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Estudo Dirigido Economia - Parte 2

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CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS 
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA 
 
 
CURSO: Direito 
DISCIPLINA: Economia 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO 2 - 
SOBRE A MICROECONOMIA 
 
1. Textos: 
 
• VASCONCELOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 3. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2008. Cap. 2. 
• PINHO, Diva Benevides; VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; 
TONETO JUNIOR, Rudinei. Manual de introdução à economia [S.l: s.n.], 2012. 
 
• BRUE, S. L.; GRANT, R. R. História do pensamento econômico. São Paulo: 
Cencage, 2016. Capítulos 2, 3 e 4. 
 
QUESTÕES A SEREM DESENVOLVIDAS: PARTE I 
 
1ª QUESTÃO: Como vocês definiriam a microeconomia? Qual o campo de atuação da 
microeconomia? 
R: A microeconomia é um dos ramos da economia que analisa o comportamento e o 
desempenho das atividades individuais, empresas, famílias, etc. 
Assim, ela atua analisando a formação dos preços no mercado e como o consumidor interage 
com a empresa e estudando o funcionamento da oferta e demanda na formação de preços. 
 
2ª QUESTÃO: Quais os pressupostos básicos da análise microeconomia? 
R: Para uma análise de um mercado específico a microeconomia utiliza-se da hipótese de 
que tudo o mais permanece constante (coeteris paribus). O foco do estudo é apenas um 
mercado, analisando como a oferta e demanda exercem poder sobre ele, com essa hipótese 
é possível o estudo desse mercado, pois seleciona apenas as variáveis 
que influenciam os agentes econômicos (produtores e consumidores). 
Ainda existe o princípio da racionalidade, no qual o empresário buscará a maximização do 
lucro total, otimizando aqueles recursos que lhe são disponíveis, pressuposto esse 
chamado de corrente marginalista, onde a maximização do lucro ocorre 
quando a receita marginal se iguala ao custo marginal. 
 
3ª QUESTÃO: Quais as aplicações básicas da análise microeconômica para as empresas e 
para o poder público? 
R: Para as empresas as aplicações da análise microeconômica são as políticas de preços da 
empresa, demanda e faturamento, previsão e custo de produção, política de propaganda e 
publicidade (como a preferência dos consumidores pode afetar na procura do produto), 
localização da empresa (se a empresa deve ser nos centros consumidores ou nos centros 
fornecedores), diferenciação de mercado (preços diferenciados). 
Já em relação ao poder público essa análise pode contribuir na avaliação de projetos de 
investimento público, efeitos de impostos em mercados específicos, política de subsídios, 
fixação de preços na agricultura, do salário mínimo, política salarial, controle de preços, leis 
antitruste (defesa da concorrência), preços e tarifas públicas, tarifas alfandegárias. 
 
QUESTÕES A SEREM DESENVOLVIDAS: PARTE PARTE II: 
SOBRE A DEMANDA, A OFERTA E O EQUILÍBRIO DE MERCADO 
 
1ª QUESTÃO: Conceitue a curva de demanda. 
R: A curva da demanda é a simples relação expressa em forma gráfica entre o valor (preço) 
atribuído a uma determinada quantidade de produto e a sua disponibilidade no mercado 
(oferta). 
 
 
 
2ª QUESTÃO: Além dos preços, quais outros fatores afetam a quantidade demandada? 
Explique. 
R: Além do preço do próprio produto, outros fatores que afetam a quantidade demandada 
são o preço dos produtos substitutos ou complementares, a renda da população local ou as 
preferências individuais. Isso é verdade, na medida em que, no primeiro cenário (substitutos 
ou complementares), os produtos com preço menor podem tomar o mercado, reduzindo a 
procura pelo produto em questão. Além disso, no segundo cenário, as preferências da 
população por determinado produto podem mudar por questões pessoais (caso sua produção 
impacte negativamente o meio ambiente, por exemplo). 
 
