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Tema 4 - Gestão avançada da organização

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DEFINIÇÃO 
O papel do gestor nos mercados globalizados. Análise das relações de negócios e perspectivas organizacionais na contemporaneidade. Apresentação de modelos de gestão sustentável. 
PROPÓSITO 
Compreender as tendências que permeiam o ambiente organizacional na atualidade permite ao gestor ampliar sua visão de mercado e identificar novas oportunidades de negócios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS 
 
 
INTRODUÇÃO 
Você já ouviu falar em globalização? 
Esse é um fenômeno mundial que tem mudado a sociedade nos âmbitos social, econômico, político e cultural. Com a globalização ocorre a redução das fronteiras existentes entre os países e há o estímulo à interação entre eles a partir de trocas culturais, compartilhamento de ideais e acordos econômicos. 
Quando a globalização começou? 
O PAPEL DO GESTOR NOS MERCADOS GLOBALIZADOS 
 
 
 
 
 
 
Viu como em apenas um acontecimento identificamos a presença de diferentes países? 
 
Isso é globalização! 
 
Esse é um fenômeno que está em constante evolução e, como resultado, tem favorecido a presença de empresas cada vez maiores e capazes de atuar em vários continentes. Surgem, então, verdadeiros impérios econômicos que se expandem sem limites, fazendo com que a internacionalização passe a ser vista como uma oportunidade. Consultorias têm sido contratadas para avaliar o panorama dos mercados nacional e internacional e acompanhar a movimentação deles e dos governos em todo o mundo. 
A Deloitte é um exemplo desse tipo de consultoria. Ela é uma empresa de serviços sediada em Nova Iorque, que possui 700 escritórios em mais de 150 países e cerca de 312.000 profissionais. 
A Deloitte se propõe a oferecer uma visão abrangente sobre o pensamento e as intenções do empresariado nacional, bem como sinalizar as prioridades para o governo quanto à definição de políticas públicas que impactam a atividade econômica e empresarial e indicar movimentos e tendências 
 	que podem ser consolidadas a médio e longo prazo, impactando o rumo das organizações e a dinâmica do ambiente de negócios. 
Os resultados gerados por pesquisas desse porte, além de possuir uma amostra relevante, tendem a orientar as ações estratégicas das empresas a nível local, nacional e internacional. 
Quando se acompanham as sinalizações dos governos, os posicionamentos dos blocos econômicos e das empresas globais e as tendências mercadológicas, é possível pensar em possibilidades de expansão das relações de negócios, priorizando ações que gerem vantagem competitiva, sem esquecer da responsabilidade econômica, ambiental e social que cada empresa possui. 
 
Bauman* (1999) aponta que a globalização não diz respeito ao que as pessoas ou os gestores desejam ou esperam, e sim ao que está acontecendo a todos nós, independente do nosso livre arbítrio. Não há como fugir desse fenômeno. Dessa forma, novos desafios se apresentam à gestão das organizações: 
*Bauman: Zygmunt Bauman (19250-2017) foi um sociólogo polonês. Iniciou os seus estudos na Universidade de Varsóvia, vindo a atuar, posteriormente, na Universidade de 
Leeds como professor titular. Escreveu diversas obras sobre a sociedade contemporânea. 
Fonte: Frazão, D. (2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com essas ações, é possível que o gestor aproveite as oportunidades proporcionadas pela globalização e possa se preparar da melhor forma possível para os efeitos negativos desse fenômeno. 
EXPANSÃO DAS RELAÇÕES DE NEGÓCIOS 
Para compreender essa movimentação de mercado proporcionada pela globalização, convidamos você a conhecer algumas empresas que se internacionalizaram junto com a globalização: 
Empresas brasileiras com atuação em outros países 
 
 
 
 
 
 
Gerdau: Essa siderúrgica, originada em Porto Alegre, detém a posição de maior empresa da Região Sul e atua em doze países nas Américas, Europa e Ásia. 
Fonte: Site Gerdau 	 
 
 
Grupo JBS: Fundada em Goiás, a empresa abrange marcas como Leco, Vigor e Friboi. É considerada uma das maiores indústrias alimentícias do mundo, operando nos EUA, Austrália, Canadá, México, Porto Rico, entre outros países. 
Fonte: Site JBS 
 
 
 
Tigre: De Santa Catarina, é uma das empresas brasileiras mais poderosas, presente em mais de trinta países, liderando a fabricação e distribuição de tubos e conexões. 
Fonte: Site Tigre 
 
 
Natura: Empresa paulista que expandiu sua atuação para a Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Venezuela, França e EUA, tendo sido premiada por sua visão empreendedora pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). 
Fonte: Site Natura 
 
 
 
 
EMPRESAS ESTRANGEIRAS COM ATUAÇÃO NO BRASIL 
 
 
Ford: Uma das primeiras empresas a chegar ao Brasil junto com outras montadoras de veículos, como Volkswagen e GM. A subsidiária brasileira iniciou as operações em 1919 e lançou o primeiro automóvel, o Ford Galaxie 500, em abril de 1967. 
Fonte: Christian Castanho / Quatro Rodas 
 
 
Johnson & Johnson: No quesito monopólio, é uma das empresas que mais se sobressai, visto que controla a maior parte do mercado mundial de higiene, atuando em mais de noventa países. No Brasil, está presente nos segmentos farmacêutico e médicohospitalar, além de atender o consumidor final. 
Fonte: Johnson & Johnson Brasil 
 
