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12 Serviço-de-Orientação-e-Uso-da-Informação

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Serviço de Orientação e Uso da 
Informação 
 
Giane da Paz Ferreira Silva 
 
Curso Técnico em Biblioteca 
Educação a Distância 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPEDIENTE 
 
 
Professor Autor 
Giane da Paz Ferreira Silva 
 
Design Instrucional 
Deyvid Souza Nascimento 
Maria de Fátima Duarte Angeiras 
Renata Marques de Otero 
Terezinha Mônica Sinício Beltrão 
 
Revisão de Língua Portuguesa 
Letícia Garcia 
 
Diagramação 
Izabela Cavalcanti 
 
Coordenação 
Hugo Carlos Cavalcanti 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
 
Coordenação Geral 
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra 
 
 
 
Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da Secretaria Executiva de Educação 
Profissional de Pernambuco, em convênio com o Ministério da Educação 
 (Rede e-Tec Brasil). 
 
Maio, 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 S586s 
 Silva, Giane da Paz Ferreira. 
Serviço de Orientação e Uso da Informação: Curso 
Técnico em Biblioteca: Educação a distância / Giane da Paz 
Ferreira Silva. – Recife: Secretaria Executiva de Educação 
Profissional de Pernambuco, 2016. 
42 p.: il. 
 
Inclui referências bibliográficas. 
 
1. Educação a distância. 2. Bibliotecas - Serviço de 
referência. 3. Serviços de informação. I. Silva, Giane da Paz 
Ferreira. II. Título. III. Rede e-Tec Brasil. 
 
 
CDU – 025.5 
 
 
 
 
 
Sumário 
Lista de Abreviaturas ......................................................................................................................... 5 
Introdução ........................................................................................................................................ 6 
1.Competência 01 | Compreender o Contexto Histórico do Serviço de Referência e Saber Diferenciar 
as Obras de Referência ...................................................................................................................... 8 
1.1 Histórico do Serviço de Referência ........................................................................................................ 8 
1.2 Fontes de Informação no Serviço de Referência ...................................................................................10 
1.2.1 Enciclopédias ....................................................................................................................................11 
1.2.2 Dicionários........................................................................................................................................12 
1.2.3 Fontes Biográficas .............................................................................................................................13 
1.2.4 Fontes de Informação Geográfica .....................................................................................................14 
1.2.5 Fontes de Informação na Web ..........................................................................................................14 
2.Competência 02 | Compreender as Etapas do Serviço de Referência e a Prática do Profissional 
Técnico em Biblioteca no Setor de Referência ................................................................................. 17 
2.1 O que é a Questão de Referência .........................................................................................................18 
2.2 Serviços de Informação Típicos em Bibliotecas ....................................................................................18 
2.3 Metodologia de Pesquisa .....................................................................................................................24 
2.3.1 Utilizando a NBR 14724/2011 – Apresentação de Trabalhos Acadêmicos ..........................................25 
2.3.2 Utilizando a NBR 10520/2002 – Citações...........................................................................................26 
2.3.3 Utilizando a NBR 6023/ 2002 - Informação e Documentação-Referências .........................................28 
2.3.4 Utilizando a NBR 6028/2003 - Resumo ..............................................................................................28 
3.Competência 03 | Planejar serviços de notificação corrente (serviços de alerta) e de disseminação 
seletiva da informação .................................................................................................................... 29 
3.1 Disseminação Seletiva de Informação e Serviço de Alerta ....................................................................29 
4.Competência 04 | Promover a Educação do Usuário com Atividades Culturais e Saber Inspecionar 
O Fluxo (Entrada e Saída do Acervo) ................................................................................................ 33 
4.1 Orientação à Pesquisa .........................................................................................................................36 
 
 
 
 
4.2 Ação Cultural em Bibliotecas ...............................................................................................................37 
Conclusão ........................................................................................................................................ 40 
Referências ..................................................................................................................................... 41 
Minicurrículo do Professor .............................................................................................................. 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lista de Abreviaturas 
 
 
 
ABNT 
 
ALA 
Associação Brasileira de Normas Técnicas 
 
American Library Association 
 
COMUT 
 
Serviço de Comutação Bibliográfica 
DSI 
 
Disseminação Seletiva da Informação 
FAQ 
 
Frequently Asked Questions, que significa “Perguntas mais 
frequentes” 
FUNDAJ 
 
Fundação Joaquim Nabuco 
GPS 
 
Global Positioning System 
IBGE 
 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
IBICT 
 
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia 
INEP 
 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais 
ISO 
 
International Organization for Standardization 
NBR 
 
Norma Brasileira 
OPAC 
 
Online Public Access Catalog 
TIC Tecnologia da Informação e Comunicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
Introdução 
 
Ao trabalhar em bibliotecas, arquivos ou centros de documentação, a primeira questão que nos 
vem à mente é: para quem e como vamos oferecer nossos serviços? 
 
 Ao mesmo tempo, é importante saber se realmente estamos preparados para aquele grande 
momento no qual o usuário/cliente vai chegar e nos fazer a tão famosa “questão de referência”. 
 
Então, por onde começar? Que fontes utilizar? A quem recorrer? 
 
No intuito de desvendar esse assunto, a partir de agora, caros (as) alunos (as), vamos ingressar no 
mundo do Serviço de orientação e uso da informação. Como ponto de partida, utilizaremos a deixa 
de um dos professores que mencionou que “todo documento que a biblioteca possui é um item 
passível de ser recuperado por um usuário que busca informação”. Afirmativa bastante válida, 
sobretudo para nós que temos como responsabilidade desvendar o caminho das pedras. 
 
Principalmente hoje, na era digital, é preciso ir além das paredes físicas das bibliotecas, arquivos ou 
centros de documentação. Nas vivências do dia a dia, haverá ocasiões em que a solicitação do 
usuário/cliente pela busca da informação vai ultrapassar literalmente as fronteiras geográficas e 
precisamos estar preparados para este momento. 
 
Mas, quais as competências que devemos ter? 
 
Como iremos observar, na tarefa de fornecer informações existem serviços oferecidos pelas 
bibliotecas que atuam como verdadeiros filtros para poupar o tempo dos usuários. Nesse sentido, o 
serviço de referência passa a ser o ponto culminantedas bibliotecas e unidades de informação, 
exigindo o conhecimento prévio acerca de alguns temas. 
 