3ª QUESTÃO: Numa determinada região, o consumo o consumo de carne de boi tem 
aumentado com aumento de seu preço. Esse fenômeno contraria a lei da demanda? Explique. 
R: Este fenômeno contraria a lei da demanda na maior parte dos casos, afinal, a lei da 
demanda deixa claro que quanto maior o preço de um produto menor será a procura do 
mesmo no mercado. Uma exceção é o cenário em que a renda local aumenta em maior 
proporção que o aumento do preço da carne de boi. Isso porque confere à população maior 
poder de compra, possibilitando maior acessibilidade ao produto em questão, apesar de seu 
aumento. 
 
4ª QUESTÃO: Defina elasticidade-preço da demanda. Classifique os produtos de acordo 
com o coeficiente de elasticidade-preço da demanda. 
R: Com o intuito de definir elasticidade-preço da demanda da melhor forma possível, é 
necessário, prioritariamente, estruturar uma linha de raciocínio mais assertiva, a se 
conceituar o que é demanda em si. Sob a ótica de Daniele Fernandes da Silva e Rosangela 
Aparecida da Silva (2018, p. 23), demanda é a procura por bens e serviços. 
Partindo dessa perspectiva, elasticidade-preço da demanda deve ser analisada/ utilizada nos 
casos em que os bens e serviços são diferenciados, isto é, aplicando a definição adotada pelas 
autoras que conceituam (Epd) como sendo a sensibilidade do consumidor em relação a 
alterações do preço dos bens e serviços. Dessa forma, esse fator sensibilidade delimita a 
classificação dos produtos. Assim, de maneira concisa, esses produtos passam a ser 
classificados em elásticos e inelásticos, ou seja, quando tal demanda for elástica quer dizer 
que, alterações nos preços irão interferir muito no consumo (Epd>1), 
todavia, a demanda inelástica se caracteriza pelas alterações nos preços não 
interferirem tanto no consumo (0 ≤ Epd < 1). 
 
5ª QUESTÃO: Conceitue elasticidade-renda da demanda. Classifique os produtos de acordo 
com o coeficiente de elasticidade-renda da demanda. 
R: De acordo com Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos (2018, p. 58), o coeficiente de 
elasticidade-renda da demanda mede a variação percentual entre a quantidade comprada 
relacionando-a à oscilação da renda do consumidor. Desse modo, Vasconcellos enquadra os 
produtos em três classificações: os bens normais, os inferiores e superiores ou de luxo. 
Assim, o conceito de bem normal, quer dizer que o aumento da renda leva ao aumento 
menos que proporcional no consumo (não sofre tanta instabilidade). Diferentemente, do 
conceito anterior, os bens inferiores sofrem mais impacto, pois, o aumento da renda leva a 
queda do consumo destes. Já os bens superiores ou de luxo, têm a elasticidade da renda 
impactando positivamente, uma vez que, conforme o aumento da renda ocorra, 
existe um aumento mais que proporcional no consumo deste produto. 
 
12ª QUESTÃO: Conceitue a função de oferta. Além do preço, quais outros fatores afetam 
a oferta de um produto? Explique. 
R: A função da oferta é a relação matemática que relaciona a quantidade ofertada em relação 
ao preço do produto. Além do preço, outros fatores que influem na oferta são o custo de 
produção (que abrange o preço dos insumos de produção, o custo da mão de obra, dentre 
outros), o preço dos produtos substitutos, além das metas estipuladas pela empresa produtora. 
Isso se mostra verdade, afinal, no primeiro caso as alterações climáticas, as variações de 
preços de mecanismos utilizados na produção, dentre outros fatores, afetam o preço dos 
meios para a produção final, afinal, essa depende diretamente da disponibilidade e 
acessibilidade desses outros. Também é importante deixar claro que o valor de outros 
produtos com função semelhante (substitutos) também impactam a oferta, pois os indivíduos 
podem escolher pelo substituto em detrimento do vigente, o que, no longo prazo, faz com 
que a oferta do produto em questão caia. Além disso, as metas de produtividade propostas 
pelos empresários impactam na disponibilidade do produto pois toma-se isso com um 
incentivo ou um desincentivo para a produção. 
 
