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Atualidades do Mercado Financeiro

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2
Atualidades do Mercado Financeiro– Edital BB (2021)
 1 – Os bancos na Era Digital: atualidade, tendências e desafios.
 2 – Internet Banking.
 3 – Mobile Banking.
 4 – Open Banking.
 5 – Novos Modelos de negócios.
 6 – Fintechs, startups e big techs.
 7 – Sistemas de bancos-sombra (Shadow banking).
 8 – Funções da moeda.
 9 – O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas.
 10 – Marketplace.
 11 – Correspondentes bancários.
 12 – Arranjos de pagamentos.
 13 – Sistemas de pagamentos instantâneos (PIX).
 14 – Segmentação e interações digitais.
 15 – Transformação digital no Sistema Financeiro.
3
4
5
1945
Criação da Superintendência 
da Moeda e do Crédito 
(SUMOC)
1962
Início da era da automação 
bancária no Brasil, com a 
aquisição dos primeiros 
computadores pelos bancos
1964
Lei 4.595/64 estabelece 
novas regras para o mercado 
bancário, criando o Conselho 
Monetário Nacional (CMN) e 
o Banco Central do Brasil 
(BACEN)
1967
Fundação da Federação 
Brasileira de Bancos 
(FEBRABAN)
1971
A FEBRABAN cria o Centro 
Nacional de Automação 
Bancária (CNAB), para apoiar 
os esforços tecnológicos do 
setor.
1975
A padronização chega aos 
boletos de cobrança, 
aumentando a eficiência do 
processamento e permitindo 
pagamento em qualquer 
agência bancária.
1979
O Banco Central e a ANDIMA 
criam o Sistema Especial de 
Liquidação e Custódia 
(SELIC), substituindo títulos 
físicos por lançamentos 
eletrônicos.
1983
Criação da Compensação 
Nacional e instalação do 
primeiro caixa eletrônico e 
da primeira Unidade de 
Resposta Audível (URA) do 
Brasil.
6
1988
CMN altera a 
regulamentação do setor 
bancário, permitindo a 
operação de bancos 
Múltiplos.
1992
Surgimento do Débito 
Automático para algumas contas 
(água, luz, gás e telefone) e o 
sistema de pagamentos de 
aposentados e pensionistas por 
meio de cartão magnético.
1994
Itamar lança o Plano Real. 
Bancos ajustam-se à estabilidade 
da moeda. O Bacen passa a 
enquadrar os bancos brasileiros 
nas regras da Basileia.
1996
Lançamento do primeiro 
serviço de Internet Banking 
do Brasil. Criação do COPOM.
1999
Criação da Figura de 
correspondente bancário e 
da Cédula de Crédito 
Bancário (CCB).
2000
Lançamento do primeiro 
serviço de mobile banking do 
Brasil.
2001
Criação do Sistema de 
Pagamentos Brasileiro (SPB) 
e da Câmara Interbancária 
de Pagamentos (CIP).
2002
O SPB entra em operação, 
processando inicialmente 
TEDs com limite mínimo de 
R$ 5 milhões.
7
2009
Implantação do Débito 
Direto Autorizado (DDA), 
sistema eletrônico que utiliza 
a estrutura do SPB para 
substituir por documentos 
digitais os boletos 
impressos.
2011
A compensação por imagem 
substitui em todo o território 
nacional a compensação 
física de cheques.
2013
A Lei 12.865/13 democratizou o acesso dos brasileiros a 
diversos serviços, viabilizando a inclusão financeira no país. 
Mesmo sem conta corrente, pessoas podem fazer 
pagamentos e transferências por meio de outras empresas, 
fazendo uso dos seus telefones celulares. 
2014
Pagamento via NFC – Near
Field Communication -
pagamento por aproximação, 
que dependendo do valor da 
compra nem precisa de 
senha.
2010
Quebra da exclusividade das 
bandeiras de cartão de 
crédito.
8
Outras inovações
Inteligência artificial, bigdata, a 
internet das coisas, computação 
em nuvens, robótica, 
cibersegurança, biometria, 
Webchat, chatbot (BIA), startups, 
fintechs, bitgtechs, innovation
labs, coworking etc.
2020
Lançamento oficial do PIX –
pagamento instantâneo –
com funcionamento 24 horas 
por dia e sete dias por 
semana.
2021
Open Banking. É um 
conjunto de regras sobre o 
uso e compartilhamento de 
dados e informações 
financeiras entre instituições.
9
Consumidor Digital: Papel Central na Era da 
Informação, obtendo o poder em suas próprias 
mãos.
A Era Digital afeta:
• Modo de viver
• Cultura
• Sociedade
• Modo de Interagir
Dados se tornaram matéria-prima para os negócios. 
10
Canais Tradicionais:
1. agências bancárias com ponto fixo e de livre acesso dos clientes e usuários;
2. máquinas de autoatendimento (ATM - Automated Teller Machine);
3. centrais de atendimento telefônico (contact centers); e
4. correspondentes bancários (empresas terceirizadas, vinculadas ao comércio que por meio de convênio, prestam serviços
bancários).
Canais Digitais:
1. smartphones ou tablets, nominados de mobile banking;
2. computador pessoal, nominado de internet banking;
3. POS (Points of Sale) estão distribuídos nos mais diversos negócios e são popularmente chamados de “maquininha” de
débito e crédito.
Em 2018, das transações com movimentação financeira, aquelas feitas via POS (máquinas de cartão de crédito ou débito)
superaram as realizadas pelos canais tradicionais (agências, correspondentes, ATM’s e contact center). Foram 12,6% do total das
transações contra 11,6%, demonstrando a predominância dos pagamentos eletrônicos frente aos pagamentos em espécie
(FEBRABAN, 2019). Muitas pessoas perderam o costume de carregar dinheiro consigo, enquanto outras, que não o tem, muitas
vezes, fazem uso de crédito na forma de cartão ou cheque especial em suas operações.
