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4** I. h" *-cr"1 ryffiÜf, G t#ÁCüG/VlTfï/A
nì ! t t f t Iií00e rT J , Srernn e{q ,
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I
I
Traduçãc:
MARIA RË6ÌÍvA sóRcts osriHrr)
Consultoria, supervísão e revísão té<nica desta edíção:
BEAïRIZ VARGAS DORNELES
Professora Adjunta da Faculdade de Educação da U|RGS.
POFíC ALIGrìi i 20iì0
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CÃPITUIO*ï"I-----
Resolução
de Problemas
e Crlatividade
Explorando a Psicologia Cognitiva
1 Quais são as etapas fundamentais envolúdas na resolução de problemas?
2 Quais são as diferenças, caso existam, entre os problemas que têm um camìnho daro para uma
soluçàr uersus problemas que não o têm?
3 0 que é rns!7hf e como ele se apli'ca à resolução de problemas?
4 Quaìs são alguns dos auxílios e obstÉculos à resolução,de problemas?
5 Como a expertse afeta a reso{ugo de probiemas?
6 O que é.eriatiüdade e como ela pode ser stimulada?
O Ciclo da Resolução de Problemas
Problemas BerrEstÍuturados Versus Problemas Mal-Eíruturados
Problemas BenrEstruturados
Proirlemas Mal-EstrutuÊdos
Obíáculos à Resolução de Problemas
ConÍigurações Mentais, Entrincheiramento e Fixação
Transferência Negatiw
Auxílios à Reso[ução de Problemas
ïraníerência Positiva
lncubação
Elpertíse; €onhecimento e Resolução de Problemas
Criatividade
Abordagens Psicométricas
Abordagens Cognitivas
Abordagens da Personalidade e Motivacionais
Abordagens Sodaís. Sccietárias e Histórkas
Âbordagens Integrativas
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3CI6 RoBËRr J. STERNBERG
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------fornnvotÊresotveo-problernáìIustradõ-nal@nÏ.i--J;rg*ta ãu aÌcançar um objetivo. Se pudermos recu-
I ,: Como alguém resolve quaisquer problemas, quanto a perar rapidamente uma rerposta dê memória, não re-
i '; isso? Este capírulo considera o processo de resolução mos um problema, Se náo pudermos recuperar uma
de probiemas, assim como alguns dos obstáculos e au- resposta imediata, então temos um problema para ser
xíiios à resolrrção de prablemas, cujo objetivo é superar resoÌvido, Esta seção desreve as eïapas docitlo deruo-
os obstáculos que obrroem o camiúo para uma solu- Iução de problemw (mostrado na Figura 11.2 adiante)
çâ0. En muitas situações, somos maiscapazes de resol- (ver Bransford & Steìn, 1993; Hayes, 1989; Sternberg,
ver problemas usando o conhecimento (inclusive o 1986a).
conbecimento how-to, tais como habiìidadeq tanto quan-
to o conhecimento facrual) ou insrghrs criaÌivos. Nos 1.
capítulos,anteriores, exploramos muitos usos para o
conhecimento, exceto sua aplicação na resolução de pro-
blemas. Similarmute, a criatividade pode atender a
propósitos diferentes do objetivo da resolução de pro-
blemas. Na conclusão deste capín:lo, examinamos a cria-
tividade por seus próprios méritos.
um objedvo está obstruído (p. ex., necessitan-
@rquenoífilÏíE-as-
DA RÉSOLUCAO DE tante para comprar algo que queremos) ou que
a solução que tínhamos em Ínenre não funcio-
na (p. ex., o empreSo que esperávamos conse-
guir não nos é disponivel agora). Se seu
probÌema é a necessidade de escrever um tra-
PROtsLFMAS
FTGURA 1'1.1 Resolução de Problerna
lmagine que você é a pessoa de pé no meto desr'a sala, na qua! duas cordas pendem da teto. Seu abktiw é amarnr
lunfas as duas cordas, rnas nenhuma delas ó suticientemente longa paía que,mcê possa alcançar e agarret a ot-ttra cortja,
enquanto segura uma das duas cordas. Votê tem di:poníveís alçuns pincéis lìmpcs, uma Ìata de iina e uma pesada lcna
impemeabíiízada. Como você amarrará as duas cordas/
Ìdentìficação do probl€ma - Tão estranho quân-
t0 pareça, identificar uma situação como pro-
blemática é, às vezes, uma etapa difíci l.
Podemos falhar em recoúecer que temos um
objetivo (p. ex., necessitando ficar fora do ca-
minho de um cano que se aproxima, não con.
seguimos observáJo), que nosso caminho para
,Empenhamo-nos na resolução de problemas, quando
precisamos superar obstácuìos, a fim de responder a uma
PSICOLOGIACOGNITIVA 3O7
F,GURA 1'1.2 CicÍo de Resoluçâo de Problemas
Ás etapa5 do cicb de resoluçáo de pablemas incluem ìdentificação do problema, sua defrniçao, formulação da
estraté.gia, organização da ìnformação, alocação de recursu, monitarízação e avallnção.
balho de. conclusãó, você deve, primeiramen- ma etapa é planejar uma estraÌégia para reso! i1,. te, idendficar uma questão a ser tratada em vê-lo. À estratégia pode envolvir â anáIise - j
=@:=::=:==dêËIlÂb*lhftrr.-=-=::=-=: :=.:+nro5sjggqlEppgig[g.1 q
lt 2- DefnÇão e representação d.o problema - uma compl.xo em elementos tninusãiueis. Eur uãz --i
vez que identificamos a existência de um pro- disso, ou talvez além disso, eÌa pode envolver ;blema, ainda temos de definilo e representá- o processo compÌementar de síruese - reunião
.' lo suficientemente bem para entendermos doìvárioselementosparaorganizá-losenralgo 
,
' I . corno resoM-lo. Por_exemplo, ao preparar-se úü1. Ao escrever seú uabaúo de conclusão,
,, 
: Para escÍever Seu trabaÌho de conclusão, você você deve analisar os componentes do seu as- ,
para determinar a pesquisa que você conclui- tã0, sintetìzar os rópicos em um rascunhoi rá e sua estratégia geraÌ para escrever seu tra. preliminar de seu traúaÌho. :
" 
balho. A etapa de definição do problerna é Ouno par de estratégias complementaru :
sucial, porque, se você define e representa de envolve o pen$aaento divergente e o conver-
',' . modo impreciso o problema, você é muito gente. No pensamento divergente, você tenta ,
menos capaz de resolvê-lo (Funke, 1991; He- gerar um agrupamento diferente das possíveis I
' , 8arty, 1991). De faro, na resolução do proble- soluções altemativas para um probÌema. De- :
ma mosnado na Figura 11.1, essa etapa é pois que você considerou uma variedade de l
crucial para você descobrir a resposta. Isto é, possibilidades, deve, enüetanto, empenhar-se
na resolução do probÌema das duas cordas, no pensdmenfo convergente, para reduzir as ;
você está reprimindo sua resposta em rnanei- rnúltiplas possibilidades, até convergirem j
ras que sejam limitantes à sua capacidade de numa'únicá e melhor resposra - ou, pelã *.- :
resol ' reroproblema?nos,aqueiaquevocêaciedi tasera-solução
3'Formulaçaodaestratdgra-Umayeztenhasidomaisprováve1equeexper imentarápr imeiro.
definido eficientemente c problema, a pró.ri- Quanão você sugériu o issunto para o seu üa- ,
308 ROBÊRT J. STERNBERG
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"Relaxe, benzinho. Mudar é bom."
' . " t
.:.i As vezes, não reconhecemas um impoÍïante problema que rns confranta.
i1
:::..:::*:::::::=:=:=*É-i#:+#s€e='*'*':::;;:itrs-g==lgry9J:fi'Ti@'
: t
t :
: | |
baÌho, primeiramente usou o pensamerÌto di-
vergente, para prcduzir muiÌos assuntos pos-
siveis, e depois usou o pensamento convergen-
te, para selecionar o tema mais adequado que
Ihe interessou. Na resolução de problemas da
vida real, você pode precisar ranto da anáÌise
como da síntese, e do pensamento divergente
tanto quanto do pensametto convergente. Não
há unia única esrratégia ideal para üatar de
um problema, Em vez disso, a esrratégia óri-
ma depende tanto do problema, como das pre-
ferências pessoais dos solucionadores de
problemas em reiação aos métodos de resolu-
ção de probÌemas.
4. Organìzaçao da inJormação - Depois de formu-
lada uma esriarÉgia (pelo menos uma estraté-
gia experinrental), você está pronro para
organizar a informação disponível, em um
modo que o capacrte a executar a esüatégia.
Naturalmente, por todo o ciclo de resolução
<ie groblemas, .rocè esiá conslantemente orga-
nizando e reorganizando a iúbrmação dispc-
nível. ì\iesta etapa, entretânio, vccê orgâniza
esuategicamente a informação, encontrando
uma representação que o habilire da melhor
forma para exeçutar sua eslratégia, Por exem-
plo, se o seu problema é organizar a informa-
ção para o seu Eabalho de condusã0, você
pode usar um esquema para organizar suas
idéias.Se o seu pÍoblema é encontrar um lo-
cal, você precisa organizar e represenrar a in-
formação disponivel sob a forma de um mapa.
Se o seu problema é gaúar uma determinada
quantidade de dinheiro em uma dara específi-
ca, você pode repÍesentar a informação dispo-
nível sob a íorma de urn calendário para as
datas intermediárias, nas quais você já deve
ter gaúo uma determinada parte da quanti-
dade toral.
5. Alocaçao de recursos - Além dos nossos ourros
problemas, a maiorla de nós enírenta o pro-
blema de contar com recursos ìirnitados, in.
cÌuindo ternpo, drnheiro, equipamento, espaç0,
e assim aor dìanie. Aìguns problernas custam
muito tempo e cutros recursos, enquaÌto ou-
trcs desDendem muito ooucos recurscs. Aén
j : i rÌii
í:i
N
PSICOLOCIA COGNITIV,A 309
do mais, precisamos saber quando alocar quais
recuÍsos. Os estudos mostram que os peritos
solucionadores de problernas (e os melhores
estudantes) tendem a dedicar mais dos seus
Íecursos mentais ao planejamento global (vi-
são geral) do que os soiucionadores de proble-
mas iniciantes. Os iniciantes (e os piores
esrudantes) tendem a alocar mais tempo ao
planejarnento local (dirigido aos detalhes) do
que os peritos (p, ex., larkin, McDermott, Si:
mon & Simon, 1980; Sternberg, 1981). Por
processo de avaliação que ocorem importan-
res progressos. No deconer da avaliaçã0, no-
vos problemas podem ser reconhecidos, o
problema pode ser redeÍìnido, Írovas estraté-
gias podem vir à Ìuz e novos recunos podem
tornar-se disponíveis ou os existentes podem
ser usados de maneira mais eficiente. Portan-
do, o ciclo está completo quando conduz a
novosinsrghts e recorneça de outra forma.
É essencia.l também enfatiaar a imponâncía da fle-
exemplq é mais provável que os melhores es- xibilidade no seguimento das várias etapas do cido. A
tudaotes gastem,mais tempo na fase inicial, resoiução de problemas bem-sucedida implica, ocasie
I
pois menos tempo resolvendo-o realmente, do prosseguir melhor. Raramente, podernos resolver os pro-
que os piores esrudantes (Bloom & Broder, blemas seguindo uma seqüência ótima das etapas de
1950). Despendendo mais tempo antes de de- sua resolução. Além do mais, podemos avançar e rccu.
