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Apostila do sistema digestório - Medicina UFPE

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9/4/2019 
 
 
Eduardo Ferreira 
2019.1 – MEDICINA - UFPE 
APOSTILA SISTEMA DIGESTÓRIO I 
1ª IN524 
 
1 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
SUMÁRIO 
ANATOMIA DA CAVIDADE ORAL ................................................................................................................................................ 4 
LÍNGUA ............................................................................................................................................................................................. 5 
GLÂNDULAS NA BOCA ........................................................................................................................................................................... 7 
FARINGE ..................................................................................................................................................................................... 7 
ANATOMIA DA FARINGE E ESÔFAGO .......................................................................................................................................... 7 
FARINGE ............................................................................................................................................................................................ 7 
ESÔFAGO ......................................................................................................................................................................................... 10 
ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO ...................................................................................................................................... 12 
ESÔFAGO ......................................................................................................................................................................................... 12 
ESTÔMAGO ...................................................................................................................................................................................... 13 
Divisão ...................................................................................................................................................................................... 13 
Curvaturas ................................................................................................................................................................................ 14 
Interior do estômago ................................................................................................................................................................ 14 
Relações do estômago ............................................................................................................................................................. 14 
Aplicação .................................................................................................................................................................................. 15 
DUODENO ........................................................................................................................................................................................ 18 
Hérnias paraduodenais ............................................................................................................................................................ 18 
JEJUNO E ÍLEO ................................................................................................................................................................................... 22 
ESQUEMA DE FIXAÇÃO ............................................................................................................................................................. 25 
DUODENO E PÂNCREAS ....................................................................................................................................................................... 25 
JEJUNO E ÍLEO ................................................................................................................................................................................... 26 
Tênias do colo ........................................................................................................................................................................... 27 
CECO E APÊNDICE .............................................................................................................................................................................. 27 
Apendicite (PARA A PROVA!!!!) ................................................................................................................................................ 30 
COLO .............................................................................................................................................................................................. 31 
Colo ascendente ....................................................................................................................................................................... 31 
Colo transverso ......................................................................................................................................................................... 33 
Colo descendente ..................................................................................................................................................................... 33 
Colo sigmoide ........................................................................................................................................................................... 33 
RETO............................................................................................................................................................................................... 33 
IMAGENS DE ATLAS: VASCULARIZAÇÃO DOS INTESTINOS ............................................................................................................................ 34 
CANAL ANAL .................................................................................................................................................................................... 36 
ESQUEMAS DE FIXAÇÃO ...................................................................................................................................................................... 39 
Ceco, apêndice vermiforme, colo ascendente e transverso ..................................................................................................... 39 
Colo descendente e sigmoide ................................................................................................................................................... 40 
Reto .......................................................................................................................................................................................... 41 
PÂNCREAS ................................................................................................................................................................................ 42 
CABEÇA ........................................................................................................................................................................................... 42 
COLO .............................................................................................................................................................................................. 42 
CORPO ............................................................................................................................................................................................ 42 
CAUDA ............................................................................................................................................................................................ 42 
DUCTO PANCREÁTICO .........................................................................................................................................................................42 
DUCTO COLÉDOCO ............................................................................................................................................................................. 42 
FÍGADO .................................................................................................................................................................................... 44 
Faces ......................................................................................................................................................................................... 44 
LOBOS E SEGMENTOS DO FÍGADO .......................................................................................................................................................... 44 
DUCTOS BÍFIDOS E VESÍCULA BILIAR ........................................................................................................................................ 47 
DUCTO COLÉDOCO ............................................................................................................................................................................. 47 
 
2 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
Artérias que suprem o ducto colédoco ..................................................................................................................................... 47 
Drenagem venosa .................................................................................................................................................................... 47 
Drenagem linfática ................................................................................................................................................................... 47 
VESÍCULA BILIAR ................................................................................................................................................................................ 48 
VEIA PORTA DO FÍGADO ........................................................................................................................................................... 48 
ANASTOMOSES PORTASSISTÊMICAS ....................................................................................................................................................... 48 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS ............................................................................................................................................ 54 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS LIPÍDEOS..................................................................................................................................................... 54 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DAS PROTEÍNAS .................................................................................................................................................. 55 
DISTÚRBIOS .................................................................................................................................................................................. 55 
FISIOLOGIA IN524 ..................................................................................................................................................................... 57 
PRINCÍPIOS GERAIS .................................................................................................................................................................. 57 
Mucosa ..................................................................................................................................................................................... 57 
Submucosa ............................................................................................................................................................................... 57 
Camadas musculares................................................................................................................................................................ 57 
Serosa ....................................................................................................................................................................................... 57 
MECANISMOS REGULADORES DO TRATO GASTROINTESTINAL ...................................................................................................................... 57 
Endócrina ................................................................................................................................................................................. 57 
Regulação parácrina ................................................................................................................................................................ 57 
Regulação neural do funcionamento gastrointestinal ............................................................................................................. 58 
SISTEMA NERVOSO EXTRÍNSECO .............................................................................................................................................. 58 
.................................................................................................................................................................................................. 59 
INERVAÇÃO NEURAL INTRÍNSECA ............................................................................................................................................ 59 
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO ...................................................................................................................................................... 60 
SNA Parassimpático: ................................................................................................................................................................ 60 
SNA Simpático .......................................................................................................................................................................... 60 
HORMÔNIOS PARÁCRINOS E NEUROTRANSMISSORES DO SGI ...................................................................................................................... 61 
Neurócrinos (ou neurotransmissores) ...................................................................................................................................... 61 
Hormônios secretados por células endócrinas do TGI .............................................................................................................. 61 
Peptídeo inibidor gástrico (GIP) ................................................................................................................................................................ 61 
Motilina ..................................................................................................................................................................................................... 61 
Gastrina ..................................................................................................................................................................................................... 61 
CCK – colecistocinina ................................................................................................................................................................................. 62 
Parácrinos gastrintestinais ....................................................................................................................................................... 62 
HISTAMINA ................................................................................................................................................................................................ 62 
SOMATOSTATINA ...................................................................................................................................................................................... 62 
CONTROLE HORMONAL DA MOTILIDADE GASTROINTESTINAL .......................................................................................................................63 
TIPOS FUNCIONAIS DE MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS NO TGI ..................................................................................................... 63 
Movimentos propulsivos – Peristaltismo.................................................................................................................................. 63 
Movimentos de mistura ........................................................................................................................................................... 63 
MASTIGAÇÃO ................................................................................................................................................................................ 64 
Reflexo da mastigação: ............................................................................................................................................................ 64 
DEGLUTIÇÃO ..................................................................................................................................................................................... 64 
Estágio voluntário .................................................................................................................................................................... 64 
Estágio faríngeo ....................................................................................................................................................................... 64 
Iniciação nervosa do estágio faríngeo ...................................................................................................................................... 64 
Estágio esofágico ..................................................................................................................................................................... 64 
Esfíncter esofágico inferior ....................................................................................................................................................... 64 
FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO ...................................................................................................................................................... 65 
Esvaziamento do estômago ..................................................................................................................................................... 65 
Reflexos enterogástricos de origem duodenal impedem o esvaziamento gástrico. ................................................................ 65 
MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO .................................................................................................................................................. 66 
Contrações da mistura (contrações de segmentação) ............................................................................................................. 66 
Movimentos propulsivos .......................................................................................................................................................... 66 
MOVIMENTO DO CÓLON .................................................................................................................................................................... 66 
 
3 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
Movimentos de mistura – Haustrações .................................................................................................................................... 66 
Movimentos propulsivos – Movimentos de massa .................................................................................................................. 66 
DEFECAÇÃO ..................................................................................................................................................................................... 67 
HISTOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO – TEÓRICO E PRÁTICO ................................................................................................. 68 
Língua ....................................................................................................................................................................................... 68 
TRATO DIGESTIVO ............................................................................................................................................................................. 69 
FARINGE .......................................................................................................................................................................................... 69 
DENTES E ESTRUTURAS ....................................................................................................................................................................... 70 
Dentina ..................................................................................................................................................................................... 70 
Esmalte ..................................................................................................................................................................................... 70 
Polpa dental ............................................................................................................................................................................. 70 
Periodonto ................................................................................................................................................................................ 70 
Cemento ................................................................................................................................................................................... 70 
Ligamento periodontal ............................................................................................................................................................. 71 
Osso alveolar ............................................................................................................................................................................ 71 
Gengiva .................................................................................................................................................................................... 71 
ESÔFAGO ......................................................................................................................................................................................... 71 
ESTÔMAGO ...................................................................................................................................................................................... 72 
IMPORTANTE PARA A PROVA ....................................................................................................................................................... 73 
Cárdia ....................................................................................................................................................................................... 73 
Fundo e corpo ........................................................................................................................................................................... 73 
Piloro ........................................................................................................................................................................................ 75 
Outras camadas do estômago ................................................................................................................................................. 75 
INTESTINO DELGADO .......................................................................................................................................................................... 75 
INTESTINO GROSSO ............................................................................................................................................................................ 75 
Criptas de Lieberkühn ...............................................................................................................................................................75 
 
 
4 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
ASSUNTOS E PESOS 
 
 
Obs: não contém cavidade oral na apostila. 
 