13ª QUESTÃO: O que vocês entendem por preço de equilíbrio ou preço de mercado? 
Várias teorias econômicas (como por exemplo, as das Escola Clássica e Neoclássica)afirmam que o preço de equilíbrio de uma mercadoria é seu preço justo. 
Vocês concordam ou discordam? Por que? 
R: No livre mercado, os preços são determinados pela lei da oferta e da procura. 
O encontro das duas curvas determina o preço de equilíbrio. Nem sempre esse preço 
permanece neste estado. Existem forças que podem alterar o preço e/ou a quantidade 
demandada e ofertada. Muitas vezes, o próprio governo pode agir para forçar o equilíbrio no 
mercado, quer seja subsidiando determinados produtos ou, por outro lado, sobretaxando 
outros. 
Tal prática foi iniciada (oficialmente) com a criação no início da década de quarenta, da 
Comissão de Financiamento da Produção (CFP), por meio do Decreto 5.212/1943 (BRASIL, 
1946), s.p.). Esse foi o primeiro movimento em direção à criação da “Política de Garantia de 
Preços Mínimos” (PGPM) no Brasil, lançada oficialmente em 1966 (COLOMBINI, 2008, 
p. 75). A PGPM constitui-se em um mecanismo específico de política de rendas, de modo 
que, ao adotar essa política, o governo exerce controle sobre os preços dos produtos, evitando 
a queda drástica desses preços em períodos de oferta abundante, buscando a manutenção de 
um nível mínimo de renda para o produtor e, defendendo a renda do consumidor, inibindo o 
crescimento dos preços exacerbado dos produtos (VEREDE, 2001, p. 316). 
Para executar a política de preços mínimos, recursos públicos são necessários, vinculando-
se, portanto, a execução da PGPM à política fiscal do governo. 
O consumo dos diversos produtos resulta em benefícios e custos. Os benefícios advêm da 
satisfação gerada pelo consumo. Entretanto, quanto maior for o preço do produto, menos 
unidades serão compradas. Por duas razões importantes: porque isso aumenta o custo do 
consumo e seu custo de oportunidade, ou seja, aquilo que o indivíduo deixa de comprar para 
poder pagar esse aumento pode levá-lo a não ter renda suficiente para comprar o produto 
mais caro, levando-o até a compra de bens substitutos. 
A imagem 1, mostra a relação existente entre o preço do produto e a quantidade demandada. 
Por causa da lei da demanda, a curva tem inclinação positiva, ou seja, um preço maior (ou 
menor) corresponde a uma quantidade demandada menor (ou maior). 
 
Figura 1: Gráfico curva de demanda. 
Disponível em: https://www.topinvest.com.br/congelamento-de-precos-como-funciona-a-
curva-de-oferta-e-demanda/. 
 
Diante do exposto, o grupo concorda com as teorias Escola Clássica e Neoclássica, visto que 
o preço justo, quando atrelado a sua oferta e demanda, é um movimento natural. Outrossim, 
não se isenta o fato de que é ruim pagarmos mais caro por algo, mas o mercado econômico 
exige tal situação. E o que acontece, é que se a demanda subiu muito e a oferta continua 
igual, o preço tende a aumentar, ocorrendo o ajuste da oferta. 
As empresas irão se mobilizar para produzir mais, visto que poderão ganhar mais dinheiro. 
E os produtos não faltarão e chegarão nos pontos de distribuição. 
Como consequência sobre a mudança de preço, a demanda também será ajustada à nova 
realidade. 
Isso acontece conforme os efeitos ocorrem: 
- Com valor em alta, o consumo será moderado, evitando desperdícios; 
- A demanda por outros produtos, semelhantes e mais baratos, serão consumidos; 
 
14ª QUESTÃO: Um produto é caracterizado por demanda elástica. Um aumento da taxa de 
imposto sobre a venda desse produto incidirá mais sobre o consumidor ou o vendedor? 
R: O produto em questão é caracterizado por pertencer a demanda elástica, isto é, alterações 
nos preços impactarão negativamente no consumo. Tendo isso em mente, infere-se que a 
aplicação de impostos sobre as vendas deste produto incidirão mais sobre o vendedor, e por 
qual motivo? É necessário salientar que, segundo Vasconcellos (2018, p. 51), o produtor 
(vendedor) buscará repassar o imposto integralmente ao seu cliente, contudo o grau de 
sensibilidade deverá ser levado em consideração. Neste caso concreto, é importante 
relacionar a elasticidade ao aspecto de competitividade, ou seja, a oscilação do preço do 
produto irá direcionar ou não os consumidores aos concorrentes. 
Dessa forma, de acordo com a teoria adotada, percebe-se que, quanto mais concorrência 
maior deverá ser a parcela de imposto absorvida pelo vendedor, (ficando o ônus a seu 
encargo), e isso ocorre pelo seu produto ser de fácil substituição, por exemplo. 
 