11
Em 2019 foram fechadas 834 agências físicas (DIEESE, 2020) corroborando com a tendência de queda deste canal nos últimos anos e
reforçando a estratégia de direcionar os clientes, seja para os serviços terceirizados ou para o atendimento digital. Como
consequência, se ampliaram agências digitais. Nesses ambientes, as interações via chat, troca de mensagens por texto em aplicativos
de comunicação instantânea, operadas por profissionais que realizam o atendimento de clientes remotamente, obtiveram um
crescimento de 364% em 2018, chegando ao volume de 138,3 milhões (FEBRABAN, 2019b).
Composição das transações bancárias por canal (em %)
12
Evolução das transações bancárias por canal, 2011-2019, em
bilhões de Reais.
13
Transações bancárias por tipo nos canais de mobile banking e
internet banking, em 2018 e 2019.
14
15
16
O que é o Open Banking?
É um conceito que prevê a abertura de informações financeiras de um cliente a outros prestadores de serviço autorizados por ele. Sua
premissa básica é a de que os dados pertencem aos clientes, e não às instituições financeiras.
É considerado uma Tecnologia disruptiva?
Sim. Tecnologia disruptiva ou inovação disruptiva é um termo que descreve a inovação tecnológica, produto, ou serviço, com características
"disruptivas", que provocam uma ruptura com os padrões, modelos ou tecnologias já estabelecidos no mercado.
Como é o Escopo do Open Banking no Brasil?
• Informações de produtos e serviços das instituições reguladas;
• Dados cadastrais e transacionais dos clientes (conta, crédito e investimentos);
• Serviços de pagamentos (pagamentos instantâneos, TED/DOC e boletos).
Vantagens:
• Instituições passam a ter maior capacidade de análise;
• Possibilidade de parcerias com diferentes empresas, como as fintechs;
• Novos modelos de negócios;
• Aprimoramento do relacionamento com investidores;
• Desenvolvimento de produtos de forma mais ágil e adequados às demandas dos clientes.
17
Fases Descrição do Serviço
1ª FASE: 01/fevereiro Compartilhamento de produtos, serviços e taxas entre as instituições financeiras. 
2ª FASE: 13/agosto Instituições Financeiras passam a compartilhar dados cadastrais de clientes.
3ª FASE: 29/outubro
Início dos serviços de transação de pagamento e compartilhamento do histórico de 
informações financeiras dos clientes.
4ª FASE: 15/dezembro
Possibilidade de compartilhar dados referentes a operações de câmbio, serviços de 
credenciamento, constas de depósito a prazo e outros produtos de investimentos, 
seguros, previdência aberta etc.
18
19
ASSINATURA
O principal objetivo é obter ganhos recorrentes. Propõe-se ao cliente um módulo de plano no qual ele se compromete a pagar mensalidades,
ou no pagamento de uma única parcela. Exemplos: Netflix, Amazon e Globoplay.MARKETPLACE
Venda de produtos online (e-commerce). É um modelo de negócio pelo qual uma empresa de reputação cede espaço para outros
comerciantes venderem seus produtos em seu site. É como se uma grande loja alugasse espaços dentro de seu salão, e em contrapartida, os
locatários seguem um padrão de atendimento e repassar um percentual do que é vendido. A principal vantagem para o pequeno comerciante
é alcançar uma enorme quantidade de consumidores. A desvantagem é conseguir propagar a sua própria marca. Exemplos: Mercado Livre e
Lojas Americanas.
FRANQUIA
Consiste na relação de franqueador e franqueado, sendo que o primeiro cede o direito do uso de sua marca, como também toda orientação
para implantação da empresa. O franqueado se compromete a pagar um valor fixo, que será estipulado no contrato. Contudo, não deve
caracterizar vínculo empregatício.
ECONOMIA COLABORATIVA
Caracterizada pelo compartilhamento de objetos e serviços. Ceder um espaço na casa, ou um dos assentos do carro, são algumas das formas
de como funciona a economia de rede (outra denominação). Exemplos: Airbnb, Uber e Coworking.
FINTECHS, STARTUPS E BIGTECHS (tópico 06)
20
MODELO CENTRALIZADO
Até a década de 90, a fórmula do sucesso das empresas eram os modelos centralizados. As empresas com esse modelo eram sinônimo de
prosperidade. As empresas centralizadas são caracterizadas pelos grandes conglomerados. Neles, o poder é absolutamente centralizado,
todo o direcionamento estratégico e tático é determinado pelos poucos membros da direção. Travados pelas diretrizes, pelo orçamento,
pela alocação de recursos e pela cultura, tudo acontece conforme o plano definido pelo topo da pirâmide.
MODELO DISTRIBUIDO
Com o início da digitalização do mundo nos anos 2000, as empresas perceberam a necessidade de ter maior agilidade no processo de
decisão e maior velocidade de resposta e adaptação. Diversas empresas começaram a distribuir seus negócios em unidades menores, com
maior autonomia e de certa forma independentes. Formados por empresas independentes, atuando em posicionamentos diferentes e com
alguma coordenação estratégica central, mas com baixíssima sinergia entre elas.
MODELO COMPARTILHADO
Um bom exemplo desse modelo é o Google. Formado por empresas independentes e especializadas e com alta sinergia, o negócio do Google
de Busca conversa e interage com o seu negócio de Mapas, que interage com seu negócio de Vídeo, etc.
21
MODELO FREEMIUM
Freemium é um modelo de negócio baseado na criação e disponibilização de um produto ou serviço gratuito, porém, conforme o usuário
avança em sua jornada de consumo ou o objeto da relação não supre mais a demanda adequadamente, a empresa disponibiliza uma opção
paga que conta com funcionalidades extras ou recursos mais avançados. O principal objetivo foi mostrar, aos poucos, os benefícios de contar
com a opção paga para conquistar os clientes em longo prazo, ou seja, qualquer pessoa que se interessasse poderia usar o produto ou serviço
sem gastar um único centavo, entretanto, apenas quem assinasse algum plano pago teria acesso completo aos recursos mais avançados do
objeto da relação. Ex: Spotify e Dropbox.
