciavam 
suas mensagens com a expressão: 
 
“Assim diz o Senhor”. 
Jesus também ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de 
Deus até em seus mínimos detalhes (Mateus 5.18). 
 
Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte 
do Pai e é verdadeiro (João 5.19, 30,31; 7.16; 8.26). Ele falou da revelação 
divina ainda futura (a verdade revelada do restante do Novo Testamento), da 
 
parte do Espírito Santo através dos apóstolos (João 16.13; 14.16,17; 
15.26,27). 
 
Negar a inspiração plenária das Sagradas Escrituras, portanto, é 
desprezar o testemunho fundamental de Jesus Cristo (Mateus 5.18; 15.3-6; 
Lucas 16.17; 24 25-27, 44,45; João 10.35), do Espírito Santo (João 15.26; 
16.13; I Coríntios 2.12-13; I Timóteo 4.1) e dos apóstolos (3.16; II Pedro 
1.20,21). Além disso, limitar ou descartar a sua inerrância é depreciar sua 
autoridade divina. 
 
Na sua ação de inspirar os escritores pelo seu Espírito, Deus, 
sem violar a personalidade deles, agiu neles de tal maneira que escreveram 
sem erro (3.16; II Pedro 1.20,21; I Coríntios 2.12,13). 
 
A inspirada Palavra de Deus é a expressão da sabedoria e do 
caráter de Deus e pode, portanto, transmitir sabedoria e vida espiritual 
através da fé em Cristo (Mateus 4.4; João 6.63; 2 Timóteo 3.15; I Pedro 
2.2). 
 
As Sagradas Escrituras são o testemunho infalível e verdadeiro 
de Deus, na sua atividade salvífica a favor da humanidade, em Cristo Jesus. 
Por isso, as Escrituras são incomparáveis, eternamente completas e 
incomparavelmente obrigatórias. Nenhuma palavra de homens ou 
declarações de instituições religiosas igualam-se à autoridade delas. 
 
 
Qualquer doutrina, comentário, interpretação, explicação e 
tradição deve ser julgado e validado pelas palavras e mensagem das 
Sagradas Escrituras (Deuteronômio 13.3). 
 
As Sagradas Escrituras como a Palavra de Deus devem ser 
recebidas, cridas e obedecidas como a autoridade suprema em todas as 
coisas pertencentes à vida e à piedade (Mateus 5.17-19; João 14.21; 15.10; 
II Timóteo 3.15,16; Êxodo 20.3). 
 
Na Igreja, a Bíblia deve ser a autoridade final em todas as 
questões de ensino, de repreensão, de correção, de doutrina e de instrução 
na justiça (II Timóteo 3.16,17). Ninguémpode submeter-se ao senhorio de 
Cristo sem estar submisso a Deus e à sua Palavra como a autoridade 
máxima (João 8.31,32, 37). 
 
Só podemos entender devidamente a Bíblia se estivermos em 
harmonia com o Espírito Santo. É Ele quem abre as nossas mentes para 
compreendermos o seu sentido, e quem dá testemunho em nosso interior da 
sua autoridade (I Coríntios 2.12). 
 
Devemos nos firmar na inspirada Palavra de Deus para vencer o 
poder do pecado, de Satanás e do mundo em nossas vidas (Mateus 4.4;Ef 
6.12,17; Tiago 1.21). 
 
 
Todos devem amar, estimar e proteger as Escrituras como um 
tesouro, tendo-as como a única verdade de Deus para um mundo perdido e 
moribundo. 
 
Devemos manter puras as suas doutrinas, observando fielmente 
os seus ensinos, proclamando a sua mensagem salvífica, confiando-as a 
homens fiéis, e defendendo-as contra todos que procuram destruir ou 
distorcer suas verdades eternas (ver Filipenses 1.16; 2 Timóteo 1.13,14 
notas; 2.2;Judas 3). Ninguém tem autoridade de acrescentar ou subtrair 
qualquer coisa da Escritura (Deuteronômio 4.2; Apocalipse 22.19). 
 
Um fato final a ser observado aqui. A Bíblia é infalível na sua 
inspiração somente no texto original dos livros que lhe são inerentes. Logo, 
sempre que acharmos nas Escrituras alguma coisa que parece errada, ao 
invés de pressupor que o escritor daquele texto bíblico cometeu um engano, 
devemos ter em mente três possibilidades no tocante a um tal suposto 
problema: 
 
(a) As cópias existentes do manuscrito bíblico original 
podem conter inexatidão; 
 
(b) As traduções atualmente existentes do texto bíblico 
grego ou hebraico podem conter falhas; ou 
 
(c) A nossa própria compreensão do texto bíblico pode ser 
incompleta ou incorreta. 
 
 
 
A DOUTRINA DE DEUS 
 
DEFINIÇÕES BÍBLICAS: 
 
As expressões "Deus é Espírito" (João4: 24) e "Deus é Luz " ( I 
João 1:5), são expressões da natureza essencial de Deus, enquanto que a 
expressão "Deus é amor" ( I João 4:7) é expressão de Sua personalidade. (I 
Timóteo 6:16). 
 
DEFINIÇÃO CRISTÃ DO BREVE CATECISMO: 
 
Deus é um Espírito, infinito, eterno e imutável em Seu Ser, 
sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade. 
 
DEFINIÇÃO FILOSÓFICA DE PLATÃO: 
 
Deus é o começo, o meio e o fim de todas as coisas. Ele é a 
mente ou razão suprema; a causa eficiente de todas as coisas; eterno, 
imutável, onisciente, onipotente; tudo permeia e tudo controla; é justo, santo, 
sábio e bom; o absolutamente perfeito, o começo de toda a verdade, a fonte 
de toda a lei e justiça, a origem de toda a ordem e beleza e, especialmente, 
a causa de todo o bem. 
 
 
DEFINIÇÃO COMBINADA: Deus é um espírito infinito e perfeito 
em quem todas as coisas têm sua origem, sustentação e fim (João4:24; 
Neemias 9:6; Apocalipse 1:8; Isaías 48:12; Apocalipse 1:17). 
 
 
A EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
TEORIAS SOBRE A EXISTÊNCIA DE DEUS: 
 
ATEÍSMO: 
Nega a existência teórica e prática de Deus. 
 
DEÍSMO: 
Deus criou, mas se retirou e deixa a criação à sua própria sorte. 
Não interfere. 
 
PANTEÍSMO: 
Deus é uma força impessoal que está presente em tudo. TEÍSMO: 
Existe um Deus, vivo e pessoal, que criou e governa todas as coisas. 
 
Não se pode duvidar da existência de ateus práticos, visto que 
tanto a Escritura como a experiência a atestam. A respeito dos ímpios o 
Salmos 14.1 declara: “Diz o insensato no seu coração: não há Deus” 
 
(Salmos 10.4b). E Paulo lembra aosEfésiosque eles tinham estado 
anteriormente “sem Deus no mundo”,Efésios 2.12. A experiência também dá 
abundante da presença deles no mundo. 
 
Eles não são necessariamente ímpios notórios aos olhos dos 
homens, mas podem pertencer aos assim chamados “homens decentes do 
mundo”, embora consideravelmente indiferentes para com as coisas 
espirituais. Tais pessoas muitas vezes têm a consciência do fato de que 
estão em desarmonia com Deus, tremem ao pensar em defrontá-lo e 
procuram esquecê-lo. 
 