 
Microsoft: Fundada em 1989, a filial brasileira possui onze escritórios e gera 
oportunidades para milhares de outras empresas e profissionais, além de se destacar pela responsabilidade social que assume em projetos voltados para a comunidade. 
Fonte: Site Microsoft 
 
 
Visa: Presente no Brasil desde 1971, deu início a suas atividades junto ao Bradesco. A partir de 1986, passou a funcionar por conta própria, oferecendo soluções para pagamentos. Atualmente, o foco da empresa são as moedas digitais. 
Fonte: Site Visa 
 
 
Nestlé: De origem suíça, é uma das maiores empresas com atuação no setor de alimentos e bebidas do Brasil, desde 1976. 
Fonte: Site Nestlé 
 
As empresas transnacionais são o último estágio de um longo processo de internacionalização da economia, que teve seu início no fenômeno da globalização ao final do século XX. Elas surgiram devido às seguintes demandas: 
 
Quais são as características das empresas transnacionais? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como você pode perceber, a globalização impulsionou a internacionalização das empresas, proporcionando inúmeras vantagens às organizações. Vejamos algumas: 
 
 
 
 
 
A aproximação das fronteiras associada à facilidade de comunicação proporcionada pela internet, possibilita a compra de produtos a partir de qualquer lugar do mundo. Atualmente, somos 120 milhões de brasileiros conectados à internet. Jovens, brasileiros e norte-americanos, podem usar a mesma marca de tênis. Pessoas em qualquer lugar do mundo podem ouvir a mesma música. Um programa de televisão pode ser realizado em vários países. É só pensar nos programas de culinária ou nos shows de talentos que você assiste na TV ou no smartphone. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um bom exemplo é o Spotify, famoso aplicativo sueco 
de streaming de música e um dos maiores serviços de 
áudio online, que conta com uma comunidade de 230 
milhões de usuários. 
A circulação de produtos, caracterizada pela rapidez, possibilita que uma pessoa compre produtos da China ou de outros países com facilidade e pague como quiser. Além disso, é possível ter acesso a marcas que antes eram disponibilizadas apenas em pontos específicos. Esses recursos abriram novas fronteiras de negócios para as organizações. 
A globalização, no entanto, não traz apenas benefícios; é importante destacar os pontos negativos decorrentes do mundo globalizado em que vivemos: 
 
 
De acordo com Saroldi* (2011), essa hegemonia cultural ocorre porque, uma vez que toda troca de mercadorias tem como pano de fundo uma determinada cultura, nunca se trata apenas de transferência de produtos e sim de ritos e hábitos culturais. As fronteiras organizacionais ultrapassam os fatores comerciais atrelados a um produto ou serviço. O consumidor adquire também um conjunto de valores, crenças, tradições e hábitos de determinada cultura. 
Qual é oresultado disso tudo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos comem as mesmas comidas, vestem-se do 
mesmo jeito, usam as mesmas frases e assistem ao 
mesmo seriado! A Netflix é um exemplo da relação 
entre globalização e cultura. 
 
Você reconhece a frase a seguir? 
	 
 Lidere seu exército e esmague o inimigo! O Trono de Ferro é seu por direito! O inverno está chegando. “
Se sim, provavelmente foi um dos milhões de fãs que assistiram à famosa série Game of Thrones! O que para alguns é sinal de liberdade para escolher, para outros, significa homogeneização cultural. Para perceber isto, basta olhar para os lados e você verá que esse fenômeno faz parte dos mercados globalizados. 
PERSPECTIVAS ORGANIZACIONAIS NA CONTEMPORANEIDADE 
Uma pesquisa realizada pela ADP* (2016) contou com a participação de 2 mil funcionários de empresas. Essas organizações possuíam 250 ou mais empregados no Brasil, Estados Unidos, Canadá, México, Chile, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Austrália, China, Índia e Cingapura. Com esse estudo, foi possível indicar as cinco principais tendências que afetarão o ambiente de trabalho global nos próximos anos. São elas: 
*ADP: É uma empresa global que oferece soluções de tecnologia para a Gestão do Capital Humano e da Folha de Pagamento. Atende mais de 740 mil clientes em mais de 140 países. 
Fonte: Site da ADP 
 
 
 
 
 
 
1. Liberdade 
Poder de escolha sobre como, onde e em que horário trabalhar. É a hora e a vez do trabalho remoto*. 
*Trabalho remoto: É uma tendência cada vez mais incorporada por empresas e profissionais do meio corporativo. Em linhas gerais, o trabalho remoto significa trabalho a distância e pode ser realizado em qualquer lugar. Você decide onde quer trabalhar. Para conhecer um pouco mais sobre essa modalidade de trabalho, leia o artigo Times remotos: o que aprendi liderando 25 pessoas no Olist, de Osvaldo Santana, publicado no 
dia 6 de abril de 2018, no site Endeavor. 
 
2. Conhecimento 
Adoção da tecnologia* como o principal instrumento de aprendizado e registro de novos conhecimentos no meio corporativo. 
*Tecnologia: Conforme diz Maurício Benvenutti, sócio da Startse, a tecnologia está fazendo pelo nosso cérebro o mesmo que as máquinas a vapor fizeram pelos nossos braços na Revolução Industrial. 
O conhecimento (informação, inteligência e expertise) é a base da tecnologia e da sua aplicação. No cenário competitivo do século XXI, é um recurso organizacional intangível, fundamental e uma fonte valiosa de vantagem competitiva devido à sua capacidade de gerar mais valor a partir da realização de ações diferentes e melhores do que as da concorrência. 
Em sua palestra Humanos 4.0: no brain, no gain, Martha Gabriel — uma das principais pensadoras digitais do Brasil e autora de best-sellers, como Marketing na Era Digital, Educ@r: a (r)evolução digital na educação e Você, Eu e os Robôs: Pequeno Manual do Mundo Digital — explica como sobreviveremos em um mundo tão digital. 
 