MODELO ON DEMAND
Esse modelo de negócio é muito comum de ser adotado entre software houses, que se dedica a desenvolver soluções de acordo com a
demanda dos clientes. É um produto personalizado. O objetivo é permitir que os compradores montem o seu próprio produto ou pacote de
serviços, cabendo à empresa achar a solução adequada para o problema com um preço justo. Exemplo de empresas que cresceram
exponencialmente com esse modelo são a Oracle e a SAP
MODELO DE ECOSSISTEMA
Os ecossistemas são formados por diversas empresas absolutamente independentes e especializadas nas suas atividades. Dispõem de
fortes lideranças, com ampla autonomia para liderar seus negócios. A fortaleza do modelo vem através de um agente central coordenando
estrategicamente esse ecossistema e da forte interconexão e sinergia dessas empresas. Na verdade, o principal diferencial competitivo
delas é exatamente a união e combinação de competências. Isso gera um alto poder de inovação e disrupção nos setores em que atuam. São
organizações sem fronteiras, que buscam ativamente atuar em diversos segmentos da economia para combinar competências nunca antes
combinadas, gerando assim a inovação.
.
22
23
Fintechs são organizações em formato de startups – empresas emergentes que tem como objetivo principal desenvolver ou
aprimorar um modelo de negócio: escalável, disruptivo e repetível - no mercado financeiro. As fintechs, na medida em que
inovam os serviços financeiros, promovem um abalo no domínio das grandes corporações financeiras, que são obrigadas a
reagir com novas soluções de serviços, ou, também, adquirir as fintechs concorrentes ou buscar parcerias com elas.
As Bigtechs como Facebook, Amazon, Google, entre outras, dominam grande conjunto de informações e dados dos clientes
no mundo contemporâneo. Por exemplo, o WhatsApp, do Facebook, abarca sob seu domínio 120 milhões de usuários no
País.
• Usam tecnologia de forma INTENSIVA;
• Oferecem produtos na área de serviços financeiros de forma inovadora;
• Focada na experiência e necessidade do usuário.
• São tecnologias disruptivas.
• Marco Regulatório dos Pagamentos Eletrônicos (Lei 12.865/13)
24
.
Investimento próprio (Bootstrapping):
Investimento do próprio empreendedor na sua ideia. Nesse tipo de financiamento, o empreendedor tira dinheiro da poupança, usa seus recursos próprios ou faz 
empréstimos pessoais para lançar o seu negócio. Além da verba financeira, uma das formas de bootstrapping mais comum é a em que o(s) empreendedor(es) 
investem o tempo e o(s) conhecimento(s) que eles possuem para tracionar o negócio e tentar obter o capital necessário a partir de editais, investidores ou 
naturalmente pelas vendas da empresa.
Investimento Anjo:
É o investimento efetuado por pessoas físicas com seu capital próprio* em empresas nascentes com alto potencial de crescimento apresentando as seguintes 
características:
• É efetuado por profissionais (empresários, executivos e profissionais liberais) experientes, que agregam valor para o empreendedor com seus conhecimentos 
(know-how), experiência e rede de relacionamentos além dos recursos financeiros, por isto é conhecido como smart-money.
• Tem normalmente uma participação minoritária no negócio.
• Não tem posição executiva na empresa, mas apoiam o empreendedor, atuando como um mentor/conselheiro.
O Investimento com recursos de terceiros é chamado "gestão de recursos". É efetivado por fundos de investimento e similares, sendo uma modalidade importante 
e complementar a de Investimento-Anjo, normalmente aplicado em aportes subsequentes.
• O Investidor-Anjo é normalmente um (ex-)empresário/empreendedor ou executivo que já trilhou uma carreira de sucesso, acumulando recursos suficientes 
para alocar uma parte para investir em novas empresas, bem como aplicar sua experiência apoiando a empresa. 
• O investimento-anjo não é uma atividade filantrópica e/ou com fins puramente sociais. O Investidor-Anjo tem como objetivo aplicar em negócios com alto 
potencial de retorno, que consequentemente terão um grande impacto positivo para a sociedade através da geração de oportunidades de trabalho e de renda. 
25
“O combate à pobreza e às desigualdades sociais passa pela inclusão de pessoas e um melhor funcionamento do mercado
financeiro” (Siqueira, Albino & Diniz, 2018). Nesse sentido, algumas dessas empresas inovadoras recebem o nome de
Socialtechs, as fintechs sociais ou, ainda, de Fintechs de Impacto. Elas atuam com dois objetivos principais: criar valor social e
ser economicamente sustentável (autossuficiente).
• promover a inclusão financeira;
• desenvolvimento local ou regional e a democratização dos serviços;
• descentralização dos serviços;
• fornecimento de educação financeira; e
• da criação de alternativas ao capitalismo financeiro, entre outros.
26
27
28
Sistema bancário paralelo ou Bancos-sombra(Shadow banking) é um sistema financeiro informal, não regulamentado que
fornece uma importante fonte de crédito para aqueles que não têm acesso ao financiamento regular, ou que não se
qualificam para empréstimos em bancos regulares.
Bancos-sombra são definidos como intermediários financeiros que realizam funções de banco "sem acesso
à liquidez do banco central ou garantias de crédito do setor público.“
Este mercado também prospera no ambiente financeiro de baixas taxas de juros nos grandes países industrializados, que
leva os investidores a buscar rendimentos mais elevados.
intermediários não-regulamentados que podem fazer parte do shadow banking estão os:
•Bancos de investimento;
•Fundos de hedge;
•Operações com derivativos e títulos securitizados;
•Fundos do mercado monetário;
•Companhias de seguros;
•Fundos de capital privado;
•Fundos de direitos creditórios;
•Factorings e fomentadoras mercantis;
•Empréstimos descentralizados (peer-to-peer lending).