Parecem ter um secreto prazer em exibir o seu ateísmo quando 
tudo vai bem, mas é sabido que dobram os seus joelhos em oração quando 
sua vida entra repentinamente em perigo. Na época presente, milhares 
desses ateus práticos pertencem à Associação Americana para o Progresso 
do Ateísmo. 
 
Para nós a existência de Deus é a grande pressuposição da 
teologia. Não há sentido em falar-se do conhecimento de Deus, se não se 
admite que Deus existe. A pressuposição da teologia cristã é um tipo muito 
definido. 
 
A suposição não é apenas de que há alguma coisa, alguma ideia 
ou ideal, algum poder ou tendência com propósito, a que se possa aplicar o 
nome de Deus, mas que há um ser pessoal auto-consciente, auto-existente, 
 
que é a origem de todas as coisas e que transcende a criação inteira, mas 
ao mesmo tempo é imanente em cada parte da criação. 
 
Pode-se levantar a questão se esta suposição é razoável, questão 
que pode ser respondida na afirmativa. Não significa, contudo, que a 
existência de Deus é passível de uma demonstração lógica que não deixa 
lugar nenhum para dúvida; mas significa, sim, que, embora verdade da 
existência de Deus seja aceita pela fé, esta fé, se baseia numa informação 
confiável. 
 
Embora a teologia reformada considere a existência de Deus 
como pressuposição inteiramente razoável, não se arroga a capacidade de 
demonstrar isto por meio de uma argumentação racional. Dr. Kuyper fala 
como segue da tentativa de fazê-lo: “A tentativa de provar a existência de 
Deus ou é inútil ou é um fracasso. É inútil se o pesquisador acredita que 
Deus recompensa aqueles que O procuram. É um fracasso se, se trata de 
uma tentativa de forçar, mediante argumentação, ao reconhecimento, num 
sentido lógico, uma pessoa que não tem esta pistis”. 
 
 
ACEITAR A EXISTENCIA DE DEUS PELA FÉ 
 
O Cristão aceita a verdade da existência de Deus pela fé. Mas 
esta fé não é uma fé cega, mas fé baseada em provas, e as provas se 
acham, primariamente, na Escritura como a Palavra de Deus inspirada, e, 
secundariamente, na revelação de Deus na natureza. 
 
 
A prova bíblica sobre este ponto não nos vem na forma de uma 
declaração explícita, e muito menos na forma de um argumento lógico. 
Nesse sentido a Bíblia não prova a existência de Deus. 
 
O que mais se aproxima de uma declaração talvez seja o que 
lemos em Hebreus 11:6 “… é necessário que aquele que se aproxima de 
Deus creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. A 
Bíblia pressupõe a existência de Deus em sua declaração inicial, “No 
princípio criou Deus os céus e a terra”. 
 
Ela não somente descreve a Deus como o Criador de todas as 
coisas, mas também como o Sustentador de todas as Suas criaturas. E 
como o Governador de indivíduos e nações. Ela testifica o fato de que Deus 
opera todas as coisas de acordo com o conselho da Sua vontade, e revela a 
gradativa realização do Seu grandioso propósito de redenção. 
 
O preparo para esta obra, especialmente na escolha e direção do 
povo de Israel na velha aliança, vê-se claramente no Velho Testamento, e a 
sua culminação inicial na Pessoa e Obra de Cristo ergue-se com grande 
clareza nas páginas do Novo testamento. 
 
Vê-se Deus em quase todas as páginas da Escritura Sagrada em 
que Ele se revela em palavras e atos. Esta revelação de Deus constitui a 
base da nossa fé na existência de Deus, e a torna uma fé inteiramente 
 
razoável. Deve-se notar, que é somente pela fé que aceitamos a revelação 
de Deus e que obtemos uma real compreensão do seu conteúdo. 
 
Disse Jesus, “Se alguém quiser fazer a vontade d’Ele, conhecerá 
a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo”, João 
7.17. É este conhecimento intensivo, resultante de íntima comunhão com 
Deus, que Oséias tem em mente quando diz: “Conheçamos, e prossigamos 
em conhecer ao Senhor”, Oséias 6.3. 
 
O incrédulo não tem nenhuma real compreensão dapalavra de 
Deus. As palavras de Paulo são pertinentes nesta conexão: “Onde está o 
sábio? Onde o escriba? Onde o inquiridor deste século? Porventura não 
tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de 
Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus 
salvar os que creem, pela loucura da pregação”, 1 Coríntios 1.20, 21. 
 
PROVAS RACIONAIS DA EXISTÊNCIA DE DEUS. 
 
No transcurso do tempo foram elaborados alguns argumentos em 
favor da existência de Deus. Acharam ponto de apoio na teologia, 
especialmente pela influência de Wolff. Alguns deles já tinham sido 
sugeridos, em essência, por Platão e Aristóteles, e outros foram 
acrescentados modernamente por estudiosos da filosofia da religião. 
Somente os mais comuns podem ser apresentados aqui. 
 
O ARGUMENTO ONTOLÓGI CORÍNTIOS 
 
 
Este argumento foi apresentado em várias formas por Anselmo, 
Descartes, Samuel Clark, e outros. Foi apresentado em sua mais perfeita 
forma por Anselmo. Este argumenta que o homem tem a ideia de um ser 
absolutamente perfeito; que a existência é atributo de perfeição; e que, 
portanto, um ser absolutamente perfeito tem que existir. Mas é evidente que 
não podemos tirar uma conclusão quanto à existência real partindo de um 
pensamento abstrato. 
 
O fato de que temos uma ideia de Deus ainda não prova a Sua 
existência objetiva. Além disto, este argumento pressupõe tacitamente como 
já existente na mente humana o próprio conhecimento da existência de Deus 
que teria que derivar de uma demonstração lógica. 
 
Kant declarou, com ênfase, insustentável este argumento, mas 
Hegel o aclamou como um grande argumento em favor da existência de 
Deus. Alguns idealistas modernos sugeriram que ele poderia ser proposto de 
forma um tanto diferente, como a que Hocking chamou, “O registro da 
experiência”. Em virtude podemos dizer: “Tenho ideia de Deus: portanto, 
tenho experiência de Deus”. 
 
 
O ARGUMENTO COSMOLÓGI CORÍNTIOS 
 
Este argumento tem aparecido em diversas formas. Em geral se 
apresenta como segue: Cada coisa existente no mundo tem que ter uma 
 
causa adequada; sendo assim, o universo também tem que ter uma causa 
adequada, isto é, uma causa indefinidamente grande. Contudo, o argumento 
não produz convicção, em geral. 
 
Hume questionou a própria lei de causa efeito, e Kant assinalou 
que, se tudo que existe tem uma causa adequada, isto se aplica também a 
Deus, e, assim, somos suposição de que o cosmo teve uma causa única, 
uma causa pessoal e absoluta, e, portanto, não prova a existência de Deus. 
Esta dificuldade levou a uma construção ligeiramente diversa do argumento 
como, por exemplo, a que B.P.Bowne fez. 
 
O universo material aparece como sistema interativo e, portanto, 
como uma unidade que consiste de várias partes. Daí, deve haver um 
Agente Integrante que veicule a interação das várias partes ou constitua a 
base dinâmica da existência delas. 
 
