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Direito Administrativo I – Prof.º Manoel Erhardt (UFPE/FDR) Texto: Crise do ato administrativo e a retomada de sua centralidade. Autor: Ricardo Marcondes Martins. A produção textual a ser analisada é de autoria do professor Ricardo Marcondes Martins, de título: Crise do ato administrativo e a retomada de sua centralidade. Em suma, o estudo pretende examinar a suposta crise do ato administrativo. Para tanto, faz- se um contraponto com a crise do serviço público. Ademais, defende-se, a partir de uma percepção histórica dos estudos do Direito Administrativo, a superação da crise. Assim, defende-se a assunção de um conceito amplo, abrangente de todas as normas editadas no exercício da função administrativa. Fixado o conceito, apresenta-se um panorama da teoria do ato administrativo, com breve incursão sobre seus principais desdobramentos: a existência, a eficácia, a validade, a extinção, a modificação e os atributos. Antes de examinar a crise nas ações administrativas, será feita uma breve inspeção da crise do serviço público. Como as ações administrativas, o serviço público foi estabelecido como o conceito central do direito administrativo. Por algum tempo, o serviço público sempre foi um padrão absoluto. No entanto, a jurisprudência francesa acredita que certas razões relacionadas ao serviço público devem ser julgadas pelo judiciário, enquanto certas razões não relacionadas ao serviço público devem ser julgadas pelo Conselho de Estado. O fracasso desse conceito como padrão absoluto de divisão de capacidade constitui a chamada primeira crise do serviço público. De modo que, destaca o autor: “Perceba-se: o conceito de serviço público não apenas identificava um regime incidente, ele servia de critério para identificar quando uma ação deveria ser encaminhada ao Judiciário e quando deveria ser encaminhada ao Conselho de Estado. O conceito de serviço público era utilizado como critério absoluto de divisão de competências, mas deixou de sê-lo e, nesse sentido, entrou em crise. Sem embargo, a partir da lição de Celso Antônio, deixou de fazer referência a um regime jurídico específico? No Direito brasileiro, por exemplo, o conceito de “serviço público” sintetiza um regime jurídico associado a atividades materiais de fruição singular cuja titularidade é atribuída ao Estado”. O conceito de serviço público é geralmente afirmado por lei, e é diferente do conceito de ação administrativa, que é logicamente legal até certo ponto. O conceito jurídico lógico é inerente a todo o sistema jurídico e, portanto, sujeito a restrições universais. São um instrumento indispensável para a compreensão do direito positivo, portanto, seja o que for, são a priori; o afirmativo na jurisprudência determina uma série de efeitos normativos de determinado direito positivo, refletindo as disposições de um determinado sistema normativo. Exemplos de conceitos positivos em direito incluem: atividade econômica, serviço público, poder de polícia, promoção. Exemplos de conceitos jurídicos lógicos incluem: normas legais, sanções, efeito legal e efeito legal. É previsível que as ações administrativas envolvam normas administrativas ou decisões administrativas. Nesse sentido, é lógico. Portanto, quando a crise de comportamento administrativo persiste, não se nega que esse conceito ainda é útil no direito administrativo. Ele continua a desempenhar as funções que sempre desempenhou. A crise refere-se à atenção dos juristas para com ele. Ou seja, continua tendo a mesma função, mas não é mais objeto de pesquisa: um grande número de monografias sobre comportamento administrativo foram encerradas, não há novas pesquisas ainda. Portanto, toda decisão governamental (em sentido amplo) é um ato administrativo. Portanto, o conceito privado de atos jurídicos não tem utilidade para o direito administrativo. Os conceitos expostos pelos privados são considerados aplicáveis à teoria geral do direito, o que constitui um pressuposto metodológico intransponível. Todos os educadores que conceituam ações administrativas como "declarações de vontade" são afetados por esse vício. Ou seja, é necessário perceber que a versão dos regulamentos administrativos é independente na manifestação da vontade a partir do exercício do poder de contato. Sempre que o semáforo fica vermelho, uma ação administrativa será emitida para proibir o motorista de seguir em frente. A mudança de cor dos semáforos é feita mecanicamente, sem qualquer manifestação de vontade. De fato, a edição de atos administrativos por máquinas é facilmente aceita por essa teoria. Outro bom exemplo são