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Anatomia da pelve feminina

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Anatomia da pelve feminina 
Regiões da parede abdominal 
Divisão horizontal 
 Linha superior: tangencia os últimos arcos costais. 
 Linha inferior: tangencia a espinha ilíaca anterossuperior 
bilateralmente. 
Divisão vertical 
 As duas linhas verticais vão da linha hemiclavicular até a linha 
horizontal inferior (espinha ilíaca anterossuperior 
bilateralmente) e depois segue em direção obliqua até o 
tubérculo púbico. 
 
Parede abdominal 
 Proteção dos órgãos abdominais 
 Auxilio a musculatura dorsal nos movimentos do tronco e 
manutenção da postura ereta. 
 Estabilização da pelve durante o movimento e repouso. 
 
Musculatura 
Anterolateral 
 Transverso do abdome. 
 Obliquo interno do abdome. 
 Obliquo externo do abdome. 
 
Anteromedial 
 Reto do abdome. 
 Piramidal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bainha do musculo reto do abdome 
Capa aponeurótica (bainha do reto abdominal): formada pela 
aponeurose dos outros três músculos abdominais (oblíquo externo, 
interno e transverso), recobre o musculo reto do abdome 
(poligástrico, 3 a 4 ventres musculares separados por 
intersecções tendíneas). 
Linha arqueada: região marcada por uma linha curva onde a 
aponeurose dos três músculos se unem para constituir a parede 
anterior da bainha do M. reto do abdome. A constituição da bainha 
do R.abdominal é diferente acima e abaixo desta linha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acima da linha arqueada 
 Porção anterior: fusão da aponeurose do obliquo externo + 
divisão anterior da aponeurose do obliquo interno. 
 Porção posterior: fusão da aponeurose do transverso + 
divisão posterior da aponeurose do obliquo interno. 
 
Abaixo da linha arqueada 
 Porção anterior: fusão da aponeurose do obliquo externo + 
obliquo interno + transverso. 
 Porção posterior: fáscia transversal. 
 
 
 
 
 
 
 
Região vulvoperineal (períneo) 
 Região losângica. 
 Entre sínfise púbica e cóccix. 
 Constituída por órgãos genitais externos e assolho pélvico. 
 Divide-se em trígono urogenital (anteriormente) e trígono anal 
(posteriormente). 
 
Órgãos genitais externos 
Até a oitava semana de gestação os sexos se desenvolvem de 
maneira igual: um falo proeminente se forma a partir do tubérculo 
genital e um sulco uretral se desenvolve no lado ventral do falo, 
circundado lateralmente por um par de pregas uretrais. No 
entanto, o crescimento do falo é inibido no sexo feminino por 
ausência de testosterona, formando-se assim o clitóris. As pregas 
uretrais não se fundem e formam os pequenos lábios, assim como 
as intumescências labiosacrais que formaram os grandes lábios. 
Na decima segunda semana os órgãos genitais femininos estão 
formados. Esses órgãos em conjunto podem ser conhecidos como 
vulva, pudendo feminino ou pudenda e incluem: 
 Monte púbico. 
 Grandes e pequenos lábios. 
 Vestíbulo da vagina. 
 Clitóris. 
 Hímen. 
Monte púbico 
 Elevação mediana anterior a sínfise púbica. 
 Tecido adiposo. 
Grandes lábios 
 Duas pregas cutâneas. 
 Delimitam entre si a rima do pudendo ou rima vulvar (fenda). 
 Faces internas (glabas) não possuem pelos e são livres de 
rugosidades e saliências. 
Pequenos lábios 
 Duas pequenas pregas cutâneas. 
 Mediais aos grandes lábios. 
 Revestidos por pele fina, lisa e úmida. 
 Delimitam o vestíbulo da vagina. 
Vestíbulo da vagina 
 Fenda longitudinal delimitada pelos pequenos lábios. 
 Contem: óstio externo da uretra, óstio da vagina, orifícios dos 
ductos das glândulas vestibulares (glândulas de Bartholin), 
orifícios dos ductos das glândulas parauretrais (glândulas de 
skene) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Clitóris 
 Pequena projeção arredondada na porção superior dos 
pequenos lábios. 
 2cm de comprimento, 0,5 cm de diâmetro. 
 Glande (porção exposta), corpos cavernosos (porção não 
exposta, posterior ao arco pubico). 
 