 
O ARGUMENTO TELEOLÓGI CORÍNTIOS 
 
Este argumento também é causal e, na verdade, é apenas uma 
extensão do imediatamente anterior. Pode ser exposto da seguinte forma: 
Em toda parte o mundo revela inteligência, ordem, harmonia e propósito, e 
assim implica a existência de um ser inteligente e com propósito, apropriado 
para a produção de um mundo como este. 
 
 
 Kant considera este argumento o melhor dos três que 
mencionamos, mas alega que ele não prova a existência de Deus, nem de 
um criador, mas somente a de um grande arquiteto que modelou o mundo. 
 
É superior ao argumento cosmológico no sentido de que explicita 
aquilo que não é firmado no anterior, a saber, que o mundo contém 
evidências de inteligência e propósito. Não se segue necessariamente que 
este ser é o Criador do mundo. 
 
“A prova teológica”. Diz Wright. “indica apenas a provável 
existência de uma mente que, ao menos em considerável medida, controla o 
processo do mundo, suficiente para explicar a quantidade de teleologia que 
nele transparece”. 
 
Hegel considerava este argumento válido, mas o tratava como um 
argumento subordinado. Os teólogos sociais dos nossos dias rejeitam-no, 
juntamente com todos os outros argumentos, como puro refugo, mas os 
neoteístas o aceitam. 
 
 
O ARGUMENTO MORAL. 
 
Como os outros argumentos, este também assumiu diferentes 
formas. Kant tomou seu ponto de partida no imperativo categórico, e deste 
deferiu a existência de alguém que, como legislador e juiz, tem absoluto 
direito de dominar o homem. Em sua opinião, este argumento é muito 
 
superior a qualquer dos outros. É o argumento em que se apóia 
principalmente, em sua tentativa de provar a existência de Deus. 
 
Esta pode ser uma das razões pelas quais este argumento é mais 
geralmente reconhecido do que qualquer outro, embora nem sempre com a 
mesma formulação. Alguns argumentam baseados na desigualdade muitas 
vezes observada entre a conduta moral dos homens e a prosperidade que 
eles gozam na vida presente, e acham que isso requer um ajustamento no 
futuro que, por sua vez, exige um árbitro justo. 
 
 A teologia moderna também o usa amplamente, em especial na 
forma de que o reconhecimento que o homem tem do Sumo Bem e a sua 
busca de uma ideal moral exigem e necessitam a existência de um ser santo 
e justo, não torna obrigatória a crença em um Deus, em um Criador ou em 
um Ser de infinitas perfeições. 
 
O ARGUMENTO HISTÓRICO OU ETNOLÓGI CORÍNTIOS 
 
Em geral este argumento toma a seguinte forma: Entre todos os 
povos e tribos da terra há um sentimento religioso que se revela em cultos 
exteriores. Visto que o fenômeno é universal, deve pertencer à própria 
natureza do homem. 
 
E se a natureza do homem naturalmente leva ao culto religioso, 
isto só pode achar sua explicação num ser superior que constituiu o homem 
um ser religioso. Todavia, em resposta a este argumento, pode-se dizer que 
 
este fenômeno universal pode ter-se originado num erro ou numa 
compreensão errônea de um dos primitivos progenitores da raça humana, e 
que o culto religioso referido aparece com mais vigor entre as raças 
primitivas e desaparece à medida que elas se tornam civilizadas. 
 
Ao avaliar estes argumentos racionais, deve-se assinalar antes de 
tudo que os crentes não precisam deles. Sua convicção a respeito da 
existência de Deus não depende deles, mas, sim, da confiante aceitação da 
auto-revelação de Deus na Escritura. 
 
Se muitos em nossos dias estão querendo firmar sua fé na 
existência de Deus nesses argumentos racionais, isto se deve em grande 
medida ao fato de que eles se negam a aceitar o testemunho da palavra de 
Deus. Além disso, ao usar estes argumentos na tentativa de convencer 
pessoas incrédulas, será bom ter em mente que de nenhum deles se pode 
dizer que transmite convicção absoluta. 
 
Ninguém fez mais para desacreditá-los que Kant. Desde o tempo 
dele, muitos filósofos e teólogos os têm descartado como completamente 
inúteis, mas hoje os referidos argumentos estão recuperando apoio e o seu 
número está crescendo. 
 
E o fato de que em nossos dias tanta gente acha neles indicações 
satisfatórias da existência de Deus, parece indicar que eles não são 
inteiramente vazios de valor. Têm algum valor para os próprios crentes, mas 
devem ser denominados testimonia, e não argumentos. 
 
 
Eles são importantes como interpretações da revelação geral de 
Deus e como elementos que demonstram o caráter razoável da fé em um 
ser divino. Além disso, podem prestar algum serviço na confrontação com os 
adversários. Embora não provem a existência de Deus além da possibilidade 
de dúvida e a ponto de obrigar o assentimento, podem ser elaborados de 
maneira que estabeleçam uma forte probabilidade e, por isso, poderão 
silenciar muitos incrédulos. 
 
CONCLUSÃO: 
 
Nada podemos saber de Deus, se Ele mesmo não quiser revelar. 
Todo nosso conhecimento de Deus é derivado de sua auto-revelaçãona 
natureza e nas escrituras sagradas, precisamos de um relacionamento 
pessoal íntimo com ELE. 
 
ESSÊNCIA, NATUREZA DE DEUS: 
Quando falamos em essência de Deus, queremos significar tudo o 
que é essencial ao Seu Ser como Deus, isto é, substância e atributos. 
 
SUBSTÂNCIA DE DEUS: 
Há duas substâncias: matéria e espírito. 
Deus é uma substância simples: A substância de Deus é puro 
espírito, sem mistura com a matéria (João4:24). 
 
 
ATRIBUTOS DE DEUS: 
Sua substância é Espírito e Seus atributos são as qualidades ou 
propriedades dessa substância. Atributos é a manifestação do Ser de Deus. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATRIBUTOS: 
NATURAIS E MORAIS: 
Também chamados de "intransitivos e transitivos", 
"incomunicáveis e comunicáveis", "absolutos e relativos", "negativos e 
positivos" ou "imanentes e emanentes". 
 
ATRIBUTOS NATURAIS: 
VIDA: 
 
Deus tem vida; Ele ouve, vê, sente e age, portanto é um Ser vivo 
(João10:10; Salmos 94:9,l0; II Crônicas 16:9; Atos 14:15; I Tessalonicenses 
1:9). Quando a Bíblia fala do olho, do ouvido, da mão de Deus, etc., fala 
metaforicamente. A isto se dá o nome de antropomorfismo. Deus é vida 
(João5:26; 14:26) e o princípio de vida (Atos 17:25,28). 
 
ESPIRITUALIDADE: 
 
Deus, sendo Espírito, é incorpóreo, invisível, sem substância 
material, sem partes ou paixões físicas e, portanto, é livre de todas as 
limitações temporais (João 4:24; Deuteronômio 4:15-19,23; Hebreus 12:9; 
 
Isaías 40:25; Lucas 24:39; Colossenses 1:15; I Timóteo .1:17; II Coríntios 
.3:17). 
 
PERSONALIDADE: 
Existência dotada de auto-consciência e auto-determinação 
(Êxodo3:14; Isaías 46:11). 
 
a) Volição ou vontade = querer (Isaías 46:10; Apocalipse 4:11). 
 
b) Razão ou intelecto = pensar (Isaías 14:24; Salmos 92:5; Isaías 
55:8). 
 
