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Trabalho e Sociabilidade

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA: Trabalho e Sociabilidade
ALUNO: Luísa Duarte Torres Alves
AVALIAÇÃO DAS UNIDADES I E II
1. O TRABALHO é categoria central, modelo da sociabilidade humana, que possibilita a transformação da natureza e do/a próprio/a homem/mulher. Desenvolva, de forma sintética, os elementos determinantes do processo que relaciona homem/mulher e natureza e possibilita a constituição do SER SOCIAL. 
Sabe-se que o que possibilita a constituição do fenômeno humano-social é o trabalho, processo pelo qual o homem/mulher procura satisfazer suas necessidades, que aumentam cada vez mais, e transforma o sujeito em Ser Social. Dessarte, há alguns elementos que determinam esse processo de socialização, tais como: A capacidade teleológica, que possibilita o homem/mulher de idealizar, ter o objeto já em sua mente antes de produzi-lo. O atributo de comunicação, que o permite transmitir a outros seres sociais seus saberes sobre as propriedades da natureza, externalizar reflexões, pensamentos e sua consciência, meio pelo qual ele conhece a natureza e a si mesmo, podendo assim sociabilizar-se por meios de interações sociais. Além disso, durante sua vida o ser social tem a capacidade de fazer escolhas entre alternativas e da liberdade, o que também se configura como uma característica. Esses são alguns pontos que diferenciam o homem/mulher de outros seres, e consequentemente fundam o Ser Social.
2. Lukács (2007, p. 241) afirma que “o COMUNISMO não é para Marx uma antecipação utópico-mental de um estado de perfeição imaginada, ao qual se deve chegar”. Contudo, o autor identifica que na obra marxiana há elementos centrais sobre a questão da possível autonomia conquistada a partir do trabalho. Em que sentido é possível que a sociedade possa, de fato, superar a coerção que se estabelece sobre sua autorreprodução?
Para que a sociedade possa, de fato, superar a coerção que se estabelece sobre sua autorreprodução, é necessário derrubar a dominação da classe burguesa, para que o proletário consiga conquistar também o poder político. Ademais, é indispensável a supressão da propriedade privada burguesa que escraviza o trabalho assalariado a fim de gerar cada vez mais lucro com essa exploração do proletariado. Dessa forma, o trabalhador poderá realmente aproveitar e dividir com sua essência a riqueza socialmente construída. Essa necessidade de abolição da propriedade privada é muito bem desenvolvida por Marx em sua obra “Manifesto do partido comunista” quando ele fala: “(...) o trabalho assalariado (...) cria o capital, isto é, a propriedade que explora o trabalho assalariado, que só pode multiplicar-se sob a condição de produzir novo trabalho assalariado para explorá-lo novamente. Em sua forma atual, a propriedade move-se no interior do antagonismo entre capital e trabalho assalariado.”
3. Com referência ao modo de produção CAPITALISTA, trabalho concreto e trabalho abstrato relacionam-se com as categorias valor de uso e VALOR. Explicite as diferenças destas distintas categorias, como elas se apresentam nas relações sociais que vocês conhecem?
De acordo com o modo de produção capitalista, trabalho concreto e trabalho abstrato relacionam-se com as categorias valor e valor de uso da seguinte forma: O trabalho abstrato gera o valor, que é o tempo socialmente necessário para produzir aquilo, logo é quantitativo. Já o trabalho concreto é o dispêndio de força humana que concretiza um valor de uso, ou seja, coisas úteis para a produção e reprodução humana, e é qualitativo. Um exemplo sólido do que foi dito é: o tempo gasto para o sujeito produzir determinada quantidade de sapato, por exemplo, é o trabalho abstrato, o seu valor. Dessa forma, a necessidade de outras pessoas comprarem e utilizarem o sapato para proteger os pés gera o valor de uso, que foi produzido pelo processo de concretização da mercadoria pelo processo de trabalho, ou seja, o trabalho concreto. 
4. Há uma grande confusão sobre os fundamentos da produção das mercadorias, delimitadas sobre sua essência (“as relações sociais”) e sua forma. Como o “fetichismo da mercadoria”, neste contexto, é apresentado por Marx e qual é o grande segredo que se esconde sobre este movimento?
Para Marx, o fetichismo da mercadoria e o seu grande segredo nada mais é que a ocultação das relações sociais de produção, de todo esforço e força humana para a criação daquilo, através da mercadoria que agora é um personagem vivo, naturalmente com valor e vontades próprias, enquanto as relações das pessoas são sempre mediadas por um produto ou coisa. Isso se dá a partir da forma como a mercadoria é produzida, uma vez que a sociedade não vê de fato o meio pelo qual o trabalho é socialmente distribuído e então as características do processo social do trabalho são adquiridas pelos produtos e vice-versa. Contudo, Marx explica muito claramente o que é o fetichismo da mercadoria em sua obra “O caráter fetichista da mercadoria e seu segredo”, como por exemplo, no trecho: “O misterioso da forma mercadoria consiste, portanto, simplesmente em que elas refletem aos homens as características sociais de seu próprio trabalho como características objetivas dos produtos mesmos do trabalho, como propriedades naturais sociais destas coisas e, daí, reflete também as relações sociais dos produtores com o trabalho conjunto como uma relação existente fora deles, entre objetos. Por esse quiproquó, os produtos de trabalho se tornam mercadorias, coisas sensíveis suprassensíveis, ou sociais.” 
5. Apresente algum processo de produção atual (indústria de transformação, agropecuária, mineração, serviços, comércio, administração pública, dentre outros) e identifique as condições de seu PROCESSO DE TRABALHO e os conflitos sociais que surgem sobre a produção de MAIS-VALOR. 
Para identificar as condições de processo de trabalho e os conflitos socias que surgem sobre a produção de mais-valor, usarei o exemplo do comércio. Sabe-se que o valor da força de trabalho nada mais é que o meio de subsistência necessário para produzir a reprodução diária do trabalhador. Já o mais-valor, é todo o trabalho excedente que o mesmo não recebe. Temos como exemplo um comerciante que fica das 9h as 19h numa loja que, em tempos normais, emprega quatro vendedores. Porém, com o surgimento de uma pandemia, essa empresa fica um mês parada, e então o lucro que antes era de valor x, cai devido aos imprevistos causados pelo lockdown. Porém, a onda vermelha passa e, para compensar o mês anterior que não gerou o lucro esperado, o empresário decide demitir dois dos quatro vendedores contratados. A partir de então, os dois funcionários ainda empregados passam dispender de ainda mais força humana visto que terão a mesma demanda de anteriormente, quando eram quatro. Supondo então que em épocas normais o comerciante citado conseguia vender R$5000,00 por dia; esse valor diário não corresponde ao seu salário uma vez que apenas o seu tempo gasto corresponderá ao valor que ele recebe no final do mês. Assim como se, em tais circunstancias ele passar a vender R$10000,00 por dia fazendo o papel de dois vendedores e, sendo ainda mais explorado, o seu salário continuará sendo o valor de seu tempo socialmente necessário para realizar seu trabalho, e não o valor do trabalho produzido.

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