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Serviço de Orientação e Uso da Informação Giane da Paz Ferreira Silva Curso Técnico em Biblioteca Educação a Distância 2016 EXPEDIENTE Professor Autor Giane da Paz Ferreira Silva Design Instrucional Deyvid Souza Nascimento Maria de Fátima Duarte Angeiras Renata Marques de Otero Terezinha Mônica Sinício Beltrão Revisão de Língua Portuguesa Letícia Garcia Diagramação Izabela Cavalcanti Coordenação Hugo Carlos Cavalcanti Coordenação Executiva George Bento Catunda Coordenação Geral Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco, em convênio com o Ministério da Educação (Rede e-Tec Brasil). Maio, 2016 S586s Silva, Giane da Paz Ferreira. Serviço de Orientação e Uso da Informação: Curso Técnico em Biblioteca: Educação a distância / Giane da Paz Ferreira Silva. – Recife: Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco, 2016. 42 p.: il. Inclui referências bibliográficas. 1. Educação a distância. 2. Bibliotecas - Serviço de referência. 3. Serviços de informação. I. Silva, Giane da Paz Ferreira. II. Título. III. Rede e-Tec Brasil. CDU – 025.5 Sumário Lista de Abreviaturas ......................................................................................................................... 5 Introdução ........................................................................................................................................ 6 1.Competência 01 | Compreender o Contexto Histórico do Serviço de Referência e Saber Diferenciar as Obras de Referência ...................................................................................................................... 8 1.1 Histórico do Serviço de Referência ........................................................................................................ 8 1.2 Fontes de Informação no Serviço de Referência ...................................................................................10 1.2.1 Enciclopédias ....................................................................................................................................11 1.2.2 Dicionários........................................................................................................................................12 1.2.3 Fontes Biográficas .............................................................................................................................13 1.2.4 Fontes de Informação Geográfica .....................................................................................................14 1.2.5 Fontes de Informação na Web ..........................................................................................................14 2.Competência 02 | Compreender as Etapas do Serviço de Referência e a Prática do Profissional Técnico em Biblioteca no Setor de Referência ................................................................................. 17 2.1 O que é a Questão de Referência .........................................................................................................18 2.2 Serviços de Informação Típicos em Bibliotecas ....................................................................................18 2.3 Metodologia de Pesquisa .....................................................................................................................24 2.3.1 Utilizando a NBR 14724/2011 – Apresentação de Trabalhos Acadêmicos ..........................................25 2.3.2 Utilizando a NBR 10520/2002 – Citações...........................................................................................26 2.3.3 Utilizando a NBR 6023/ 2002 - Informação e Documentação-Referências .........................................28 2.3.4 Utilizando a NBR 6028/2003 - Resumo ..............................................................................................28 3.Competência 03 | Planejar serviços de notificação corrente (serviços de alerta) e de disseminação seletiva da informação .................................................................................................................... 29 3.1 Disseminação Seletiva de Informação e Serviço de Alerta ....................................................................29 4.Competência 04 | Promover a Educação do Usuário com Atividades Culturais e Saber Inspecionar O Fluxo (Entrada e Saída do Acervo) ................................................................................................ 33 4.1 Orientação à Pesquisa .........................................................................................................................36 4.2 Ação Cultural em Bibliotecas ...............................................................................................................37 Conclusão ........................................................................................................................................ 40 Referências ..................................................................................................................................... 41 Minicurrículo do Professor .............................................................................................................. 44 Lista de Abreviaturas ABNT ALA Associação Brasileira de Normas Técnicas American Library Association COMUT Serviço de Comutação Bibliográfica DSI Disseminação Seletiva da Informação FAQ Frequently Asked Questions, que significa “Perguntas mais frequentes” FUNDAJ Fundação Joaquim Nabuco GPS Global Positioning System IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais ISO International Organization for Standardization NBR Norma Brasileira OPAC Online Public Access Catalog TIC Tecnologia da Informação e Comunicação 6 Introdução Ao trabalhar em bibliotecas, arquivos ou centros de documentação, a primeira questão que nos vem à mente é: para quem e como vamos oferecer nossos serviços? Ao mesmo tempo, é importante saber se realmente estamos preparados para aquele grande momento no qual o usuário/cliente vai chegar e nos fazer a tão famosa “questão de referência”. Então, por onde começar? Que fontes utilizar? A quem recorrer? No intuito de desvendar esse assunto, a partir de agora, caros (as) alunos (as), vamos ingressar no mundo do Serviço de orientação e uso da informação. Como ponto de partida, utilizaremos a deixa de um dos professores que mencionou que “todo documento que a biblioteca possui é um item passível de ser recuperado por um usuário que busca informação”. Afirmativa bastante válida, sobretudo para nós que temos como responsabilidade desvendar o caminho das pedras. Principalmente hoje, na era digital, é preciso ir além das paredes físicas das bibliotecas, arquivos ou centros de documentação. Nas vivências do dia a dia, haverá ocasiões em que a solicitação do usuário/cliente pela busca da informação vai ultrapassar literalmente as fronteiras geográficas e precisamos estar preparados para este momento. Mas, quais as competências que devemos ter? Como iremos observar, na tarefa de fornecer informações existem serviços oferecidos pelas bibliotecas que atuam como verdadeiros filtros para poupar o tempo dos usuários. Nesse sentido, o serviço de referência passa a ser o ponto culminantedas bibliotecas e unidades de informação, exigindo o conhecimento prévio acerca de alguns temas. Assim, minimizar problemas do cotidiano, tentar prever acontecimentos e antecipar soluções que coloquem a biblioteca em evidência como espaço cultural e educacional é o papel dos atores envolvidos no Serviço de referência das bibliotecas. Dentro desta perspectiva, este caderno reúne como bases tecnológicas noções sobre Serviço de Referência, Metodologia de Pesquisa, Disseminação Seletiva de Informação e Serviço de Alerta, Educação do Usuário, Orientação à pesquisa e Ação Cultural em Bibliotecas. O objetivo deste módulo do curso é levar ao profissional Técnico em Biblioteca informações sobre o Serviço de Orientação e Uso da informação. Para atingir este propósito, buscamos reunir neste caderno algumas competências necessárias para a prestação de serviços de informação pelas bibliotecas ou unidades de informação, considerando as suas peculiaridades. Compete agora a você, caro (a) aluno (a), com base nos conteúdos que serão aqui abordados, focar no seu cotidiano o desenvolvimento da comunicação, com criatividade e autonomia para minimizar 7 problemas futuros a partir de soluções inovadoras que valorizem a biblioteca como espaço cultural e educacional. Este caderno propõe explorar as seguintes competências: 1. Compreensão do contexto histórico do serviço de referência e da capacidade de diferenciar as obras de referência. 2. Entendimento das etapas do serviço de referência e a prática do profissional técnico em Biblioteca no setor de referência. 