29
Instituições não bancárias
Instituições bancárias
Risco de Crédito
Risco de Mercado
Risco de Liquidez
Risco de Crédito
Risco de Mercado
Risco de Liquidez
Sem reservas Bancárias
Com reservas Bancárias
30
Críticas e riscos envolvidos no shadow banking
O setor bancário paralelo desempenha um papel crítico ao atender crescente demanda por crédito no mercado global.
Porém, embora muitos argumentam que a atuação desse sistema bancário paralelo pode aumentar a eficiência
econômica, sua operação gera preocupações quanto ao risco sistêmico de sistema financeiro.
Muitos acreditam, por exemplo, que o shadow banking foi o principal responsável pela crise de 2008 – a maior recessão
econômica desde a Grande Depressão dos anos 1930.
Isso se deve porque, na véspera da crise de 2008, o sistema financeiro paralelo nos Estados Unidos tinha crescido
aproximadamente o mesmo tamanho do sistema bancário tradicional do país. Por isso, quando os junk
bonds imobiliários criados pelo shadow banking começaram a derreter, os investidores correram para tentar resgatar
seu capital.
Mas como todas essas operações estavam completamente alavancadas (ou seja, sem nenhum lastro ou garantia real),
não haviam fundos para honrar nenhum compromisso. Logo, esse problema se alastrou por todo o mercado financeiro,
desencadeando todo o restante da crise e afetando profundamente a economia mundial.
31
Regulação e limitações propostas ao shadow banking
Após a crise de 2008, as autoridades do mundo inteiro se empenharam para aprovar uma série de medidas que regulasse e
limitasse a operação do shadow banking. Porém, apesar das reformas, principalmente aquelas aprovadas pelo Congresso
americano, essas instituições ainda não estão sujeitas aos mesmos regulamentos que os bancos depositários tradicionais.
Isso significa que o shadow banking ainda permanece ativo e altamente alavancado, com uma alta proporção de dívida em
relação aos seus ativos de garantia. Por isso, muitos acreditam que o esse sistema ainda pode estar expondo os mercados
financeiros de todo mundo a um risco sistêmico excessivo.
32
33
A moeda é um objeto que desempenha três funções:
Meio de Troca
É consequência natural da evolução econômica e social a passagem das trocas diretas para as indiretas. Escolhe-se uma mercadoria de
aceitação geral que passa a ser utilizada para liquidar as transações realizadas. Essa mercadoria transforma-se em moeda, isto é, no ativo que
pode ser usado nas transações econômicas. A introdução de um intermediário nas trocas permite sua dissociação em duas operações: uma
venda, em que se entrega a mercadoria contra o recebimento da moeda, e uma compra, em que se entrega moeda para o recebimento de
uma mercadoria. Com isso, elimina-se a necessidade da dupla coincidência de desejos da troca direta.
Unidade de conta
A moeda desempenha a função de denominador comum de valor ou unidade de conta, isso é, fornece o padrão para que as demais
mercadorias expressem seus valores. Ela desempenha a função de ser a expressão geral do valor, isto é, fornece o “referencial” para que as
demais mercadorias cotem seus valores.
Reserva de Valor
Essa terceira função é uma necessidade decorrente de sua primeira função – meio de troca. A separação entre os atos de compra e de
venda em termos individuais permite a separação temporal, isto é, o indivíduo ao vender não precisa comprar imediatamente outra
mercadoria. Para que o indivíduo possa escolher o momento de realizar (utilizar) o poder de compra adquirido ao vender sua mercadoria, este
deve manter seu valor ao longo do tempo, isto é, a moeda deve, ao menos durante certo intervalo de tempo, ser reserva de valor. Como a
moeda é reserva de valor e unidade de contam, abrimos, inclusive, a possibilidade de que as transações não sejam liquidadas imediatamente
contra a entrega da moeda; a mercadoria pode circular com uma promessa futura de pagamento. Esta possibilidade de diferir o pagamento, a
liquidação no tempo, é a origem do sistema de crédito.
34
35
As primeiras experiências de uma moeda digital surgiram no final da década de 1980.
• Ecash: primeira tentativa de criação de um dinheiro digital, criada em 1983 pelo criptógrafo americano David Chaum. É reconhecido como
o projeto que deu as bases para o DigiCash.
• DigiCash: foi lançado em 1989. Centralizado, usou um sistema de chaves criptografadas com algumas semelhanças ao sistema usado pelo
bitcoin hoje.
• Hashcash: de 1997, foi inicialmente concebido como uma forma de limitar o recebimento de spam, forçando o remetente a resolver um
enigma computacional. A ideia não foi para a frente, nem como um mecanismo de proteção a spam nem como instrumento financeiro.
Porém, serviu de base para a lógica de Prova de Trabalho – Proof of Work (POW) – na mineração do Bitcoin: para criarem novos Bitcoins, os
mineradores precisam resolver enigmas.
• B-money: de 1998, explorava uma forma de criar uma moeda anônima, dentro de um sistema distribuído, no qual o dinheiro era criado
pela resolução de enigmas similares ao proposto pelo Hashcash.
• BitGold: também de 1998, desenhou um algoritmo baseado em resolução de enigmas (POW) que ajudou a criar o modelo de consenso
existente na blockchain do Bitcoin, em que os usuários da rede precisam aprovar as transações.
• PayPal: de 1998, é um primeiro caso de disrupção do meio de pagamento mundial. O PayPal, em si, não é uma moeda, mas foi a primeira
plataforma a possibilitar transações financeiras ao redor do mundo em qualquer moeda.
• Proofs of Work reusáveis (RPOW): de 2004, foi uma tentativa de transformar Proofs of Work em tokens intercambiáveis. O
criador dessa ideia, Hal Finney, foi o primeiro usuário conhecido a receber um bitcoin.
