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SOCIOLOGIA_EXERCICIO_SEMANA_13_

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AULA 13 
SOCIOLOGIA JURÍDICA DA VIDA PRIVADA: TRANSFORMAÇÕES NAS RELAÇÕES DO 
COTIDIANO 
 
EMENTA DA AULA: Mudança social e Direito. Formulação e aplicação do Direito em face da 
mudança social. A n á l i s e d o s f atores que influenciam essa mudança. Mudanças socioculturais. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
O aluno deverá ser capaz de: 
 
• Identificar a codificação como produto da dinâmica social; 
• Reconhecer a provisoriedade e a mutabilidade das normas de Direito; 
• Reconhecer na legislação, na aplicação do Direito e nas instituições jurídicas, os efeitos de 
transformações na vida cotidiana sobre o Direito; 
• Analisar alguns ramos do Direito sob a ótica da Sociologia Jurídica, verificando 
especialmente as mudanças na vida privada em sua relação com o Direito. 
 
 
BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA: 
 
FONTES DE PESQUISA SUGERIDAS. Para a resolução dos casos desta aula, faça, 
inicialmente, a leitura dos capítulos 4 e 10 do livro de CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de 
sociologia jurídica. Rio de Janeiro: Forense, 2004. REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES: 
Portal da Violência contra a Mulher - http://www.patriciagalvao.org.br. Biblioteca do Centro-
Latino Americano em Sexualidade e Direitos Humanos, http://www.clam.org.br/. Biblioteca do 
Instituto Brasileiro de Direito de Família- http://www.ibdfam.org.br/?biblioteca&obras_direito. 
 
 
CASO 1 
A construção da mulher como vítima e seus reflexos no Poder Judiciário: a lei Maria da 
Penha como um caso exemplar. “A lei n. 11.340/06, sancionada no dia 7 de agosto de 2006, 
ficou conhecida como Maria da Penha em homenagem à biofarmacêutica, que no ano de 1983, 
foi vítima de uma tentativa de homicídio por seu ex-marido. De acordo com o art.1, das 
disposições preliminares esta lei, 
cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 
8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas 
de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e 
Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência 
Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às 
mulheres em situação de violência doméstica e familiar. 
 
Em sua forma de aplicação é vista como mecanismo que encoraja as mulheres a denunciar e 
formalizar as agressões ou outros tipos de violência sofrida. Esta lei prevê medidas cuja função 
é proteger mulheres quando em situação de violência ou ameaçadas de morte. Em termos 
gerais, tipifica e define a violência doméstica e familiar contra a mulher, determinando que esta 
possa ser tanto física, quanto psicológica, sexual, patrimonial e/ou moral. Também estabelece 
que esta violência independe da orientação sexual, significando dizer que pode ocorrer dentro 
da esfera de uma conjugalidade homoafetiva. Isto porque seu art. 5º permite uma interpretação 
de reconhecimento da entidade familiar entre pessoas do mesmo sexo” (RINALDI,Alessandra 
de Andrade. Violência e Gênero- A construção da mulher como vítima e seus reflexos no 
Poder Judiciário: a lei Maria da Penha como um caso exemplar. In: KLEVENHUSSEN, Renata 
Braga. Direito Público e Evolução Social - 1º Série. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2007). 
. 
 
1) Como pode ser observado, o Direito brasileiro está sendo afetado pelas novas 
modalidades de relações conjugais e afetivas e pelos novos modelos de família e de 
sexualidade. Para explicar as razões de tal fenômeno discorra sobre o reflexo das 
mudanças sociais na esfera legislativa, segundo Cavalieri Filho. 
 
Resposta: O direito reflete a sociedade para a qual se destina, sendo assim acompanha 
as transformações culturais pois o direito é também um aspecto cultural do povo. 
 
2) Segundo o texto acima, é possível entender que Direito pode ser tomado como 
expressão de uma situação social específica de disputa simbólica e política, como a que 
veio se consolidando por meio das transformações do movimento feminista nas décadas 
de 1970 e 1980 no Brasil, e de forma análoga ao que vem ocorrendo hoje com o 
movimento GBLTTs (Gays, bissexuais, lésbicas, travestis, transexuais e transgêneros). 
Seguindo essa linha de raciocínio discuta a importância para o Direito da incorporação 
da temática homoafetiva na esfera da violência doméstica. 
 
Resposta: Através da incorporação da temática homoafetiva o direito contempla novas 
modalidades de relações conjugais e afetivas, novos modelos de família e de 
sexualidade, além disso, é capaz de garantir que as mulheres independentemente de 
classe, nível social, cultural, idade e religião, devem ter asseguradas as oportunidades 
para viver sem violência. 
 
CASO 2 
A questão da legitimidade ativa na Adoção. A Justiça do Estado de São Paulo e do Rio 
Grande do Sul vêm decidindo por meio dos juízes da Infância e Juventude, em ação de adoção 
e após o estudo do caso e social, a possibilidade de ser adotante o casal homossexual. Nesta 
hipótese, o mandado de averbação emitido constará na filiação somente os nomes dos 
adotantes, excluindo tratar-se de mãe ou pai. O tema exposto é conflitante, pois da 
interpretação do Código Civil e do Estatuto da Criança e do Adolescente não se extrai a 
permissão do casal homossexual adotar. (...) Mas a Justiça aplica os princípios norteadores do 
direito visando o melhor para o adotando. Aos casos julgados recentemente, os quais 
permitiram a adoção conjunta por casal homossexual, foi aplicado o fenômeno da integração 
normativa, utilizando o juízo do disposto nos artigos 4º e 5º da Lei de Introdução ao Código 
Civil. (...) Sustentar a possibilidade de pares homoafetivos serem adotantes, mesmo que 
preenchidos os requisitos procedimentais é seguir contrária à norma civilista. Porém, o 
provérbio de que a cada direito cabe uma ação, não permitindo a non liquet, traz poder ao 
judiciário de decidir sobre a adoção, de maneira que melhor favoreça a educação, a criação e a 
saúde do adotando (adaptado de MIRANDA, Adriana Augusta Telles de. A questão da 
legitimidade ativa na Adoção. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, 51, 31/03/2008. Disponível em 
http://www.ambito-juridico.com.br/). 
 
1) Neste caso específico, discuta a importância da adequação do Direito à mudança 
social. 
 
Resposta: è importante que o direito caminhe em conformidade com a sociedade para 
que este seja eficaz, não contemplar a possibilidade de adoção por casais homo sexual é 
negar a realidade atual, a sociedade brasileira vem considerando que a família pode ser 
composta por pessoas de mesmo sexo, com isso tem aberto a possibilidade para que 
estes novos arranjos sejam constituídos também por uma prole, sendo assim compete 
ao universo jurídico trazer essa realidade para o seu campo de atuação de forma a 
garantir o respeito ao pluralismo e a diversidade sexual. 
 
2) Discuta os reflexos das decisões da Justiça do Estado de São Paulo e do Rio 
Grande do Sul para o campo jurídico brasileiro. 
 
Resposta: Essas decisões estabelecem novas diretrizes a serem seguida pelos 
operadores do direito para garantir adequação entre a norma e a realidade 
cultural/sexual nos dias atuais.

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