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Anatomia da pelve feminina Regiões da parede abdominal Divisão horizontal Linha superior: tangencia os últimos arcos costais. Linha inferior: tangencia a espinha ilíaca anterossuperior bilateralmente. Divisão vertical As duas linhas verticais vão da linha hemiclavicular até a linha horizontal inferior (espinha ilíaca anterossuperior bilateralmente) e depois segue em direção obliqua até o tubérculo púbico. Parede abdominal Proteção dos órgãos abdominais Auxilio a musculatura dorsal nos movimentos do tronco e manutenção da postura ereta. Estabilização da pelve durante o movimento e repouso. Musculatura Anterolateral Transverso do abdome. Obliquo interno do abdome. Obliquo externo do abdome. Anteromedial Reto do abdome. Piramidal. Bainha do musculo reto do abdome Capa aponeurótica (bainha do reto abdominal): formada pela aponeurose dos outros três músculos abdominais (oblíquo externo, interno e transverso), recobre o musculo reto do abdome (poligástrico, 3 a 4 ventres musculares separados por intersecções tendíneas). Linha arqueada: região marcada por uma linha curva onde a aponeurose dos três músculos se unem para constituir a parede anterior da bainha do M. reto do abdome. A constituição da bainha do R.abdominal é diferente acima e abaixo desta linha. Acima da linha arqueada Porção anterior: fusão da aponeurose do obliquo externo + divisão anterior da aponeurose do obliquo interno. Porção posterior: fusão da aponeurose do transverso + divisão posterior da aponeurose do obliquo interno. Abaixo da linha arqueada Porção anterior: fusão da aponeurose do obliquo externo + obliquo interno + transverso. Porção posterior: fáscia transversal. Região vulvoperineal (períneo) Região losângica. Entre sínfise púbica e cóccix. Constituída por órgãos genitais externos e assolho pélvico. Divide-se em trígono urogenital (anteriormente) e trígono anal (posteriormente). Órgãos genitais externos Até a oitava semana de gestação os sexos se desenvolvem de maneira igual: um falo proeminente se forma a partir do tubérculo genital e um sulco uretral se desenvolve no lado ventral do falo, circundado lateralmente por um par de pregas uretrais. No entanto, o crescimento do falo é inibido no sexo feminino por ausência de testosterona, formando-se assim o clitóris. As pregas uretrais não se fundem e formam os pequenos lábios, assim como as intumescências labiosacrais que formaram os grandes lábios. Na decima segunda semana os órgãos genitais femininos estão formados. Esses órgãos em conjunto podem ser conhecidos como vulva, pudendo feminino ou pudenda e incluem: Monte púbico. Grandes e pequenos lábios. Vestíbulo da vagina. Clitóris. Hímen. Monte púbico Elevação mediana anterior a sínfise púbica. Tecido adiposo. Grandes lábios Duas pregas cutâneas. Delimitam entre si a rima do pudendo ou rima vulvar (fenda). Faces internas (glabas) não possuem pelos e são livres de rugosidades e saliências. Pequenos lábios Duas pequenas pregas cutâneas. Mediais aos grandes lábios. Revestidos por pele fina, lisa e úmida. Delimitam o vestíbulo da vagina. Vestíbulo da vagina Fenda longitudinal delimitada pelos pequenos lábios. Contem: óstio externo da uretra, óstio da vagina, orifícios dos ductos das glândulas vestibulares (glândulas de Bartholin), orifícios dos ductos das glândulas parauretrais (glândulas de skene) Clitóris Pequena projeção arredondada na porção superior dos pequenos lábios. 2cm de comprimento, 0,5 cm de diâmetro. Glande (porção exposta), corpos cavernosos (porção não exposta, posterior ao arco pubico). Hímen Membrana de tecido conjuntivo. Recobre parcialmente o ostio da vagina. Pode ser anular, cribriforme, imperfurado. Carúnculas himenais (restos de hímen que ficam após relação sexual). A vulva é altamente vascularizada e as alterações hormonais da gravidez a tornam ainda mais vascularizada (sinal de Jacquemier- Kluge – visível após oitava semana de gestação). Sinal de jacquemier: vulva edemaciada e azulada. Sinal de kugle: mucosa vaginal mais violácea. Vascularização Artéria pudenda interna (ramo da artéria ilíaca interna) Artéria pudenda externa (ramo da artéria femoral). Inervação Parassimpático: dilatação das arteríolas do tecido erétil genital e constrição do retorno venoso. Simpático: redução do fluxo arterial para os tecidos eréteis, diminuindo seus tamanhos. Assoalho pélvico Diafragma pélvico Músculo levantador do ânus (lâmina muscular composta pelos feixes puborretal, pubococcígeo e ileococcígeo) + Isquiococcigeo (formato de leque). Sustentar vísceras pélvicas e auxiliar no ato de defecar. Não fecha completamente a pelve (hiato urogenital na porção medial, por onde passam a uretra, a vagina e o reto). Diafragma urogenital Músculo transverso superficial do períneo, com suas fáscias superior e inferior + músculo bulboesponjoso + músculo isquiocavernoso + músculo esfíncter externo do ânus. Abaixo do diafragma pélvico (hiato urogenital). Inervação Nervos pudendo e perineal, nervos retais inferiores e ramos perineais do nervo femorocutâneo posterior. Órgãos genitais internos Ovários Não peritonizados, exceto em seu terço inferior na inserção do mesovário que se fixa ao ligamento largo do útero. Fixados a parede laterossuperior do útero pelo ligamento próprio do ovário e a parede abdominal posterior por pregas peritoniais. Vasos ovarianos atingem o ovário por meio do ligamento suspensor do ovário (infundíbulo pelvico). Revestido por epitélio cubico simples, e a túnica albugínea se encontra logo abaixo. Devido sua pequena espessura e pouca vascularização seu rompimento durante a copula não é doloroso, nem causa hemorragia considerável, o que é mais considerável para gerar dor é a falta de relaxamento da musculatura de estruturas vizinhas. Divido em medula (nutrição e atividade endócrina ovariana) e córtex (local de foliculogêse). Tubas uterinas Óstio esterno (abdominal, responsável pela captação do oócito) e óstio interno (uterino, comunica com cavidade uterina). Quatro porções: intramural ou intersticial, ístmica (maior porção, delgada na proximidade do útero e mais larga próxima a porção ampular), ampular (onde espermatozoide fecunda oócito) e infundibular (onde se encontram as fimbrias). 10 a 12 cm de comprimento. Livre mobilidade anatômica. Se fixam ao ligamento largo do útero por meio de uma prega peritoneal que envolve toda a tuba chamada messosalpinge (entre suas laminas se encontram vasos, nervos e linfonodos tubários). Parede tubaria formada por três camada: mucosa (epitélio colunar simples, com células ciliadas e secretoras), muscular (Musc.liso helicoidal), serosa (revestimento e proteção). Útero Se encontra na cavidade pélvica entre bexiga e reto. 7 cm no eixo longitudinal, 5 cm no eixo transverso e 2,5 cm no sentido anteroposterior. Dividido em 4 partes: fundo (parte que fica acima da comunicação do corpo com as tubas uterinas), corpo (se comunica lateralmente com as tubas uterinas), istmo (curta e estreita) e cervix (ou colo, parte que se insere na vagina tendo uma parte supravaginal e outra intravaginal). O canal cervical se abre na vagina por meio do orifício externo do canal cervical ou orifício externo do útero. A extremidade superior do canal cervical termina em uma abertura denominada orifício interno do canal cervical ou orifício externo do canal do istmo;e, por fim, o istmo termina em uma abertura no corpo uterino chamada de orifício interno do canal do istmo (orifício interno obstétrico – durante a gravidez). O epitélio de revestimento do canal cervical é o colunar simples, porém sofre modificação (metaplasia) para epitélio escamoso estratificado não queratinizado nas proximidades do óstio externo do cérvix (junção escamocolunar). Ligamento úterossacros: dois, fixados na região superoposterior da cervix, servem para ficar o colo do útero a região sacral. Ligamentos cardinais ou cervicais laterais (paramétrios): se fixam na parede lateral da pelve, servem para fixar o útero na porção mediana da pelve, favorecendo o processo de parturiação e impedindo que os órgãos abdominais deçam pelo hiato genital. Ligamento cervicovesical: entre a parede anterior do colo do útero e a parede posterior da bexiga. Ligamento vesicopúbico; entre a bexiga e o púbis. Ligamento cervicorretal: entre a parede posterior do colo uterino e o reto. Ligamento retossacral: entre o reto e o sacro, Esses ligamentos juntos constituem o retináculo do útero, ou coroa radiada de Freund, sistema de sustentação ou de apoio dos órgãos genitais femininos interno. Miométrio: três camadas de massa muscular lisa mal definidas (longitudinal, circular e espiral). Perimetrio: peritônio que envolve miométrio. Endométrio: mucosa que responde a variações hormonais do ciclo ovulatório e se renova todo mês. Divido em duas camadas: Basal: mais profunda, formada por tc. conjuntivo denso responsável