36
Um artigo publicado no dia 18 de agosto de 2008 por Satoshi Nakamoto intitulado: “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash
System [Bitcoin: um sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer], criou as bases para o surgimento do Bitcoin, uma moeda:
1. Digital;
2. Neutra;
3. Independente;
4. Criptografada - garante a privacidade, elemento fundamental para que o dinheiro seja livre de verdade;
5. Baseada na tecnologia conhecida como Blockchain.
Como funciona o Blockchain?
A blockchain é uma espécie de “livro-razão”: ela registra todos os movimentos da transação, como a quantia, quem enviou,
quem recebeu e o lugar onde fica registrada a movimentação dentro deste livro. Quando uma transação ocorre em uma
blockchain, ela é agrupada em um “bloco” criptografado com outras transações que ocorreram no mesmo período de tempo –
cada bloco contém uma espécie de carimbo com a data e o horário da transação. O bloco é então transmitido para a rede. A
rede blockchain é composta por nós (nodes), que são participantes que validam e retransmitem informações de transação. Essa
participação é voluntária e o benefício é o de garantir a integridade da rede. É a mesma lógica do Torrent, programa usado para
baixar filmes, músicas e jogos. Quando uma pessoa baixa um arquivo, você “puxa” o arquivo de outra pessoa (outro nó da
rede).Depois de baixado, você também se torna apto a compartilhar e distribuir o arquivo, tornando-se também, um novo nó.
37
Rede centralizada Rede distribuída
Todo poder e confiança está 
centrado em um único ponto.
Há uma hierarquia de vários 
pontos de poder.
Não há hierarquia. É um 
sistema horizontal de 
organização.
38
Ela permite retirar os intermediários da transação sem comprometer a confiança e a segurança entre as partes interessadas. A
blockchain não vale somente para dinheiro – transações financeiras ou monetárias – mas também com documentos variados, como contratos,
dados médicos, registros pessoais, identificações ou qualquer outro tipo de informação que necessite ser armazenada com segurança.
Você pode transformar seu documento de papel em um arquivo digital – chamado de token. A partir do momento que você tiver o
token “em mãos”, você poderá enviá-lo para determinado estabelecimento autenticar e dar prosseguimento à sua documentação. O Token
não é uma cópia do documento, ele é o documento em si.
O quê é um Token?
Tokenização: um token é a representação digital de algo, pode ser a própria criptomoeda ou um documento – tem sido um movimento 
importante dos bancos tradicionais, que conseguem criar ativos globalmente negociáveis. 
Quais as principais características de uma Blockchain?
• Mais que 50% dos participantes precisam concordar e sincronizar a cadeia de blocos para que as informação armazenadas sejam validadas;
• Praticamente impossível alterar a informação gravada;
• Cada novo bloco faz referência ao anterior, e, a cada nova entrada de ados, o último elo é verificado.
• Utiliza criptografia em todas suas ligações, o que assegura que informações sigilosas possam ser armazenadas sem que nenhum ponto da 
rede tenha acesso ao conteúdo, que só se torna visível para quem possui a devida autorização.
39
Como a informação é guardada?
A mesma informação é processada e armazenada em inúmeros computadores ao redor do mundo. E para alterar qualquer 
informação armazenada, seria necessário alterar e sincronizar a informação entre todos os pontos da rede. O sistema de 
consenso é o que garante a segurança da rede e a imutabilidade das informações. 
Qual a vantagem da tecnologia do Blockchain?
• Quando se trata do dinheiro, o blockchain permite que haja transferência internacionais em cerca de duas horas;
• Agilidade na prestação de serviços e oferta de produtos;
• Produtos mais baratos e menos burocráticos.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin foi a primeira criptomoeda do mundo. Criado em 2008, por um usuário ou grupo de usuários de forma anônima e 
voluntária que atende sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, mas que entrou em funcionamento somente em 03 de janeiro 
de 2009. 
Sistema criptografado
40
Cada usuário do sistema do Bitcoin possui um par de chaves criptografadas pública e privada. As chaves públicas
servem como endereço da conta. A chave privada dá acesso à moeda. A maior parte das carteiras, tanto de aplicativos
quanto em carteiras físicas, convertem a chave privada em uma sequência de doze a 24 palavras que funcionam como um
backup. São as chamadas “palavras-semente”. Se você perder o código, perdeu o Bitcoin.
Ex: se eu quiser enviar Bitcoin para um terceiro, eu irei enviar para a chave pública desse terceiro. Mas para o terceiro receber
os meus Bitcoins, ele precisará usar sua chave privada.
As transações são validadas e adicionadas à blockchain através de um processo chamado “mineração”, que
também é o método pelo qual novos bitcoins são criados. O limite de Bitcoins é de cerca de 21 milhões. Até 2019, 18 milhões
já foram emitidos.
• Criação de novos bitcoins que serão inseridos na rede;
• Necessário resolver um enigma criptográfico computacional;
• O minerador que desvendar o enigma ganha o direito de inscrever um novo bloco na blockchain e as taxas das 
futuras transações que ocorrerem nesse bloco, assim como um montante em bitcoins;
• Um novo Bloco é minerado a cada dez minutos.
• Para minerar é necessário um hardware em específico, projetado especialmente para a resolução de enigmas 
computacionais.
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Como se compra bitcoin?
Você pode aceitar Bitcoins como forma de pagamento por produtos ou serviços, ou então compra-lo em corretoras (exchanges) usando
moedas correntes nacionais, ou também usando outras moedas digitais, como o Ether (ETH) e Litecoin (LTC), etc. Uma terceira forma seria
através da mineração.
Observações:
• Não deixe seu bitcoin na corretora, pois estas empresas não são custodiantes nem são responsáveis caso venham a ser hackeadas.
• Depois de adquirir seus Bitcoins, faça o saque para sua carteira e guarde-os em segurança na sua posse.
• Pagamentos com Bitcoin são irreversíveis.
• Bitcoin é “semianônimo”: o valor das transações feitas são públicas, porém a identidade do usuário é privada.
O que é uma carteira ou Wallet?