Anatomia do Sistema Digestório II 
Mastigação: Desintegração parcial dos alimentos, processo mecânico e químico. 
Deglutição: Condução dos alimentos através da faringe para o esôfago. 
Ingestão: Introdução do alimento no estômago. 
Digestão: Desdobramento do alimento em moléculas mais simples. 
Absorção: Processo realizado pelos intestinos. 
Defecação: Eliminação de substâncias não digeridas do trato gastrointestinal. 
ANATOMIA DA CAVIDADE ORAL 
Objetivo 1 – Reconhecer as delimitações da cavidade oral. 
A cavidade oral é delimitada lateralmente pelas bochechas; superiormente pelo palato duro e mole; anteriormente 
pelos lábios; posteriormente pelo istmo das fauces; inferiormente (assoalho) pelos músculos Milo-hioide (maior 
contribuidor) e gênio-hioide. 
 
5 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
Objetivo 2 - Definir vestíbulo da boca e cavidade própria da boca e descrever estruturas importantes nessa região. 
É o espaço entre os dentes e a gengiva e as bochechas e os lábios delimitam o vestíbulo da boca. 
A cavidade própria da boca (cavidade oral propriamente dita) é delimitada lateralmente e anteriormente pelos arcos 
alveolares maxilar e mandibular. 
 
 
LÍNGUA 
A raiz é a parte posterior, por onde se liga ao osso hioide pelos músculos hioglosso e genioglosso e pela membrana 
glossioidea; à epiglote, por três pregas da mucosa; ao palato mole, pelos arcos palato-glossos, e a faringe, pelos 
músculos constritores superiores da faringe e pela mucosa. 
 
6 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
A face inferior possui uma mucosa que liga a língua ao assoalho da boca: O frênulo da língua. 
No dorso da língua, há um sulco mediano onde 2/3 anteriores são de papilas linguais e os 1/3 posteriores de glândulas 
mucosas e folículos linfáticos (tonsila lingual). 
 
Os músculos da língua são: 
Extrínsecos: Genioglosso, Hioglosso, Condroglosso, Estiloglosso e Palatoglosso. 
Intrínsecos: Longitudinal superior, longitudinal inferior, transverso e vertical. 
Inervação: (Da raiz até o ápice) Vago, glossofaríngeo e facial (todos sensitivos). 
A inervação motora é feita pelo hipoglosso. 
 
7 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
GLÂNDULAS NA BOCA 
 
FARINGE 
 
ANATOMIA DA FARINGE E ESÔFAGO 
FARINGE 
Da base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea anteriormente e a margem inferior da vértebra C6 
posteriormente. 
Divida em: Parte nasal da faringe (posterior ao nariz e superior ao palato mole); parte oral da faringe (posterior à 
boca); parte laríngea da faringe (posterior à laringe). 
Parte nasal da faringe: Tonsila faríngea; prega salpingofaríngea, cobre o músculo salpingofaríngeo que abre o óstio 
faríngeo da tuba auditiva durante a deglutição; tonsila tubária, coleção de tecido linfoide na submucosa da faringe 
perto do ósteo faríngeo da tuba auditiva; posterior mente ao toro tubário e à prega salpingofaríngea há uma projeção 
lateral da faringe semelhante a uma fenda, o recesso faríngeo. 
Parte oral da faringe: Delimitada superior mente pelo palato mole e pela base da língua inferiormente e pelos arcos 
palatolosso e palatofaróingeo lateralmente; as tonsilas palatinas são coleções de tecido linfoide na parte oral da 
faringe. Estende-se até a epiglote. 
Parte laríngea da faringe: Estende-se da margem superior da epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a margem 
inferior da cartilagem cricóide. 
As paredes posterior e lateral são formados pelos M. constritores médio e inferior. Internamente, a parede é formada 
pelos M. palatofaríngeo e estilofaríngeo. A parte laríngea se comunica com a laringe pelo ádito da laringe. 
O recesso piriforme é uma pequena depressão de cada lado do ádito da laringe. 
 
8 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
Inervação: N. maxilar, N. glossofaríngeo, N. vago. 
Suprimento sanguíneo: Principalmente pela A. faríngea ascendente. 
Drenagem venosa: Das Vv faríngeas para a V. jugular. E na parte nasal para as Vv. Meníngeas. 
Drenagem linfática: Da tonsila faríngea e da parede da faringe para os linfonodos retrofaríngeos e para os linfonodos 
cervicais profundos. 
 
9 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
 
10 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
ESÔFAGO 
Comunicação com a parte laríngea da faringe na junção faringoesofágica. 
Composto por músculo estriado (voluntário) no seu terço superior e liso (involuntário) na parte inferior, na parte 
intermediária há mistura dos dois tipos de músculos. 
Esôfago cervical: Parte superior voluntária. Apresenta uma constrição produzida pela parte cricoferíngea do músculo 
constritor inferior (o esfíncter esofágico superior). Está localizado entre a traqueia e a coluna vertebral cervical. 
Ramos da artéria tireóideas inferiores, veias tributárias das Vv. Tireóideas inferiores. Vasos linfáticos drenam para os 
linfonodos paratraqueais e linfonodos cervicais profundos inferiores. 
A inervação é somática sensitiva e motora para a metade superior, e parassimpática (vagal), simpática e sensitiva 
visceral para a metade inferior. 
O esôfago está deslocado para direita em relação a linha mediana (devido à aorta localizada à sua esquerda). O esôfago 
possui 3 constrições: Faringoesofágica, constrição da parte torácica (broncoaórtica) e diafragmática. 
Subdivisões: parte cervical; parte torácica; parte abdominal. 
 
 
 
11 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
12 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
Anatomia orientada para clínica, 5ª edição. 
ESÔFAGO 
Constrições: Cervical, junção faringoesofágica, causada pela parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da 
faringe, clinicamente o esfíncter superior do esôfago; broncoaórtica (torácica), o esôfago é cruzado pelo arco da aorta; 
diafragmática, onde atravessa o hiato esofágico do diafragma. 
O esôfago está fixado às margens do hiato esofágico no diafragma pelo ligamento frenicoesofágico. 
A junção esofagogástrica situa-se à esquerda da vértebra T11, também denominado de linha Z. Logo acima dessa linha, 
a musculatura diafragmática que forma o hiato esofágico funciona como um esfíncter inferior do esôfago fisiológico 
que contrai e relaxa. 
 
13 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
ESTÔMAGO 
 Cárdica: parte que circunda o óstio cárdico. 
 
14 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 Fundo: a parte superior dilatada, delimitada inferiormente pelo plano horizontal do óstio cárdico. A incisura 
cárdica está localizada entre o esôfago e o fundo. 
 Corpo: parte principal do estômago, entre o fundo e o antro pilórico. 
 Parte pilórica: região afunilada de saída do estômago; sua parte larga antro pilórico, leva ao canal pilórico, 
sua parte estreita. O piloro, a região esfincteriana distal da parte pilórica, é um espessamento acentuado da 
lâmina circular de músculo liso, que controla a saída do conteúdo gástrico através do óstio pilórico para o 
duodeno. 
 Curvatura menor: foram a margem côncava mais curta do estômago; a incisura angular indica a junção do 
corpo e da parte pilórica do estômago. 
 Curvatura maior: Forma a borda convexa mais longa do estômago. 
 Pregas gástricas ou rugas gástricas: A mucosa gástrica contraída forma estrias longitudinais. Há formação de 
um canal gástrico temporário, durante a deglutição, entre as pregas gástricas longitudinais da mucosa ao 
longo da curvatura menor. Esse canal é formado pela adesão à lâmina muscular, que não possui uma lâmina 
obliqua nessa região. A saliva e pequenas quantidades de alimento mastigado e outros líquidos atravessam o 
canal gástrico, passando para o canal pilórico quando o estômago está vazio. 
O estômago está coberto pelo peritônio, exceto nos locais em que há vasos sanguíneos ao longo de suas curvaturas e 
em uma pequena área posterior ao óstio cárdico. As duas lâminas do omento menor estendem-se aoredor do 
estômago e deixam sua curvatura maior como o omento maior. Anteriormente, o estômago se relaciona com o 
diafragma, o lobo esquerdo do fígado e parede anterior do abdome. Posteriormente, o estômago está relacionado 
com a bolsa omental e o pâncreas; a superfícies posterior do estômago foram a maior parte da parede anterior da 
bolsa omental. 
 
