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PARASITOLOGIA - CONCEITOS INICIAIS

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Parasitologia – Conceitos iniciais
· 
· Aspectos gerais de taxonomia, morfologia, ciclo evolutivo de parasitas de interesse médico-veterinário.
CONCEITOS E NOMENCLATURA
· Parasitologia: estudo da associação entre seres vivos chamada de parasitismo (apenas um dos organismos tem benefício). Disciplina que estuda os parasitas animais e vegetais e a relação entre parasita e hospedeiro.
· Parasito: ser que se alimenta de outro ser. Do grego: indivíduo que necessita de outro para ter abrigo ou alimento, para reproduzir e perpetuar a espécie.
· Relação parasito-hospedeiro: parasito é sempre beneficiado, e o hospedeiro, prejudicado.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS PARASITAS
· Vírus:
· Pequenos seres parasitas formados por uma cápsula proteica.
· Podem infectar organismos vivos (seres humanos ou animais).
· Não possuem células: são parasitas intracelulares obrigatórios e dependem da invasão de unidades celulares para conseguirem se reproduzir.
· Bactérias (Reino Monera):
· São seres procariontes (não possuem organelas membranosas e carioteca) e o material genético está disperso no citoplasma.
· Unicelulares.
· Maioria é heterotrófica (sem capacidade de produzir seu próprio alimento) por absorção, mas também podem ser autotróficas (fotossintetizantes ou quimiossintetizantes).
· Fungos (Reino Fungi):
· Eucarionte.
· Heterotróficos por absorção e decompositores.
· Possuem parede celular de quitina.
· Podem ser unicelulares (leveduras) ou pluricelulares (cogumelos, orelhas de pau, bolores).
· Protozoários (Reino Protoctista):
· É o primeiro reino eucarionte (possuem núcleo e organelas membranosas).
· Microorganismos unicelulares (de uma só célula), eucariontes (com um núcleo).
· Geralmente, são heterotróficos.
· Helmintos (Reino Animal):
· São parasitas mais alongados.
· Infecção é normalmente identificada através da presença de grande quantidade de ovos nas fezes.
· Mais comuns: ovos de Ascaris sp, Taenia sp, Enrerobius sp e Ancylostoma spp.
· Artrópodes (Reino Animal) – insetos e aracnídeos:
· Animais dotados de patas articuladas.
· Possuem esqueleto externo (exoesqueleto) nitidamente segmentado.
POR QUE ESTUDAR PARASITOLOGIA VETERINÁRIA?
· Saúde e bem-estar animal.
· Saúde e bem-estar do homem (62-70% das infecções em humanos são zoonoses).
· Importância na rotina veterinária:
· Uma grande parte do seu tempo você irá gastar em casos de doenças parasitárias.
· Seu conhecimento permitirá que utilize os melhores protocolos para: diagnósticos, tratamento e prevenções.
· Quando se educa os tutores para fornecer o melhor cuidado para seus animais, toda a profissão e a sociedade ganham com isso.
· Clientes conscientes tomam melhores decisões: PROFILAXIA.
ASPECTOS GERAIS DE TAXONOMIA
· Taxonomia: área da microbiologia que estuda classificação, nomenclatura e identificação de microrganismo.
· Classificação: estabelece relação entre grupos para diferenciá-lo. Agrupa os microrganismos com base nas semelhanças existentes entre os diferentes grupos.
· Nomenclatura: é regida pelo código internacional de nomenclatura.
· Gênero e espécie em itálico ou sublinhado.
· Identificação: por meio de isolamento e verifica o tipo de espécie ou outra categoria presente na amostra a ser analisada.
CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA
· Classificação simples dos animais comestíveis: século V a.C.
· Classificação dos seres vivos: própria necessidade do homem em reconhecê-los.
· Grande número de espécies viventes – necessidade de organização – facilitar a identificação.
REGRA DE NOMENCLATURA
· Lineu (1758).
· É a nomenclatura utilizada para impedir confusões na descrição cientifica dos seres; é universal.
· Exemplo: no Brasil, existem várias denominações para o cachorro.
· Pode ser chamado de cão, cusco, vira-lata, etc.
· Isso também acontece em outros países – confusão ao se descrever determinado animal.
· Por esse motivo, visando facilitar a comunicação entre as pessoas, foi criado o sistema de nomes científicos para designar as espécies de seres.
· Por convenção:
· Gênero e espécie: latinizados.
· Família, ordens, classes e outras categorias: fonte normal, com letra inicial maiúscula.
· Taxonomia: do grego “Leis para classificar”.
· É a ciência de administrar a descoberta, descrição e classificação das espécies e grupo de espécies, com suas normas e princípios.