Pode ser um aplicativo de celular, um pedaço de papel, um programa no computador ou até um hardware, semelhante a um pen-drive.
Cold Wallet
Carteiras Off-line. Exemplos são as carteiras em hardware (que são
parecidos com um pen-drive, das marcas Trezor e Ledger, que você pode
adquirir nos sites oficiais), ou carteiras em papel, que são as chaves pública e
privada impressas em um papel.
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Hot Wallet
Carteiras On-line. Possuem acesso à internet pelo dispositivo onde estão instaladas e são mais
práticas para quem quer movimentar e usar suas criptomoedas com mais frequência.
Geralmente são aplicativos no celular ou programas no computador e são mais aconselháveis
para a manutenção de saldos menores. Também possuem backup das chaves privadas.
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CRIPTOMOEDAS CAPITALIZAÇÃO DE MERCADO
1. Bitcoin (BTC)
2. Ethereum (ETH)
3. Cardano (ADA)
4. Binance Coin (BNB)
5. Tether (USDT)
6. XRP (XRP)
7. Dogecoin (DOGE)
8. USD Coin (USDC)
9. Polkadot (DOT)
10. Solana (SOL)
11. Uniswap (UNI)
12. Binance USD (BUSD)
13. Bitcoin Cash (BCH)
14. Litecoin (LTC)
15. Chainlink (Link
$875,392,147,463
$362,807,887,160
$81,038,081,195
$80,153,841,373
$65,527,814,747
$50,010,272,677
$34,779,795,704
$26,987,838,370
$23,456,632,952
$22,086,290,124
$15,515,459,597
$12,178,456,152
$11,488,511,450
$11,160,742,541
$10,856,651,277
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De acordo com Vazquez (2018), os correspondentes bancários consistem em parcerias estabelecidas entre as Instituições
Financeiras e empresas do setor do comércio, sobretudo varejista, assim como dos Correios, lotéricas, cartórios etc. Estas
empresas comercializam produtos e serviços bancários e execução operações transacionais, sem a intermediação direta de
um trabalhador bancário. Esse fenômeno, segunda a autora, já está consolidado no país e apresentou significativo
crescimento desde o ano 2000. A definição de correspondentes bancários segundo resoluções do CMN (Conselho Monetário
Nacional) é a atividade de execução de serviços acessórios às atividades dos bancos, por meio de empresas não-bancárias
que são empregadas para este fim.
Vantagem:
• O Banco consegue tirar os “não-clientes” das agências que avolumam filas dos caixas;
• Inclusão financeira (argumento dos bancos);
• Aumenta a capacidade de alcance dos bancos.
Desvantagem:
• O correspondente bancário não possui as mesmas condições de trabalho de um bancário;
• Não possui a mesma remuneração.
Resolução n. 3.959, passou a permitir a existência de estabelecimentos cujo objeto 
social principal ou único fosse exercer função de correspondente bancário.
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Estabeleceu:
a) maior flexibilidade no rol dos serviços;
b) autorização para a realização de atividades de câmbio de até U$$ 3 mil ou valor equivalente em outras moedas;
c) contratação de instituição cujo controle societário fosse exercido pela instituição contratante (ou seja, a própria instituição contratante é seu correspondente
bancário).
De tal resolução, tem-se, no seu art. 8º a configuração atual dos correspondentes:
“Art. 8º O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades de atendimento, visando ao fornecimento de produtos e serviços de
responsabilidadeda instituição contratante a seus clientes e usuários”:
I. recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante;
II. realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à movimentação de contas de depósitos de titularidade de
clientes mantidas pela instituição contratante;
III. recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes da execução de contratos e convênios de
prestação de serviços mantidos pela instituição contratante com terceiros;
IV. execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da instituição contratante por solicitação de clientes e usuários;
V. recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante;
VI. recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição contratante;
VII. execução de serviços de cobrança extrajudicial, relativa a créditos de titularidade da instituição contratante ou de seus clientes; (Revogado pela
Resolução nº 3.959, de 31/3/2011.)
VIII. recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito de responsabilidade da instituição contratante; e
IX. realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante, observado o disposto no art. 9º.
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Arranjos de pagamentos são um conjunto de procedimentos e regras que determina como uma transação de pagamento eletrônico ou
transferência deve acontecer, seja em moeda nacional ou estrangeira.
Essas regras são determinadas pelas empresas responsáveis por esses arranjos que, por sua vez, são definidas pelo Banco Central por meio de
seus normativos e nomeadas como Instituidores de Arranjo de Pagamento.
Objetivo: conectar todas as partes envolvidas no processo de pagamento (emissor do instrumento de pagamento, credenciadora,
subcredenciadora, estabelecimento comercial e cliente) e tornar as ações mais viáveis, práticas e acessíveis para o público.
Arranjos de pagamentos fechado: nem todo arranjo de pagamento está sujeito à regulação do Banco Central, como é o caso dos cartões
Private Label, que são emitidos por grandes varejistas e só podem ser utilizados nos estabelecimentos comerciais emitentes ou nos seus
parceiros conveniados. Também não são sujeitos à supervisão do BC os arranjos para pagamento de serviços públicos (como provisão de
água, energia elétrica e gás) ou carregamento de cartões pré-pagos de bilhete de transporte, cartões de vale-refeição e vale-alimentação.
