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Cultura e arquitetura africana

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CULTURA E 
ARQUITETURA 
AFRICANA
Grupo 4
João Damasceno
Bruna Carla
Tamiris Luana
André Ribeiro
A arquitetura africana é bastante diversa e distinta, assim
como a cultura dos vários povos desse continente. Apesar disso, os
estudos desse segmento ainda são um pouco escassos e é difícil
compreender como, de fato, o jeito de construir deles contribuiu para
as edificações brasileiras.
Como a África é o terceiro continente mais extenso, é
natural que haja uma grande diversidade na arquitetura de seus
países. Além dos egípcios, também se destacam os projetos
desenvolvidos por outros povos, como os moradores de Madagáscar,
Ruanda, Uganda e Núbia, entre outras localidades.
06/04/2021
A arte africana na arquitetura se inspirou nos fractais e essas manifestações podem ser ainda
vistas em exemplares antigos de sua arquitetura preservada. Seus motivos são muito variados, mas a
maioria exibe formas essencialmente geométricas e cheias de cores. Gravuras assim cobrem paredes
de palácios reais, celeiros e choupanas sagradas. Além das pinturas, existem outras peças
decorativas de arte africana. As máscaras são as que merecem destaque especial. Para esses e
outros tipos de esculturas, eram usados os seguintes materiais disponíveis: madeira, marfim,
terracota, bronze, cobre, latão e ouro.
• O artista que usou a arte africana mais intensamente foi o espanhol Pablo Picasso. Esse pintor
incluiu referências diretas dessa arte em suas obras, sobretudo de máscaras tribais. Picasso foi um
dos responsáveis pela criação do movimento cubista, que fragmentava as figuras, trazendo uma
nova maneira de enxergar o mundo e representá-lo. Mas antes da fase cubista, o pintor esteve
mergulhado em inspirações da arte da África e produziu muitas obras com alusões africanas, o que
o auxiliou a chegar às bases do cubismo. Certamente, o que impressionou os europeus foi a
liberdade, imaginação e capacidade dos povos africanos de relacionar o universo profano com o
sagrado, o que foi ao encontro dos interesses dos modernistas.
06/04/2021
06/04/2021
Entre os mais conhecidos princípios utilizados pelos povos africanos na arquitetura são os fractais, ou seja,
objetos em que cada parte reproduz a figura como um todo. Curvas e outras estruturas irregulares, portanto, são muito
presentes.
As vilas da maior parte das civilizações antigas africanas se formavam dessa maneira, com um padrão fractal. Ou seja,
várias comunidades se desenvolviam próximas umas das outras, adotando o mesmo formato, com a casa do rei ou líder no
centro e dos subalternos em volta. Todas as comunidades juntas formavam a mesma figura que elas representam
individualmente.
Uma curiosidade é que os africanos até hoje costumam adotar os traços fractais não apenas na arquitetura, mas também
na moda, na decoração etc. Exemplo disso são os penteados, com tranças feitas desde a raiz seguindo um mesmo padrão.
Essa é justamente, a maior inspiração da arquitetura africana, do seu urbanismo e da arte africana antiga, também. Um
exemplo é a vila Bai-la, na Zâmbia, onde a disposição das casas formam enormes anéis, que crescem de dentro para fora –
os círculos são as casas das famílias.
06/04/2021
Vila Bai-la, na Zâmbia
A organização das edificações foi feita a partir de 
uma base retangular, partindo de uma repetição de 
fractais retangulares idênticos. O resultado é uma 
grade composta por vinte retângulos.
06/04/2021
A Ponte de Pedra, ponto turístico de Porto Alegre, é um exemplo de manifestação da arquitetura africana no
Brasil, situada no Largo dos Açorianos, em Porto Alegre.. Inaugurado em 1854, o projeto foi liderado por João Batista
Soares da Silveira e Sousa, que usou de mão de obra escrava não apenas para construir, mas também para projetar a
obra. A ponte tem três pilares em arco, que juntos formam uma espécie de arco maior, trabalhando a questão dos fractais.
Convém lembrar que o Comendador
João Baptista, era, naquela época, o maior
empreiteiro da cidade. Foi ele quem construiu a
ponte, uma obra considerada bastante ousada
para a época. Nasceu na Ilha de São Jorge
(Açores) em 25 de março de 1837 e faleceu
em Porto Alegre no dia 8 de outubro de 1913
aos 78 anos.
A Ponte de Pedra é única obra de João Batista
que restou em pé. Conserva sua forma
arquitetônica original. Sua construção foi
ordenada em 1843 pelo Duque de Caxias
quando Presidente da Província e teve as
obras concluídas em 1854. Era considerada
uma obra muito ousada pelos engenheiros da
época.
06/04/2021
Pavilhão Swoosh, exemplo fractal. Escola Judaica Heinz – Galinski (Berlim- Alemanha)
Caixa d’agua (China)

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