Buscar

itamar_miranda_machado___indicadores_financeiros

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 139 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 139 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 139 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A Importância dos Indicadores 
Financeiros para o Processo de Tomada 
de Decisão nas Cooperativas 
Prof. Itamar M. Machado
Professor Associado da FDC
2017
Indicadores Financeiros – Temas
1. A Contabilidade como Ferramenta de Gestão
2. Análise da Estrutura Financeira das Empresas
3. Fluxo de Caixa Indireto
4. Criação de Valor - EVA
Conteúdo Programático
1. A Contabilidade como Ferramenta de Gestão
• Estrutura Patrimonial e de Resultado
• Regime de Competência x Regime de Caixa
• Balanço Patrimonial
• DRE – Demonstração do Resultado do Exercício (Sobras ou Perdas) – Legal x Gerencial
▫ Custos (Dispêndios) Fixos x Variáveis
▫ Margem de Contribuição
▫ EBITDA e EBIT
2. Análise da Estrutura Financeira das Empresas
• Indíces de Liquidez
• Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro
• Necessidade de Capital de Giro – NCG
• Modelo Dinâmico
▫ NCG x CDG x T
▫ Efeito Tesoura
3. Fluxo de Caixa Indireto
• Conciliação: Lucro (Sobras) x Caixa
• Fluxo de Caixa Operacional, Investimento e Financiamento
4. Criação de Valor
• Custo de Capital Terceiros x Próprio
• ROIC – Retorno Sobre o Investimento
• EVA – Valor Econômico Agregado
A Contabilidade como 
Ferramenta de Gestão
Contabilidade é um sistema que permite registrar e processar as
transações de uma entidade, seja pessoa física ou jurídica, que
possam ser expressas em termos monetários, e informar os
reflexos dessas transações na situação econômico-financeira em
uma determinada data.
Finalidade: Possibilitar a consolidação de informações econômico-
financeiras e a elaboração de relatórios contábeis que facilitem a
tomada de decisões.
Demonstrações Contábeis: São os relatórios contábeis em que as
informações são divulgadas. É a forma de se apresentar a situação
econômico-financeira da empresa de forma ordenada e
padronizada.
Contabilidade: conceito e finalidade
• As demonstrações contábeis exigidas pela Lei das S/A e pela Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) são:
 Balanço Patrimonial (Ltda. e S/A)
 Demonstração do Resultado do Exercício - DRE (Ltda. e S/A)
 Demonstração do Fluxo de Caixa (S/A)
 Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido – DMPL (Ltda. e S/A)
 Demonstração do Valor Adicionado - DVA (S/A – capital aberto)
 Notas Explicativas (S/A)
 Relatório da Administração (S/A)
 Parecer dos Auditores (S/A – capital aberto)
• As empresas S/A de Capital Fechado e as Limitadas que tiverem Ativo Total maior que R$ 240
milhões ou Receita Bruta Anual maior que R$ 300 milhões deverão seguir as mesmas normas
das S/A de Capital Aberto.
Demonstrações Contábeis
• No nosso estudo, vamos focar o Balanço, a DRE e o Fluxo de Caixa,
que são as três demonstrações utilizadas no dia a dia para gestão
empresarial.
Balanço Patrimonial – Estrutura
ATIVO
(Bens e Direitos)
PASSIVO
(Dívidas e Obrigações)
Capital de Terceiros
PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO
Capital Próprio
A
p
lic
aç
õ
es
 d
e 
R
ec
u
rs
o
s
Fo
n
tes (o
rigen
s) d
e R
ecu
rso
s
• O Balanço Patrimonial demonstra a situação econômica e
financeira da empresa, é um retrato da sua situação patrimonial
(bens, direitos, dívidas e obrigações) em um determinado
momento.
• A obrigatoriedade de elaboração é anual, no final de cada exercício
social (31 de dezembro); no entanto, para fins gerenciais, deve ser
elaborado todo final de mês, para que os gestores possam ter
sempre um retrato atualizado da situação patrimonial da empresa,
verificando a movimentação de cada uma das contas.
Balanço Patrimonial 
Balanço Patrimonial – Ativo
• O Ativo representa o conjunto de bens e direitos, tangíveis ou
intangíveis, de uma empresa, expressos em moeda, que deverão
gerar benefícios presentes ou futuros para a empresa, tais como:
 Bens: dinheiro, estoques, máquinas, terrenos, veículos, instalações
etc.
 Direitos: contas a receber, adtos. a fornecedores, ações, direitos
de uso e exploração, marcas e patentes etc.
• Para que possa ser considerado um ativo, além de ser bens ou
direitos, é necessário que apresente duas características:
 Seja mensurável em dinheiro.
 Haja expectativa de geração de benefícios presentes ou futuros.
Balanço Patrimonial – Passivo
• O passivo representa o conjunto de dívidas e obrigações,
expressas em moeda, que uma empresa tem com terceiros
(credores).
Exemplo de algumas contas que formam o passivo:
 Empréstimos e financiamentos
 Fornecedores de mercadorias, matéria-prima e insumos
 Salários e encargos a pagar
 Impostos a pagar
 Adtos. de Clientes
 Contas a pagar de modo geral
Balanço Patrimonial – Patrimônio Líquido
• Ao subtrair dos bens e direitos (ativo) as dívidas e obrigações (passivo),
chega-se ao valor contábil líquido da empresa, ou seja, ao valor que os
proprietários (sócios/acionistas) têm investido na sociedade em
determinado momento.
• Por representar o valor contábil líquido da empresa, é chamado de
Patrimônio Líquido. É formado por:
 Capital Social
 Reservas
 Ajustes de avaliação patrimonial
 Lucros ou Prejuízos Acumulados
O Patrimônio Líquido representa o valor contábil de uma 
empresa em determinado momento.
O patrimônio líquido representa as fontes de recursos provenientes dos
sócios/acionistas.
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
(Demonstração de Sobras ou Perdas)
• Trata-se de uma demonstração
dedutiva, ou seja, inicia-se pela Receita
(ingresso) Bruta de Vendas ou Serviços
e vão-se deduzindo os impostos, custos
e despesas (dispêndios) para se chegar
ao resultado econômico: lucro (sobra)
ou prejuízo (perda).
• Apresenta a rentabilidade da empresa
no período.
• O modelo apresentado nessa estrutura
é o de acordo com a legislação. Para fins
gerenciais, são necessárias algumas
reclassificações que serão apresentadas
nos tópicos à frente.
Ingresso / Receita Bruta
Impostos sobre o Ingresso / Receita
Ingresso / Receita Líquida
Dispêndio / Custo da Mercadoria Vendid
Sobra / Lucro Bruto
Dispêndio e Desp./ Ingressos e Receitas 
Operacionais
• Dispêndios/Despesas Comerciais
• Dispêndios/Despesas Gerais e Administrativas
• Dispêndios/Despesas/Receitas Financeiras
• Outros Dispêndios e Desp./ Ingressos e 
Receitas Operacionais
Resultado Operacional
Receitas e Despesas Extraordinárias
Sobra / Lucro Antes do IR e da CSSL
Imposto de Renda e CSSL
SOBRA / LUCRO LÍQUIDO
TERMINOLOGIAS APLICADAS ÀS COOPERATIVAS:
Receita (Ingresso), Custo e Despesa (Dispêndio)
Contas de 
Resultados
Ato 
Cooperativo
Ato 
Não Cooperativo
Faturamento Ingressos Receitas
Gastos Dispêndios Custos e Despesas
Resultado Sobras ou Perdas Lucro ou Prejuízo
Estes termos são aplicados para fins legais, para fins gerenciais, normalmente,
são utilizados os termos tradicionais de mercado, ou seja:
• Receitas
• Custos e Despesas
• Lucro ou Prejuízo
Por isso, neste curso, na maioria das vezes, utilizaremos os
termos tradicionais.
• A receita corresponde, em geral, à entrada de recursos em função das vendas
de produtos, mercadorias ou a prestações de serviços.
Reflexo no Balanço Patrimonial:
▫ Venda à vista: entrada de dinheiro no Caixa (ativo)
▫ Venda a prazo: aumento da conta Clientes (ativo)
• Custo é todo consumo de bens ou serviços utilizados no processo produtivo.
• Despesa é todo consumo de bens ou serviços utilizados para a obtenção de
Receita.
Reflexo dos Custos e Despesas no Balanço Patrimonial:
▫ Pagamento à vista: redução do Caixa (ativo)
▫ Pagamento a prazo: aumento de uma conta do Passivo
DRE – Receita, Custo e Despesa
CUSTOS
São todos os gastos, desembolsáveis ou
não, consumidos na fabricação de um
bem ou serviço. São denominados custos
dos produtos.
Para o comércio, custo será o valor pago
pela mercadoria + seguro + o frete
relacionado à chegada da mercadoria.
DESPESAS
São todos os gastos, desembolsáveis ou
não, consumidos com a finalidade de gerar
receitas; estão relacionados às áreas
comercial e administrativa. São
denominados despesas do período, uma
vez que não se referem aos produtos, pois
existem independentemente de ocorrer ou
não a produção.
Demodo geral, as Despesas são ligadas às áreas administrativas e comerciais. Já os
custos estão diretamente ligados à produção, sendo, portanto, incorporados aos
produtos. Os custos dos produtos, quando vendidos, são transferidos para a DRE.
DRE – Diferença entre Custos e Despesas
Informações
Econômicas Financeiras
Resultados
(=) Lucros/Prejuízos
Pagamentos e recebimentos
(=) Tesouraria/Caixa
Econômico X Financeiro
• A legislação determina que as receitas, os custos e as despesas
devem ser incluídos na apuração do resultado (DRE) no período em
que ocorrem, sempre simultaneamente quando se relacionarem,
independentemente do recebimento ou pagamento.
• No Regime de Competência do exercício, as receitas, os custos e as
despesas serão sempre reconhecidos segundo o fato gerador, e não
segundo o fluxo de recursos financeiros, ou seja, não importa se
houve entrada ou saída de dinheiro, o fato ocorrido tem de ser
contabilizado.
Regime de Competência
Resumindo, o Princípio (regime) da Competência
estabelece que as receitas devem ser confrontadas
com os custos e as despesas que a geraram,
independentemente do fluxo financeiro.
Com o objetivo de permitir aos usuários da contabilidade, principalmente
credores e investidores, uma adequada interpretação da situação
patrimonial e financeira da empresa, o balanço é segregado em grupos
de contas, para que se possa comparar, por exemplo, o montante de
bens e direitos (aplicações) de curto prazo com as dívidas e obrigações
(fontes) também de curto prazo. Da mesma forma, possibilitar a
comparação entre as aplicações de longo prazo com as fontes de longo
prazo.
Balanço Patrimonial – Visão Analítica
Aplicações a 
Curto Prazo
Aplicações a 
Longo Prazo
Fontes de 
Curto Prazo
Fontes de
Longo Prazo
ATIVO PASSIVO e PL
Balanço Patrimonial – Classificação
Circulante
Aplicações de recursos (bens e direitos) que se
realizam em um prazo de até 365 dias, como Caixa,
Banco, Aplicação Financeira, Contas a Receber,
Estoques etc.
Circulante
Fontes de recursos que vencem num prazo de até 365
dias, como Fornecedores, Empréstimos e
Financiamentos a Pagar, Salários a Pagar, Impostos a
Pagar etc.
Não Circulante (Exigível a Longo Prazo)
Fontes de recursos que vencem num prazo superior a
365 dias.
Patrimônio Líquido
Fontes de Recursos que representam os recursos dos
acionistas. Não há prazo definido para pagamento,
exceto quanto à política de dividendos.
Não Circulante
Aplicações de recursos que se realizam num prazo
superior a 365 dias. Estão subdivididas em:
• Realizável a Longo Prazo: Bens e Direitos que se
realizam num prazo superior a 365 dias, como
depósitos judiciais.
• Investimento: Participações societárias em outras
empresas.
• Imobilizado: Bens corpóreos cuja vida útil
ultrapassa um ano, como máquinas,
equipamentos, veículos, imóveis etc.
• Intangível: Bens incorpóreos, como marcas e
patentes, direitos e outorga e software.
ATIVO – Aplicações de Recursos PASSIVO – Fontes de Recursos
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE 350.000 CIRCULANTE 230.000
Caixa e Bancos 10.000 Financiamentos 90.000
Aplicações Financeiras 50.000 Fornecedores 100.000
Clientes 120.000 Salários e Encargos a Pagar 10.000
Estoques 150.000 Impostos a Pagar 30.000
Despesas Antecipadas 20.000
NÃO CIRCULANTE 370.000 NÃO CIRCULANTE (Ex. Longo Prazo) 110.000
Realizável a Longo Prazo 30.000 Financiamentos 110.000
Clientes 30.000
Investimentos 100.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 380.000
Participações Societárias 100.000 Capital Social 280.000
Reservas 20.000
Imobilizado 200.000 Lucros (Prejuízos) Acumulados 80.000
Imóveis 80.000
Máquinas e Equipamentos 100.000
Veículos 50.000
(-) Depreciação Acumulada (30.000)
Intangível 40.000
Marcas e Patentes 10.000
Softwares 40.000
(-) Amortização Acumulada (10.000)
TOTAL DO ATIVO 720.000 TOTAL DO PASSIVO + PL 720.000
A assembléia
deverá definir
a forma de
distribuição
Contas Retificadoras – Depreciação
• À medida que um ativo é usado, vai-se desgastando e,
consequentemente, perdendo valor econômico. Essa perda do valor
econômico se dá em função do uso ou da obsolescência e é chamada
de Depreciação.
• A Despesa com Depreciação reduz o lucro, mas não o caixa, uma vez
que não há desembolso, pois o pagamento ocorreu no momento da
aquisição do bem ou dos pagamentos das parcelas quando financiado.
• A Despesa com Depreciação é uma conta de resultado (DRE) e tem
como contrapartida uma conta redutora chamada “Depreciação
Acumulada” no Ativo Imobilizado, possibilitando ao usuário ter uma
noção da idade média aproximada dos bens duráveis (imobilizado) da
empresa.
Imobilizado Bruto
(-) Depreciação Acumulada
Com o objetivo de padronizar a contabilização da depreciação, a legislação
tributária estabeleceu prazos para se depreciar os bens, conforme tabela a
seguir:
Bens Vida útil em anos Taxa anual
Prédios e edificações 25 4%
Máquinas e equipamentos 10 10%
Móveis e utensílios 10 10%
Veículos 05 20%
Bens de informática 05 20%
Para fins societários e gerenciais, a empresa deve definir
as taxas de depreciação de acordo com a vida útil real de
cada um dos seus bens
Taxas de Depreciação
• Por analogia, podemos dizer que a amortização é a depreciação do
ativo intangível.
• Os gastos incorridos pela empresa e que formam o Ativo Intangível
são amortizados ao longo do tempo, sendo que o seu valor é
acumulado na conta Amortização Acumulada.
• Todos os comentários feitos para a depreciação acumulada são
válidos para a amortização acumulada.
• Os gastos devem ser amortizados dentro do prazo que irão gerar
benefícios, por exemplo, se for concedido direito de explorar uma
linha de ônibus pelo período de 10 anos, a amortização deverá ser
dentro desse prazo.
Contas Retificadoras - Amortização
Intangível
(-) Amortização Acumulada
Patrimônio Líquido – Reservas
De acordo com a Lei 5.764 de 1971 - Art. 28. As cooperativas são obrigadas a
constituir as seguintes reservas:
I. Fundo de Reserva destinado a reparar perdas e atender ao desenvolvimento de
suas atividades, constituído com 10% (dez por cento), pelo menos, das sobras
líquidas do exercício;
II. Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social, destinado a prestação de
assistência aos associados, seus familiares e, quando previsto nos estatutos, aos
empregados da cooperativa, constituído de 5% (cinco por cento), pelo menos,
das sobras líquidas apuradas no exercício.
§ 1° Além dos previstos neste artigo, a Assembleia Geral poderá criar outros fundos,
inclusive rotativos, com recursos destinados a fins específicos fixando o modo de
formação, aplicação e liquidação.
§ 2º Os serviços a serem atendidos pelo Fundo de Assistência Técnica, Educacional e
Social poderão ser executados mediante convênio com entidades públicas e privadas.
Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
Tem o objetivo de demonstrar de forma ordenada e padronizada, as receitas realizadas, os custos
e as despesas incorridas durante o ano, que resultam em lucro ou prejuízo líquido do exercício.
Dentre muitas finalidades do Demonstrativo do Resultado pode-se citar como as mais
importantes:
• Os acionistas e quotistas (cooperados) são informados sobre a forma de composição dos
resultados e a taxa de retorno do valor investido.
• Os credores podem apurar, através dele, a rentabilidade das empresas e a geração de caixa
em função de suas operações, essa análise é importante para definição dos limites de
crédito.
• Aos próprios administradores para medirem suas eficiências e, quando necessário, alterar a
política dos negócios da empresa, como por exemplo: alteração de preços, aumento da
produção, expansão da propaganda, redução de custos etc.
Trata-se de uma demonstração dedutiva, ou seja, inicia-se pela Receita de Vendas ou Serviços e
vai-se deduzindo os impostos, custos e despesas para se chegar ao resultado (lucro ou prejuízo).
DRE – Estrutura de Acordo com a Legislação
Rubricas Descrição
Ingresso / Receita Bruta Total das vendas e/ou serviços.
Impostos sobre Ingresso/ 
Receita
São os Tributos incidentes sobre a Receita: ICMS, ISS, PIS e
COFINS.
Ingresso / Receita Líquida Ingresso/Receita Bruta menos os Tributos, é o verdadeiro
Ingresso/Receita da empresa.
Dispêndios / Custos São todos os gastos relacionados ao processo produtivo do
bem ou do serviço. Para o Comércio será o valor pago pela
mercadoria menos os créditos de impostos.
Sobra / Lucro Bruto Resultado da Produção ou Venda
Dispêndios / Desp. Com 
Vendas
São todos os gastos relacionados ao processo comercial,
inclusive área de marketing.
Dispêndios / Desp. 
Administrativas
São todos os gastos relacionados às áreas meios, como:
financeiro, contabilidade, jurídico, depto.pessoal, RH etc.
Rec./Desp.Financeiras São os juros provenientes das aplicações financeiras
(receitas) e empréstimos e financiamentos (despesas).
DRE – Estrutura de Acordo com a Legislação
Rubricas Descrição
Outros Dispêndios e 
Desp. / Ingressos e Rec. 
Operacionais
São ganhos ou gastos de menor expressão que não se encaixarem 
nos itens anteriores, como, por exemplo: o resultado na venda de 
imobilizado.
Resultado Operacional Sobra ou Perda (Lucro ou Prejuízo) proveniente das Operações,
serve para medir a eficiências das atividades operacionais da
empresa.
Ingressos e Receitas / 
Dispêndios e Desp. 
Extraordinário
São ganhos ou gastos não relacionados às atividades operacionais,
por exemplo: um recebimento de indenização por danos morais,
roubos etc.
Sobra / Lucro Antes do 
Imp.Renda
Resultado antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social
sobre o Lucro.
Imp.Renda e Cont.Social
São os Tributos incidentes sobre o Lucro, são de aproximadamente
34%. No caso das Cooperativas este imposto só incide sobre os
Atos Não Cooperativos, as Sobras dos Atos Cooperativos são
distribuídos para os Cooperados que irão tributar na Pessoa Física.
Sobra / Lucro Líquido Resultado final da empresa, serve para medir a eficiência da
empresa em relação aos investimentos realizados.
DRE – Estrutura de Acordo com a Legislação
• A DRE estudada até o momento tem a classificação de acordo
com as regras estabelecidas pela legislação contábil, a chamada
Lei das S.A. Essa demonstração tem poder analítico apenas
para decisões de longo prazo, pois não facilita a análise do
resultado por produto, por unidade de negócios, por região etc.
Também é um dificultador para empresas que utilizam os
custos para definição do preço de venda.
• A seguir, será apresentado um modelo de DRE Gerencial que
facilita as análises mencionadas, é a chamada análise pelo
Custeio Variável (também chamado de Custeio Direto), em que
o grande foco é a Margem de Contribuição de cada produto ou
unidade de negócios.
DRE: Lei das S.A. x Gerencial
DRE Legal X Gerencial – Reclassificação
A DRE Gerencial incorpora ao custo
das unidades produzidas apenas o
custo variável, o fixo é lançado
integralmente na DRE no período em
que ocorre. Assim, incorpora-se ao
Estoque apenas os Custos Variáveis.
Na forma estabelecida pela lei, os custos
fixos são alocados/rateados aos
produtos. Como as unidades produzidas
e não vendidas vão para o estoque,
consequentemente os custos fixos
atribuídos a essas unidades são
estocados, em vez de lançados na DRE.
RECEITA
(-) CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS
CONTRIBUIÇÃO MARGINAL
(-) CUSTOS E DESPESAS FIXAS
LUCRO OPERACIONAL (EBIT)
RECEITA
(-) CUSTOS 
LUCRO BRUTO
(-) DESPESAS
LUCRO OPERACIONAL
LEGAL GERENCIAL
Custos e Despesas Variáveis
q
$
CV
“são aqueles que se alteram, em
termos totais, na razão direta de
alterações do nível de atividade”.
(Garrison, Noreen e Brewer, p. 40)
 Se não houver produção não
haverá custo variável.
 Se não houver venda não haverá
despesa variável.
 Comissão, Prêmio por Produção
Materiais e Insumos
 Fretes
Exemplos:
 Taxa Cartão de Crédito
“são aqueles que permanecem
constantes, em termos de valor total,
independentemente de variações do
nível de atividade dentro da faixa
relevante”.
(Garrison, Noreen e Brewer, p.44)
Podem sofrer alterações em função do
aumento de preços dos seus elementos,
mas não em função do volume de
produção e venda.
q
$
CF
é a capacidade disponibilizada de produção independente da sua utilização
Exemplos: Salários e encargos, Aluguel, Energia (iluminação),
Água, Telefone.
Custos e Despesas Fixos
Forma de Redução
CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS:
 Substituição de produtos e serviços
 Troca de fornecedores
 Renegociação de preços
 Redução de perdas
 Alteração dos processos relacionados a produção
CUSTOS E DESPESAS FIXOS:
 Readequação da estrutura
 Mudança dos modos operantes
 Alteração dos processos produtivos e administrativos
DRE Gerencial – Margem de Contribuição