Arranjos de pagamentos abertos: são aqueles sob a supervisão do Banco Central, e um exemplo é quando um cartão de crédito é emitido
por um banco e ele pode ser amplamente utilizado em qualquer estabelecimento, desde que a sua bandeira não apresente restrições. E para
uma instituição ser considerada integrante de um arranjo de pagamento, deve ter as suas atividades previamente definidas pelo regulamento
do arranjo do qual farão parte
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Art. 6º Para os efeitos das normas aplicáveis aos arranjos e às instituições de pagamento que passam a integrar o Sistema de Pagamentos
Brasileiro (SPB), nos termos desta Lei, considera-se:
I - arranjo de pagamento - conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento ao público aceito
por mais de um recebedor, mediante acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores;
II - instituidor de arranjo de pagamento - pessoa jurídica responsável pelo arranjo de pagamento e, quando for o caso, pelo uso da marca associada
ao arranjo de pagamento;
III - instituição de pagamento - pessoa jurídica que, aderindo a um ou mais arranjos de pagamento, tenha como atividade principal ou acessória,
alternativa ou cumulativamente:
a) disponibilizar serviço de aporte ou saque de recursos mantidos em conta de pagamento;
b) executar ou facilitar a instrução de pagamento relacionada a determinado serviço de pagamento, inclusive transferência originada de ou destinada a conta de pagamento;
c) gerir conta de pagamento;
d) emitir instrumento de pagamento;
e) credenciar a aceitação de instrumento de pagamento;
f) executar remessa de fundos;
g) converter moeda física ou escritural em moeda eletrônica, ou vice-versa, credenciar a aceitação ou gerir o uso de moeda eletrônica; e
h) outras atividades relacionadas à prestação de serviço de pagamento, designadas pelo Banco Central do Brasil;
IV - conta de pagamento - conta de registro detida em nome de usuário final de serviços de pagamento utilizada para a execução de
transações de pagamento;
V - instrumento de pagamento - dispositivo ou conjunto de procedimentos acordado entre o usuário final e seu prestador de serviço de pagamento
utilizado para iniciar uma transação de pagamento; e
VI - moeda eletrônica - recursos armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento.
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Art. 9º Compete ao Banco Central do Brasil, conforme diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional:
I - disciplinar os arranjos de pagamento;
II - disciplinar a constituição, o funcionamento e a fiscalização das instituições de pagamento, bem como a descontinuidade na
prestação de seus serviços;
III - limitar o objeto social de instituições de pagamento;
IV - autorizar a instituição de arranjos de pagamento no País;
V - autorizar constituição, funcionamento, transferência de controle, fusão, cisão e incorporação de instituição de pagamento,
inclusive quando envolver participação de pessoa física ou jurídica não residente;
VI - estabelecer condições e autorizar a posse e o exercício de cargos em órgãos estatutários e contratuais em instituição de
pagamento;
VII - exercer vigilância sobre os arranjos de pagamento e aplicar as sanções cabíveis;
VIII - supervisionar as instituições de pagamento e aplicar as sanções cabíveis;
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IX - adotar medidas preventivas, com o objetivo de assegurar solidez, eficiência e regular funcionamento dos arranjos de pagamento e
das instituições de pagamento, podendo, inclusive:
a) estabelecer limites operacionais mínimos;
b) fixar regras de operação, de gerenciamento de riscos, de controles internos e de governança, inclusive quanto ao controle
societário e aos mecanismos para assegurar a autonomia deliberativa dos órgãos de direção e de controle; e
c) limitar ou suspender a venda de produtos, a prestação de serviços de pagamento e a utilização de modalidades operacionais;
X - adotar medidas para promover competição, inclusão financeira e transparência na prestação de serviços de pagamentos;
XI - cancelar, de ofício ou a pedido, as autorizações de que tratam os incisos IV, V e VI do caput ;
XII - coordenar e controlar os arranjos de pagamento e as atividades das instituições de pagamento;
XIII - disciplinar a cobrança de tarifas, comissões e qualquer outra forma de remuneração referentes a serviços de pagamento, inclusive
entre integrantes do mesmo arranjo de pagamento; e
XIV - dispor sobre as formas de aplicação dos recursos registrados em conta de pagamento.
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Art. 12. Os recursos mantidos em contas de pagamento:
I - constituem patrimônio separado, que não se confunde com o da instituição de pagamento;
II - não respondem direta ou indiretamente por nenhuma obrigação da instituição de pagamento nem podem ser
objeto de arresto, sequestro, busca e apreensão ou qualquer outro ato de constrição judicial em função de débitos
de responsabilidade da instituição de pagamento;
III - não compõem o ativo da instituição de pagamento, para efeito de falência ou liquidação judicial ou
extrajudicial; e
IV - não podem ser dados em garantia de débitos assumidos pela instituição de pagamento.
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O nome “Pix” não é nenhuma sigla, mas um termo, escolhido pelo Banco Central, que remete a conceitos como tecnologia, transação e
pixel. O Pix é um novo meio de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, quese utiliza da tecnologia blockchain e vai representar
uma opção ao lado de TED, DOC e cartões para que pessoas e empresas façam transferências de valores, realizem ou recebam pagamentos.
Com o Pix, as pessoas físicas e jurídicas poderão, segundo anunciam as empresas do setor financeiro na mídia, realizar essas transações em
menos de 10 segundos, usando apenas aplicativos de celular.
Apesar de criado pelo Banco Central, serão as instituições financeiras (bancos tradicionais, bancos digitais, fintechs, cooperativas de crédito e
afins) que irão oferecer este serviço.
Gratuito para pessoas físicas, inclusive MEIs (microempreendedores individuais). Por sua vez, entre as instituições e atores mais
impactados estão: bancos, bandeiras de cartão, adquirentes, empresas, estabelecimentos comerciais, consumidores, fintechs, startups.
Para usar o serviço, o cliente deverá ter uma conta corrente, conta poupança ou uma carteira digital de uma instituição financeira com
cadastro no Pix. A opção estará dentro do aplicativo bancário e no internet banking do cliente, assim como já estão outras funcionalidades,
como DOC e TED.
Para aderir ao Pix, o cliente deverá criar a “chave Pix”. Para isso, a pessoa deverá usar os canais de atendimento do banco ou instituição
financeira onde tem conta.
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Limite de valor nas transações
Não há limite mínimo para pagamentos ou
transferências via Pix. Isso quer dizer que você pode
fazer transações a partir de R$0,01. Em geral,
também não há limite máximo de valores.