Assim, minimizar problemas do cotidiano, tentar prever acontecimentos e antecipar soluções que 
coloquem a biblioteca em evidência como espaço cultural e educacional é o papel dos atores 
envolvidos no Serviço de referência das bibliotecas. 
 
Dentro desta perspectiva, este caderno reúne como bases tecnológicas noções sobre Serviço de 
Referência, Metodologia de Pesquisa, Disseminação Seletiva de Informação e Serviço de Alerta, 
Educação do Usuário, Orientação à pesquisa e Ação Cultural em Bibliotecas. 
 
O objetivo deste módulo do curso é levar ao profissional Técnico em Biblioteca informações sobre o 
Serviço de Orientação e Uso da informação. Para atingir este propósito, buscamos reunir neste 
caderno algumas competências necessárias para a prestação de serviços de informação pelas 
bibliotecas ou unidades de informação, considerando as suas peculiaridades. 
 
Compete agora a você, caro (a) aluno (a), com base nos conteúdos que serão aqui abordados, focar 
no seu cotidiano o desenvolvimento da comunicação, com criatividade e autonomia para minimizar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
problemas futuros a partir de soluções inovadoras que valorizem a biblioteca como espaço cultural 
e educacional. 
 
Este caderno propõe explorar as seguintes competências: 
 
1. Compreensão do contexto histórico do serviço de referência e da capacidade de 
diferenciar as obras de referência. 
2. Entendimento das etapas do serviço de referência e a prática do profissional técnico em 
Biblioteca no setor de referência. 
3. Planejamento de serviços de notificação corrente (serviços de alerta) e de disseminação 
seletiva da informação. 
4. Promoção da educação do usuário com atividades culturais e inspeção do fluxo (entrada e 
saída do acervo). 
 
A partir de agora, caro (a) aluno (a), temos o compromisso de agregar esse conhecimento para 
utilizá-lo de forma proveitosa em nossa prática profissional. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
1.Competência 01 | Compreender o Contexto Histórico do Serviço de 
Referência e Saber Diferenciar as Obras de Referência 
 
“Exercer a arte do serviço de referência é a única maneira satisfatória que existe para aprendê-la”. 
(Grogan, 2001) 
 
Caro (a) aluno (a), o objetivo desta competência é compreender o contexto histórico do serviço de 
referência e a partir dessa compreensão saber diferenciar as obras de referência. Vale lembrar-se 
de que o foco principal é sempre prover um atendimento com qualidade, visando à satisfação dos 
usuários/clientes. 
 
1.1 Histórico do Serviço de Referência 
 
No período de 1870 a 1950, predominantemente, o serviço de referência estava relacionado ao 
auxílio do bibliotecário aos leitores no momento da utilização de livros, ficando restrito ao espaço 
da biblioteca e tendo por finalidade o estudo e pesquisa. (MORENO, 2005). 
 
Após a 2ª. Guerra mundial, a sociedade assistiu a um notável crescimento no volume de publicações 
científicas no mundo todo. Essa explosão bibliográfica concorreu para a criação de bibliotecas com 
o objetivo de reunir e armazenar esse conhecimento produzido. Como decorrência, os serviços de 
informação em bibliotecas foram originados de três fatores: o grande aumento de publicações, o 
caráter da pesquisa científica como descoberta de fatos e a enorme aplicação da pesquisa científica 
na indústria. Esses progressos significaram a necessidade de criar um serviço de informação cuja 
principal tarefa seria organizar o acervo bibliográfico e relacionar o conhecimento com as diversas 
fontes de informações disponíveis. 
 
 
Atenção! 
 O novo conceito de biblioteca estaria relacionado com a função de “colaborar na tarefa de 
proporcionar informações aos pesquisadores, sem ficar à espera que eles as peçam – deveria 
tanto disseminar, quanto reunir informações”. (FOSKETT, 1969, p.20) 
 
 
Foi diante deste contexto que houve em todo o mundo um crescimento exponencial na criação de 
bibliotecas especializadas, dando margem a um novo conceito da função de uma biblioteca. 
 
Concomitantemente, a partir do surgimento das primeiras universidades, é criada nas bibliotecas 
universitárias uma seção independente, denominada serviço de referência. 
 
 No Brasil, o termo “referência” foi adotado para designar a prestação de serviço de informação e 
assistência aos leitores na biblioteca. 
 
Na definição de Martins e Ribeiro (1986, p. 10), a palavra referência é proveniente do latim, 
referentia, que tem como significado a ação de referir, relatar, contar. Quanto ao verbo referir, 
proveniente do latim, refere, pode ser traduzido como o ato de responder, repetir, informar. Neste 
 Competência 01 
Ewellyn Ribeiro
Highlight
Ewellyn Ribeiro
Highlight
Ewellyn Ribeiro
Highlight
Ewellyn Ribeiro
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Ewellyn Ribeiro
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Ewellyn Ribeiro
Highlight
Ewellyn Ribeiro
Highlight
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
sentido, um Serviço de informação tem como função social investigar o que se conhece sobre 
determinado assunto, proporcionando ao usuário tanta informação quanto seja necessária para 
preencher uma lacuna em seu conhecimento (FOSKETT, 1969). 
 
O “serviço de informação” ou “biblioteca de informação” inicialmente se desenvolveu no campo das 
pesquisas científicas e industriais até chegar hoje ao que concebemos como “serviço de referência“. 
Segundo Figueiredo (1992), a expressão serviço de referência ou serviço de auxílio ao leitor foi 
utilizada pela primeira vez em 1876, na 1ª Conferência da American Library Association (ALA). 
 
O Serviço de Referência propriamente dito está relacionado com o serviço em si e sua interação 
com os três pilares: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Pilares do serviço de referência 
Fonte: Silva, 2013. 
Descrição: Triangulo representando três pilares do serviço de referência onde 
para cada lado da figura se lê: bibliotecário – informação e usuário na base do 
triângulo. 
 