Hímen 
 Membrana de tecido conjuntivo. 
 Recobre parcialmente o ostio da vagina. 
 Pode ser anular, cribriforme, imperfurado. 
 Carúnculas himenais (restos de hímen que ficam após relação 
sexual). 
 
 
 
 
A vulva é altamente vascularizada e as alterações hormonais da 
gravidez a tornam ainda mais vascularizada (sinal de Jacquemier-
Kluge – visível após oitava semana de gestação). 
 Sinal de jacquemier: vulva edemaciada e azulada. 
 Sinal de kugle: mucosa vaginal mais violácea. 
Vascularização 
 Artéria pudenda interna (ramo da artéria ilíaca interna) 
 Artéria pudenda externa (ramo da artéria femoral). 
Inervação 
 Parassimpático: dilatação das arteríolas do tecido erétil 
genital e constrição do retorno venoso. 
 Simpático: redução do fluxo arterial para os tecidos eréteis, 
diminuindo seus tamanhos. 
Assoalho pélvico 
Diafragma pélvico 
 Músculo levantador do ânus (lâmina muscular composta pelos 
feixes puborretal, pubococcígeo e ileococcígeo) + 
Isquiococcigeo (formato de leque). 
 Sustentar vísceras pélvicas e auxiliar no ato de defecar. 
 Não fecha completamente a pelve (hiato urogenital na porção 
medial, por onde passam a uretra, a vagina e o reto). 
 
 
Diafragma urogenital 
 Músculo transverso superficial do períneo, com suas fáscias 
superior e inferior + músculo bulboesponjoso + músculo 
isquiocavernoso + músculo esfíncter externo do ânus. 
 Abaixo do diafragma pélvico (hiato urogenital). 
 
 
Inervação 
Nervos pudendo e perineal, nervos retais inferiores e ramos 
perineais do nervo femorocutâneo posterior. 
Órgãos genitais internos 
Ovários 
 Não peritonizados, exceto em seu terço inferior na inserção 
do mesovário que se fixa ao ligamento largo do útero. 
 Fixados a parede laterossuperior do útero pelo ligamento 
próprio do ovário e a parede abdominal posterior por pregas 
peritoniais. 
 Vasos ovarianos atingem o ovário por meio do ligamento 
suspensor do ovário (infundíbulo pelvico). 
 Revestido por epitélio cubico simples, e a túnica albugínea se 
encontra logo abaixo. 
Devido sua pequena espessura e pouca vascularização seu 
rompimento durante a copula não é doloroso, nem causa 
hemorragia considerável, o que é mais considerável para gerar 
dor é a falta de relaxamento da musculatura de estruturas 
vizinhas. 
 Divido em medula (nutrição e atividade endócrina ovariana) e 
córtex (local de foliculogêse). 
Tubas uterinas 
 Óstio esterno (abdominal, responsável pela captação do 
oócito) e óstio interno (uterino, comunica com cavidade 
uterina). 
 Quatro porções: intramural ou intersticial, ístmica (maior 
porção, delgada na proximidade do útero e mais larga próxima 
a porção ampular), ampular (onde espermatozoide fecunda 
oócito) e infundibular (onde se encontram as fimbrias). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 a 12 cm de comprimento. 
 Livre mobilidade anatômica. 
 Se fixam ao ligamento largo do útero por meio de uma prega 
peritoneal que envolve toda a tuba chamada messosalpinge 
(entre suas laminas se encontram vasos, nervos e linfonodos 
tubários). 
 Parede tubaria formada por três camada: mucosa (epitélio 
colunar simples, com células ciliadas e secretoras), muscular 
(Musc.liso helicoidal), serosa (revestimento e proteção). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Útero 
 Se encontra na cavidade pélvica entre bexiga e reto. 
 7 cm no eixo longitudinal, 5 cm no eixo transverso e 2,5 cm no 
sentido anteroposterior. 
 Dividido em 4 partes: fundo (parte que fica acima da 
comunicação do corpo com as tubas uterinas), corpo (se 
comunica lateralmente com as tubas uterinas), istmo (curta e 
estreita) e cervix (ou colo, parte que se insere na vagina tendo 
uma parte supravaginal e outra intravaginal). 
 O canal cervical se abre na vagina por meio do orifício externo 
do canal cervical ou orifício externo do útero. A extremidade 
superior do canal cervical termina em uma abertura 
denominada orifício interno do canal cervical ou orifício 
externo do canal do istmo;e, por fim, o istmo termina em uma 
abertura no corpo uterino chamada de orifício interno do canal 
do istmo (orifício interno obstétrico – durante a gravidez). 
 O epitélio de revestimento do canal cervical é o colunar 
simples, porém sofre modificação (metaplasia) para epitélio 
escamoso estratificado não queratinizado nas proximidades 
do óstio externo do cérvix (junção escamocolunar). 
 