• Margem de contribuição: Indica quanto
cada produto ou cada área de negócios
está contribuindo para cobrir os custos e
despesas fixos e, consequentemente, sua
influência no lucro global da empresa.
É uma importante medida de avaliação,
pois indica qual o ganho incremental
obtido a partir de variações no volume de
vendas, sem aumento dos gastos fixos.
Permite também a análise do ponto de
equilíbrio (custo-volume-lucro).
Receita Bruta
Impostos sobre a Receita
Receita Líquida
Custos Variáveis
Despesas Variáveis
Margem de Contribuição
Custos Fixos Desembolsáveis
Despesas Fixas Desembolsáveis
EBITDA
(-) Depreciação e Amortização
EBIT (Lucro Operacional)
Receita e Despesa Financeira
Resultado Não Operacional
Lucro Antes do IR e da CSSL
Imposto de Renda e CSSL
LUCRO LÍQUIDO
• Vale destacar o termo correto é
”Contribuição Marginal”, no entanto, o
mercado se acostumou a chamar com
”Margem de Contribuição”.
Demonstração do Resultado de 
acordo com a legislação
Receita 100.000
Custos (85.000)
Lucro Bruto 15.000
Despesas (5.000)
Lucro Operacional 10.000
Preço $ 100 p/unid.
Custo Variável $ 60 p/unid.
Custo Fixo $ 25.000 p/mês
Despesa Fixa $ 5.000 p/mês
Qtd. vendida 1.000 unid. p/mês
Dados
Custo Variável: 1.000 unid. x $ 60 = $ 60.000
Custo Fixo .................................... = $ 25.000
Custo Total ................................. = $ 85.000
Cálculo do Custo Unitário: $ 85.000  1.000 unidades = $ 85
Decisão sobre Encomenda Especial
Além das 1.000 unidades já certas de todo mês, a empresa
recebeu um pedido especial de 300 unidades; no entanto, o
cliente colocou como condição que somente pagará $75,00 por
unidade para esse montante adicional, considerando que:
• a empresa tem capacidade produtiva para esse volume
adicional;
• como se trata de uma venda para fora do mercado habitual,
não haverá impacto com os demais clientes.
Tomada de Decisão: Você aceitaria essa proposta?
Afinal, o preço sugerido pelo cliente de $ 75 está
abaixo do custo unitário de $ 85.
Decisão sobre Encomenda Especial
Análise pelo Custo Unitário
O custo unitário é influenciado mais pelo volume de
produção do que pela estrutura de custos da empresa ou, até
mesmo, pelos critérios utilizados para rateio.
Item
1 2 3 4 5 6
Qtd.
Produzida
Custo 
Variável 
Unitário
Custo 
Variável 
Total (1 x 2)
Custo Fixo 
mensal
Custo Total 
da Produção 
(3 + 4)
Custo Unitário 
(5  1)
1.000 $ 60 $ 60.000 $ 25.000 $ 85.000 $ 85,00 
1.100 $ 60 $ 66.000 $ 25.000 $ 91.000 $ 82,73 
1.200 $ 60 $ 72.000 $ 25.000 $ 97.000 $ 80,83 
1.300 $ 60 $ 78.000 $ 25.000 $ 103.000 $ 79,23 
1.400 $ 60 $ 84.000 $ 25.000 $ 109.000 $ 77,86 
1.500 $ 60 $ 90.000 $ 25.000 $ 115.000 $ 76,67 
DRE – Lei
(Custeio por Absorção)
Receita 100.000
Custos (85.000)
Lucro Bruto 15.000
Despesas (5.000)
Lucro Oper. 10.000
DRE Gerencial
(Custeio Variável)
Situação 
Atual
Receita 100.000
Custos Variáveis (60.000)
Margem de 
Contribuição
40.000
Custos e Desp. Fixos (30.000)
Lucro Operacional 10.000
Pedido 
Especial 
22.500
(18.000)
4.500
0
4.500
TOTAL
122.500
(78.000)
44.500
(30.000)
14.500
Conclusão: Mesmo vendendo as 300 unidades
adicionaispor um valor 25% menor, o lucro final
aumentou em 45%. A aceitação da proposta só foi
possível depois de analisada pelo Custeio Variável
(Gerencial), pois, pelo Custeio por Absorção,
possivelmente a proposta seria recusada.
Preço $100 p/unid.
Custo Variável $ 60 p/unid.
Custo Fixo $ 25.000 p/mês
Despesa Fixa $ 5.000 p/mês
Qtd. vendida 1.000 unid. p/mês
Análise pela Margem de Contribuição