: cidir o que fazer, é menos provável que os es- ar ao Ìongo das etapas, mudando sua ordem quando for
,' tudantes eficientes sejam v{dmas de falsos .necessário ou até omitindo ou acrescentando etapas,
inícios, caminhos sìnuosos e toda espécie de quando parecer apropriado,
eros, Quando uma p€ssoa aloca mú recur-
sos mentais para o planejamento em grande'
escala, ela está apta a ganhar tempo e energia PROBLEMAS BEM-ESTRUTURADOS
r r e a eyit4r fnrstração uÌterior. Assím, quando VERSUS PROBLEM.A,S MAL E
, escrever seu rrabalho de conclusâo, você pro- ESTRI"ITURADOS
vavelmente despenderá muito do seu tempo
anotações e planejando seu nas quais classificar os James
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' . ' ' ' : : 7.
Ìvlonitorízaçõ.o - Um prudente dispêndio de
tempo indui a monitorização do processo de
resolução do problema. Os eficientes solucie
nadores de problemas não se Íixam em um ca-
miúo para uma solução e, então, esperam até
chegar ao Íìm do percurso para verifÌcar onde
estão (Schoenfeld, 1981). Ao contrário, eles
próprios conferem tudo ao longo do caminho,
paÍa se assegurarem de que estão se aproxi-
mando do seu objetivo. Se não o estiverem,
eles reavaliam o que estão fazendo, concluin-
dq talvez, que fizeram um faÌso início, que
safuam da trilha em algum lugar ao lonSo do
caminho ou, mesmo, que vêem um caminho
mais promissor se tomarem uma nova direçã0.
Avalíaçao - Da mesma forma que precisa mo-
nitorizãr ún probleúa enqüantô estiver no
processo de solucionálo, você precisa avaliar
sua solução, após finaiizáJa. Uma parte da
avaliação pode oconei imediatamente; o res.
Ìante ocoÍre urn pouco mais tarde ou até mui-
to mais iarde. Por exemplo, após rascuúar seu
trabalho de conclusão, provavelmente você
avaliará o rascunho, reyisando-o e prepaÍan-
-dq:g m:ri.tat,vezes, antes_de -tÌnnsfp.rmálc _no
seu trabalho- Freoüenrernente. é por meio do
Greeno & Sjmoq 1988) sugeriu quatro tipos de proble-
nas: (1) problemas de transformação, nos quais uma
pesoa deve ter uma clara definição da situação presen-
te (problema) e da situação final desejada (solução) e,
depois, deve executar umâ seqüência de opera$es para
alcançar o objetivo; (2) problemas de organização, nos
quú uma pessoa tem um sortimento de elemenros e
uma idéia geral do objetivo, e deve organizar os ele-
mentos de tal modo que atinja esse objetivo; (3) pro-
blemas de estrutura indutora, que envolvem raciocínio
indutívo (inferência de princípios gerais a panir de exem-
plos upecíficos; ver o Capírulo 12); e (4) problemas de
avaìiação de argumentos dedutivos, gue envoÌvem rc-
cíocínio dcdurivo (aplicação de premissas gerais a exem-
plos especificos; ver o Capítulo 12),
De maneira mais geral, os psicólogos cogniüvos clas-
sificaram os problemas segundo estes teúam cáminhos
claros para uma solução ou não. 0s problemas com ca-
miúos claros para a solucão sã0, às vezes, denomina-
dos de problemo s bem-estruturados (também chamados
de problemas bem-<Icfinidos; p. ex.: "Como você calcula
a área de um paraìelcgramo?"); aqueles sem caminhos
claros paia a solução sâo os problemas ndl-€-(rrururadoJ
(também denominados deproblemos maldertnidos; p, er.;
.Como você amaria as duas cordas susDensas, quando
nenhuma delas é suficientemente longa para permitir-
310 ROBERT J. STERNBERG
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lhe que alcance a outra corda, enquanto'rugro ut.
das cordas?"). Naturalmente, no mundo reai dos pro-
blenas, essas duas categorias podem representar um
continuum de clareza na resoluçáo de problemas, em
vez de duas classes separadas com um limite evidente
entre ambas, Todavia, as categorias são úteis na com-
preensão de como as pessoas resolvem os problemas. Â
seguir, consideraremos cada um desses tipos de proble-
mas sucessivam€nte.
Preblernas 8em-Estruturados
Em testes escolares, seus professores pediam-lhe para
atacar inúmeros problemas bem-esruturados nas áreas
de conteúdos específicos (p. ex., matemática, história,
geografia). Taís problemas tiúam caminhos claros - se-
não camiúos necessariamente fáceis - para suas soÌu-
ções. Na pesquisa psicológica, os psicólogos cognitivos
podenr pedir.lhe que resolva menos ripos de problemas
bem-estrururados especíÍìcos para o conteúdo. Por exem-
plo, esses psicólogos, freqüentemente, têm esrudado um
tipo particular de problema bem-estrururado: a ciasse
dos probÍemos de movímento, assim denomínados por-
que exigem uma séÍie de movimentos para alcançar o
estado final do cbjetivo. Talvez o mais famoso dos pro-
blemas de movimento seja um que envolve duas panes
anngonistas, a quem úamamos de "queimadores-de-
livros' ("boo,t-bu rners", BB) e "amantes-de-liwos" (boo,k-
tovers, BL) em Dosso exemplo,
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N VE STI GAN DO A PS I CO LO G IA COG N'T'UA
Írès queimadoresdelivros e três amantesdelivms empunhando livros eíão na margem de um
rio. Os queimadoresd+llvros e os amantesdelivros precisam atràvessaÍ para o outro lado do
rio. Para essa finalidade, eles têm um p€queno barco a remos que componô exatamente duas
pessoas (e alguns liwos). Entretanto, há um problema. Se o número de queimadoresdelivros
em uma das margens do rio exceder o número de amantesdelivros nessa màÍgem, os
queimadoresd+livros destruiráo os livros dos amanÌesdeliwos. Como todas as seis pessoas
podem atravêssar para o outro lado do rio numa maneira que gaÍanta que todos chegam lá
com os livros intactos?
:.:çr:=::,;sEÍgtrfâ*1g'+fiteçesghr€FìF?FoüeiÉr;rmëS'dgëbÍÌf-=5Èàïifffrffiilao (aJ oar marcna a re rnaouãriïdm.ntiI r nuar a ler' 0) fazer movimentos iÌegais e (c) não perceber a naru-
',, 
- - 
Á.solução para o problema é apresentada na Figura i.â ao prú"i*omovimúto 1egal.
.i I i.4 (ver p. 312). A solução contém vários aspectos dig' um método para estudar-sã como resolver proble-I,l nos de observação. Primeiro, o problema pode ser re- 
,., lãr-à.Ìinidos é desenvolver simulacões comDura-
solvido em um mínimo de 11 etapas, incluindc a dorizadas.nasouaisatarefadooescuisadorécriarum
primeira e a ultima etapas. Segundo, a solução é essen- programa que pãssa resolver essËs pioblemas. Segundo
cialmente de natureza ltnear-há apenas um movLnen- àssa abordàgem, pelo desenvolvimento das instruções
to válido (conectando dois ponios com um segmento que um .orn'putaãor deve executaÍ para resolver pro.
linearJ na maioria das etapas da resolução do proble- bl.*ur, o in'esdgador pode compreËnder, de umaior-
ma, En todas as etapas, exceto duas, ao longo do cami- ma melhor. como os humanos retohem tioos sjmilares
lhc para a solução, pode ser cometido apenas um errq de problemas. Baseados em antigo trabãho sobre a re-
sem desrespeitar as regras do problema de novimento: solução de problemas liniulada'em computador, A.llen
diretamente dar marcha à ré na soluçã0. Nas duas eta- Newell e Herben Simon (i972) desenvolveram umpas, há duas possíveis respostas de movimento para a modelo de resoÌucão de problemas.
frente, mas ambas levan à resposta coreta. Assim, no- Conforme o modelo ttewell-Simon. o solucionador
vamente o erro mais. provável é voltar a um estado an- de problemas (que pode estar usando inteligência hu-
terior na resolução do problema. mana 0u artificìal) deve consìtierar o estacio inicial (pro-
,,, -'i,ïï:ï*'#rï;:ïüï'r."JJ"'",ï'."'ffiïï 5 lfï,ffi;l^jïlilïi,:":ïï3j,.ïïj:ri,ïi:::
f,rnção dos termos do probÌema. Por exenplo, um q're que podem ser aplicadas à resoÌução de um problema,
resultasse em ha.rer mais de duas pessoas no barco se- áadaì algumas restriçoes que se aplicam à suã solução.
ria iÌegal. De acordo com 0s que esrudaram o problema Segundo esse nrodelã, , ãxraiégi^ fundamental para(p. ex., Creeno, 1974; Simon & B.ee<i, 1976; Tironras, resolrer oroblemas e decomoor ã tareía problemática
PSICOLOGIA COGNITIVA 3T 1
Ir
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:;::.' ',
l.jli:
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.. i .: ' : ,
' :1."':;.1
.: ::::"'.:
' : . : :1 i : -
FlGURA '! 1.3 Queimadoresd*Liwos e
AmantesdeLiwos: urn Pr-oblema de Movimento
Como eles padem wzar o ria com livros
intactos? (Ver
""pnblenaJ-
o texto para uma descr;ëo do
. r ::j.-tiì.
l; r'.tt:..::.:
t . , : : i i : ;
.i.tr,i r.;'
. . , i í : ; .
' ' Ì iËi
: 
. ii::; l
. .;.:::..
. 
.::..i.
, cm rlma série de etapas; quer.úual, levlrío à sua solu-
ção à mâo. Cada etápa envolve um conjunto de regras
:r paË procedimentos ("operações") que podem ser exe.
cutadas. 0s conjuntos de regras são organizados hie-
;: ràrquicarnente em programas que contêm v'ários nír'eis
.: internos de subprogramas (denominados "rotinas" e
, 'isub-rotinas").
Muitos dos programas de subníveis são clgoritmos.
seqüências de operaçôes que podem ser usadas recor-
renrcmente (repetidas reiteradamente) (Hunt, 1975).
Geralmente, um algoritmo continua recorrentemente,
até que satisfaça uma condiçâo determinada por um
programa (p. ex., "repita essas etapas até que o estado
final seja alcançado"; "repita essas etapas até que elas
parem de diminuir a distância enüe o estado finaÌ e o
estado atual"). Se a um computador forem fornecidos
urn problema bem-definido e uma hierarquia (progra-
ma) apropriada de operações eganizadas em algorit-
rnos procedurais, pode, imediatamente, calcular todas
as possíveis operações e as combinações de operações
dentro do espaço do probÌema, e pode determinar a
melhor seqüênoa possível rle etapas a tomar parâ re-
solver o problema.
Ao contúrio dos computadores, entÍetanto, a men-
te humana não se especializa em computações de alta
velocidade de inúmeras combinações possíveis. 0s li-
mites de nossa memória de trabalho proíbem.tros de
coosiderar mais do que apenas algurnas operaçÕes pos-
síveis em certa época. Newell e Simbn recoúeceram
esses limites e observaram que os humanos devem usar
aÌguns tipos de atalhos mentais para resol.ver proble-
mas. Esses atalhos mentais são denominados de heurú-
hccs 
- 
estratégias informais, intuitivas e especulativas
que, às vezes, levam a uma soluçáo eficaz e, vez por
outra, não fHoÌyoa( 1990). Se armazerÌarmos na ne-
mória de longo prazo diversas heurísticu simp.les, que
podemos aplicar a uma variedade de problemas, dimi-
nuímos o encargo da nossa memória de trabalho, de
limirada capacidade.