pela renovação das células perdidas todo mês. Funcional: renovada ciclicamente, possui os estratos esponjoso (formado por glândulas endometriais em desenvolvimento, estroma de tecido conjuntivo frouxo, vasos e nervos) e compacto (revestido por epitélio cúbico ou colunar simples, que se invagina no estroma subjacente formando as glândulas endometriais e que sofrem a influência hormonal). Na menstruação o ocorre eliminação do estrato esponjoso e de parte do estrato compacto da camada funcional, enquanto a camada basal e o restante do estrato compacto reepitelizam a cavidade uterina. O útero se fixa à parede pélvica por quatro pares de ligamentos: Ligamentos largos do útero: pregas de peritônio que se estendem das paredes da pelve e do assoalho da pelve para as paredes laterais do útero. Pregas retouterinas,: continuações do peritônio, encurvam-se ao longo da parede lateral da pelve em ambos os lados do reto para ligar o útero ao sacro. Ligamentos transversos do colo (cardinais): faixas fibrosas dentro do ligamento largo que se estendem lateralmente do colo do útero e da vagina através do assoalho da pelve para se fixarem à parede da pelve. Contêm algumas fibras de músculo liso, além de vasos e nervos que vão para o colo do útero e para a vagina. Ligamentos redondos do útero: prolongamentos dos ligamentos uterovarianos. Se estende da margem lateral do útero, logo abaixo da tuba uterina, para a parede lateral da pelve e adentra o canal inguinal da parede abdominal para se fixar nos tecidos profundos do grande lábio do pudendo. Vagina Órgão tubular com cavidade virtual. Impar. Mediano. Oito a dez centímetros de comprimento. Se estende do colo uterino ao vestíbulo da vagina. Duas origens embrionárias: porção mais interna origina-se dos duetos de Müller, e a mais externa, do seio urogenital. Maior parte da vagina está acima do diafragma pélvico. Em sua parte mais interna, fixada ao colo uterino, estão os fórnices vaginais anterior, posterior e laterais. Formada por uma túnica mucosa (revestida por epitélio pavimentoso, estratificado não queratinizado), outra muscular e mais uma adventícia. As células vaginais são ricas em glicogênio, o que confere o pH ácido (4 a 4,5) característico da secreção vaginal na presença de bacilos de Dõderlein. Suprimento vascular Os órgãos genitais internos femininos recebem todo o seu suprimento sanguíneo arterial a partir das duas artérias uterinas (derivadas das artérias ilíacas internas direita e esquerda) e das duas artérias ovarianas (derivadas das paredes laterais da aorta) Artéria uterina: direção anteroinferior, ao longo da parede pélvica lateral, próximo ao ureter. Ao aproximar-se do colo do útero, curva-se medialmente e cruza o ureter anteriormente. Em seu trajeto, é acompanhada por suas veias homônimas, tributárias das veias ilíacas internas. Na base do ligamento largo, emite ramos para o ureter e penetra na parede uterina; de cada lado, na região ístmica do útero, emite dois ramos vaginais e cervicais e adquire trajeto ascendente e tortuoso na parede lateral do útero, o que lhe permite acompanhar o crescimento do útero na gestação. Ao atingir a região fúndica, emite ramo para essa região e divide-se em ramos terminais, um ovariano e um tubário. O ramo ovariano se anastomosa por inosculação com o ramo terminal da artéria ovariana no mesovário, de onde partem pequenos vasos que atingem o hilo ovariano. O ramo tubário se anastomosa com o ramo tubário da artéria ovariana na mesossalpinge. Artéria ovariana: trajeto descendente oblíquo em direção à cavidade pélvica no interior do ligamento suspensor do ovário. No estreito superior da pelve, cruza anteriormente os vasos ilíacos comuns e o ureter, penetrando no mesovário e na mesossalpinge. A drenagem venosa acompanha o padrão de distribuição do sistema arterial; contudo, a veia ovariana direita desemboca na veia cava inferior, e a esquerda, na veia renal esquerda. Drenagem linfática Os vasos linfáticos do Fundo, da parte superior do corpo uterino, das tubas e dos ovários drenam através do ligamento suspensor do ovário para os linfonodos lombares, localizados nos polos inferiores dos rins e para os linfonodos inguinais superficiais, seguindo o trajeto do ligamento redondo do útero. Os vasos linfáticos da parte inferior do corpo, do colo uterino como também da parte superior da vagina drenam para os linfonodos ilíacos comuns, para-aórticos, e para o tronco lombar de