DRE Gerencial – EBITDA e EBIT
• EBITDA - Earning Before Interest, Taxes, Depreciation
and Amortization: traduzindo, significa “Lucro Antes de
Juros, Impostos, Depreciação e Amortização”.
Representa quanto as atividades genuinamente
operacionais têm capacidade de gerar caixa. É muito
utilizado na comparação da performance operacional
corrente de empresas pertencentes ao mesmo
segmento.
• Depreciação: Conforme mencionado, é excluída dos
custos e despesas fixas para se chegar ao EBITDA, mas,
como se trata de um efetivo custo ou despesa da
empresa, deve ser deduzida para se chegar ao EBIT.
• EBIT - Earning Before Interest and Taxes: Lucro Antes
dos Juros e Imposto de Renda (inclusive a CSSL). Trata-
se do lucro genuinamente operacional. As receitas e
despesas financeiras não afetam o EBIT, pois estão
relacionadas com a estrutura financeira da empresa, e
não com as suas atividades operacionais.
Receita Bruta
Impostos sobre a Receita
Receita Líquida
Custos Variáveis
Despesas Variáveis
Margem de Contribuição
Custos Fixos Desembolsáveis
Despesas Fixas Desembolsáveis
EBITDA
(-) Depreciação e Amortização
EBIT (Lucro Operacional)
Receita e Despesa Financeira
Resultado Não Operacional
Lucro Antes do IR e da CSSL
Imposto de Renda e CSSL
LUCRO LÍQUIDO
EBITDA e EBIT