Emoção ou sensibilidade = sentir (Gêneses 6:6, I Reis 11:9, 
Deuteronômio 6:15; Provérbios 6:16; Tiago 4:5). 
 
TRI-UNIDADE: 
UNIDADE DE SER: 
 
Há no Ser divino apenas uma essência indivisível. Deus é um em 
sua natureza constitucional. A palavra hebraica que significa um no sentido 
absoluto é yacheed (Gêneses 22:2), isto é, uma unidade numérica simples. 
Essa palavra não é empregada para expressar a unidade da divindade. A 
unidade da divindade é ensinada nas palavras de Jesus: Eu e o Pai somos 
um. (João10:30). 
 
 
Jesus está falando da unidade da essência e não de unidade de 
propósito. (João 17:11,21-23, IJoão 5:7). 
 
 
TRINDADE DE PERSONALIDADE: 
 
Há três Pessoas no Ser divino: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A 
palavra hebraica que significa um no sentido de único é echad que se refere 
a uma unidade composta. Esta palavra é empregada para expressar a 
unidade da divindade. Esta palavra é usada em Deuteronômio 6:4; Gêneses 
2:24 e Zacarias 14:9 Veja também (Deuteronômio 4:35;32:39; I Crônicas 
29:1; Isaías 43:10;44:6;45:5; I Reis8:60; Marcos 10:9;12:29; I Coríntios 8:5,6; 
I Timóteo .2:5; Tiago 2:19; João 17:3; Gálatas 3:20;Ef4:6). 
 
ELOHIM: 
 
Este nome está no plural e não concorda com o verbo no singular 
quando designativo de Deus (Gêneses 1:26;3:22; 11:6,7;20:13;48:15; Isaías 
6:8) 
 
HÁ DISTINÇÃO DE PESSOAS NA DIVINDADE: 
 
Algumas passagens mostram uma das Pessoas divinas se 
referindo à outra (Gêneses 19:24; Oséias.1:7; Zacarias 3:1,2; II Timóteo 
.1:18; Salmos 110:1; Hebreus 1:9). 
 
 
 
AUTO EXISTÊNCIA 
 
Um grande teólogo por nome Eusébio Sofrônio Jerônimo disse: 
Deus é a origem de Si mesmo e a causa de Sua própria substância. 
Jerônimo estava errado, pois Deus não tem causa de existência, pois não 
criou a Si mesmo e não foi causado por outra coisa ou por Si mesmo; Ele 
nunca teve início. 
 
Ele é o Eterno EU SOU (Êxodo3:14), portanto Deus é 
absolutamente independente de tudo fora de Si mesmo para a continuidade 
e perpetuidade de Seu Ser. Deus é a razão de sua própria existência 
(João5:26; Atos 17:24-28; I Timóteo .6:15,16). 
 
INFINIDADE OU PERFEIÇÃO 
 
É o atributo pelo qual Deus é isento de toda e qualquer limitação 
em seu Ser e em seus atributos (Jó.11:7-10; Mateus 5:48). A infinidade de 
Deus se contrasta com o mundo finito em sua relação tempo-espaço. 
 
 
ETERNIDADE 
 
A infinidade de Deus em relação ao tempo é denominada 
eternidade. Deus é Eterno (Salmos90:2; 102:12,24-27; Salmos 93:2; 
 
Apocalipse 1:8; Deuteronômio 33:27; Hebreus 1:12). A eternidade de Deus 
não significa apenas duração prolongada, para frente e para traz, mas sim 
que Deus transcende a todas as limitações temporais (IIPedro 3:8) 
existentes em sucessões de tempo. 
 
Deus preenche o tempo. Nossa vida se divide em passado, 
presente e futuro. Mas não há essa divisão na vida de Deus. Ele é o Eterno 
EU SOU. Deus é elevado acima de todos os limites temporais e de toda a 
sucessão de momentos, e tem a totalidade de sua existência num único 
presente indivisível (Isaías 57:15). 
 
 
IMENSIDÃO 
 
A infinidade de Deus em relação ao espaço é denominada 
imensidão ou imensidade. Deus é imenso (Grande ou Majestoso; Jó 36:5,26; 
Jó.37:22,23; Jeremias 22:18; Salmos 145:3). Imensidão é a perfeição de 
Deus pela qual Ele transcende (ultrapassa) todas as limitações espaciais e, 
contudo está presente em todos os pontos do espaço com todo o seu Ser 
PESSOAL (não é panteísmo). 
 
 
A imensidão de Deus é intensiva e não extensiva, isto é, não 
significa extensão ilimitada no espaço, como no panteísmo. A imensidão de 
Deus é transcendente no espaço (intramundano ou imanente = dentro do 
mundo – Salmos139:7-12; Jeremias 23:23,24) e fora do espaço 
 
(supramundano = acima do mundo; extramundano = além do mundo; 
emanente = fora do mundo - I Reis8:27; Isaías 57:15). 
 
ONIPRESENÇA: 
 
É quase sinônimo de imensidão: A imensidade denota a 
transcendência no espaço enquanto que a onipresença denota a imanência 
no espaço. Deus é imanente em todas as Suas criaturas e em toda a 
criação. 
 
A imanência não deve ser confundida com o panteísmo (tudo é 
Deus) ou com o deísmo que ensina que Deus está presente no mundo 
apenas com seu poder (per portentiam) e não com a essência e natureza de 
ser Ser (per essentiam et naturam) e que age sobre o mundo à distância. 
 
Deus ocupa o espaço repletivamente porque preenche todo o 
espaço e não está ausente em nenhuma parte dele, mas tampouco está 
mais presente numa parte que noutra (Salmos 139:11,12). 
 
Deus ocupa o espaço variavelmente porque Ele não habita na 
terra do mesmo modo que habita no céu, nem nos animais como habita nos 
homens, nem nos ímpios como habita nos piedosos, nem na Igreja como 
habita em Cristo (Isaías 66:1; Atos 17:27,28; CompareEfésios1:23 com 
Colossenses 2:9). 
 
 
 
IMUTABILIDADE: 
 
É o atributo pelo qual não encontramos nenhuma mudança em 
Deus, em sua natureza, em seus atributos e em seu conselho. 
 
A "BASE" PARA A IMUTABILIDADE DE DEUS: 
 
É Sua simplicidade, eternidade, auto-existência e perfeição. 
Simplicidade porque sendo Deus uma substância simples, indivisível, sem 
mistura, não está sujeito a variação (Tiago 1:17). 
 
 Eternidade porque Deus não está sujeito às variações e 
circunstâncias do tempo, por isso Ele não muda (Salmos 102:26,27; 
Hebreus 1:12 e 13:8). Auto-existência porque uma vez que Deus não é 
causado, mas existe em Si mesmo, então Ele tem que existir da forma como 
existe, portanto sempre o mesmo (Êxodo3:14). 
 
E perfeição porque toda mudança tem que ser para melhor ou 
pior e sendo Deus absolutamente perfeito jamais poderá ser mais sábio, 
mais santo, mais justo, mais misericordioso, e nem menos. Por isso Deus é 
imutável como a rocha (Deuteronômio 32:4). 
 
IMUTABILIDADE NÃO SIGNIFICA IMOBILIDADE: 
 
Nosso Deus é um Deus de ação e muito dinâmico (Isaías 43:13). 
 
