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Direção defensiva

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MÓDULO 2
DIREÇÃO DEFENSIVA
EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA 
 PRESERVANDO VIDAS
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 2
Neste módulo discutiremos o conceito de 
direção defensiva, que é a forma de dirigir 
que permite perceber antecipadamente 
a possibilidade de um acidente e agir 
de forma preventiva ou corretiva para 
reduzir seus riscos, contribuindo para 
evitar acidentes.
PROCONDUTOR TECNOLOGIA DE TRÂNSITO S/A 
 
 
Presidente 
Claudia de Moraes 
 
Product Owner 
Pamela Mercedes La Rosa Diez 
 
Conteúdo 
Carolina Heleno 
Maxwell Martes 
Nayara Bertin 
Ricardo Cazoto 
 
Revisão ortográfica 
Hugo Bessa 
 
Designer Gráfico - Layout 
Verônica Glasner 
 
Diagramação 
Ricardo Cazoto 
 
Fotografia 
Istock 
 
Equipe Multidisciplinar 
Sergio Ejzenberg 
Maria Aparecida Marques 
Pollyana Coelho da Silva Notargiacomo 
Henrique Naoki Shimabukuro 
Claudia Lopes Pereira Pinto
Este material é registrado na Biblioteca Nacional. Todos os direitos autorais 
reservados à Procondutor Tecnologia de Trânsito S/A.
É proibida a duplicação ou reprodução desta apostila, no todo ou em parte.
www.procondutor.com.br
MÓDULO 2
DIREÇÃO 
DEFENSIVA
PROCONDUTOR TECNOLOGIA DE TRÂNSITO S/A
CONTEÚDO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................7
PRINCÍPIOS ............................................................................................................................8
CONCEITOS .................................................................................................................9
OS TRÊS “ÊS” DA SEGURANÇA NO TRÂNSITO ..............................................10
CUIDADOS COM OS DEMAIS USUÁRIOS DA VIA ................................................... 11
VAMOS PRATICAR? ..........................................................................................................12
POSICIONAMENTO DA VIA .................................................................................. 13
DISTÂNCIA DE SEGURANÇA ................................................................................ 14
DISTÂNCIA LATERAL DE SEGURANÇA ......................................................................14
DISTÂNCIA FRONTAL DE SEGURANÇA OU DISTÂNCIA SEGURA DE 
SEGUIMENTO ......................................................................................................................14
RESPEITO NO TRÂNSITO .....................................................................................16
ACIDENTES DE TRÂNSITO ...................................................................................16
CAUSAS DOS ACIDENTES .............................................................................................. 16
CAPOTAMENTO ................................................................................................................ 18
ATROPELAMENTO ........................................................................................................... 18
ENGAVETAMENTO ........................................................................................................... 19
COLISÃO COM O VEÍCULO DA FRENTE .................................................................... 19
COLISÃO COM O VEÍCULO DE TRÁS .......................................................................... 19
COLISÃO FRENTE A FRENTE (FRONTAL) .............................................................. 20
COLISÃO NOS CRUZAMENTOS ................................................................................... 20
COLISÃO COM CICLISTAS .............................................................................................. 20
COLISÃO COM MOTOCICLISTAS .................................................................................. 21
COLISÃO COM VEÍCULOS DE GRANDE PORTE ...................................................... 21
VAMOS PRATICAR? .........................................................................................................22
O ESTADO FÍSICO E MENTAL DO CONDUTOR ............................................... 22
VAMOS PRATICAR? .........................................................................................................24
APARELHO CELULAR E OUTROS APARELHOS SONOROS ......................... 25
PLANEJAMENTO DO PERCURSO ...................................................................... 26
AUTOMATISMOS ................................................................................................... 26
MEDICAMENTOS, ÁLCOOL E DROGAS ............................................................. 26
MEDICAMENTOS ...............................................................................................................26
ÁLCOOL .................................................................................................................................27
DROGAS............................................................................................................................... 30
VAMOS PRATICAR? ........................................................................................................ 30
ERGONOMIA ............................................................................................................31
NO CARRO ........................................................................................................................... 31
NA MOTO .............................................................................................................................33
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA .................................................................... 33
CINTO DE SEGURANÇA ..................................................................................................34
AIR BAG ................................................................................................................................35
EQUIPAMENTO DE RETENÇÃO PARA CRIANÇAS ...............................................35
EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA DO MOTOCICLISTA .........................................37
VAMOS PRATICAR? .........................................................................................................39
CONDUZINDO EM CONDIÇÕES ADVERSAS ....................................................40
CONDIÇÕES ADVERSAS DA LUZ ................................................................................ 40
CONDIÇÕES ADVERSAS DO TEMPO .........................................................................42
CONDIÇÕES ADVERSAS DA VIA ..................................................................................44
CONDIÇÕES ADVERSAS DO TRÂNSITO....................................................................46
VAMOS PRATICAR? .........................................................................................................47
CONDIÇÕES ADVERSAS DO VEÍCULO .............................................................. 48
VAMOS PRATICAR? ..........................................................................................................51
CONDUZINDO EM SITUAÇÕES DE RISCO ........................................................ 52
ULTRAPASSAGENS ..........................................................................................................52
ADERÊNCIA E DERRAPAGEM ......................................................................................53
AQUAPLANAGEM .............................................................................................................53
ONDULAÇÕES E BURACOS ...........................................................................................54
CRUZAMENTOS .................................................................................................................55
CURVAS ................................................................................................................................56
MARCHA A RÉ ...................................................................................................................56
VAMOS PRATICAR? .........................................................................................................57ORIENTAÇÕES PARA O PILOTO DE MOTOCICLETAS ................................... 57
PILOTANDO EM CONDIÇÕES DE RISCO ................................................................... 58
CONTROLE DA VELOCIDADE .............................................................................. 59
FRENAGEM ........................................................................................................................ 60
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 63
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 7
MÓDULO 2
DIREÇÃO DEFENSIVA
A direção segura é a melhor maneira de 
preservar vidas e a segurança no trânsito.
INTRODUÇÃO
No ano de 2010, segundo o relatório da Organização Mundial da 
Saúde (OMS), o Brasil estava em 4o lugar no ranking de número 
de mortes no trânsito no mundo, posicionando-se apenas atrás da 
China, Índia e Nigéria.
Considerando apenas o ano de 2012, foram gastos R$ 51,3 bilhões 
com os acidentes de trânsito que ocorreram no nosso país, e 
morreram 45.689 pessoas, o que significa um óbito a cada 12 
minutos. Acidentes de trânsito foram a 9a maior causa de óbitos 
no mundo em 2012 e podem alcançar a 7a posição até 2030. Diante 
dessa situação, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou em 
2010 a Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2011-2020), 
com o objetivo de reduzir em 50% o número de vítimas fatais em 
acidentes no trânsito, estimando salvar 5 milhões de vidas.
Podemos considerar que para cada pessoa que morre vítima de 
acidente de trânsito, 15 ficam gravemente feridas e 70 sofrem feri-
mentos leves.
Você pode evitar muitos acidentes de trânsito, pois eles não ocorrem 
por acaso ou por azar. Adote os quatro princípios do relacionamento 
social para um trânsito mais humano, harmonioso e seguro:
Princípios
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 88
Dignidade da 
pessoa humana
Igualdade 
de direitos
Participação
Corresponsabilidade 
pela vida social
 • princípio da dignidade da pessoa humana: compreende 
uma diversidade de valores, como respeito mútuo e repúdio 
à discriminação, necessários para a promoção da justiça;
 • princípio da igualdade de direitos: estabelece que todos 
exerçam plenamente a cidadania;
 • princípio da participação: fundamenta a mobilização em 
torno dos problemas do trânsito e de suas consequências;
 • princípio da corresponsabilidade pela vida social: diz 
respeito às atitudes e aos comportamentos necessários 
para a segurança no trânsito, além da efetivação do direito 
de mobilidade a todos os cidadãos e às ações de melhoria 
dos espaços públicos.
A direção defensiva, ou direção segura, é a melhor maneira de dirigir 
e de se comportar no trânsito, e envolve esses quatro princípios. 
Faça a sua parte: juntos, poderemos salvar milhares de vidas!
CONCEITOS
A Associação Mundial de Estradas (PIARC/AIPCR) publicou, em 
2013, um relatório com orientações para investigação de acidentes 
rodoviários, concluindo que a maioria dos acidentes fatais ocorre 
por condições adversas, sendo que o comportamento humano 
está presente em 93% dos acidentes. O estudo demonstra que 
57% dos acidentes fatais são causados unicamente pelo compor-
tamento humano.
Dessa forma, podemos afirmar que, com alguns cuidados básicos, a 
maioria dos acidentes pode ser evitada. Dirigir ou pilotar defensiva-
mente é a técnica que permite perceber antecipadamente a possi-
bilidade de um acidente e agir de forma preventiva ou corretiva 
para reduzir seus riscos.
É importante que você aprenda essas técnicas e passe a adotá-las, 
daqui para a frente, em seu comportamento diário como condutor 
e/ou piloto, tornando-se um cidadão responsável pelo desenvolvi-
mento de um trânsito mais seguro e solidário.
Agir preventivamente significa conduzir tendo a capacidade de 
antever uma situação de risco e agir de forma a evitar o acidente. 
Direção corretiva é quando há a necessidade de uma ação rápida 
de forma a corrigir uma situação de risco sem a possibilidade de 
antever o acidente.
Quando uma situação de risco não é percebida, ou quando uma 
pessoa não consegue visualizar o perigo, aumentam as chances de 
acontecer um acidente.
As técnicas de Direção e Pilotagem Defensiva estão baseadas em 
quatro elementos que devem estar presentes de modo simultâneo 
nas ações do condutor ou piloto defensivo.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 99
Dessa forma, o condutor pode agir defensivamente para evitar 
acidentes e preservar a segurança no trânsito.