3. Estabilidade 
Menos emprego e mais empregabilidade, com profissionais atuando sob demanda*, e não por contratos de longo prazo. 
*Profissionais atuando sob demanda: A flexibilização das leis trabalhistas tem sido uma tendência com o surgimento de novas profissões e o desaparecimento ou automação de outras. A Accenture — multinacional que presta consultoria na área de gestão, tecnologia da informação e outsourcing — realizou um estudo no qual defende a transformação digital responsável por meio do investimento na educação dos trabalhadores, já que é impossível prever quais serão as profissões do futuro. A pesquisa também avalia as probabilidades de automação de tarefas rotineiras em países da América Latina. Além disso, demonstra que as habilidades sociais e cognitivas são cada vez mais requeridas e devem ser desenvolvidas por quem deseja manter sua empregabilidade em alta. 
Para conhecer a pesquisa completa, leia o texto América Latina: competências para o trabalho na era das máquinas inteligentes, disponível no site da Accenture. 
 
4. Autogestão 
O protagonismo do profissional no trabalho e o desafio de gerenciar sua própria carreira. 
 
5. Significado e propósito 
O salário não será o fator decisivo para a retenção de um profissional se a atividade exercida não fizer sentido ou não estiver conectada às aspirações pessoais e ao propósito de cada pessoa. 
Você deve ter percebido que essa pesquisa apresenta novos formatos tanto para as organizações quanto para os profissionais nos ambientes globais e confirma a possibilidade de se fazer negócios de elevada escalabilidade. O fato é que o ambiente global e a Indústria 4.0* mudaram a forma como consumimos produtos e serviços. 
*Indústria 4.0: Também chamada de Quarta Revolução Industrial, é a aplicação da tecnologia no mundo de negócios, geralmente associada à inteligência artificial, robótica, computação em nuvem ou internet das coisas. 
Para conhecer um pouco mais sobre a indústria 4.0, leia o texto A indústria 4.0 e os artesãos da era digital de Marcelo Souza, publicado no site HSM. 
 
 
 
 
Perceba que a quebra das barreiras e limites organizacionais abriu espaço para outras possibilidades de se fazer negócios. Bauman (1999) afirma que se a globalização tanto divide como une, para essas empresas, escolher a colaboração fez muito mais sentido; afinal, nenhuma organização sobrevive de forma isolada. 
“O movimento de cooperar para competir no ambiente empresarial tem relação direta com a busca de estratégias mais eficientes, e as empresas já descobriram que essa jornada colaborativa pode ser um caminho para a manutenção da vantagem competitiva sustentada.” (PORTER*, 2009) 
*Porter: É um economista e professor norte-americano. Graduou-se em Engenharia 
Mecânica e Aeroespacial na Universidade de Princeton e possui MBA em doutorado Economia Empresarial pela Harvard Business School. Profissionalmente se destaca como consultor e conselheiros de empresas no nível estratégico. 
Fonte: Infopédia 
 
 
 
 
 
 
Indústrias inteiras estão sendo 
afetadas. É difícil encontrar alguém 
que nunca tenha usado serviços de 
economia compartilhada, 
responsáveis por movimentar a 
economia, conectar pessoas e 
facilitar a vida de todos nós. 
 
 
 
 
 
 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. Empresas que conseguem expandir as relações de negócios, adotando uma estrutura mais flexível, pulverizando o capital acionário e dando autonomia a suas filiais para adaptação de produtos e serviços às particularidades do país onde atuam, são denominadas: 
 
a) Multinacionais 
b) Transnacionais 
c) Internacionais 
d) Nacionais 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa B está correta. 
As empresas transnacionais conferem mais autonomia às suas filiais, adaptam o produto às peculiaridades de outros países e têm uma estrutura mais dispersa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Uma das tendências de expansão das relações de negócios na contemporaneidade é a chamada economia compartilhada (Uber, AirBnB, Rappi, Ifood e Yellow). Esse modelo se refere: 
a) ao compartilhamento do acesso a bens e serviços com base em processos colaborativos. 
b) a negócios que conectem trabalhadores/freelancers ao home office, de acordo com a necessidade das empresas, gerando economia tanto para o empregador quanto para os colaboradores. 
c) à adoção de estruturas que permitem a uma empresa transferir para outra suas atividades principais, reduzindo a estrutura operacional e desburocratizando a administração. 
d) a um contrato de cessão de um fator de produção de uma empresa para outra, cujo objetivo principal é a redução de custos. 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa A está correta. 
Investir em negócios que priorizem a economia compartilhada pode ser uma excelente opção no mercado globalizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Como você pode perceber, a situação que vimos é um caso de sustentabilidade corporativa. Sob essa perspectiva, a empresa passa a assumir uma postura mais comprometida com o meio ambiente e com a sociedade. A seguir, vamos conhecer as dimensões da sustentabilidade que nos ajudam a determinar se uma empresa é,de fato, sustentável. 
 