Newell e Simon observaram que, quando os solu-
cionadores de problemas eram conftontados com um
problema para o qual não podiam ver inediatamente
312 RoBERTJ. sTERNBERG 
7
FIGIJRA 11.4 Solução: Queimadcresìe
LivÍos e Arnõntes-delivros
Uí aa iexto para explicaçào da solução.) A que
vccê pode aprenCer sobre seus próprías méfo,Jos
de so/ução de problemas venda como vccè
resc/veu esr'e problema em pdrticulat?
PSICOLOGIACOGNITIVA 3í3
uma resposta, os eficienres solucionadores de proble-
mas usavam a heurÍstica da andlüe demeios efns, uma
esrratégia na qual o solucionadoi de problernas compa-
ra continuamente o estado arual e o estado fìnal, e toma
etapas para minimizar as diferenças ertre os dois esta-
dos. Várjas outras heurísticas para resolução de proble.
mas induemfrn cÌonar para frente, funcíonar para trós e
gerar e testar. A Tabela I 1.1 ilusrra como um soluciona-
dor de problemas pode aplicar essas heuútícas ao pro.
blema de movimento supramencionado (Greeno &
Simon, 1988), bem como a um problema cotÍdiano mais
comum (Hunt, 1994). A Figura 11.5 (ver p. 314) mos-
tra um rudimentar espaço do problema para o proble-
ma de movimento, ilustrando que pode existir um
grande número de estratégias possíveis para resolvêì0.
Problemas lsornórficos
O problema dos amantes-deliwos yersu queimadores-
de-liwos também tem sido apresentado sob a forma de
canr"bais e missionários, na qual os caaibú podem de-
voÍar os missionários, ou sob a forma de hoàbits e or-
cas, onde estas devoram os lrobbits excessivarnente
numerosos. Estas formas alternativas de apresentação
conduiem-nos a uma questão sobre problemas. Algu-
mas vezes, dois problemas são rsonórfcos (iso-, "mes-
ma";morfo,"forma) 
- 
sua estrutura formal é a mesrna;
apenas seu conteúdo difere. As vezes, como no caso do
problemas dos queimadores-deliwos e dos amantes{e-
livros, dos missionrírios e dos canibais, e dos hobôits e
das orcas, o isomorfismo é óbvio. Similarmente, você
TABELA '!1.1 Quatro HeuístÍcas
Estas quatrc heurísticas podem ser usadas na renlução do problema de mwímento ilustrado nas Fígums 1 l-3 e 114.
HEUR|STICA DEFINICÃODAHEURÍSTICA
EXEMPLO DE HEUR|SNCA
APTICADA AO PROBLÉMA
DE MOVIMENïO (CREENO
& 5rM0N. 1988)
EXEMPTO DÊ HÉURIsTICA
APUCADA A UM PROBI.ÍMA
COTIDIANO: COÀ/'IO \OAR DE SUA
CASA PARA OUTRO LOCAL
USANDO A ROTA MAIS DIRETA
PossivEl (HUNI 1994)
Análise de
meios e fins
0 solucionador de problernas
analìsa o problema
Tentar colocar tantas pessoas na
margem distante e tão poucas na
Ientaí minimizar a distância entÍe
olarêodest ino.
Funcionar
para frente
Funcionar
parò trás
GeÍaÍ e
lestaÍ
e, então, tenta diminuir a
distância enìre a posíção
atual no espaço do problema
e o objetivo Íinal naquele
espaço.
O solucionador de probiemas
começa no ìnkio e tenÌa
resolver o problema do
inícjo ao Íim.
0 solucionador de probÍemas
começa no Ílm e ïenta
Ír:ncionar para trás a
partir daí.
O sofucbnador de problemas
simplesmente gera cursos
de ação alternativos,
não necessàriamenle
numa maneira sistemática,
e depois observa
sucestvàment€ se côda
curso de ação funcionará
Avaliar oidadosamente a situaÇo
com as seis pessoas ruma màrgem
e, então, tentaí movèlas, paso a
passo. paÍa a màEem opoía.
ComEar com o estado final 
- 
ter
todos os amantesdelvros e todos os
queirnadores-delivlos na margem
distante 
- 
e rcnÌar Íuncionar oara
trás. até o estado inicial.
Este método funciona muito bem
para o problema de movimento,
porque, na maioria das etapas do
pro<esso, há apenas um moümento
admisível para frente e nuncâ há
mab Ce duas possibilidadel ambas
levando,Íinalmente, à solução.
Descobrir as posív€is íotas èéíeas
que laram do lãí ao destino e adotàr
as Íotès que parecem conduzir mair
diretamente ao destino.
Descobrir as possíveis rotas aéreas
que cheçm ao destino e Íuncbnar
para trás a fÌm de investigar quais
dessas rotas podem :er seguidas
majs diretamente pan oríginar'se
no lar.
OescobriÍ as várías rotas ahemativas
pmsÍteis que partem do lar, dePois
ver quais dessas Íotas podem 5eÍ
usadas oara terminar no desllno.
Êscolher a rota mais diretê
Lèmentavelmente, dado o número
de combinações possíveis de rctas
para üagem âéreâ, estã heuÍÍ5ticà
pode não ser muito útit.
i ! : .
{ i
i::ij '
1i
i
.ì 314 ROBERT J. STERNBERG
Espaço do Problema
(Todas as estrategias po:síveis)
Funcionar para frente
Funcionar para trás
Análise de meìos e de íìns
Teste: não íuncionaíá
Tesle: não funcionará
Teste: funcionará
lìtr
fi
lil
t;
Flcl-tRA 11.5 Espaço do ProbÌema
O espaço de um problema contém todas as eíategas possíveis que cotlduzem do estado inicial do problema à solução
(o estzdo final). Este espaço do problema, Nr exemplo, mostra guatro das heurístkas que podem ser usadas na
resoluçào do problena de movímento ilustrado nas Fìguras 1l-3 e | 14.
t
imediatamente pode detectar o isomorfismo de muitos voltat às dilìcuÌdades recoÍTentes na represenüção do
=-"--=*jg;;g#Hgi#.#ffi+ï**ïlâ*Éhffi:'*lebesr:'s*e'-Ì:=s3=i,=::--ss?+r'j*Èsr
também mosüa um conjunto diferente de problemas h-^L,--^- 
- 
;
isomórficos, que ilusrra alguns dos q".u*..ãu.í.ï uï- 
';r\t'Ë;:t 
da Representação do
sociados a este tipo de problemas. :
; l
1
I
Segundo Stephen Reed (1987; Reed, Dempster &
Eftinger, 1985), é extremamente difícii observar o iso-
morfismo estrutural subjacente dos problemas e ser ca-
paz de aplicar as esüatégias de resolução de problemas
de um problema (p. ex., um exemplo de um manual)
para outro (p. ex,, um problema numa prova). E espe-
cialmente improvável que os solucionadores de proble-
mas detectem os isomorfismos, quando dois problemas
são estruturalrnente semelhaates. mas não idênt.icos.
Além disso, quando o conteúdo ou as características
superfìciais do problema diferem muito, é dificil detec-
tar seu isomorfismo estru[ura!. Por exempio, as cian-
ças em idade escolar poden achar di f íc i l ver a
símiÌaridade estrutural entre r'árics problemas de pala-
vras que são formuladas denrro ie dife:'entes situacões
nas histórias. Da mesma fcrma, os estudantes de íísiea
podem ter dificuldade pera \.er as similaridades estru-
turais entie vários problernas de fÍsica, quando diferen-
tes materiais são usados. 0 problema cie rsconhecer os
isomortismos ao longo de contextos ,,,ariiveis faz-nos
Qual é o motivo-chave pelo quaÌ alguns problemas são
mais fáceis de resolver do que seus isomorfismos? Ken-
neth Kotovsky, John Richard Hâyes e Herbert Simon
(1985) investigaram amplamente por que algumas for-
mas isomórficas são mais fáceis de resolver do que qu-
tras. Particularmente, estudaram várias versões de um
problema coúecido como a ToÍre de Hanói, no qual o
solucionailor do mesmo deve usar uma série de movi
mentos para uansferir um conjunto de argolas (geral-
mente três) do primeiro de três pinos ao terceiro dos
trfu pinos, usando tâo poucos movímentos quantos pos-
siveis (ver a Figura 1 1.7). Em seu esrudo, apresentaram
esse mesmo problerna básico em muitas formas isomór-
Íìcas diferentes. Descobriram que algumas formas do
problema ocuparam aré 16 vezes mais tempo para a
resolução do que as outras formas. Embora muitos íato'
res influenciassem esses resultados, os aÌtÌores conclui
raÍn que o determinante principaÌ da relatÍva facilidade
de resolver o prot,lena era o modo como este era repre-
seniado. Por exemolo. na lbrma exibida na Fisura 11.7
PSICOLOGIA COGNÌTIVlÀ 315
EEEEEEffi
(a) Mexemexe numéìco (Number xrabble; Neweíl & Sìmon, 1972): Um baralho de cãrtâs mostrando os
númerosinteirosdeIa9écolocadocomaÍaceparacima,entreáoisjogadores.Oobjet ivodojogoésero
primeíro jogador a segürar três cartas ponando números inteiros, cuja ã-n. r.Ë ri.Ìõjàgaoor tambémpode. segurar uma.ou duas càrtas adícjonais que não participe a j so'rna;. oi joórooi"iieu"m revezaÍ-se,
escolhendo uma cãrta de cada vez. 5e todâs as cartas forem escolhidas e n"ártúr Joi;oiudores portar Lm
conjunto de três números inteiros cuja soma seja 1 5, nenhum jogador é vencedor.
I
{b) Jogoda-velha (Ilck-tack-toe):
Dois jogadores alternam o
revezamento para.marcar cada um
dos quadrados, com um.iogador
marcando X e o outro marcando o.
O prímeiro jogador cujas marcas
formem uma linha horizontal,
verticaí ou dÌagonal de h-es
quadrados vence o jogo. Se todos os
quadrados tiverem sido marcados e
nenhum.jogador formou uma linha
rCe três qlradradÒ3, Éênhúm júadór
é vencedor.
(c) Quadrado mágico: 5e jogado como urn quebra-
cabeças solitário, tente organizar os números inteiros de l
â 9, de tal forma que os números inteiros somem 15 em
cada dÌreção (i. e, horízontal. vertical e diagonal; uma
solução é agui mosvada). Sejogado como um jogo
competitivo, os jogadores podem revezar.se escreve ndo
cada um dos números inteiros de I a 9. O primeirojogador a fgrmar urna linha horizontal, veriical ou
diagonal de números inteiros que somem 15 vence ojogo. Se todos os números inteiros foram usados (e os
guadrados preenchidos) e-nenhum jogador formou uma
línha de números inteiros que somem Ì5, nenhumjogãdor é vencedor.
I FIGURA 11.6 lsomorïisrnos do problema :
I ' Conpgre os proble.mas ìlustrados nos iogos de (a) mexenexe numeria, (b) jogoda.vetha e (c) quadrado nágico. De que If, i rnanetTa esses problemas sâo isomórficos? Corno suas difercnças na apresáiaição afetàm a fácíiAaae de representar e ,
;l : resofuer esses problemas| :
j
:
{ver p. 316), os ramaúos fisiçamente díferenÌes dos
diseos facilitavam a representação mental da restrição
contra movimentar discos maíores sobre discos rneno-
res, ao passo que isso nãD acontecia com outlas formas
do probÌema.