 Ligamento úterossacros: dois, fixados na região 
superoposterior da cervix, servem para ficar o colo do útero 
a região sacral. 
 
 Ligamentos cardinais ou cervicais laterais (paramétrios): se 
fixam na parede lateral da pelve, servem para fixar o útero na 
porção mediana da pelve, favorecendo o processo de 
parturiação e impedindo que os órgãos abdominais deçam pelo 
hiato genital. 
 Ligamento cervicovesical: entre a parede anterior do colo do 
útero e a parede posterior da bexiga. 
 Ligamento vesicopúbico; entre a bexiga e o púbis. 
 Ligamento cervicorretal: entre a parede posterior do colo 
uterino e o reto. 
 Ligamento retossacral: entre o reto e o sacro, 
Esses ligamentos juntos constituem o retináculo do útero, ou coroa 
radiada de Freund, sistema de sustentação ou de apoio dos órgãos 
genitais femininos interno. 
 Miométrio: três camadas de massa muscular lisa mal definidas 
(longitudinal, circular e espiral). 
 Perimetrio: peritônio que envolve miométrio. 
 Endométrio: mucosa que responde a variações hormonais do 
ciclo ovulatório e se renova todo mês. 
Divido em duas camadas: 
Basal: mais profunda, formada por tc. conjuntivo denso 
responsável pela renovação das células perdidas todo 
mês. 
Funcional: renovada ciclicamente, possui os estratos 
esponjoso (formado por glândulas endometriais em 
desenvolvimento, estroma de tecido conjuntivo frouxo, 
vasos e nervos) e compacto (revestido por epitélio cúbico 
ou colunar simples, que se invagina no estroma 
subjacente formando as glândulas endometriais e que 
sofrem a influência hormonal). 
 
Na menstruação o ocorre eliminação do estrato esponjoso e de 
parte do estrato compacto da camada funcional, enquanto a 
camada basal e o restante do estrato compacto reepitelizam a 
cavidade uterina. 
O útero se fixa à parede pélvica por quatro pares de ligamentos: 
Ligamentos largos do útero: pregas de peritônio que se estendem 
das paredes da pelve e do assoalho da pelve para as paredes 
laterais do útero. 
Pregas retouterinas,: continuações do peritônio, encurvam-se ao 
longo da parede lateral da pelve em ambos os lados do reto para 
ligar o útero ao sacro. 
Ligamentos transversos do colo (cardinais): faixas fibrosas dentro 
do ligamento largo que se estendem lateralmente do colo do útero 
e da vagina através do assoalho da pelve para se fixarem à parede 
da pelve. Contêm algumas fibras de músculo liso, além de vasos e 
nervos que vão para o colo do útero e para a vagina. 
Ligamentos redondos do útero: prolongamentos dos ligamentos 
uterovarianos. Se estende da margem lateral do útero, logo abaixo 
da tuba uterina, para a parede lateral da pelve e adentra o canal 
inguinal da parede abdominal para se fixar nos tecidos profundos 
do grande lábio do pudendo. 
Vagina 
 Órgão tubular com cavidade virtual. 
 Impar. 
 Mediano. 
 Oito a dez centímetros de comprimento. 
 Se estende do colo uterino ao vestíbulo da vagina. 
 Duas origens embrionárias: porção mais interna origina-se 
dos duetos de Müller, e a mais externa, do seio urogenital. 
 Maior parte da vagina está acima do diafragma pélvico. 
 Em sua parte mais interna, fixada ao colo uterino, estão os 
fórnices vaginais anterior, posterior e laterais. 
 Formada por uma túnica mucosa (revestida por epitélio 
pavimentoso, estratificado não queratinizado), outra muscular 
e mais uma adventícia. 
 As células vaginais são ricas em glicogênio, o que confere o pH 
ácido (4 a 4,5) característico da secreção vaginal na presença 
de bacilos de Dõderlein. 
Suprimento vascular 
Os órgãos genitais internos femininos recebem todo o seu 
suprimento sanguíneo arterial a partir das duas artérias uterinas 
(derivadas das artérias ilíacas internas direita e esquerda) e das 
duas artérias ovarianas (derivadas das paredes laterais da aorta) 
 