· Filogenia: relações evolutivas entre organismos.
· Classificação definitiva:
· Métodos fenotípicos: morfologia, arranjo, afinidade tintorial, aspectos nutricionais.
· Métodos genotípicos: determina o grau de parentesco entre moléculas de DNA das amostras em classificação.
· Todo nome científico deve estar destacado no texto. Pode ser escrito em itálico (impresso) ou sublinhado (manuscrito).
· Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binominal, sendo o primeiro termo para designar o seu gênero e o segundo, a sua espécie. Considera-se um erro grave usar apenas o nome da espécie sem o gênero.
· O gênero deve ser escrito com inicial maiúscula.
· A espécie deve ser escrita com a inicial minúscula, salvo exceções.
· Em trabalhos científicos, após o nome do organismo é colocado, por extenso ou abreviadamente, o nome do autor que primeiro descreveu e denominou, sem qualquer pontuação intermediária, seguindo-se depois uma vírgula e data da primeira publicação (ex.: cachorro - Canis familiaris Lineu ou L., 1758).
· Quando se conhece apenas o gênero, costumasse colocar sp, que significa uma espécie do gênero, e deve vir sem nenhum destaque (itálico, negrito ou grifo). Ex.: Toxoplasma sp. (referente a uma espécie).
· Quando se conhece apenas o gênero, porém quer se fazer referência a várias espécies deste gênero costuma-se colocar spp, sem nenhum destaque (itálico, negrito ou grifo). Ex.: Ascaris spp (referente às várias espécies existentes).
REGRAS DE NOMENCLATURA ZOOLÓGICA
· Gênero: quando várias espécies apresentam caracteres em comum.
· Espécie: definida como sendo uma coleção de indivíduos que se assemelham tanto entre si como os seus ascendentes e descendentes.
· O sistema de nomenclatura de espécie é binominal (Canis familiaris).
· Subespécie: dá-se esse nome quando alguns indivíduos de determinada espécie se destacam do resto do grupo por possuírem uma característica excepcional ou um conjunto de pequenas diferenças da forma específica típica, que se perpetuam nas gerações seguintes.
· Quando a espécie possui subespécie: Culex pipiens fatigans.
· Quando a diferença é fisiológica ou de hospedeiro (raça ou variedade): Sarcoptes scabiei variedade suis (sarna de porco).
· Quando a espécie possui subgênero: Anopheles (Kerteszia) cruzi.
· Tribo acrescenta-se ini: Culicini.
· Subfamilia se acrescenta inae: Culicinae.
· Família se acrescenta idae: Culicidae.
· Superfamília se acrescenta oidea: Oxyuroidea.
· As espécies estão reunidas em: espécies – gênero – famílias – ordens – classe – filo – reino.
PARASITOS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
· Reino Protoctista – protozoários:
· Primeiro reino eucarionte (possuem núcleo e organelas membranosas).
· Microrganismo unicelulares (de uma só célula), eucariontes (com um núcleo).
· Geralmente, são heterotróficos.
· Flagelados, coccídeos e plasmódios.
· Reino Animal – invertebrados:
· Acarologua e entomologia, Filo Arthropoda.
· Ácaros, piolhos, moscas e mosquitos, pulgas.
· Reino animal - invertebrados: Helmintos
· Filo platyhelminthes: Classe cestoda, classe trematoda.
· Filo nematoda.
CLASSIFICAÇÃO, TIPOS, ASSOCIAÇÕES E CICLO DE VIDA
· Endoparasitos: vivem no interior do hospedeiro. Ex.: protozoários, helmintos.
· Ectoparasitos: vivem na superfície ou cavidade do hospedeiro. Ex.: carrapato, pulgas.
ORIGEM DO PARASITISMO
· Reciclagem permanente de todos os componentes orgânicos: coabitação das espécies no planeta.
· Interdependência das espécies: obtenção de alimentos e/ou proteção, criação de associações, evolução e permanência da vida – o objetivo do parasita não é matar o hospedeiro.
· Consumidor primário: cadeia saprofítica.
· Consumidor secundário: cadeia predatória.
· Consumidor terciário: cadeia parasitária.ASSOCIAÇÃO ENTRE SERES VIVOS
· Forésia: uma espécie busca apenas abrigo ou transporte.
· Comensalismo: uma espécie obtém vantagem sem causar prejuízo para a outra (aspectos nutritivos).
· Mutualismo: espécies diferentes vivem em íntima associação, havendo benefício mútuo.
· Parasitismo: existe unilateralidade de benefícios, há danos ao hospedeiro, associação íntima e duradoura e dependência metabólica de grau variável (relação obrigatória, relação facultativa, relação acidental).