OS TRÊS “ÊS” DA SEGURANÇA NO TRÂNSITO
O tripé da segurança tem o objetivo de garantir a harmonia e a 
segurança no trânsito. Para isso, como condutor, você deve tomar 
ações nas seguintes áreas:
 • Educação no Trânsito: conscientização e ensino de normas, 
condutas e comportamentos adequados para o trânsito;
 • Engenharia de Tráfego: projetos, construção, manutenção e sina-
lização das vias;
 • Esforço Legal: policiamento e fiscalização constante e perma-
nente, autuação e aplicação de penalidades.
Faça a sua parte! Respeite as normas e adote um comportamento 
seguro no trânsito, seja como condutor, passageiro ou pedestre.
O condutor defensivo precisa:
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 1010
Conhecer
Estar sempre 
alerta
Prever 
(antecipar)
Desenvolver
 • conhecer a legislação de trânsito, o seu veículo, os trajetos 
e a sinalização de trânsito, para saber como enfrentar as 
condições adversas do trânsito e aproveitar a experiência 
prática como fonte de conhecimentos;
 • estar sempre alerta à sinalização, aos comportamentos 
e reações dos demais usuários e às condições adversas. 
Para isso, é necessário eliminar o que atrapalha a concen-
tração como: celular, TV e som alto. Se necessário, parar 
em lugar seguro. Quanto mais rápida for a sua reação, 
menor será o impacto;
 • prever (antecipar) as eventualidades durante o trânsito e 
problemas com o veículo e tomar uma atitude prudente, 
realizando revisões periodicamente;
 • desenvolver a habilidade para manusear os controles, 
realizar manobras com sucesso, avaliar situações e decidir 
em tempo hábil qual alternativa é possível adotar em 
determinada situação. Porém, a habilidade não pode ser 
confundida com excesso de confiança.
CUIDADOS COM OS DEMAIS USUÁRIOS DA VIA
Via é a superfície onde transitam veículos, pessoas e animais, 
compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, a ilha e o canteiro 
central. Os veículos de maior porte têm responsabilidade sobre os 
de porte menor, assim como os motorizados são responsáveis pelos 
não motorizados e pela segurança dos pedestres.
As calçadas são para o uso exclusivo de pedestres, e só podem 
ser utilizadas pelos veículos para acesso a garagens, estaciona-
mentos ou lotes lindeiros (situados ao longo das vias urbanas ou 
rurais e que com elas se limita). Mesmo nestes casos, o tráfego de 
veículos sobre a calçada deve ser feito com muito cuidado, para não 
ocasionar atropelamento de pedestres.
O condutor deve, também, ficar atento em vias sem calçadas, ou quando 
elas estiverem em construção ou deterioradas, forçando o pedestre a 
caminhar na pista de rolamento. Em países de baixa e média rendas, 
84% das vias com presença de pedestres não têm calçadas2.
Árvores e vegetação nos canteiros centrais de avenidas ou nas 
calçadas podem esconder placas de sinalização. Por não ver essas 
placas, os motoristas podem ser induzidos a fazer manobras que 
tragam perigo de colisão entre veículos ou de atropelamento de 
pedestres e de ciclistas. Ao notar árvores ou vegetações que possam 
estar encobrindo a sinalização, redobre sua atenção e reduza a veloci-
dade para poder identificar restrições de circulação e evitar acidentes.
Em algumas cidades há as ciclovias e ciclofaixas, que são espaços 
destinados à circulação de bicicletas. A ciclovia é uma pista própria 
e isolada. A ciclofaixa é uma faixa delimitada sem separação física 
2 Avaliação do Programa Internacional de Avaliação de Vias, iRAP
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 1111
Vamos praticar?
Com base no conteúdo visto atéaqui, responda à pergunta abaixo. 
O que é agir preventivamente na direção defensiva?
É quando você consegue perceber que um acidente vai acon-
tecer e age de forma a evitá-lo.
É quando não é possível se antecipar a algum acidente, e o 
condutor tenta se desviar do perigo.
É se atentar às sinalizações da via, como semáforo e placas.
Dar preferência aos demais usuários da via, principalmente os 
pedestres.
da via; de uso exclusivo para bicicletas. Quando não houver nenhum 
desses espaços, a via deve ser compartilhada, e os veículos devem 
prezar pela segurança dos ciclistas. A circulação de bicicletas deve 
ser realizada no canto direito da pista, no mesmo sentido dos 
veículos. O condutor deve manter uma distância lateral mínima de 
1,5 metro do ciclista, garantindo, assim, sua segurança.
Para fortalecer as políticas de prevenção de acidentes no trânsito, foi 
criado o Projeto Vida no Trânsito (PVT). O projeto, criado em 2010, é 
uma iniciativa brasileira direcionada para a vigilância e prevenção de 
lesões e mortes no trânsito, bem como a promoção da saúde, em 
resposta aos desafios da Organização das Nações Unidas (ONU) para 
a Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2011-2020). O foco do 
projeto consiste em ações que incidam sobre fatores de risco, como a 
mistura de álcool e a velocidade excessiva e/ou inadequada dos condu-
tores, além de outros fatores ou grupos de vítimas identificados local-
mente a partir das análises dos dados, especialmente relacionados a 
acidentes de transporte terrestre envolvendo motociclistas.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 1212
POSICIONAMENTO DA VIA
Os veículos, em território brasileiro, devem circular pelo lado direito 
da via, sendo a mão de direção pela direita, conhecida também como 
mão francesa. São características dessa forma de circulação:
 • o tráfego na direção oposta vem da esquerda;
 • a ultrapassagem é feita pela esquerda;
 • os pedestres devem, ao atravessar uma rua de mão dupla, olhar 
primeiro para a esquerda e depois para a direita;
 • as rotatórias são circundadas no sentido anti-horário;
 • as placas de trânsito se situam majoritariamente no lado direito da via;
 • o banco do motorista e volante se localizam do lado esquerdo, e 
o motorista troca de marcha com a mão direita.
Mudar constantemente de faixa, ultrapassar pela direita, circular em 
velocidades incompatíveis com a segurança, circular entre veículos 
em movimento e sem guardar distância segura têm resultado num 
preocupante aumento no número de acidentes envolvendo motoci-
cletas em todo o país. Algumas orientações que devem ser seguidas:
 • dê a preferência de passagem aos veículos que se deslocam sobre 
trilhos, respeitando as normas de circulação;
 • sinalize com antecedência todas as manobras que for realizar;
 • reduza a velocidade quando for ultrapassar um veículo de trans-
porte coletivo (ônibus) que esteja parado para embarque ou 
desembarque de passageiros;
 • não pare seu veículo nos cruzamentos, bloqueando a passagem de 
outros veículos. Nem mesmo se você estiver na via preferencial e 
com o semáforo verde para você. Aguarde, antes do cruzamento, o 
trânsito fluir e vagar um espaço no trecho de via à frente;
 • não freie bruscamente o seu veículo, exceto por razões de segurança;
 • nos locais onde é proibido o estacionamento, pare apenas durante o 
tempo suficiente para o embarque ou desembarque de passageiros. 
Não interrompa o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres;
 • o embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do lado da 
calçada, exceto no caso do condutor;
 • não abra a porta nem a deixe aberta sem ter a certeza de que 
isso não vai trazer perigo.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 1313
DISTÂNCIA DE SEGURANÇA
Mantenha uma distância segura do veículo da frente, da lateral 
e do bordo da pista. Além de ser uma obrigação prevista no 
Código de Trânsito Brasileiro, é uma forma de aumentar a 
segurança no trânsito.
DISTÂNCIA LATERAL DE SEGURANÇA
No trânsito, o piloto deve ter mais cuidado que o condutor de 
veículos de quatro rodas quando se trata de distância lateral 
de segurança. O Código de Trânsito Brasileiro não proíbe que o 
motociclista trafegue ao lado dos outros veículos. No entanto, 
explorar corredores estreitos entre os veículos é um dos maiores 
perigos a que se expõem os pilotos. Uma fechada, uma freada 
brusca pode resultar em acidente grave. Por isso:
 • em pistas de mão dupla, posicione a motocicleta mais ao 
centro da faixa de trânsito, para evitar que os veículos 
(tanto os que vão quantos os que vêm) trafeguem muito 
perto. É mais seguro trafegar atrás de um veículo do que 
ao lado dele;
 • ao passar por veículos estacionados, permaneça mais à 
esquerda da faixa de trânsito, evitando ser surpreendido 
por uma pessoa que abre a porta ou por um pedestre que 
sai por detrás de outro veículo para atravessar a rua;
 • não trafegue ao lado de outro motociclista, pois, se você 
tiver que desviar de um obstáculo, não haverá espaço para a 
manobra. Fique atrás e, se possível, desalinhado com a moto 
da frente, não em fila indiana.
DISTÂNCIA FRONTAL DE SEGURANÇA OU DISTÂNCIA SEGURA 
DE SEGUIMENTO
Uma boa distância do veículo à sua frente permite que você 
tenha tempo de reagir e acionar os freios diante de uma situ-
ação de emergência, e aja a tempo de parar o veículo antes 
de colidir. Essa distância é proporcional à velocidade do seu 
veículo. Não existe um padrão, ela varia, pois vai depender de 
uma série de fatores como: condições e características da pista, 
estado de conservação e tamanho do veículo, estado físico e 
emocional do condutor, velocidade e outros fatores que cola-
boram para retardar a parada.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 1414
Quanto maior for a velocidade, maior deverá ser a distância. Para 
exemplificar, de modo geral, pode-se dizer que um automóvel que 
desenvolve uma velocidade de 120 km/h andaria aproximadamente 
90 metros até parar por completo.
Assim, para evitar que o veículo que vem atrás colida em sua traseira, 
mantenha-se atento aos espelhos retrovisores e, quando necessário, 
pise no freio aos poucos.
Regra dos dois segundos
Para calcular a distância segura, escolha um ponto fixo à margem da 
via e, assim que o veículo da frente passar por ele, comece a contar 
dois segundos (uma maneira fácil é inserir palavras na sequência: 
“cinquenta e um, cinquenta e dois”). Se o seu veículo passar pelo 
ponto fixo após a contagem de dois segundos, a distância é segura. 
Caso contrário, reduza a velocidade e faça nova contagem. Repita 
até estabelecer a distância segura.