15 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
Hérnia de Hiato: é uma protusão de uma parte do estômago para o mediastino através do hiato esofágico do 
diafragma. Dois tipos mais frequentes: Hérnia de hiato paraesofágica: a cárdia permanece em sua posição normal, 
entretanto, uma bolsa de peritônio, frequentemente contendo parte do fundo, estende-se através do hiato esofágico 
anteriormente ao esôfago. 
 
16 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
Hérnia de hiato por deslizamento, a parte abdominal do esôfago, a cárdia e partes do fundo do estômago deslizam 
superiormente através do hiato esofágico para o tórax, principalmente quando a pessoa se deita ou se curva para 
frente. 
 
 
 
17 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
18 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
ANATOMIA DO INTESTINO DELGADO 
Bibliografia: Anatomia orientada para clínica, 5ª edição; Atlas de anatomia: Prometheus, órgãos 
internos, 2ª edição; Sobotta, órgãos internos, 24ª edição. 
 
É formado pelo duodeno, jejuno e ílio. Estende-se do piloro até a junção ileocecal onde o íleo se une ao ceco (primeira 
parte do intestino grosso). 
DUODENO 
Trajeto em forma de C ao redor da cabeça do pâncreas. Começa no piloro, do lado direito e termina na junção 
duodenojejunal no lado esquerdo. Essa junção assume a forma de um ângulo agudo, a flexura duodenojejunal. A 
maior parte do duodeno está fixada pelo peritônio e estruturas na parede posterior do abdome e é considerada 
parcialmente retroperitoneal. Pode ser dividido em quatro partes: superior, descendente, horizontal e ascendente. 
Parte superior do duodeno ascende a partir do piloro e é superposta pelo fígado e pela vesícula biliar. O peritônio 
recobre sua face anterior, mas não há peritônio posteriormente, exceto na ampola (os primeiros 2 cm da parte 
superior do duodeno, possuem um mesentério e são móveis). A parte proximal tem o ligamento hepatoduodenal 
(parte do omento menor) fixando superiormente e o omento menor, inferiormente. 
Parte descendente do duodeno segue inferiormente curvando-se ao redor da cabeça do pâncreas. Os ductos colédoco 
e pancreático principal entram em sua parede póstero-medial. Esses ductos se unem para formar a ampola 
hepatopancreática, que se abre no cume de uma eminência, denominada papila maior do duodeno, localizada 
póstero-medialmente na parte descendente do duodeno. A parte descendente é totalmente retroperitoneal. Só 2/3 
anteriores são cobertos por peritônio. 
Parte inferior ou horizontal do duodeno segue transversalmente para a esquerda, passando a VCI, aorta e vértebra 
L3. É cruzado pela veia e artéria mesentéricas superiores. 
Parte descendente do duodeno segue superiormente e ao longo do lado esquerdo da aorta para alcançar a margem 
inferior do corpo do pâncreas. Daí ela se curva anteriormente para se unir ao jejuno na junção duodenojejunal, 
sustentada pela fixação de um músculo suspensor do duodeno (ligamento de Treitz). 
Existem duas ou três pregas e recessos (fossas) inconstantes ao redor da junção duodenojejunal. A prega e o recesso 
paraduodenais são grande e estão à esquerda da parte ascendente do duodeno. Se uma alça de intestino entrar nesse 
recesso, pode sofrer estrangulamento. 
 
RESUMO do RESUMO: O duodeno é a primeira parte do intestino delgado, formato em C, secundariamente 
retroperitoneal, ao redor da cabeça do pâncreas. Sua parte descendente recebe os ductos colédoco e pancreático. 
 
19 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
Nesse nível ou imediatamente distal a ele, há uma transição no suprimento sanguíneo da parte abdominal do trato 
alimentar. Proximalmente a esse ponto, o suprimento é feito por ramos do tronco celíaco; distalmetente a esse ponto, 
o suprimento é feito por ramos da artéria mesentérica superior. 
 
 
 
20 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
21 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
22 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
JEJUNO E ÍLEO 
A segunda parte do intestino delgado, o jejuno, começa na flexura duodenojejunal onde o trato alimentar reassume 
um trajeto intraperiotenal. A terceira parte do intestino delgado, o íleo, termina na junção ileocecal, a união do ílio 
terminal e ceco. A maior parte do jejuno está localizado no quadrante superior esquerdo do compartimento 
infracólico, enquanto a maior parte do íleo está no quadrante inferior direito. 
O mesentério é uma prega de peritônio em forma de leque que fixa o jejuno e o íleo à parede posterior do abdome. 
A raiz do mesentério é direcionada obliquamente, inferiormente e para a direita. Entre as duas camadas do mesentério 
estão os nervos mesentéricos superiores, linfonodos, uma quantidade variável de gordura e nervos autônomos. 
A artéria mesentérica superior (AMS), supre o jejuno e o íleo, geralmente originando-se da parte abdominal da aorta. 
Envia ramos para o jejuno e íleo. As artérias se unem para formar alças ou arcos denominados arcos arteriais, que dão 
origem a artérias renas, vasos retos. 
A veia mesentérica superior (VMS) drena o jejuno e o íleo. Situa-se anteriormente e à direita da artéria mesentérica 
superior na raiz do mesentério. A VMS termina posteriormente ao colo do pâncreas, onde se une à veia esplênica para 
formar a veia porta. 
Os vasos linfáticos especializados nas vilosidades intestinais que absorvem gordura são denominados lactíferos. Eles 
drenam seu líquido leitoso para os plexos linfáticos nas paredes do jejuno e do íleo. Depois, para os vasos linfáticos 
entre as camadas de mesentério. Nesses existem outros: linfonodos justaintestinais, localizados na parede intestinal; 
linfonodos mesentéricos¸ dispersos entre os arcos arteriais; linfonodos centrais superiores, localizados ao longo da 
parte proximal da AMS. 
Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos mesentéricos drenam para os linfonodos mesentéricos superiores. Os 
vasos linfáticos do íleo terminal seguem o ramo ileal da artéria ileocólica até os linfonodos ileocólicos. 
 
 
23 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
Inervação: Em geral, a estimulação simpática reduz a motilidade e a secreção do intestino e atua como vasoconstritor, 
reduzindo ou interrompendo a digestão e disponibilizando sangue (e energia) para “fugir ou lutar”. A estimulação 
parassimpática, aumenta a motilidade e secreção do intestino, restaurando a atividade digestória após uma reação 
simpática. O intestino é sensível a distensão que é percebida como cólica. 
Divertículo ileal (de Meckel) é uma anomalia congênita. Um remanescente da parte proximal do pedículo vitelino 
embrionário. Esse divertículo pode inflamar e causar dor semelhante àquela produzida por apendicite. Se o tecido 
gástrico for incluído, pode haver uma úlcera péptica. 
 