15ª QUESTÃO: Por que os governos costumam adotar políticas de garantia de preços para 
produtos agrícolas? Relacionar algumas dessas políticas. Identificar e comentar as leis e 
normas que permitem os governos adotar e operarem essas políticas. 
R: Para garantir a manutenção da atividade agrícola no país, e, portanto, o equilíbrio social 
e econômico os governos costumam adotar políticas garantidoras de preços para produtos 
agrícolas. Trata-se de uma medida que visa proteger o produtor agrícola das flutuações dos 
preços no mercado, ou seja, ajudá-lo diante de uma possível queda acentuada de preços e 
consequentemente da renda agrícola, assegurando uma remuneração mínima e atuando como 
balizadora da oferta de alimentos, incentivando ou desestimulando à 
produção e garantindo a regularidade do abastecimento nacional. 
Antônio Donizeti Beraldo, em seu artigo sobre a Política de Garantia de Preços Mínimos e 
a Política de Combate à Inflação, leciona que a agricultura, por ser uma atividade cuja oferta 
está concentrada no tempo, ou seja, na época da colheita, necessita de amparo creditício que 
lhe propicie condições mais favoráveis de comercialização no período que se estende da 
safra até a entressafra; do contrário, a concentração temporal da oferta ocasionaria quedas 
abruptas nos seus preços, comprometendo o plantio da safra seguinte. 
Para melhor compreensão, é necessário esclarecer que, o período da safra a oferta de 
produtos aumenta, o que causa a diminuição do preço de equilíbrio de mercado. 
Já no período de entressafra, a oferta de produtos diminui, o que 
causa o aumento do preço de equilíbrio no mercado. A existência de recursos que permitam 
estocar parcela de sua produção até a entressafra, sem a necessidade de vendê-la de imediato 
para honrar seus débitos de custeio, é pré-requisito indispensável para manter a estabilidade 
da renda agrícola e, por conseguinte, evitar oscilações bruscas de preços durante o ano. 
Vale salientar que existe também a Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos 
da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), que garante um preço mínimo para produtos 
extrativistas que ajudam na conservação dos biomas brasileiros, objetivando fomentar a 
proteção ao meio ambiente, redução do desmatamento e garantir renda às populações que 
dependam da extração desses produtos. No Brasil, a política de preços mínimos iniciou em 
1943, quando por meio da Lei 5.212 de 21 de janeiro de 1943 foi criada a Comissão de 
Financiamento de Produção (CFP), com o objetivo de traçar planos financeiros relativos à 
produção. 
Mais tarde, a CFP originou a Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, empresa 
do Governo Federal que é responsável por cuidar do abastecimento alimentar e garantir renda 
ao produtor rural. 
Já as normas para fixação de preços mínimos foram instituídas pelo Decreto-Lei nº 79 de 19 
de Dezembro de 1966. Vejamos: 
Art. 1º- A União garantirá os preços dos produtos das atividades agrícola, pecuária 
ou extrativa, que forem fixados de acordo com este Decreto-lei. 
 Art. 2º- A garantia de preços instituída no presente Decreto-lei é estabelecida 
exclusivamente em favor dos produtores ou de suas cooperativas. 
[...] 
Art. 4º- A União efetivará a garantia de preços através das seguintes medidas: 
 a) comprando os produtos, pelos preços mínimos fixados; 
 b) concedendo financiamento, com opção de venda, ou sem ele, inclusive para 
beneficiamento acondicionamento e transporte dos produtos. 
Art. 5º - Os preços mínimos básicos serão definidospelo Conselho Monetário 
Nacional - CMN, levando em conta os diversos fatores que influem nas cotações 
dos mercados, interno e externo, e os custos de produção, com base em proposta 
encaminhada ao Ministério da Fazenda pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento - MAPA. (BRASIL, 1966, s.p.) 
 