 
IMUTABILIDADE IMPLICA EM NÃO ARREPENDIMENTO: 
 
Alguns versículos falam de Deus como se Ele se arrependesse 
(Êxodo32:14, II Samuel 24:16, Jeremias 18:8; Joel 2:13), trata-se de 
antropomorfismo(Números 23:19; Romanos 11:29; I Samuel 15:29; Salmos 
110:4). 
 
IMUTABILIDADE DE DEUS EM SUA NATUREZA: 
 
Deus é perfeito em sua natureza por isso não muda nem para 
melhor nem para pior (Malaquias 3:6). 
 
IMUTABILIDADE DE DEUS EM SEUS ATRIBUTOS: 
 
Deus é imutável em suas promessas (I Reis8:56; II Coríntios 
.1:20); em sua misericórdia (Salmos 103:17; Isaías 54:10); em sua justiça 
(Ezequiel 8:18); em seu amor (Gêneses 18:25,26). 
 
 
ONISCIÊNCIA 
 
Atributo pelo qual Deus, de maneira inteiramente única, conhece-
se a Si próprio e a todas as coisas possíveis e reais num só ato eterno e 
simples. O conhecimento de Deus tem suas características: 
 
 
 
 
É ARQUÉTIPO: 
 
Deus conhece o universo como ele existe em Sua própria ideia 
anterior à sua existência como realidade finita no tempo e no espaço; e este 
conhecimento não é obtido de fora, como o nosso (Romanos 11:33,34). 
 
É INATO E IMEDIATO: 
 
Não resulta de observação ou de processo de raciocínio (Jó 
37:16) 
 
É SIMULTÂNEO: 
 
Não é sucessivo, pois Deus conhece as coisas de uma vez em 
sua totalidade, e não de forma fragmentada uma após outra (Isaías40:28). 
 
É COMPLETO: 
 
Deus não conhece apenas parcialmente, mas plenamente 
consciente (Salmos 147:5). 
 
 
CONHECIMENTO NECESSÁRIO: 
 
 
Conhecimento que Deus tem de Si mesmo e de todas as coisas 
possíveis, um conhecimento que repousa na consciência de sua 
onipotência. É chamado necessário porque não é determinado por uma ação 
da vontade divina. 
 
Por exemplo: O conhecimento do mal é um conhecimento 
necessário porque não é da vontade de Deus que o mal lhe seja conhecido 
(Habacuque 1:13) Deus não pode nem quer ver o mal, mas o conhece, não 
por experiência, que envolve uma ação de Sua vontade, mas sim por 
simples inteligência, por ser ato do intelecto divino (observa II Coríntios 5:21 
onde o termo grego ginosko é usado). 
 
CONHECIMENTO LIVRE: 
 
É aquele que Deus tem de todas as coisas reais, isto é, das 
coisas que existiram no passado, que existem no presente e existirão no 
futuro. É também chamado visionis, isto é, conhecimento de vista. 
 
 
PRESCIÊNCIA: 
 
Significa conhecimento prévio; conhecimento de antemão. Como 
Deus pode conhecer previamente as ações livres dos homens? Deus 
decretou todas as coisas, e as decretou com suas causas e condições na 
exata ordem em que ocorrem, portanto sua presciência de coisas 
 
contingentes (I Samuel 23:12; II Reis13:19; Jeremias 38:17-20; Ezequiel 3:6 
e Mateus 11:21) apoia-se em seu decreto. 
 
Deus não originou o mal, mas o conheceu nas ações livres do 
homem (conhecimento necessário), o decretou e preconheceu os homens. 
Portanto a ordem é: conhecimento necessário, decreto, presciência. A 
presciência de Deus é muito mais do que saber o que vai acontecer no 
futuro, e seu uso no Novo Testamento é empregado como na LXX que inclui 
Sua escolha efetiva (Números 16:5; Juízes 9:6; Amós 3:2). 
 
Veja Romanos 8:29; I Pedro 1:2; Gálatas 4:9. Como se processou 
o conhecimento necessário de Deus nas livres ações dos homens antes 
mesmo que Ele as decretasse? A liberdade humana não é uma coisa 
inteiramente indeterminada, solta no ar, que pende numa ou noutra direção, 
mas é determinada por nossas próprias considerações intelectuais e caráter 
(lubentiarationalis = auto-determinação racional). Liberdade não é 
arbitrariedade e em toda ação racional há um porquê, uma razão que decide 
a ação. 
 
Portanto o homem verdadeiramente livre não é o homem incerto e 
imprevisível, mas o homem seguro. A liberdade tem suas leis - leis 
espirituais - e a Mente Onisciente sabem quais são (João 2:24,25). Em 
resumo, a presciência é um conhecimento livre (scientia libera) e, 
logicamente procede do decreto, "... segundo o decreto sua vontade" 
(Efésios1:11). 
 
 
 
SABEDORIA: 
 
A sabedoria de Deus é a Sua inteligência como manifestada na 
adaptação de meios e fins. Deus sempre busca os melhores fins e os 
melhores meios possíveis para a consecução dos seus propósitos. H.B. 
Smith define a sabedoria de Deus como o Seu atributo através do qual Ele 
produz os melhores resultados possível com os melhores meios possíveis 
 
Uma definição ainda melhor há de incluir a glorificação de Deus: 
Sabedoria é a perfeição de Deus pela qual Ele aplica o seu conhecimento à 
consecução dos seus fins de um modo que o glorifica o máximo (Romanos 
ll:33-36;Efésios 1:11,12; Colossenses 1:16). 
 
Encontramos a sabedoria de Deus na criação (Salmos 19:1-7; 
Salmos 104), na redenção (I Coríntios 2:7; Efésios 3:10) . A sabedoria é 
personificada na Pessoa do Senhor Jesus (Provérbios 8 e I Coríntios 1:30; 
Jó.9:4; veja também Jó 12:13,16). 
 
 
ONIPOTÊNCIA 
 
É o atributo pelo qual encontramos em Deus o poder ilimitado 
para fazer qualquer coisa que Ele queira. 
 
 
A onipotência de Deus não significa o exercício para fazer aquilo 
que é incoerente com a natureza das coisas, como, por exemplo, fazer que 
um fato do passado não tenha acontecido, ou traçar entre dois pontos uma 
linha mais curta do que uma reta. Deus possui todo o poder que é coerente 
com Sua perfeição infinita, todo o poder para fazer tudo aquilo que é digno 
d’Ele. O poder de Deus é distinguido de duas maneiras: 
 
Potentia Dei absoluta = absoluto poder de Deus 
 
Potentia Dei ordinata = poder ordenado de Deus. 
 
HODGE E SHEDD 
 
Definem o poder absoluto de Deus comoa eficiência divina, 
exercida sem a intervenção de causas secundárias, e o poder ordenado 
comoa eficiência de Deus, exercida pela ordenada operação de causas 
secundárias. 
 
CHANOCK 
 
Define o poder absoluto como aquele pelo qual Deus é capaz de 
fazer o que Ele não fará, mas que tem possibilidade de ser feito, e o poder 
ordenado como o poder pelo qual Deus faz o que decretou fazer, isto é, o 
que Ele ordenou ou marcou para ser posto em exercício; os quais não são 
poderes distintos, mas um e o mesmo poder. 
 
