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1 INTEGRAL DE CONVOLUÇÃO Aplicação na Análise de Circuitos 1. Caso-Estudo Considere o circuito em estado nulo da figura abaixo, onde se pretende obter a tensão nos terminais do resistor quando a tensão de entrada tem a forma indicada na mesma figura. 2. Resposta ao Impulso na Origem Sendo a condição inicial de corrente nula no indutor (Circuito em estado nulo), a transferência do circuito para o domínio s resulta na figura ao lado. Utilizando-se a regra do divisor de tensão: ss sH 1 1 1 1 1 No domínio do tempo, a resposta ao impulso será, pois, a função exponencial da figura ao lado: st,eth t 0 3. Aplicação da Integral de Convolução 3.1 Integração Gráfica – Alternativa 1 A Integral de Convolução para esta alternativa será: dtfhty t 0 Os limites de integração foram determinados pela natureza causal do circuito e do sinal de entrada, pois: st,th st,tf 00 00 3.1.1- Preparação das Funções – A resposta ao impulso, th , experimentará a troca da variável independente t por , resultando em: s,eh 0 2 A função de excitação, tf , deverá ser expressa matematicamente e um exame do formato gráfico da mesma resulta em: st, st, st,t tf 100 10520 504 Fazendo a transformação de variável de t para (t-): st, st, st,t tf 100 10520 504 Transformando os intervalos indicados acima: 101010 105105105 5550 tt ttttt ttttt 3.1.2 - Interpretação Gráfica - Graficamente, a troca de variável efetuada na função de excitação tf corresponde aos passos indicados na figura abaixo. a) Troca da variável t por τftf b) Inversão da função τff c) Avanço de t τtff Ao efetuar-se o deslocamento de t, a abscissa dos pontos limítrofes de tf passam a depender de t para que a distâncias entre os mesmos permaneçam sempre 5s: 5105 55 tt tt 3 3.1.3 - Aplicação da Integral de Convolução – De acordo com a Integral de Convolução, o parâmetro t do limite superior desta integral deverá variar no intervalo ),0 para que se obtenha a resposta do circuito para st 0 . Um exame do comportamento da função de excitação, tf , indica que o intervalo de variação t de deverá ser dividido em três partes para se ter em conta as modificações na derivada desta função e assim expressar a resposta do circuito adequadamente nestes intervalos. As figuras abaixo ilustram esses intervalos. Intervalo s,t 50 Intervalo s,t 105 Intervalo s,t 10 Em cada um destes intervalos, deverá ser escolhido um valor intermediário de t para efetuar- se a Integral de Convolução. Primeiro Intervalo s,t 50 - Para um valor de t no intervalo s, 50 , a função de excitação tf ocupará a posição indicada na figura ao lado. A Integral de Convolução entre esta função de excitação tf e a resposta ao impulso h proporcionará conforme a figura : dtety t 0 4 14 tety t 4 Segundo Intervalo s,t 105 - No intervalo s, 105 , a função de excitação tf ocupará uma posição num valor t do interior do mesmo, tal como assinala figura ao lado. A Integral de Convolução entre esta função e a resposta ao impulso h resultará, de acordo com a figura: dtedety t t t 5 5 0 420 554 tt eety Terceiro Intervalo s,t 10 - Neste intervalo, a função de excitação tf adotará a posição t indicada na figura ao lado. A Integral de Convolução entre esta função e a resposta ao impulso h fornecerá, conforme as indicações da figura: dtedety t t t t 5 5 10 420 105 54 ttt eeety Resposta do Circuito – A resposta do circuito obtida através da aplicação da Integral de Convolução será expressa pelas equações abaixo e graficamente é apresentada na figura ao lado, juntamente com o sinal de entrada. s,ttety t 5014 s,teety tt 10554 5 s,teeety ttt 1054 105 Como é possível constatar, o sinal de saída não reproduz exatamente o sinal de entrada. 0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 Resposta Entrada 5 3.2 Integração Gráfica – Alternativa 2 A Integral de Convolução para esta alternativa será uma comutação da operação anterior: dthfty t 0 3.2.1- Preparação das Funções – A função de excitação tf sofrerá a troca da variável independente t por , resultando em: s, s, s, f 100 10520 504 A resposta ao impulso, th , deverá ter, agora, a variável independente t trocada por (t-), o que proporcionará: st,eth t Graficamente, esta troca de variável da função resposta ao impulso th , registrada na expressão acima, corresponde, como já foi descrito para a alternativa anterior no item 2.1.2, em proceder a uma inversão e, em seguida, um adiantamento desta função de t como assinala a figura acima. 