PARASITISMO
· Associação desarmônica entre indivíduos de espécies diferentes.
· Um vive à custa do outro com prejuízos.
· Infecção: é a invasão de um hospedeiro por organismos (vírus, bactérias, protozoários, helmintos).
· Infestação: é o estado ou a condição de ser infestado, restrito à presença de parasitos externos. 
· Pode ocorrer infecção sem manifestação da doença.
· Permanência no hospedeiro: temporário (pulga), permanente (sarna) e periódico (berne).
TIPO DE HOSPEDEIRO
· Monóxeno ou direto: necessita somente de um hospedeiro direto, não necessita de hospedeiro indireto. Ex.: Haemonchus.
· Heteróxeno ou indireto: quando existem dois ou mais hospedeiros.
· Intermediário (abriga o parasita na fase de larva) / Definitivo (abriga o parasita na forma adulta) 
· O parasita exige mais de um hospedeiro.
· Formas sexuadas e assexuadas.
· Ex.: Taenia - parasita a carne bovina em sua fase de larva e depois parasita o humano na fase adulta.
· Vertebrado / invertebrado
· Parasitismo exige mais de um hospedeiro.
· Formas sexuadas não existem ou estão presentes em ambos os hospedeiros.
· Paratênico ou de transporte:
· Ser vivo que serve de refúgio temporário, apenas transporta o parasita.
· Não são essenciais para a continuação do ciclo, mas facilitam a transmissão.
· Ex.: ratos ingerem ovos de Toxocara canis no ambiente – larvas ficam nos seus tecidos - são comidos pelo cão (HD) – parasita atinge a idade adulta.
· Reservatório:
· Ser vivo responsável pela sobrevivência do parasito.
· Dificilmente causa doença nesse hospedeiro.
· Ex.: capivara reservatório de T. evansi.
· Vetor:
· Vetor mecânico: mero transportador, parasito não se desenvolve.
· Vetor biológico: há desenvolvimento do parasito (HI), essenciais para a sobrevivência do parasito, se o vetor for eliminado, a doença seria erradicada.
ESPECIFICIDADE PARASITÁRIA
· Estenoxenos: espécie-especifica (só aceitam aquele hospedeiro). Ex.: Babessia bovis em bovinos.
· Eurixanos: quando são poucos específicos, tendo uma varidade de hospedeiros. Ex.: Fascíola hepática, que pode parasitar várias espécies de animais.
AÇÕES DO PARASITO SOBRE O HOSPEDEIRO
· Ação mecânica: obstrução (ex.: Toxocara, Dirofilaria)., compressão (ex.: Coenurus cerebralis).
· Ação espoliadora: sequestram nutrientes e fluidos do hospedeiro.
· Ação inflamatória/irritante: migração do parasito.
· Ação de transmissão: parasitos transmitem agentes patogênicos (ex.: Dirofilariose).
PERÍODO DE PARASITISMO
· Período pré-patente: entre infecção e aparecimento das primeiras formas detectáveis do parasito.
· Ex.: Schistosoma mansoni – período entre penetração da cercaria até o aparecimento de ovos nas fezes (formas detectáveis) aproximadamente 40 dias.
· Período patente: a partir da fase adulta até o fim da infecção/infestação.
· Termina quando o parasito não é mais encontrado nos exames.
· Período de incubação: entre infecção e aparecimento dos primeiros sinais clínicos.
· Esquistossomose mansoni – penetração de cercaria até dermatite cercariana = 24 horas.
ECOSSISTEMA PARASITÁRIO E MEIO AMBIENTE: COMO SE DÁ A INFECÇÃO
· Coincidência de habitat de hospedeiros e vetores.
· Número suficiente de hospedeiros e vetores.
· Parasito em número suficiente.
· Condições propicias para a transmissão: mio ambiente + status social.
CICLO DE VIDA E TRANSMISSÃO
· Definição: sequência de mudanças no desenvolvimento em que o organismo evolui da sua condição de zigoto fertilizado para forma adulta, quando atingirá capacidade de reprodução e formará outro zigoto.
· Tipos: direto (o parasita é transmitido diretamente de um hospedeiro para o outro, sem HI) indireto (para que o ciclo se complete, é necessário que parte dele ocorra num HI).
FORMAS DE DISSEMINAÇÃO
· Veículo comum: agente etiológico transmitido por fonte única, como água, alimento, ar.
· Propagação hospedeiro – hospedeiro: o agente é disseminado pelo contato entre indivíduos infectados e suscetíveis, por via respiratória, genital ou por vetores.
· Porta de entrada do hospedeiro: trato respiratório, gastrointestinal, geniturinário, cutâneo.

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