Atenção: para veículos com mais de 6 metros de comprimento, 
ou sob chuva, aumente o tempo de contagem: “cinquenta e um, 
cinquenta e dois, cinquenta e três”.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 1515
RESPEITO NO TRÂNSITO
O respeito, a convivência solidária e a cortesia tornam o trân-
sito seguro. Lembre-se: é seu dever respeitar os direitos dos 
outros usuários da via.
Ao dirigir um veículo de maior porte, tome todo o cuidado e 
seja responsável pela segurança dos veículos menores, pelos 
não motorizados e pela segurança dos pedestres. Lembre-se 
sempre de que a prioridade de passagem é, em ordem cres-
cente, de: pedestres, veículos não motorizados (bicicletas); 
motocicletas (motonetas e ciclomotores) e, por último, auto-
motores, considerando a ordem de menor para o de maior porte.
ACIDENTES DE TRÂNSITO
O acidente de trânsito é um evento que envolve um ou mais 
veículos, podendo ser motorizados ou não, que estão em 
movimento na via terrestre e causam uma colisão, provo-
cando ferimentos em pessoas e/ou danos em veículos e/ou 
outros elementos, como postes, sinalização, prédios etc.
CAUSAS DOS ACIDENTES
A maioria das mortes e lesões no trânsito é previsível e 
evitável1. Os acidentes ocorrem por uma somatória de 
fatores, porém o fator humano é principal. Lembre-se: um 
acidente de trânsito, normalmente, é precedido por diversas 
infrações. Portanto, cabe aos condutores e pedestres uma 
boa dose de responsabilidade. Como vocêviu, as principais 
causas de acidentes estão nas atitudes humanas, sejam elas 
de negligência, imprudência ou imperícia.
1 CONFERÊNCIA GLOBAL DE ALTO NÍVEL SOBRE SEGURANÇA NO TRÂNSITO, 2., 2015.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 1616
Negligência
A pessoa negligente é descuidada e desatenta. 
É o condutor que relaxa e é omisso na hora da 
manutenção básica do veículo ou no uso de 
equipamento de segurança, como cinto, cadeirinhas 
para crianças e capacete.
Negligência
Os acidentes de trânsito resultam em danos aos veículos e 
suas cargas, e geram lesões em pessoas. O fator humano está 
presente nas causas da maioria dos acidentes. Diante disso, 
o condutor tem a responsabilidade de ficar atento a todos 
os fatores que envolvem sua condução, como as condições 
do veículo, das vias terrestres, os demais veículos, trânsito 
de pedestres etc. Você pode ajudar a evitar estas situações 
e colaborar para diminuir o sofrimento de muitas pessoas. 
Veja a seguir alguns dados sobre os tipos de acidente:
tipos de acidente vítimas fatais %
colisão 485 35,3%
atropelamento 316 23,0%
colisão lateral 163 11,9%
choque com objeto fixo 161 11,7%
tombamento 110 8,0%
capotagem 92 6,7%
outro 24 1,7%
não informado 21 1,5%
total de acidentes de trânsito com vítimas fatais 1.372.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 1717
Imperícia
É quando se constata Inaptidão (Falta de 
capacidade inata ou adquirida para determinada 
coisa), ignorância ou falta de habilidade técnica ou 
conhecimento teórico. É o condutor que não possui 
competência para dirigir, seja por não ser habilitado, 
por uma falha na formação ou até mesmo por 
dificuldades específicas.
Imprudência
É realizar uma ação precipitada sem cautela. Não é 
uma omissão, o condutor age, mas de forma diferente 
da esperada. Ele sabe dos riscos que corre e ainda 
assim conduz de modo irresponsável. Normalmente 
é infrator reincidente: dirige em alta velocidade, sob 
efeito de álcool, não respeita a sinalização etc.
Imperícia
Imprudência
CAPOTAMENTO
Acidente no qual o veículo gira em torno de si mesmo, colidindo 
o teto no chão uma vez ou mais, dependendo da gravidade do 
acidente. O capotamento pode ser causado por excesso de velo-
cidade, frenagem brusca em reta ou numa curva, ou após uma 
colisão. Para evitá-los, respeite os limites de velocidade, fique 
atento à sinalização e evite frenagens bruscas, especialmente 
em curvas.
ATROPELAMENTO
Colisão do veículo com um ou mais pedestres e/ou animais. Os 
atropelamentos ocorrem pela falta de atenção de pedestres, 
condutores e pelo desrespeito à sinalização.
Pode acontecer na via ou fora dela, como na calçada, acosta-
mento etc. Algumas causas de atropelamento são: realizar a 
curva muito fechada, exceder o limite de velocidade, perder 
o foco de atenção, como dormir e se distrair com outros 
fatores externos.
Como condutor, você deve ficar alerta e focado nas suas 
ações, além de respeitar a sinalização. Tente prever a reação 
do pedestre, seja gentil: facilite a vida dele e dê passagem. 
Lembre-se também de sempre reduzir a velocidade em áreas 
com grande circulação de pedestres, como escolas, hospitais 
etc. Tenha especial atenção com idosos, pessoas com defici-
ência e crianças.
Evite também colisão com animais: diminua a velocidade ao 
perceber a presença de um animal na pista e evite buzinar, pois, 
se você assustá-lo, ele terá uma reação imprevisível. Se estiver 
pilotando, não chute o animal (além de ser um crime de maus 
tratos, você pode se desequilibrar e cair). Avise à polícia (ou ao 
órgão responsável pela via) dando a localização do animal.
Como pedestre, você também tem a responsabilidade de 
garantir a sua segurança e a dos demais usuários da via. 
Portanto, transite sobre calçadas ou passeios (quando exis-
tirem), respeite os direitos do motorista, atravesse nos 
locais permitidos e sinalizados, garantindo que você seja 
visto pelo condutor.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 1818
ENGAVETAMENTO
Acidente que evolve três ou mais veículos que estão se 
movimentando na mesma direção. Também acontece com 
veículos em sentido contrário. O engavetamento pode 
ser ocasionado por falta de distanciamento seguro entre 
os veículos, excesso de velocidade, condições da pista e/
ou ambientais, como chuva (ou gelo derretido de granizo), 
nevoeiro, pista lisa por causa de derramamento de óleo etc. 
Uma colisão deste tipo pode ocasionar outras múltiplas, 
que é o que caracteriza um engavetamento. Para evitá-lo, 
mantenha uma distância segura entre os veículos da frente, 
principalmente em vias de trânsito rápido como rodovias, 
fique atento às condições de visibilidade e, sempre que 
necessário, reduza a velocidade.
COLISÃO COM O VEÍCULO DA FRENTE
Normalmente, acontece quando o veículo de trás colide com o da 
frente, no mesmo sentido da via, por falta de atenção, excesso 
de proximidade com o veículo da frente, frenagens repentinas 
e falta de sinalização (setas etc.) de mudança de direção. Para 
evitá-la, mantenha uma distância de segurança com o veículo 
da frente e esteja sempre atento, olhando o trânsito e evitando 
distrações (celular, conversas etc.). Avalie as condições adversas 
e aumente a distância em relação ao outro veículo, se for neces-
sário, ou em alta velocidade. Esteja preparado para freadas 
bruscas.
Motociclista: coloque a moto no centro da faixa, de modo que 
o condutor do veículo da frente possa vê-lo pelo retrovisor.
COLISÃO COM O VEÍCULO DE TRÁS
Geralmente ocorre pois o condutor não antecipa o seu 
trajeto, não utiliza o retrovisor, está a uma velocidade alta 
e/ou freia repentinamente e sem justificativa. Impeça essa 
situação antecipando o seu trajeto, facilitando a ultrapas-
sagem, evitando frenagens bruscas e se livrando de “colas” 
traseiras. Certifique-se de que as luzes de freio do seu 
veículo estão funcionando corretamente e sinalize com 
antecedências as manobras.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 1919
COLISÃO FRENTE A FRENTE (FRONTAL)
Ocorre quando o veículo invade a pista na direção contrária 
ao realizar uma ultrapassagem de forma imprudente ou para 
desviar de condições adversas.
Também acontece por perda do controle da direção por causa 
de curvas, manobras indevidas em cruzamentos, excesso de 
velocidade e desrespeito à sinalização, falha no veículo etc. 
Esse tipo de colisão gera consequências graves. Você pode 
evitá-la sendo cuidadoso em uma ultrapassagem, respei-
tando os limites de velocidade e a faixa contínua, sempre 
sinalizando com antecedência suas intenções, manobrando 
cuidadosamente (especialmente em curvas) e se mantendo 
à direita em vias de mão dupla.
COLISÃO NOS CRUZAMENTOS
Geralmente ocorrem pela falta de atenção e conhecimento 
das regras de circulação, além do excesso de velocidade e 
desrespeito à sinalização. Para evitá-las, respeite as sinaliza-
ções e as regras de preferência. Reduza a velocidade, mesmo 
em cruzamentos semaforizados.
A colisão com objetos fixos ocorre por falta de atenção e impru-
dência do condutor, pois costuma envolver apenas um veículo. 
Para evitar essa situação, tire o pé do freio na hora de desviar, 
tenha o controle da direção e não olhe para o objeto, mas para o 
espaço para onde quer levar o veículo.
COLISÃO COM CICLISTAS
Por ser um veículo não motorizado, a bicicleta tem preferência 
sobre os demais veículos. Além disso, ela pode ser conduzida 
por menores de idade, que nem sempre conhecem as normas 
e a conduta do trânsito. Evite situações de perigo: mantenha 
uma distância lateral de 1,5 metro e a distância segura de segui-
mento, atente-se aos pontos cegos, indique sua proximidade 
com toques leves na buzina, tenha cuidado nas conversões e 
ao abrir as portas do veículo.
Se você é ciclista, equipe a bicicleta com os equipamentos 
obrigatórios, circule em ciclovias ou ciclofaixas (quando 
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 2020
existirem), respeite a sinalização de trânsito, mantenha a 
distância dos demais veículos, segure o guidom com as duas 
mãos, não faça malabarismos e circule de modo que você 
veja e sejavisto.