Cabe ao bibliotecário o papel de mediador em todo o processo. Entretanto, os serviços de 
informação podem variar em seus diferentes contextos em função da natureza da informação com 
que lidam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - Ambiente de leitura 
Fonte: http://bibliotecaicetufam.blogspot.com.br/p/servicos.html 
Descrição: cena de biblioteca onde há uma mesa e estantes ao fundo. Na mesa, 
usuários leitores com alguns livros às mãos estudando. 
 Competência 01 
http://bibliotecaicetufam.blogspot.com.br/p/servicos.html
Ewellyn Ribeiro
Highlight
Ewellyn Ribeiro
Highlight
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
Atenção! 
A finalidade do serviço de referência e informação é permitir que as informações fluam 
eficientemente entre as fontes de informação e quem precisa de informação. (WHITAKER,1985 
apud GROGAN, 2001). 
 
 
Segundo Eirão (2011, p. 21), “O serviço de referência é a unidade responsável por prestar o 
atendimento aos usuários, pessoal ou remotamente, além de fornecer outros serviços 
informacionais”. 
 
O Bibliotecário de referência deve ter qualidades distintas, destacando-se a grande capacidade de 
síntese e o poder de análise. Essas qualidades ajudarão a responder às questões dos usuários. 
Porém, outras qualidades pessoais devem estar presentes como: acessibilidade, inteligência, 
conhecimento profissional e intelectual, iniciativa, prudência, criatividade, perseverança, cortesia e 
bom relacionamento interpessoal. 
 
 
Saiba mais sobre o papel do bibliotecário de referência: SOUZA, Maria Naires; FARIAS, Karla 
Meneses. Bibliotecário de Referência e a Competência Informacional. In: CONGRESSO 
BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 24, Maceió 
2011. Anais..., 2011. Disponível em < 
http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/10377/1/2011_eve_mnadesousa.pdf>. Acesso 
em: 13 maio 2016. 
 
 
 
Também é importante informar aos usuários que ao sentirem dificuldades no processo de busca e 
recuperação da informação, eles podemsolicitar uma entrevista de referência com o profissional 
Bibliotecário para auxiliá-lo na resolução de tais questões. 
 
1.2 Fontes de Informação no Serviço de Referência 
 
Geralmente, ao iniciarmos uma pesquisa, as obras de referência são as primeiras obras consultadas, 
seja para conceituar melhor ou com maior propriedade determinado termo ou expressão, seja com 
o objetivo de ampliar os conhecimentos básicos sobre determinado assunto, lugar ou pessoa. 
Apesar da coincidência das nomenclaturas, essas obras não estão diretamente relacionadas ao 
serviço de referência. Entretanto, no dia a dia considera-se importante que o profissional seja capaz 
de reconhecê-las e diferenciá-las. 
 
Além disso, espera-se que tal conhecimento lhe proporcione um melhor preparo, tanto para a 
orientação nas pesquisas dos usuários quanto na prática do próprio serviço de referência, visto que 
“metade do conhecimento consiste em saber onde encontrá-lo” (GROGAN, 2001, p. 7). 
 
Como veremos a seguir, são vários os exemplos de obras de referência, cabendo destaque aqui para 
as enciclopédias, dicionários, fontes biográficas, geográficas e digitais/virtuais da web. 
 
 Competência 01 
http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/10377/1/2011_eve_mnadesousa.pdf
Ewellyn Ribeiro
Highlight
Ewellyn Ribeiro
Highlight
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
1.2.1 Enciclopédias 
 
As enciclopédias trazem definições mais extensas e de caráter introdutório para seus verbetes, 
compreendendo diversos assuntos. Costuma também redirecionar para outros verbetes 
relacionados dentro da própria obra ou outras fontes de informação mais completas. Esse recurso, 
denominado referência, é caracterizado nas obras impressas pelas expressões “ver” e “ver 
também”, já as versões eletrônicas trazem a vantagem do uso do hipertexto que possibilita o acesso 
imediato através dos links. Podem ser gerais, com uma linguagem mais simples voltada para o 
público leigo, ou especializadas, que utilizam termos técnicos e específicos da área do 
conhecimento abordada. Assim como os dicionários, também são encontradas em formato 
impresso e/ou eletrônico. 
 
Vejamos os exemplos abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 - Enciclopédia especializada 
Fonte: http://teresa-beatlesforever.blogspot.com.br/2010/08/alfa-o-cinema-enciclopedia-da-7-arte-e.html 
Descrição: capa de uma revista chamada “O cinema”. Na imagem, quatro pessoas trajando vestes escuras num 
ambiente de clima ártico, conversam descontraidamente ao lado do que parece ser um piano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 - Enciclopédia geral 
Fonte: http://livroseopiniao.blogspot.com.br/2012/05/os-vendedores-de-porta-em-porta-e-as.html 
Descrição: imagem contendo uma coleção de livros enciclopédicos de cor predominante vermelha, todos em posição 
vertical, um ao lado do outro. 
 
 
Enciclopédia Especializada 
O CINEMA: enciclopédia da sétima arte. Lisboa: Alfa, 1973. 9 v. 
Enciclopédia Geral 
ENCICLOPÉDIA Barsa universal. [São Paulo]: Barsa Planeta, 
2007. 18 v. 
 
Atenção: Há pouco tempo foi anunciado o fim de sua versão 
impressa. 
 
 
 Competência 01 
http://teresa-beatlesforever.blogspot.com.br/2010/08/alfa-o-cinema-enciclopedia-da-7-arte-e.html
http://livroseopiniao.blogspot.com.br/2012/05/os-vendedores-de-porta-em-porta-e-as.html
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 - Enciclopédia online 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal. 
Descrição: Símbolo da marca Wikipedia que traz um globo composto por peças de quebra-cabeças, cada qual contendo 
símbolos do alfabeto mundial. 
 
1.2.2 Dicionários 
 
Organizados em ordem alfabética, os dicionários costumam trazer, de forma sucinta e objetiva, os 
significados de seus verbetes de acordo com a abrangência. Eles podem ser de idiomas (unilíngues e 
multilíngues), especializados (analógico ou tesauros, rimas e locuções, citações, glossários) e de 
assunto (monotemáticos ou enciclopédicos), que trazem termos técnicos de uso corrente em 
determinadas áreas do conhecimento. São encontrados em formato impresso e/ou eletrônico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6 - Dicionário unilíngue, impresso e eletrônico. 
Fonte: http://livraria.folha.com.br/catalogo/1023596/novo-dicionario-aurelio-da-lingua-portuguesa 
Descrição: Imagem da capa do dicionário Aurélio. Na reprodução, a palavra AURELIO aparece na cor preta com um CD-
ROM abaixo como parte suplemento à edição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enciclopédia Online 
WIKIPÉDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wi ki/Wiki 
p%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal> 
 
 
Dicionário Unilíngue, Impresso e Eletrônico. 
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. 
 
Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 5. ed. Curitiba, PR: Positivo, 
2010. 2222 p. + 1 CD. 
 
 Competência 01 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
http://livraria.folha.com.br/catalogo/1023596/novo-dicionario-aurelio-da-lingua-portuguesa
http://pt.wikipedia.org/wi
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 - Dicionário Bilíngue 
Fonte: http://livraria.folha.com.br/catalogo/1016639/michaelis-moderno-dicionario-de-ingles 
DESCRIÇÃO: Capa do dicionário MIchaelllis. A edição é de cor predominantemente escura com o nome Inglês ao centro 
na cor branca e uma imagem em mosaico logo abaixo com as cores que lembram a bandeira norte americana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 - Dicionário especializado 
Fonte: www.sebodomessias.com.br/sebo/(S(wb2yff552rrloaq0yto1g4iv))/detalheproduto.aspx?idItem=29 70 
Descrição: Capa de livro contendo um dicionário de belas artes. Na capa há imagens de um vaso e cerâmica artística 
com a foto de uma igreja antiga. 
 
1.2.3 Fontes Biográficas 
 
Biografia é uma obra a qual narra, descreve ou registra a vida de uma ou mais pessoas, que têm 
alguma importância para a sociedade. Essas fontes podem, de acordo com o objetivo, variar em 
suas formas e organização. 
 
As biografias oferecem uma gama maior e mais completa de informações acerca de uma 
personalidade, enquanto que os dicionários biográficos sintetizam os dados mais importantes de 
forma mais objetiva. 
 
Dentro do gênero biografia, encontramos as autobiografias, onde o biografado é o próprio autor, e 
as biografias, onde autor e biografado são pessoas diferentes. Estas ainda podem ser classificadas 
de acordo com as fontes utilizadas pelo autor (com base nas informações fornecidas pelo próprio 
biografado ou através de pesquisas do autor) e quanto ao tipo de abordagem (informativas, críticas, 
Dicionário Bilíngue 
MICHAELIS, H. Michaelis moderno dicionário inglês-português, 
português-inglês. 2. ed. São Paulo: Melhoramentos, 2006. 1735 p. 
 
 
Dicionário Especializado 
REAL, Regina M. Dicionário de belas-artes: termos técnicos e 
materiais afins. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, c. 1962. 2v. 
 
 Competência 01 
http://livraria.folha.com.br/catalogo/1016639/michaelis-moderno-dicionario-de-ingles
http://www.sebodomessias.com.br/sebo/(S(wb2yff552rrloaq0yto1g4iv))/detalheproduto.aspx?idItem=29%2070
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
interpretativas, ficcionalizadas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9 - Capa da biografia de Nelson Rodrigues 
Fonte: www.casasbahia.com.br/O-Anjo-Pornografico-a-Vida-de-Nelson-Rodrigues-112453.html 
Descrição: Imagem de homem (corpo inteiro) com traje social e fumando. Na frente o título da obra “o anjo 
pornográfico” com o nome do autor logo acima (Ruy Castro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 - Capa da autobiografia de Benjamim Franklin 
Fonte: www.livrariaunesp.com.br/livrariaunesp/produto/19364/AUTOBIOGRAFIA++BENJAMIN+FRANKLIN 
Descrição: Imagem de Benjamin Franklin (busto). Homem de meia idade, com vestes sociais da aristocracia do século 
18. 
 
1.2.4 Fontes de Informação Geográfica 
 
As fontes de informação geográfica não se limitam apenas aos atlas, globos ou coleções de mapas, 
mais comuns por proporcionarem uma melhor visualização das grandes áreas do planeta. 
Tampouco por demonstrar outras características das regiões analisadascomo divisão política, 
demográfica, social e econômica, aspectos físicos, climáticos e geológicos. Atualmente, existem 
outros recursos eletrônicos que proporcionam vantagens de acesso, atualização e armazenamento 
de dados, praticidade e agilidade na pesquisa tais como os aparelhos com Global Positioning System 
(GPS), o aplicativo para desktop e web Google Earth (https://www.google.com/earth/) e o site de 
pesquisa Google Maps: https://www.google.com.br/maps 
 
Desse modo, segundo Figueiredo (1990, p. 51), 
 
Biografia 
CASTRO, Ruy. O anjo pornográfico: a vida de Nelson Rodrigues. São 
Paulo: Companhia das Letras, 1992. 457p. 
Autobiografia 
FRANKLIN, Benjamin; ARRUDA, Aydano. Autobiografia de Benjamin 
Franklin. São Paulo: IBRASA, 1963. 162 p. (Clássicos da democracia; 
10) 
 
 
 Competência 01 
http://www.casasbahia.com.br/O-Anjo-Pornografico-a-Vida-de-Nelson-Rodrigues-112453.html
http://www.livrariaunesp.com.br/livrariaunesp/produto/19364/AUTOBIOGRAFIA++BENJAMIN+FRANKLIN
https://www.google.com/earth/
https://www.google.com.br/maps
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
[...] o trabalho de referência/informação é realizado em um ambiente dinâmico e com base em 
fontes de informação que estão em contínua mudança e, assim, é uma tarefa constante do 
bibliotecário manter-se atualizado sobre estas mudanças. 
 
 
1.2.5 Fontes de Informação na Web 
 
Resultado da convergência das tecnologias da computação e da comunicação, a Internet representa 
uma verdadeira revolução nos métodos de geração, armazenagem, processamento e transmissão 
da informação. Para Silva e Aquina (2014, p.204), a história da humanidade sempre sobreviveu na 
dependência das fontes de informação. Elas foram transformando-se, renovando-se, reatualizando-
se, adquirindo novas formas e moldando-se em novos espaços. Também são responsáveis por 
carregar e armazenar a informação que age como formadora e transformadora de opiniões. Por 
fonte de informação, entende-se qualquer recurso que responda a uma demanda de informação 
por parte de usuários-aprendentes e que gere ou veicule informação, influenciando na geração do 
conhecimento e do aprendizado. Essas fontes incluem produtos e serviços de informação, pessoas 
ou rede de pessoas, programas de computador etc. 
 