cada lado. Os vasos linfáticos da parte inferior da vagina e os demais órgãos genitais externos têm sua drenagem linfática para os linfonodos inguinais superficiais. Inervação Componentes simpático e parassimpático do sistema nervoso autônomo. Fibras pré-ganglionares simpáticas originam-se entre as vértebras TlO e T12 e as fibras pós-ganglionares partem dos gânglios mesentéricos superior e inferior, formando, anteriormente à vértebra L5, o plexo hipogástrico superior. Desse plexo saem os nervos hipogástricos, que descem para a cavidade pélvica acompanhando medialmente as artérias ilíacas internas e seus ramos. Na parte mais inferior, o nervo hipogástrico forma o plexo hipogástrico inferior, ou plexo pélvico. Esse plexo possui também fibras pré-ganglionares parassimpáticas se originam entre S2 e S4 (nervos esplâncnicos pélvicos). Admite-se que as fibras simpáticas inervam a musculatura lisa dos vasos sanguíneos, enquanto as parassimpáticas estão mais relacionadas à inervação da musculatura lisa dos órgãos pélvicos. Os impulsos nervosos originados nas vísceras pélvicas são normalmente inconscientes e a dor relacionada a essas vísceras segue sobretudo pela porção sacral parassimpática (pelos nervos esplâncnicos laterais). A parte central da dor visceral segue pelo trato espinotalâmico lateral até o tálamo, de onde se dirige ao córtex no giro pós-central, tornando-se consciente. Anatomia da pelve óssea pelve óssea Dividida em pelve maior e menor (de bacia obstétrica). Essas duas são separadas pela linha inominada, uma margem óssea encurvada que vai do promontório sacral (articulação da vértebra L5 com a S 1) até a margem superior da sínfise púbica. Assim, a linha terminal delimita a abertura superior da pelvemenor, ou bacia obstétrica. A pelve é constituída por quatro ossos que possuem forma anelar e através dos quais o peso do corpo é transmitido para os membros inferiores: Sacro: situado na região posterior, localiza-se entre os dois ossos ilíacos e se articula com eles por meio da articulação sacroilíaca. Juntamente à vértebra L5, constitui o ângulo sacrovertebral, cujo vértice é denominado promontório sacral. Sua face anterior, voltada para a pelve, é côncava e apresenta algumas diferenças anatômicas de acordo com os vários tipos de bacia. Cóccix: juntamente ao sacro forma a parte inferior da coluna vertebral. É formado pela fusão de quatro vértebras rudimentares e se une ao sacro por meio da articulação sacrococcígea, que apresenta grande mobilidade durante o parto Dois ossos ilíacos: lateralmente. Constituído pela fusão de três ossos (ílio, ísquio e púbis) em um processo que se completa entre os 15 e os 16 anos de idade. Na face lateral externa desse osso, em que ocorre a ossificação desses três ossos, há o acetábulo (ponto de articulação da pelve com os membros inferiores). Esses ossos articulam-se por meio de três articulações: Sínfise púbica. Articulação sacroilíaca. Articulação sacrococcígea. O ílio é o maior dos ossos pélvicos.se localiza na região mais superior e possui uma crista e quatro ângulos (espinhas). A crista ilíaca forma a proeminência do quadril e termina anteriormente na espinha ilíaca anterossuperior, logo abaixo está a espinha ilíaca anteroinferior. Posteriormente, a crista ilíaca termina na espinha ilíaca posterossuperior, abaixo da qual se localiza a espinha ilíaca posteroinferior; mais abaixo está a incisura isquiática maior, junto à qual passa o nervo isquiático. Medialmente à porção posterior da crista ilíaca, encontra-se a tuberosidade ilíaca (ponto de inserção do ligamento sacroilíaco), e na face medial do ílio está a face auricular rugosa, que se articula com o sacro. Sua face anterior é lisa e côncava, denominada fossa ilíaca. O ísquio é o osso posteroinferior do quadril. Medialmente, encontra-se a espinha isquiática. Imediatamente acima e abaixo localizam-se a incisura isquiática maior e a menor. Inferiormente, encontra-se a tuberosidade isquiática, anteriormente, há o forame obturatório, formado pelos ramos anteroinferior e posteroinferior do ísquio junto ao ramo inferior do púbis, no qual há uma membrana cuja função é a inserção muscular (membrana obturatória). O púbis é o osso anterior do quadril. Possui ramos superior e inferior que sustentam o corpo do púbis, que se articula, por sua vez, com o púbis contralateral (sínfise púbica). DIÂMETROS DA BACIA Bacia maior Para a avaliação da via de parto é necessário apenas