L A J I AD
E B I T D A
EBITDA = capacidade de geração operacional de caixa
EBITDA Setorial
Fonte:Revista Valor 1.000 edição agosto/2017
SETORES EBITDA % EMPRESAS EBITDA %
Açúcar e Álcool 20,0% Copersucar 2,3%
Agropecuária 4,5% Friato 9,4%
Alimentos e Bebidas 12,6%
BRF 10,0%
Ambev 45,2%
Comércio Atacadista e Exterior 3,8% Grupo Martins 2,9%
Comércio Varejista 6,9% Lojas Americanas 14,8%
Construção e Engenharia 6,8% Queiróz Galvão 3,9%
Educaçào e Ensino 18,4% Kroton 42,1%
Eletroeletrônica 5,2% Metalfrio 8,5%
Farmacêutica e Cosméticos 17,7% Boticário 22,6%
Materiais de Construção 17,4% Votorantin 19,9%
Mecânica 9,8% Weg 15,0%
Metalurgia e Mineração 23,0%
Vale 39,0%
Gerdau 10,0%
Papel e Celulose 31,4% Klabin 29,6%
Plásticos e Borrachas 14,1% Tigre 7,4%
Quimica e Petroquimica 11,4% Bayer 3,8%
Serviços Especializados 30,1% CVC Viagens 46,8%
Serviços Médicos 12,3% Hosp.Albert Einstein 13,5%
Têxtil,Couro e Vestuário 13,0% Hering 14,1%
TI & Telecom 26,6% Vivo (Telefônica) 33,0%
Transportes e Logística 22,7% Julio Simões Log. 15,5%
Veículos e Peças 7,6% Marcopolo 9,5%
Cálculo do EBITDA e do EBIT
DRE GERENCIAL
Receita Bruta 500
Impostos sobre a Receita (100)
Receita Líquida 400
Custos Variáveis (160)
Margem de Contribuição 240
Custos e Despesas Fixos (140)
EBITDA 100
Depreciação (60)
EBIT (lucro operacional) 40
Despesas Financeiras (70)
Lucro Antes do 
Imposto de Renda
(30)
DRE LEI
Receita Bruta 500
Impostos sobre a Receita (100)
Receita Líquida 400
Custos* (260)
Lucro Bruto 140
Despesas Administrativas (100)
Despesas Financeiras (70)
Resultado Operacional (30)
*Composição dos Custos:
- Matéria-prima: $ 160
- Salário: 40
- Depreciação: 60
Total……….…: $ 260
60%
25%
10%
100%
Análise da Estrutura Financeira 
das Empresas
Indicadores de Gestão
• Os indicadores de gestão, também chamados de índices,
indicam alguma tendência que possa ajudar no processo de
avaliação da performance de uma empresa.
• No entanto, são calculados baseando-se numa situação
estática, como se a empresa estivesse encerrando suas
atividades naquele momento; por isso, perdem eficácia, pois
não consideram que a continuidade da operação pode alterar
significativamente a situação apresentada.
• Dentre os indicadores de gestão, daremos ênfase, neste estudo,
aos índices de liquidez.
Índices de Liquidez
• A Liquidez é definida como a capacidade de liquidar (pagar) os
compromissos financeiros.
• Uma empresa pode ter boa liquidez a longo prazo, mas não
estar conseguindo saldar seus compromissos de curto prazo, o
que pode, inclusive, impedi-la de chegar ao longo prazo. Por
isso, o foco da gestão financeira deve se direcionar para a
análise da liquidez de curto prazo. A esse índice chamamos de
Liquidez Corrente. Ele é calculado de acordo com a fórmula a
seguir:
Ativo Circulante
Passivo Circulante
LIQUIDEZ CORRENTE (LC) = 
Índices de Liquidez – Exemplo 
ATIVO PASSIVO
Circulante 350.000 Circulante 230.000
Caixa e Bancos 10.000 Financiamentos 90.000
Aplicações Financeiras 50.000 Fornecedores 100.000
Clientes 120.000 Salários e Encargos a Pagar 10.000
Estoques 150.000 Impostos a Pagar 30.000
Despesas Antecipadas 20.000
Não Circulante 370.000 Não Circulante 110.000
- Realizável a Longo Prazo 30.000 Financiamentos 110.000
- Investimento 100.000
- Imobilizado 200.000 Patrimônio Líquido 380.000
- Intangível 40.000
TOTAL DO ATIVO 720.000 TOTAL PASSIVO + PL 720.000
350.000
230.000
LIQUIDEZ CORRENTE (LC) = = 1,52
• O índice de 1,52 significa que, para cada $1,00 de dívidas de curto
prazo, a empresa possui recursos equivalentes a $1,52 para efetuar o
pagamento.
• Teoricamente, dizemos que esse índice é bom quando for acima de 1
(um), mas há outros aspectos relevantes a serem considerados. Esses
índices tradicionais de liquidez consideram que todos os ativos podem
ser utilizados para quitar as dívidas, o que não é uma realidade; por
exemplo, não há como liquidar os compromissos utilizando o Estoque
e, principalmente, as Despesas Antecipadas.
• Para o Estoque ter liquidez, é preciso que primeiro ele seja vendido,
para em seguida se transformar em Contas a Receber, para depois de
vencido se transformar em recursos financeiros. Além disso, é um
ativo que necessita ser renovado, ou seja, será reposto, gerando
também novos valores em Fornecedores a Pagar.
Índices de Liquidez – Exemplo 
• Ao excluir o estoque, o indicador leva o nome de Índice de
Liquidez Seca:
• As Despesas Antecipadas também não são recursos disponíveis
para pagamento de dívidas, pois são um direito cujo futuro
será a transferência para a DRE, e não para o caixa. Se forem
excluídas as Despesas Antecipadas, o índice cai para 0,78.
350.000 - 150.000
230.000
LIQUIDEZ SECA (LS) = = 0,87
350.000 - 150.000 - 20.000
230.000
= 0,78
Liquidez Seca menos as 
Despesas Antecipadas
Índices de Liquidez – Exemplo 
Ciclo Financeiro
• Outro aspecto de fundamental importância é que os índices de liquidez
não levam em consideração a diferença entre os prazos de
recebimentos e pagamentos. E um fator muito relevante na gestão
financeira é exatamente a harmonização entre esses prazos.
• Quando o prazo médio de estocagem (PME) mais o prazo médio de
recebimento (PMR) é maior que o prazo médio de pagamento (PMP),
significa que a empresa paga seus compromissos antes de receber dos
clientes. Isso poderá causar um sério problema de falta de liquidez,
gerando uma grande dependência de capital oneroso de terceiros
(endividamento bancário).
• A essa diferença entre os PME + PMR - PMP chamamos Ciclo
Financeiro.
• Um dos grandes desafios para todos os gestores é a administração do Ciclo
Financeiro, pois é necessário evitar que a diferença entre esses prazos
médios gere um hiato de tempo desfavorável.
PMP = 30 dias
PMR = 28 diasPME = 12 dias
Compra Venda Recebimento
Pagamento
Ciclo Financeiro: 10 dias
NCG
Ciclo Operacional
PME PMR PMP+ -Ciclo Financeiro =
Prazo Médio
de Estoque
Prazo Médio
de Recebimento
Prazo Médio
de Pagamento
Ativo Operacional Passivo Operacional
Ciclo Financeiro
• As empresas necessitam conceder prazos aos seus clientes e manter um
certo nível de estoque para girar suas atividades, portanto necessitam de
recursos para financiar suas atividadesoperacionais.
• Por outro lado, conseguem prazos para pagar seus fornecedores,
funcionários, impostos etc., portanto conseguem financiar parte das suas
necessidades de recursos com seus credores de origem também
operacional.
• Portanto, o Ciclo Financeiro vai gerar uma Necessidade de Capital de Giro
para suportar o lapso de tempo entre Pagamentos e Recebimentos.
Necessidade de Capital de Giro – NCG
A diferença entre as aplicações de recursos nas
atividades operacionais e as fontes de recursos
originadas dos credores operacionais gera uma
necessidade de desembolso de caixa para suportar o
giro das atividades. Essa diferença é chamada de
Necessidade de Capital de Giro – NCG.
• Atividades Operacionais também são chamadas de cíclicas, exatamente
por estarem relacionadas ao ciclo operacional da empresa; portanto, a
NCG pode ser expressa da seguinte forma:
Necessidade de Capital de Giro – NCG
NCG = Ativo Operacional (cíclico) - Passivo Operacional (cíclico)
Reclassificação do Balanço
• Para calcular a NCG e a estrutura financeira da empresa, é necessário
reclassificar o balanço segregando-se o Ativo Circulante em contas Financeiras
(Erráticas) e Operacionais (Cíclicas), conforme a seguir.
• Contas Financeiras ou Erráticas: São as contas relacionadas à tesouraria
(dinheiro) e aos empréstimos e financiamentos não vinculados às Atividades
Operacionais, ou seja, trata-se da disponibilidade de recursos financeiros
(caixa, banco e aplicação financeira) e da captação de recursos de natureza
também financeira (empréstimos, financiamentos e dividendos a pagar).
• Contas Operacionais ou Cíclicas: São as contas diretamente relacionadas às
Atividades Operacionais, conforme a seguir.
Ativo Operacional: São todos os Ativos Circulantes diretamente relacionados à
operação, como Clientes, Estoque, Adiantamento a Fornecedores, Impostos a
Recuperar, Despesas Antecipadas etc. Resumidamente, podemos sintetizar
como sendo o Ativo Circulante menos Caixa, Banco e Aplicação Financeira.
Também é chamado de Ativo Cíclico.
Passivo Operacional: São todos os Passivos Circulantes diretamente
relacionados à operação, como Fornecedores, Salários a Pagar, Impostos a
Pagar, provisão para 13º Salário e Férias, Contas a Pagar etc.
Resumidamente, podemos sintetizar como sendo o Passivo Circulante
menos Empréstimos, Financiamentos e Dividendos a Pagar, ou seja, as
dívidas provenientes de captação de recursos financeiros. Também é
chamado de Passivo Cíclico.
O termo Cíclico se dá pelo fato de os itens operacionais do Ativo e do
Passivo serem renováveis. Quando se vende um estoque, há necessidade de
reposição, paga-se o salário num mês, mas imediatamente se inicia nova
obrigação a pagar no mês seguinte; portanto, esses itens estão relacionados
ao Ciclo Operacional da Empresa, daí o termo Cíclico.
Observação: um fornecedor de bens do imobilizado deve ser considerado conta
financeira (errática), pois não se trata de um fornecedor de natureza operacional,
mas sim de um parcelamento na compra de bens de capital.
Reclassificação do Balanço
• Contas de Longo Prazo: São as contas relacionadas às
aplicações (ativo) e às fontes (passivo e patrimônio líquido) de
recursos de longo prazo.
Para essa finalidade, considera-se longo o prazo:
Ativo de Longo Prazo: É o total do Ativo Não Circulante
(Realizável a Lgo Prazo + Investimento + Imobilizado +
Intangível)
Passivo de Longo Prazo: Passivo Não Circulante + Patrimônio
Líquido
Reclassificação do Balanço
Passivo Financeiro (Errático)
Empréstimos, Financiamentos e 
Dividendos a Pagar
Ativo Financeiro (Errático)
Caixa, Bancos e 
Aplicações Financeiras
Passivo Não Circulante
+
Patrimônio Líquido
Ativo Não Circulante 
(RLP + Investimento +
Imobilizado + Intangível)
Passivo Operacional ou Cíclico
Fornecedores, Salários a Pagar, Prov. 
13º e Férias, Contas a Pagar, Adto. de 
Terceiros, Impostos a Pagar, etc.
Ativo Operacional ou Cíclico
Clientes, Estoques, Adiantamentos 
a Receber, Impostos a Recuperar, 
Despesas Antecipadas, etc.
A
ti
vo
 C
ir
cu
la
n
te
A
ti
vo
 d
e 
Lo
n
go
 P
ra
zo
Passivo
 C
ircu
lan
te
Passivo
 d
e
 