as multas emitidas por parquímetros. Depois de conceituar o comportamento administrativo e estudar seu alcance, o próximo passo é apresentar a "teoria do comportamento administrativo". Pode ser dividido em seis tópicos: 1) Teoria do Ser; 2) Teoria da validade; 3) Teoria da validade; 4) Teoria da extinção; 5) Teoria da modificação; 6) Teoria dos atributos. Na verdade, em primeiro lugar, as regras podem ou não existir no mundo jurídico. Se existir, pode ser válido ou inválido, válido ou inválido. A teoria da existência de atos administrativos é geralmente a teoria da existência de normas jurídicas. Para que existam ações administrativas, os elementos, os aspectos internos e as premissas existentes, os aspectos externos devem todos existir. Esse comportamento tem dois elementos: conteúdo, conteúdo prescrito e forma, externalização de conteúdo. Uma vez determinados esses quatro conceitos, é possível estabelecer o significado de "ação administrativa inválida". A expressão não se refere à força moral - porque todo ato existente a possui - nem é força factual ou força do fenômeno - porque, em geral, não tem nada a ver com a doutrina. O efeito da lei está relacionado ao efeito das normas, pois o surgimento das normas produzirá os efeitos esperados. Portanto, ato administrativo inválido é aquele que não pode ser influenciado, ou seja, segundo a terminologia utilizada, não tem efeito normativo. Assim, destaca o autor: “Ato administrativo inválido é o que possui um vício não desprezado pelo Direito. Noutras palavras: é o ato viciado cujo vício exige a correção pelo órgão estatal competente. É perfeitamente possível que quando o ato é editado o Direito não despreze o vício e exija a correção do ato, mas, com o decurso do tempo e com a geração de efeitos, o Direito passe a desprezá-lo. Vale dizer, o ato inválido pode se converter num ato irregular. Por isso, é mister esclarecer: ato inválido é o ato viciado que, ao menos no momento imediatamente subsequente à sua edição, exige a correção do vício”. O impacto do comportamento inválido refere-se ao impacto típico e atípico do comportamento, não deve ser confundido com o impacto inválido. Existem quatro tipos de impacto inválido. Existem duas condições equivalentes ao impacto inexistente: a responsabilidade do estado por indenização quando houver a assunção de responsabilidade civil. Sob a premissa da responsabilidade disciplinar, o Estado tem a responsabilidade de responsabilizar o agente pela responsabilidade inválida de assumir a responsabilidade. Dois outros efeitos são inerentes à ineficácia: o direito à resistência passiva - o direito de não cumprir a obrigação exigida pelo comportamento e, ainda assim, o direito de não ser punido pelo não cumprimento - a obrigação de corrigir o vício. Em outras palavras, a invalidade se refere às ações realizadas para eliminar as ações inválidas. Nesse caso: o comportamento como objeto de extinção tornou-se viciante no momento de sua versão e, além de não o desprezar, a lei também precisa da correção mais fundamental, ou seja, a eliminação do comportamento. Reconhecendo que um ato inválido terá um impacto se for eficaz, e não há conexão entre um ato inválido e seu impacto, é necessário determinar se a lei exige sua invalidade e se éinválido no todo, em parte ou em inteira. Portanto, a modulação de efeitos ineficazes passou a ser aceita, ou seja, não apenas ineficaz e a partir do início, mas também ineficaz ao invés de partir do início, partindo do futuro. Por outro lado, na terminologia apresentada, é geralmente aceito que, com o tempo e / ou os efeitos produzidos, os comportamentos inválidos se tornam comportamentos irregulares à medida que o vício se estabiliza. Por fim, a lei nem sempre impõe correções por invalidez, o que leva à elaboração da teoria da modificação da ação administrativa. Depois de fazer a cena completa, voltou a questão: como escolher o método de correção? A correção de ações administrativas inválidas depende do peso dos fatos e das circunstâncias jurídicas e leva em consideração fatores que conduzem a retirar a ação do mundo jurídico e minar sua influência, como a legalidade e a boa vontade da ação. Gestores prejudicados - e os fatores que contribuem para sua manutenção e eficácia - como a estabilidade do relacionamento e a sinceridade dos beneficiários. O peso só pode representar um resultado reconhecido por lei, ou seja, a hipótese de escolha relacionada, ou a hipótese de duas ou mais possibilidades e de livre escolha. Portanto, acredita-se que a versão reduzida / reformada, convertida ou confirmada pode ser fruto de discrição ou capacidade