Lembremo-nos do probÌema das duas cordas, pro-
posto no início desre capítulo. A solução para o "proble-
ma das duas cordas" é mostrada na Figura 11.8 (ver p.
316). Como essa figüra mostra, o problema das duas
cordas pode ser'resolvido. Entretanto, muitas pessoas
consideram eÍrremamenre dificil chegar à soiução e
muitas jamais chegam, não importando o grande em-
penho com que tentam. As pessoas que consideram in-
sclúvel o problema, fieqüentemente, enam na Etapa 2
do ciclo de resoluçío dc problemas, depois da qual uuua
se recuperam. Isto ó, ao definÍr o probÌema como sendo
aquele no qual devem ser capazes de mover para frente
ttma corda, enquàltu t;eguÍom ôurra, clas impõem-se
uma restrição que torna'pratìcamente insoìúveÌ o pro
blema. Lamentavelmente, todos estamos süjeitos a de-
finir mal os problemas, de lez em quando, como o caso
do problema das duas cordas mosffa.
Problernas Mal-Es'truturadc's
O prohlema das duas cordas é um exemplo de um
problema maÌ-estruturado. De fato, apesar de podermos,
de vez em quando, representar mal os problemas bem.
3' ! 6 RoBERT J. sTERNBERG
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FIGURA 11.7 ïorrede Hanói
Há Üês discos de tamanihos difelentel poicionados no na8 à esquerda das três pìnos, de tat forna que o mabt díscoestá embdixo' o de tamanho médio eiá no meio e o nàÃr este em cima. sua tarefa é transfeir todos os tr& discospara o pìno nais à direita, usando a pina centrar Çom, u,o, ariu J.'"dr;;;; a ãrrlrr, *orçio. você podemover ap€nas um dísco de cada vez e nunca Wde colocar um d*co manr em cima de um menot
FIGURA
' i 9-
rl(:{,JttA 1'1.8 5olução para o problema das Duas Cordas
Muitas pessoas prressupo-ern que deten açhar um meio de mover-se na direção de cada carda e, entao, )untáJds. €lasnào conseguem considerar a possibilidade de encontrar um meb ele fazer ,;u d;t-;;rd;;'n)over-se na sua direção, talcomo amarrando arquma ccisa a uma deias, depoisbarançando o obleto *;;;;;ê;;;; e aqanando<; quanrro osclarpena da ouÍra corda Nada há na pmblema quâ tugiru-,i;; ;pejToa dere ,orrn ri, em vez de qre a corda pcde mover-
:ï::':';U,::ï::i::,:i';;::,i:;ï:ii:J:;j,.ruï'u'r'ço coìo,unJo',Ã",*;ã desnecessár,a e ìniustírrcada
PSICOLOGIACOGNITIVA 317
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l, ii
estrutuËrdos, é muito mais provável que teúamos dÍfi-
culdade para representâr os problemas mal-estrutura-
recomendava que os candidatos não téntgssem
auriliar-se mutuamente. 0 que faria Har4Ë
2. Uma mulher sue yÌvia numa cidadezinha des-expl inamt psjja$rcz4de$LeÁ peb-lern3!,__ 
_
uma mulner gue vÌvla numa cidadezinha des-
posou 20 homens diÍãiéirìãs, naqueTâ mesmapode sewír-lhe de auxíÌio tentar resolver inais um ou..
dois desses problemas. 0s seguintes problemas ilustram
algumas das dificuÌdades uiadas peia representação de
probÌemas mal-estruturados (segundo Sternberg,
i986a). Não deíxe de tentar ambos os problemas, antes
de ler suas soluções. A, ïtatureza do Insight
1. 0 arrogante Harry e vários ourros desempre- Tanto o problema das duas cordas, quanto cada um dos
gados esuvam procurando trabalho como car- problemas pïecedentes são mal-estrururados, para os
pinteiros. A supewisoraÌocal enüegou a cada quais não existe um caminho daro e imediatamente dis-
candidato duas úbuas (uma tábua com 1" x ponível para a soÌução. Por definiçá0, os problemas mal- ;
2" x 60" e outra com 1'x 2n x 43") e um gram- estruturados úo têm espaços do problema bem-defi-
poemCde2"(veraFigural1.9).(Aabemrranidos,eossolucionadoresdeprobÌemastêmdif ior lda.
do gnmpo é suficientemente larga para que de para construir representações mentais apropriadas ;
ambas as tábuas possam ser Ìnseridas e manti- para modelar esses problemas e suas soluções. Para tais 'j
das juntas se$ramente quando o mesmo está problemas, é difícil elaborar um plano que siga, seqüen- !
apertado), A zupervisora introduziu os candi- cialmente, uma série de etapas que avancem condnua- ,,
-------d'áros @ue snìrrção- Es.çes três ._*--1 _
com um teto de 8'. Instaladas no teto, estavam problemas mai-esmrturados espeúìcos são denomina- ,
duas vigu de 1'x 1', dívÍdindo o teto longitu- dos de problernai de nrsight, poÍque, a fim de resolver
dinalmente em três partes. Ela dise aos caÍl- cada probiema, voc,ê precisa percebê.lo em uma rova
didatos que empregaria o primeiro candidato maneira 
- diferentemente de como, provavelmente,
que pudesse consruir um cabíde para cha- perceberia o problema a princípio e diferentemente de
péus, capaz de suponar seu pesado chapéu, comq provavelmente, resolveria os problemas em ge-
usando apenas as duas úbuas e o Fampo em ral. lsto é, você deve reestruturar sua representação do
C. Ela só poderia empÍeg.n uma pessoa, assim problema, a fim de resoMlo.
+r;i!-fil;1i!!::::?:-1li !,:: :l:ËíÈ!:i:.g
FIGURA '! 1.9 O Problerna do Cabide oara Chapéus
Usando apenas os mateiais mcstndos aqui, como wcê pode construir um rabíde para chèpéus na sala exibida neía
figura? o-
cidade. Todos vivem ainda e eÌajamú dÍvor-
ciou-se de nenhum deles, Até o momento, ela
não infringiu as leis. Como ela pôde fazer isso?
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318 ROBERÍJ. STËRNBERG
O insrghr é u*, ao*j...nsão nÍtida e, às vezes, pode ser usada para descrever a reaÌização da cerimônia
--.j._ -- apar""teoÊnte-sibiÌa-delrn-probiena-ouìe-uma-es----derasamentsdc{ìodoquea+aeerdotisadespeso*o#È----
;ì,:. natégia que ajuda a resolvê-lo. Com freqüêntia, um in- homens, mas eÌa própria não se tornou casada com qua!
srght envolve a reconceituação de um probiema ou de quer urn deles. Fara resolver esse problema, você tiúa
uÍnaesúatéSiaparasuasoluçâoemurnmodototalruente de redefinir sua interpreação d0 termo duposou (rnar-
novo. Ele, muitas vezes, irnplica em detectar e combi ned), (Outros zugeriram ainda possibilidades adicionais
nar antigas e novas informações relevantes, a fim de - por exemplo, que a mulher era uma atrÈ e apenas des-
adquiriruma visão inédita do problema ou de sua solu- posava os homens em seu papel como uma ariz, que os
çã0. Embora os irurg/rts possam dar a impressão de se. mriltiplos casametrtos da mulher eram anúdm, de ma-
rem súbitos, eles são, muitas vezes, o resultado de nein çe ela jamais divorciava rccnicameile algun dos
pensamento e de esfo4o mental anteriores, sem os quais homens, e asim por diante).
o mesmo nunca telia ocorrido: ele pode estar envolvido
na resoluSo de probÌemas bem-esrururadog mas é mais
següidamente associado com o pedregoso e sinuoso ca- Perspectivas PsícolóEicas sobre o
rúho p"ru u solução, que caracteriza os problemas mal- lnsight
estruturados. Por muiros anos, os psicólogos interessados
na resolução de problemas têm tentado decifrar a ver- Primeìras Concepções Gestáltícas
,'j,,1 craPeus, fiarry Íol lncaPaz oe resolve-lo antes que Sally taltlco Max Wertheimer escreveu sobre 0 p€nsamento
Í i de imediato fìzesse às pressas um cabíde para chapéus, produtivo (Wenheimer, Ig4s/lgig),o quafenvolve in-
];i, como o que é mostrado na Figura 11.10. Para resolver o srghts que ultrapassam os limites das associações exis-
lìiii problema, Sally teve de redefinir sua concepção dos ma- tentes, bem como o dístinguiu dop ewamento reprodunvo,
"l;:1 teriais num modo que lhe permitiu conctber o grampo o qual se baseia nas asãciaçoei existenres que enuol-
'il.. 
em C como um pona'cÌrapéus. vem aquilo que já é conhecido. Segundo Werúeimeç o
,+,1 A mulher que estava envolvida em múltiplos casa- pensamento com insrglrts (produtivo) difere fundarnen-
, {.i,i mentos é uma sacerdotisa. O elemento crítico para resol- talmente do pensamento reprodutivo. Ao resolver os
, ;iii ver esse problerna é reconheeer que a palawa "desposoq' ggblema5 de insight dados nestecapítulo, você teve de
, l : I l : r '
dadeÍra natuÍeza do insigirt. Os psicólogos gesúlticos enfatizavam a imponância do: , ' i i
i rlï A {t de compreender algumas das visões aÌrerna- todo como mais do que um conjunto de partes. Quanto
-t;i-- - tiv-assobrc-rresoìiçao-cunrrãgàrdcp-robÌenãqËia't-àTesõÌrçãó-deTffi
i'1.: conhecer as soluções para os dois problemas de insrght blenas de ins(ht exigem solucionadores de problemas
,,ìi, precedentes. Com respeito ao problema do cabide para que percebam o mesmo como um todo. O psicólogo ges-
.:jl l iha.léu1, Hary foi incapaz de resolvê-lo antes que Sally táltico Max Wertheirner escreveu sobre o penscmento
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FìGURÂ 11.1O Soluçao para o Problena do Cabicíe para Chapeus
Você foi capaz de rnodifìcar sua defìnição dos materiais dispuríveis em uma maneira que o auxúasse a renher o problema?
I
i
libertar-se de suas associações existentes e perceber cada
problema num ângulo inteiramente novo. 0 pensamen-
to produtivo também pode ser aplicado aos problemas
bem-estrururados.
Wolfgaug Kóhler (1927), colega de Wertheimeq es-
tudou o ins(ghr ern primatas não-humanos, em panicu-
lar, um chimpanzé cativo chanado Sultão (ver a Figura
11.1i). Na concepção de Kohleq o comportamento do
macaco ilustrou o rnsrght. Para Kõhler e outros gestáltÍ-
cos, o insÍght é um processo especial envolvendo o
pensamËnto, que difere do rratamento linear da infor-
mação.
Os psicólogos gestáÌticos descreveram exempÌos de
Ínsight e especuiaram sobre algms meios nos quais o
especial de rnsrght pode ocorrer: eie pode re-
nhecimento, da aprendizagem e da concepção nonnais.