3. Planejamento de serviços de notificação corrente (serviços de alerta) e de disseminação seletiva da informação. 4. Promoção da educação do usuário com atividades culturais e inspeção do fluxo (entrada e saída do acervo). A partir de agora, caro (a) aluno (a), temos o compromisso de agregar esse conhecimento para utilizá-lo de forma proveitosa em nossa prática profissional. Bons estudos! 8 1.Competência 01 | Compreender o Contexto Histórico do Serviço de Referência e Saber Diferenciar as Obras de Referência “Exercer a arte do serviço de referência é a única maneira satisfatória que existe para aprendê-la”. (Grogan, 2001) Caro (a) aluno (a), o objetivo desta competência é compreender o contexto histórico do serviço de referência e a partir dessa compreensão saber diferenciar as obras de referência. Vale lembrar-se de que o foco principal é sempre prover um atendimento com qualidade, visando à satisfação dos usuários/clientes. 1.1 Histórico do Serviço de Referência No período de 1870 a 1950, predominantemente, o serviço de referência estava relacionado ao auxílio do bibliotecário aos leitores no momento da utilização de livros, ficando restrito ao espaço da biblioteca e tendo por finalidade o estudo e pesquisa. (MORENO, 2005). Após a 2ª. Guerra mundial, a sociedade assistiu a um notável crescimento no volume de publicações científicas no mundo todo. Essa explosão bibliográfica concorreu para a criação de bibliotecas com o objetivo de reunir e armazenar esse conhecimento produzido. Como decorrência, os serviços de informação em bibliotecas foram originados de três fatores: o grande aumento de publicações, o caráter da pesquisa científica como descoberta de fatos e a enorme aplicação da pesquisa científica na indústria. Esses progressos significaram a necessidade de criar um serviço de informação cuja principal tarefa seria organizar o acervo bibliográfico e relacionar o conhecimento com as diversas fontes de informações disponíveis. Atenção! O novo conceito de biblioteca estaria relacionado com a função de “colaborar na tarefa de proporcionar informações aos pesquisadores, sem ficar à espera que eles as peçam – deveria tanto disseminar, quanto reunir informações”. (FOSKETT, 1969, p.20) Foi diante deste contexto que houve em todo o mundo um crescimento exponencial na criação de bibliotecas especializadas, dando margem a um novo conceito da função de uma biblioteca. Concomitantemente, a partir do surgimento das primeiras universidades, é criada nas bibliotecas universitárias uma seção independente, denominada serviço de referência. No Brasil, o termo “referência” foi adotado para designar a prestação de serviço de informação e assistência aos leitores na biblioteca. Na definição de Martins e Ribeiro (1986, p. 10), a palavra referência é proveniente do latim, referentia, que tem como significado a ação de referir, relatar, contar. Quanto ao verbo referir, proveniente do latim, refere, pode ser traduzido como o ato de responder, repetir, informar. Neste Competência 01 Ewellyn Ribeiro Highlight Ewellyn Ribeiro Highlight Ewellyn Ribeiro Highlight Ewellyn Ribeiro Highlight Ewellyn Ribeiro Highlight Ewellyn Ribeiro Highlight Ewellyn Ribeiro Highlight 9 sentido, um Serviço de informação tem como função social investigar o que se conhece sobre determinado assunto, proporcionando ao usuário tanta informação quanto seja necessária para preencher uma lacuna em seu conhecimento (FOSKETT, 1969). O “serviço de informação” ou “biblioteca de informação” inicialmente se desenvolveu no campo das pesquisas científicas e industriais até chegar hoje ao que concebemos como “serviço de referência“. Segundo Figueiredo (1992), a expressão serviço de referência ou serviço de auxílio ao leitor foi utilizada pela primeira vez em 1876, na 1ª Conferência da American Library Association (ALA). O Serviço de Referência propriamente dito está relacionado com o serviço em si e sua interação com os três pilares: Figura 1 - Pilares do serviço de referência Fonte: Silva, 2013. Descrição: Triangulo representando três pilares do serviço de referência onde para cada lado da figura se lê: bibliotecário – informação e usuário na base do triângulo. Cabe ao bibliotecário o papel de mediador em todo o processo. Entretanto, os serviços de informação podem variar em seus diferentes contextos em função da natureza da informação com que lidam. Figura 2 - Ambiente de leitura Fonte: http://bibliotecaicetufam.blogspot.com.br/p/servicos.html Descrição: cena de biblioteca onde há uma mesa e estantes ao fundo. Na mesa, usuários leitores com alguns livros às mãos estudando. Competência 01 http://bibliotecaicetufam.blogspot.com.br/p/servicos.html Ewellyn Ribeiro Highlight Ewellyn Ribeiro Highlight 10 Atenção! A finalidade do serviço de referência e informação é permitir que as informações fluam eficientemente entre as fontes de informação e quem precisa de informação. (WHITAKER,1985 apud GROGAN, 2001). Segundo Eirão (2011, p. 21), “O serviço de referência é a unidade responsável por prestar o atendimento aos usuários, pessoal ou remotamente, além de fornecer outros serviços informacionais”. O Bibliotecário de referência deve ter qualidades distintas, destacando-se a grande capacidade de síntese e o poder de análise. Essas qualidades ajudarão a responder às questões dos usuários. Porém, outras qualidades pessoais devem estar presentes como: acessibilidade, inteligência, conhecimento profissional e intelectual, iniciativa, prudência, criatividade, perseverança, cortesia e bom relacionamento interpessoal. Saiba mais sobre o papel do bibliotecário de referência: SOUZA, Maria Naires; FARIAS, Karla Meneses. Bibliotecário de Referência e a Competência Informacional. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 24, Maceió 2011. Anais..., 2011. Disponível em < http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/10377/1/2011_eve_mnadesousa.pdf>. Acesso em: 13 maio 2016. Também é importante informar aos usuários que ao sentirem dificuldades no processo de busca e recuperação da informação, eles podemsolicitar uma entrevista de referência com o profissional Bibliotecário para auxiliá-lo na resolução de tais questões. 1.2 Fontes de Informação no Serviço de Referência Geralmente, ao iniciarmos uma pesquisa, as obras de referência são as primeiras obras consultadas, seja para conceituar melhor ou com maior propriedade determinado termo ou expressão, seja com o objetivo de ampliar os conhecimentos básicos sobre determinado assunto, lugar ou pessoa. Apesar da coincidência das nomenclaturas, essas obras não estão diretamente relacionadas ao serviço de referência. Entretanto, no dia a dia considera-se importante que o profissional seja capaz de reconhecê-las e diferenciá-las. Além disso, espera-se que tal conhecimento lhe proporcione um melhor preparo, tanto para a orientação nas pesquisas dos usuários quanto na prática do próprio serviço de referência, visto que “metade do conhecimento consiste em saber onde encontrá-lo” (GROGAN, 2001, p. 7). Como veremos a seguir, são vários os exemplos de obras de referência, cabendo destaque aqui para as enciclopédias, dicionários, fontes biográficas, geográficas e digitais/virtuais da web. Competência 01 http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/10377/1/2011_eve_mnadesousa.pdf Ewellyn Ribeiro Highlight Ewellyn Ribeiro Highlight 11 1.2.1 Enciclopédias As enciclopédias trazem definições mais extensas e de caráter introdutório para seus verbetes, compreendendo diversos assuntos. Costuma também redirecionar para outros verbetes relacionados dentro da própria obra ou outras fontes de informação mais completas. Esse recurso, denominado referência, é caracterizado nas obras impressas pelas expressões “ver” e “ver também”, já as versões eletrônicas trazem a vantagem do uso do hipertexto que possibilita o acesso imediato através dos links. Podem ser gerais, com uma linguagem mais simples voltada para o público leigo, ou especializadas, que utilizam termos técnicos e específicos da área do conhecimento abordada. Assim como os dicionários, também são encontradas em formato impresso e/ou eletrônico. Vejamos os exemplos abaixo: Figura 3 - Enciclopédia especializada Fonte: http://teresa-beatlesforever.blogspot.com.br/2010/08/alfa-o-cinema-enciclopedia-da-7-arte-e.html Descrição: capa de uma revista chamada “O cinema”. Na imagem, quatro pessoas trajando vestes escuras num ambiente de clima ártico, conversam descontraidamente ao lado do que parece ser um piano. Figura 4 - Enciclopédia geral Fonte: http://livroseopiniao.blogspot.com.br/2012/05/os-vendedores-de-porta-em-porta-e-as.html Descrição: imagem contendo uma coleção de livros enciclopédicos de cor predominante vermelha, todos em posição vertical, um ao lado do outro. Enciclopédia Especializada O CINEMA: enciclopédia da sétima arte. Lisboa: Alfa, 1973. 