 
24 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
25 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
ESQUEMA DE FIXAÇÃO 
DUODENO E PÂNCREAS 
 
 
 
 
26 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
JEJUNO E ÍLEO 
 
 
 
 
 
27 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
ANATOMIA DO INTESTINO GROSSO 
É formado por ceco; apêndice; pelos colos ascendentes, transverso, descendente e sigmoide; pelo reto e canal anal. 
Distingue-se do delgado por: 
 Apêndices omentais do colo. 
 Três tênias do colo: (1) mesocólica, à qual se fixam os mesocolos transverso e sigmoide; 
 Saculações: saculações da parede do colo entre as tênias. 
 Um calibre muito maior. 
Começam na base do apêndice como a camada longitudinal espessa do apêndice, que se divide para formar as três 
faixas. Fundindo-se novamente na junção retossigmóide em uma camada longitudinal contínua ao redor do reto. 
Como as têniassão mais curtas que o intestino, o colo adquire uma aparência sacular entre as tênias, formando as 
saculações. 
CECO E APÊNDICE 
O ceco é a primeira parte do intestino grosso, contínua com o colo ascendente. O ceco não possui mesentério. Devido 
à sua relativa liberdade, pode ser deslocado da fossa ilíaca, mas frequentemente está ligado à parede lateral do 
abdome por uma ou mais pregas cecais de peritônio. 
A forma de entrada o íleo no ceco produz lábios ileocólicos e ileocecal (superior e inferior) no óstio ileal, que formam 
a papila ileal. As pregas encontram-se ligeiramente formando o frênulo do óstio ileal. Quando o ceco é distendido ou 
se contrai, o frênulo fecha o óstio impedindo o refluxo para o íleo. 
O apêndice (apêndice vermiforme) é um divertículo intestinal cego que contém massa de tecido linfoide. Origina-se 
da parte póstero-medial do ceco, inferiormente à junçõa ileocecal. O apêndice possui um mesentério triangular curto, 
o mesoapêndice, originado da face posterior do mesentério do ílio terminal. A posição do apêndice é variável, mas 
geralmente é retrocecal. 
O ceco é irrigado pela artéria ileocólica, ramo da artéria mesentérica superior (AMS). A artéria apendicular, um ramo 
da artéria iliocólica, irriga o apêndice. Uma tributária da veia mesentérica superior (VMS), a veia ilieocólica, drena 
sangue do ceco e do apêndice. 
Vasos linfáticos do ceco e do apêndice seguem até os linfonodos do mesoapêndice e até os linfonodos ileocólicos. Os 
vasos linfáticos eferentes seguem até os linfonodos mesentéricos superiores. 
A inervação provém dos nervos simpáticos e parassimpáticos do plexo mesentérico superior. As fibras nervosas 
simpáticas originam-se na parte torácica inferior da medula espinal, e as fibras nervosas parassimpáticas provêm dos 
nervos vagos. As fibras nervosas aferentes acompanham os nervos simpáticos até o segmento T10 da medula espinhal. 
 
28 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
29 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
 
30 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
Inflamação aguda do apêndice. Em geral, a pressão digital sobre o ponto de McBurney registra a dor abdominal 
máxima. A apendicite em jovens é geralmente causada por hiperplasia dos folículos linfáticos no apêndice que oclui a 
luz. Em pessoas idosas, a obstrução geralmente resulta de um fecalido (coprolito), uma secreção que se forma ao 
redor de um centro material fecal. Quando as secreções do apêndice não podem sair, há edema do apêndice, 
distendendo o peritônio visceral. A dor começa como uma dor vaga na região periumbilical, porque as fibras álgicas 
aferentes entram na medula espinhal no nível T10. Mais tarde, a dor intensa no quadrante inferior direito, resulta da 
irritação do peritônio parietal que reveste a parede posterior do abdome. 
 
 
 
31 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
COLO 
É a segunda parte do intestino grosso. Passa superiormente na margem direita da cavidade abdominal, do ceco até o 
lobo direito do fígado, onde vira para a esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática). Secundariamente 
retroperitoneal. É separado da parede ântero-lateral do abdome pelo omento maior. O sulco paracólico direito situa-
se entre a face lateral do colo ascendente e a parede abdominal adjacente. 
 
32 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
33 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
Atravessa o abdome da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo, onde curva para baixo e transforma-se 
no colo descendente. A flexura esquerda do colo geralmente é mais superior, mais aguda e menos móvel. Situa-se 
anteriormente à parte inferior da porção esquerda do fígado e fixa-se ao diafragma através do ligamento frenocólico. 
O mesocolo transverso faz uma volta para baixo, frequentemente inferior ao nível das cristas ilíacas, e está aderido ou 
fundido à parede posterior da bolsa omental. A raiz do mesocolo transverso situa-se ao longo da margem inferior do 
pâncreas e é contínua com o peritônio parietal posteriormente. 
Secundariamente retroperitonea, entre a flexura esquerda do colo e a fossa ilíaca esquerda, onde está contínuo com 
o colo sigmoide. Possui um sulco paracólico esquerdo. 
Alça em forma de S, une o colo descendente e o reto. Estende-se da fossa ilíaca até o segmento S3, onde se une ao 
reto. O fim das tênias do colo indica a junção retossigmóide. Geralmente possui um longo mesentério e, portanto, 
possui considerável liberdade de movimento, principalmente sua parte média. A raiz do mesocolo sigmoide possui 
uma fixação em V invertido, que se estende primeiro medial e superiormente ao longo dos vasos ilíacos externos e 
depois medialmente inferiormente a partir da bifurcação dos vasos ilíacos comuns até a face anterior do sacro. O 
ureter esquerdo e a divisão da artéria ilíaca comum esquerda situam-se retroperitonealmente, posteriores ao ápice 
da raiz do mesocolo sigmoide. 
RETO 
Reto (retroperitoneal e subperitoneal). É contínuo com o colo sigmoide na altura de S3. A junção ocorre na 
extremidade inferior do mesentério do colo sigmoide. O reto é contínuo inferiormente com o canal anal. 
O reto é a parte pélvica do trato alimentar. A junção retossigmóide situa-se anteriormente a S3. Nesse ponto, as tênias 
do colo sigmoide afastam-se para formar uma lâmina longitudinal externa contínua de músculo liso, e os apêndices 
omentais adiposo são interrompidos. O reto segue a curva do sacro e do cóccix, formando a flexura sacral do reto. O 
reto termina ântero-inferiormente à extremidade do cóccix, imediatamente antes de um ângulo póstero-inferior 
agudo a flexura anorretal do canal anal (importante mecanismo para a continência fecal). 
As três flexuras laterais agudas do reto (superior, intermediária e inferior) são aparentes quando o reto é visto 
anteriormente. As flexuras são formadas em relação a três invaginações internas (pregas transversas do reto): uas 
esquerda e uma à direita. Parte final dilatada do reto, sustentada pelo diafragma pélvico: ampola do reto, essa ampola 
armazena o material fecal, elemento da continência fecal. 
Em homens, o peritônio reflete-se a partir do reto para a parede posterior da bexiga, onde forma o assoalho da 
escavação retovesical. Em mulheres, o peritônio reflete-se a partir do reto para a parte posterior do fórnice da vagina, 
onde forma o assoalho da escavação retourterina. As fossas pararretais permitem que o reto se distenda enquanto 
enche de fezes. 
 
34 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
IMAGENS DE ATLAS: VASCULARIZAÇÃO DOS INTESTINOS 
 
 
 
35 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
36 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
CANAL ANAL 
Parte terminal do intestino grosso e de todo canal alimentar. Estende-se desde a face superior do diafragma pélvico 
até o ânus. Começa no ponto onde a ampola retal se estreita, no nível da alça em formato de U, formada pelo músculo 
puborretal. O canal anal, circundado pelos músculos esfíncteres interno e externo do ânus, desce póstero-
inferiormente entre o corpo anococcigeo e o corpo do períneo. O canal apresentasse colapsado, exceto durante a 
passagem das fezes. 
O musculo esfíncter interno do ânus é um esfíncter involuntário que circunda os dois terços superiores do canal anal. 
É um espessamento da túnica muscular circular. 
O músculo esfíncter externo do ânus é um grande esfíncter voluntário que forma uma faixa larga de cada lado dos 
dois terços inferiores do canal anal. Esse esfíncter está fixado ao corpo do períneo anteriormente e ao cóccix 
posteriormente, através do ligamento anococcígeo. 
 