Artéria uterina: direção anteroinferior, ao longo da parede pélvica 
lateral, próximo ao ureter. Ao aproximar-se do colo do útero, 
curva-se medialmente e cruza o ureter anteriormente. Em seu 
trajeto, é acompanhada por suas veias homônimas, tributárias das 
veias ilíacas internas. Na base do ligamento largo, emite ramos 
para o ureter e penetra na parede uterina; de cada lado, na região 
ístmica do útero, emite dois ramos vaginais e cervicais e adquire 
trajeto ascendente e tortuoso na parede lateral do útero, o que lhe 
permite acompanhar o crescimento do útero na gestação. Ao 
atingir a região fúndica, emite ramo para essa região e divide-se 
em ramos terminais, um ovariano e um tubário. O ramo ovariano 
se anastomosa por inosculação com o ramo terminal da artéria 
ovariana no mesovário, de onde partem pequenos vasos que 
atingem o hilo ovariano. O ramo tubário se anastomosa com o ramo 
tubário da artéria ovariana na mesossalpinge. 
 Artéria ovariana: trajeto descendente oblíquo em direção à 
cavidade pélvica no interior do ligamento suspensor do ovário. No 
estreito superior da pelve, cruza anteriormente os vasos ilíacos 
comuns e o ureter, penetrando no mesovário e na mesossalpinge. 
A drenagem venosa acompanha o padrão de distribuição do sistema 
arterial; contudo, a veia ovariana direita desemboca na veia cava 
inferior, e a esquerda, na veia renal esquerda. 
Drenagem linfática 
 Os vasos linfáticos do Fundo, da parte superior do corpo 
uterino, das tubas e dos ovários drenam através do ligamento 
suspensor do ovário para os linfonodos lombares, localizados 
nos polos inferiores dos rins e para os linfonodos inguinais 
superficiais, seguindo o trajeto do ligamento redondo do útero. 
 Os vasos linfáticos da parte inferior do corpo, do colo uterino 
como também da parte superior da vagina drenam para os 
linfonodos ilíacos comuns, para-aórticos, e para o tronco 
lombar de cada lado. 
 Os vasos linfáticos da parte inferior da vagina e os demais 
órgãos genitais externos têm sua drenagem linfática para os 
linfonodos inguinais superficiais. 
Inervação 
Componentes simpático e parassimpático do sistema nervoso 
autônomo. 
Fibras pré-ganglionares simpáticas originam-se entre as 
vértebras TlO e T12 e as fibras pós-ganglionares partem dos 
gânglios mesentéricos superior e inferior, formando, 
anteriormente à vértebra L5, o plexo hipogástrico superior. Desse 
plexo saem os nervos hipogástricos, que descem para a cavidade 
pélvica acompanhando medialmente as artérias ilíacas internas e 
seus ramos. Na parte mais inferior, o nervo hipogástrico forma o 
plexo hipogástrico inferior, ou plexo pélvico. Esse plexo possui 
também fibras pré-ganglionares parassimpáticas se originam 
entre S2 e S4 (nervos esplâncnicos pélvicos). 
Admite-se que as fibras simpáticas inervam a musculatura lisa dos 
vasos sanguíneos, enquanto as parassimpáticas estão mais 
relacionadas à inervação da musculatura lisa dos órgãos pélvicos. 
Os impulsos nervosos originados nas vísceras pélvicas são 
normalmente inconscientes e a dor relacionada a essas vísceras 
segue sobretudo pela porção sacral parassimpática (pelos nervos 
esplâncnicos laterais). A parte central da dor visceral segue pelo 
trato espinotalâmico lateral até o tálamo, de onde se dirige ao 
córtex no giro pós-central, tornando-se consciente. 
Anatomia da pelve óssea pelve óssea 
Dividida em pelve maior e menor (de bacia obstétrica). Essas duas 
são separadas pela linha inominada, uma margem óssea encurvada 
que vai do promontório sacral (articulação da vértebra L5 com a S 
1) até a margem superior da sínfise púbica. Assim, a linha terminal 
delimita a abertura superior da pelvemenor, ou bacia obstétrica. 
A pelve é constituída por quatro ossos que possuem forma anelar 
e através dos quais o peso do corpo é transmitido para os membros 
inferiores: 
 Sacro: situado na região posterior, localiza-se entre os dois 
ossos ilíacos e se articula com eles por meio da articulação 
sacroilíaca. Juntamente à vértebra L5, constitui o ângulo 
sacrovertebral, cujo vértice é denominado promontório 
sacral. Sua face anterior, voltada para a pelve, é côncava e 
apresenta algumas diferenças anatômicas de acordo com os 
vários tipos de bacia. 
 