9 v. Enciclopédia Geral ENCICLOPÉDIA Barsa universal. [São Paulo]: Barsa Planeta, 2007. 18 v. Atenção: Há pouco tempo foi anunciado o fim de sua versão impressa. Competência 01 http://teresa-beatlesforever.blogspot.com.br/2010/08/alfa-o-cinema-enciclopedia-da-7-arte-e.html http://livroseopiniao.blogspot.com.br/2012/05/os-vendedores-de-porta-em-porta-e-as.html 12 Figura 5 - Enciclopédia online Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal. Descrição: Símbolo da marca Wikipedia que traz um globo composto por peças de quebra-cabeças, cada qual contendo símbolos do alfabeto mundial. 1.2.2 Dicionários Organizados em ordem alfabética, os dicionários costumam trazer, de forma sucinta e objetiva, os significados de seus verbetes de acordo com a abrangência. Eles podem ser de idiomas (unilíngues e multilíngues), especializados (analógico ou tesauros, rimas e locuções, citações, glossários) e de assunto (monotemáticos ou enciclopédicos), que trazem termos técnicos de uso corrente em determinadas áreas do conhecimento. São encontrados em formato impresso e/ou eletrônico. Figura 6 - Dicionário unilíngue, impresso e eletrônico. Fonte: http://livraria.folha.com.br/catalogo/1023596/novo-dicionario-aurelio-da-lingua-portuguesa Descrição: Imagem da capa do dicionário Aurélio. Na reprodução, a palavra AURELIO aparece na cor preta com um CD- ROM abaixo como parte suplemento à edição. Enciclopédia Online WIKIPÉDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wi ki/Wiki p%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal> Dicionário Unilíngue, Impresso e Eletrônico. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 5. ed. Curitiba, PR: Positivo, 2010. 2222 p. + 1 CD. Competência 01 http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal http://livraria.folha.com.br/catalogo/1023596/novo-dicionario-aurelio-da-lingua-portuguesa http://pt.wikipedia.org/wi 13 Figura 7 - Dicionário Bilíngue Fonte: http://livraria.folha.com.br/catalogo/1016639/michaelis-moderno-dicionario-de-ingles DESCRIÇÃO: Capa do dicionário MIchaelllis. A edição é de cor predominantemente escura com o nome Inglês ao centro na cor branca e uma imagem em mosaico logo abaixo com as cores que lembram a bandeira norte americana. Figura 8 - Dicionário especializado Fonte: www.sebodomessias.com.br/sebo/(S(wb2yff552rrloaq0yto1g4iv))/detalheproduto.aspx?idItem=29 70 Descrição: Capa de livro contendo um dicionário de belas artes. Na capa há imagens de um vaso e cerâmica artística com a foto de uma igreja antiga. 1.2.3 Fontes Biográficas Biografia é uma obra a qual narra, descreve ou registra a vida de uma ou mais pessoas, que têm alguma importância para a sociedade. Essas fontes podem, de acordo com o objetivo, variar em suas formas e organização. As biografias oferecem uma gama maior e mais completa de informações acerca de uma personalidade, enquanto que os dicionários biográficos sintetizam os dados mais importantes de forma mais objetiva. Dentro do gênero biografia, encontramos as autobiografias, onde o biografado é o próprio autor, e as biografias, onde autor e biografado são pessoas diferentes. Estas ainda podem ser classificadas de acordo com as fontes utilizadas pelo autor (com base nas informações fornecidas pelo próprio biografado ou através de pesquisas do autor) e quanto ao tipo de abordagem (informativas, críticas, Dicionário Bilíngue MICHAELIS, H. Michaelis moderno dicionário inglês-português, português-inglês. 2. ed. São Paulo: Melhoramentos, 2006. 1735 p. Dicionário Especializado REAL, Regina M. Dicionário de belas-artes: termos técnicos e materiais afins. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, c. 1962. 2v. Competência 01 http://livraria.folha.com.br/catalogo/1016639/michaelis-moderno-dicionario-de-ingles http://www.sebodomessias.com.br/sebo/(S(wb2yff552rrloaq0yto1g4iv))/detalheproduto.aspx?idItem=29%2070 14 interpretativas, ficcionalizadas). Figura 9 - Capa da biografia de Nelson Rodrigues Fonte: www.casasbahia.com.br/O-Anjo-Pornografico-a-Vida-de-Nelson-Rodrigues-112453.html Descrição: Imagem de homem (corpo inteiro) com traje social e fumando. Na frente o título da obra “o anjo pornográfico” com o nome do autor logo acima (Ruy Castro). Figura 10 - Capa da autobiografia de Benjamim Franklin Fonte: www.livrariaunesp.com.br/livrariaunesp/produto/19364/AUTOBIOGRAFIA++BENJAMIN+FRANKLIN Descrição: Imagem de Benjamin Franklin (busto). Homem de meia idade, com vestes sociais da aristocracia do século 18. 1.2.4 Fontes de Informação Geográfica As fontes de informação geográfica não se limitam apenas aos atlas, globos ou coleções de mapas, mais comuns por proporcionarem uma melhor visualização das grandes áreas do planeta. Tampouco por demonstrar outras características das regiões analisadascomo divisão política, demográfica, social e econômica, aspectos físicos, climáticos e geológicos. Atualmente, existem outros recursos eletrônicos que proporcionam vantagens de acesso, atualização e armazenamento de dados, praticidade e agilidade na pesquisa tais como os aparelhos com Global Positioning System (GPS), o aplicativo para desktop e web Google Earth (https://www.google.com/earth/) e o site de pesquisa Google Maps: https://www.google.com.br/maps Desse modo, segundo Figueiredo (1990, p. 51), Biografia CASTRO, Ruy. O anjo pornográfico: a vida de Nelson Rodrigues. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. 457p. Autobiografia FRANKLIN, Benjamin; ARRUDA, Aydano. Autobiografia de Benjamin Franklin. São Paulo: IBRASA, 1963. 162 p. (Clássicos da democracia; 10) Competência 01 http://www.casasbahia.com.br/O-Anjo-Pornografico-a-Vida-de-Nelson-Rodrigues-112453.html http://www.livrariaunesp.com.br/livrariaunesp/produto/19364/AUTOBIOGRAFIA++BENJAMIN+FRANKLIN https://www.google.com/earth/ https://www.google.com.br/maps 15 [...] o trabalho de referência/informação é realizado em um ambiente dinâmico e com base em fontes de informação que estão em contínua mudança e, assim, é uma tarefa constante do bibliotecário manter-se atualizado sobre estas mudanças. 1.2.5 Fontes de Informação na Web Resultado da convergência das tecnologias da computação e da comunicação, a Internet representa uma verdadeira revolução nos métodos de geração, armazenagem, processamento e transmissão da informação. Para Silva e Aquina (2014, p.204), a história da humanidade sempre sobreviveu na dependência das fontes de informação. Elas foram transformando-se, renovando-se, reatualizando- se, adquirindo novas formas e moldando-se em novos espaços. Também são responsáveis por carregar e armazenar a informação que age como formadora e transformadora de opiniões. Por fonte de informação, entende-se qualquer recurso que responda a uma demanda de informação por parte de usuários-aprendentes e que gere ou veicule informação, influenciando na geração do conhecimento e do aprendizado. Essas fontes incluem produtos e serviços de informação, pessoas ou rede de pessoas, programas de computador etc. A Internet disponibiliza enorme quantidade e variedade de informação, com diversidade de assuntos, padrões de transferência e armazenamento de dados, especialmente em e-mails, documentos, mídias sociais, mensagens de dispositivos móveis e de aplicativos em nuvens, dificultando a manipulação dos dados recuperados. Com isto, as atividades de pesquisa, consultas e processos de seleção à informação, demandam competências em novas tecnologias, mas sobretudo, para os usuários da Web, há a exigência no domínio de essencial competência, a Gestão de Informação e de Conhecimentos. As demandas de localização, avaliação e uso da informação mudam a cada habilidade identificada no usuário com vistas à percepção e ao desenvolvimento no acesso aos conteúdos. Por conseguinte, há que se ir além por caminhos criativos para lidar com as problematizações no Cognitivismo de forma a abarcar habilidades cognitivas abstratas cada vez mais complexas. Há que se resolver, o melhor possível, em tratar conflitos informacionais como a ausência da informação necessária, quando em cenários de sua indisponibilidade, incompletude, dispersão, falseabilidade e crescente volume. No desafio do Big Bang informacional, produzido por clientes, fornecedores, consumidores, o grau de desconhecimento do bibliotecário no trato deste desafio para com os projetos de Gestão da Informação, influencia os resultados que se deseja alcançar e mesmo as formas de como atingi-los. Tal desconhecimento possibilita incertezas nos projetos das Organizações. Isto representa um risco ao sucesso dos projetos, sendo determinado pelo grau de