A Internet disponibiliza enorme quantidade e variedade de informação, com diversidade de 
assuntos, padrões de transferência e armazenamento de dados, especialmente em e-mails, 
documentos, mídias sociais, mensagens de dispositivos móveis e de aplicativos em nuvens, 
dificultando a manipulação dos dados recuperados. 
 
Com isto, as atividades de pesquisa, consultas e processos de seleção à informação, demandam 
competências em novas tecnologias, mas sobretudo, para os usuários da Web, há a exigência no 
domínio de essencial competência, a Gestão de Informação e de Conhecimentos. 
 
As demandas de localização, avaliação e uso da informação mudam a cada habilidade identificada 
no usuário com vistas à percepção e ao desenvolvimento no acesso aos conteúdos. Por 
conseguinte, há que se ir além por caminhos criativos para lidar com as problematizações no 
Cognitivismo de forma a abarcar habilidades cognitivas abstratas cada vez mais complexas. Há que 
se resolver, o melhor possível, em tratar conflitos informacionais como a ausência da informação 
necessária, quando em cenários de sua indisponibilidade, incompletude, dispersão, falseabilidade e 
crescente volume. No desafio do Big Bang informacional, produzido por clientes, fornecedores, 
consumidores, o grau de desconhecimento do bibliotecário no trato deste desafio para com 
os projetos de Gestão da Informação, influencia os resultados que se deseja alcançar e 
mesmo as formas de como atingi-los. Tal desconhecimento possibilita incertezas nos 
projetos das Organizações. Isto representa um risco ao sucesso dos projetos, sendo determinado 
pelo grau de complexidade e dinamicidade imposta pelos novos ambientes tecnológicos e 
modelos de negócios necessários para lidar com os cenários deste Big Bang, mesmo diante do 
alto poder de processamento das novas tecnologias. 
 
As fontes de informação hoje abrem inúmeras possibilidades de conhecimento, disponíveis a um 
clique ou toque de dedos! Dentre as inúmeras fontes de informação da Web, é possível destacar 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
pelo menos nove mais conhecidas e utilizadas (SILVA, AQUINO, 2014, p.205): 
 
- Sites e websites: são um conjunto de páginas Web ou hipertextos acessíveis; pelo protocolo de 
transferência da Internet; 
- Portais: um tipo de site que congrega conteúdos de diversos tipos (áudio, vídeo, imagem, texto 
etc.); 
- Blogs: espécie de diário Web que apresenta características como a personalização. Podem ser 
desenvolvidos para serem utilizados individual ou coletivamente; 
- Microblogs: considerados ferramentas de blogs em formato mais simples e servem para postagens 
com limitações de tamanho; 
- Youtube: permite que os usuários-aprendentes carreguem e compartilhem vídeos em formato 
digital; 
- Redes sociais (Facebook, Ning, Linkedin, entre outras): são uma forma de representar as relações 
humanas. O crescimento das redes sociais perpassa as relações pessoais e atinge também os 
âmbitos organizacional, social, político e científico; 
- Grupos de Discussão ou Comunidades Virtuais: rede eletrônica de comunicação interativa 
autodefinida, organizada em torno de um interesse ou finalidade compartilhada; 
- Buscadores e Metabuscadores: são motores de busca, programas feitos para auxiliar a busca de 
informação armazenada na rede mundial (www) ou a Internet. 
 
O potencial de aplicação das ferramentas de busca online é necessário no contexto dinâmico da 
sociedade da informação-conhecimento-aprendizagem-comunicação, tendo como função orientar 
o usuário-aprendente à fonte desejada. Mais adiante veremos fontes de informação para pesquisas 
escolares e ambiente acadêmico, muito importante para o auxílio ao atendimento às demandas de 
informação de usuários e pesquisadores especializados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
2.Competência 02 | Compreender as Etapas do Serviço de Referência e a 
Prática do Profissional Técnico em Biblioteca no Setor de Referência 
 
Caro (a) aluno (a), o objetivo desta competência é compreender as etapas do serviço de referência e 
a prática do profissional Técnico em Biblioteca no setor de referência. 
 
 
Atenção! 
 O profissional Técnico em Biblioteca no setor de referência desenvolverá atividades relacionadas 
à recuperação e disseminação da informação utilizando para isto os mais variados suportes e 
tipos de documentos, sejam eles impressos ou digitais. 
 
 
Todo o trabalho que é desenvolvido em uma biblioteca ou unidade de informação deve ser 
destinado aos usuários, tendo sempre como foco atender suas necessidades de informação de 
forma eficiente. 
 
Para um atendimento eficiente, é importante que haja um conhecimento prévio dos principais 
processos de referência, que também são chamados de oito passos. Eles implicam em atividade 
vital para o cumprimento da principal função das bibliotecas e, de acordo com Grogan (2001), estão 
dispostos a seguir: 
 
1. O problema - Este processo se inicia a partir de um problema que desperta a atenção de um 
usuário; 
2. A necessidade de informação - Consiste na explicitação do problema pelo usuário, seja por 
necessidade de conhecer e compreender, seja por curiosidade ou qualquer outro motivo; 
3. A questão inicial - o usuário formula a questão e solicita auxílio do bibliotecário, iniciando, 
assim, o processo de referência propriamente dito, que envolve a etapa de análise do problema e a 
localização das respostas às questões; 
4. A questão negociada - o bibliotecário solicita esclarecimentos sobre a questão inicial para 
atender satisfatoriamente a necessidade do usuário; 
5. A estratégia de busca – é o momento no qualo bibliotecário analisa minuciosamente a 
questão, identificando seus conceitos e suas relações, para traduzi-la em um enunciado de busca 
apropriado à linguagem de acesso ao acervo de informações; em seguida ele escolhe os vários 
caminhos possíveis para o acesso às fontes especificas para responder a questão apresentada. 
6. O processo de busca - diz respeito ao estabelecimento de estratégias flexíveis que 
comportem mudança de curso para melhorar a busca; 
7. A resposta - para a maioria dos casos será encontrada uma resposta, porém isso não 
constitui o fim do processo, pois a resposta encontrada pode não ser a esperada; 
8. A solução - o bibliotecário e o usuário devem avaliar se o resultado obtido é suficiente para 
finalizar o processo de busca. 
 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
2.1 O que é a Questão de Referência 
 
As solicitações dos usuários em uma unidade de informação, de acordo com Grogan (2001), podem 
ser classificadas em dois tipos de questões: 
 
Questões simples (factuais): sobre fatos, acontecimentos, definições, etc., são simples e diretas e 
podem ser respondidas rapidamente mediante buscas bibliográficas dentro da biblioteca; 
 
Questões complexas: apresentam dificuldade de recuperação, podendo ou não ser respondidas 
com fontes bibliográficas ou outros recursos disponíveis na organização ou mesmo fora dela; 
refere-se às questões que demandam busca e pesquisa para fornecimento de uma resposta mais 
complexa, requerendo do profissional a competência para lidar com as técnicas de manuseio da 
informação e conhecimento da área do assunto da pergunta. 
 