 
37 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
 
 
 
 
38 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
39 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
ESQUEMAS DE FIXAÇÃO 
 
 
 
40 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
41 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
ANATOMIA DO PÂNCREAS, FÍGADO E SISTEMA 
BILIAR 
 
42 Eduardo Ferreira – Apostila 1ªIN524 
PÂNCREAS 
Atrás do estômago; retroperitoneal; cruzando horizontalmente a parede posterior do abdome, entre o duodeno à 
direita e o baço à esquerda. Sua face anterior relaciona-se com o mesocolo transverso. 
CABEÇA 
Envolvida pela curvatura do duodeno. Possui o processo uncinado, uma projeção da parte inferior da cabeça do 
pâncreas, estende-se medialmente para a esquerda, posteriormente à artéria mesentérica superior. 
COLO 
É curto e estende-se sobre os vasos mesentéricos superiores que formam um sulco em sua face posterior. 
CORPO 
Contínua ao colo, situa-se à esquerda da veia e artéria mesentérica superior. 
CAUDA 
Está relacionada com o hilo esplênico e a flexura esquerda do colo. A cauda é relativamente mole e passa entre as 
camadas do ligamento esplenorrenal juntamente com os vasos esplênicos. 
DUCTO PANCREÁTICO 
Começa na cauda do pâncreas e segue pelo parênquima da glândula para sua cabeça, onde curva inferiormente e se 
funde com o ducto colédoco. 
DUCTO COLÉDOCO 
Crua a face posterossuperior da cabeça do pâncreas ou está inserido em sua substância. Os ductos pancreático e 
colédoco se unem para formar a ampola hepatopancreática que se abre no duodeno, no ápice da papila maior do 
duodeno. O músculo esfíncter do ducto colédoco controla a saída da bile. O músculo esfíncter do ducto pancreático 
impede o influxo da bile para o ducto pancreático. Já o músculo esfíncter da ampola hepatopancreática (esfíncter de 
Oddi) impede que o conteúdo duodenal entre na ampola. O ducto pancreático acessório drena o processo uncinado 
e a parte inferior da cabeça do pâncreas e se abre no duodeno, pela papila menor do duodeno. 
 
43 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
 
44 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
FÍGADO 
O diafragma separa o fígado da pleura, dos pulmões, do pericárdio e do coração. Com exceção dos lipídios, todas as 
substâncias do corpo absorvidas pelo canal alimentar vão direto para o fígado. 
Uma convexa: face diafragmática, possui os recessos subfrênicos, extensões superiores da cavidade peritoneal. Por 
sua vez, esses recessos são separados pelo ligamento falciforme. 
O recesso Hepatorrenal (bolsa de Morrison) uma extensão do recesso sub-hepático, é um recesso profundo da 
cavidade peritoneal situado entre a parte direita da face visceral do fígado e o rim e à glândula suprarrenal diretos. 
Quando a pessoa está em decúbito dorsal, o líquido da bolsa omental vai para esse recesso. O recesso hepatorrenal 
comunica-se anteriormente com o recesso subfrênico direito. 
A área nua do fígado não é coberta por peritônio e está relacionada diretamente com o diafragma. 
Uma relativamente plana ou côncava: face visceral. Face coberta por peritônio, exceto na fossa da vesícula biliar e na 
porta do fígado. A porta do fígado é uma fissura transversal, na parte média da face visceral do fígado, que dá 
passagem para a veia porta do fígado, artéria hepática, plexo nervoso hepático, ductos hepáticos e vasos linfáticos. 
RELAÇÕES da face visceral: 
 Lado direito da face anterior do estômago: impressões gástricas e pilórica 
 Parte superior do duodeno: a impressão duodenal 
 Omento menor 
 Vesícula biliar: Fossa da vesícula biliar 
 Flexura direita do colo transverso direito: impressão cólica 
 Rim direito e a glândula suprarrenal: área renal e impressão suprarrenal. 
O omento menor envolve a tríade portal (veia porta do fígado, artéria hepática e ducto colédoco). A margem livre e 
espessa do omento maior que se estende entre a porta do fígado e o duodeno é o ligamento hepatoduodenal. 
LOBOS E SEGMENTOS DO FÍGADO 
Lobos anatômico (características externas): Direito, esquerdo, caudado e quadrado. Esses dois últimos na face 
posterior. 
Funcionalmente: Partes hepáticas direita e esquerda independentes. 
Os lobos funcionais são separados pela fissura sagital esquerda e ligamento falciforme. 
 
 
45 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
A divisão clínica, com vases nos vasos sanguíneos e nos nervos, é dividido em 8 segmentos; um segmento corresponde 
a cada região de suprimento de um ramo segmentar da A. hepática. 
 
 
 
46 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
 
47 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
DUCTOS BÍFIDOS E VESÍCULA BILIAR 
A bile é produzida continuamente pelo fígado e armazenada na vesícula biliar. Quando a gordura entra no duodeno, 
a vesícula biliar envia bile concentrada pelos ductos cístico e colédoco para o duodeno. A bile emulifica a gordura. Os 
hepatócitos secretam bile nos canalículos biliares formandos entre eles. Os canalículos drenam para os pequenos 
ductos biliares interlobulares e, em seguida, para os grandes ductos biliares coletores da tríade portal intra-hepática, 
que se funde para formar os ductos hepáticos direito e esquerdo. Esses ductos drenam as partes direita e esquerda 
do fígado, respectivamente. Logo após deixar o fígado, esses ductos se unem para formar o ducto hepático comum, 
que recebo no seu lado direito o ducto cístico para formar o ducto colédoco. 
DUCTO COLÉDOCO 
Desce posteriormente à parte superior do duodeno e se situa em um sulco na face posterior da cabeça do pâncreas. 
Se une ao ducto pancreático para formar a ampola hepatopancreática (ampola de Vater). A ampola abre no duodeno 
através da papila maior do duodeno. O esfíncter do ducto colédoco impede que a bile passe para a ampola 
hematopancreática, fazendo com que a bile reflua pelo ducto cístico para ser armazenada na vesícula biliar. 
São: (1) A. pancreaticoduodenal superior posterior e artéria gastroduodenal que irrigam a parte retroduodenal do 
ducto. (2) A. cística, que irriga a parte proximal do ducto (3) artéria hepática direita, que irriga a parte média do ducto. 
As veias que drenam da parte proximal e dos ductos hepáticos entram diretamente no fígado. A veia 
pancreaticoduodenal superior posterior drena a parte distal do ducto colédoco e esvazia-se na veia porta do fígado 
ou em uma de suas tributárias. 
Ll. Císticos, Ll. Do forame omental e Ll. Hepáticos. 
 
48 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
VESÍCULA BILIAR 
A vesícula biliar, piriforme, situa-se na fossa da vesícula biliar, na face visceral do fígado. O peritônio envolve 
completamente o fundo da vesícula biliar e liga seu corpo e colo ao fígado. 
Dividida em: 
 Fundo, copo (toca a face visceral do fígado, colo transverso e parte superior do duodeno), colo (direcionado 
para a porta do fígado). 
A prega espiralada se une ao ducto cístico no colo, esse formado espiral ajuda o retorno de bile para ser armazenada 
se o ducto colédoco estiver fechado. 
A. Cística, supre a vesícula biliar e o ducto cístico, vinda da artéria hepática direita. 
A veias císticas drenam os ductos bilíferos e o colo da vesícula biliar podem entrar no fígado diretamente ou 
drenam pela veia porta. 
A drenagem linfática: Linfonodos císticos, já os vasos eferentes desses linfonodos vão para os linfonodos celíacos. 
Inervação: Plexo celíaco do nervo vago (parassimpático) e nervo frênico acessório (fibras aferentes somáticas). 
VEIA PORTA DO FÍGADO 
É o principal canal do sistema venoso porta. Coleta sangue desoxigenado, porém rico em nutrientes, proveniente da 
parte abdominal do canal alimentar, incluindo a vesícula biliar, o pâncreas e o baço, e o conduz para o fígado. No 
fígado se ramifica em um padrão segmentar e terminam nos capilares expandidos, os sinusoides venosos do fígado. 
ANASTOMOSES PORTASSISTÊMICAS 
Por meio das quais o sistema venoso porta se comunica com o sistema venoso sistêmico. 
 
49 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 Entre as veias esofágicas que drenam para veia ázigo ou para a veias gástrica esquerda (circulação portal). 
Quando dilatadas, normalmente formam varizes esofágicas. 
 Entre as veias retais, as veias inferiores e média drenando para a veia cava inferior, a aveia retal superior 
continuando com a veia mesentérica inferior (circulação portal); quando dilatadasnormalmente, formam 
hemorroidas. 
 Veias paraumbilicais da parede abdominal anterior (circulação portal) que se anastomosam com as veias 
epigástricas superficiais (circulação sistêmica); quando dilatadas, produzem cabeça de medusa (caput 
medusae) – veias vericosas que se irradiam através do umbigo. 
 Pequenos ramos das veias cólicas (circulação portal) que se anastomosam comas veias retroperitoneais 
(circulação sistêmica). 
 