complexidade e dinamicidade imposta pelos novos ambientes tecnológicos e modelos de negócios necessários para lidar com os cenários deste Big Bang, mesmo diante do alto poder de processamento das novas tecnologias. As fontes de informação hoje abrem inúmeras possibilidades de conhecimento, disponíveis a um clique ou toque de dedos! Dentre as inúmeras fontes de informação da Web, é possível destacar Competência 01 16 pelo menos nove mais conhecidas e utilizadas (SILVA, AQUINO, 2014, p.205): - Sites e websites: são um conjunto de páginas Web ou hipertextos acessíveis; pelo protocolo de transferência da Internet; - Portais: um tipo de site que congrega conteúdos de diversos tipos (áudio, vídeo, imagem, texto etc.); - Blogs: espécie de diário Web que apresenta características como a personalização. Podem ser desenvolvidos para serem utilizados individual ou coletivamente; - Microblogs: considerados ferramentas de blogs em formato mais simples e servem para postagens com limitações de tamanho; - Youtube: permite que os usuários-aprendentes carreguem e compartilhem vídeos em formato digital; - Redes sociais (Facebook, Ning, Linkedin, entre outras): são uma forma de representar as relações humanas. O crescimento das redes sociais perpassa as relações pessoais e atinge também os âmbitos organizacional, social, político e científico; - Grupos de Discussão ou Comunidades Virtuais: rede eletrônica de comunicação interativa autodefinida, organizada em torno de um interesse ou finalidade compartilhada; - Buscadores e Metabuscadores: são motores de busca, programas feitos para auxiliar a busca de informação armazenada na rede mundial (www) ou a Internet. O potencial de aplicação das ferramentas de busca online é necessário no contexto dinâmico da sociedade da informação-conhecimento-aprendizagem-comunicação, tendo como função orientar o usuário-aprendente à fonte desejada. Mais adiante veremos fontes de informação para pesquisas escolares e ambiente acadêmico, muito importante para o auxílio ao atendimento às demandas de informação de usuários e pesquisadores especializados. Competência 01 17 2.Competência 02 | Compreender as Etapas do Serviço de Referência e a Prática do Profissional Técnico em Biblioteca no Setor de Referência Caro (a) aluno (a), o objetivo desta competência é compreender as etapas do serviço de referência e a prática do profissional Técnico em Biblioteca no setor de referência. Atenção! O profissional Técnico em Biblioteca no setor de referência desenvolverá atividades relacionadas à recuperação e disseminação da informação utilizando para isto os mais variados suportes e tipos de documentos, sejam eles impressos ou digitais. Todo o trabalho que é desenvolvido em uma biblioteca ou unidade de informação deve ser destinado aos usuários, tendo sempre como foco atender suas necessidades de informação de forma eficiente. Para um atendimento eficiente, é importante que haja um conhecimento prévio dos principais processos de referência, que também são chamados de oito passos. Eles implicam em atividade vital para o cumprimento da principal função das bibliotecas e, de acordo com Grogan (2001), estão dispostos a seguir: 1. O problema - Este processo se inicia a partir de um problema que desperta a atenção de um usuário; 2. A necessidade de informação - Consiste na explicitação do problema pelo usuário, seja por necessidade de conhecer e compreender, seja por curiosidade ou qualquer outro motivo; 3. A questão inicial - o usuário formula a questão e solicita auxílio do bibliotecário, iniciando, assim, o processo de referência propriamente dito, que envolve a etapa de análise do problema e a localização das respostas às questões; 4. A questão negociada - o bibliotecário solicita esclarecimentos sobre a questão inicial para atender satisfatoriamente a necessidade do usuário; 5. A estratégia de busca – é o momento no qualo bibliotecário analisa minuciosamente a questão, identificando seus conceitos e suas relações, para traduzi-la em um enunciado de busca apropriado à linguagem de acesso ao acervo de informações; em seguida ele escolhe os vários caminhos possíveis para o acesso às fontes especificas para responder a questão apresentada. 6. O processo de busca - diz respeito ao estabelecimento de estratégias flexíveis que comportem mudança de curso para melhorar a busca; 7. A resposta - para a maioria dos casos será encontrada uma resposta, porém isso não constitui o fim do processo, pois a resposta encontrada pode não ser a esperada; 8. A solução - o bibliotecário e o usuário devem avaliar se o resultado obtido é suficiente para finalizar o processo de busca. Competência 02 18 2.1 O que é a Questão de Referência As solicitações dos usuários em uma unidade de informação, de acordo com Grogan (2001), podem ser classificadas em dois tipos de questões: Questões simples (factuais): sobre fatos, acontecimentos, definições, etc., são simples e diretas e podem ser respondidas rapidamente mediante buscas bibliográficas dentro da biblioteca; Questões complexas: apresentam dificuldade de recuperação, podendo ou não ser respondidas com fontes bibliográficas ou outros recursos disponíveis na organização ou mesmo fora dela; refere-se às questões que demandam busca e pesquisa para fornecimento de uma resposta mais complexa, requerendo do profissional a competência para lidar com as técnicas de manuseio da informação e conhecimento da área do assunto da pergunta. Para atendimento as questões propostas acima, as funções do serviço de referência, de acordo com Mangas (2007), ocorrem a partir de quatro ações, que são: acolher, informar, formar e orientar, conforme demonstra o quadro abaixo: Quadro 1 - Funções do Serviço de Referência Fonte: Mangas (2007). 2.2 Serviços de Informação Típicos em Bibliotecas Para atender a essas demandas, as bibliotecas se utilizam de algumas ferramentas e serviços como forma de auxiliar na recuperação das informações. Desse modo, compete ao bibliotecário investigar FUNÇÕES DO SERVIÇO DE REFERÊNCIA DESCRIÇÃO ACOLHER Receber com simpatia e profissionalismo os usuários. [...] O Serviço de Referência é o serviço por excelência que faz a ponte entre a biblioteca e a comunidade a quem serve. Cabe ao bibliotecário de referência desempenhar o papel de relações públicas. INFORMAR Resolver as perguntas e as pesquisas dos usuários. FORMAR Ensinar os usuários na utilização dos serviços e dos recursos da biblioteca. ORIENTAR [...] Ajudar os usuários dentro da biblioteca na localização das obras ou encaminhá-los para os serviços que melhor possam responder às suas necessidades. Aconselhar os utilizadores na seleção de uma obra, fonte ou recurso de informação. Competência 02 Ewellyn Ribeiro Highlight Ewellyn Ribeiro Highlight Ewellyn Ribeiro Highlight 19 os anseios e necessidades informacionais do usuário, consultando o acervo da instituição e recorrendo, se necessário, a outras estratégias de busca visando prover o usuário da informação de que ele necessita. Os serviços de referência virtual surgiram no final da década de 80, nos Estados Unidos, em paralelo com a disponibilização dos catálogos das bibliotecas na internet. (ARELLANO, 2001). Durante algum tempo, utilizou-se ainda o serviço de referência via telefone como forma de atender usuários remotos, mas com o uso da internet aos poucos ele foi sendo substituído pelo correio eletrônico. Atualmente, com o uso intensivo das tecnologias de informação e comunicação, novos serviços são disponibilizados aos usuários. No Brasil, as bibliotecas virtuais surgiram na época da popularização da internet e provocaram mudanças na forma de organizar a informação. Por outro lado, o perfil do usuário também se transformou e o contato com as bibliotecas deixou de ser apenas físico. Agora, esse contato passa a ser de forma remota por meio de pontos de acesso a internet, através das páginas da web ou em tempo real, por meio do acesso à base de dados, telefone, e-mail, formulários na web, videoconferência, chat, páginas de FAQ ou mural. O serviço de referência na era digital traz na essência os mesmos preceitos do serviço presencial, porém, integra a possibilidade de servir como portal para outras fontes de informação, atraindo um maior número de usuários e auxiliando na recuperação da informação em menor tempo. Por outro lado, as tecnologias de informação e comunicação propõem um desafio muito maior para as equipes envolvidas no serviço de referência, ao exigir novos esforços e competências para reconhecer as necessidades do usuário e atender a essa demanda sem o contato face a face que promovia o diálogo e o entendimento nas questões de referência. Considerando a abrangência dos assuntos abordados e a forma como estão organizados, os serviços podem