o conhecimento das dimensões da bacia menor. Bacia maior Limite lateral: fossas ilíacas internas. Limite posterior: coluna vertebral. Limite anterior: músculos da parede anterior do abdome. Diâmetros transversos: diâmetro biespinha estende-se da espinha ilíaca anterossuperior de um lado à do lado oposto. Diâmetro bicrista vai do ponto mais alto da crista ilíaca de um lado até o lado oposto Diâmetro anteroposterior: o diâmetro sacropúbico externo, ou conjugata externa (diâmetro de Baudelocque), estende-se da fosseta situada abaixo do processo espinhoso da última vértebra lombar (L5) até a borda superior da sínfise púbica e mede. Bacia menor (obstétrica, escava, escavação, bacia obstétrica) Estreito superior. Estreito médio. Estreito inferior. Estreito superior: delimitado, no sentido posteroanterior, pelo promontório sacral, pela borda anterior da asa do sacro, pela articulação sacroilíaca, pela linha inominada, pela eminência ileopectínea e pela borda superior da sínfise púbica. Diâmetros anteriores Diâmetro promontossuprapúbico (conjugata vera anatômica): com menor interesse obstétrico, traçado do promontório até a borda superior da sínfise púbica, mede 11 cm. Diâmetro promontopúbico mínimo ( conjugata vera obstétrica ou diâmetro útil de Pinard), traçado do promontório à face posterior da sínfise púbica, mais precisamente até o ponto retrossinfisário de Crouzat, situado 3 a 4 mm abaixo da borda superior da sínfise púbica constitui o verdadeiro diâmetro útil, medindo de 10,5 a 11 cm, deve ser conhecido Diâmetros transversos Diâmetro máximo: do ponto mais afastado da linha inominada de um lado à linha do lado oposto, com 13 a 13,5 cm. Diâmetro médio, que se estende na mediana da conjugata vera anatômica e mede 12 cm. Diâmetros oblíquos (diâmetros de insinuação) Vão de uma eminência ileopectínea de um lado à articulação sacroilíaca contralateral e recebem dos autores franceses o nome de direito e esquerdo, de acordo com a eminência ileopectínea de onde partem; e dos germânicos, nomenclaturas conforme a articulação sacroilíaca Uma nomenclatura mais simples e bastante aceita propõe denominar: Primeiro oblíquo: parte da eminência ileopectínea esquerda. Segundo oblíquo: sai da eminência ileopectínea direita. Eles medem aproximadamente 12 cm cada e o primeiro é discretamente maior que o segundo. Eles são nomeados de acordo com a frequência de insinuação, ou seja, o primeiro é assim denominado porque é mais frequente ocorrer insinuação neste oblíquo do que no segundo, de acordo com as variedades de apresentação mais prevalentes Estreito médio Delimitado no sentido posteroanterior pela concavidade do osso sacro (precisamente entre as vértebras S4 e S5), passa pelo processo transverso da vértebra S5, pela borda inferior dos ligamentos sacroisquiáticos e pelas espinhas isquiáticas, e segue anteriormente até a margem inferior da sínfise púbica. Diâmetro sacromediopúbico (anteroposterior), que vai do meio da concavidade do osso sacro (S4/S5) até o meio da face posterior da sínfise púbica, medindo 12 cm. Diâmetro bi-isquiático (transverso): se estende de uma espinha isquiática à outra, mede 10,5 cm e é o ponto de maior estreitamento do canal de parto. Estreito inferior Delimitado, no sentido posteroanterior, pela ponta do cóccix e estende-se pela borda inferior do grande ligamento sacroisquiático, pela face interna da tuberosidade isquiática e pela borda inferior do ramo isquiopúbico, até atingir a borda inferior da sínfise púbica. Esse estreito é representado por dois triângulos, tendo como base uma linha que passa pelas tuberosidades isquiáticas. Anterior tem seu ápice no meio da borda inferior da sínfise púbica, e o posterior o tem na ponta do cóccix. Diâmetro sagital posterior (com 7,5 cm): anteroposterior traçado da ponta do cóccix ao meio do diâmetro bituberoso sem interesse obstétrico. Diâmetro cóccix-subpúbico: se estende da ponta do cóccix à borda inferior da sínfise púbica e mede 9,5 cm, é de interesse obstétrico e, na fase final da expulsão fetal após a retropulsão do cóccix, amplia-se em 2 a 3 cm, recebendo o nome de conjugata exitus. Diâmetro bituberoso: diâmetro transverso se situa entre as duas faces internas da tuberosidade isquiática, mede 11 cm. Tipos de bacia Quatro tipos de bacia (classificação de Caldwell e Moloy - forma do estreito superior) Ginecoide Antropoide Androide Platipeloide
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