 
 
 
 
50 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
51 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
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53 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
 
 
54 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
FUNÇÃO DO TRATO GASTROINTESTINAL NA 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS ALIMENTOS 
O TGI é um tubo espiralado grande, cujo interior é extracorpóreo (fora do corpo). Sua função é, portanto, transferir 
alimentos e outros materiais de fora para dentro do organismo. 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS 
Tanto o dissacarídeo quanto os polissacarídeos (amino e glicogênio) exigem clivagem hidrolítica antes de serem 
absorvidos. 
Os dissacarídeos são degradados por dissacaridases ligadas à membrana na superfície da mucosa intestina. O amido 
e glicogênio exige capacidade glicolítica adicional da enzima amilase. 
Os polissacarídeos são hidratados, para que haja ação da 
amilase, uma enzima específica para as ligações internas a1-4, 
mas totalmente inerte para as ligações a1-6. Assim, clivam, 
formando maltose e um oligossacarídeo com uma ou mais 
ramificações a1-6. Través de mais reações que quebre as 
ramificações, forma-se dextrinas alfa-limitantes, maltotriose e 
maltose 
O glicogênio possui mais ramificações. A amilase e as 
endossacaridases promovem a quebra. 
Transportadores: SGLT1 – Glicose para o enterócito, pega um 
Na+ junto para dentro. GLUT5 – Frutose. GLUT2 – Leva os 
monossacarídeos para membrana basal para o organismo. 
 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS 
LIPÍDEOS 
A natureza hidrofobia dispensa enzimas hidrossolúveis. 
Além desses compostos possuírem superfície de contado 
reduzida. 
Dessa forma, é necessário que haja emulsificação pelo 
auxílio das lipases salivares e gástricas. Uma vez 
triacilgliceróis degradados, formam ácidos graxos que 
atuam como surfactantes, degradando os glóbulos 
lipídicos em partículas menores, com isso aumentando a 
superfície e facilitando a hidrólise mais rápida. 
Fosfolipídios e ácidos graxos livres, monoacilgliceróis, atuam como surfactantes. Então, tê-los na dieta ajuda bastante 
a absorção de lipídeos. 
No duodeno, as enzimas pancreáticas e os sais biliares atuam na emulsificação dos lipídios. A lipase pancreática é a 
principal enzima secretada pelo pâncreas, no entanto, é inativa na presença de sais biliares. Esse fenômeno é 
contornado pela secreção concomitante de co-lipase pancreática. 
Os sais biliares são essenciais para a solubilidade dos lipídios durante o processo digestivo. 
As gotículas de gordura em emulsão transformam-se em estruturas micelares. 
 
55 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
A maioria dos monoacilglicerol e dos ácidos graxos é absorvida nas células epiteliais, mas os lipídios insolúveis em água 
são fracamente absorvidos no intestino delgado. Apenas 30-40% do colesterol da dieta é absorvido. Os sais biliares 
passam para o íleo onde são absorvidos e retornam ao fígado, através da circulação enteroepática. 
O destino dos ácidos graxos que penetram no enterócito é dependente do comportamento de suas cadeias. Cadeias 
curas e médias vão direto para o suprimento sanguíneo porta hepático. Mais de 12 carbonos, liga-se a uma proteína 
ligante de ácidos graxos e são transferidos para o RER para nova síntese de triacilgliceróis. Formando os quilomícrons 
nos enterócitos. Esse mecanismo de transporte tem a função de impedir uma sobrecarga de lipídica no fígado após 
refeições. 
 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DAS PROTEÍNAS 
Peptidases hidrolisam as proteínas. 
O estômago é o local onde inicia o processo de digestão da proteína. O pH desnaturaliza as proteínas. Pepsinas que 
são liberadas por meio de precursores inativos, os pepsinogênio A e B, e ativadas por reações intramoleculares em pH 
inferiores a 5 (auto ativação) ou por pepsinas ativa (autocatálise). Alguns aminoácidos livres estimulam a secreção de 
CCK (colecistocinina) no duodeno, iniciando a liberação das enzimas digestivas pancreáticas. 
Essas enzimas liberadas pelo pâncreas são também liberadas como zimogênios inativos e dependem da ação da 
enteropeptidase duodenal para converter o tripsinogênio em tripsina ativa. 
As proteáses pancreáticas possuem diferentes especificidades pelo substrato no que se refere à clivagem das ligações 
peptídicas. O pâncreas libera bicarbonato de sódio para neutralizar a acidez, fazendo a atividade da protease 
pancreática eficiente. 
A digestão das proteínas é completada por endopeptidases, 
dipeptidases e aminopeptidades membrano-ligadas. 
DISTÚRBIOS 
Intolerância à lactose: deficiência de lactase. 
Doença celíaca: Síndrome de má absorção grave. Uma reação 
imunológica à ingestão de glúten. 
Deficiência de SGLT1 – Problemas no transporte de glicose. 
 
56 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
Colestase - Qualquer condição em que o fluxo de bile do fígado diminui ou para. Os sintomas característicos da 
colestase são icterícia, colúria (urina escura), acolia fecal e prurido (O prurido provoca escoriações que podem se 
tornar inflamadas, degradação cutânea e possivelmente infecções secundárias) generalizado. A icterícia é provocada 
por um aumento da bilirrubina depositada na pele e a colúria por um aumento de bilirrubina eliminada pelos rins. O 
prurido, possivelmente pelo acúmulo de produtos da bile na pele. Arranhar pode danificar a pele. As fezes podem ficar 
claras, porque a passagem de bilirrubina para o intestino está obstruída, evitando que ela seja eliminada do corpo e 
ainda haver esteatorreia (gordura nas fezes) porque a bile não entra no intestino para ajudar a digerir a gordura dos 
alimentos. As fezes gordurosas podem apresentar odor desagradável. 
 
 
57 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
FISIOLOGIA IN524 
PRINCÍPIOS GERAIS 
Ao contrário do que ocorre nos outros órgãos, o sangue do sistema gastrointestinal (GI) não vai direto ao coração, ele 
vai ao fígado pela circulação porta. 
A drenagem linfática do trato GI é importante para o transporte das substâncias lipossolúveis, que são absorvidas 
através da parede desse trato. Alguns lipídios são grandes de mais para entrar por capilares, em vez isso, penetram os 
vasos linfáticos da parede intestinal. Esses vasos drenam para ductos linfáticos maiores que, por fim, drenam para o 
ducto torácico. 
Composta por epitélio, lâmina própria e lâmina muscular da mucosa. Essa camada existe células epiteliais 
especializadas denominadas enterócitos absortivos, que expressam muitas proteínas importantes para a digestão e 
absorção dos macronutrientes. As células enteroendócrinas contêm grânulos de secreção que liberam aminas e 
peptídeos reguladores que ajudam a regular o funcionamento GI. Células produtoras de mucina, dispersas por todo 
trato GI, produzem glicoproteína, a mucina, que ajuda a proteger o trato e a lubrificar o conteúdo luminal. 
O epitélio colunar são mantidos aderidos por conexões intercelulares chamadas de junções oclusivas. 
A lâmina própria é composta por tecido conjuntivo frouxo, que contém fibrilas de colágeno e de elastina. 
Tecido conjuntivo frouxo com fibrilas de colágeno e elastina. Existem glândulas (invaginações ou pregas da mucosa) 
na submucosa. Os troncos nervosos, os vasos sanguíneos e os vasos linfáticos de maior calibre, da parede intestinal, 
estão na submucosa, juntamente com um dos plexos do sistema nervoso entérico (SNE), Plexo submucoso ( Meissner) 
Ou camada muscular própria. Camada circular interna e camada longitudinal externa. Entre a camada circular e 
longitudinal está o plexo mioentério (Auerbach). Acontração da camada muscular externa muscular externa 
misturam e fazem circular o conteúdo do lúmen, além de impulsioná-lo ao longo do trato GI. 
Esses plexos constituem o SNE. 
Ou adventícia, camada de células mesoteliais escamosas. Trata-se da parte do mesentério que reveste a superfície da 
parede do abdome e suspende os órgãos na cavidade abdominal. 
MECANISMOS REGULADORES DO TRATO GASTROINTESTINAL 
Células enteroendócrinas (CEE): Abertas: com membrana apical aberta para o lúmen; Fechadas: membrana apical não 
entra em contato com o lúmen, exemplo: célula semelhante à célula enterocromagim (CSCEC). 
Mensageiro químico ou peptídico regular é liberado por célula sensora, com frequência uma CEE. 
A histamina é importante mediador parácrino da parede do intestino. No estômago, ela é armazenada e liberada pelas 
células CSCEC, localizadas nas glândulas gástricas. A histamina estimula a produção de ácido. 
Serotonina liberadas pelos neurônios entéricos, pelos mastócitos da mucosa e por CEEs especializadas, células 
enterocromafins, regula o funcionamento do músculo liso. 
Prostaglandinas, adenosina, óxido nítrico (NO) são parácrinos. 
 