ser utilizados com objetivos diferentes, de acordo com a necessidade e a realidade de cada biblioteca. Vejamos então, alguns Serviços de informação na era digital: Catálogo On-Line (OPAC) - Os catálogos on-line têm como função permitir a consulta do acervo das bibliotecas. Um exemplo é o Sistema Pergamum que reúne o acervo das bibliotecas da UFPE. Competência 02 20 Figura 11 - Catálogo do Pergamum online Fonte: www.biblioteca.ufpe.br (2014) Descrição: Imagem da página inicial de consulta da rede Pergamum para consulta de livros. Os Serviços Informatizados como o empréstimo de livros concorrem para acelerar o atendimento e melhorar a qualidade do serviço nas bibliotecas, poupando o tempo do usuário e permitindo o controle sobre as coleções. Competência 02 http://www.biblioteca.ufpe.br/ 21 Figura 12 - Tela de empréstimos em um sistema automático Fonte: Pergamum, 2013 Descrição: tela de sistema de empréstimo de livros no qual se observa os dados cadastrais do usuário, como foto, nome, registro, matrícula, livros emprestados, datas e demais informações de controle do setor de circulação da biblioteca. Sites Dinâmicos com informações sobre a biblioteca e seus serviços. O exemplo abaixo corresponde ao site da Biblioteca Nacional. Figura 13 - Site da Biblioteca Nacional Fonte: www.bn.br/portal/. Descrição: Imagem do portal do site da Biblioteca Nacional com indicação do Portal do Livro, contendo informações para o cadastro nacional de livros. Com a catalogação informatizada e cooperação em rede é possível localizar obras em outras bibliotecas e incorporar os itens às coleções de forma mais ágil e confiável. No Brasil, a Rede Pergamum constituída pelas instituições usuárias do software Pergamum - Sistema Integrado de Bibliotecas, é um exemplo de rede colaborativa de dados. A Rede Pergamum tem por finalidade Competência 02 http://www.bn.br/portal/ 22 melhorar a qualidade global dos serviços dos usuários, promover a cooperação no tratamento da informação e o compartilhamento de recursos de informação. Figura 14 - Catálogo da Rede Pergamum Fonte: www.pergamum.pucpr.br/redepergamum/consultas/site_CRP/pesquisa.php Descrição: Imagem da página inicial de consulta da rede Pergamum para consulta de livros. As Redes Sociais ou biblioteca sem fronteiras surgem como recursos indispensáveis para promover a interação entre biblioteca e usuário. Figura 15 - Facebook da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco Fonte: www.facebook.com/biblioteca.pe?filter=1. Descrição: imagem da página virtual do Facebook da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco As Coleções Especiais Digitalizadas passam a formar as bibliotecasdigitais permitindo o acesso a Competência 02 http://www.pergamum.pucpr.br/redepergamum/consultas/site_CRP/pesquisa.php http://www.facebook.com/biblioteca.pe?filter=1 23 um número ilimitado de obras em várias áreas do conhecimento. As Obras Raras e Especiais da Biblioteca do Senado Federal formada por 7.548 volumes, entre livros e periódicos, foram digitalizadas e hoje estão disponíveis ao público através da internet. Quanto aos documentos originais, eles encontram-se armazenados em sala com cofre climatizados, em condições de temperatura e umidade apropriadas para sua perfeita conservação. Figura 16 - Coleção de Obras Raras e Especiais da Biblioteca do Senado Federal Fonte: www.senado.gov.br/senado/biblioteca/colecoes/raras_especiais.asp Descrição: imagem de livros raros observados dentro de uma caixa de exposição dentro de expositor de vidro (isolado) para proteção. Serviço de Acesso a Bases de Dados tem como objetivo recuperar artigos e outros tipos de documentos disponíveis em bases de dados eletrônicas para acesso remoto. As bases de dados apontam artigos científicos de acesso livre (gratuitos) ou pagos (restrito). No caso de artigos pagos, uma boa opção é solicitar cópia (quando possível) através do COMUT (ver abaixo a respeito). O Portal de Periódicos da CAPES é um exemplo de serviço em base de dados que reúne e disponibiliza o melhor da produção científica internacional. São mais de 33 mil títulos com texto completo, 130 bases referenciais, 10 bases dedicadas exclusivamente a patentes, além de livros, enciclopédias e obras de referência, normas técnicas, estatísticas e conteúdo audiovisual. Competência 02 http://www.senado.gov.br/senado/biblioteca/colecoes/raras_especiais.asp 24 Atenção: Para maiores informações sobre o serviço, acesse o www.periodicos.capes.gov.br ou consulte o Folder do Portal em https://periodicos.capes.gov.br/images/documents/folder.PDF Figura 17 - Treinamento do Portal de Periódicos da Capes Fonte: Silva, 2013. Descrição: imagem de uma jovem (vista de costas) sentada em frente ao computador que está sob uma mesa. O ambiente lembra um laboratório de informática ou sala de aula. Serviço de Comutação Bibliográfica (COMUT) Serviço oferecido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) que permite a obtenção de cópia de documentos (anais, artigos, capítulos de livros e dissertações) existentes em bibliotecas brasileiras e no exterior. Para saber como se filiar a esse serviço, acesse www.ibict.br ACCART, Jean Philippe. Serviço de referência: do presencial ao virtual. Brasília (DF): Briquet de Lemos, 2012. ARELLANO, Miguel Ángel Márdero. Serviços de referência virtual. Ci. Inf. Brasília, v.30, n.2, p.7-15, maio/ago., 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ci/v30n2/6206. Acesso em 14 maio 2016. Serviço de Disseminação Seletiva da Informação (DSI) Ao utilizar os serviços de DSI, o objetivo da biblioteca é atingir um número maior de usuários, disseminando o máximo de informações possíveis em menos tempo. Mais adiante, ainda neste Caderno, abordaremos mais sobre esse serviço. Agora, veja no quadro ao lado mais textos sobre o serviço de referência em bibliotecas. 2.3 Metodologia de Pesquisa Durante a vivência profissional o Técnico em Biblioteca por vezes se depara com questões Competência 02 http://www.ibict.br/ http://www.scielo.br/pdf/ci/v30n2/6206 25 relacionadas à aplicação das Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na elaboração de trabalhos científicos. Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. (ABNT, 2013). Geralmente as dúvidas envolvem a estrutura do trabalho, a redação de resumos, a elaboração de referências e a citação de autores. Abaixo serão ilustrados alguns exemplos de aplicação das Normas da ABNT, porém você poderá obter maiores informações acessando diretamente o site em: http://www.abnt.org.br/ 2.3.1 Utilizando a NBR 14724/2011 – Apresentação de Trabalhos Acadêmicos Esta norma especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros), visando sua apresentação à instituição (banca, comissão examinadora de professores, especialistas designados e/ou outros). O trabalho científico é um documento que apresenta os resultados de um estudo/pesquisa sobre um determinado assunto. O processo de elaboração de um trabalho é uma vivência que precisa ser criativa, possibilitando a interação entre pessoas, fontes e recursos diversos, a fim de atingir maior autonomia com relação à forma de aprender e construir conhecimentos, desenvolvendo no pesquisador uma visão mais crítica e ampliada. ESTRUTURA BÁSICA 1) Elementos Pré-Textuais Capa; folha de rosto; agradecimentos (opcional); sumário. 2) Elementos Textuais Introdução; desenvolvimento; conclusão. Competência 02 http://www.abnt.org.br/ 26 3) Elementos Pós-Textuais Referências e anexos ou apêndices. 