COLISÃO COM MOTOCICLISTAS
São de menor porte e, por isso, os motociclistas têm prefe-
rência em relação aos veículos de maior porte. Por isso, facilite 
sua circulação, dando passagem quando perceber que será 
ultrapassado. Aumente a sua distância da motocicleta e faça 
a ultrapassagem como se estivesse ultrapassando um veículo 
igual ao seu. Tenha cuidado especialmente nas conversões 
(devido aos pontos cegos) e ao abrir as portas do seu veículo 
(estacionado ou em congestionamento).
As motocicletas em movimento são difíceis de ser perce-
bidas no trânsito pelos motoristas, por isso não mude brus-
camente de faixa sem utilização da seta.
COLISÃO COM VEÍCULOS DE GRANDE PORTE
Os acidentes envolvendo veículos de grande porte geral-
mente são trágicos e com maior índice de acidente fatal. 
O impacto com veículos de pequeno porte é grave, deixan-
do-os destruídos, principalmente se forem motocicletas.
Para evitar acidentes desta natureza, redobre sua atenção 
ao trafegar ao lado dos veículos de grande porte (ônibus, 
caminhões, veículos articulados). Como eles possuem uma 
estrutura mais pesada, é mais difícil efetuar manobras. 
Também em função do peso, estes veículos possuem um 
tempo de frenagem maior, aumentando a possibilidade de 
acidentes graves e fatais.
Por isso, você deve adotar as seguintes medidas de segurança:
 • aumente a distância segura de seguimento;
 • não dispute o espaço com eles na via de trânsito;
 • use as retas para realizar ultrapassagem, pois, nas curvas, 
você corre o risco de levar uma fechada se estiver fora da 
visão do condutor;
 • sinalize com antecedência, fazendo-se também notar com 
uso de luzes ou toque breve de buzina.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 2121
Vamos praticar?
Com base no conteúdo visto até aqui, responda à pergunta abaixo.
O condutor que desrespeita a sinalização e anda acima da 
velocidade máxima da via comete um ato de:
Responsabilidade, pois demonstra que está preparado para conduzir.
Esperteza, já que ele chegará mais rápido ao destino.
Empatia com os demais condutores, que também andam em 
alta velocidade.
Negligência, já que sabe do risco, porém opta por andar em alta 
velocidade.
O ESTADO FÍSICO E MENTAL DO CONDUTOR
Uma das condições adversas mais perigosas na condução de um veículo 
é o estado físico e/ou mental do condutor. Veja alguns exemplos:
 • físico: fadiga, dirigir alcoolizado ou sob o efeito de drogas ou medi-
camentos, sono, visão ou audição deficiente, dores ou doenças;
 • mental: estado emocional abalado, desconcentração, preocu-
pação, medo, insegurança, inabilidade, entre outros.
O estado mental está relacionado ao modo de ser ou de estar 
do condutor. O condutor, ao ser imprudente, negligente ou 
agressivo, torna-se um risco para a segurança. Por isso, não 
reaja diante de uma provocação e evite agressões verbais. Em 
determinados momentos, a pressa, a ansiedade, a irritabili-
dade, o medo e até mesmo a euforia (ou alegria) podem alterar, 
temporariamente, o estado do condutor.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 2222
O estado físico está relacionado ao cansaço, ao estresse, ao 
sono, à alimentação (ou falta dela), às drogas, ao álcool ou 
aos remédios. São condições perigosas para o trânsito. Além 
disso, há pessoas com deficiência (auditiva, visual, motora, 
física etc.) que devem utilizar próteses ou lentes corretoras.
O veículo dirigido por uma pessoa com deficiência audi-
tiva é identificado pelo Símbolo Internacional da Surdez. 
O símbolo indica a presença de equipamentos, mobiliário 
e serviços para pessoas com deficiência auditiva, além 
de melhorar a segurança delas mesmas e dos outros 
usuários das vias.
Se você se sentir incapacitado, evite dirigir um veículo 
e busque auxílio. Se for alguma situação física, procure 
atendimento médico ou descanso. Já em caso de situação 
emocional, utilize o transporte público e busque um local 
seguro e aconchegante, próximo a amigos.
Se, ainda assim, você precisar dirigir em algum desses 
estados, tenha atenção dobrada, aumente a distância segura 
do veículo da frente e evite continuar a dirigir por muito 
tempo. A sua segurança e a dos demais usuários devem vir 
em primeiro lugar. Somente conduza um veículo se estiver 
descansado. Em caso de viagens longas, faça paradas para 
descanso e/ou reveze a direção.
Em caso de motocicletas, evite pilotar por mais de 6 horas 
por dia, pois conduzir uma motocicleta é mais cansativo 
do que conduzir um veículo: o piloto deve ter o dobro de 
atenção.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 2323
Vamos praticar?
Com base no conteúdo visto até aqui, responda à pergunta abaixo. 
Podemos definir como “condições adversas”:
Situações inadequadas, geradas exclusivamente pelas autori-
dades de trânsito e que podem causar acidentes.
Situações normais no trânsito que, por distração do condutor, 
podem gerar risco e até acidentes.
Condições pessoais do condutor, ou fora do seu controle, que 
possam causar acidentes.
Condições geradoras de risco e acidentes de trânsito, total-
mente fora do controle do condutor.
Veja algumas dicas para garantir um trânsito seguro:
 • não coma ou beba quando estiver dirigindo;
 • não fume;
 • não use fones de ouvido e jamais use o celular;
 • utilize sempre os espelhos retrovisores;
 • tenha o máximo de atenção e evite preocupações ou ansiedades;
 • esteja sempre atento para poder agir adequadamente diante de 
uma situação inesperada;
 • evite ficar mais de 4 horas sem comer;
 • use calçados que se firmem nos pés e não comprometam o uso 
dos pedais;
 • porte os documentos obrigatórios do carro e condutor conforme 
a lei.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 2424
APARELHO CELULAR E OUTROS APARELHOS SONOROS
Segundo o Conselho Nacional de Segurança dos Estados 
Unidos (National Safety Council), enviar uma mensagem de 
texto (SMS) aumenta em 400% o risco de acidentes.
Para ler uma mensagem, são necessários no mínimo 5 
segundos, o mesmo tempo que um carro a 80km/h leva 
para percorrer um campo de futebol. Escrever mensagem de 
texto ao dirigir é extremamente perigoso, pois os olhos, as 
mãos e a mente estão distraídos da direção. Uma pesquisa 
do Departamento de Direção Geral de Tráfico da Espanha 
revelou que 51,7% dos acidentes com ferimentos são 
causados pelo uso do celular. No mundo, cerca de 1,3 milhão 
de acidentes são relacionados ao uso de celular ao volante.
Quando o condutor usa o celular ao dirigir, ele tende a:
 • olhar só para a frente, esquecendo dos retrovisores;
 • reduzir a velocidade e não andar dentro da sua faixa;
 • desrespeitar as sinalizações;
 • perder o controle do veículo, pois acaba dirigindo com uma 
única mão;
 • perder a atenção aos sinais sonoros no trânsito.
Não utilize o celular durante a direção, mesmo utilizando fones 
de ouvido ou viva-voz. O uso desses equipamentos deixa uma 
falsa noção de segurança, aumentando o risco de acidentes.
Com a alteração no CTB, o artigo 252 estabelece que:
O condutor que estiver segurando ou manuseando telefone 
celular enquanto dirige comete uma infração gravíssima (7 
pontos na CNH), sujeita a multa.
Além disso, som dos alto-falantes em volume alto, de forma 
a distraí-lo da condução ou impedir de ouvir o trânsito ou o 
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 2525
som de seu veículo, como motor, buzinas e apitos, aumenta 
o risco de acidente. Um estudo do Centro de Tecnologia da 
Allianz, na Alemanha, levantou que 72% dos motoristas 
envolvidos em acidentes de trânsito estavam distraídos 
com eventos ou sons dentro ou fora dos veículos. Nesse 
mesmo estudo, 43% dos entrevistados admitiram ter usado 
o telefone celular.
PLANEJAMENTO DO PERCURSO
Antes de ir a algum lugar, você deve tomar conhecimento, 
planejar e só depois agir. Por isso, procure conhecer anteci-
padamente o trajeto, planeje seu itinerário, saiba onde estão 
instaladas as atividades comerciais, bancárias, industriais e 
residenciais.
Em caso de tele-entregas, é importante que o piloto saiba o 
endereço da entrega e como chegar. Isso economiza tempo 
e combustível, evitao desgaste físico, facilita o trabalho e 
aumenta a segurança.
AUTOMATISMOS
São gestos realizados mecanicamente pelo condutor. Eles 
podem ser corretos, como: reduzir a velocidade nos cruza-
mentos, sinalizar com antecedência, trocar a marcha no 
tempo certo. E podem ser incorretos, como: não sinalizar 
a manobra pretendida, segurar o guidom com apenas uma 
mão, dentre outros.
MEDICAMENTOS, ÁLCOOL E DROGAS
Drogas, medicamentos ou bebidas alcóolicas são subs-
tância psicoativas que alteram a qualidade das atividades 
do cérebro, podendo influenciar no estado físico e mental 
do usuário. A presença dessas substâncias é um dos fatores 
que influenciam na exposição ao risco, no envolvimento e na 
gravidade de acidentes.
MEDICAMENTOS
Usar medicamentos, mesmo por recomendação médica, pode 
modificar o comportamento, além de diminuir a concen-
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 2626
tração, alterando o estado do condutor e prejudicando seu desem-
penho ao volante.
As reações mais comuns dos medicamentos em nosso organismo 
são sonolência, perda de atenção ou concentração, alteração na 
visão ou comportamento, redução ou atraso nos reflexos e irritabi-
lidade. Essas situações impactam diretamente no trânsito, por isso 
é importante que você leia sempre a bula e verifique se há alguma 
restrição para a condução de veículos. Seja cuidadoso e evite dirigir 
após o uso.