 
 
 
 
 
DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE 
Se consultarmos o dicionário, vamos encontrar a seguinte definição para sustentabilidade: 
	 
Sustentabilidade “
 culturais e ambientais, busca suprir as Qualidade ou propriedade do que é sustentável, do que é necessário à conservação da vida; conceito que, relacionando aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais, busca suprir as necessidades do presente sem afetar as gerações futuras.
Em 1987, a Comissão Mundial de Meio Ambiente definiu o desenvolvimento sustentável como a capacidade de satisfazer as necessidades presentes sem comprometer as gerações futuras quanto ao atendimento de suas próprias necessidades. (GOLLO*, 2009) 
*Gollo: Batista Luis Gollo possui graduação em Administração Comércio Exterior pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (2003). É pós-graduado em Comércio Exterior pela Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC (2005) e mestre pela Universidade de Passo Fundo - UPF na área de Gestão, Infraestrutura e Meio Ambiente. 
Fonte: Currículo Lattes 
Seguindo essa mesma linha, em 1994 John Elkington* lançou o termo Triple Bottom Line - Tripé da Sustentabilidade, em seu artigo The Triple Bottom Line: What is It and How does it Work?. A proposta do autor é definir o conceito de sustentabilidade sob as perspectivas econômica, social e ambiental. Dessa forma, uma empresa sustentável deve desenvolver um negócio que seja: 
*John Elkington: Consultor e autor britânico, mundialmente conhecido por seu trabalho em grandes empresas. Foi um dos precursores da responsabilidade socioambiental corporativa. 
O artigo The Triple Bottom Line: What is It and How does it Work? foi publicado no site IBR Indiana Business Review. 
 
 
 
 
 
Conforme diz Luciano Munck* (2013), uma empresa efetivamente sustentável precisa ser conduzida considerando não só o fator econômico, mas também seus impactos ambientais e o relacionamento com seus colaboradores e demais partes interessadas. 
*Munck: Luciano Munck possui pós-doutorado pelo Building Sustainable Value Research 
Centre - Ivey Business School - Western University - Ontário/CA (2014); doutor em 
Administração pela Universidade de São Paulo (2005); mestre em Engenharia de 
Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999); e graduado em Administração pela Universidade Federal de Viçosa (1997). É professor Associado e 
Pesquisador na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e possui experiência na área de Administração, com ênfase nas inter-relações das temáticas Gestão, Estratégia, Competências e Sustentabilidade. 
Fonte: Currículo Lattes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A sustentabilidade é mais do que o simples cuidado com os recursos naturais. 
Para que uma organização seja sustentável, é necessário que ela tenha ideias renováveis e gerencie suas atividades para lucrar de forma responsável, com foco na perpetuação da companhia. Agora reflita: 
 
Será que existem empresas no Brasil que conseguem atender às três perspectivas e atuar de forma sustentável? 
Ao refletir sobre sustentabilidade corporativa, você consegue lembrar de alguma marca nacional? 
Se você pensou na Natura, está bem conectado com o tema! 
*The Global 100: É uma lista da Corporate Knights, publicação canadense especializada em responsabilidade social e desenvolvimento sustentável. Anualmente, são listadas as 100 empresas com as melhores práticas de sustentabilidade corporativa no mundo e o resultado é publicado no Fórum Econômico Mundial. 
 
 
 
 
 
 
A Natura foi a empresa brasileira que teve a melhor 
posição (14ª) no ranking do 
The Global 1
0
0
*
 
em 2018, 
que elencou 100 empresas com as melhores práticas 
A reportagem com a lista completa das 100 empresas mais sustentáveis foi publicada no dia 29 de janeiro de 2018 por Vanessa Barbosa no site da Revista Exame com o título As 100 empresas mais sustentáveis do mundo em 2018. 
De acordo com Barbosa* (2018), para chegar a essa lista, a publicação seleciona empresas de todos os setores com base em indicadores como energia, emissões de carbono, consumo de água, resíduos sólidos, capacidade de inovação, pagamentos de impostos, a relação entre o salário médio do trabalhador e o do CEO, planos de previdência corporativos e o percentual de mulheres na gestão. Vejamos quais foram as outras empresas brasileiras presentes no ranking do The Global 100 em 2018: 
*Barbosa: Vanessa Barbosa é colunista da Revista Exame. Graduou-se em jornalismo na 
Universidade Federal do Rio de Janeiro; é pós-graduada em Direito Ambiental e Gestão 
Estratégica Sustentável pela Pontifica Universidade Católica de São Paulo; e é mestre em Sustentabilidade, Meio Ambiente e Sociedade, Riscos Químicos, Construção social de risco pela Universidade de São Paulo (USP). 
Fonte: LinkedIn 
 
 
Olhe só que curioso: as empresas brasileiras listadas entre as 100 melhores em práticas de sustentabilidade corporativa pertencem a diferentes áreas de atuação. Isso nos mostra que não é a natureza do negócio da empresa que vai viabilizar que ela tenha práticas sustentáveis e sim a maneira como ela executa suas atividades e se relaciona com o meio ambiente e com as pessoas do entorno. 
 
 
 
 
 
Para se tornar sustentável, a empresa 
precisa repensar não apenas 
o 
que
 faz, mas também 
como
 faz! 
 