de contato: no primeiro caso, o ato só pode ser editado no exercício de funções administrativas; em segundo, pode ser por exercício Funções administrativas ou judiciais. A seleção de medidas corretivas requer consideração específica e é sensível à particularidade de circunstâncias específicas. Portanto, é incompatível com o exercício de funções legislativas. Nos termos já explicados, as ações administrativas são normas jurídicas emanadas do Estado, que são normas jurídicas emanadas de quem ou de quem quando o Estado exerce as suas funções administrativas. Como norma nacional, possui qualidades normativas que a distinguem das normas privadas. Essas características inerentes às normas administrativas baseadas na soberania nacional são chamadas de atributos de comportamento administrativo. São quatro: 1) a presunção de legitimidade; 2) falta de educação; 3) executoriedade; 4) tipicidade. Algumas pessoas acreditam que a formulação da teoria dos atributos serve apenas para possibilitar comportamentos que não conduzem ao gerenciado. Isso é desagradável: as categorias de comportamentos favoráveis e desfavoráveis para os gerenciados incluem modelos ou paradigmas, pois, em geral, os comportamentos administrativos são mistos e apresentam características favoráveis e desfavoráveis em alguma medida. Por fim, no resumo, o autor apresenta alguns pontos: a crise de conceitos jurídicos positivos (como o conceito de serviço público) é diferente da crise de conceitos jurídicos lógicos (como o conceito de comportamento administrativo). A primeira situação ocorre quando o conceito deixa de cumprir suas funções jurídicas, ou seja, deixa de identificar um sistema jurídico acidental. O segundo tipo refere-se ao desinteresse dos estudiosos. Direito administrativo é o termo geral para as decisões das autoridades administrativas, que continua a ter as funções usuais do direito brasileiro, mas não é mais o centro das atenções da doutrina. Mesmo assim, o conceito de restrição de ações administrativas ainda é considerado inadequado porque, a rigor, exclui determinadas decisões administrativas (como ações abstratas, ações bilaterais e ações preparatórias para a tomada de decisão), visto que toda decisão administrativa está sujeita a ações administrativas. para sistemas gerais. Também não é apropriado excluir atos administrativos e atos políticos do conceito de atos administrativos. Todo ato editado pela autoridade competente é regido pelo "Direito Administrativo" e, portanto, um ato administrativo. Além disso, de acordo com o Estado de Direito, a política se limita ao exercício do arbítrio e não há autonomia. Mesmo assim, ele dá uma breve visão geral dos principais temas da teoria do comportamento administrativo: a teoria da existência, eficácia, validade, extinção, modificação e atributos do comportamento. Em relação ao primeiro ato, para existir, o ato requer elementos, conteúdo e forma, bem como quatro premissas, um objeto substantivo, as qualificações do editor para as normas de redação, eficácia social mínima e injustiça não intolerável. A extinção de um ato administrativo pode ser motivada por fatos administrativos (como a realização de seus efeitos jurídicos ou o desaparecimento do sujeito ou objeto) ou por outro ato administrativo. No último caso, a extinção pode ser o efeito atípico do comportamento (como ocorrer em oposição ou derrubada) ou a natureza atípica do comportamento (como ocorrer no comportamento de abstinência). Existem quatro tipos de retirada: revogação, revogação, decadência ou confisco e invalidação. A doutrina da decadência ou desaparecimento ainda está em sua infância, mas muitas afirmações sobre a correção da invalidez no passado se estendem à correção da invalidez transcendental. Por fim, o reconhecimento de que os atos inválidos são eficazes levou à teoria da modificação dos atos administrativos. A modificação pode se referir ao comportamento eficaz, como na correção e esclarecimento, ou comportamento inválido, como na estabilização, conversão, restauração ou reforma e verificação. Além disso, a lei só pode exigir outra versão de invalidez ou invalidez e comportamento subsequente, e o conteúdo do comportamento inválido deve ser o mesmo, parcialmente o mesmo ou diferente. Além disso, observou-se que é possível alterar a responsabilidade pela correção. Diante das inúmeras possibilidades, conclui-se que somente ponderando os fatos favoráveis e desfavoráveis e as circunstâncias jurídicas da conduta e seus efeitos, podem ser apresentadas as medidas corretivas exigidas ou aceitas pela lei.
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