Outros medicamentos que também influenciam na direção são 
os antigripais, descongestionantes nasais, tranquilizantes, anal-
gésicos, xaropes e remédios para pressão arterial. Medicamentos 
que afastam o sono, chamados de “rebites”, reduzem o estado de 
sonolência por algumas horas, porém, quando o efeito termina, o 
cérebro manifesta mais rapidamente a necessidade acumulada de 
dormir, fazendo com que o motorista adormeça rapidamente, sem 
nem cochilar.
Fique atento aos sinais de alerta dos efeitos de medicamentos:
 • fadiga, sonolência, cansaço, confusão mental, vertigens, tonturas 
ou sensação de cabeça vazia;
 • perturbações da percepção, especialmente da visão;
 • náuseas ou mal-estar, tremores, alterações da coordenação 
motora e movimentos involuntários;
 • dificuldade em pensar claramente ou em se concentrar;
 • irritação ou agressividade;
 • excesso de confiança e perda da noção de perigo;
 • irregularidades na condução, variando entre velocidade lenta e 
rápida ou incapacidade de manter a trajetória.
Percebendo algum desses sintomas, interrompa imediatamente a 
direção, repouse e ingira bastante líquido, aumentando o processo 
de eliminação da droga do organismo e busque orientação médica. 
Mantenha essa conduta até que os sintomas passem totalmente. 
Insistir na direção é muito perigoso.
ÁLCOOL
Mesmo em quantidades relativamente pequenas, ingerir bebida 
alcoólica aumenta o risco de envolvimento em acidentes, tanto para 
condutores como para pedestres: a alcoolemia inferior a 0,05 g /100ml, 
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 2727
além de provocar diminuição das funções nervosas e impactar na 
visão e nos reflexos, causa diminuição da capacidade de discernimento, 
perda da inibição e comportamento incoerente ao executar tarefas.
Misturar o álcool com a direção de um veículo é bastante perigoso. 
O consumo de álcool geralmente está associado a outros compor-
tamentos de alto risco, como excesso de velocidade e inobservância 
do uso de cinto de segurança.
Em 2012, entrou em vigor a Lei no 12.760, que determina que o condutor 
que for flagrado dirigindo com qualquer concentração de álcool por 
litro de sangue ou por litro de ar alveolar, comete infração gravíssima 
(7 pontos na CNH), sujeito a prisão de 6 meses a 3 anos; a:
 • penalidade de multa multiplicada por 10: o valor da multa será em 
dobro caso haja reincidência em até 1 ano;
 • suspensão do direito de dirigir por 12 meses;
 • recolhimento do documento de habilitação;
 • retenção do veículo.
Dirigir alcoolizado é um ato irresponsável que deveria ser eliminado, 
uma vez que temos tantas mortes e acidentes graves resultantes da 
mistura álcool e direção. Não podemos mais admitir pessoas jovens 
morrendo vítimas da ignorância ou da irresponsabilidade.
Na Índia, o Instituto Nacional de Saúde Mental e Neurociências de 
Bangalore [NIM-HANS] estimou que 21% das vítimas de lesões cere-
brais em acidentes de trânsito estavam alcoolizadas no momento 
do acidente, e que 90% tinham consumido bebida alcoólica nas três 
horas que precederam o acidente.
Em prol da segurança no trânsito, veja algumas dicas:
 • se for dirigir, não beba. Se beber, não dirija;
 • se for beber, utilize táxi, condução pública, peça para alguém ir 
buscá-lo ou eleja entre seus amigos a pessoa que não irá beber e 
será o motorista da vez;
 • não aceite carona de pessoas que beberam e nem permita que 
elas dirijam;
 • tome cuidado à noite nos finais de semana, pois infelizmente 
nem todos respeitam as leis de trânsito, e você pode encontrar 
um motorista embriagado gerando perigo na via.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 2828
50
30 a 50
15 a 30
5 a 15
2 a 5
até 2
Concentração de álcool (decigrama X litro de sangue)
Coma alcoólico e risco de morte
Embriaguez profunda. Inconsciência, às 
vezes coma
Euforia, reação lenta, redução da concen-
tração e da coordenação motora
Menor atenção e concentração, sensação 
de tranquilidade e reação mais lenta
Sem efeitos aparentes
Intoxicação, descoordenação geral, 
confusão mental e visão dupla
INFRAÇÃO GRAVÍSSIMA - 7 pontos na CNH
Dirigir sob influência de álcool, em qualquer quantidade por litro 
de sangue, ou de qualquer substância psicoativa que determine 
dependência física ou psíquica (medicamentos ou drogas) constitui 
infração gravíssima (7 pontos na CNH) e multa agravada multipli-
cada por 10.
Desde novembro de 2016, entrou em vigor a Lei noº13.281, publicada 
em 24 de maio, estabelecendo que o condutor que se recusar a ser 
submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento 
que permita certificar influência de álcool ou outra substância 
psicoativa comete uma infração gravíssima (7 pontos na CNH), com 
multa multiplicada em 10 vezes, aplicando-se o dobro no caso de 
reincidência no período de até 12 meses, além de recolhimento do 
documento de habilitação e retenção do veículo.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 2929
Vamos praticar?
Com base no conteúdo visto até aqui, responda à pergunta abaixo. 
Qual atitude o condutor deve ter para contribuir para um trânsito seguro?
Evitar fumar, salvo em situação de trânsito intenso.
Não usar fones de ouvido.
Comer apenas alimentos sólidos na direção para evitar acidentes.
Utilizar o celular apenas no viva-voz.
DROGAS
As drogas psicoativas são substâncias que alteram o funcionamento 
do sistema nervoso do usuário temporariamente. Alteram o padrão de 
percepção e consciência da realidade e de si mesmo, podendo produzir 
alterações no funcionamento cerebral.
O consumo de drogas diminui a capacidade de conduzir veículos, 
aumenta o tempo de reação, prejudica a noção de tempo e espaço, 
afeta a coordenação motora e causa a incapacidade em manter 
linha reta, aumentando o desvio lateral e deprimindo a capacidade 
de manter vigilância. Além disso, ao acabar o efeito das drogas, a 
sonolência e a fadiga costumam ser maiores e aumentam os riscos 
de acidentes. Um estudo realizado em 2012, utilizando testes em 
simulador de direção, demonstrou que, 3 horas após o consumo de 
drogas, os voluntários ainda apresentavam direção insegura: violando 
o limite de velocidade, deixando de sinalizar manobras e mantendo a 
seta de direção após ingressar na via.
É importante valorizar atitudes que aumentem a segurança no trân-
sito e garantam o direito de mobilidade a todos os cidadãos. Tanto o 
governo quanto a população têm sua parcela de contribuição para um 
trânsito melhor e mais seguro. Faça a sua parte!
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 3030
1. Dirija com braços e pernas 
ligeiramente dobrados, de 
maneira relaxada;
2. Apoie bem o corpo no 
assento e no encosto do 
banco, o mais próximo 
possívelde um ângulo de 90 
graus;
3. Ajuste o encosto de cabeça 
de acordo com a altura dos 
ocupantes do veículo, de 
preferência na altura dos 
olhos;
4. Segure o volante com as 
duas mãos afastadas. Assim 
você enxerga melhor o painel 
e os comandos do veículo, 
além de não atrapalhar o 
funcionamento do air bag, 
caso o tenha;
1
2
3
4
ERGONOMIA
Mantendo a posição correta ao dirigir ou pilotar, o condutor evita 
desgaste físico e contribui para prevenir situações de perigo. Você 
deve se sentir confortável e adotar uma posição que evite esforço 
desnecessário, provocando cansaço. Siga as orientações:
NO CARRO
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 3131
7
8
6
5
5. Procure manter os 
calcanhares apoiados no 
assoalho do veículo, e evite 
apoiar os pés nos pedais 
quando não os estiver 
usando;
6. Utilize calçados que fiquem 
bem fixos aos seus pés, para 
que você possa acionar os 
pedais rapidamente e com 
segurança;
7. Coloque o cinto de segurança, 
de maneira que ele se ajuste 
firmemente ao seu corpo. 
A faixa inferior deve passar 
pela região do abdômen, e a 
faixa transversal deve passar 
sobre o peito e não sobre o 
pescoço;
8. Para evitar situações de 
perigo, quanto mais você 
enxergar o que acontece 
a sua volta, melhor. Os 
retrovisores externos, 
esquerdo e direito devem ser 
ajustados de maneira que 
você, sentado na posição de 
direção, enxergue o limite 
traseiro do seu veículo.
Lembre-se: antes de 
iniciar uma manobra, 
movimente a cabeça ou 
o corpo para encontrar 
outros ângulos de 
visão pelos espelhos 
externos, ou através 
da visão lateral. Fique 
atento também aos 
ruídos dos motores dos 
outros veículos e só faça 
a manobra se estiver 
seguro de que não vai 
causar acidentes.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 3232
NA MOTO
 • Ajuste sempre os espelhos;
 • mantenha a cabeça em posição vertical, a coluna vertebral ereta, 
os ombros relaxados e os braços levemente flexionados;
 • coloque sempre as duas mãos no guidom com os punhos leve-
mente abaixados;
 • mantenha as pernas fechadas e os pés paralelos ao chão;
 • se estiver transportando algum passageiro, peça-o para sentar 
bem próximo a você e segurar firme a fim de acompanhar os 
movimentos e as inclinações da moto.
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
Seu veículo possui equipamentos e sistemas importantes para 
evitar situações de perigo que possam levar a acidentes como:
 • pneus: têm a função de impulsionar, frear e manter a dirigibili-
dade do veículo. Siga sempre as recomendações do fabricante e 
confira sempre a calibragem, o desgaste e qualquer deformação;
 • direção: também é responsável pela dirigibilidade, por isso folgas 
no sistema podem levar o condutor a perder o controle. Devem 
ser feitas revisões preventivas nos prazos previstos no manual 
do fabricante;
 • suspensão: mantém a estabilidade do veículo. Se estiver gasta, 
pode causar a perda de controle e o capotamento do veículo. 