 
 
 
 
O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade 
Social é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil 
de Interesse Público) cuja missão é mobilizar, 
sensibilizar e ajudar as empresas a gerirem seus 
negócios de forma socialmente responsável, tornando-
as parceiras na construção de uma sociedade justa e 
sustentável. 
Como você pode perceber, as empresas são vistas como poderosos agentes públicos que têm a responsabilidade de respeitar os direitos dos cidadãos individuais. Segundo Philippi Jr.* (2017), essa é uma tendência global que busca reformular os negócios a partir da adesão e aplicação dos princípios de sustentabilidade. É um processo que exige o comprometimento das empresas com questões socioambientais. 
*Philippi Jr.: Arlindo Philippi Junior tem Mestrado em Saúde Ambiental e Doutorado em Saúde Pública (USP), pós-doutorado em Estudos Urbanos e Regionais (MIT/EUA) e livre docência em Política e Gestão Ambiental (USP). É professor titular da Universidade de São Paulo e é docente na Faculdade de Saúde Pública. Publicou 72 artigos científicos em periódicos qualificados, 123 capítulos de livros e 50 livros publicados e/ou organizados. 
Fonte: Currículo Lattes 
DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL 
O diagnóstico resulta do estudo e da análise de indicadores e variáveis que caracterizam uma situação. Realizar o diagnóstico socioambiental permite identificar as 
necessidades e os problemas prioritários juntamente com suas respectivas causalidades, além de apontar os recursos e as potenciais oportunidades de desenvolvimento para melhorar as práticas sustentáveis de uma organização. 
“O diagnóstico está diretamente relacionado à estratégia socioambiental adotada pela empresa. Ao avaliar as demandas sociais e os impactos ambientais, a empresa pode identificar oportunidades e ameaças ambientais e forças e fraquezas internas para definir as ações urgentes, as medidas corretivas, inovações de médio e longo prazo na área de atuação e inovações em novos negócios.” (BARBIERI*, 2016) 
*Barbieri: Jose Carlos Barbieri é mestre e doutor em Administração pela FGV/EAESP. Foi professor em renomadas instituições de ensino superior como a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e a PUC de São Paulo. É autor e coautor de livros, capítulos de livros e artigos publicados no Brasil e em diversos países sobre desenvolvimento sustentável, gestão ambiental e gestão da inovação; além de atuar como palestrante, conferencista e consultor de empresas. 
Fonte: Currículo Lattes 
Veja a seguir um exemplo de Diagnóstico Socioambiental*: 
*Diagnóstico Socioambiental: A matriz SWOT, conhecida no Brasil como Matriz FOFA, mede as forças (S de strengths), fraquezas (W de weaknesses) do negócio – fatores internos –,oportunidades (O de opportunities) e ameaças (T de threats) do macroambiente – fatores externos. Muito utilizada pelas empresas durante o planejamento estratégico e para novos projetos, ela consiste em uma análise detalhada da situação do negócio no cenário econômico, o que ajuda o empreendedor na tomada de decisão. 
Para conhecer um pouco mais sobre a ferramenta, leia o artigo Matriz SWOT: Entenda como usar e as vantagens para sua empresa, publicado no dia 15 de janeiro de 2015 no 
site Endeavor. 
 
 
 
 
Oportunidades 
· Entrar em novo mercado; 
· Estar entre os primeiros a oferecer uma versão ambientalmente correta de um produto tradicional; 
· Reduzir custos e economizar recursos; 
· Garantir a sobrevivência da empresa a longo prazo por meio de uma boa imagem em termos ambientais; 
· Aumentar a performance dos colaboradores com a definição de novos objetivos de projeção ambiental. 
Ameaças 
· Regulamentação ambiental exigindo investimentos adicionais ou tornando os produtos não rentáveis; 
· Ampliação da intervenção estatal contrária à empresa; 
· Maior participação de concorrentes no mercado com produtos verdes; 
· Diminuição da identificação dos funcionários com a empresa, resultando em dificuldade para reter e recrutar pessoal. 
Forças 
· Produtos ambientalmente amigáveis; 
· Processos eficientes, poupadores de energia e materiais; 
· Sem geração de resíduos tóxicos; 
· Boa imagem cultivada pela empresa, considerada verde e limpa; 
· Administração e funcionários comprometidos com a preservação ambiental; 
· Capacitação em desenvolvimento de novos produtos; 
· Clima propício para realização de inovações. 
Fraquezas 
· Produtos que não são reciclados facilmente; 
· Embalagens feitas com materiais não recicláveis; 
· Presença de processos poluidores; 
· Geração de resíduos perigosos; 
· Empresa considerada poluidora pela população local; 
· Administração e funcionários não são comprometidos com a preservação ambiental; 
· Pouca ou nenhuma capacitação em desenvolvimento de novos produtos. 
 
Um diagnóstico socioambiental pode gerar várias possibilidades de ações de desenvolvimento sustentável, bem como identificar se as práticas realizadas pela empresa precisam ser repensadas ou se já estão de acordo com os princípios da sustentabilidade. 
CERTIFICAÇÕES 
As certificações podem ser consideradas atestados formais ou selos externos de qualidade emitidos por autoridades independentes, após uma avaliação de evidências. As pessoas podem receber certificados por cursos de pós-graduação ou títulos de doutorado, emitidos por universidade reconhecida e avaliada pela CAPES. Organizações ou processos de organizações também podem receber certificados. 
Por exemplo, uma biblioteca de uma faculdade pode receber o selo de qualidade em gestão ISO 9001:2015, o que não quer dizer que seus livros são bons e de alta qualidade, mas sim que a biblioteca é bem gerenciada e isso foi comprovado após acreditação ou auditoria por instituição reconhecida. 
 
As certificações podem ser individual ou organizacional. Vejamos alguns exemplos desses tipos de certificações: 
INDIVIDUAL 
· Certificação Profissional de Gestão de Projetos (PMP); 
· Certificado C2 Proficiency, de proficiência em inglês. 
 