 
 
Pela leitura dos artigos acima, constata-se que ao Conselho Monetário Nacional recai a 
análise e atualização do preço mínimo em cada SAFRA, o qual será posteriormente 
publicado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. 
A Lei 8.171 de 17 de janeiro de 1991 também dispõe sobre ações e instrumentos de política 
agrícola, prevê em seu art. 33 que a garantia dos preços mínimos ocorrerá através de 
financiamentos da comercialização e da aquisição dos produtos agrícolas amparados, 
com tratamento privilegiado para os alimentos básicos. 
Segundo o Ministério da Fazenda do Governo Federal, é 1992, por intermédio da Lei 8.427 
de 27 de Maio de 1992, é instituída a subvenção econômica nas operações de crédito rural, 
sendo criados a partir de 1996, novos instrumentos de apoio à comercialização, tais como: 
Prêmio para o Escoamento de Produto (PEP), Contrato de Opção de Venda (COV), Prêmio 
Equalizador Pago ao Produtor Rural e/ou sua Cooperativa (Pepro), Prêmio de Risco para 
Aquisição de Produto Agrícola oriundo de Contrato Privado de 
Opção de Venda (Prop) e a Subvenção Direta ao Produtor Extrativista (SDPE). 
Já no ano de 2003, foi instituída a Linha Especial de Comercialização (LEC) para os produtos 
amparados pela PGPM, sendo em 2012, por intermédio da Resolução Bacen nº 4.106, de 28 
de junho, substituída pelo Financiamento Especial para 
Estocagem de produtos não vinculados à PGPM (FEE). 
Sequencialmente, em 2012, o EGF, por intermédio da Resolução Bacen nº 4.106, de 28 de 
junho, foi substituído pelo Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários 
2 integrantes da PGPM (FEPM) e Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor 
(FGPP). 
 
De acordo com o CONAB, dentre principais as políticas de preços mínimos, podemos citar: 
 
AGF - Aquisição do Governo Federal: É o instrumento da Política de Garantia de Preços 
Mínimos (PGPM) que visa apoiar produtores rurais, agricultores familiares e/ou suas 
cooperativas, por meio da aquisição diretamente do produtor, que ocorre quando o preço de 
mercado estiver abaixo do preço mínimo estabelecido para a safra vigente de qualquer 
produto da pauta da PGPM, condicionada à liberação de recursos pelo Tesouro Nacional 
para a operacionalização das aquisições, sem os quais não se executa a política estabelecida. 
A AGF é mais comumente utilizada por pequenos produtores e cooperativas em razão da 
facilidade de acesso ao benefício. Para que ocorra aquisição pelo Governo Federal, os 
produtos devem estar devidamente armazenados em locais cadastrados pela Conab e as 
compras devem compor o estoque público. 
 
 
FGPP - Financiamento de Garantia de Preços ao Produtor: Visa permitir aos produtores 
rurais a venda de sua produção por valor não inferior ao preço mínimo, para os produtos 
amparados pela PGPM, ou ao preço de referência fixado para os produtos constantes do 
MCR. 
São beneficiários do FGPP, mediante comprovação da aquisição de produtos diretamente de 
produtores rurais, suas associações ou de suas cooperativas de produção agropecuária, por 
preço não inferior aos preços mínimos ou de referência vigentes. 
 
PEP – Prêmio para o Escoamento do Produto: Subvenção econômica para escoamento 
de produto do local de produção para o de consumo, e ocorre quando o preço de mercado 
estiver abaixo do mínimo, beneficiando queles que se disponham a adquirir o produto 
indicado pelo Governo Federal, diretamente do produtor rural e/ou cooperativa. A seleção 
do beneficiário ocorrerá através de leilão público em bolsas de cereais/mercadorias, no qual 
ocorre o pagamento da diferença entre o preço mínimo e o preço de mercado pelo 
arrematante. Essa política de apoio à comercialização pode ser usada para complementar o 
abastecimento em regiões deficitárias a partir de estoques privados. 
 