58 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
SISTEMA NERVOSO Extrínseco: Inervam o intestino, mas tem seus corpos de neurônios foram do intestino. Fazem 
parte do sistema nervoso autônomo (SNA). 
SISTEMA NERVOSO intrínseco: também chamado de sistema nervoso entérico, é composto por neurônios cujos 
corpos celulares estão na parede do intestino (Plexos submucoso e mioentérico). 
 Inervação parassimpática – Nervos vago (esôfago, estômago, vesícula biliar, o pâncreas, a primeira parte do 
intestino, o ceco e a parte proximal do cólon) e pélvicos (parte distal do cólon e a região anorretal, dentre 
outros pélvicos que não fazem parte do trato GI). – Fazem sinapses com neurônios pós-ganglionares na parede 
do intestino (neurônios entéricos). 
 A inervação simpática – corpos celulares situados na medula espinhal e fibras nervosas que terminam nos 
gânglios pré-vertebrais (gânglios celíacos e mesentéricos superior e inferior) – Esses corpos celulares e suas 
fibras nervosas são os neurônios pré-ganglionares. 
O SNA como um todo, possui fibras de neurônios aferentes. Os corpos celulares dos neurônios aferentes vagais 
ficam no gânglio nodos. Esses neurônios têm projeção central que termina no núcleo do trato solidário, situado 
no tronco encefálico, e outra projeção terminal localizada na parede do intestino. 
Existe a via reflexa, cujos componentes – neurônios aferentes, interneurônios e neurônios eferentes – fazem parte da 
inervação extrínseca que se dirige ao trato GI. Os reflexos podem ser mediados totalmente pelo nervo vago (Reflexo 
vagovagal), que tem fibras aferentes e eferentes. As fibras aferentes vagais enviam informações sensitivas ao SNC e lá 
fazem sinapse com um interneurônio que, por sua vez, ativa neurônio eferente motor. 
Exemplo do reflexo vagovagal: relaxamento receptivo gástrico, no qual a distensão do estômago causa o relaxamento 
da musculatura lisa desse órgão. Esse fato permite que o estômago se encha, sem que ocorra aumento da pressão 
intraluminal. 
O parassimpático geralmente ativa processos fisiológicos da parede do intestino. 
O simpático tende a inibir o sistema GI e, com frequência, é ativado em circunstâncias fisiopatológicas. Inibe a função 
da musculatura lisa, mas existe exceção: contrai a musculatura lisa dos esfíncteres GI. É importante para a regulação 
do fluxo sanguíneo do trato GI. 
 
59 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
Plexo mioentérico (situado entra a camada muscular circular e 
longitudinal) e submucoso (na submucosa). Os neurônios dos dois plexos 
estão conectados por fibras interganglionares. 
O SNE é capaz de agir, de modo autônomo, em relação à inervação 
extrínseca. 
Hormônios GI também agem como neurotransmissores. Esses mediadores 
e peptídeos reguladores são, por essa razão, denominados “peptídios 
cérebro-intestinais”. 
 
Regulação neuro-hormonal do 
sistema gastrointestinal 
Bibliografia: Margarida Aires – Capítulo 59 – 4ª ed. 
 
 
60 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
 
SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO 
Inervação intrínseca: Plexos ganglionares aganglionares intercomunicantes. É autônoma, mas modulada pelo SNA. 
Fibras pré-ganglionares eferentes: longas, emergem da medula cefalocaudal via nervos vago e pélvico, 
respectivamente. Sinapses nos gânglios intermurais. 
Fibras pós-sinápticas eferentes: Curtas, dos gânglios intramurais para a musculatura, glândulas e ductos do Sistema 
GI (SGI). Neurônios colinérgicos e peptidérgicos. Neurotransmissores: Acetilcolina (excitatório), substância P, VIP e NO 
(inibitórios). 
Inervação parassimpática colinérgica: Excitatória, aumenta a motilidade, as secreções e o fluxo sanguíneo do SGI. 
Inervação parassimpática vipérgica ou mediada pelo NO: Inibitória. 
Fibras pré-ganglionares eferentes: Curtas, emergem da medula toracolombar. Sinapses: nos plexos intratorácicos 
(celíacos) e intra-abdominais (mesentéricos e hipogástricos superiores e inferiores). 
Fibras pós-sinápticas eferentes noradrenérgicas: A maioria termina nos plexos intermurais, algumas nos vasos, outras 
na muscular da mucosa. 
Inervação simpática noradrenérgica: Inibitória, reduz a motilidade, causa vasoconstrição e diminui as secreções, 
secundariamente à vasoconstição no SGI. Neurotransmissor: norepinefrina. 
Reflexo longo vagovagal: vias aferentes e eferentes vagais. Corpo celular no SNC. 
Reflexo curto intramural: Corpo celular nos plexos intramurais. 
 
61 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
HORMÔNIOS PARÁCRINOS E NEUROTRANSMISSORES DO SGI 
Do sistema GI são sintetizados nos corpos celulares dos neurônios pré-sinápticos eferentes do SNA, e armazenados 
em vesículas, nos terminais pré-sinápticos. Exemplo: acetilcolina, óxido nítrico (NO), encefalinas e os peptídeos 
gastrintestinais: Peptídeos vasoativo intestinal (VIP), substância P, neuropeptídeo Y (NPY) e o peptídeo liberador de 
gastrina (PLG) ou bombesina. 
Peptídeo inibidor gástrico (GIP) 
ou peptídeo insulinotrópico dependente de glicose age sobre células B do pâncreas, promovendo a secreção de 
insulina. Estimulada pela resposta ao pH ácido do quimo gástrico que alcança do duodeno. Ação de neutralizar o quimo 
no delgado. É chamado de antiácido fisiológico. Ações: 
 Estimulação da secreção de HCO3- pelas células dos ductos pancreáticos 
 Estimulação da secreção de HCO3- pelas células dos ductos biliares 
 Inibição da secreção de HCL pelas células oxíndricas gástricas 
 Inibição da secreção de gastrina pelas células gástricas do antro gástrico (células G) 
 Diminuição do efeito trófico da gastrina sobre a mucosa gástrica 
 Contração do piloro, diminuindo a velocidade esvaziamento gástrico 
 Efeito trófico sobre o tecido exócrino do pâncreas. 
É secretado por células endócrinas do duodeno e jejuno em resposta à produtos da hidrólise de três macronutrientes: 
Proteínas, gorduras e carboidratos. 
IMPORTANTE MESMO: 
 Decréscimo da velocidade de esvaziamento gástrico, por diminuição da motilidade gástrica 
 Redução da secreção de HCL gástrico. 
 Estimulação da secreção de insulina pelas células B das ilhotas pancreáticas, na presença de glicose no trato 
gastrointestinal (TGI) 
Motilina 
Aumenta a motilidade do TGI. Relacionado com o plexo migratório mioelétrico (CMM). 
Gastrina 
Secretada pelas células G da região antral do estômago. A estimulação vagal também promove a secreção, e o 
peptídeo liberador de gastrina (PLG) é o neurotransmissor envolvido. A secreção é inibida por valores de pH menores 
que 3,0, o que representa um mecanismo de retroalimentação negativo, mediado pela somatostatina. Principais 
funções: 
 Efeito trófico sobre a mucosa gástrica 
 Estimulação das células parietais ou oxínticas a liberarem HCL. 
 