Essa concepção é sústentada por David Perkins (1981),
por Robe4 Weisberg (1986; 1995) e por Pat LangÌey
Herben Simon e sets colegas (Langley, Simou, Bradshaw
& Zltkow, 198ó). Eles sugerem que os psicóÌogos ges-
tálrìcos não conseguiram definir o ínsíghc porque não
exíste processo especiaÌ de pensamento aÌgum chama-
do "insíght". Adicionalnente, às vezes, as pessoas pare-
cern ter resolvido os pretensos prúlemas de insrghr sem
sofrer quaÌquer reestruturação mental súbira do proble-
ma e, em outra9 ocasiões, elas parecem mostrar uma
repentina reestruturação mental dos assimdtamados
problemas de rotina (Weisberg, 1995). 0s insrghts são
meramente pÍodutos significativos dos processos co-
muns de pensamenÌo.
tar de ta) amplos saltos lnconsclentes no pensamen-
to, (b) procesamento mental muito acelerado ou (c)
algurn tipo de cuno-circuito de processos normais de
raciocínio (ver Perkins, 19Bl). Lamentavelmente, os
primeiros gestálticos não propiciaram evidências con-
vincentes para algum desses mecanismos, nem espec!
ficaram exatamente o que é o ínsight, Portanto,
precìsamos considerar as concepções alternativas tam-
bém.
-A Concepção da Nada-de-EspecÍal a
De acordo com a concepção do nada-de-especidl, o insi
A Co nce pça o Neo-Gestá ltica
Janet MetcaÌfe {1986; Metcalfe & Wiebe, 1987) e cola- i
boradores descobúam que a resolução de problemas
com insrght pode ser disünguida da resolução de pro-
blemas sem insrght de duas maneiras. Em primeiro lu- ,
gaç quando dados problemas de rotina para resoìveq, os
solucionadores mosüam notável exatidão em sua capa- ;
cidade para predizer seu próprio sucesso na resolução ,
de um problema, antes de qualquer tentativa para re--- ;
solvê-lo. Em comparação, quando dados problemas de :
insigftt, os solucionadores mostran pouquíssima capa- ,insrg/rt, os solucionadores mostran pouquissima caPa- ì
';'.ìeidade+arap.rediaetteu.'pépdaoueesoro*{eti&;!,en*i=---""==--,ì
FIGURA 1' ! . l l ,nsiqhtSirnro
lío esü.rdo aquì rcpre!?ntldA, O pSrcClOgO geStá/ticO V/olfganq Kohler roft'trott til1t fit,tr,-!í'o t'tn ul t:Pn:nr1a utm algunt;.r:;
t'oiras. fv'u allo tlo cercado, completamente íora do alcance, estava um cacho tje bananas. Apos ter tenta<io, sem
sr-:cesso, salfar e esr*rtar-se para alcanc,u as bananas, o mataco mastrou um repentìno inslghi e/e deu-se conta dr: que as
c;rxas ç,adìam ser empilhadas parê compor uma estniiurd suficientemente alta para a/c:ançar o r.acha de bananas.
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328 RoBÉRr J. sÍÉRNBERG
tar resolvê-los. Não só os soiucionadores bem-sucedi b.lerna em uma nova maneira. Embora cada processo
dos de problemes eram pessimistu sobre sua capacida- possa ser usado separadamente, os plocessos podem
de para resolver os problemas de ínsrg/rt, mas rambém tamMm complementar-se, quando usados em conjunto.
os soìucionadores malsuceCiCos eram, freqüentemen- Os irurgh ts de codifcaçã.0 seletiva envolvem a distin-
te, oÌimístas quanto à sua capacidade para resolvê-los. ção entre a informação relevante e a irrelevante. tem-
Aém disso, Metcalfe usou uma metodologia enge- bremos dos capÍrulos anteriores que a codrTtcaçdo envolve
nhosa para observar o processo de resoÌução de proble- representar a informação na memória. No mundo atual,
mas enquanto as pessoas estavain resohendo problernas todos temos muiro mais informação dÍsponível do que
de rotina versus problemas de insrghr. A intervalos de possivelmente podernos manipular. Assim, todos nós
15 segundos, elas paravam brevemente para avaliar devemos selecionar a infornação que é imponante aos
quão próximos {"quentes'vs. distantes, "frios") semíam nossos propósitos, bem como filtrar a Ínformação sem
estâr para alcancar uma soluçâ0. Para os problemas de imponância ou irrelevante. A codificação seletiva é o
rotina (p. ex., álgebra, Tone de Hanói, raciocínio dedu- processo peÌo quai essafiltragem é feita. Por exemplo,
tivo), eias mostravam acréscimos cÍescentes em suas quando você está fazendo ânotações durante uma auÌa,
impressões de calidez à medida que mais se aproxima- deve codiÍicar seÌedvamente quais são os pontos críti-
--+a*de-aiürglruuasotução@ios'cuêis-aqapa1adqtesc ltgplasgúlsl_g_qg4ls_Ilgq
de hsrght, entretaato, não mostravam qualquer acrés- são necessários.
cimo crescente. A Figura 11.12 apresenta uma compa- 0s insights de comparação seterivc envolvem percep-
raçâo das impressões de calidez para a resoluçáo de ções ínéditas de como a nova informação se relaciona à
problemas algébricos versus resolução de problemas de antiga informaçâo. O uso criativo de analogias é uma
,.l,i:: insrglrç relaudas por elas. Na resolução de problemas forma de comparação seletiva. Ao se resolver lnportan-
, lì::i de insrgàts, as pessoas não mostraram quaisquer impres- tes probleroas, quase sempÍe precisamos evocar nosso
Jil; sôes crescentes de calidez até momentos antes de, abrup- conhecjmento existente e comparar essa infonnação com
ìiÌ,,1 tamente, darem-se conta da solução e resolverem d.e nosso novo conhecimento do problema atual, Os insi-
',ìlli maneira coÍela o problema. Osresultados de fvletcalfe ghts de comparaçâo seleti'ia são a base para essa rela-
:iËì segunmenÌe parecem sustentar a concepção gestáldca çã0. Por exemplo, suponha que você deve ensinar uma ;
Itr,l 
- -de quèìíaìgo ddèspeciaÌ sòbre a iesoluÇão de proble- -lista completa alê teÍ-mos ndvos paÌ?asua turma de psi- i
.ifi,i mas com uuight, tão diferente da resolução de proble- cologia cognídva. Pan alguns (ôs.termos, você pode .
..,:l-d.t*.**--,--qtgl-.-4eLqqnq, sem insÍght A natuteza específica e os ser capaz de comparar os novos termos com sinônimos i
''ff1*-*rnãiï'iffiËfuÈ;;Ë'ltËt:ã*Ë'iÌifüËn-dË-pir;brnxtua**'qtiuffittíËõe* iãïffiifrn,s;'ïõdà'fdrë{:ìr.ëpz,te:r:;::*j
:ilj f insrght, entretanto, ainda têm de ser tratadas por essa desenvolver e de elaborar palawas quejá conhece, para idefinir os novos termos. Iïlïl pesquisa. definir os novos rermos.
lã,1 Os rnsigàts de combínação selàtívo envolvem tomar- i
fi A concepção dos Três Processos :1tt]::::1t*e fragmentos codiíicados e comparadosÍ#ì da informação'relevante e combinar-se essa informa- ,
ifj Outra concepção de íns{ght ainda íocaìizou, especifica- ção em um modo inédito e produtivo. Com freqüência, ',
i*i mente, os possíveis mecanismos para a resolução de nãonosésuficienteapenasidentificaranaliticamentea. :
i ll problemas com insr6ht (Davidson & Sternberg, 1984). informaçâo importanre para resolver um problema; te- j
i l jSegundoessaconcepção,proposiaporJanetDavidsonrnostambémdeimaginarcomosintet izáìa.Porexem.
r i Í
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: , i
:.. i
e por mim, os ínsights-são de três tipos, envolvendo ttês plo, para resoÌver o problema do cabide para chapéus
processos diferentes: codificação seletiva, compara$o ou o das duas cordas, você tiúa de encontrar um jeito
seleriva e combinação seletiva. Concordamos, até certo dejuntar os materiais disponíveis em um modo ioédito.
ponto, com os teóricos do nada-de-especial pelo fato de Para escreyer um rrabalho de conclusão, você deve sin-
que os três processos, que sugerimos como subjacentes tetizar suas anotações da pesquisa em uma maneira que
aos três tipos de ínsrghts, também podem ser usados Ìrate da questão central em seu trabalho.
r normalmente e sem insigirts. De fato, a combinação se-
letiva foi relacionada tanto à resolução de proúlenas
r {Davidson, 1995). Entretanto, Davidson e eu também
; concordamos com os psicólogos gestálticos ao propor-
n'Ìos que há aÌgo de especial sobre o insfàt: quando os
três processcs são aplicados com insrghr, os prçcessos
rranspõem os límÍtes do peuamenro conuencional e
€rìvolvem a ccnstrucão ou a reconsEucào tle um pro-
lnsights adìcìonaìs ao insight
Steven Smith (1995) sugeriu outra concepção da reso-
lução de problemas de rodna versus resoÌução de pro-
blernas de iruryht. Smiú disúgue a eçeriôncia de insrght,
que é um processo especial envolvendo uma súbita re-
estruturacão mental, Co in:ig/rt, que é urna compreen-
são que pode en','oiver a experiência especial do mesmo
PS]COLOGIACOGNITIVA 321I-!ri
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Ê|GUI{A11' t20hslghrcomoUmPlocessoE'spectal : l t t tpre: : i lesdeCal i t lez
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roüna e problemas de ìnsìghr, elas evidenciaran nítidas
Quando Janet Metcalfe apresentou â;ge1oas l:,?,!li'::::^.^.,i.-,,,rm ,tn ,,mz <ntrràanârâ Õs meirnos. áisesiii:;::iï:J::i;;::;:;;;ï;í;;;;il;ü;i,:p:,:::::T:::,:,x.::#x:i:;í,"'fliï;,ï,"ïdÊeíençìt e,m 5u'ti ríIiírísLç) de cada barra inclica a freqúêncÌa para o ÌnteÏalo dehistogrãmas de freqüència (grálcos ae Aarr2:1; 1y:':,:r:::,,,"," a< n*etrÒ íntptvdtos d" ìi ,equnaos, anies dàiïïïiã:i:J,-'Ï;'ï;;l;i:;;:;;;;;;;;;j, ária,, a*,n "nr,:1,1'::'::::'::i^:y:!::;,i::::,i';ffi::';l'i;i#.il'ffi ffi ï'i''í'i'àïaïp;ffi 1-'::llnfi".:',#"Xi;:::::i#i:::;::#::'
'::iif,i-::;,Y;:'::i;i;::;';;7; ì,!;,-;;;i;?::'!:':::::::::':,::^:,?,*',:':n::ïi;,Y;.: i;;i;:il':ã:ff;ï::11iff#ï?1'|ll'í,iíï,;::;; *íì1'Ã;;;*:1ii1'v::"''::!:::: ::::::::"":::::"::".::Y!;;ffï:*i.'*ïH'#;itr:-:;';i:;i:;:'":";;i'';;iÍi:':-:::':,:!:':*,,::i:ï.::::::['À::,!ï::i:::us prooteííBs uc il DIvr Ir " ^ -",;5;; d" i" *^p,i^rnfo sufciente para permitir'the al31'near o solo corn seq.üraníãem sua cela, uma corda quc ttr 
- 
l::^ï:'::i ^ I"J,), ì",-ì";t" içsnì" l,e MeÍcalfe &
'flï;;;:';:i;,':::;:;: :'#,:;,;'''#;;;; ;;;;" ui'p"' como ete pttde ter reìto isso?" (De Ìvtetcatre &
VViebe, 1987, PP.242' 245)
-.ta;;
32? RoBERTJ. sIÊRNBERG
i,j_' _ ou osjlgggs.lo_Lq0gluliyos-rormrís rluelcolrcm-cÍes-*to+deks-, rnafiurnao-ftmciun'a-herrnrïê-íoir$-o iles: -
centemente, em vez de repentinamente.tAssim, os pro- se problema específico. Por exemplo, no problema das
blemas de rotina podem requerer insrght. mas podem duas cordas, você pode fixar+e em esuatégias que en-
não exigü a experiência de insrgftt; os problemas de in- volveür o seu movimento em direção à corda, em vez de
sight, por outro Ìado, exigem a experiência do mesmo. nover a corda na sua direção; no problema da sacerdo.