Para atendimento as questões propostas acima, as funções do serviço de referência, de acordo com 
Mangas (2007), ocorrem a partir de quatro ações, que são: acolher, informar, formar e orientar, 
conforme demonstra o quadro abaixo: 
 
Quadro 1 - Funções do Serviço de Referência 
Fonte: Mangas (2007). 
 
2.2 Serviços de Informação Típicos em Bibliotecas 
 
Para atender a essas demandas, as bibliotecas se utilizam de algumas ferramentas e serviços como 
forma de auxiliar na recuperação das informações. Desse modo, compete ao bibliotecário investigar 
FUNÇÕES DO SERVIÇO DE REFERÊNCIA DESCRIÇÃO 
ACOLHER 
Receber com simpatia e profissionalismo os usuários. [...] 
O Serviço de Referência é o serviço por excelência que faz 
a ponte entre a biblioteca e a comunidade a quem serve. 
Cabe ao bibliotecário de referência desempenhar o papel 
de relações públicas. 
 
INFORMAR 
Resolver as perguntas e as pesquisas dos usuários. 
FORMAR 
Ensinar os usuários na utilização dos serviços e dos 
recursos da biblioteca. 
ORIENTAR 
[...] Ajudar os usuários dentro da biblioteca na localização 
das obras ou encaminhá-los para os serviços que melhor 
possam responder às suas necessidades. Aconselhar os 
utilizadores na seleção de uma obra, fonte ou recurso de 
informação. 
 
 Competência 02 
Ewellyn Ribeiro
Highlight
Ewellyn Ribeiro
Highlight
Ewellyn Ribeiro
Highlight
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
os anseios e necessidades informacionais do usuário, consultando o acervo da instituição e 
recorrendo, se necessário, a outras estratégias de busca visando prover o usuário da informação de 
que ele necessita. 
 
Os serviços de referência virtual surgiram no final da década de 80, nos Estados Unidos, em paralelo 
com a disponibilização dos catálogos das bibliotecas na internet. (ARELLANO, 2001). Durante algum 
tempo, utilizou-se ainda o serviço de referência via telefone como forma de atender usuários 
remotos, mas com o uso da internet aos poucos ele foi sendo substituído pelo correio eletrônico. 
Atualmente, com o uso intensivo das tecnologias de informação e comunicação, novos serviços são 
disponibilizados aos usuários. 
 
No Brasil, as bibliotecas virtuais surgiram na época da popularização da internet e provocaram 
mudanças na forma de organizar a informação. Por outro lado, o perfil do usuário também se 
transformou e o contato com as bibliotecas deixou de ser apenas físico. Agora, esse contato passa a 
ser de forma remota por meio de pontos de acesso a internet, através das páginas da web ou em 
tempo real, por meio do acesso à base de dados, telefone, e-mail, formulários na web, 
videoconferência, chat, páginas de FAQ ou mural. 
 
O serviço de referência na era digital traz na essência os mesmos preceitos do serviço presencial, 
porém, integra a possibilidade de servir como portal para outras fontes de informação, atraindo um 
maior número de usuários e auxiliando na recuperação da informação em menor tempo. 
 
Por outro lado, as tecnologias de informação e comunicação propõem um desafio muito maior para 
as equipes envolvidas no serviço de referência, ao exigir novos esforços e competências para 
reconhecer as necessidades do usuário e atender a essa demanda sem o contato face a face que 
promovia o diálogo e o entendimento nas questões de referência. 
 
 Considerando a abrangência dos assuntos abordados e a forma como estão organizados, os 
serviços podem ser utilizados com objetivos diferentes, de acordo com a necessidade e a realidade 
de cada biblioteca. 
 
Vejamos então, alguns Serviços de informação na era digital: 
 
Catálogo On-Line (OPAC) - Os catálogos on-line têm como função permitir a consulta do acervo das 
bibliotecas. Um exemplo é o Sistema Pergamum que reúne o acervo das bibliotecas da UFPE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11 - Catálogo do Pergamum online 
Fonte: www.biblioteca.ufpe.br (2014) 
Descrição: Imagem da página inicial de consulta da rede Pergamum para consulta de livros. 
 
Os Serviços Informatizados como o empréstimo de livros concorrem para acelerar o atendimento e 
melhorar a qualidade do serviço nas bibliotecas, poupando o tempo do usuário e permitindo o 
controle sobre as coleções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Competência 02 
http://www.biblioteca.ufpe.br/
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 - Tela de empréstimos em um sistema automático 
Fonte: Pergamum, 2013 
Descrição: tela de sistema de empréstimo de livros no qual se observa os dados cadastrais do usuário, como foto, nome, 
registro, matrícula, livros emprestados, datas e demais informações de controle do setor de circulação da biblioteca. 
 
Sites Dinâmicos com informações sobre a biblioteca e seus serviços. O exemplo abaixo corresponde 
ao site da Biblioteca Nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13 - Site da Biblioteca Nacional 
Fonte: www.bn.br/portal/. 
Descrição: Imagem do portal do site da Biblioteca Nacional com indicação do Portal do Livro, contendo 
informações para o cadastro nacional de livros. 
 