4) Formatação Papel A4 Paginação a partir da introdução Margem 3 cm (esquerda e em cima), 2 cm (direita e em baixo) Espaçamento 1,5 cm Parágrafo 2 cm margem esquerda Letra: Times New Roman ou Arial Tam. 12 Figura 18 - Estrutura do Trabalho científico Fonte: www.biblioteca.iq.unesp.br/dissertacao/folha_rosto.htm Descrição: divisão dos elementos que compõem uma monografia: elementos pré-textuais, textuais e pós- textuais. A imagem apresenta essas divisões através de páginas sequenciais em cores diferenciadas para cada parte, uma após a outra, trazendo a ideias da divisão de uma monografia (livro) em partes que compõe um todo. 2.3.2 Utilizando a NBR 10520/2002 – Citações Esta norma especifica as características necessárias para apresentação de citações em documentos. Competência 02 http://www.biblioteca.iq.unesp.br/dissertacao/folha_rosto.htm 27 Citação - é a menção no texto de informações obtidas em fonte escrita ou oral. As citações podem ser direta, indireta e citação de citação. Como regra geral, as citações podem ser do tipo “Autor-data” ou “Numéricas”. No Sistema Autor-data: indica-se a fonte, pelo sobrenome do autor, nome da instituição responsável ou pelo título, seguido da data de publicação do documento, separados por vírgula e entre parênteses (citação indireta). Citação direta: Transcrição textual de parte da obra do autor consultado. Para as citações diretas, inclui-se a indicação de página. Exemplo: "Deve-se indicar sempre, com método e precisão, toda documentação que serve de base para a pesquisa, assim como ideias e sugestões alheias inseridas no trabalho." (CERVO; BERVIAN, 1978, p. 97). Atenção! Para maiores detalhes consulte a NBR- 10520/2002 - Citações no site da ABNT. Citação indireta: Texto baseado na obra do autor consultado. Exemplo: Neste texto, o papel do bibliotecário ganha importância como educador. (DUDZIAK; GABRIEL; VILLELA, 2000). Citação de citação: Citação direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original. Exemplo: “É a alma e os nervos de toda biblioteca, e pela sua eficiência pode-se avaliar as tarefas anteriores, que em cadeia preparam a informação, ou seja, aquisição, registro, catalogação, classificação, preparo e armazenamento.” (FIGUEIREDO, apud RIBEIRO, 2008, p. 11). No Sistema Numérico: as citações devem ter uma numeração única e consecutiva, colocadas acima do texto, em expoente, ou entre parênteses. Exemplo: “fazendo um relatório com algumas notas de rodapé” 1 Atenção: Existem outrasnormas que também são utilizadas para formatação de trabalhos, cabe destaque a Norma Vancouver, bastante utilizada na área de saúde. Por outro lado, a International Organization for Standardization (ISO) também estabelece um padrão internacional para publicações científicas, mas na essência os elementos que constituem a referência são os mesmos, a variação pode estar na ordenação dos elementos. Competência 02 28 2.3.3 Utilizando a NBR 6023/ 2002 - Informação e Documentação-Referências Esta Norma estabelece os elementos a serem incluídos em referências, fixa a ordenação dos elementos e estabelece convenções para transcrição e apresentação da informação originada do documento e/ou outras fontes de informação. Para elaboração de referências para qualquer tipo de suporte informacional, sejam livros, manuais, guias, catálogos, enciclopédias, dicionários, periódicos, CD’s, DVD’s, legislação, receituários, sites, fotografias e outros, é preciso estar atento à identificação dos elementos abaixo para compor a referência. Autor(es), título, edição, local (cidade), editora e data (ano), volumes, números, páginas, endereços eletrônicos, data de acesso, etc. As entradas de autor podem variar em função do número de autores, do tipo de autor (pessoa física ou instituição), função do autor na obra (diretor, coordenador, editor, etc.) e outras variantes relativas ao próprio nome (sobrenome composto, origem espanhol, família, parentesco, títulos de nobreza ou pseudônimos). Exemplos práticos de sua aplicação podem ser vistos na NBR-6023/2002 ou no final deste caderno no item Referências. 2.3.4 Utilizando a NBR 6028/2003 - Resumo Esta norma estabelece a apresentação para elaboração de resumos. Os resumos podem ser do tipo crítico, quando emitem juízo, opiniões e análises sobre o assunto de que trata o documento. O tipo informativo oferece ao leitor mais detalhes acerca do documento, expondo informações de natureza qualitativa e sobre o método utilizado na pesquisa, resultados e conclusões. A aplicação deste tipo de resumo ocorre em maior escala nos artigos científicos, teses e dissertações acadêmicas. O tipo indicativo, sem muitos detalhes, aborda de forma geral o conteúdo do documento, sugerindo a leitura integral do texto original. Você poderá explorar mais sobre este assunto no caderno que trata de Indexação, Resumo e Linguagem Documentária. Competência 02 29 3.Competência 03 | Planejar serviços de notificação corrente (serviços de alerta) e de disseminação seletiva da informação Nesta competência abordaremos o Planejamento de serviços de notificação corrente (serviços de alerta) e de disseminação seletiva da informação. 3.1 Disseminação Seletiva de Informação e Serviço de Alerta A expressão Disseminação Seletiva de Informação (DSI) originada da língua inglesa Selective Dissemination of information (SDI) foi concebida em 1958 por Hans Peter Luhn, para representar um sistema que seletivamente disseminasse informação aos usuários a partir dos interesses expressos em seus perfis de interesse. Inicialmente, a finalidade do DSI era aperfeiçoar serviços de alerta oferecidos por bibliotecas, centros de documentação e sistemas especializados de informações documentais. (SOUTO, 2010) (BAX et al., 2004). Apesar da concepção do DSI ter ocorrido em meados do século passado, seu caráter é extremamente atual em função do entendimento social do que representa as demandas informacionais, o processo de formulação de estratégias de busca e as possibilidades de uso da informação. Essa realidade se reflete no uso intensivo das Tecnologias de informação (TIC) por permitirem criar no ambiente virtual ferramentas ideais para a prestação de serviços aos usuários de forma inovadora. Um típico serviço de DSI para BAX et al (2004), deve ter como objetivo prover cada usuário dos novos trabalhos que deram entrada na base de dados e que podem se constituir em subsídios para trabalhos em andamento ou interesses. Estes usuários seriam inscritos em uma lista periódica e personalizada. No entanto, ao se planejar um serviço de DSI é preciso levar em conta fatores como: organização, direção e manutenção do serviço a fim de divulgá-lo e, principalmente, manter atualizado. Na visão de Mondschein (1990a), o que distingue a DSI de outros serviços de alerta é o desenvolvimento do perfil do usuário que pode ser prontamente modificado em função da demanda de informação do usuário. Abaixo apresentamos um exemplo de DSI eletrônico, utilizando o serviço de e-mail para divulgar junto aos usuários as novas aquisições da biblioteca. Para desenvolver esta atividade é importante que a unidade possua os contatos de seu público. Competência 03 30 Figura 19 - DSI via e-mail Fonte: Silva, 2014 Descrição: página do Google contendo o retorno da pesquisa de um usuário sobre um termo qualquer de consulta. Os serviços de DSI sempre estarão associados ao conhecimento prévio sobre o público-alvo a que se destinam, por essa razão é importante estar sempre buscando informações sobre estudos de usuários, perfis, uso de novas tecnologias, atualização e aprimoramento profissional e educação continuada com o objetivo de propiciar serviços personalizados e em grupo com valor agregado. Deste modo, as redes sociais surgem como outra forma interessante de realizar o serviço de Disseminação Seletiva da Informação. Atualmente, as possibilidades oferecidas pelo Facebook têm se mostrado ferramentas facilitadoras no processo de divulgação e interação com os usuários, por contribuir para fornecer informações sobre os serviços da biblioteca e suas coleções. Vejamos a seguir alguns exemplos de uso do facebook por bibliotecas públicas e universitárias. Competência 03 31 Figura 20 - Facebook da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco Fonte: Extraída do site www.facebook.com/biblioteca.pe Descrição: Fotos de livros contendo biografias diversas de artistas e alguns livros ficcionais. Figura 21 - Facebook da Biblioteca Setorial do Centro Acadêmico de Vitória da UFPE Fonte: Extraída do site www.facebook.com/bibliotecaCAV?fref=ts Descrição: Imagem contendo livros recentemente adquiridos pela biblioteca como forma de divulgação das novas aquisições para os usuários leitores. Atualmente as bases de dados apresentam serviços de alerta que permitem aos usuários Competência 03 http://www.facebook.com/bibliotecaCAV?fref=ts 32 acompanhar tudo o que está sendo publicado na sua área. Basta para isso que o usuário faça um cadastro e assinale os assuntos de seu interesse. As bases de dados do portal de periódicos da Capes costumam oferecer esse tipo de serviço. Como já foi dito anteriormente, o portal de periódicos é considerado uma das maiores bibliotecas virtuais do mundo e tem revolucionado o acesso às informações técnico-científicas por possibilitar que o usuário de qualquer região do país tenha as mesmas oportunidades de acessar o conteúdo produzido pela ciência. Segundo Araújo (2013, p.38), O progresso da ciência e tecnologia brasileira também está vinculado ao uso do Portal de periódicos da Capes. A Biblioteca virtual possibilitou o avanço do Brasil na posição do ranking da produção científica mundial. Em 1981, o país ocupava a 27ª posição; em 1991, a 23ª; em 2001, a 17ª; em 2008, alcançou a 13ª posição ultrapassando países com longa tradição em ciências, como Suécia, Suíça, Bélgica, Israel, Dinamarca, Áustria, Finlândia, Holanda e Rússia. Por essa razão, mesmo aquelas instituições que não são conveniadas ao Portal de periódicos da Capes têm acesso ao conteúdo gratuito