Lo
n
go
 P
razo
Reclassificação do Balanço
NCG – Cálculo
ATIVO PASSIVO
Circulante 350.000 Circulante 230.000
Caixa e Bancos 10.000 Financiamentos 90.000
Aplicações Financeiras 50.000 Fornecedores 100.000
Clientes 120.000 Salários e Encargos a Pagar 10.000
Estoques 150.000 Impostos a Pagar 30.000
Despesas Antecipadas 20.000
Não Circulante 370.000 Não Circulante 110.000
- Realizável a Longo Prazo 30.000 Financiamentos 110.000
- Investimento 100.000
- Imobilizado 200.000 Patrimônio Líquido 380.000
- Intangível 40.000
TOTAL DO ATIVO 720.000 TOTAL PASSIVO + PL 720.000
Ativo Ope.
290.000
Passivo Ope.
140.000
NCG = 150.000
NCG: Aplicação ou Fonte Operacional
• Aplicação Operacional: Quando o
Ativo Operacional é maior que o
Passivo Operacional, significa que a
empresa está investindo recursos nas
suas operações, ou seja, trata-se de
aplicação de recursos para financiar
a operação.
• Fonte Operacional: Quando o Passivo
Operacional é maior que o Ativo
Operacional, significa que a empresa
está conseguindo financiar suas
operações com recursos de credores
operacionais.
Nesse caso, a NCG está sendo toda financiada pelos credores e, ainda, está havendo
uma sobra para ser aplicada em outras atividades; por isso é considerada uma fonte
de recursos.
Aplicação Operacional
Fonte Operacional
Ativo 
Operacional
Passivo 
Operacional
NCG > 0
Ativo
Operacional Passivo
Operacional
NCG < 0
NCG: Aplicação Operacional
• Portanto, quando a NCG é maior do que zero, significa que existe Aplicação
Operacional de recursos, uma vez que o Ativo Operacional é maior que o Passivo
Operacional, ou seja, as atividades operacionais geram demanda de recursos que
precisam ser financiadas.
• Nesse caso, há mais recursos aplicados nas operações ($40 + $60 = $100) do que
as fontes obtidas dos credores operacionais ($30 + $10 = $40). Em função disso,
há uma necessidade de recursos para financiar essa diferença ($ 60).
Aplicações
NCG = 100 - 40 = 60
NCG > 0Estoques = 40
Clientes = 60 Fornecedores = 30
Salários a Pagar = 10
Fontes Aplicações - Fontes
• Portanto, quando a NCG é menor do que zero, significa que há Fontes
Operacionais de recursos, uma vez que o Passivo Operacional é maior que o Ativo
Operacional, ou seja, as atividades operacionais estão sendo financiadas pelas
fontes operacionais, gerando, ainda, uma sobra de recursos para serem aplicados
em outras atividades da empresa, como investimentos no mercado financeiro,
mobiliário (ações) ou, até mesmo, aquisição de imobilizado.
NCG: Fonte Operacional
• Nesse caso, há mais recursos originados dos credores operacionais ($60 + $20 =
$80) do que os aplicados nas operações ($20 + $30 = $50); em função disso, há
uma sobra de recursos operacionais ($30).
Aplicações
NCG: 50 - 80 = - 30 
NCG < 0
Estoques = 20
Clientes = 30
Fornecedores = 60
Salários a Pagar = 20
FontesAplicações - Fontes
Cálculo da NCG e do Ciclo Financeiro
• Para projetar a NCG, é preciso calcular o Ciclo Financeiro em
Dias de Receita Líquida.
• Com isso, torna-se possível saber quantos dias de receitas
líquidas são necessários para financiar cada um dos itens que
compõem o ativo operacional e, também, com quantos dias de
receitas os credores operacionais estão colaborando para o
financiamento das atividades da empresa.
• A partir daí, é possível responder ao seguinte questionamento:
Quantos dias de receitas precisamos para financiar nossa 
Necessidade de Capital de Giro?
Sabendo que a NCG é o Ativo Operacional menos o Passivo Operacional,
podemos achar uma relação entre a NCG e a Receita Líquida; para isso, basta
aplicar a fórmula:
Supondo uma NCG de $1.000 e uma Receita Líquida Anual de $10.000,
teremos:
Portanto, a NCG representa 10% da Receita 
Líquida Anual.
Para transformar a NCG em Dias de Receita Líquida, que é o Ciclo Financeiro, basta
multiplicar esse percentual por 360dias, se se estiver trabalhando com Receita
Anual, ou por 30 dias, se se estiver trabalhando com Receita Mensal.
$ 10.000
= 0,10$ 1.000 .
Receita Líquida
NCG 
Cálculo da NCG e do Ciclo Financeiro
360 
NCG = CF x Receita Líquida Anual 
NCG em valores
Assim teremos: 0,10 x 360 dias = 36 dias, portanto a empresa tem recursos
equivalentes a 36 dias de receita aplicados nas suas operações.
Portanto, podemos escrever a fórmula do Ciclo Financeiro da seguinte forma:
CF = NCG x 360
Receita Líquida Anual
NCG em quantidade de dias de receita líquida
Sabendo-se o Ciclo Financeiro em Dias
de Receita Líquida, podemos projetar
a NCG, tratando-a como incógnita na
equação:
 Cálculo da NCG a partir dessa mesma fórmula:
10.000
CF = 1.000 x 360 = 36 dias
Cálculo da NCG e do Ciclo Financeiro
Decomposição do Ciclo Financeiro
Podemos decompor o ciclo da seguinte forma:
CF = Valor do Estoque x 360 + Valores a Receber x 360 - Valores a Pagar x 360
Receitaanual Receitaanual Receitaanual
CF = Prazo Médio do Ativo Operacional - Prazo Médio do Passivo Operacional 
Ou seja
CF = Prazo Médio do Estoque + Prazo Médio de Recebimento - Prazo Médio de 
Pagamento
Conforme já mencionado, saber o Ciclo Financeiro é de fundamental
importância para uma boa gestão financeira, mas, para isso, é preciso que seja
aberto item a item, ou seja, é necessário saber quanto cada elemento do Ativo
Operacional está comprometendo o Ciclo e quanto cada elemento do Passivo
Operacional está contribuindo para sua redução. Fazendo isso, fica mais fácil
cobrar uma reação de cada gestor de área.
Sabendo que:
CF Estoques = 40 x 360 = 20 dias
720
CF Clientes = 60 x 360 = 30 dias
720
CF Fornec. = 30 x 360 = 15 dias
720
CF Salários = 10 x 360 = 5 dias
720
Ativo 
Operacional = 50 dias
Passivo 
Operacional = 20 dias
= 30 dias
Supondo uma receita líquida anual de $ 720 mil, teremos:
Aplicações
NCG = $ 60
Estoques = 40
Clientes = 60 Fornecedores = 30
Salários a Pagar = 10
Fontes Aplicações - Fontes
CF = $ 60 x 360 = 30 dias
$ 720
Decomposição do Ciclo Financeiro
Portanto, a partir desses cálculos começamos a fazer gestão financeira
na empresa, pois será possível elaborar uma análise mais detalhada a
respeito dos fatores que estão influenciando a NCG, possibilitando um
melhor gerenciamento desses fatores e uma cobrança mais efetiva
sobre a atuação de cada gestor, pois a gestão do ciclo financeiro é
responsabilidade de todos os gestores e não apenas da área
financeira.
A área financeira é o setor que faz os cálculos e sinaliza a situação para
toda a organização, mas já é fim de linha. A gestão tem de ser feita por
quem está à frente de cada atividade. Por exemplo:
Responsáveis pelo Ciclo Financeiro
• O Gestor Comercial é o responsável pelo Prazo Médio de
Recebimento.
• O Gestor de Compras é o responsável pelo Prazo Médio de
Pagamento.
• O Gestor da Área de Suprimentos é o responsável pelo Prazo Médio
do Estoque.
• O Gestor Industrial pode agilizar o processo produtivo de forma que
reduza o Estoque de Produto em Elaboração e Acabado,
possibilitando uma entrega mais rápida e, consequentemente, um
recebimento mais ágil.
• O Gestor de Logística pode agilizar o prazo de entrega; com isso estará
contribuindo para um recebimento mais rápido. Pode também agilizar a
chegada de matéria-prima, fazendo com que se tenha menos estoque.
Responsáveis pelo Ciclo Financeiro
Variação da NCG
2. Variação do Nível de Atividades (Vendas): Quanto maior o
volume de vendas, maior será o Contas a Receber e maior
será a necessidade de Estoque; portanto, maior será a
necessidade de recursos aplicados nas operações.
A NCG se altera em função de dois componentes:
1. Variação do Ciclo Financeiro: Quanto maior o prazo médio,
maior será o saldo das contas operacionais, ou seja, maior a
necessidade de alocação de recursos na atividade
operacional (NCG).
Projetando a NCG e o Ciclo Financeiro
• Situação atual: CF 30 dias e receita
anual de $720 mil:
• Supondo aumento do volume de
vendas atingindo uma receita anual
de $1 milhão, mantendo-se o
mesmo Ciclo Financeiro:
• Supondo aumento do CF para 37
dias, mantendo-se a receita anual
de $720 mil:
• Supondo aumento da receita anual
para $1 milhão, para manter a NCG
em $60 mil, o CF deverá cair para:
NCG = 30 x 720.000
360
= $ 60.000
NCG = 30 x 1.000.000
360
= $ 83.333
NCG = 37 x 720.000
360
= $ 74.000
CF = 60.000
1.000.000
x 360 = 21,6 dias
Como financiar a NCG: CDG x Saldo de Tesouraria
• Para financiar sua Necessidade de Capital de Giro, a empresa
deve recorrer a recursos de longo prazo originados de
terceiros ou dos acionistas. Essa fonte de recursos de longo
prazo é denominada Capital de Giro (CDG).
• Se as fontes de longo prazo forem insuficientes, serão
complementadas por empréstimos bancários de curto prazo
(Saldo de Tesouraria).
NCG
Aplicação 
Operacional
Fontes de Curto 
Prazo
( T )
Fontes de Longo 
Prazo
(CDG)
Capital de Giro (CDG) 
• O CDG deve ser entendido da seguinte forma: Após utilizar os
recursos de longo prazo para cobrir os investimentos de longo
prazo, a sobra de recursos será direcionada para cobrir o giro
das atividades, daí o termo Capital de Giro.
• Pelo fato de estar relacionado aos grupos de longo prazo, sua
movimentação é lenta, pois não é com frequência que as
empresas aumentam capital, contratam financiamentos de
longo prazo ou adquirem bens de caráter permanente.
• Também pelo fato de se referir a itens de longo prazo, sua
variação está diretamente ligada a decisões estratégicas.
CDG = Passivo de Longo Prazo - Ativo de Longo Prazo
Expressão gráfica do CDG:
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante 
+
Pat. Líquido
Ativo Circulante Passivo Circulante
Passivo (Fontes) de 
Longo Prazo
Ativo 
(Aplicações) de 
Longo Prazo
Aplicações
de Recursos
Fontes
de Recursos
CDG
Capital de Giro (CDG) 
• Quando o CDG é positivo, significa que as fontes de longo
prazo cobrem os investimentos a longo prazo e, ainda, sobram
recursos para o giro das atividades. Daí o termo Capital de Giro.
Essa sobra de recursos será direcionada para financiar a NCG
e/ou aplicar na tesouraria (caixa, bancos e aplicação financeira).
O CDG é a principal fonte de financiamento da NCG
Capital de Giro: Fonte de Recursos
CDG > 0: Fontes de Longo Prazo
Ativo Não Circulante
Passivo Não 
Circulante +
Pat. Líquido
Ativo Circulante Passivo Circulante
• Quando o CDG é negativo, significa que os investimentos a
longo prazo são maiores que as fontes de longo prazo; com isso
torna-se necessário utilizar recursos de curto prazo para
financiar parte desses investimentos. Isso ocorre, por exemplo,
quando há compra de bens do ativo imobilizado com
financiamento de curto prazo.
Capital de Giro: Aplicação de Recursos
Ativo Circulante Passivo Circulante
CDG < 0:
Ativo Não Circulante
Passivo Não 
Circulante +
Pat. Líquido
Aplicações de 
Longo Prazo
Saldo de Tesouraria (T) 
T = Ativo Financeiro (Errático) - Passivo Financeiro (Errático) 
• Também pode ser entendido como:
• Saldo de Tesouraria (T) é a diferença entre o Ativo Financeiro
(Errático) e o Passivo Financeiro (Errático).
Ativo Circulante Financeiro (caixa, banco e aplicação financeira)
menos
Passivo Circulante Financeiro (empréstimos, financiamentos e 
dividendos a pagar)
• Conforme mencionado, além do Capital de Giro, outra forma de
financiar a NCG é através da captação de recursos com
empréstimos bancários de curto prazo.
• Quando isso acontece, é provável que o Passivo Financeiro irá
superar o Ativo Financeiro, resultando em Saldo de Tesouraria
(T) negativo, sendo, portanto, considerado uma fonte de
recursos.
• Quando o Ativo Financeiro for maior que o Passivo Financeiro
significa que há mais recursos financeiros do que dívidasfinanceiras, resultando em Saldo de Tesouraria (T) positivo,
sendo, portanto, considerado uma aplicação de recursos.
Saldo de Tesouraria (T) 
T < 0
Fonte de Curto Prazo
Quando o Passivo Financeiro é maior que o
Ativo Financeiro, significa que a empresa tem
mais dívidas não operacionais de curto prazo
(empréstimos, financiamentos e dividendos a
pagar) do que recursos financeiros disponíveis
(caixa + bancos + aplicações financeiras).
T > 0
Aplicação de Curto Prazo
Quando o Ativo Financeiro é maior que o
Passivo Financeiro, significa que a empresa
tem mais recursos financeiros disponíveis
do que dívidas não operacionais de curto
prazo.
Ativo Financeiro
Ativo 
Operacional
Passivo Financeiro
Ativo 
Longo Prazo
Passivo de
Longo Prazo
Passivo 
Operacional
Ativo Financeiro
Ativo 
Operacional
Passivo Financeiro
Ativo de
Longo Prazo
Passivo de
Longo Prazo
Passivo 
Operacional
Saldo de Tesouraria (T) 
Dinâmica de Liquidez
Conforme visto, a NCG pode ser financiada com o CDG e/ou com o
Saldo de Tesouraria. Com estes três elementos, NCG, CDG e T, é
possível verificar a estrutura de liquidez de uma empresa pelo
Modelo Dinâmico, sabendo-se que:
• T = Ativo Financiero (Errático) – Passivo Financeiro (Errático)
• NCG = Ativo Operacional - Passivo Operacional
• CDG = Passivo de Longo Prazo - Ativo de Longo Prazo
Aplicação Fonte
T Positivo Negativo
NCG Positivo Negativo
CDG Negativo Positivo
Dinâmica de Liquidez – Situação Inicial
A empresa iniciou suas atividades com o balanço abaixo:
Ativo Financeiro
Caixa = 70
Passivo Lgo Prazo + PL
Capital = 100
Ativo Operacional
0
Ativo Longo Prazo
Máquinas = 30
Passivo Financeiro
0
Passivo Operacional
0
100 - 30 = 70CDG = PLP - ALP
T = AF - PF 70 - 0 = 70
NCG = AO - PO 0 - 0 = 0
Leitura: as fontes de longo prazo são de 100, a empresa investiu 30 a longo
prazo, sobrou 70 para o giro das atividades, daí o termo CAPITAL DE GIRO.
- O que a empresa está fazendo com este 70 no momento ?
- Está aplicando na TESOURARIA.
1) Aquisição de Estoque no valor de $ 60, sendo $ 40 à vista e o restante a prazo.
Dinâmica de Liquidez – Situação 1
T: AF - PF 30 - 0 = 30 > 0 aplicação
NCG: AO - PO 60 - 20 = 40 > 0 aplicação
CDG: PLP - ALP 100 - 30 = 70 > 0 fonte
T = 30
CDG = 70
NCG = 40
Estrutura Financeira
Aplicações Fontes
Balanço Patrimonial
Situação confortável (conservadora)
• Os recursos de Longo Prazo estão
financiando a NCG e ainda há sobra para
aplicação.
• Essa situação é tão confortável que é
chamada de “Colchão de Liquidez”. No
entanto, há que se ter cuidado para não
perder a oportunidade de aumentar as
operações melhorando-se a rentabilidade
dos recursos.
Passivo Lgo Prazo + PL
Capital = 100
Ativo Operacional
Estoque = 60
Ativo Longo Prazo
Máquinas = 30
Passivo Operacional
Fornec. = 20
Ativo Financeiro
Caixa = 30
Passivo Financeiro
0
2) Aquisição de Estoque à vista no valor de $ 50; para isso, efetuou um
empréstimo de curto prazo no valor de $ 20.
Situação frequente
• Os recursos de longo prazo não
conseguem suprir toda a necessidade,
sendo necessário recorrer a recursos de
curto prazo para complementar. Isso
ocorre principalmente em função de:
• Cultura do estoque alto
• Necessidade de conceder prazos aos
clientes
T = 20
CDG = 70
NCG = 90
Estrutura Financeira
Aplicações Fontes
Balanço Patrimonial
T: AF - PF 0 - 20 = - 20 < 0 fonte
NCG: AO - PO 110 - 20 = 90 > 0 aplicação
CDG: PLP - ALP 100 - 30 = 70 > 0 fonte
Dinâmica de Liquidez – Situação 2
Passivo Lgo Prazo + PL
Capital = 100
Ativo Operacional
Estoque = 110
Ativo Longo Prazo
Máquinas = 30
Passivo Operacional
Fornec. = 20
Ativo Financeiro
Caixa = 0
Passivo Financeiro
Empréstimos = 20
3) Aquisição de um Equipamento no valor de $ 80 com financiamento de curto
prazo.
T = 100
NCG = 90
Estrutura Financeira
Aplicações Fontes
Balanço Patrimonial
T: AF - PF 0 - 100 = - 100 < 0 fonte
NCG: AO - PO 110 - 20 = 90 > 0 aplicação
CDG: PLP - ALP 100 - 110 = - 10 < 0 aplicação
CDG = 10
Situação crítica
• Financiando a NCG e os Investimentos
a Longo Prazo com recursos de Curto
Prazo.
• A médio prazo, há risco de falta de
liquidez.
Dinâmica de Liquidez – Situação 3
Passivo Lgo Prazo + PL
Capital = 100
Ativo Operacional
Estoque = 110
Ativo Longo Prazo
Máquinas = 30
Equiptos. = 80
Passivo Operacional
Fornec. = 20
Ativo Financeiro
Caixa = 0
Passivo Financeiro
Emp. e Financ. = 100
4) Venda à vista de $ 100 do Estoque por $ 120, gerando $ 20 de Lucro.
T = 20
NCG = 10
Estrutura Financeira
Aplicações Fontes
Balanço Patrimonial
T: AF - PF 120 - 100 = 20 > 0 aplicação
NCG: AO - PO 10 - 20 = - 10 < 0 fonte
CDG: PLP - ALP 120 - 110 = 10 > 0 fonte
CDG = 10
Extremamente confortável em termos de
liquidez
• Até a década de 90, era característica
dos Supermercados, hoje é típico das
empresas de ônibus urbano.
• Normalmente, são empresas de baixa
lucratividade operacional.
Dinâmica de Liquidez – Situação 4
Passivo Lgo Prazo + PL
Capital = 100
Lucros Acum. = 20
Ativo Operacional
Estoque = 10
Ativo Longo Prazo
Máquinas = 30
Equiptos. = 80
Passivo Operacional
Fornec. = 20
Ativo Financeiro
Caixa = 120
Passivo Financeiro
Emp. e Financ. = 100
Circulante 40.000 Circulante 36.000
Disponbilidades 10.000 Empréstimos 20.000
Clientes 10.000 Fornecedores 12.000
Estoque 20.000 Salários a Pg. 4.000
Real.Lg.Prazo 10.000 Não Circulante 24.000
Imobilizado 50.000 Patrimônio Lïquido 40.000
Total 100.000 Total 100.000
Circulante 40.000 Circulante 36.000
Disponbilidades 10.000 Empréstimos 9.000
Clientes 10.000 Fornecedores 23.000
Estoque 20.000 Salários a Pg. 4.000
Real.Lg.Prazo 10.000 Não Circulante 24.000
Imobilizado 50.000 Patrimônio Lïquido 40.000
Total 100.000 Total 100.000
EMPRESA – A
EMPRESA – B
ATIVO PASSIVO
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Liquidez 
Corrente - LC
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Liquidez 
Corrente - LC
Índice de Líquidez x Modelo Dinâmico
Ativo Financeiro Passivo Financeiro Saldo Tesouraria
EMPRESA – A
EMPRESA – B
Ativo Operacional Passivo Operacional NCG
EMPRESA – A
EMPRESA – B
Passivo Lgo Prazo Ativo Lgo Prazo CDG
EMPRESA – A
EMPRESA – B
EMPRESA - A EMPRESA - B
Índice de Líquidez x Modelo Dinâmico
Qual das duas empresas apresenta a melhor estrutura de liquidez ?
• Para financiar a NCG, o ideal é que sejam utilizados recursos de longo prazo
(CDG). Assim, quando a NCG aumentar mais do que o CDG, a empresa terá
necessidade de recorrer a recursos financeiros de curto prazo para financiar
parte das suas operações, aumentando, assim, o T como fonte de recursos e
reduzindo a liquidez da empresa.
O Efeito Tesoura
NCG
80
CDG = 100
T = 20
NCG
160
CDG = 120
T = 40
NCG
CDG
• Se esse indicador estiver aumentando (negativamente),
evidencia-se uma dependência crescente dos recursos de curto
prazo no financiamento da NCG, elevando-se, assim, o risco
financeiro. Consequentemente, tem-se o efeito tesoura.
Chama-se Efeito Tesoura porque
seu desenho no gráfico nos
lembra a figura de uma tesoura.
Quanto mais aberta for a “boca”
da tesoura, maior será a
dependência de recursos de
terceiros de curto prazo para
financiar a NCG.
O Efeito Tesoura
A seguir um exemplo apresentando 
o Efeito Tesoura
Fonte: MOTA, Haroldo. Apostila de Finanças e Contabilidade Gerencial. Nova Lima: FDC, 2006. PDD. Adaptação.
O Efeito Tesoura – Exemplo
• A seguir, um exemplo do efeito tesoura, considerando-se:
 Crescimento muito acelerado das vendas (aumento do
nível de atividades).
 O Ciclo Financeiro se manteve em 90 dias.
 O Capital de Giro (CDG) no momento inicial era de $ 200.
 O crescimento do CDG está representado apenas pelo
lucro (autofinanciamento) da empresa, que mantém
uma política de mantê-lo em torno de 5% das receitas.
Fonte: MOTA, Haroldo. Apostila de Finanças e Contabilidade Gerencial. Nova Lima: FDC,
2006. PDD. Adaptação.
O Efeito Tesoura – Exemplo
Ano1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Vendas Anuais 1.000 2.000 4.000 8.000 16.000
Ciclo Financeiro 90 90 90 90 90
NCG 250 500 1.000 2.000 4.000
CDG inicial 200 250 350 550 950
Lucro 5% das vendas 50 100 200 400 800
CDG atual 250 350 550 950 1.750
T 0 (150) (450) (1.050) (2.250)
T / NCG 0% -30% -45% -53% -56%
NCG
250
CDG
250
T
150
NCG
500 CDG
350
T
450
NCG
1.000
CDG
550
T
1.050NCG
2.000
CDG
950
T
2.250NCG
4.000
CDG
1.750
Ano-1 Ano-2 Ano-3 Ano-4 Ano-5
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
Inicial Ano-1 Ano-2 Ano-3 Ano-4 Ano-5
NCG
CDG
O Efeito Tesoura – Gráfico
Inicial Ano-1 Ano-2 Ano-3 Ano-4 Ano-5
NCG 0 250 500 1.000 2.000 4.000
CDG 200 250 350 550 950 1.750
T 200 0 (150) (450) (1.050) (2.250)
Fluxo de Caixa Indireto
QUAL O PRINCIPAL 
OBJETIVO 
DE UMA EMPRESA ?
MAXIMIZAÇÃO 
DA RIQUEZA 
DO ACIONISTA
(DO COOPERADO) 
• Esta riqueza somente será alcançada se, no longo prazo, a
empresa obtiver ingressos de recursos superiores aos seus
desembolsos.
• A partir daí, todas as decisões estratégicas da empresa devem
passar por dois questionamentos:
 Quais os benefícios econômicos (lucro) que essa decisão vai
gerar?
 Quais os benefícios financeiros (caixa) que essa decisão vai
gerar?
Econômico (Lucro) x Financeiro (Caixa)
Econômico (Lucro) x Financeiro (Caixa)
• O lucro é a garantia da sobrevivência da empresa a longo
prazo; portanto, todas as suas decisões estratégicas devem ser
voltadas à maximização do resultado.
• No entanto, a falta de liquidez pode levar à falência no curto
prazo; por isso, a grande importância da administração do fluxo
de caixa.
Portanto, Lucro e Caixa não são excludentes e, sim, 
complementares, devem andar de mãos dadas.
• A demonstração que consegue responder a estes questionamento
é o Fluxo de Caixa, pois:
• O Balanço Patrimonial apresenta o saldo do Caixa (caixa,
banco e aplicação financeira) em determinado momento, mas
não mostra a movimentação que gerou sua variação.
• A DRE apresenta o resultado econômico (lucro ou prejuízo).
Um questionamento frequente dos gestores de uma empresa é:
• Como posso ter tido lucro se meu caixa diminuiu este ano? ou
• Como posso ter tido prejuízo se meu caixa aumentou este ano?
Econômico (Lucro) x Financeiro (Caixa)
Tipos de Fluxo de Caixa
• A Demonstração do Fluxo de Caixa tem como objetivo indicar a fonte
(origem) de todo recurso que entrou no Caixa, bem como a aplicação
(destino) de todo recurso que saiu em determinado período de
tempo, apurando dessa forma o Resultado (entrada menos saídas) do
Fluxo Financeiro da empresa.
• Há dois tipos de Fluxo de Caixa:
 Direto: Trata-se do fluxo financeiro tradicional que apresenta as
Entradas e Saídas de recursos.
 Indireto: É a conciliação entre o Lucro e o Caixa. Responde a um
importante questionamento dos empresários:
• Portanto, o Fluxo de Caixa Indireto é o demonstrativo capaz de
responder ao questionamento:
Se tivemos um lucro de X, por que nosso caixa caiu Y ?
Fluxo de Caixa – Base Indireta
A Demonstração do Fluxo de Caixa na Base Indireta é o
instrumento capaz de responder a esses questionamentos, pois
concilia o lucro com a movimentação do caixa, conforme o
esquema a seguir:
Fluxo Cx. Investimento
+
+
Fluxo Cx. Operacional
Fluxo Cx. Financiamento
Fluxo Cx. Acionista
=
Lucro Operacional
Caixa
NCG 
Fluxo Cx. Investimento
+
+
Fluxo Cx. Operacional
Fluxo Cx. Financiamento
Fluxo Cx. do Acionista
=
Lucro Operacional
Caixa
Entradas e saídas de recursos 
relacionadas às operações (EBIT) 
constantes na DRE e a NCG.
Movimentação das 
contas do ativo de 
longo prazo
Movimentação das contas de 
Empréstimos e Financiamentos, 
incluindo as Despesas Financeiras
NCG 
Fluxo de Caixa – Base Indireta
• Até o EBIT já conceituamos no estudo da
DRE Gerencial.
• Nopat (Net Operating Profit After Taxes)
“Lucro Operacional Líquido Após os
Impostos”. Trata-se do resultado
operacional líquido; se não houvesse
receita e despesa financeira, esse seria o
Lucro Líquido da empresa apresentado
na DRE.