62 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
 
CCK – colecistocinina 
Intestino delgado, células I, estimuladas por produtosda hidrólise lipídica e proteica nesse local. 
Ações: 
 Estimulação da secreção enzimática das células acinares do pâncreas. 
 Contração do piloro, que promove diminuição da velocidade de esvaziamento gástrico. 
 Contração da mucosa lisa da vesícula biliar. 
 Relaxamento do esfíncter de Oddi (possibilita que a bile e o suco pancreático de entrar no duodeno 
quando são necessárias) 
HISTAMINA 
Secretada pelas células enterocromafins do estômago, principalmente na região oxíntica. Células parietais têm 
receptores, nomeado H2, para este parácrino. Estimula a secreção de HCL. 
SOMATOSTATINA 
Sintetizada por células D tanto na mucosa gástrica quanto no delgado. No estômago, ela inibe a secreção de HCL. É 
liberada quando a contração de hidrogênio é alta no lúmen gástrico. Ela inibe diretamente células G antrais secretoras 
de gastrina. A estimulação vagal colinérgica inibe as células secretoras de somatostatina, liberando as células G da sua 
ação inibitória sobre a secreção de gastrina. Age também como parácrino sobre as ilhotas do pâncreas, inibindo a 
secreção de insula e de glucagon. 
Secretina e colecistocinina têm ações praticamente semelhantes devido à suas estruturas parecidas. 
MOTILIDADE DO SISTEMA GASTROINTESTINAL 
 
63 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
CONTROLE HORMONAL DA MOTILIDADE GASTROINTESTINAL 
 
TIPOS FUNCIONAIS DE MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS NO TGI 
O estímulo usual é a distensão do trato gastrointestinal (TGI). Mas pode ocorrer por ação química, física e por sinais 
nervosos. 
Requer o plexo mioentérico. O reflexo peristáltico (reflexo mioentérico) e a direção anal do movimento do 
peristaltismo constituem a chamada lei do intestino. 
 
 
64 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
PROPULSÃO E MISTURA DOS ALIMENTOS NO 
TRATO ALIMENTAR 
MASTIGAÇÃO 
Dentes: Incisivos (anteriores) – Ação de cortar; molares (posteriores) – ação de trituração. 
Bolo alimentar na boca, inibição da reflexa dos músculos da mastigação, baixando a mandíbula. Isso, por sua vez, inicia 
reflexo de estiramento dos músculos mandibulares que leva à contração reflexa. Ao fechar, inibe os músculos 
mandibulares mais uma vez. Repete o ciclo. 
A mastigação serve para aumentar a superfície para que as enzimas digestivas ajam. 
 
DEGLUTIÇÃO 
O alimento está pronto na boca, ele é voluntariamente comprimido e empurrado para trás em direção à faringe pela 
pressão da língua de cima para trás contra o palato. 
Estimula as áreas de receptores epitelias da deglutição. 
1. O palato mole é fechado para cima para impedir o refluxo do alimento para a cavidade nasal. 
2. As pregas palatinofaríngeas em cada lado da faringe são empurradas medialmente de forma a se 
aproximarem. 
3. Cordas vocais puxadas pelos músculos do pescoço fecham a laringe pela epiglote. A epiglote impede que o 
alimento chegue às cordas, nariz e laringe. 
4. O movimento da laringe abre o esôfago. O esfíncter esofágico superior relaxa, ele permanece fechado depois 
para impedir que o ar entre no esôfago. 
5. Há peristaltismo na faringe. 
Situa-se em um anel ao redor da abertura da faringe com a maior sensibilidade nos pilares tonsilares. Os impulsos são 
transmitidos dessas áreas pelas porções sensoriais dos nervos trigêmeo e glossofaríngeo para o bulbo, pelo trato 
solitário ou por nervos intimamente associados a ele. As áreas no bulbo são chamadas de centro da deglutição. Os 
impulsos motores vão ser do 5º, 9º, 10º 12º nervos cranianos e alguns nervos cervicais. 
O centro da deglutição inibe especificamente o centro respiratório do bulbo, interrompendo a respiração. 
Peristaltismo primário – Onda que já começa na faringe. 
Peristaltismo secundário – Se o alimento não consegue se mover, essas ondas resultam da distensão do próprio 
esôfago pelo alimento. 
O plexo mioentérico é inibido quando a onda chega perto do estômago, isso possibilita o relaxamento do estômago e 
até mesmo do duodeno. 
Quando a onda peristáltica chega próximo ao esfíncter, ocorre o relaxamento do mesmo. Se o esfíncter não se relaxar 
de forma satisfatória, há uma condição chamada de acalasia. 
Esse esfíncter impede o refluxo esofágico contendo secreções gástricas. 
 
65 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO 
1. Armazenamento de grande quantidade de alimento até que seja processada no estômago no duodeno e nas 
demais partes do intestino delgado. O reflexo vagovagal vai distendendo o estômago, relaxando a 
musculatura. 
2. Mistura do alimento com a secreção gástrica até formar o quimo. 
3. Esvaziar lentamente o quimo do estômago de acordo com a taxa de digestão. 
O ritmo elétrico básico desencadeia ondas peristálticas da porção média e superior do estômago para o antro. À 
medida que as ondas constritivas progridem do corpo para o antro, ganham intensidade, algumas ficando 
extremamente intensas, gerando potente potencial de ação peristáltica, forçando o conteúdo antral ao piloro. 
À medida que as ondas peristálticas chegam perto do piloro, este possui o músculo contraído ainda mais impedindo 
que o alimento saia. Dessa forma, o choque do alimento com o piloro envia-o para o corpo do estômago (retropulsão), 
gerando um movimento de mistura. 
Quando o estômago fica horas vazio, ocorre contração tetânica das ondas peristálticas. São aumentadas com níveis 
de açúcar sanguíneo mais baixo que o normal. 
Movimentos peristálticos fortes, promovem a mistura, assim como, promovem o esvaziamento. Denominado: bomba 
pilórica. 
A dilatação da parede gástrica desencadeia reflexos mioentéricos locais que acentuam bastante a atividade da bomba 
pilórica e ao mesmo tempo, inibe o piloro. 
A gastrina tem papel de intensificar a bomba pilórica. 
Se o volume do quimo do duodeno for excessivo, há o reflexo inibitório. Modulados por: 
1. Duodeno par ao estômago pelo sistema nervoso entérico 
2. Pelos nervos extrínsecos que vão aos gânglios simpáticos pré-vertebrais e, então, retornam pelas fibras 
nervosas simpáticas inibidoras que inervam o estômago. 
3. Nervo vogo vai ao tronco encefálico, onde inibe os sinais excitatórios normais transmitidos ao estômago pelos 
ramos eferentes do vago. 
Os fatores continuamente minitornados no duodeno e que podem desencadear reflexos inibidores enterogástricos: 
1. Distensão do duodeno 
2. Presença de qualquer irritação da mucosa duodenal. 
3. Acidez do quimo duodenal – Quando está muito ácido, há bloqueio de passagem do quimo até que essa 
mistura seja neutralizada por secreções pancreáticas. 
4. Osmolaridade do quimo – Líquidos hipotônico e, sobretudo, hipertônico produzem reflexos inibitórios. Isso 
impede que o quimo não isotônico vá para o intestino delgado, prevenindo-se assim mudanças rápidas na 
concentração de eletrólitos, no líquido extracelular do corpo, durante a absorção do conteúdo intestinal. 
5. Presença de determinados produtos de degradação química no quimo, especialmente de degradação química 
de proteínas e, talvez em menor escala, das gorduras. 
A colecistocinina (CKK) liberada pela mucosa do jejuno rem resposta às substâncias gordurosas do quimo causa 
feedback inibitório do estômago. Outros hormônios possíveis inibidores do esvaziamento gástrico são a secretina 
(pela mucosa duodenal) e peptídeo insulinogênico dependente de glicose, também chamado de peptídeo inibidor 
gástrico (GIP) (intestino delgado superior). Isso porque a gordura é mais lentamente processada. O principal efeito 
do GIP é estimular a secreção de insulina. 
 
 
66 Eduardo Ferreira – Apostila 1ª IN524 
MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO 
Contrações concêntricas localizadas, isto é, divide o intestino em segmentos. Depende o plexo nervoso mioentérico e 
são fortemente inibidos pelo fármaco atropina. 
 
Contrações peristálticas mais rápidas o intestino proximal e mais lenta no intestino distal. 
O aumento da atividade é devido: (1) Entrada do quimo no duodeno causando distensão da sua parede; (2) reflexo 
gastroentérico, provocado pela

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