 
O seu poder ordenado é parte do seu poder absoluto, pois se Ele 
não tivesse poder para fazer tudo que pudesse desejar, não teria poder para 
fazer tudo o que Ele deseja. Podemos, portanto, definir o poder ordenado de 
Deus como a perfeição pela qual Ele, mediante o simples exercício de Sua 
vontade, pode realizar tudo quanto está presente em Sua vontade ou 
conselho. 
 
E' óbvio, porém, que Deus pode realizar coisas que a Sua 
vontade não desejou realizar (Gêneses 18:14; Jeremias 32:27; Zacarias 8:6; 
Mateus 3:9; Mateus 26:53). Entretanto há muitas coisas que Deus não pode 
realizar: Ele não pode mentir, pecar, mudar ou negar-se a Si mesmo 
(Números 23:19; I Samuel 15:29; II Timóteo 2:13; Hebreus 6:18; Tiago 
1:13,17; Hebreus 1:13; Tito 1:3), isto porque não há poder absoluto em 
Deus, divorciado de Sua perfeições, e em virtude do qual Ele pudesse fazer 
todo tipo de coisas contraditórias entre Si (Jó11:7). Deus faz somente aquilo 
que quer fazer (Salmos 115:3; Salmos 135:6). 
 
EL-SHADDAI: 
 
A onipotência de Deus se expressa no nome hebraico El-Shaddai 
traduzido por Todo-Poderoso (Gêneses 17:1; Êxodo6:3; Jó.37:23 etc.). 
 
EM TODAS AS COISAS: 
 
A onipotência de Deus abrange todas as coisas (I Crônicas 
29:12), o domínio sobre a natureza (Salmos 107:25-29; Naum1:5,6; Salmos 
 
33:6-9; Isaías 40:26; Mateus 8:27; Jeremias 32:17;Romanos 1:20), o 
domínio sobre a experiência humana (Salmos 91:1; Daniel 4:19-37; 
Êxodo7:1-5; Tiago 4:12-15; Provérbios .21:1; Jó 9:12; Mateus 19:26; Lucas 
1:37), o domínio sobre as regiões celestiais (Daniel 4:35; Hebreus 1:13,14; 
Jó 1:12; Jó2:6). 
 
 
NA CRIAÇÃO, NA PROVIDÊNCIA E NA REDENÇÃO: 
 
Deus manifestou o seu poder na criação (Romanos 4:17; Isaías 
44:24), nas obras da providência (I Crônicas 29:11,12) e na redenção 
(Romanos 1:16; I Coríntios 1:24). 
 
 
SOBERANIA OU SUPREMACIA 
 
Atributo pelo qual Deus possui completa autoridade sobre todas 
as coisas criadas, determinando-lhe o fimque desejar (Gêneses 14:19; 
Neemias 9:6; Êxodo18:11; Deuteronômio 10:14,17; I Crônicas 29:11; II 
Crônicas 20:6; Jeremias 27:5; Atos 17:24-26; Judas 4; Salmos 22:28; 
47:2,3,8; 50:10-12; 95:3-5; 135:5; 145:11-13; Apocalipse 19:6). 
 
VONTADE OU AUTO-DETERMINAÇÃO: 
 
A perfeição de Deus pela qual Ele, num ato sumamente simples, 
dirige-se à Si mesmo como o Sumo Bem (deleita-se em Si mesmo como tal) 
 
e às Suas criaturas por amor do Seu nome (Isaías 48:9,11,14; Ezequiel 
20:9,14,22,44; Ezequiel 36:21-23). 
 
A vontade de Deus recebe variadas classificações, pois à ela são 
aplicadas diferentes palavras hebraicas (chaphets, tsebhu, ratson) e gregas 
(boule, thelema). 
 
 
VONTADE PRECEPTIVA: 
 
Na qual Deus estabeleceu preceitos morais para reger a vida de 
Suas criaturas racionais. Esta vontade pode ser desobedecida com 
freqüência (Atos13:22; I João 2:17; Deuteronômio 8:20). 
 
 
VONTADE DECRETÓRIA: 
 
Pela qual Deus projeta ou decreta tudo o que virá a acontecer, 
quer pretenda realizá-lo causativamente, quer permita que venha a ocorrer 
por meio da livre ação de suas criaturas (Atos 2:23; Isaías 46:9-11). A 
vontade decretória é sempre obedecida. A vontade decretória e a vontade 
preceptiva relacionam-se ao propósito em realizar algo. 
 
 
VONTADE DE EUDOKIA: 
 
 
Na qual Deus deleita-se com prazer em realizar um fato e com 
desejode ver alguma coisa feita. Esta vontade, embora não se relacione com 
o propósito de fazer algo, mas sim com o prazer de fazer algo, contudo 
corresponde àquilo que será realizado com certeza, tal como acontece com 
a vontade decretória (Salmos 115:3; Isaías 44:28; Isaías 55:11). 
 
 
VONTADE DE EURESTIA: 
 
Na qual Deus deleita-se com prazer ao vê-la cumprida por Suas 
criaturas. Esta vontade abrange aquilo que a Deus apraz que Suas criaturas 
façam, mas que pode ser desobedecido, tal como acontece com a vontade 
preceptiva (Isaías 65:12). 
 
 
A VONTADE DE EUDOKIA: 
 
Não se refere somente ao bem, e nela não está sempre presente 
o elemento de deleite (Mateus 11:26). A vontade de eudokia e a vontade de 
eurestia relacionam-se ao prazer em realizar algo. 
 
 
VONTADE DE BENEPLACITUM: 
 
Também chamada Vontade Secreta. Abrange todo o conselho 
secreto e oculto de Deus. Quando esta vontade nos é revelada, ela torna-se 
 
na Vontade do Signum ou Vontade Revelada. A distinção entre a vontade de 
beneplacitum e a vontade de signum encontra-se em Deuteronomio.29:29. 
 
 
A VONTADE SECRETA: 
 
É mencionada em Salmos115:3; Daniel 4:17,25,32,35; Romanos 
9:18,19; Romanos 11:33,34; Efésios 1:5,9,11, enquanto que a vontade 
revelada é mencionada em Mateus 7:21; Mateus 12:50; João 4:34; João 
7:17; Romanos 12:2. Esta vontade está mui perto de nós (Deuteronômio 
30:14; Romanos 10:8). A vontade secreta de Deus pertence a todas as 
coisas que Ele quer efetuar ou permitir, tal como acontece na vontade 
decretória, sendo portanto, absolutamente fixa e irrevogável. 
 
 
LIBERDADE: 
 
A perfeição de Deus no exercício de Sua vontade. Deus age 
necessária e livremente. Assim como há conhecimento necessário e 
conhecimento livre, há também uma voluntas necessária = vontade 
necessária e uma voluntas libera = vontade livre. Na vontade necessária 
Deus não está sob nenhuma compulsão, mas age de acordo com a lei do 
Seu Ser, pois Ele necessariamente quer a Si próprio e quer a Sua natureza 
santa. 
 
 
Deus necessariamente se ama a Si próprio e Suas perfeições. As 
Suas criaturas são objetos de Sua vontade livre, pois Deus determina 
voluntariamente o que e quem Ele criará; e os tempos, lugares e 
circunstâncias de suas vidas. Ele traça as veredas de todas as Suas 
criaturas, determina o seu destino e as utiliza para Seus propósitos (Jó.ll:10; 
Jó23:13,14; Jó33:13. Provérbios 16:4; Provérbios 21:1; Isaías 10:15; Isaías 
29:16; Isaías 45:9; Mateus 20:15; Apocalipse 4:11; Romanos 9:15-22; I 
Coríntios 12:11). 
 