ORGANIZACIONAL: 
· Certificação ISO 14000, de gestão ambiental; 
· Certificação OHSAS 18001 para promoção de ambiente seguro e saudável (saúde ocupacional); 
· SA8000, que certifica o sistema de gestão da responsabilidade social de uma empresa; 
· Certificação florestal FSC (Forest Stewardship Council). 
ECOEMPREENDEDORISMO 
Infelizmente muitas empresas, principalmente as de bens de consumo, adotam a chamada obsolescência programada, ou seja, desenham e fabricam seus produtos para curtos ciclos de produção-consumo-descarte, visando garantir novas vendas para manterem-se competitivas no mercado. Uma das principais consequências disso é o descarte. 
 
Será que as empresas estão preparadas ou se organizam para minimizar os impactos dos resíduos provenientes da produção crescente? 
Muitas empresas já estão adotando práticas conscientes e muitas outras estão surgindo no contexto do chamado ecoempreendedorismo, que, segundo Marta Torezam*, líder da área de acesso a mercados do Sebrae – MT, vai além da preservação da fauna ou da flora. Nesse novo modelo de pensar e agir, a competição e a cooperação caminham juntas, à medida que rompem com o conceito de que é preciso um perder para o outro ganhar. 
*Marta Torezam: É graduada em jornalismo pela UNIMEP e atua como gerente de empreendedorismo do Sebrae – MT. 
Fonte: LinkedIn 
O ecoempreendedorismo surge como uma tendência de as organizações atenderem às demandas de sustentabilidade, ou seja, de estarem atentas e organizadas não só para maximizar os resultados econômicos, mas também para agregar valor 
socialmente e neutralizar o possível impacto ambiental negativo de suas práticas. Nesse contexto, surgiram oportunidades de criação de negócios prioritariamente focados em atender demandas, solucionar problemas ou, pelo menos, minimizar impactos socioambientais. 
Um exemplo de ecoempreendedorismo são os restaurantes naturais, que crescem em várias cidades do Brasil. A preocupação com o aumento da obesidade e com a qualidade da alimentação oferecida em muitos restaurantes possibilitou o investimento de empreendedores em buffets com uma alimentação mais natural. 
 
São muitas as oportunidades para o ecoempreendedorismo. Quando a criatividade do brasileiro se encontra com as demandas da sociedade, podem surgir negócios rentáveis e sustentáveis. É aqui que chegamos a um novo conceito: ecoinovação. 
	 
Schumpeter ensinou que inovar não é só criar um “
novo produto ou aperfeiçoá-lo, mas também criar um novo método de produção, abrir um novo mercado, conquistar uma nova fonte de mão de obra ou de matérias-primas, criar uma nova forma de organização dos negócios.
(AMATO NETO, 2015) 
Ao citar Schumpeter*, unindo o conceito de inovação ao universo da sustentabilidade, Amato Neto* (2015) apresenta uma série de exemplos: 
*Schumpeter: Economista de origem austríaca que se destacou no campo da teoria economista moderna. Graduou-se em Direito, tendo estudado metodologia sistemática da ciência econômica em Viena. Ficou famoso em 1912 por desenvolver a teoria do desenvolvimento econômico. 
Fonte: Educação.uol (2015) 
*Amato Neto: Possui pós-doutorado em Economia e Administração de Empresas pela 
Università Ca' Foscari di Venezia (Itália). Livre-docente e doutor em Engenharia de 
Produção pela POLI-USP, mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) e bacharel em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP). 
Fonte: Currículo Lattes 
 
 
 
 
 
 
 
A ecoinovação não precisa ser disruptiva, ou seja, não precisa transformar o mercado, o setor existente ou redefinir seu funcionamento. Ela pode ser menor, mais simples e baseada em pequenas mudanças que geram impacto socioambiental. 
Se cada empresa fizer a sua parte, o resultado será a diminuição dos efeitos 
negativos da atividade corporativa no planeta. 
 
 
O documentário 
Uma verdade inconveniente
, 
lançado em 2006 e vencedor de cinco prêmios 
Oscar, incluindo o de melhor documentário, 
demonstra um exemplo de efeito negativo da 
atividade corporativa no planeta, que é o caso 
do efeito estufa. 
 
Quer ver alguns exemplos de ecoinovação? 
 
Esses exemplos mostram como diferentes empresas aproveitaram a onda dos aplicativos e identificaram nas dificuldades de mobilidade urbana, no trânsito que faz muitos brasileiros perderem horas do seu dia, a oportunidade de oferecer esse tipo de transporte alternativo. Você já experimentou? 
Outro conceito que articula as relações entre organizações, ecossistemas e sociedade é o de ecogestão. Nesse conceito, além de se preservar o meio ambiente, deve-se cuidar da relação com as pessoas ao seu redor, sejam clientes, fornecedores ou moradores da comunidade do entorno. Organizações que se relacionam com outras, mesmo que sejam assuas concorrentes, de forma harmoniosa e respeitosa, também estão nesse caminho. 
Cuidar das relações com as pessoas e demais organizações é um passo para a construção ou manutenção de um ecossistema saudável, equilibrado e harmonioso. O cenário é propício para relações favoráveis com a sociedade, construindo uma imagem sólida e coerente com as práticas da organização. 
 