 Cóccix: juntamente ao sacro forma a parte inferior da coluna 
vertebral. É formado pela fusão de quatro vértebras 
rudimentares e se une ao sacro por meio da articulação 
sacrococcígea, que apresenta grande mobilidade durante o 
parto 
 
 Dois ossos ilíacos: lateralmente. Constituído pela fusão de 
três ossos (ílio, ísquio e púbis) em um processo que se 
completa entre os 15 e os 16 anos de idade. Na face lateral 
externa desse osso, em que ocorre a ossificação desses três 
ossos, há o acetábulo (ponto de articulação da pelve com os 
membros inferiores). 
 
 
 
Esses ossos articulam-se por meio de três articulações: 
 Sínfise púbica. 
 Articulação sacroilíaca. 
 Articulação sacrococcígea. 
O ílio é o maior dos ossos pélvicos.se localiza na região mais 
superior e possui uma crista e quatro ângulos (espinhas). A crista 
ilíaca forma a proeminência do quadril e termina anteriormente na 
espinha ilíaca anterossuperior, logo abaixo está a espinha ilíaca 
anteroinferior. 
Posteriormente, a crista ilíaca termina na espinha ilíaca 
posterossuperior, abaixo da qual se localiza a espinha ilíaca 
posteroinferior; mais abaixo está a incisura isquiática maior, junto 
à qual passa o nervo isquiático. Medialmente à porção posterior da 
crista ilíaca, encontra-se a tuberosidade ilíaca (ponto de inserção 
do ligamento sacroilíaco), e na face medial do ílio está a face 
auricular rugosa, que se articula com o sacro. Sua face anterior é 
lisa e côncava, denominada fossa ilíaca. 
O ísquio é o osso posteroinferior do quadril. Medialmente, 
encontra-se a espinha isquiática. Imediatamente acima e abaixo 
localizam-se a incisura isquiática maior e a menor. Inferiormente, 
encontra-se a tuberosidade isquiática, anteriormente, há o forame 
obturatório, formado pelos ramos anteroinferior e posteroinferior 
do ísquio junto ao ramo inferior do púbis, no qual há uma membrana 
cuja função é a inserção muscular (membrana obturatória). 
O púbis é o osso anterior do quadril. Possui ramos superior e 
inferior que sustentam o corpo do púbis, que se articula, por sua 
vez, com o púbis contralateral (sínfise púbica). 
DIÂMETROS DA BACIA 
Bacia maior 
Para a avaliação da via de parto é necessário apenas o 
conhecimento das dimensões da bacia menor. 
Bacia maior 
Limite lateral: fossas ilíacas internas. 
Limite posterior: coluna vertebral. 
Limite anterior: músculos da parede anterior do abdome. 
Diâmetros transversos: diâmetro biespinha estende-se da espinha 
ilíaca anterossuperior de um lado à do lado oposto. Diâmetro 
bicrista vai do ponto mais alto da crista ilíaca de um lado até o lado 
oposto 
Diâmetro anteroposterior: o diâmetro sacropúbico externo, ou 
conjugata externa (diâmetro de Baudelocque), estende-se da 
fosseta situada abaixo do processo espinhoso da última vértebra 
lombar (L5) até a borda superior da sínfise púbica e mede. 
 