Verifique periodicamente sua conservação e funcionamento;
 • freios: desgastam-se com o uso e sua eficiência é reduzida, 
podendo causar acidentes. Verifique sempre os componentes em 
locais especializados. Evite freadas bruscas ou desnecessárias, 
pois podem desgastar o sistema de freios. Dirija com atenção, 
observando a sinalização, a legislação e as condições do trânsito;
 • sistema de iluminação: é importante tanto para você ser visto 
por outros usuários da via como para enxergar seu trajeto, garan-
tindo a segurança de todos. Confira sempre se há faróis quei-
mados ou desalinhados, ou que estejam em mau funcionamento.
Outros equipamentos são destinados a diminuir os impactos 
causados em acidentes, como cintos de segurança e air bag. Manter 
esses equipamentos em boas condições é importante para que eles 
cumpram suas funções.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 3333
INFRAÇÃO GRAVE - 5 pontos na CNH
CINTO DE SEGURANÇA
A função do cinto de segurança é limitar a movimentação dos 
ocupantes dentro do veículo em caso de acidentes ou em uma 
freada brusca. Assim, facilita que o motorista faça as manobras 
defensivas necessárias e impede que os ocupantes sejam jogados 
para fora do veículo. O cinto ainda previne que os passageiros 
se choquem entre si ou com as partes internas do veículo, como 
volante, para-brisa e bancos dianteiros.
O seu uso pode reduzir o risco de óbitos em até 50% para os passa-
geiros do banco da frente e em até 75% para os do banco de trás. 
Lembre-se sempre de fazer a inspeção no seu equipamento: teste 
o travamento e verifique se não há cortes ou dobras. Verifique 
também os cintos dos bancos traseiros.
Como usar o cinto:
 • ajuste-o firmemente ao corpo, sem deixar folgas;
 • não use presilhas e nem deixe as tiras torcidas;
 • a faixa superior deve ficar no meio do ombro, sem tocar 
no pescoço;
 • a faixa inferior deve ser posicionada abaixo do abdômen, 
especialmente para gestantes;
 • não incline o banco em demasia, pois afeta na eficácia do cinto.
Segundo a legislação brasileira, o condutor tem a responsa-
bilidade sobre os passageiros que ele transporta, devendo 
garantir que todos usem cinto de segurança no veículo. Em 
O cinto de segurança é um item de uso obrigatório em todas as vias 
e para todos os ocupantes do veículo – banco da frente e banco 
traseiro. Desrespeitar essa regra, além de ser um risco, é infração 
grave (5 pontos na CNH), sujeita a multa.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 3434
caso de acidente, o condutor responderá civil e criminal-
mente pelas lesões ou morte dos ocupantes.
Veja os resultados de um acidente em que os ocupantes 
estejam sem o cinto de segurança e o veículo esteja a uma 
velocidade de 65 km/h:
 • primeira colisão: O veículo choca-se contra um obstáculo 
e, rapidamente, o para-choque, a lataria e o capô ficam 
amassados.
 • segunda colisão: Apesar de o carro estar parado, os corpos 
dos ocupantes continuam em movimento, na velocidade 
em que o carro estava (65 km/h), e somente param quando 
colidem com alguma coisa, podendo até ser lançados para 
fora do veículo.
 • terceira colisão: Com o carro e as pessoas paradas, é a 
vez de os órgãos pararem. Na velocidade em que o carro 
estava, os órgãos somente param ao colidirem entre si 
ou contra ossos, provocando fraturas, hemorragias, entre 
outras lesões.
AIR BAG
O air bag é um adicional ao cinto de segurança. Ele diminui a 
chance de a cabeça ou a parte superior do corpo se chocar 
com alguma parte no interior do veículo. Ele também 
ajuda a reduzir o risco de lesões graves, distribuindo as 
forças da colisão mais uniformemente ao longo do corpo 
do indivíduo.
O air bag tem prazo de validade e precisa passar por 
manutenção periódica. O fabricante do automóvel 
descreve no manual do proprietário o período de durabi-
lidade da peça.
EQUIPAMENTO DE RETENÇÃO PARA CRIANÇAS
Os acidentes no trânsito representam a principal causa de 
morte de crianças no Brasil: cerca de 4,7 mil crianças morrem 
e 122 mil são hospitalizadas anualmente, segundo o Minis-
tério da Saúde.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 3535
A melhor proteção para a criança no carro é o uso de cadeiras e 
assentos de segurança. O cinto de segurança é projetado para 
adultos com no mínimo 1,45 m de altura, e por isso não protege os 
pequenos dos traumas de um acidente. Nunca transporte crianças 
no veículo sem usar o sistema de retenção específico.
Em 2010, entrou em vigor a Lei da Cadeirinha, tornando obriga-
tório o uso dos equipamentos de proteção, de acordo com idade, 
peso e altura. A World Health Organization publicou em 2015 que 
o uso dos dispositivos, se corretamente instalados, pode evitar 
70% dos casos de morte em bebês e entre 54% e 80% entre 
crianças. Outra informação relevante é que a probabilidade de 
um acidente fatal diminui entre 35 e 50% se a criança estiver no 
banco traseiro do veículo.
O uso desses dispositivos é recomendado em qualquer situ-
ação de transporte, em pequenas ou longas distâncias. Segundo 
dados da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo 
(CET), cerca de 50% dos acidentes graves e/ou fatais ocorrema menos de 50 km de casa, e outros 25% ocorrem a distâncias 
entre 50 e 200 km.
Os erros mais comuns são:
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 3636
Usar dispositivo inapro-
priado para a idade e o 
tamanho da criança.
Não instalar o dispo-
sitivo bem preso ao 
banco do carro ou não 
colocar a criança corre-
tamente nele.
Colocar uma criança 
menor de 1 ano de idade 
ou com menos de 13 kg 
em uma cadeira de segu-
rança de frente para o 
movimento.
No primeiro semestre de 2014, 48% das indenizações pagas 
pelo DPVAT envolvendo crianças foram em decorrência de 
acidentes com motocicletas. O número é superior aos acidentes 
envolvendo carros, que chega a 44%. E de setembro de 2014 
até agosto de 2015, foram pagas cerca de 1.200 indenizações 
referentes a acidentes com morte ou invalidez envolvendo 
crianças. Lembre-se: crianças menores de 10 anos não podem 
transitar em motocicleta, motoneta ou ciclomotor.
EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA DO MOTOCICLISTA
A maior parte dos acidentes de trânsito envolve motocicletas. 
As principais causas de acidente são: condução em alta veloci-
dade, imprudências em manobras e a má conservação do veículo.
Os equipamentos de segurança obrigatórios por lei para os 
motociclistas são: capacete com viseira, vestuário protetor e 
calçado adequado. O ocupante da garupa também deve usar 
capacete.
Capacete
Segundo resolução do Contran, o capacete deve ficar firme na 
cabeça do usuário (piloto ou garupa) e, por isso, deve ser do 
tamanho adequado, encontrado desde o número 50 até o 64. 
Ele deve estar afixado por debaixo do maxilar inferior (queixo) 
com fita jugular e engates. Veja alguns requisitos:
 • interior do capacete: deve ser de material acolchoado com 
isopor, espumas e outros tecidos;
 • exterior (casco): deve ser feito de materiais rígidos e 
indeformáveis, como plásticos de engenharia e fibra 
de carbono;
 • elementos retrorrefletivos (material que reflete grande 
parte da luz de volta à sua fonte): o capacete deve ser leve 
e conter elementos retrorrefletivos na parte externa para 
que o usuário seja visto em todas as direções. Ele ainda 
deve atender às normas e ser certificado pelo INMETRO, 
apresentando selo na parte externa ou etiqueta de certi-
ficação com a logomarca do INMETRO;
 • faixa refletiva (reflete a luz de forma difusa e para 
diversas direções): o capacete do motociclista profissional 
deve ter faixa refletiva nas cores vermelha e branca.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 3737
A viseira do capacete é destinada a proteger os olhos e as 
mucosas dos usuários. Geralmente, é feita de policarbonato, que 
é um material transparente e altamente resistente, mas pode ser 
feita de plástico de engenharia também. Os padrões são cristal, 
fumê light e metalizado, sendo que para uso noturno somente 
o cristal é permitido. Com a moto em movimento, a viseira deve 
estar sempre abaixada. Nos capacetes com queixeira, é permi-
tida uma pequena abertura para passagem de ar.
Lembre-se de sempre substituir o capacete caso tenha sofrido 
algum impacto forte ou quando ele apresentar trincas.
Embora não seja obrigatório, usar cores claras no capacete facilita a 
visualização do condutor e do garupa.
Os modelos certificados pelo INMETRO são:
 • capacete integral (queixeira fixa);
 • capacete com queixeira móvel;
 • capacete aberto (sem queixeira).
Quando o capacete não tem viseira, é obrigatório o uso de óculos de 
proteção. Ele pode ter ou não pala (como a de boné).
É proibido o uso do capacete tipo coquinho, ciclista ou equipamento 
de proteção individual de construção civil.
Vestuário
Não há regulamentação sobre as roupas do motociclista, porém 
veja algumas dicas e recomendações:
 • prefira tecidos resistentes que protegem a pele;
 • use roupas que permitam liberdade de movimento;
 • jaquetas devem ter punhos justos e zíper;
 • calças com boca estreita evitam que os pés se enrosquem nos 
pedais;
 • as roupas claras e os refletores permitem que os outros condu-
tores o vejam a uma distância maior, especialmente à noite.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 3838
As luvas de couro proporcionam melhor aderência ao guidom para 
manobras e protege suas mãos em caso de quedas. Prefira também 
luvas com punhos longos, evitando a entrada de ar nas mangas da 
jaqueta. Prefira calçados que protejam o tornozelo, com sola resis-
tente e salto baixo que se encaixe nos pedais. Se houver cordão, certi-
fique-se de que eles estão bem amarrados, para não enroscar no pedal.
Vamos praticar?
Com base no conteúdo visto até aqui, responda à pergunta abaixo. 
Após certo tempo de direção, é comum o condutor adquirir alguns gestos 
automaticamente, mas nem todos são ruins. Qual das alternativas abaixo 
apresenta automatismos CORRETOS?
Evitar sinalizar a intenção de manobra, segurar o volante com 
uma mão e trocar a marcha no tempo certo.