Mais um outro meio de considerar a resolução de tisa de casamentos freqüenres, você pode fixar-se na no-
problemas de insrghr versus problemas de rotina é pela ção de que casar alguém é ornar-se casada com a pessoa.
observação de que a resoluçáo dos problemas de rorina, As configurações mentaìs tambérn podem influen-
i i ;
geralmente, parece envolver processos seriados, muiÌo ciar a solução de problemas de rorina, sern dúüda. Por
semelhantes aos modeios de processamento da infor- exempÌo, Abrúam Luchins (1942) demonstrou primo-
mação, baseados na metáfora do computador, ao passo rosamente o fenômeno da coúgunção mental no que
que a resolução dos problemas de irughf parece envol- ele denominou de problemas das 'Jarras-d'água". Nos
ver processos em paraleio, muito semelhantes aos mo- problemas das 'Janas.d'água", de Luchin" perguntava-
delos conexionistas, baseados na metáfoÍa do cérebro se às pessoas como disrribuír uma cená quantidade de
humano (Hoiyoab 1990). Lamentavelmente, os insrgftts água, usando três janas diferentes, cada uma compor.
- 
como muitos outros aspectos do pensamento humano tandouma quantidade diferente de água. ATabeia 11.2
- podem ser tanto supreendentemente brÍlhantes como mos(r?Ì os problemas usados por Luchins.
completarnente enados. Como caímos ern ciladas men- Se você é como
:-L 
--ais{ue*es-Ìevarrpara-futsqsrãmiÌfiõqqtrãmm-ïëntã- --p-rõ6leõãs, tt
, i . ! : uma fórmula que funcionapara todos os problemas remanescentes: você enche a
jana B, então despeja dela a quantidade de. água que
pode colocar na jarra A e depoís despeja duas vezes dela
a quantidade de água que pode colocar na jana C. A
fórmula, ponanto, e: B 
- 
A - 2C. Entretanto, os proble-
mas 7 a 11 podem ser resolvidos de um jeito muÍto mais
Durante 0 estudo dos problemas isomoríos, Kotovslll simples, usando apenas duas dasjarras, Por exemplo,.o
, Hayes e Simon (1985) descobriran Que diversos fato- proÉlema 7 pode ler resolvido põr A- C, o problema I
: les eniravam a resolução de problemas: (1) mais novi- por À + C, e assim por diante. As pessoas a quem são
dades (p. ex., novos objetos, novas regras, rÌovas ìados os problemas I a 6 para resolverem, geralrrÌEnte; -
operaçòes ou manipulações, novo conhecimento); (2) continuamausarafórrnulaB-A-2Cnaresoluçãodos
maior número de regras; (3) maior complexidade das problemas 7 a 11. No experimenro original de Luúins,
,,.*,=*,oj.9{r311*!9,-8g=!1qg{eS.fgeÌÊjq6li.!11{?sl:fi;rcregõr:':'::fl}tref{:e93%deiãsq0ë,rë3õIúiâfiinüpi;66i5"916põ-='"'' que parecem ir contra o senso-comum ou contra 0 que 0 de problemas continuavam a rcsolver u último grupo
. 
sohrcionador de problemas ionhecp ou irtfere). Além dc problemas usautlo a esrrategia menos simples. En-
disso, iembremos que esses pesquisadores descobruam tretanro, apenas de I a 570 dos sujeitos-conrrole aos
que o meio pelo qual as pessoas representavam o pro- quais não era dado o primeiro grupo de problemas não
blema afetava a facilidade com a qual elas os resolvi- conseguiam aplicar as soluções mais simples ao ultimo
am. Cs problemas que eram nais absrraros ou coìocavam grupo de problemas: eles não tinham uma confìgura-
, mais difìculdades à forrnação e ao uso das representa- ção mental estabelecida que interferisse na sua visão
mos alcançar soluções?
otsSTACt'LOS À RESOLUCÃO DE
PROBLEMAS
ções mentais erarn muito mais difíceis de resolver.
Configumçóes Mentais,
EntrincheiraÍne nto e Fixação
Muitos problemas são difíceis de resoÌver porque seus
solucionadores tendem a trazer para o rrovo problema
uma determinada confi,guraçõ.o mental - uma esÌrutura
mental que envoive um modeìo existente para repre-
sentar o probÌerna, o contexto de um problema ou um
procedimento para resolvê-lo. Outra denominaçào para
configuração mental é entríncheíromenfo. Quando os
solúcionadores de problemas têm uma coúguração
menteÌ entrincheirada, eles fixarn-se em uma estrarégia
que, normalmenre, iunciona bem na resolução de mui-
das coisas numa maneira nova e mais simples.
Fixídez Funciona!
Os prìmeiros psicólogos gestálticos denominavam de
'Einstellung" as confìguraçòes menÌais que envolviam a
fixação numa determinada estratégÍa (p. ex., nos pro-
blemas das "jarras-d'água" de Luchins). Ouuo tipo de
configuração mental envolve a fixação em um determi-
nado uso (função) para um objero: especificamente, a
t'ì:idez t'uncíonal é a incapacidade para perceber que algo
que sabidamente fem um uso determÍnado tambem pode
ser usado para desempenhar outras funções. A fixidez
fluncionaì irnpede-nos de resolver novos problemas me-
dianre o uso de vei:cs insr;umentos en umiì maneira
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l_SlLo__L_e_c_ll\_c.qEN_L1vA 323 .- 
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TABELA 11.2 Probiemas das "Janas0'Àgua", de Luchins
Ccno wcê distribui a quantidade certa de égua, usando as juns A, I e Cl
t/ocê precisa consumír até três jarras paa obter as quaniidades n€ceiiári'as de égua (medida em números de xíwas) na
última colune. As colunas A, B e C mostam a capacidade de cada uma- O primeíro goblema, por exendo, exç qae
você obtenha 2A xkans de água proveniente de apenas duas das jarras, a de 29 xkans (jarra A) e a de 3 írcaras (jura B).
Fácil: Apenas enúa a jana A e depoís esnàe 9 xícans desn jara, tinndo 3 xícuas três Ì/ezet rnedante o uso da iaíra L
O problena 2 não é muito dtfrcíl tenbêm Enúa a jwa B com 127 xkaa1 então esvazie 2l xícaras usando a jura A e
depoís esuazíe 6 xicaras, usando a jana C duas vezes. Agoâ tente você mesmo o restarte dos problemas. (Segundo
Luchins, 1942)
JARRAS DISPONíVEIs PARA UsO QUANTIDADË NECESSARIA
PROBLEMA NC (xÍcARAs)
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cabide de casaco reformado para entrar em um carro para os maus-lratos societários, rdsultam graves conse-
úaveado, e ela é que possibilitou, iniciaÌrnente, que os qüências sociais para os alvos deles próprios. Entreran-
ladrões abrissem simples fechaduras de moÌa das por- to, os alvos não são os únicos a sofrerem de esrereótipos.
tas com um caftão de crédito. E também o que pode Como outros tipos de coúgurações mentais, eles obs-
possibilirar-lhepensarernummanuaÌdepsicologiacog- taculizam as capacidades de resolver problemas das
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48
36
nidva como um recurso para idéias criminosasi
fsÊereótrFos
Outro tipo de configuração mental é considerado um
aspecro de cognição socìaÌ: os esrereótrpos, que sâo cren-
ças de que os membros de um grupo social tendem a
ter, relativamente de modo uniforme, determinados ti
pos de características.Parece que aprendemos muitos
estereótipos durante a infância; por exemplo, os estu-
dos transculturais de crianças mostram seu crescente
conhecimento sobre - e o uso de - estereótipos de gêne-
rq ao longo do período da inÍância (p. e.r., Neio, !Vil-
liarns & $iidner, 199i). Os esrereótipos surgern, muitas
vezes, do mesmo jeit<l que outros tipos de configura-
côes rnentilis se desenvolvem: observamos um exemplo
específico ou un conjunro de exempìos de aÌgum pa-
drão e surerger,era!ìzanos lssas limitada-. obsewações,
admitindo qrje todcs os rtururos e:ternplos demonsria-
pessoas, que limitam seu pensamelto pelo seu uso.
Tra nsferência Negãtiva
Freqüentemente, quando as pessoas têm determinadas
configurações mentais que as estimulam a fixar-se em
um aspecto de um probÌema ou em uma esüatégia para
resolvêìos, à exclusão de outras possibilidades relevan-
tes, elas estão üansferindo conhecimento e estratégias
para resolver um dpo de problema para um tipo dife-
rente de probiema. Os psicólogos cognitivos usam o ter-
mo transJerência para descrever o fenômeno mais amplo
nde qualquer uanspone de conhecimento ou de habììi
dades de urna siruação problemática para outra. A trans-
ferência pode ser negativa ou positiva. A ncnsferêncic
negofiva ocone quando a resclução de um problema
anterior dificulta mais a resoÌução dc um posrerior, ao
passo gue a transt'erência posiiivo ocorre quando a solu-
câo de urn problema anrerior iacilita a resolução de um
324 ROBERT J. STERNBERG
novo problema. Isto é, às vezes, a transfâência posÍtiva sica, em vez de mudanças nâo.espaciais. Ademú, o lado .
de uma configuração m€ntal pode ser urn auxflio à re- reverso de se ter a üansferência negariva impedindo aprobtemas;-- -;.--_rï$;;*1ffffiïr11e*tansferencÍa+qsilÍva--
AUXíUOS À ASSOI-UCÃO DË
PROts!.EMAS
l'Ì:,, ; teve uma
-Í:-;----
regraJ, por melo de sua aplicação r'- outros domínios;
ou porque esse soluciooadoÍ prai.....rü especifìcamente
as regras ou recebeu treinamento no seu uso ou na sua
memorização. A facilidade de representação pode ser
cdada pela posse de uma representação fisica conseta
do problema para manipular ou, peio menos, obserrar
ou visualiear, ou pela posse de menos itens para mani-
pular, menos reSras ou regras mais simples. Além disso,
- é mais 8ícil representar oproblema quando as manipu-
laçóes envoÌvem mudanças espaciaÍs na localìzação fi-
TransÍe rência Positíva
De uma perspecciva ampla, a [ansferência positiva pode
Na sqão precedente, mencionamos alguns dos obstá- ser considerada mmo envolvendo a transferência de
culos à resolução de problemas, descritos por Kotorn$4 coúecimento factual ou de habilidades de um cenário
Hayes e Simon (1985). Em um cunho mais otimist4 para outro. Por exemplq você pode aplícar seu coohe-
enretanto, eses pesquisadores também descrevera.m cimento geral sobre psicologia e suas habilidades de
alguns fatores que podem ajudar a resolvêìos, princi- estudo, adquiridas durante toda a vida em que esüdou
palmente a familiarídade com os aspectos do probÌema paÍa as provas, ao pmblema de esudar para um exame
e a facilidade de constnrir uma representação útil do de psicologia cognitiva. Mais estriramente, entretanto,
mesmo. O aumento da familiaridade pode acóntecer duranteatransferênciapositivavocêaplicaefetivamente
porque as regras ou as restrições do problema são con- uma esuatégia ou um tipo de solução que funcionou
sistenres com o conhecimento da vida real cotidiana do bem para um determinado problena ou grupo de pro.
solucionador do problema; Porque esse solucionador blemas, quando você estava tentando resolver um aná-
liÍ:í
!
ii
t:
iiì :
lsveltmejp!44f4ade para explorar os materiais e as logo. Como as pessoas percebem que determinados
possrvìG-manipuì-a s6ilráo3er!-?"@
poÍque esse solucionador gaúou familiaridade com as uansferência posiriva de e*ratégias ou aré de soluções?