de bases de dados com critérios reconhecidos evalidados. Competência 03 33 4.Competência 04 | Promover a Educação do Usuário com Atividades Culturais e Saber Inspecionar O Fluxo (Entrada e Saída do Acervo) “...Processo pelo qual o usuário interioriza comportamentos adequados com relação ao uso da biblioteca e desenvolve habilidades de interação permanente com os sistemas de informação.” (Belluzo, 1989). Caro (a) aluno (a), nesta competência vamos estudar as formas de promover a educação do usuário e a realização de atividades culturais. As bibliotecas, ao desenvolverem atividades de educação e estudos de usuários, objetivam prover as competências em informação necessárias para que os usuários possam conseguir o maior grau possível de autonomia na realização de suas pesquisas e uso da biblioteca. Por essa razão, um programa de educação do usuário como serviço de orientação e uso da informação deve ter como objetivo promover um espaço de formação para o desenvolvimento de competências e habilidades informacionais e tecnológicas dos usuários. Através da educação do usuário é possível conhecer as suas necessidades de informação e, a partir daí, realizar o mapeamento de suas competências. No início da década de 90, Macedo (1991, p. 16) esclareceu que, antes de se estabelecer qualquer programação para a educação do usuário, a biblioteca deve ter sob controle - por observação ou pesquisa científica - quais sejam os grupos de usuários existentes (reais ou potenciais), identificando suas necessidades e interesses informacionais de autoeducação e leitura; de atualização ou recreação. Na era digital, os serviços de informação, para preencherem essa lacuna, atualmente recorrem à Web como uma importante ferramenta de apoio ao desenvolvimento de novos produtos informacionais, permitindo se antecipar às necessidades dos usuários. Em outras palavras, conforme descrevem Marcondes, Mendonça e Carvalho (2006, p. 175) a Web, [...] representa uma mudança de paradigma radical com relação aos serviços bibliotecários. Ela proporciona um ambiente informacional amplo, global, de alcance nunca visto pelos antigos serviços bibliotecários, acostumados a trabalhar num ambiente delimitado, com uma comunidade de usuários identificável, restrita e, até mesmo, conhecida pessoalmente. No novo ambiente, numa escala mundial, os usuários podem ter acesso a diferentes recursos, independentes de sua localização física. A partir dessa concepção, os programas de educação de usuários podem envolver uma série de atividades para atingir sua finalidade, garantindo que os usuários conheçam e saibam utilizar os recursos informacionais que estão disponíveis na biblioteca. Competência 04 34 Complementando esse pensamento, concordamos com a afirmativa de Cuenca, Noronha e Alvarez (2008), ao proporem que nos dias atuais as bibliotecas devem ser vistas também como centros de aprendizado, com sua equipe desempenhando o papel fundamental educativo, oferecendo cursos e treinamentos para que os usuários conheçam os sistemas de recuperação da informação, arquitetura das bases de dados e a organização da informação nas diferentes áreas do conhecimento. Nesta dinâmica, várias bibliotecas se utilizam de ferramentas como: realização de cursos de capacitação de curta duração (normalização de trabalhos, elaboração de trabalhos científicos, etc.); divulgação dos serviços através de tutoriais online ou utilizando Web TV; Preparação de palestras; confecção de folders e banners informativos, oferta de oficinas; treinamentos em bases de dados ou mesmo visitas dirigidas sempre com o propósito de apresentar aos usuários o potencial da biblioteca através de seu acervo e serviços. Nessa perspectiva, segundo Merlo Veja (2000) apud José (2009) os serviços mais comuns realizados para promover a educação de usuários em bibliotecas são os descritos a seguir: Elaboração de Folhetos informativos para explicar os aspectos gerais da biblioteca como condições de acesso, localização, horários, serviços, regulamentos. Folhetos específicos para determinadas sessões e serviços como empréstimos, coleção local, informações e referências, explicando seus principais dados. Visitas guiadas à biblioteca apresentando os setores, os serviços e qualquer tema de interesse dos usuários. Vídeos instrucionais sobre os aspectos mais interessantes da biblioteca. Cursos de formação de usuários, fornecendo informações sobre a organização da biblioteca, as técnicas bibliotecárias, o uso da coleção, os serviços. Marketing de serviços através de campanhas publicitárias. Guias de sessão explicativos quanto aos dados relativos àquela sessão e serviços: usuários, normas, coleção, horários. Guias de uso dos produtos bibliotecários, como catálogos e bases de dados. Atenção: Assista a um exemplo de educação de usuários tendo por objetivo promover a campanha do silêncio em bibliotecas. Vídeo disponível em: www.youtube.com/watch?v=59lG5DpGay0 Competência 04 35 Guias de uso obras específicas, como documentos de obras de referência, CD-ROM, Internet. Boletins bibliográficos e guia de leituras correspondentes à seleção temática de obras extraídas da coleção, indicando a referência, localização e tecendo breves comentários. Boletins de aquisições para divulgar os novos itens incorporados ao acervo. Seleção de obras com o intuito de oferecer críticas de obras, novidades editoriais. MACEDO, N. D. Princípios e reflexões sobre o serviço de referência e informação (continua). Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, v. 23, n. 1/4, p. 9-37, 1990. Disponível em: http://www.brapci.ufpr.br/brapci/v/2800 . Acesso em: 14 Jun. 2016. MARCONDES, Carlos Henrique; MENDONÇA, Marília A.; CARVALHO, Suzana M. Serviços web em bibliotecas universitárias brasileiras. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 11, n. 2, p. 174- 186, maio/ago. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pci/v11n2/v11n2a03.pdf. Acesso em 14 jun. 2016. Exposição de novidades com a disposição em expositores dos últimos itens incorporados ao acervo. Exposição bibliográfica para divulgar obras que estão nas estantes com característica comuns (autor, tema, língua). Cursos especializados de formação de usuários para manuseio e uso das obras e ferramentas tecnológicas da biblioteca. Incentivos à leitura através da organização de atividades sobre uma obra. Extensão bibliotecária para promover atividades diversas, como apresentação de livros, encontros com autores, apresentação teatral com o propósito de se fazer conhecer a biblioteca. Enfim, todas as atividades propostas pelo autor consistem em educar o usuário para melhor utilizar os serviços disponibilizados pelas bibliotecas ou unidades de informação, fazendo com que ele tenha mais liberdade e autonomia de usufruir os benefícios da biblioteca. Assim, é fundamental oferecer um atendimento personalizado, tanto no meio tradicional quanto no espaço virtual. Para entender mais sobre o assunto consulte também as referências indicadas ao lado. Competência 04 http://www.brapci.ufpr.br/brapci/v/2800 http://www.scielo.br/pdf/pci/v11n2/v11n2a03.pdf 36 4.1 Orientação à Pesquisa Nos tempos atuais, a internet é uma ferramenta indispensável na elaboração de pesquisas. Sem dúvida, o surgimento dela representou uma revolução no que concerne à interação com usuários e a prestação de novos serviços de informação. Mas, se por um lado o aumento na oferta de serviços requer o conhecimento constante sobre novas ferramentas e tecnologias de informação para facilitar a busca e a coleta de dados, ao mesmo tempo o excesso de informação disponível na Web oferece alguns perigos porque nem sempre são fontes confiáveis e necessitam de um conhecimento maior para suavalidação. É importante ficar alerta, pois grande parte das informações veiculadas na rede não tem critérios de manutenção, de qualidade ou segurança da informação. A título de exemplo, qualquer pessoa pode disponibilizar informações na Web sem nenhuma veracidade. Vamos supor que um indivíduo coloque sua página na internet com o objetivo de falar de História do Brasil, porém, resolva inventar que o Brasil foi descoberto em 1325 por Diogo da Silva. Nessa situação, caberá ao profissional de referência validar essa informação, consultando novas fontes antes de divulgá-la e repassá-la para o usuário. Dicas para uma pesquisa bem elaborada: Evitar erros de português, pois leva a um fracasso nos resultados. Colocar o termo pesquisado entre “aspas” ajuda a filtrar os resultados. Citar sempre a fonte de pesquisa e o site pesquisado. A leitura de textos na internet deve levar o usuário a construir novos conhecimentos. São exemplos de fontes confiáveis para pesquisar: Sites de bibliotecas, instituições de pesquisa como IBGE, INEP, FUNDAJ; editoras, revistas educativas, livrarias, órgãos públicos e privados e periódicos científicos. No ambiente da pesquisa online, a qualidade das fontes de informação são fatores significantes quanto à colaboração humana na geração de dados de forma coletiva e colaborativa por meio de crowdsourcing1, a exemplo da Wikipedia. Entretanto, é necessário cuidado na seleção e uso das fontes, tendo em vista que a veracidade das informações prestadas nem sempre é segura, por se tratar de uma variedade de fontes muitas vezes desconhecida. É importante estarmos atentos à seletividade e relevância da informação! 