Estrutura do Fluxo de Caixa – NOPAT e Depreciação
(=) Fluxo de Caixa do Acionista
(+/-) Fluxo Cx. Financiamento (dívida)
(+) Captações de Recursos
(-) Pagamentos
(-) Despesas Financeiras 
(=) Fluxo Cx. Operacional Livre
(+/-) Fluxo Cx. Investimento (Capex)
(-) Aquisição de Bens de Capital
(+) Venda de Bens de Capital
(=) Fluxo de Caixa Operacional
(+/-) Variação da NCG
(+) Depreciação e Amortização
NOPAT (Lucro Operacional Líquido)
(-) Imposto de Renda e CSSL
EBIT (Lucro Operacional)
(-) Depreciação e Amortização
EBITDA
(-) Custos e Desp. Fixos Desembolsáveis
Margem de Contribuição
(-) Custos e Despesas Variáveis
Receita Líquida
(-) Impostos sobre a Receita
Receita Bruta
Do Lucro para o Caixa
• Até o Lucro Operacional Líquido
(NOPAT) é a análise do resultado
econômico, para se chegar ao caixa é
necessário:
 Estornar a Depreciação, uma vez
que trata-se de um custo ou
despesa não desembolsável,
portanto, sem feito financeiro.
 Somar a Variação da NCG, conforme
explicação a seguir.