Tra nsferência de Ana logías
Mary Gick e lGith Holyoak (1980, 1983) delinearam
alguns estudos elegantes de transferência positiva en
volvendo analogias. A fin de avaliar seus resultados,
você precisa íamiliarizar-se com um problema usado
primeiramente por Karl Duncker (1945), íreqüentemen-
te densminado de 'problema da radiaçãoll- . 
-....
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5.:Ìtiij.::àe.f:=:-:5ã1'f:ì:rtÌnìgF,Ê8939-":"€iü?iãg=:G::*rE:-Ìi*:ï::irA*;=gJÈ:j,:gf?:23!t_s€S.ffg!F-jF-+a,+;:_:!g:r:rg+jt 
I
I N V E STI GAN DO A PSICO LoGIA COG N MUA
lmagine que você é um mú1ico que trata de um paciente com um tumoÍ maligno no
estômago. Você nào pode operar o paciente devido à gravidade do câncer, mas, a menos que
de algum modo você destrua o tumoÍ, o paciente monerá. Vocàpodia usar raios X de alta
intensídade para destruir o tumor. lamentavelmente. a intensidade dos raios X necessária para
destruiÍo tambem destruirá o tecido sadio, pelo qual os raios devem passar. Esses raios de
menor intensidade pouparão o tecido sadio, mas serão insuficientemente poderosos para
destruir o tumor. Seu problema é imaginar um procedimento que destrua o tumoÍ sem
também destruir o lecido sadio que o circurda.
Duncker tiúa em mente uma determinada solução
de ins(àt como a solução ótima para esse problema. A
Figura 11.13 mostra pictoricameote a solução.
Antes de apreseÍÌtal o problema da radiação de
Duncker, Gick e Holyoak apresentariam ouuo proble-
ma, chamado de "problema milita/'(Holyoalç 1984, p.
205):
t . - . -" .
. : 'I
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PSICOLOGIACOGNITIVA 325
N VE SN GA N DA A PSI COLO 6 lA CO G N INVA
Um general deseja capturar uma foítaleza localizada no cenfo de determinado país. Há muitas
estradas irradiandose da íortaleza. Todas íoram minadas, de modo que, embora peguenos
grupos de homens possam passar com segurança sobre as estrãdat qualquer grande forp
detonaíá as minas. Um ataque diretrc em grande escala é, poÍtanto. imposivel. 0 que dryeria
íazer o general?
, ; 
... 
I A Tabela 1l-3 (ver p. 326J mostra a correspondên- de convergência para o problema rnilitar g deste per-
. ì cia ertte o probÌema da radiação e o rnilitar, que vem a centual, 410/o chegavam a gerar uma solução paralela: 
, 
' 
' 
*'o*1';ffi'*:iïiË:ï:ïnï::Ë*ffffi:,,H i::il,ï,'lïff;;Ji,:ïïï lïlii;,i,ïm':':n:
: ;. :, o problema milítar ajudou as pessoas a resolverem o ção original por si mesrnas do que quando a solução
:. . ,i'-' :probÌema da radiação. Se elas recebiam o problema para o primeiro problema eraJhes dada (41%, quando
, ..i.- , militar com a soiução de convergência e, entãq era-lhes comparados com 75Vo).
---- ###.ffi:
, r:.i: solução corÍela para o problema da radiaçã0, compara- dia da configuração menral induzida, com a qual o
, , :'i da.com menos de 100/o das pessoas que não recebia a solucionador de problemas abordava os mesmos. Se as
', 
..1.:.. li5id1l6 milítar prímeiramente, mas, em vez disso, não p€ssoas eram sol.icitadas a rnemorizar a história miümr
::: i recebia previamente hìstória alguma ou apenas uma ir- iob o pretexto de que era um experimento de evocação
i .'"';'.l"oÏ'ï,ffi,::ïïï'"'":Ë:i:ïË::.ïïi:',ï:ii';: hüïïiï:,;,iïr:1j,,ï#:Í#niïlj;ffiJ: i:
FIGURA ' l 1.13 problema dos raios X
A soluçào para o problema dos nios X enwlve
dtspersão. A idéia é dirigir a fraca ndiação X
pàra o tumor, a partir de muìbs pontos
diferentos extemos ao corpo. Nenhun único
coniunto de raios seria sufÌcientemente forte
para destutí c tecido sadio ou o tumor.
fntretdnÍg os raios giam dirigtdos de moCo a
con;vergir para uma regiàn rlcnrro do côrÊÒ - à
re_o,rio que abriga o í:niot. F>ta wiuçáo é
fëahnsnTç usada àote em dn, cm alquns
traf.ri?entos r-ant raios X excetu que unta fonÌe
rotat|ra cesses ratos é utílizada oara díspersar os
outÍoJ.
lÌT'Hffi.Faïr-l",ì* n''nitqI:**maEmi'nílffi*'rt**in**re*:qwfiElËrymilnffir
I
326 RO8ERTJ.5ÏÊRNBERG
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ïABELA 1'!.3 Conespondência entre os ProbÌemas Mìlitar e da Radiação
_Qqa&_$-e a: :eIqefuaçaffnÍre-or daarchleraasc+aLÁ-a esrâêgì+eterneqtaF.#e-pad?serdeduadaÉia-
comp*açáo de ambos os problemasT (Segundo Gkk & Holyoak, 198j)
Problema miliiar
Estado inicial
Objetivo: Usar o Exército para captuÍar a fortaleza
Recursos:Exórcìto suÍicientc,"nente grande
Restrìção: lncapaz de enviar todo o exército ao longo de uma estrada
Plano de soÌu$o: Ênviar p€quenos grupos simultaneamente ao longo de múltiplas estradas
Resultado: Fortaleza capturada pelo Êxército
Problema da radiação
Êstado inicial
Objeüvo: Usar raios para desÌruír turnor
Recursos: Raios suficientemenie poderosos
ResÍiçao: lncapaz de administrar raios de alta intensidade a partir de apenas uma direção
Plano de soiução: Adminiírar raios de baixa intensidade simultaneamente â partir de rnúhiplas dìreçoes
Resultado: Tumor destruído pelos raios
Esquema de convergência
Estado inicíal
Recursos: Forçô suíicientemenìe grande
Restrição: Incapaz de aplicar a força total ao longo de um só caminho
Plano de soluçào: Aplicar forças fracas sirnultaneamente ao longo de múltiplos caminhos
Resultado: Alvo central vencido pela força
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sÍtiva melhorava, se dois probiemas análogos fossem
dados antecipadamente ao problema da radiaçãq ern
- vez de apenas um. Holyoak e ouEos aúpliaram tais re-
sultados para incÌüiÍ outros probÌemas diferentes da-
$-,.ç111.9+.,$d"1.i,99"-9.ç.9+t..!1I3I.-3.g,,,f s-e:;.$,La-n$9.*ol0omlnros 0u os contextos Dara amDos os DroDlemas eram
mais semelhantes, era Bais provável que as pessoas
percebessem e aplicassem a analogia (ver Holyoak,
19901.
Foram obridos padrões símilares de dados, usando-
se vários tipos de problemas que envolviam a eletrici
dade (Gentner & Gentner, 1983) e em estudos de insrght
matemático (Davidson & Sternberg, 1984). Taìvez, o
aEpecto mais crídco desses estudos seja o de que as pes-
soas têm problemas em perceber a analogia, a menos
que aÌguém lhes diga explicitamente para procurá.la.
Em estudos que envolüam probÌemas de física, a trans-
ferência positiva de exemplos Íesolvidos para exemplos
não-solucionados era mais provável enre 0s estudan-
tes que tentavam especiÍìcamente compreenderpor que
determinados exemplos eram resoìvidos como o eram,
quando comparados a estudantes que procuravam ape-
nas compreender como determinados problemas eram
resolvidos como o eram (Chi e cols., 1989). Com base
nesses achados, parece que, geralmente, temos de estar
procurando analogias, a fim de encontrálas. lrluitas
vezes, nao a5 enconüaremos, a menos que âs profure-
_ 
mos explicitamente, . 
. t-
Tra n sfe rê n çía ! nten cio na I :
Ao procurarmos analogias, precisamos ser cuicladosos
para não sermos enganados por associações entre duas
coisas que são analogicamente irrelevantes. Por exem-
plo, Georgia Nigro e eu estudamos as soluções de crian-
ças para analogias verbais da forma "A está para B, assim
como C está para X", em que eram dadas às crianças
opçÕes de rnúltipla escolha para X. Descobrimos que elas,
freqüentemente, escolherào urna Íesposta que é assc
ciatlvamente próxima, mas analogícamente incorreta.
(Na representação de analogias, uma única coluna [:jin-
dica a expressão "está para" e uma coiuna dupla [::] e
usada para indicar a expressão "como".) Por exemplo,
na anaÌogia:
ADVOGADO: CLIENTE: MÉDICO:
(A. ENFERMEIRA, B. PACIENTE, C, MEDICII{A, D. DM)I,
as criancas podiam escoÌher a opção A, porque ENFER-
MEIM é associada mais fonemente com MEDICO do
que a resposta correta, PACIENTE (Sternberg & ]ligro,
1 980).
r l
PSICOLOGIA COGNITIVA 52t
lt' Dedre Genmer (i983) demonstrou que as analo-
.. sias enüe os problemas envolvem mapeamentos das re-
: úções entre eles; os auibutos reais do conteúdo dos
I ' . r.*or são inelevantes. Em ouuas pala-
rras-,sque-inpo*ana++nalegdas-nã€-é+'-.
mentaì para o fenômeno da incubaçã0, embora tenha
sido oferecido ampia sustentação empírica (p. ex., Po.
incare, 1913). Outros ainda sugerem que a incubação
pode ser especialmente útü na resolução
199s).
. Foram propostos diversos mecanismos
possíveis para os efeitos benéfìcos da in-
cubação, tais como os seguintes: (a) Quan-
do nâo mais conservâmos alguma coisa na
memória adva, esquecemos alguns dos
detalhes sem imponâlcia e conserr/amos
apeÍìÍìs os aspectos significarivos na me-
mória; a partir desses aspectos significati-
vos, estamos, entã0, liwes para reconsmrir
',' .' similaridade do conteúdo, mas quão inti-
. .,. mamente seus sistemas estruturais de re-
;: . laçóessecouespondem.Dadogueestamos
'. 
j:: 
" âiostumados a considerar a irqportância
,..'; :i do conteúdo, achamos difícil empuná-lo
. ;'.',, pára osegundo plano e Eazer a forma (re-
' ;', laçôes esruturais) para o primeiro plano.