1 Os Crowdsourcing tem sido aplicados em vários setores sociais para interação humana na troca de ideias e habilidades entre usuários por meio da gestão de grande quantidade de dados para a resolução de problemas, tomadas de decisões, classificação de conjuntos de dados, desenvolvimento de novos produtos, etc. Quando pessoas se juntam, mais informação é criada e maior é a força de trabalho dispersa para o recrutamento de mais pessoas para análise colaborativa da informação. É o que chamamos de inteligência coletiva no ambiente online, gerada a partir de novas práticas interativas, onde cresce a informação em fluxo desordenado de trabalho intelectual e manual. Competência 04 37 Figura 23 – Internet Colaborativa: Wikipedia e Crowdsourcing Fonte: Web Descrição símbolos da Wikipedia e Crowdsourcing (dois balões de diálogo que representam ideias, pessoas, coisas, tecnologias e formas de comunicação. 4.2 Ação Cultural em Bibliotecas “A ideia de “centro cultural” não é brasileira. O que acontece em Paris, Londres ou Nova York chega fácil ao Brasil, descendo pelo rio Tietê, subindo com um pouco de dificuldade pelo São Francisco e se espraiando pelas barrancas do Amazonas.” (Milanesi, 2003). A biblioteca, para exercer uma ação cultural libertadora, segundo Flusser (1991), vai requerer que a formação do bibliotecário como agente cultural ocorra basicamente a partir de três eixos complementares: a formação técnica, a humanista e a prática. Na essência, o ato de realizar uma ação cultural tem por objetivo dinamizar a mediação da informação e do conhecimento nos diversos atores sociais. Os exemplos de práticas de ações culturais devem levar em consideração a finalidade da biblioteca e os tipos de público-alvo a que se destinam. Em outras palavras, da mesma forma que uma das leis de Ranganathan2 preconiza: a cada leitor, seu livro, assim também devemos pensar na hora de elaborarmos uma ação cultural. Dependendo do tipo de biblioteca - universitária, pública, especializada, comunitária ou escolar - as práticas de ações culturais podem variar. De modo geral, elas contemplam palestras, cursos, oficinas e treinamentos no próprio ambiente das bibliotecas ou em ambiente virtual. No contexto atual, as bibliotecas não podem mais estar restritas ao seu ambiente físico ou à suas coleções. É preciso extrapolar as barreiras, indo de encontro aos anseios da sociedade, fomentando o diálogo por meio de ações culturais que aproximem os indivíduos das atividades da biblioteca. As ações culturais, ao serem projetadas, devem ter como foco despertar o gosto pela leitura, o desenvolvimento de oficinas de arte, os eventos musicais, os recitais, as exposições temáticas presenciais ou virtuais, as visitas dirigidas virtuais e presenciais, a produção literária, a apresentação e discussão de vídeos baseados em filmes e documentários, todos com o intuito de aguçar o lado lúdico ou crítico nos indivíduos. 2 Shiyali Ramamrita Ranganathan foi um matemático e bibliotecário indiano, responsável por criar as 5 leis da Biblioteconomia. Competência 04 38 Abaixo, alguns exemplos de ações culturais que podem ser desenvolvidas em bibliotecas: 1. Promover a hora do conto através da narração de histórias para criança como incentivo ao hábito de leitura; 2. Realizar leituras de poemas, visando despertar emoções e sentidos; 3. Estimular as oficinas de teatro, pintura, bonecos, etc. 4. Criar mecanismos para estimular a cultura local, focando artistas e personalidades da comunidade; 5. Promover interação entre autores e leitores, através de disponibilização de espaços para lançamentos de obras; 6. Realizar seminários e palestras com temáticas de interesse da comunidade; 7. Oferecer oficinas de leitura e escrita; 8. Incentivar a realização de concertos e eventos musicais; 9. Criar feiras culturais e didáticas. Atenção! O papel dos atores sociais envolvidos na biblioteca é torná-la um lugar prazeroso e descontraído de modo que os usuários se sintam atraídos por ela. Ao trabalhar com o segmento de biblioteca escolar é importante lembrar-se das recomendações expressas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PARÂMETROS..., v.2, p.29, 1997) que afirmam que não se formam bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidos, justamente no momento em que as crianças são iniciadas no mundo da escrita. As pessoas aprendem a gostar de ler quando, de alguma forma, a qualidade de suas vidas melhora com a leitura. Lembre-se: É preciso transformar a biblioteca num espaço democrático de acesso crítico à leitura e ao conhecimento, oportunizando aos alunos condições de aprender de forma contínua durante toda a vida. De acordo com Campello (2002), é de suma importância que o trabalho de professores e bibliotecários ocorra em conjunto, planejando situações de aprendizado que desafiem e motivem os alunos, acompanhando os seus progressos, buscando orientá-los e guiá-los no desenvolvimento de competências informacionais cada vez mais sofisticadas. Hora do conto www.youtube.com/watch?v=F9YdBi24ik4 Circuito Liberdade - Biblioteca Pública estadual Luiz de Bessa - Hora do Conto e da Leitura www.youtube.com/watch?v=dVoybHhUBqQ TV Feevale - TV Feevale Notícias - Hora do Conto na Biblioteca de Novo Hamburgo www.youtube.com/watch?v=o2evOmPyiUI Competência 04 39 Saiba Mais! Assista aos vídeos abaixo e confira dois exemplos de ações culturais em bibliotecas. E para desenvolver mais sobre esse tema, recomendamos as leituras abaixo. Biblioteca da Canaoeste promove tarde cultural www.youtube.com/watch?v=Ro8mQpZbMSw O novo formato das bibliotecas www.youtube.com/watch?v=samYCSfkfMk CAMPELLO, Bernadete et al. A biblioteca escolar: temas para uma prática pedagógica. São Paulo: Autêntica, 2002. CAMPELLO, Bernadete et al. Como usar a biblioteca na escola: Um programa de atividades para o ensino fundamental. 3. ed. São Paulo: Autêntica, 2002. MAROTO, Lúcia Helena. Biblioteca escolar, eis a questão: do espaço do castigoao centro do fazer educativo. Belo Horizonte: Autêntica, 2009. MILANESI, Luis. A casa da invenção: biblioteca, centro de cultura. 4. ed. rev. e ampl. Cotia, SP: Ateliê, 2003. Competência 04 http://www.youtube.com/watch?v=Ro8mQpZbMSw http://www.youtube.com/watch?v=samYCSfkfMk 40 Conclusão Caro (a) aluno (a), com a conclusão deste caderno esperamos ter contribuído para suprir sua necessidade básica de informações sobre o Serviço de orientação e uso da informação, denominado aqui de serviço de referência, de modo a facilitar o desempenho de suas atividades no dia a dia. Para finalizar, traremos novamente à tona as palavras de Grogan (1995), “Exercer a arte do serviço de referência é a única maneira satisfatória que existe para aprendê-la”. Isso significa dizer que devemos estar sempre abertos para o aprendizado constante, pois só a partir dos erros e acertos podemos nos preparar para uma nova etapa na vida pessoal e profissional. Então, não se esqueça de que o aprendizado vai exigir que você sempre vá mais além. Sempre que possível, consulte outras fontes de informação sobre os temas que foram aqui apresentados. Não houve aqui a pretensão de cobrir todo o assunto, porque o conhecimento é ilimitado e jamais seria possível reuni-lo em um único caderno. Portanto, tire o máximo de proveito das sugestões aqui apresentadas e faça o diferencial na sua instituição, seja ela biblioteca, centro de documentação ou arquivo. Aproveite os estudos! 41 Referências ACCART, Jean-Philippe. Serviço de referência: do presencial ao virtual. Brasília: Briquet de Lemos, 2012. ARAÚJO, Fabrícia Carina Souza. ACERVO do Portal de Periódicos ultrapassa 33.000 títulos. Disponível em www.periodicos.capes.gov.br/?option=com_pnews&component=NewsShow&view = pnewsnewsshow&cid=227&mn=0. Acesso em: 26 set. 2014. ARELLANO, Miguel Ángel Márdero. Serviços de referência virtual. Ci. Inf. Brasília, v.30, n.2, p.7-15, maio/ago., 2001. Disponível em: www.scielo. br/pdf/ci/v30n2/6206. Acesso em 26 set. 2014. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. ABNT NBR 14724: Informação e documentação: Trabalhos acadêmicos: Apresentação. 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