A ecogestão precisa estar alinhada à estratégia da organização e ser parte da filosofia da companhia. Além disso, deve acontecer em todas as áreas e departamentos, sendo o fio condutor das tomadas de decisão e de processos de transformação nas áreas de marketing, finanças, gestão de pessoas ou produção e operações. No caso da área de produção, um fator relacionado à ecogestão é a mudança no paradigma, saindo da lógica de produção enxuta, cujo foco é redução de desperdícios no processo produtivo, para a da produção sustentável, minimizando custos ambientais e sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
*Planet First: Para conhecer o sistema de ecogestão da Samsung, busque em seu navegador a política de sustentabilidade da empresa. Procure o slogan PlanetFirst: A Terra é a nossa prioridade, e saiba qual sua filosofia, sua visão e seu objetivo. Você encontrará, também, as regras e diretrizes das ações na empresa; o processo de certificação dos produtos; informações ecológicas sobre os produtos; e o status da certificação de local de trabalho. 
É na contramão do consumismo que surge o minimalismo, um modelo de consumo sustentável, que tem como pano de fundo a preocupação com o meio ambiente, apostando na redução de produtos e na vivência de mais experiências. Além disso, existem inúmeras outras tendências de negócios sustentáveis. Foi nessa linha que a FIESP publicou o Guia Produção e Consumo Sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de negócios*. Esse documento fala sobre a produção e o consumo como fator de competitividade em um mercado de concorrência crescente. Apresenta também alternativas em produção e consumo sustentáveis e oportunidades de negócios para as empresas, como a lógica de menos resíduo e mais produção e a gestão sustentável na cadeia de valor. 
 
 
 
 
A Samsung é um exemplo de empresa que adotou um 
sistema de ecogestão com o slogan 
Planet Fir
s
t
*
.
 
*Guia Produção e Consumo Sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de negócios: Esse guia foi criado a partir de uma parceria entre a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e tem como objetivo engajar o setor industrial do Brasil na promoção de políticas e práticas sustentáveis na produção e no consumo, especificamente as médias e pequenas empresas. 
Fonte: Site FIESP 
Um exemplo bem conhecido é a alimentação vegana. Há pessoas que querem se alimentar de forma saudável, mas não sabem como cozinhar ou não têm tempo. Portanto, investir nessa área pode ser interessante. Ao criar alimentos congelados saudáveis ou fazer entregas, as chances de ter um bom público podem ser grandes. 
 
OBJETIVOS GLOBAIS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
Ao longo dos anos as empresas transformaram suas políticas e práticas influenciadas por tendências locais ou internacionais. Com a globalização, as decisões tomadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas, como a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pelos 193 Estados-membros, imediatamente reverberam nas políticas e práticas de organizações do mundo todo. Veja a seguir a descrição dos 17 objetivos: 
 
 
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e suas 169 metas são um direcionamento para a nova Agenda universal. Eles buscam concretizar os direitos humanos e alcançar a igualdade de gênero. São integrados, indivisíveis e equilibram as dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvimento sustentável. 
 
 
 
 
 
 
	 
 Os objetivos e metas estimularão a ação para os “
próximos 15 anos em áreas de importância crucial: pessoas, planeta, prosperidade, paz e parceria.
(ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2015) 
Vale ressaltar que a ONU* criou a Agenda 2030: um plano de ação para as pessoas, planeta e prosperidade buscando fortalecer a paz universal com mais liberdade. A ideia é 
que todos os países e partes interessadas atuem em parceria na implementação desse plano. As empresas que alinharem suas ações aos objetivos e metas propostos na Agenda 2030 terão um diferencial competitivo internacionalmente. 
*ONU: A Organização das Nações Unidas, também conhecida pela sigla ONU, é uma organização internacional formada por países que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundiais. 
Fonte: Site da ONU 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. Milton é dono de uma pequena empresa que produz marmitas e as distribui em regiões próximas. Ao ler sobre ecoinovação, teve a ideia de trocar as embalagens de isopor por recipientes biodegradáveis, elevando um pouco o custo, mas com excelente aceitação dos clientes e aumento significativo dos pedidos. Considerando seus conhecimentos sobre gestão sustentável, assinale a alternativa correta: 
a) O que ele fez não foi ecoinovação, já que não redefiniu o funcionamento do mercado ou do setor existente. 
b) Ele fez ecoinovação, uma vez que pequenas mudanças, capazes de gerar impacto socioambiental, também são válidas. 
c) Ele fez ecoinovação, pois qualquer mudança nas práticas organizacionais pode se encaixar nesse conceito. 
d) O que ele fez não foi ecoinovação, visto que a mudança na embalagem gera um impacto muito pequeno no meio ambiente. 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa B está correta. 
A ecoinovação é caracterizada, principalmente, pelo impacto socioambiental, podendo ser de grandes proporções ou não. Movimentos pequenos, como o narrado na questão, são o início da institucionalização de práticas de sustentabilidade em pequenas e médias empresas. 
 
 
 
 
 