Bacia menor (obstétrica, escava, escavação, bacia obstétrica) 
 Estreito superior. 
 Estreito médio. 
 Estreito inferior. 
Estreito superior: delimitado, no sentido posteroanterior, pelo 
promontório sacral, pela borda anterior da asa do sacro, pela 
articulação sacroilíaca, pela linha inominada, pela eminência 
ileopectínea e pela borda superior da sínfise púbica. 
Diâmetros anteriores 
 Diâmetro promontossuprapúbico (conjugata vera anatômica): 
com menor interesse obstétrico, traçado do promontório até 
a borda superior da sínfise púbica, mede 11 cm. 
 Diâmetro promontopúbico mínimo ( conjugata vera obstétrica 
ou diâmetro útil de Pinard), traçado do promontório à face 
posterior da sínfise púbica, mais precisamente até o ponto 
retrossinfisário de Crouzat, situado 3 a 4 mm abaixo da borda 
superior da sínfise púbica constitui o verdadeiro diâmetro útil, 
medindo de 10,5 a 11 cm, deve ser conhecido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diâmetros transversos 
 Diâmetro máximo: do ponto mais afastado da linha inominada 
de um lado à linha do lado oposto, com 13 a 13,5 cm. 
 Diâmetro médio, que se estende na mediana da conjugata vera 
anatômica e mede 12 cm. 
Diâmetros oblíquos (diâmetros de insinuação) 
Vão de uma eminência ileopectínea de um lado à articulação 
sacroilíaca contralateral e recebem dos autores franceses o nome 
de direito e esquerdo, de acordo com a eminência ileopectínea de 
onde partem; e dos germânicos, nomenclaturas conforme a 
articulação sacroilíaca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma nomenclatura mais simples e bastante aceita propõe 
denominar: 
 Primeiro oblíquo: parte da eminência ileopectínea esquerda. 
 Segundo oblíquo: sai da eminência ileopectínea direita. 
Eles medem aproximadamente 12 cm cada e o primeiro é 
discretamente maior que o segundo. Eles são nomeados de acordo 
com a frequência de insinuação, ou seja, o primeiro é assim 
denominado porque é mais frequente ocorrer insinuação neste 
oblíquo do que no segundo, de acordo com as variedades de 
apresentação mais prevalentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estreito médio 
Delimitado no sentido posteroanterior pela concavidade do osso 
sacro (precisamente entre as vértebras S4 e S5), passa pelo 
processo transverso da vértebra S5, pela borda inferior dos 
ligamentos sacroisquiáticos e pelas espinhas isquiáticas, e segue 
anteriormente até a margem inferior da sínfise púbica. 
 Diâmetro sacromediopúbico (anteroposterior), que vai do 
meio da concavidade do osso sacro (S4/S5) até o meio da face 
posterior da sínfise púbica, medindo 12 cm. 
 Diâmetro bi-isquiático (transverso): se estende de uma 
espinha isquiática à outra, mede 10,5 cm e é o ponto de maior 
estreitamento do canal de parto. 
Estreito inferior 
Delimitado, no sentido posteroanterior, pela ponta do cóccix e 
estende-se pela borda inferior do grande ligamento 
sacroisquiático, pela face interna da tuberosidade isquiática e pela 
borda inferior do ramo isquiopúbico, até atingir a borda inferior da 
sínfise púbica. Esse estreito é representado por dois triângulos, 
tendo como base uma linha que passa pelas tuberosidades 
isquiáticas. Anterior tem seu ápice no meio da borda inferior da 
sínfise púbica, e o posterior o tem na ponta do cóccix. 
 Diâmetro sagital posterior (com 7,5 cm): anteroposterior 
traçado da ponta do cóccix ao meio do diâmetro bituberoso 
sem interesse obstétrico. 
 Diâmetro cóccix-subpúbico: se estende da ponta do cóccix à 
borda inferior da sínfise púbica e mede 9,5 cm, é de interesse 
obstétrico e, na fase final da expulsão fetal após a retropulsão 
do cóccix, amplia-se em 2 a 3 cm, recebendo o nome de 
conjugata exitus. 
 Diâmetro bituberoso: diâmetro transverso se situa entre as 
duas faces internas da tuberosidade isquiática, mede 11 cm. 
 
 
Tipos de bacia 
Quatro tipos de bacia (classificação de Caldwell e Moloy - forma do 
estreito superior) 
 Ginecoide 
 Antropoide 
 Androide 
 Platipeloide

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