Entretanto, as instituições que ofertam o Pix poderão
estabelecer limites máximos de valor baseados em
critérios de mitigação de riscos de fraude e de
critérios de prevenção à lavagem de dinheiro e ao
financiamento do terrorismo. Os usuários podem
solicitar ajustes nos limites estabelecidos, devendo a
instituição acatar imediatamente a solicitação caso o
pedido seja para redução de valor.
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Segmentação é um termo genérico para designar a divisão de algo em partes separadas ou segmentos. A segmentação é
usualmente utilizada para:
• Conhecer melhor cada grupo de consumidor;
• Aumentar a eficácia das ações de atração, conversão e fidelização de clientes;
• Identificar necessidades específicas de cada grupo;
• Desenvolver abordagem de vendas mais acertada e que contorne as objeções comuns a cada grupo de consumidores;
Quais são os tipos de segmentação?
Marketing one-to-one
O marketing cara a cara é aquele voltado para as preferências e os interesses dos consumidores. O objetivo é criar uma
campanha personalizada, que atenda a um grupo específico de pessoas.
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Marketing concentrado ou de nichos
A diferença é que o foco é uma fatia de um grupo. Em outras palavras, você tem uma persona e direciona suas estratégias
para ela, de acordo com seus interesses e dores. Alguns fatores mostram por que vale a pena pensar no marketing
concentrado:
• o nicho aumenta suas chances de relevância, porque os concorrentes não têm interesse nele;
• as estratégias são mais bem direcionadas para uma persona, em vez de diferentes grupos. Isso porque os grupos têm
características diversas;
• a marca faz uma divulgação melhor da campanha, assim como um bom planejamento e uma boa distribuição, a partir
das informações sobre as personas;
• as ações são mais baratas e oferecem melhor retorno do investimento, pois são direcionadas;
• os clientes se sentem mais satisfeitos e têm mais potencial de fidelização;
• as parcerias estratégicas são mais precisas e fáceis de serem negociadas.
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Marketing de massa
Essa estratégia era mais usada antigamente, quando as empresas queriam alcançar todo mundo — literalmente, qualquer
pessoa. A ideia era “atirar para todos os lados”, sem fazer uma segmentação apropriada.
Marketing segmentado
Os clientes, aqui, são vistos a partir de grupos diversos. Os subconjuntos avaliam aspectos únicos, que vão além de questões
geográficas e demográficas, por exemplo. O que consideram? Comportamentos, necessidades e motivações. Assim, em vez de
enviar um e-mail marketing único para uma base de 5 mil pessoas, você divide esses indivíduos em grupos e cria diversas
mensagens, com o objetivo de aumentar a conversão.
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Segmentação demográfica
É o tipo de segmentação em marketing digital mais básico que existe. Leva em consideração dados como:
• faixa etária;
• sexo;
• poder aquisitivo;
• localização geográfica;
• estado civil;
• nacionalidade;
• religião;
• entre outros.
Ao segmentar demograficamente um determinado público, você tem grandes grupos com características semelhantes, o que
ainda não é o ideal para travar uma conversa personalizada. Afinal, você não consegue identificar, com detalhes, o
comportamento dessas pessoas.
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Segmentação socioeconômica
É um modelo em que você identifica dados complementares à segmentação demográfica e melhora sua capacidade de
compreensão sobre o público que pretende atingir. São levantados dados como:
• escolaridade;
• profissão;
• renda;
• classe social;
• posse de bens;
• entre outros.
Segmentação geográfica
Busca compreender as características da população de determinada localidade. Apesar de a localização de moradia do
consumidor figurar na segmentação demográfica, também podemos fazer apenas a geográfica.
Segmentação psicográfica
Aprofunda o conhecimento sobre o consumidor e busca identificar características mais subjetivas, como personalidade, estilo
de vida e classe social.
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Segmentação comportamental
É uma das maiores aliadas no marketing digital. Isso porque, atualmente, temos diversas ferramentas que permitem monitorar e analisar o
comportamento dos internautas. Esse tipo de segmentação serve para que você ofereça produtos, serviços e também uma comunicação
personalizada, alinhada às atitudes tomadas pelo consumidor. Assim, se um e-commerce sabe que um consumidor busca um tênis para
corrida, é possível utilizar essa informação para realizar promoções direcionadas, enviar e-mail marketing personalizado e até investir em
ações pontuais para converter a venda.
Quais são as macros segmentações?
Mobile
O propósito é trabalhar o site, o blog e as landing pages de forma responsiva. Nesse caso, a divisão é feita pelas pessoas que acessam as
páginas pelo celular. Assim, você oferece o conteúdo no formato mais adequado.
Quiz
A ideia é dividir as pessoas que gostam de conteúdos interativos e/ou lúdicos. Incentiva a competitividade, o humor e outras características
desse público.
Áudio
O foco são as pessoas que gostam de texto, mas têm pouco tempo para ler. Para alcançar esse público, basta oferecer uma plataforma de
áudio aliada ao conteúdo.
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Quais pontos considerar ao fazer a segmentação?
• homogeneidade dos grupos;
• mensurabilidade dos dados estatísticos do segmento;
• acessibilidade, para otimizar as melhores estratégias;
• substancialidade, para ter uma dimensão que permita explorar ações e alcançar ganhos;
• Gênero;
• Receita mensal;
• Grupo de idade;
• Estilo de vida.
O quê é o Remarketing?
refere-se à segmentação comportamental baseada no comportamento de navegação dos usuários que visitaram seu site
anteriormente, ou seja, essa segmentação permite atingir a pessoa certa, na hora certa e com a mensagem certa, de forma
eficiente e em larga escala. Para isso, basta que os usuários sejam marcados com um "cookie", arquivo criado por um site
quando o internauta o visita e, assim, controlar o histórico de visualização do consumidor. Com isso, o anunciante vai manter
o registro, permitindo apresentar um banner para este consumidor quando ele acessar os sites que contenham uma mídia
comprada por esta empresa.
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