Com a catalogação informatizada e cooperação em rede é possível localizar obras em outras 
bibliotecas e incorporar os itens às coleções de forma mais ágil e confiável. No Brasil, a Rede 
Pergamum constituída pelas instituições usuárias do software Pergamum - Sistema Integrado de 
Bibliotecas, é um exemplo de rede colaborativa de dados. A Rede Pergamum tem por finalidade 
 Competência 02 
http://www.bn.br/portal/
 
 
 
 
 
 
 
 
 22 
melhorar a qualidade global dos serviços dos usuários, promover a cooperação no tratamento da 
informação e o compartilhamento de recursos de informação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 14 - Catálogo da Rede Pergamum 
Fonte: www.pergamum.pucpr.br/redepergamum/consultas/site_CRP/pesquisa.php 
Descrição: Imagem da página inicial de consulta da rede Pergamum para consulta de livros. 
 
As Redes Sociais ou biblioteca sem fronteiras surgem como recursos indispensáveis para promover 
a interação entre biblioteca e usuário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 15 - Facebook da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco 
Fonte: www.facebook.com/biblioteca.pe?filter=1. 
Descrição: imagem da página virtual do Facebook da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco 
 
As Coleções Especiais Digitalizadas passam a formar as bibliotecasdigitais permitindo o acesso a 
 Competência 02 
http://www.pergamum.pucpr.br/redepergamum/consultas/site_CRP/pesquisa.php
http://www.facebook.com/biblioteca.pe?filter=1
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
um número ilimitado de obras em várias áreas do conhecimento. 
 
As Obras Raras e Especiais da Biblioteca do Senado Federal formada por 7.548 volumes, entre livros 
e periódicos, foram digitalizadas e hoje estão disponíveis ao público através da internet. Quanto aos 
documentos originais, eles encontram-se armazenados em sala com cofre climatizados, em 
condições de temperatura e umidade apropriadas para sua perfeita conservação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 16 - Coleção de Obras Raras e Especiais da Biblioteca do Senado Federal 
Fonte: www.senado.gov.br/senado/biblioteca/colecoes/raras_especiais.asp 
Descrição: imagem de livros raros observados dentro de uma caixa de exposição 
dentro de expositor de vidro (isolado) para proteção. 
 
Serviço de Acesso a Bases de Dados tem como objetivo recuperar artigos e outros tipos de 
documentos disponíveis em bases de dados eletrônicas para acesso remoto. As bases de dados 
apontam artigos científicos de acesso livre (gratuitos) ou pagos (restrito). No caso de artigos pagos, 
uma boa opção é solicitar cópia (quando possível) através do COMUT (ver abaixo a respeito). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Portal de Periódicos da CAPES é um exemplo de serviço em base de dados que reúne e 
disponibiliza o melhor da produção científica internacional. São mais de 33 mil títulos com texto 
completo, 130 bases referenciais, 10 bases dedicadas exclusivamente a patentes, além de livros, 
enciclopédias e obras de referência, normas técnicas, estatísticas e conteúdo audiovisual. 
 
 
 
 Competência 02 
http://www.senado.gov.br/senado/biblioteca/colecoes/raras_especiais.asp
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
Atenção: 
Para maiores informações sobre o serviço, acesse o www.periodicos.capes.gov.br ou consulte o 
Folder do Portal em https://periodicos.capes.gov.br/images/documents/folder.PDF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 17 - Treinamento do Portal de Periódicos da Capes 
Fonte: Silva, 2013. 
Descrição: imagem de uma jovem (vista de costas) sentada em frente ao 
computador que está sob uma mesa. O ambiente lembra um laboratório 
de informática ou sala de aula. 
 
 
Serviço de Comutação Bibliográfica (COMUT) 
Serviço oferecido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) que 
permite a obtenção de cópia de documentos (anais, artigos, capítulos de livros e dissertações) 
existentes em bibliotecas brasileiras e no exterior. Para saber como se filiar a esse serviço, acesse 
www.ibict.br 
 
 
ACCART, Jean Philippe. Serviço de referência: do presencial ao virtual. Brasília (DF): Briquet de 
Lemos, 2012. 
ARELLANO, Miguel Ángel Márdero. Serviços de referência virtual. Ci. Inf. Brasília, v.30, n.2, p.7-15, 
maio/ago., 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ci/v30n2/6206. Acesso em 14 maio 
2016. 
 
 
Serviço de Disseminação Seletiva da Informação (DSI) 
Ao utilizar os serviços de DSI, o objetivo da biblioteca é atingir um número maior de usuários, 
disseminando o máximo de informações possíveis em menos tempo. Mais adiante, ainda neste 
Caderno, abordaremos mais sobre esse serviço. 
 
Agora, veja no quadro ao lado mais textos sobre o serviço de referência em bibliotecas. 
 
2.3 Metodologia de Pesquisa 
 
Durante a vivência profissional o Técnico em Biblioteca por vezes se depara com questões 
 Competência 02 
http://www.ibict.br/
http://www.scielo.br/pdf/ci/v30n2/6206
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
relacionadas à aplicação das Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na 
elaboração de trabalhos científicos. 
 
Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela 
normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico 
brasileiro. (ABNT, 2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geralmente as dúvidas envolvem a estrutura do trabalho, a redação de resumos, a elaboração de 
referências e a citação de autores. Abaixo serão ilustrados alguns exemplos de aplicação das 
Normas da ABNT, porém você poderá obter maiores informações acessando diretamente o site em: 
http://www.abnt.org.br/ 
 
2.3.1 Utilizando a NBR 14724/2011 – Apresentação de Trabalhos Acadêmicos 
 
Esta norma especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, 
dissertações e outros), visando sua apresentação à instituição (banca, comissão examinadora de 
professores, especialistas designados e/ou outros). 
 
O trabalho científico é um documento que apresenta os resultados de um estudo/pesquisa sobre 
um determinado assunto. 
 
 O processo de elaboração de um trabalho é uma vivência que precisa ser criativa, possibilitando a 
interação entre pessoas, fontes e recursos diversos, a fim de atingir maior autonomia com relação à 
forma de aprender e construir conhecimentos, desenvolvendo no pesquisador uma visão mais 
crítica e ampliada. 
 
ESTRUTURA BÁSICA 
 
1) Elementos Pré-Textuais 
 
 Capa; folha de rosto; agradecimentos (opcional); sumário. 
 
2) Elementos Textuais 
 
 Introdução; desenvolvimento; conclusão. 
 Competência 02 
http://www.abnt.org.br/
 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
3) Elementos Pós-Textuais 
 
 Referências e anexos ou apêndices. 
 