 
2. A Energia Verde é uma empresa que trabalha com energia renovável, com ações pautadas no respeito ao meio ambiente. Apesar de lucrativa, a organização tem apresentando sérios problemas quanto ao relacionamento com colaboradores e outras partes interessadas. Podemos dizer que a Energia Verde é adepta da sustentabilidade corporativa? 
a) Sim, pois atende a todas as perspectivas do tripé da sustentabilidade. 
b) Não, pois não atende à perspectiva social. 
c) Não, pois não atende à perspectiva econômica. 
d) Não, pois não atende à perspectiva ambiental. 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa B está correta. 
Para atender à perspectiva social, a empresa deve prezar pelo relacionamento com colaboradores e demais partes interessadas por meio da adoção de políticas e práticas justas e coerentes, buscando uma relação saudável a longo prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Discutimos o papel do gestor no contexto dos mercados globalizados, caracterizados pela quebra das barreiras organizacionais e abertura de outras possibilidades de negócios. Também destacamos como a transformação digital poderá afetar o ambiente de trabalho nos próximos anos. 
Você aprendeu a desenvolver novos negócios dentro uma perspectiva sustentável, como é o caso do ecoempreendedorismo, que cresce no meio corporativo a partir da criação de negócios específicos para atender as demandas da comunidade, solucionar problemas e minimizar impactos socioambientais, visando à construção coletiva de um ecossistema saudável, equilibrado e harmonioso para todos nós. 
REFERÊNCIAS 
ADP, AUTOMATIC DATA PROCESSING. O Futuro do Trabalho (FOW) - Conheça as principais tendências que irão afetar o ambiente de trabalho global nos próximos anos. 2016. Consultado em meio digital em: 16 mar. 2020. 
AMATO NETO, J. A era do ecobusiness: criando negócios sustentáveis. Barueri: Manole, 2015. 
BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 
BARBOSA, V. As 100 empresas mais sustentáveis do mundo em 2018. In: EXAME, 2018. 
BAUMAN, Z. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Zahar, 1999. 
DO KLICKEDUCAÇÃO. Joseph Alois Schumpeter - Economista dos EUA de origem austríaca. In: Educação UOL. Publicado em: 17 ago. 2015. 
FRAZÃO, D. Zygmunt Bauman - Sociólogo polonês. In: Ebiografia. Consultado em meio digital em: 16 mar. 2020. 
GOLLO, B. L. Diagnóstico socioambiental de uma empresa do ramo têxtil da cidade de Erechim, RS. III Encontro de Sustentabilidade em Projeto do Vale do Itajaí, 2009. 
JUST, M. D. As práticas de liderança sustentável e o conceito de modelos de negócios sustentáveis no contexto brasileiro. 2018. Dissertação (Mestrado em Administração). Faculdade Meridional – IMED Passo Fundo. 
MUNCK, L. Gestão da sustentabilidade nas organizações: um novo agir frente à lógica das competências. São Paulo: Cengage Learning, 2013. 
NORTH, K. Environmental business management: an introduction. Management Development Series, n. 30, 2. ed. Geneve: International Labor Office (ILO), 1997. 
PEQUENAS EMPRESAS GRANDES NEGÓCIOS. Um bom negócio para todo mundo. ed. 213, 2006. 
PHILIPPI JR., A. (Coord). Gestão empresarial e sustentabilidade. Barueri, SP: Manole, 2017. 
PORTER, M. E. Competição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 
PORTER. In: Infopédia. Porto: Porto editora, 2003-2020. 
SAROLDI, N. Mal-estar na Civilização: As obrigações do desejo na era da globalização. São Paulo: José Olympio, 2011. 
SBCOACHING. Empresas Transnacionais: o que são, história e exemplos. Publicado em: 4 jun. 2019. 
SUSTENTABILIDADE. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2019. 
TOURINHO, I. Arte, atualidade e ensino. In: CUNHA, D. S. S.(org.) Guarapuava: Unicentro, 2013. 
 
 
EXPLORE + 
Leia os textos: 
17 objetivos para transformar nosso mundo. Nações Unidas Brasil, s.d. 
20 anos de Google: a globalização da informação. HSM, 2018. 
América Latina: Competências para o trabalho na era das máquinas inteligentes. Accenture, 2018. 
A indústria 4.0 e os artesãos da era digital. HSM, 2019. 
As 100 empresas mais sustentáveis do mundo em 2018, de Vanessa Barbosa. Exame, 2018. 
Ecoinovar - É mais que uma tendência. É imprescindível. Centro Sebrae de Sustentabilidade, s.d. 
Estas são as 96 profissões do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial, de Luísa Granato. Exame, 2020. 
Da imitação à inovação: o que o empreendedor aprende na China, de Eduardo Ferreira Lima. Endeavor, 2018. 
Matriz SWOT: Entenda como usar e as vantagens para sua empresa. Endeavor, 2015. 
PNUD firma parceria com empresa de mídia para ampliar conscientização sobre objetivos globais. Instituto Ethos, s.d. 
PlanetFirst: A Terra é a nossa prioridade. Samsung, s.d. 
Cultura e Globalização, de Rodolfo Pena. Mundo Educação, s.d. 
Times remotos: o que aprendi liderando 25 pessoas no Olist, de Osvaldo Santana. Endeavor, 2018. 
Triple Bottom Line: What Is It and How Does It Work? SLAPER, T. F.; HALL, Tanya J. 
Indiana University Kelley School of Business, Indiana Business Research Center, vol. 86, n. 1, 2011. 
Implantação de modelos de negócios sustentáveis: barreiras e mecanismos de sucesso, de Bárbara dos Santos Spezamiglio 2016. Dissertação (Mestrado em Administração) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto. Catálogo USP: Ribeirão Preto, 2016. 
Spotify completa 10 anos como ‘salvador’ da indústria fonográfica. Veja, 2018. 
Guia EXAME de Sustentabilidade analisa empresas brasileiras, de Renata Vieira Exame, 2017. 
Viver melhor com menos: entenda a tendência de consumo minimalista. G1, 2019. 
Guia PCS - Produção e consumo sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de negócios. Yoshimochi, A. P. et al. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, s.d. 
10 ideias de negócios lucrativas e sustentáveis, de Priscila Zuini. Exame, 2016. 
Ouça o podcast: 
Sustentabilidade, do discurso à prática. Produção de Podcast Rio Bravo. São Paulo: 2013. 
CONTEUDISTAS 
Keila Regina Mota Negrão 
Maíra Vasconcelos Nogueira 
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