PEPRO – Prêmio para Equalizador Pago ao Produto: É uma subvenção econômica 
concedida ao produtor rural ou cooperativa de produtores rurais. O PEPRO é lançado quando 
o preço de mercado de um determinado produto está abaixo do Preço Mínimo ou do valor 
de referência, objetivando promover a garantia de renda ao produtor rural. O produtor rural 
e/ou sua cooperativa que desejam participar devem seguir as condições estabelecidas no 
aviso, divulgado com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis em relação à data do leilão, 
que é realizado por meio do Sistema Eletrônico de Comercialização da Conab (SEC). 
A principal diferença é o pagamento do prêmio diretamente ao produtor que participa do 
leilão. Igualmente, desonera o Governo de adquirir o produto e viabiliza o escoamento de 
produto para complementar o abastecimento nas regiões consumidoras. A operação oferece 
ao produtor ou cooperativa a diferença entre o preço de mercado e o preço de referência. 
 
FEE – Financiamento Especial para Estocagem de Produtos Agropecuários: Objetiva 
proporcionar recursos/financiamento para armazenagem e conservação de produtos para 
vendas futuras e melhores condições de mercado, tendo por base o preço mínimo dos 
produtos amparados pela PGPM de acordo com o tipo e qualidade. Podem ser beneficiários 
os produtores rurais (pessoas físicas e jurídicas) e suas cooperativas e produtores de sementes 
registrados no MAPA. 
 
 
Outras referências: 
 
Custos Sociais e Orçamentários das Políticas de Garantia de Preços no Brasil - estudo 
dos casos de arroz e milho. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
20032017000200367&script=sci_arttext>. Rev. Econ. Sociol. Rural vol.55 no.2 Brasília, 
2017. Acesso em 08 de abril de 2021. 
 
Congelamento de preços – como funciona a curva de oferta e demanda?. Disponível em: 
<https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-20032017000200367&script=sci_arttext>. 
Acesso em 08 de abril de 2021. 
Oferta, demanda e preço de equilíbrio. Disponível em: 
<http://www2.videolivraria.com.br/pdfs/14632.pdf>. Acesso em: 08 de abril de 2021. 
 
VitalSource Bookshelf Online. Minhabiblioteca.com.br. Disponível em: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595028333/cfi/22!/4/4@0.00:42.7
>. Acesso em: 01 de abril de 2021. 
 
BERALDO, ANTÔNIO DONIZETI. A politica de garantia de preços mínimos e a 
política de combate à inflação. Revista de Política Agrícola, v. 2, n. 3, p. 7–9, 1993. 
PARANAHYBA DE ABREU1, Douglas; DE, Eluardo; MARQUES, Oliveira. Análise 
comparativa dos três principais instrumentos da Política de Garantia de Preços 
Mínimos (PGPM) Comparative analysis of the three main instruments of the Minimum 
Price Policy (PGPM). [S.l.]: , [s.d.]. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/cienagro/wp-
content/uploads/2018/10/An%C3%A1lise-comparativa-dos-tr%C3%AAs-principais-
instrumentos-da-Pol%C3%ADtica-de-Garantia-de-Pre%C3%A7os-M%C3%ADnimos-
PGPM-2.pdf>. 
FRANCIS. Conab - Instrumentos de Política Agrícola. Disponível em: 
<https://www.conab.gov.br/precos-minimos/instrumentos-de-politica-agricola>. Acesso 
em: 11 abr. 2021. 
Apoio à comercialização agrícola. Disponível em: <https://www.gov.br/fazenda/pt-
br/assuntos/politica-agricola-e-meio-ambiente/atuacao-spe/apoio-a-comercializacao-
agricola#:~:text=Por%20interm%C3%A9dio%20da%20Resolu%C3%A7%C3%A3o%20B
acen%20n%C2%B0%204.666%2C%20de%2006,de%20Pre%C3%A7os%20M%C3%ADn
imos%20(PGPM).>. Acesso em: 12 abr. 2021.

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