Reduzir a velocidade nos cruzamentos, sinalizar as manobras 
com antecedência e trocar a marcha no tempo certo.
Dirigir com o pé apoiado no pedal de embreagem, reduzir a velo-
cidade em cruzamentos e evitar utilizar o retrovisor direito.
Aumentar a velocidade para ultrapassar veículos de grande porte, 
sinalizar intenção de manobra e trocar a marcha de forma prolongada.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 3939
Visibilidade é de 15 m. 
A distância para frenagem 
na velocidade de 50 km/h 
é de 10 m.
Visibilidade é de 180 m. 
A distância para frenagem 
na velocidade acima de 120 
km/h é de 180 m.
Visibilidade é de 40 m. 
A distância para frenagem 
na velocidade de 108 a 
120 km/h é de 100 m.
Roupa com refletoresRoupa branca
Negligência
Roupa preta
3 World Road Association, 2013
CONDUZINDO EM CONDIÇÕES ADVERSAS
Condições Adversas são tudo aquilo que contribui para aumentar 
as situações de risco e os conflitos no trânsito. O condutor precisa 
identificar os riscos e assumir a postura adequada diante de tais 
situações. O meio ambiente, como condição de luz e clima, e as 
condições da via contribuem em 34,4% para acidentes fatais. Já os 
veículos, que podem ter problemas mecânicos, como os freios ou 
pneus, contribuem em 13%3.
São condições adversas:
 • luz: ofuscamento por excesso ou falta de luz natural ou artificial;
 • tempo/clima: chuva, granizo, neblina, cerração, aquaplanagem 
e fumaça;
 • vias: curvas, desvios, subidas, descidas, largura da pista, tipos de 
pavimento, trechos escorregadios, buracos e obras na pista;
 • trânsito: o horário de pico nas cidades e as altas velocidades das 
rodovias aumentam o risco de acidentes;
 • veículo: falta de manutenção dos componentes e sistemas;
 • condutor: condições físicas e mentais.
Diante de alguma condição adversa, caso sinta muita dificuldade 
em continuar trafegando, pare em local seguro, como um posto de 
abastecimento. Use o acostamento somente em caso extremo e de 
emergência, sinalize com o triângulo e utilize o pisca-alerta.
Dirigir em várias condições adversas ao mesmo tempo (veículo, 
via, tempo, trânsito) é uma situação perigosa: quanto mais condi-
ções adversas, maior é o grau de perigo. Por isso, redobre, triplique, 
quadruplique a atenção quando as condições adversas se somarem.
CONDIÇÕES ADVERSAS DA LUZ
A falta ou o excesso de luminosidade pode aumentar os riscos no 
trânsito. A iluminação do veículo nos permite observar com antece-
dência o seu movimento. Ver e ser visto é uma regra básica para a 
direção segura.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 4040
INFRAÇÃO MÉDIA - 4 pontos na CNH
Em 2013, 24% dos pagamentos de seguro DPVAT foram feitos 
para acidentes ocorridos entre 17h e 19h59, momento do anoitecer 
quando não está nem tão claro e nem tão escuro, situação chamada 
de lusco-fusco, na qual a visão dos motoristas é prejudicada.
Na entrada e saída de túneis, ocorre uma alteração da visibilidade, 
exigindo uma adaptação rápida da visão, o que gera momentanea-
mente uma situação de risco.
Farol
A luz baixa do farol deve ser utilizada obrigatoriamente à noite, 
mesmo em vias com iluminação pública. É imprescindível que as 
motocicletas, os ciclomotores e o transporte coletivode passa-
geiros usem a luz baixa do farol, mesmo durante o dia. Usar o farol 
alto ou o farol baixo desregulado ao cruzar com outro veículo pode 
ofuscar a visão do outro motorista.
A Lei no 13.290, conhecida como “Lei do Farol Baixo”, publicada em 
maio de 2016, determina o uso obrigatório de farol baixo durante 
o dia nos túneis providos de iluminação pública e nas rodovias. O 
descumprimento da Lei resulta em uma infração média (4 pontos na 
CNH) e multa. Mantenha os faróis regulados e utilize-os de forma 
correta. Torne o trânsito seguro em qualquer lugar ou circunstância.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 4141
CONDIÇÕES ADVERSAS DO TEMPO
Algumas condições climáticas e naturais afetam as condi-
ções de segurança do trânsito, pois dificultam a visão e/ou 
tornam o pavimento liso. Nessas condições, você deverá 
adotar atitudes prudentes que garantam a sua segurança e 
a dos demais usuários da via.
Iluminação natural
A luz do sol, no início da manhã ou no final da tarde, pode 
causar ofuscamento devido à sua inclinação, reduzindo a 
visão do condutor e sendo uma condição adversa de ilumi-
nação ambiental. Procure programar sua viagem para evitar 
estas condições. O ofuscamento pode acontecer também 
pelo reflexo do sol em alguns objetos polidos, como garrafas, 
latas, prédios espelhados, ou para-brisas.
Cuidado: nos cruzamentos com semáforos, o sol, ao incidir 
contra os focos luminosos, pode impedir que você identi-
fique corretamente a sinalização.
Em caso de ofuscamento, reduza a velocidade do veículo, 
utilize o quebra-sol (pala de proteção interna) ou até mesmo 
óculos protetores (óculos de sol) e procure observar uma 
referência do lado direito da pista. Se a luz refletir no retro-
visor interno, ajuste-o para desviar o facho de luz.
Nessas situações, você deve:
 • reduzir a velocidade e aumentar a distância segura de 
seguimento;
 • manter os faróis limpos e alinhados e usar o sistema de 
iluminação de forma adequada;
 • manter a viseira do capacete em boas condições;
 • evitar viajar à noite;
 • evitar a “guerra dos faróis”, baixando a luz do seu veículo.
Fumaça
A fumaça produzida por queimadas prejudica a sua visibili-
dade. Tenha especial atenção, reduza a velocidade e evite 
parar na pista. Feche os vidros do seu veículo e ligue a luz 
baixa. Evite ligar o pisca alerta.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 4242
Chuva
A chuva reduz a visibilidade, deixa a pista molhada e 
escorregadia, além de poder criar poças de água se o piso 
da pista for irregular. Os 15 minutos iniciais são os piores, 
pois a pista está escorregadia devido à mistura da umidade 
com o pó, o que reduz a aderência do pneu. Estatísticas 
apontam que, em dias de chuva, os acidentes aumentam 
em cerca de 20%.
Fique alerta desde o início da chuva, acione a luz baixa do 
farol, ative o limpador de para-brisas, não deixe os vidros 
embaçarem, aumente a distância do veículo à sua frente e 
reduza a velocidade até sentir conforto e segurança. Evite 
pisar no freio de maneira brusca.
Se estiver pilotando uma motocicleta, quando iniciar a chuva 
pare em local seguro e vista a capa de chuva. Se possível, 
espere a chuva lavar o pó da pista.
No caso de chuvas de granizo (chuva de pedra), ou de grande 
intensidade, o melhor a fazer é parar o veículo em local 
seguro, como posto rodoviário, área de descanso ou posto 
de combustível, e aguardar a chuva passar.
Inundação
Durante uma inundação (enchente, grande volume de água), 
é preciso ter cuidado com buracos que a água esconde. 
Dependendo do nível da água, devem ser adotados compor-
tamentos seguros para o condutor e os ocupantes do 
veículo. Em situação de enchente, só saia de casa em caso 
de extrema necessidade.
Neblina ou cerração
Costumam acontecer em encostas próximas ao litoral ou em 
regiões perto de rios ou represas. Sob neblina, nevoeiro ou 
cerração, acenda a luz baixa do farol (e o farol de neblina, 
se tiver), redobre a atenção, reduza a velocidade a fim de 
aumentar a distância do veículo à sua frente, até sentir mais 
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 4343
segurança e conforto. O farol alto não deve ser usado, pois 
reflete na água e reduz ainda mais a visibilidade.
Se ainda assim você sentir dificuldade em continuar trafe-
gando, pare em local seguro, como um posto de abasteci-
mento. Devido à pouca visibilidade, não é seguro parar no 
acostamento. Use o acostamento somente em caso extremo 
e de emergência, e utilize o pisca-alerta.
Vento
Ventos muito fortes, ao atingir o veículo em movimento, podem 
deslocá-lo, ocasionando a perda de estabilidade e o descontrole 
(especialmente as motocicletas). Além disso, o vento pode 
jogar na pista objetos que podem se chocar com os veículos.
Há trechos de rodovias onde são frequentes os ventos 
fortes. Acostume-se a observar o movimento da vegetação 
às margens da via. Em alguns casos, estes trechos encon-
tram-se sinalizados. Os ventos podem também ser gerados 
pelo deslocamento de outros veículos maiores, ao trafe-
garem no mesmo sentido da moto ou em sentido contrário. 
Reduza a velocidade e adéque a marcha do motor para dimi-
nuir a probabilidade de desestabilização do veículo.
Calor e frio
O calor pode provocar sonolência e indisposição física, prin-
cipalmente após o almoço. Evite comer e logo depois dirigir. 
Já o frio pode entorpecer mãos e pés, dificultando os movi-
mentos do condutor.
CONDIÇÕES ADVERSAS DA VIA
Cada via tem suas características, que devem ser observadas 
para diminuir os riscos e acidentes. Ao transitar em via com 
desvios e buracos, mantenha a atenção. A via com presença 
de buracos e sinalização apagada é potencialmente geradora 
de risco de acidente de trânsito. Por sua vez, um trecho bem 
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 4444
conservado e com boa pavimentação pode também dar causa a 
acidentes, devido à velocidade excessiva dos condutores.
Estradas de terra possuem condições próprias que representam riscos 
que podem gerar acidentes, pois o seu piso é irregular, há pedras que 
podem ser lançadas pelos pneus, a poeira levantada reduz a visibili-
dade e o barro pode prejudicar a aderência dos pneus.
Declives e aclives
Se você vir um declive (descida) ou aclive (subida) acentuado à 
frente, teste os freios e mantenha o câmbio engatado numa marcha 
reduzida durante a descida.