 
20 CURIOSIDADES BÍBLICAS QUE PODEM 
MUDAR A SUA VIDA! VOCÊ SÁBIA QUE: 
 
1) Na Bíblia tem 2 livros que levam os nomes de duas mulheres que são 
“Ester” e “Rute”; 
 
2) No livro de Ester não menciona o nome de Deus; 
 
3) O maior versículo da Bíblia tem 92 palavras e está em Ester 8.9; 
 
4) O menor versículo da Bíblia tem 10 letras e está em Êxodo 20.13 “Não 
Matarás”; 
 
 
5) O 2° menor versículo da Bíblia tem 11 letras e está em João 11.35 
“Jesus Chorou”; 
 
6) A Bíblia foi escrita por 40 homens e ao longo de 1.536 anos. Iniciou com 
o Pentateuco de Moisés no Sinai em 1.440 a.C. e terminou com o 
quarteto do Apóstolo João:Apocalipse; I João ; IIJoão e IIIJoão no ano 
96 d.C.; 
 
7) A Terra tem 7 bilhões de pessoas e apenas 5% é Cristã ou seja apenas 
350 milhões vão para o Céu (além de 10% de inocentes); 
 
8) Adão e Eva foram criados há 8.101(2015); da criação ao dilúvio 
passaram 1.656 anos; do dilúvio a Cristo foram 4.430 anos e, de Cristo 
até hoje são 2.015 anos. Porém os elementos usados para formar a 
Terra e a criação de animais e vegetais são bem mais antigos e pode 
chegar a 100 mil anos ou mais e, que o dia da criação desses elementos 
e animais pode não ser de 24 horas de 60 minutos do relógio solar de 
hoje; 
 
9) O homem que mais viveu na Terra foi “Metusela” ou “Matusalém” era 
avô de Noé e, morreu afogado no dilúvio porque não creu na pregação 
do neto; hoje a Arca da Salvação é Cristo e o betume é o Seu sangue; 
 
10) Os Cristãos não podem ouvir ou cantar músicas mundanas: 1º porque 
não louva a Deus, 2º porque louva a carne e os demônios e, 3º porque 
sempre tem mensagens subliminar, psicografada e sensual; 
 
 
11) A Figueira brotou as folhas em 1.948, ou seja, Israel renasceu e já 
estamos no momento propício para o Arrebatamento. Onde os mortos 
em Cristo ressuscitarão primeiro e juntamente com os Cristãos vivos vão 
subir para a Jerusalém Celeste, passar 3,5 anos no Tribunal de Cristo 
para receber coroas e galardões e depois 3,5 anos nas Bodas do 
Cordeiro que é festa de casamento entre a Igreja e Cristo. Toda pessoa 
que hoje morre com Cristo o seu espírito vai repousar no Paraíso 
Celeste ou Seio de Abraão; 
 
12) A Grande Tribulação será a 3ª Guerra Mundial, liderados pelo 
Anticristo e a Besta/Falso Profeta e começará após a subida da Igreja 
Cristã. Na Terra em 7 anos todas as pessoas infiéis sofrerão o castigo e 
punições com pragas, ferrões de escorpiões, trombetas e selos. Vai 
chover pedras de 30 quilos e o povo será carimbado com o 666, 
castigados e mortos. Armagedom será a batalha final dos países contra 
Israel 
 
13) O Milênio será um período de mil anos de paz na Terra para os 
Judeus, onde os animais serão mansos, não haverá: armas e guerras, 
moedas, doença e noite e, as mulheres terão de 30 a 150 filhos; 
 
14) O Pouco de Tempo será a 4º e última Guerra na Terra após o Milênio, 
com duração de 6 a 12 meses, e fogo vai descer do Céu e devorar os 
Judeus rebeldes para após serem julgados no Juízo Final; 
 
 
15) A Nova Terra de Apocalipse21 será para os Judeus obedientes, 
reconstrução do Jardim do Éden e, a Igreja estará na Jerusalém Celeste 
com corpos espirituais e cantando ao redor do trono de Deus para 
sempre; 
 
16) No Juízo Final do Trono Branco, todas as pessoas que morrem sem 
Cristo, os seus espíritos já estão hoje sofrendo no Inferno e, serão 
ressuscitados e receberão corpos imortais, doentes e feios da forma que 
morreram e receberão a sentença do castigo eterno e serão lançados no 
Lago de Fogo que arde mais que o Inferno. Serão condenados pela obra 
de: não ter crido no Senhor Jesus e na Bíblia que é Palavra de Deus, 
não ter se arrependido, confessado e abandonado os pecados, não ter 
se batizado e não ter frequentado uma igreja; 
 
17) Quem não consegue dominar e eliminar o desejoda carne de 
prostituir, beber, fumar, dançar e odiar é porque ainda não tem a 
salvação e ainda não foi selado pelo EspíritoSanto, e, ainda não tem o 
nome escrito no Livro da Vida no Céu e, para ser franco é porque ainda 
está possesso e oprimido por demônios; 
 
18) Deus aprova, venera e apóia o sexo no leito sem mácula, ou seja, de 
pares casados no civil e se possível na igreja; e reprova e castiga já 
agora e também depois no Inferno aos que se dão à prostituição, ou 
seja, o sexo praticado antes ou fora do casamento e entre amasiados 
(Hebreus 13.4); Deus, diz na Bíblia, que reprova a união de pessoas do 
 
mesmo sexo, porém está pronto para perdoar e salvar a alma de 
homossexuais e de lésbicas e de todos os prostitutos. 
 
19) Que o maior diálogo do Senhor Jesus registrado na Bíblia foi com 
uma Prostituta, liberou perdão e ela tornou-se a primeira missionária e 
ganhou toda uma cidade para Jesus (João4). O importante é o 
arrependimento e fazer propósito de mudança de vida e, então para 
aquele que se arrepende, confessa, pede perdão e muda totalmente de 
vida não tem nenhuma condenação. João 8.11 Vai e não peques mais; 
 
20) No sangue de Cristo, todos os seus pecados pretos como a escarlata 
ficam branco como a neve e, os vermelhos como o carmesim ficam 
como a branca lã. Isaias 1.18. Jesus cura todo tipo de doença, 
depressão, angústia, enxuga as lágrimas, liberta de opressão maligna, 
dá vitória, alegria, muita paz e leva ao Céu. 
 
REFLEXÃO: 
 
Querido estudante, hoje é o dia de você encontrar-se ou 
reconciliar-se com o Senhor Jesus ou falar do amor dEle para sua família e 
amigos! Venha agora para a presença de Deus, o Arrebatamento está 
chegando e amanhã poderá ser tarde demais! 
E para você que já é cristão, continue firme nas promessas, 
perdoe tudo e a todos! Abraços! Tenha um bom dia, lhe desejosaúde, vida 
longa e muita sabedoria espiritual. Pr.Omar. 
 
 
Essas 20 curiosidades foram apenas para 
descontrair e quebrar a rotina dos estudos, agora 
pode voltar àsequência, grato, Deus te abençoe. 
 