3.2.2 - Aplicação da Integral de Convolução – Adotando os mesmos procedimentos descritos no tópico anterior correspondente, 2.1.3, a variação do parâmetro t no intervalo ),0 será efetuada em três subintervalos para se ter em conta as modificações na derivada da função f . Primeiro Intervalo s,t 50 - Na variação t no intervalo s, 50 , a função resposta th situar-se-á na posição assinalada na figura ao lado. A Integral de Convolução entre esta função e a excitação f e a resposta ao impulso th resultará em: dety t t 0 4 14 tety t Exatamente a mesma resposta obtida na alternativa anterior, como já era esperado. 6 Segundo Intervalo s,t 105 - Neste intervalo, a resposta ao impulso th estará posicionada num valor de t no interior do mesmo, tal como indicado na figura ao lado. A Integral de Convolução entre esta função e a excitação f , como assinala a figura, resultará em: dedety t tt 5 5 0 204 554 tt eety Como se verifica, a resposta obtida coincide exatamente com o resultado alcançado com a utilização da alternativa anterior de integração. Terceiro Intervalo s,t 10 - A função resposta th , neste intervalo, estará colocada na posição t indicada na figura ao lado. A Integral de Convolução entre esta função e a excitação f fornecerá, conforme as indicações da figura: dedety tt 10 5 5 0 2024 105 54 ttt eeety Precisamente a mesma resposta oferecida pela alternativa anterior para este intervalo, como era esperado. 3.3 Integração Analítica – Alternativa 1 3.3.1- Preparação da Função Excitação – O procedimento analítico para resolução da Integral de Convolução consistirá, inicialmente,em expressar as funções resposta ao impulso th e a função excitação do circuito tf através de equações matemáticas. Para o caso em apreço, a resposta ao impulso th já se encontra nesta forma: st,eth t 0 A função excitação tf , todavia, encontra-se na forma gráfica, de modo que deverá ser convertida para uma expressão matemática única. Conforme a ilustração da figura apresentada a seguir, a função tf poderá ser representada pela soma de duas funções; thtgtf 7 A função tg , por sua vez, poderá ser obtida subtraindo-se a rampa com início na origem, tg1 , de idêntica rampa contada a partir de st 5 , tg2 , tal como ilustra a figura abaixo. tgtgtg 21 Expressando matematicamente as duas funções acima se obtém: 544 tutttg A função th , por seu turno, será determinada também por uma subtração, desta vez, de um degrau iniciando-se em st 5 menos um outro degrau com origem em st 10 , a,bos de intensidade 20 V, operação ilustrada na figura abaixo: ththth 21 Matematicamente: 1020520 tututh A função th exibirá, assim, a seguinte expressão: 1020520544 tutututttf 102042054 tuttuttf 8 3.3.2 - Aplicação da Integral de Convolução – A Integral de Convolução adotada para esta resolução será: dthfty t 0 As funções de excitação tf e resposta ao impulso th após a troca da variável t por e (t-) respectivamente tornam-se: 102042054 uuf teth Substituindo essas expressões na integral obtém-se: deuuty t t 0 102042054 A separando dos termos desta integral fornece: C t t B t t A t t deudeudety 000 102042054 A integral A da expressão acima existirá para qualquer valor de s,t 0 , sendo o seu resultado obtido pelo método da integração por partes: st,tety tA 014 A integral da parcela B será tratada para dois seguintes intervalos de t; [0,5]s e [5,t]s por conta da presença do degrau s5 : deudeuty t tt B 5 5 0 42054205 Na primeira integral da direita, como os limites de integração da função da variável será [0,5]s e, neste intervalo o degrau 5tu é nulo, a mesma será igualmente nula. Assim, a integral da parcela B reduzir-se-á a segunda integral da direita e existirá somente para st 5 . Como o degrau 5tu é unitário para st 5 , esta integral resultará em: st,etdety t t t B 564420 5 5 9 Tal como no caso anterior, a integral da parcela C será dividida em intervalos de t; [0,10]s e [10,t]s, agora devido a presença do degrau 5tu : deudeuty t tt C 10 10 0 10201020 Pela mesma lógica anterior, a primeira integral da direita da expressão acima será nula e a integral da parcela C, válida somente st 10 , será: st,edety t t t C 10202020 10 10 A superposição dos resultados obtidos aponta que a resposta do circuito deverá ser apresentada para três intervalos de tempo: 105 5 5410 54105 1450 ttt CBA tt BA t A eeetytyty)t(yst eetyty)t(ys,t tety)t(ys,t Esses resultados coincidem, como era esperado, com a saída obtida pelo processo da integração gráfica. 