(=) Fluxo de Caixa do Acionista
(+/-) Fluxo Cx. Financiamento (dívida)
(+) Captações de Recursos
(-) Pagamentos
(-) Despesas Financeiras 
(=) Fluxo Cx. Operacional Livre
(+/-) Fluxo Cx. Investimento (Capex)
(-) Aquisição de Bens de Capital
(+) Venda de Bens de Capital
(=) Fluxo de Caixa Operacional
(+/-) Variação da NCG
(+) Depreciação e Amortização
NOPAT (Lucro Operacional Líquido)
(-) Imposto de Renda e CSSL
EBIT (Lucro Operacional)
(-) Depreciação e Amortização
EBITDA
(-) Custos e Desp. Fixos Desembolsáveis
Margem de Contribuição
(-) Custos e Despesas Variáveis
Receita Líquida
(-) Impostos sobre a Receita
Receita Bruta
Estrutura do Fluxo de Caixa – NCG

• Até o Nopat teremos a geração bruta de
caixa operacional, se considerarmos que
todas as operações foram à vista e se
excluirmos (estornarmOs) a depreciação.
No entanto, uma parte da receita, dos
custos e das despesas pode, ainda, não
ter afetado o caixa, uma vez que a DRE é
elaborada de acordo com o Regime de
Competência.
Assim, a Variação da NCG funciona, no
fluxo de caixa, como um fator de
conversão entre o Regime de
Competência e o Regime de Caixa.
(=) Fluxo de Caixa do Acionista
(+/-) Fluxo Cx. Financiamento (dívida)
(+) Captações de Recursos
(-) Pagamentos
(-) Despesas Financeiras 
(=) Fluxo Cx. Operacional Livre
(+/-) Fluxo Cx. Investimento (Capex)
(-) Aquisição de Bens de Capital
(+) Venda de Bens de Capital
(=) Fluxo de Caixa Operacional
(+/-) Variação da NCG
(+) Depreciação e Amortização
NOPAT (Lucro Operacional Líquido)
(-) Imposto de Renda e CSSL
EBIT (Lucro Operacional)
(-) Depreciação e Amortização
EBITDA
(-) Custos e Desp. Fixos Desembolsáveis
Margem de Contribuição
(-) Custos e Despesas Variáveis
Receita Líquida
(-) Impostos sobre a Receita
Receita Bruta
Fluxo de Caixa Operacional (FCO)

• Fluxo de Caixa Operacional: é o
instrumento que consegue demonstrar se
as atividades operacionais estão sendo
capazes de se sustentar financeiramente e
ainda gerar recursos para suportar os
investimentos em Capex.
▫ Quando é positivo, significa que a
empresa está gerando caixa para
cobrir parcial ou integralmente seus
investimentos.
▫ Quando é negativo, significa que as
operações sequer estão se pagando;
normalmente, isso ocorre quando o
Ciclo Financeiro é muito longo,
gerando uma grande NCG.
(=) Fluxo de Caixa do Acionista
(+/-) Fluxo Cx. Financiamento (dívida)
(+) Captações de Recursos
(-) Pagamentos
(-) Despesas Financeiras 
(=) Fluxo Cx. Operacional Livre
(+/-) Fluxo Cx. Investimento (Capex)
(-) Aquisição de Bens de Capital
(+) Venda de Bens de Capital
(=) Fluxo de Caixa Operacional
(+/-) Variação da NCG
(+) Depreciação e Amortização
NOPAT (Lucro Operacional Líquido)
(-) Imposto de Renda e CSSL
EBIT (Lucro Operacional)
(-) Depreciação e Amortização
EBITDA
(-) Custos e Desp. Fixos Desembolsáveis
Margem de Contribuição
(-) Custos e Despesas Variáveis
ReceitaLíquida
(-) Impostos sobre a Receita
Receita Bruta
Fluxo de Caixa de Investimento - FCI
• Fluxo de Caixa de Investimento: São os
investimentos líquidos (aquisição menos
venda) em ativos necessários para a
geração do fluxo de caixa operacional
presente e futuro. Esses investimentos
são chamados de Capex (capital
expenditure). Estão relacionados aos
grupos de investimento, imobilizado,
intangível e diferido. Exemplo:
▫ Imóveis
▫ Máquinas e Equipamentos
▫ Veículos
▫ Marcas e Patentes
▫ Direitos de Outorga
▫ Gastos Pré-Operacionais

(=) Fluxo de Caixa do Acionista
(+/-) Fluxo Cx. Financiamento (dívida)
(+) Captações de Recursos
(-) Pagamentos
(-) Despesas Financeiras 
(=) Fluxo Cx. Operacional Livre
(+/-) Fluxo Cx. Investimento (Capex)
(-) Aquisição de Bens de Capital
(+) Venda de Bens de Capital
(=) Fluxo de Caixa Operacional
(+/-) Variação da NCG
(+) Depreciação e Amortização
NOPAT (Lucro Operacional Líquido)
(-) Imposto de Renda e CSSL
EBIT (Lucro Operacional)
(-) Depreciação e Amortização
EBITDA
(-) Custos e Desp. Fixos Desembolsáveis
Margem de Contribuição
(-) Custos e Despesas Variáveis
Receita Líquida
(-) Impostos sobre a Receita
Receita Bruta
Fluxo de Caixa Operacional Livre (FCOL) 
• Fluxo de Caixa Operacional Livre
(Operating Free Cash Flow) – Esta é a
principal meta operacional da empresa:
maximizar esse valor a longo prazo. A
partir da projeção dessa medida,
podemos determinar o valor de um ativo,
de um projeto ou mesmo da empresa.
▫ Quando positivo, significa que as
operações estão gerando caixa
suficiente para cobrir os seus
investimentos de longo prazo.
▫ Quando negativo, significa que a
empresa precisa captar recursos
para cobrir suas operações e/ou
investimentos.

(=) Fluxo de Caixa do Acionista
(+/-) Fluxo Cx. Financiamento (dívida)
(+) Captações de Recursos
(-) Pagamentos
(-) Despesas Financeiras 
(=) Fluxo Cx. Operacional Livre
(+/-) Fluxo Cx. Investimento (Capex)
(-) Aquisição de Bens de Capital
(+) Venda de Bens de Capital
(=) Fluxo de Caixa Operacional
(+/-) Variação da NCG
(+) Depreciação e Amortização
NOPAT (Lucro Operacional Líquido)
(-) Imposto de Renda e CSSL
EBIT (Lucro Operacional)
(-) Depreciação e Amortização
EBITDA
(-) Custos e Desp. Fixos Desembolsáveis
Margem de Contribuição
(-) Custos e Despesas Variáveis
Receita Líquida
(-) Impostos sobre a Receita
Receita Bruta
• Conforme menciona o prof. Haroldo Mota, numa perspectiva
estratégica, sob a ótica de finanças, a empresa toma duas
decisões:
▫ Inicialmente, decisões de investimentos (Ativos
Permanentes). Esses investimentos resultam na formação
de Ativos cujo principal objetivo é gerar Fluxo de Caixa
Operacional Livre (FCOL).
▫ A segunda decisão estratégica refere-se ao financiamento
dos Ativos da empresa. A decisão de financiamento diz
respeito à escolha entre a contratação de empréstimos de
terceiros ou a contração do capital dos acionistas para
financiar os investimentos escolhidos pela empresa.
Fluxo de Caixa Operacional Livre (FCOL) 
O FCOL é a garantia de retorno para os credores e investidores de recursos.
Quanto mais incerto for a sua geração, maior será o risco, portanto maior
será a taxa exigida.
Decisão de 
investimento
Decisão de 
financiamento
Ativos
NCG
+
Investimentos de 
Longo Prazo
Capital de 
Terceiros
(Dívidas)
Capital Próprio 
(Acionistas)
Fluxo de Caixa 
Operacional Livre
Dividendos
Juros
Fluxo de Caixa Operacional Livre (FCOL) 
Fx. Cx. Financto. (FCF) e do Acionista (FCA)
• Fluxo de Caixa de Financiamento (Dívida):
Refere-se à movimentação (captações e
pagamentos) de recursos financeiros
provenientes do endividamento oneroso com
terceiros, normalmente com instituições
financeiras. Também faz parte o pagamento
das despesas financeiras.
• Fluxo de Caixa do Acionista: Representa os
recursos gerados em favor dos detentores do
capital próprio da empresa.
Quando negativo, significa que o conjunto das
atividades operacionais, de investimento e de
financiamento demandou recursos dos seus
proprietários. Nesse caso, haverá redução do
caixa da empresa ou, até mesmo, necessidade
de aportes de capital por parte dos
proprietários.