Porexemplq o conteúdo diferente dificulta
0 recoúecirnento da analogia enBe os pro-
.:,,, b]èuras militar e da radiação e impede ô DedreGentner
',.: rtransferência positiva de um problem a é profeswa de Psìcolog'a novaménte, con menos limitaçôes da con-
. .: r:. pan o outÍo. tn Deqanamento de figuração mental anterior (p. ex., B. E An-
,'; i Gentner denomina o fenômeno opos- l:k!Y: ú-Nortrweíem aènoí, tgzs). (b) A medida que o rempo
',,-._t9-no qual.aspessoas percebem analo,- Ïro[[,lriï.t*-"* passa, as memórias mais reCentes inte-
:,'::, gr4s nas quais elas não existem, devido à oi, i"" t iìfi,iir ira - gram-se mais com as memórias existentes
, 
:... 'sinilaridade do conteúdo - de transparê,n- sobre n.rrrelu nenÊis e (p. ex., J. R. furderson, 1995); durante essa
:.,i.:: cra. Ao fazer anaÌogias, precisamos estar pot eu trabalho :x:,brc reintegração, algumas associações da con-
----:::::rguïÕçÌÌãE-sÌafrn'6rÍõeãlizdõ6-âsrelã-- ---€Ëra9ã-.*-=-.--frtrrcãõmeïitãiTõd'emdãfFã@ëõ-eilar---
:.' çõei entre as condiçôes que estão sendo À medida que o témpo passa, novos esti
: r:i: j comparadas, não apenas os atributos superficiais do seu mulos - tanro Ínternos como eÍeÍaos - podem ativar :
:r,,:, ' conteúdo. hr exemplo, ao estudar para os exames fi- novasperspectivassobreoproblema, enfraquecendoos
,: 
.1..'oaísdeduasdisciplinasdepsicologia,podemserneces- efeitos da.configuração mental (p. ex., Bastih 1982).
t,1,,,',;; sárias estntég:ias diferentes quando se estuda para um (d) Um esdmulo interno ou externo pode Ìevar o soluci- ,
;,:.ri.;; 
'.exqrne sobre um ensaio desconhecido ou para um exa- onador de problemas a perceber uma analogia enrre o
' ii.' me de escolha múltipla sobre conteúdos conhecidos. A problema atual e um outro problema, de modo que ele
'',i1'; trànsparência do conteúdo pode levar à uansferência ' pode descobrir imediatamente uma soÌução compariá- :
' l',:i;; - negâüva entre problemas não-isomórficos, se não se vel ou talvez mesmo aplicarsimpÌesmente uma solução l
;ji!!om{r clid4{o_p414 evitar-çssa tranlferência. conhecida (tangley & Jones, 1988). (ei Quando os so- :
,.':,,,ã;t,:. , lucionadores de problemas estão num baixo estado de :
excitação conical (p. ex., no chuveiro, na cama, fazen-
.----.*--F.-*.;ì={Err',t':t::=,s===sd&t$ê{aÍtrithada}racréssüm$adltraSão;da,are4õeu*e*:r:i
Para resolver muitos problemas, o obstáculo principai - e talvez na capacidade da memória de uabaÌho - po
não é a necessidade de encontrar uma estratégia ade- dem permitir que ildícios cada vez mais remotos pos-
quada à transferência positiva, mas, sem dúvida, eütar sam ser percebidos e manÌidos simultaneamente na
os obstáculos resultantes da rronsfcrência ncgativa. A memória ativa; a pessoa pude divertir-se tiescuut.raitla-
inatbação 
- 
riirnples colocação do probÌema à pârÌe dlr- nÌpnrp rÌrrlr inrlí.'i'-ts de que poderia, de ouua manci(a,
rante algum tempo - oferece um meio no qual minimi- ser percebidos como irÌelevantes ou tiisLlaitiuies, quan-
zar a üansÌerênciâ negâtiva. Por exempÌo, se você achar do em um alto esrado de exciução cortical (p, ex., no
que é ilcapaz tle resolver um problena e nenhuma das momento em que renrava resolver ativamente o proble-
estratégias em que você pensa parece funcionar, tente ma) {Luria, 1973/7984).Alguns dos mecanismos pre-
colocá-lo dc ladu durarrte algutu tempo, para deixá-lo tedelt.es tarubérn ptxlem inreragir, ralvez pelo ptocesso
incubar. Durante a incubaçã0, você nio dcvc tcflctir dc utivução propagada ou dè alguma espécie de efeiro
conscientemcntc sobre o problema. Deve, entretaoto, deprirrrirry.
permiú a possibilidade de que ele seja processado sub- Craig Kaplan e Janet Davidson i1989) rcüsaram a
eonscienternente, Algu'us investigadores da resolução de literatura sobre a incubação e descobriram que os bene-
problemas têm mesmo úrmado quc a incubação é urn fícios da incubação podem ser aumentados de duas nra-
estágio essencial do processo de resolução dos mesmos neiras: (1) Investindo tempo suficiente no problema,
(p. ex., CatrelÌ, 1971; Helmholtz, i896). Ourroc (p. ex., inicialmente; explorando, talvez, todos seus aspectos e
Baron, 1988) não conseguiram etÌconÌrar apoio experi- investigando os diversos caminhos possíveis para resol-
,11, l' vê-lo. (2) Permirindo tempo r"!iglq9_p_eg_a iryg[a;_-.qJlqnaAio_easuÂl-daspEaE_sejaron+r*r_a*anje+igni*--j::-+---_TâoF-fim-ôe-po-5sìb-rlifàíq-ue 
zuõ.-vèIhas associaçoes ficativo das mesmas - exigiarn á0.*pu.to o uso-de hzu-
ii' . devidas à.nansferência.negadva enfraqueçam urn pou' rísdcas para armazenaÍ e-re.uperarã infonnação sobre
i. : co' U-ma dewantagem da incutação é que ela leva tem- as posiçóes'das peças no tabuleiro. Segundo eses in-
i;.l po'.se você tiver um prazo final para a resolução do vesiig'aáores, a dìfeiença essencial.r. [u. o, expenos
, i I .l problema, deve coneçar resolvendo-o com antecedên- era xadrez tiúam armazenadas na rnemória dezenas
i:i : 
'i cia súcíente para chegar até aquele prazo, inctuindo o de milhares de posìçoes especificas no tabuleiro. Quan-
ï,ì 
',: 
tempo que rocê necessita para a incubaçáo. do viam posiçõÀs s.nsatrs'no tabuleiro, podíam uiar o
i conhecimento que tinham na memória para ajudáJos a
i _- lembrar as várias posições nele mesmo como uma boa
: EXPERÏíSE: CONHECIMENTO E qoantidade de informação organizada e integrada. para
i, BES'LUçÃ* DE PR.BLEMAS ã:::ïï.'ff1ïï:ri*ti:n:;lÌllÍt:;:m:
' 
Mesmo as Pessoas que não têm erpernse em psicologia que eles não dnham uantag.rn algurna sobre os princ!
r' cognidva,recoúecem que o coúecimento, especialmen- piantes. Semelhantementeã .st.i últlnos, os expenos
i te o conhecimento expeno, melhora enormemen{e a tÍnham de tentar memorizar as inter-relacões diferenci.
: resolução de problemas- 0 que interessa aos psicólogos ais entre muitas peças e muitas posições separadas.
' cognitjvos é a nzão pela qual a expertíse melhora essa Depois do trabalho de Chasã e 3imon,'muiros ou-
-- fçsolução. Porque àsçe. -+esot+erpre---f @
, blemas em seu campo mais qualíficadamente do que os a esrudar grande número de expertos em diferente3
i principiantes?Osexpertosconhecemmais dornínios 1p. ex., rádiologa _ Lesgold e
328 ROBERT J. STERNSERG
algoriunos, heurísticas e outras esuarégi- 7iF,+..-Tí:Gã.-ãã cols., 1988; física - Larkin, IvlcDe-rnon,as para â resolução de probiemas? 0s ex f,,.iìri;dlffiffi.l simon & simon, 1980) e descobriram apenoscoúecemmelhoresestratégiasou[ ' ' i iq. f f iË|rnesmacoisarepet idas! 'ezes:oquedi fe-
aPenâsusamesasesuatégiascommaiort , . '$f f i l renciavaoseXpertosdospr incipiantesera
freqüência? o que os exDertos sabem que f ;jffiffi seus esquemu, para r.sòlver problemastornaoProce5soderesoluçáodeproble.Hff iü|denrrodeseusprópr ioscomíniosdeet.
masmaisef icazparaosprórpiosexPertosff i f f ipertúe(Claser&chi,1988).osesquemas
doqueparaosprÌncipiantesnumcampo?ff i f f iãosexpenmenr 'o lvemgrandesuí idades
- - wiliiam 
€hase e Herbeit Simoit mmffi' decoúecimentoaÌtameìteinrerconecra-(i973) planejaram descobrir o que os ex- ffij1l ffiffi, das, que sáo organizadas de acordo compedossabemefazem,.determinandqsqug-.-%eüEuJ-u'aissubjaeent€s:eÍfJg4fëJÍa-i
"i':i=;:1Êu$t*iiigfl'djtiqagatdËt-Ìlê'râafè?'ófu'éff0f""""ffüf"ïiËïi"-"*- -"*-õ-uniaaaes de conhecimento, Em com- i
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dos principiantes. Em um de seus estudos, é professon de Ncologia paraçã0, os esquemas dos principiantes
Chase e Simon fizeram os jogadores ex- na universídadede envoiyem unidádes de coúicimenro re-
pertos e osprincipiantes verem bÍevemen- Pltts.butg!1. fu 1!-i:- 
- 
lativamente pequenas e desconecradas,
ie um duplqy de um tabuleiro de xadrez, i'!!ï^oÍ-f:ytu* o* q". üã ãrg.rirádas de acordo com simi-
corn as peçaisobre ele, e depois evocarem Z:;ï:ÃX1:;#."ouno, tãridaties úperficiais (p. ex., Bryson, Be-
as posições delas sobre o tabuleiro. Em em seu daminio de reite4 Scardámalia & Jõram, t9-9t). fssa
geral, os 
-expertoS desempenhavam-Se expertise pennitelàes observação pode ser percebida no modomuito melhor do que os principianres 
- ::f::::9^:r: 
- 
_- 
como uip.tìor rersus principíantes (a)
mas somente seas posições das pe.ças de #::tr#:::,:;i: 
* classificam vários problãmar ichi, ctri.,
xadrez sobre o rabuleiro faziam sentido em ;;,,;;;;;;;;;: "' & Rees, 1982), (bj descrevem a narureza
função de um jogo real de xadrez. Se as organização-inrciat do essencial de vários deles (Larkin e cols.,
peças estivessem distribuídas aleatOría. conhecimento de um 1980) e (cl determinam e descrevem um
mente pelo tabuleiro, os expertos nâo se o,::!:::ifo":" método de resoiução para vários proble-
lembrariam das suas posições de forma ';::r:,#r:"'#':::0,, mas {Chi e cols., 1982).
melhor do que os principiantes (ver a Fi- iàìri;á"diZJ^i,ïrra", outra diferença entre expenos e prin.
gura 11.14.) a verdadeìra stgnifkasão cipiances pode ser observadã so[citando-
O trabalho de Chase e Simon, combi de um conceito. sj aos solucionadores de problemas oue
nado com o uabalhg-anterior de Adrian relatem, em voz alta. o que pensam quãn-
de Groot (19ó5), sugere que o que diferenciava os ex- do esrão tentando resolver vários pro-blemas (Bryion e
penos dos principiantes era a organizacão e o uso do cols., 1991; De Groor, 1965; Lesgold, 1988), Os obser-
conhecimento. Ambas as tarefas dè xadrez - seja com vadores podem conÌparar as declarações íeiras pelos so-

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