3.4 Integração Analítica – Alternativa 2 Nesta alternativa, a Integral de Convolução será uma comutação da operação anterior: dtfhty t 0 As funções tratadas anteriormente assumirão, agora, as seguintes formas: 102042054 tuttuttf eh De modo que a Integral de Convolução tornar-se-á: dtuttutety t 0 102042054 10 C t B t A t dtuedttueddtety 000 102042054 O primeiro termo da direita da expressão acima A existirá para qualquer valor de t e resultará em: st,teddtety t t A 0144 0 O degrau presente segundo termo da direita, B, está ilustrado na figura abaixo, a qual indica a seqüência de operações realizadas em u até obter-se 5tu . Por conta do degrau, esta integral deverá ser calculada entre os limites 0 e (t-5), e o resultado da mesma será válido somente para: stt 505 Assim: st,etdtety t t B 564420 5 5 0 Pelo mesmo raciocínio, a integral da parcela C deverá ser efetuada entre os limites 0 e (t-10) e sua validade dar-se-á para: stt 10010 Procedendo esta integração: st,edety t t C 10202020 10 10 0 , A resposta do circuito será obtida superpondo-se os resultados obtidos para cada intervalo de tempo: 105 5 5410 54105 1450 ttt CBA tt BA t A eeetytyty)t(yst eetyty)t(ys,t tety)t(ys,t 11 4. Influência da Resposta ao Impulso A resposta que o circuito oferece a um impulso na origem, th , exerce uma influência relevante na forma do sinal de saída, quando uma entrada qualquer, tf , é imposta ao mesmo. A expressão da Integral de Convolução já destaca esse papel: dtfhty t 0 O produto no integrando acima significa que a entrada aplicada ao circuito, tf , é ponderada pela resposta ao impulso, th , para proporcionar a saída e, por isso, esta última recebe a denominação de Função Peso. Para avaliar mais apuradamente esse papel, considere duas situações limites para a resposta ao impulso na origem: a) A resposta ao impulso na origem é também o impulso na origem th b) A resposta ao impulso na origem é o degrau unitário: tuh O circuito do caso-estudo será, novamente, utilizado para a análise das condições acima especificadas, optando-se pela integração gráfica da Alternativa 1, tópico 3.1, para a obtenção da resposta do circuito. 4.1 Caso 1 : Impulso na Origem Neste caso, as integrais referentes aos três intervalos do tópico 3.1.3 fornecerão, quando se substitui a resposta ao impulso na origem por igual função: Primeiro Intervalo s,t 50 0 0 44 tdtty t tty 4 Segundo Intervalo s,t 105 - Como o impulso somente existe na origem, somente o primeiro termo, referente a integral nos limites 50 t-, , produzirá resultado, uma vez que, no intervalo t,t 5 , o impulso é nulo. Assim: 0 5 5 0 204020 dtdty t t t 20ty 12 Terceiro Intervalo s,t 10 - Neste intervalo, como descrito para o caso anterior, as duas integrais envolvidas possuem uma função nula, pois o impulso não existe nos limites de integração das mesmas, 510 t,t e t,t 5 . Assim: dtdty t t t t 5 5 10 40200 0ty Resposta do Circuito – A resposta do circuito, expressa pelas equações abaixo, reproduz exatamente o sinal de entrada: s,ttty 504 s,tty 10520 s,tty 100 . Esse comportamento mostra que a ponderação do sinal de entrada pela resposta ao impulso 4.2 Caso 2 : Degrau Unitário Para este caso, as integrais nos três intervalos do tópico 3.1.3 proporcionarão quando a resposta ao impulso na origem assumir a forma de um degrau unitário: Primeiro Intervalo s,t 50 - Como a resposta ao impulso possui o valor unitário no intervalo de integração obtém-se: dtdtuty tt 00 44 22tty Segundo Intervalo s,t 105 - Procedendo novamente como no intervalo anterior, ou seja, fazendo-se a resposta ao impulso unitária nas duas integrações: dtddttuduty t t tt t t 5 5 05 5 0 420420 5020 tty 0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 Entrada Saída 13 Terceiro Intervalo s,t 10 - Como descrito para o intervalo anterior, nas duas integrais deste intervalo, a resposta ao impulso é unitária de sorte que: dtddttudtuty t t t t t t t t 5 5 105 5 10 420420 150ty Resposta do Circuito – A resposta do circuito será expressa pelas equações abaixo, as quais graficamente estão esboçadas na figura ao lado: s,ttty 502 2 s,ttty 1055020 s,tty 10150 . Como se observa, a resposta do circuito difere substancialmente do sinal de entrada. 0 20 40 60 80 100 120 140 160 0 5 10 15 Saída Entrada
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