 (=) Fluxo de Caixa do Acionista
(+/-) Fluxo Cx. Financiamento (dívida)
(+) Captações de Recursos
(-) Pagamentos
(-) Despesas Financeiras 
(=) Fluxo Cx. Operacional Livre
(+/-) Fluxo Cx. Investimento (Capex)
(-) Aquisição de Bens de Capital
(+) Venda de Bens de Capital
(=) Fluxo de Caixa Operacional
(+/-) Variação da NCG
(+) Depreciação e Amortização
NOPAT (Lucro Operacional Líquido)
(-) Imposto de Renda e CSSL
EBIT (Lucro Operacional)
(-) Depreciação e Amortização
EBITDA
(-) Custos e Desp. Fixos Desembolsáveis
Margem de Contribuição
(-) Custos e Despesas Variáveis
Receita Líquida
(-) Impostos sobre a Receita
Receita Bruta
A SEGUIR, UM EXEMPLO DE FLUXO DE CAIXA 
NA BASE INDIRETA QUE ILUSTRA A TEORIA 
APRESENTADA
Exemplo de Fluxo de Caixa
Supondo que determinada empresa 
apresentasse este balanço inicial:
No período, a empresa obteve receitas de $ 2.000 e custos de $ 1.500, sendo que $
100 se refere à depreciação. Do total das receitas, até o momento, foram recebidos
30% e, do total dos custos, foram pagos $ 900.
Resposta:
Isso ocorreu porque houve uma Necessidade de Capital de Giro de $ 1.400
para financiar suas vendas a prazo. Como os credores estão financiando parte
dessa necessidade, houve, então, uma demanda líquida de recursos no valor
de $ 900. Como o lucro contribuiu com $ 600 (lucro de $ 500 + depreciação de
$100), foi necessário utilizar $ 300 dos recursos financeiros (caixa) para
financiar a diferença.
Exemplo de Fluxo de Caixa
O ideal é que a Variação da NCG seja menor que o EBITDA, caso contrário
o Fluxo de Caixa Operacional será negativo, podendo, na maioria das
vezes, ser necessário a captação de recursos onerosos para financiar as
operações.
Importante: NCG x EBITDA
NCG < EBITDA = FCO Positivo Situação Ideal:
NCG > EBITDA = FCO NegativoIndesejado: 
Houve aquisição de
estoque no valor de $300,
sendo $100 à vista e o
restante a prazo.
Passivo 
Operacional
Ativo Operacional
Exemplo de Fluxo de Caixa
Caixa inicial 1.000 Contas a Pagar 500 
Recebimento 600 Fornecedores 200 
Pagamento (900) Financiamento 500 
700 
Pagto. Estoque (100) 
600 
Pagto. Equipto. (200) 
Caixa Final 400 
Estoque 300 Patrimônio Líquido
Clientes 1.400 Capital 1.500 
Máquinas 500 Lucros Acum. 500 
Depreciação (100) 
Equipamento 700 
Total 3.200 Total 3.200 
ATIVO PASSIVO
Aquisição de um equipamento no valor de $ 700, sendo $ 200 à vista
e o restante financiado.
O Caixa, que inicialmente
era de $1.000, após
essas transações, teve
uma redução de $600,
mesmo gerando um
lucro de $ 500.
Exemplo de Fluxo de Caixa
Lucro	Operacional 500													
(+)	Depreciação 100													
(=)	EBITDA 600													
Variação	da	NCG (1.000)									
(=)	Fluxo	de	Caixa	Operacional (400)												
Fluxo	de	Caixa	de	Investimento
	-	Aquisição	de	Bens (700)												
Fluxo	de	Caixa	Operacional	Livre (1.100)									
Fluxo	de	Caixa	de	Financiamento
	-	Captação	de	Financiamento 500													
(=)	Fluxo	de	Caixa	do	Acionista (600)												
(+)	Saldo	Inicial 1.000										
(=)	Saldo	Final 400													
Como o Fluxo de Caixa
Operacional Livre foi negativo, a
empresa necessita de recursos
para financiar suas operações e
aquisição de bens.
Caso não houvesse saldo de caixa
inicial, o acionista teria de aportar
$ 600, uma vez que a empresa
conseguiu captar
$ 500 com terceiros.
A longo prazo, esse quadro tem de ser revertido, ou seja, as operações
devem ser capazes de se autofinanciar e ainda suportar os investimentos
necessários para aquisição de bens.
Exemplo de Fluxo de Caixa
Análise do Fluxo de Caixa
O Fluxo de Caixa Operacional é o instrumento que conseguedemonstrar
se as atividades operacionais estão sendo capazes de se sustentar
financeiramente e ainda gerar recursos para suportar os investimentos em
Capex.
Por isso, no curto prazo e, principalmente, em momentos de crise, é
necessário que a gestão deste fluxo seja priorizada.
O Fluxo de Caixa Operacional Livre demonstra se as operações estão
conseguindo gerar recursos suficientes para suportar os investimentos
(capex) e ainda pagar os seus compromissos financeiros e distribuir
resultado para os acionistas (cooperados).
Portanto, a médio e longo prazo precisa ser positivo, caso contrário, não
conseguirá pagar o seu endividamento financeiro e distribuir resultado.
Daí a grande importância do Fluxo de Caixa
Operacional
Mensagem do Fluxo de Caixa
Criação de Valor - EVA
Criação de Valor
 O principal objetivo de uma empresa é maximizar a riqueza do acionista, ou
seja, gerar um lucro que consiga remunerar o investimento de acordo com
o custo de oportunidade e ainda gerar um excedente que seria o ganho
real.
 Por exemplo: considerando que o PL de uma empresa seja de $ 1.000 e os
acionistas desejam um ROE – Return On Equity (Retorno sobre o PL) de
15%, portanto, desejam um lucro de, no mínimo, $ 150 e, supondo que no
ano a empresa gerou exatamente esse lucro, será que os acionistas estarão
satisfeitos com esse resultado ?
• de certa forma, podemos dizer que sim, pois foi remunerado de acordo
com o mínimo esperado.
• por outro lado, se contentar com o mínimo esperado, pode ser
frustrante para alguns, que esperavam um algo a mais.
• quando o retorno é acima do esperado (o algo a mais)
a empresa estará criando valor para os acionistas.
A empresa trabalha com
Capital Próprio e de
Terceiros e esses dois
investidores/credores têm
expectativas diferentes de
remuneração, assim, a
criação de valor acontece
quando o retorno do
investimento é maior que o
Custo Médio Ponderado de
Capital – CMPC ou WACC.
Ativos: 
NCG 
+ 
Investimentos 
Longo Prazo
Capital de 
Tereceiros
Capital Próprio
Decisão de 
Investimento
Decisão de 
Financiamento
RESULTADO 
OPERACIONAL
CUSTO DE 
CAPITAL ≠
CRIAÇÃO OU DESTRUIÇÃO
DE VALOR
Criação de Valor
EVA – ECONOMIC VALUE ADDED
 Para maioria dos autores, investidores, analistas e profissionais da
área financeira, o melhor modelo de avaliação da criação ou não de
valor é EVA – Economic Value Added, traduzindo: Valor Econômico
Adicionado, conforme o próprio nome, trata-se da riqueza adicionada
além do resultado esperado.
 Esse conceito pode ser aplicado para empresa como um todo ou para
suas unidades de negócios, filiais, linhas de produto, atividades etc.
 Como se trata de valor econômico e não financeiro, assim, o grande
objetivo é verificar se as operações da empresa estão adicionando
riqueza, portanto esse indicador compara o ROIC – Return On Invested
Capital que significa: Retorno sobre o Capital Empregado (Ativo
Econômico) com o CMPC – Custo Médio Ponderado de Capital, onde:
Ativos: 
NCG 
+ 
Investimentos 
Longo Prazo
Capital de 
Tereceiros
Capital Próprio
APLICAÇÕES FONTES
RESULTADO 
OPERACIONAL
CUSTO DE 
CAPITAL ≠
CRIAÇÃO OU DESTRUIÇÃO
DE VALOR
ROIC CMPC
EVA = ( ROIC – CMPC ) x Capital Investido
EVA – ECONOMIC VALUE ADDED
ROIC – Return On Invested Capital 
 Uma empresa pode estar gerando Lucro, mas sem remunerar os
investimentos em patamares aceitáveis. Então, voltando à frase:
o principal objetivo de uma empresa é maximizar a riqueza do acionista
 Concluímos que não basta analisar o Lucro, é preciso compará-lo com os
Investimentos existentes para gerá-lo.
Empresa - A Empresa - B
Lucro Operacional 1.000 1.000
Investimento
(NCG + Ativo Longo Prazo) 10.000 8.000
ROIC 10,0% 12,5%
 Analisando somente pelo Lucro diríamos que as duas
empresas tiveram a mesma performance, no entanto, a
Empresa-B gerou o mesmo Lucro com menos Investimento,
portanto, performou melhor.
 O ROIC é impactado por dois fatores: margem (lucratividade) e giro
• Quanto maior a margem, maior será esse indicador.
• Quanto maior o giro, menor a necessidade de investimentos,
portanto maior será o indicador.
ROIC = Margem x Giro
Obs.: alguns autorres trazem o conceito de Capital Investido como Ativo
Econômico, ou seja, é o Ativo que está à disposição para gerar o resultado
operacional esperado.
ROIC – Return On Invested Capital 
ROIC = Margem x Giro
.:.
Lucro Ope. Líq.
Investimento
ROIC =
Lucro Operacional Líquido
X
Receita Líquida
Receita Líquida Investimento
X
ROIC =
Lucro Ope. Liq.
X
Receita Líquida
Receita Líquida Investimento
Margem 
Operacional
Giro do 
Ativo
ROIC – Return On Invested Capital 
ROIC – Return On Invested Capital - Cálculo
Custo de Capital
Custo de Capital
• É calculado considerando-se a exigência dos credores (investidores)
em relação ao retorno do valor investido. Para calcular a taxa, além
da utilidade, também deve ser considerado o risco inerente ao
retorno do investimento.
• O capital empregado é composto por recursos de terceiros e
próprios (dos acionistas). Esses investidores têm expectativas
diferentes de retorno; por isso, para se chegar ao custo do capital, é
necessário calcular o Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC),
também chamado de WACC (weighted average cost of capital).
Para se chegar à viabilidade de um projeto, é preciso projetar seu
Fluxo de Caixa Operacional Livre, trazendo-o a valor presente,
descontando o Custo do Capital Empregado.
Custo do Capital de Terceiros (Kd) 
 Custo do Capital de Terceiros (kd): é calculado considerando a taxa
de juro média das captações no mercado.
 Exemplo:
Valor Taxa Juros
• Financiamento de Bens: $ 2.000 x 5% = $ 100
• Empréstimos Cap.Giro: $ 3.000 x 20% = $ 600
• Total..........................: $ 5.000 $ 700
 Portanto: Kd médio = $ 700 ÷ $ 5.000 = 14%
Custo do Capital Próprio (Ke)
• Os “donos” do capital (sócios/acionistas), além do prêmio pela utilidade, ou
seja, a remuneração do investimento, também vão exigir um prêmio pelo
risco, que, normalmente, será maior que o exigido por terceiros, uma vez
que o risco do acionista é maior, em função de ser um investimento a longo
prazo e que não há garantias.
• Embora haja algumas técnicas para se calcular o custo do capital próprio, a
mais comum é a exigência de alguns pontos percentuais acima da chamada
Taxa Livre de Risco, que é a remuneração da aplicação em títulos do governo
– a taxa Selic.
• Estudos estatísticos mostram que os acionistas, ao longo do tempo, têm
exigido algo em torno de seis pontos percentuais acima da taxa Selic; assim,
teremos:
Taxa Selic: 11,0% (taxa média prevista 2017)
Taxa de Risco: 6,0%
Taxa de Retorno: 17,0%
Custo Médio Ponderado de Capital – CMPC ou WACC
Proporção Custo Custo Médio
Capital de Terceiros 40% x 14% = 5,6%
Capital Próprio 60% x 17% = 10,2%
WACC 15,8%
Considerando que a empresa com 60% de Capital Próprio e 40% com
Capital de Terceiros, teremos um Custo Médio Ponderado de Capital de
15,8% conforme a seguir:
Custo Médio Ponderado de Capital – CMPC ou WACC
EVA – ECONOMIC VALUE ADDED
 Forma de Analisar:
ROIC = CMPC: não houve criação de valor, mas remunerou os
investidores e credores com a taxa desejada.

ROIC > CMPC: houve criação de valor, pois remunerou os
investidores e credores com a taxa desejada e ainda
gerou ganho (riqueza).

ROIC < CMPC: Houve destruição de valor, pois sequer remunerou o
capital investido com a taxa desejada. 
 Fórmula do EVA:
EVA = ( ROIC – CMPC ) x Capital Investido
Relembrando:
 ROIC: Retorno sobre o Capital Investido ROIC =
EBIT – IR e CSSL
Ativo Econômico
onde:
• EBIT – IR e CSSL: é o lucro operacional líquido depois dos impostos,
também conhecido como NOPAT – Net Operating Profit After Taxes
• Ativo Econômico é a NCG + Ativo Não Circulante, portanto é o Capital
Investido com objetivo de gerar Resultado Operacional (EBIT).
Portanto, a fórmula pode ser lida da seguinte forma:
ROIC =
NOPAT
ou
Capital Investido
ROIC =
NOPAT

Mais conteúdos dessa disciplina