Nunca desça com o veículo desengrenado e nem desligue o motor. 
Com ele desligado, os freios não funcionam adequadamente e o 
veículo pode atingir velocidades descontroladas. Além disso, a direção 
poderá travar. Diminua a velocidade na descida e não ultrapasse.
Acostamento
É uma parte da via diferenciada da pista de rolamento, destinada à 
parada e ao estacionamento de veículos em situação de emergência.
É proibido trafegar com veículos automotores no acostamento. Ao 
parar, primeiro reduza a velocidade o mais suavemente possível para 
não provocar uma colisão traseira, e sinalize com a seta. Após parar o 
veículo, sinalize com o triângulo de segurança e o pisca-alerta.
Vias sem acostamento representam riscos à sua segurança, por 
isso, numa urgência ao imobilizar o veículo, sinalize o local adequa-
damente para evitar uma colisão.
Cabeceira de pontes, viadutos e elevados
Na entrada ou na saída de pontes, viadutos e elevados, é comum a 
existência de desníveis que podem comprometer a estabilidade do 
veículo e, no caso de motociclistas, causar impactos em diversas partes 
do corpo. Nesses casos, reduza a velocidade para garantir a direção 
segura. Nas motocicletas, use as pedaleiras como apoio para levan-
tar-se levemente do banco.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 4545
Derramamentos
Como na aquaplanagem (deslizamento de veículo em pista 
molhada), quando há derramamentos na pista (óleo, areia, 
brita), forma-se uma lâmina entre o pneu e o asfalto, fazendo 
o pneu perder sua aderência (força de contato entre pneus 
do veículo e o solo). O óleo, por ser mais viscoso, adere por 
mais tempo nos pneus e, mesmo depois de ter passado a 
poça, compromete a direção.
As dicas e os cuidados são os mesmos do casode aquapla-
nagem. Ao avistar um derramamento na pista, tente desviar 
do local, evite freadas bruscas e, ao passar pela poça, 
mantenha o volante em linha reta.
CONDIÇÕES ADVERSAS DO TRÂNSITO
O trânsito também gera situações de risco, pois os demais 
elementos – outros veículos, pedestres, ciclistas, animais na 
pista – e os eventos interferem na condução. O trânsito da 
cidade é mais lento e intenso, com maior número de veículos, 
pedestres, ciclistas e motociclistas. Tenha especial atenção 
em locais com maior fluxo de pedestres, como próximo a 
escolas, hospitais, órgãos públicos e região central.
Mantenha a atenção ao dirigir, mesmo em vias com tráfego 
pesado e com baixa velocidade, observando atentamente o 
movimento de veículos, pedestres e ciclistas, devido à possibi-
lidade da travessia de pedestres fora da faixa e à aproximação 
excessiva de outros veículos, que podem acarretar acidentes.
No horário de pico devido ao excesso de veículos e congestiona-
mento, aumentam as chances de se envolver em um acidente 
de trânsito, uma vez que o estresse gerado nessas circunstân-
cias pode levar ao cometimento de infrações e desrespeito ao 
direito do outro. Mantenha-se calmo e evite aborrecimentos.
Para enfrentar essas condições adversas, você deve:
 • evitar trafegar em horários de pico;
 • usar caminhos alternativos para fugir de engarrafamentos;
 • não revidar provocações dos outros usuários;
 • redobrar a atenção no trânsito;
 • mesmo parado no congestionamento, manter uma distância 
segura dos veículos: essa distância deve ser suficiente para 
visualizar os pneus traseiros do carro à frente.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 4646
O trânsito das rodovias é mais rápido, os limites de velocidade são 
maiores, e há menos intensidade e fluxo de pedestres, ciclistas ou 
demais veículos. Fique atento às situações que geram riscos: épocas 
festivas, feriados e emendas de feriados que aumentam o número 
de veículos em viagens. Fique atento também aos locais onde há 
maquinários agrícolas, carroças animais, excursões e caminhões de 
transporte, e quando há a recuperação das vias com obras ou cons-
truções que dificultam o trânsito local.
Para dirigir ou pilotar em rodovias:
 • mantenha o veículo revisado e a documentação em dia;
 • conheça o caminho e planeje a viagem;
 • evite viajar à noite ou quando estiver cansado;
 • ajuste banco e espelhos retrovisores;
 • faça paradas a cada 2 horas para descanso e/ou alimentação;
 • reveze a direção em viagens longas;
 • mantenha a velocidade constante e compatível com o contexto;
 • obedeça à sinalização;
 • em caso de emergência, pare no acostamento e ligue o pisca-alerta.
Falta de atenção do pedestre ou do ciclista.
Reduzir a velocidade antes de entrar numa curva.
Frenagem brusca em uma reta ou curva.
Não usar o retrovisor nas manobras.
Vamos praticar?
Com base no conteúdo visto até aqui, responda a pergunta abaixo. 
Qual é uma das principais causas de capotamento de veículos?
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 4747
CONDIÇÕES ADVERSAS DO VEÍCULO
São condições relacionadas à falta de manutenção do veículo, 
como: freios desregulados, limpadores de para-brisas, faróis, pneus 
e amortecedores em más condições, luzes, equipamentos inope-
rantes, rodas trincadas, falta de buzina, dentre outros. O condutor 
deve sempre observar o estado de conservação do veículo e de 
seus sistemas e componentes para aumentar sua segurança.
Segundo a legislação, é dever do condutor certificar-se de que o 
veículo está em condições seguras de trafegar. Por isso, acostu-
me-se a inspecionar totalmente o automóvel pelo menos uma vez 
por mês e a moto diariamente. Faça sempre revisões e mantenha o 
seu veículo em bom estado.
Lâmpadas queimadas aumentam o risco de acidente, especialmente 
dirigindo à noite, ao frear, estacionando de ré ou transitando na 
chuva, cerração ou neblina.
Os pneus possuem sulcos com profundidade mínima de 1,6 mm, para 
escoar a água em pista molhada e manter a aderência ao piso, redu-
zindo o risco de aquaplanagem. Às vezes, podem aparecer bolhas 
no pneu (quando a malha metálica interna do pneu se rompe e 
deforma o pneu). Se isso acontecer, troque imediatamente o pneu, 
para evitar acidentes.
Você pode observar o funcionamento do veículo pelas indicações 
do painel ou por uma inspeção visual simples:
 • faróis: verifique visualmente se todos estão acendendo (luzes 
baixa e alta);
 • água do radiador: nos veículos refrigerados a água, veja o nível do 
reservatório de água;
 • para-brisa: verifique o reservatório de água do sistema e troque 
as palhetas do limpador que estiverem ressecadas;
 • desembaçadores dianteiro e traseiro: verifique se estão funcio-
nando corretamente;
 • lanternas dianteiras e traseiras, luzes indicativas de direção, luz 
de freio e luz de ré: faça a inspeção visual;
 • freios: verifique se eles estão regulados e se não há presença de 
água no fluído de freio.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 4848
Verifique também o triângulo de segurança e o extintor de incêndio, 
que são equipamentos importantes para o socorro em acidentes.
O desgaste de um componente pode prejudicar o funcionamento 
de outros e comprometer a sua segurança. Isso pode ser evitado, 
observando a vida útil e a durabilidade definida pelos fabricantes 
para os componentes, dentro de certas condições de uso.
Para manter seu veículo em condições seguras, crie o hábito de 
fazer periodicamente a manutenção preventiva. Ela é fundamental 
para minimizar o risco de acidentes de trânsito.
Evite transitar com excesso de carga, pois isso compromete o seu 
veículo e sua direção. Acomode adequadamente, distribuindo e 
imobilizando a carga no veículo, de acordo com sua capacidade.
Ver e ser visto
Acidentes de trânsito podem ser provocados pela falta de visibili-
dade do motorista. Trafegar em segurança depende muito da capa-
cidade do condutor de ver o que está à sua volta e também de ser 
visto pelos demais.
Diversos fatores podem interferir na visibilidade do condutor, como 
luminosidade, cores, condições climáticas, horário, tipo de veículo, 
objetos que tapem o vidro traseiro e películas ou adesivos nos 
vidros. Por isso, vias bem iluminadas e veículos com o sistema 
de iluminação em perfeitas condições trazem mais visibilidade e, 
portanto, mais segurança ao motorista.
Ponto cego dos veículos ou ângulos mortos
A visão é responsável por 90% das informações necessárias para uma 
direção segura, porém a visão do ser humano é reduzida e imperfeita. 
Os espelhos retrovisores aumentam a área de visão do condutor, mas 
não totalmente. Pontos cegos do veículo são algumas áreas ao redor 
do automóvel que não podem ser vistas pelo condutor, mesmo que 
com ajuda dos espelhos retrovisores.
MÓDULO 2 DIREÇÃO DEFENSIVA 4949
3
4
1
2
1. dianteira: as colunas dianteiras encobrem algumas áreas e difi-
cultam a visão em manobras ou curvas;
2. laterais (direita e esquerda): veículos e objetos muito próximos 
podem se esconder nos pontos cegos das laterais do veículo. O 
espelho retrovisor deve estar ajustado para garantir a visibilidade;
3. traseira: há pontos cegos na traseira do veículo que fazem com 
que o motorista, ao usar o retrovisor interno, não enxergue 
objetos pequenos, crianças e alterações na via.
4. No trânsito, considere esses pontos cegos, que variam em tamanho 
e quantidade, conforme o tamanho do veículo e a posição de espe-
lhos retrovisores. Evite transitar nos pontos cegos dos demais 
veículos. Tenha cuidado especial com pessoas ou veículos que ficam 
por instantes no ponto cego.
São quatro zonas de ponto cego:
As áreas sombreadas são pontos cegos do motorista do cami-
nhão. Os pontos cegos do lado direito dos veículos de grande porte 
são maiores, por isso deve-se evitar ultrapassagens deste lado. A 
manobra, além de arriscada, é considerada uma infração de trânsito. 
Também não se deve emparelhar com o veículo de grande porte 
quando este fizer uma conversão, mantenha a distância e respeite o 
espaço necessário à manobra.
Algumas recomendações

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