 
ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS 
 
SANTIDADE: 
 
É a perfeição de Deus, em virtude da qual Ele eternamente quer 
manter e mantém a Sua excelência moral, aborrece o pecado, e exige 
pureza moral em suas criaturas. Ser Santo vem do hebraico qadash que 
significa cortar ou separar. Neste sentido também o Novo testamento utiliza 
as palavras gregas hagiazo e hagios. A santidade de Deus possui dois 
diferentes aspectos, podendo ser positiva ou negativa (Hebreus 1:9;Amós 
5:15; Romanos 12:9). 
 
SANTIDADE POSITIVA: 
 
Expressa excelência moral de Deus na qual Ele é absolutamente 
perfeito, puro e íntegro em Sua natureza e Seu caráter (IJoão1:5; Isaías 
57:15; I Pedro 1:15,16; Habacuque 1:13). A santidade positiva é amor ao 
bem. 
 
 
 
SANTIDADE NEGATIVA: 
 
Significa que Deus é inteiramente separado de tudo quanto é mal 
e de tudo quanto o aborrece (Levítico 11:43-45; Deuteronômio 23:14; 
Jó.34:10; Provérbios .15:9,26; Isaías 59:1,2; Lucas 20:26; Habacuque 1:13; 
Provérbios .6:16-19; Deuteronômio 25:16; Salmos 5:4-6). A santidade 
negativa é ódio ao mal. Além de possuir dois aspectos a santidade de Deus 
possui também duas maneiras diferentes de manifestar-se: 
 
 
RETIDÃO: 
 
Também chamada justiça absoluta, é a retidão da natureza divina, 
em virtude da qual Ele é infinitamente Reto em Si mesmo (santidade 
legislativa). Salmos 145:17; Jeremias 12:1; João17:25; Salmos 116:5; 
Esdras 9:15. 
 
 
JUSTIÇA: 
 
Também chamada justiça relativa, é a execução da retidão ou a 
expressão da justiça absoluta (santidade judicial). Strong a chama de 
santidade transitiva. A retidão é a fonte da Santidade de Deus, a justiça é a 
demonstração de Sua santidade. 
 
 
A justiça de Deus pode ser retributiva e remunerativa. A justiça 
retributiva se divide em punitiva e corretiva. A justiça punitiva é aquela pela 
qual Deus pune os pecadores pela transgressão de Suas leis. Esta justiça 
de Deus exige a execução das penalidades impostas por Suas leis (Salmos 
3:5;11:4-7 Deuteronômio 32:4; Daniel 9:12,14; Êxodo9:23-27;34:7). A justiça 
corretiva é aquela pela qual Deus "pune" Seus filhos para corrigi-los 
(Hebreus 12:6,7). 
 
Aqueles que não são Seus filhos, Deus pune como um Juiz 
Severo (Romanos 11:22; Hebreus 10:31), mas aos Seus filhos, Deus "pune" 
(corrige) como um Pai Amoroso (Jeremias 10:24;30:11;46:28; Salmos 
89:30-33; I Crônicas 21:13) A justiça remunerativa é aquela pela qual Deus 
recompensa, com Suas bênçãos, aos homens pela obediência de Suas leis 
(Hebreus 6:10; II Timóteo .4:8; I Coríntios 4:5;3:11-15; Romanos 2:6-10; 
IIJoão 8) 
 
 
IRA: 
 
Esta deve ser considerada como um aspecto negativo da 
santidade de Deus, pois em Sua ira Deus aborrece o pecado e odeia tudo 
quanto contraria Sua santidade (Deuteronômio 32:39-41; Romanos 11:22; 
Salmos 95:11; Deuteronômio 1:34-37; Salmos 95:11). Podemos, então, 
dizer que a ira é a manifestação da santidade negativa de Deus (Romanos 
 
1:18; II Tessalonicenses 1:5-10; Romanos 5:9 etc.). A ira é também 
designada de severidade (Romanos 11:22). 
 
BONDADE: 
 
É uma concepção genérica incluindo diversas variedades que se 
distinguem de acordo com os seus objetos. Bondade é perfeição absoluta e 
felicidade perfeita em Si mesmo (Marcos 10:18; Lucas 18:18,19; Salmos 
33:5; Salmos 119:68; Salmos 107:8; Naum1:7). 
 
A BONDADE IMPLICA NA DISPOSIÇÃO DE TRANSMITIR 
FELICIDADE. 
 
BENEVOLÊNCIA: 
 
É a bondade de Deus para com Suas criaturas em geral. E' a 
perfeição de Deus que O leva a tratar benévola e generosamente todas as 
Suas criaturas (Salmos 145:9,15,16; Salmos 36:6;104:21; Mateus 
5:45;6:26; Lucas 6:35; Atos 14:17). 
 
 
THIESSEN 
 
Define benevolência como a afeição que Deus sente e manifesta 
para com Suas criaturas sensíveis e racionaIsaías Ela resulta do fato de que 
a criatura é obra Sua; Ele não pode odiar qualquer coisa que tenha feito 
 
(Jó14:15) mas apenas àquilo que foi acrescentado à Sua obra, que é o 
pecado (Eclesiastes 7:29). 
 
BENEFICÊNCIA: 
 
Enquanto que a benevolência é a bondade de Deus considerada 
em sua intenção ou disposição, a beneficência é a bondade em ação, 
quando seus atributos são conferidos. 
 
COMPLACÊNCIA: 
 
É a aprovação às boas ações ou disposições. É aquilo em Deus 
que aprova todas as Suas próprias perfeições como também aquilo que se 
conforma com Ele (Salmos 35:27; Salmos 51:6; Isaías 42:1; Mateus 3:17; 
Hebreus 13:16). 
 
LONGANIMIDADE OU PACIÊNCIA: 
 
O hebraico emprega a palavra erek'aph que significa grande de 
rosto e daí também lento para a ira. O grego emprega makrothymia que 
significa ira longe. Portanto longanimidade é o aspecto da bondade de Deus 
em virtude do qual Ele tolera os pecadores, a despeito de sua prolongada 
desobediência. A longanimidade revela-se no adiamento do merecido 
julgamento (Êxodo34:6; Salmos 86:15; Romanos 2:4; Romanos 9:22; I 
Pedro 3:20; II Pedro 3:15) 
 
 
MISERICÓRDIA: 
 
Também expressa pelos sinônimos compaixão, compassividade, 
piedade, benignidade, clemência e generosidade. No hebraico usa-se as 
palavras chesed e racham e no grego eleos. É a bondade de Deus 
demonstrada para com os que se acham na miséria ou na desgraça, 
independentemente dos seus méritos (Deuteronômio 5:10; Salmos 57:10; 
Salmos 86:5; I Crônicas 16:34; II Crônicas 7:6; Salmos 116:5; Salmos 136; 
Esdras 3:11; Salmos 145:9; Ezequiel 18:23,32; Êxodo33:11; Lucas 6:35; 
Salmos 143:12; Jó 6:14). 
 
A paciência difere da misericórdia apenas na consideração formal 
do objeto, pois a misericórdia considera a criatura como infeliz, a paciência 
considera a criatura como criminosa; a misericórdia tem pena do ser humano 
em sua infelicidade, a paciência tolera o pecado que gerou a infelicidade. 
 
A paciência difere da misericórdia apenas na consideração formal 
do objeto, pois a misericórdia considera a criatura como infeliz, a paciência 
considera a criatura como criminosa; a misericórdia tem pena do ser humano

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