4) Formatação 
 
 Papel A4 
 Paginação a partir da introdução 
 Margem 3 cm (esquerda e em cima), 2 cm (direita e em baixo) 
 Espaçamento 1,5 cm 
 Parágrafo 2 cm margem esquerda 
 Letra: Times New Roman ou Arial 
 Tam. 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 18 - Estrutura do Trabalho científico 
Fonte: www.biblioteca.iq.unesp.br/dissertacao/folha_rosto.htm 
Descrição: divisão dos elementos que compõem uma monografia: elementos pré-textuais, textuais e pós-
textuais. A imagem apresenta essas divisões através de páginas sequenciais em cores diferenciadas para cada 
parte, uma após a outra, trazendo a ideias da divisão de uma monografia (livro) em partes que compõe um 
todo. 
 
2.3.2 Utilizando a NBR 10520/2002 – Citações 
 
Esta norma especifica as características necessárias para apresentação de citações em documentos. 
 
 Competência 02 
http://www.biblioteca.iq.unesp.br/dissertacao/folha_rosto.htm
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
Citação - é a menção no texto de informações obtidas em fonte escrita ou oral. 
 
As citações podem ser direta, indireta e citação de citação. Como regra geral, as citações podem ser 
do tipo “Autor-data” ou “Numéricas”. 
 
No Sistema Autor-data: indica-se a fonte, pelo sobrenome do autor, nome da instituição 
responsável ou pelo título, seguido da data de publicação do documento, separados por vírgula e 
entre parênteses (citação indireta). 
 
Citação direta: Transcrição textual de parte da obra do autor consultado. Para as citações diretas, 
inclui-se a indicação de página. 
 Exemplo: "Deve-se indicar sempre, com método e precisão, toda documentação que serve de base 
para a pesquisa, assim como ideias e sugestões alheias inseridas no trabalho." (CERVO; BERVIAN, 
1978, p. 97). 
 
 
Atenção! 
Para maiores detalhes consulte a NBR- 10520/2002 - Citações no site da ABNT. 
 
 
Citação indireta: Texto baseado na obra do autor consultado. 
 
Exemplo: Neste texto, o papel do bibliotecário ganha importância como educador. (DUDZIAK; 
GABRIEL; VILLELA, 2000). 
 
Citação de citação: Citação direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original. 
 
Exemplo: “É a alma e os nervos de toda biblioteca, e pela sua eficiência pode-se avaliar as tarefas 
anteriores, que em cadeia preparam a informação, ou seja, aquisição, registro, catalogação, 
classificação, preparo e armazenamento.” (FIGUEIREDO, apud RIBEIRO, 2008, p. 11). 
 
No Sistema Numérico: as citações devem ter uma numeração única e consecutiva, colocadas acima 
do texto, em expoente, ou entre parênteses. 
 
Exemplo: “fazendo um relatório com algumas notas de rodapé” 1 
 
 
Atenção: 
 
Existem outrasnormas que também são utilizadas para formatação de trabalhos, cabe destaque 
a Norma Vancouver, bastante utilizada na área de saúde. Por outro lado, a International 
Organization for Standardization (ISO) também estabelece um padrão internacional para 
publicações científicas, mas na essência os elementos que constituem a referência são os 
mesmos, a variação pode estar na ordenação dos elementos. 
 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
2.3.3 Utilizando a NBR 6023/ 2002 - Informação e Documentação-Referências 
 
Esta Norma estabelece os elementos a serem incluídos em referências, fixa a ordenação dos 
elementos e estabelece convenções para transcrição e apresentação da informação originada do 
documento e/ou outras fontes de informação. 
 
Para elaboração de referências para qualquer tipo de suporte informacional, sejam livros, manuais, 
guias, catálogos, enciclopédias, dicionários, periódicos, CD’s, DVD’s, legislação, receituários, sites, 
fotografias e outros, é preciso estar atento à identificação dos elementos abaixo para compor a 
referência. 
 
Autor(es), título, edição, local (cidade), editora e data (ano), volumes, números, páginas, endereços 
eletrônicos, data de acesso, etc. 
 
As entradas de autor podem variar em função do número de autores, do tipo de autor (pessoa física 
ou instituição), função do autor na obra (diretor, coordenador, editor, etc.) e outras variantes 
relativas ao próprio nome (sobrenome composto, origem espanhol, família, parentesco, títulos de 
nobreza ou pseudônimos). 
 
Exemplos práticos de sua aplicação podem ser vistos na NBR-6023/2002 ou no final deste caderno 
no item Referências. 
 
2.3.4 Utilizando a NBR 6028/2003 - Resumo 
 
Esta norma estabelece a apresentação para elaboração de resumos. Os resumos podem ser do tipo 
crítico, quando emitem juízo, opiniões e análises sobre o assunto de que trata o documento. O tipo 
informativo oferece ao leitor mais detalhes acerca do documento, expondo informações de 
natureza qualitativa e sobre o método utilizado na pesquisa, resultados e conclusões. A aplicação 
deste tipo de resumo ocorre em maior escala nos artigos científicos, teses e dissertações 
acadêmicas. O tipo indicativo, sem muitos detalhes, aborda de forma geral o conteúdo do 
documento, sugerindo a leitura integral do texto original. 
 
Você poderá explorar mais sobre este assunto no caderno que trata de Indexação, Resumo e 
Linguagem Documentária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
3.Competência 03 | Planejar serviços de notificação corrente (serviços de 
alerta) e de disseminação seletiva da informação 
 
Nesta competência abordaremos o Planejamento de serviços de notificação corrente (serviços de 
alerta) e de disseminação seletiva da informação. 
 
3.1 Disseminação Seletiva de Informação e Serviço de Alerta 
 
A expressão Disseminação Seletiva de Informação (DSI) originada da língua inglesa Selective 
Dissemination of information (SDI) foi concebida em 1958 por Hans Peter Luhn, para representar 
um sistema que seletivamente disseminasse informação aos usuários a partir dos interesses 
expressos em seus perfis de interesse. Inicialmente, a finalidade do DSI era aperfeiçoar serviços de 
alerta oferecidos por bibliotecas, centros de documentação e sistemas especializados de 
informações documentais. (SOUTO, 2010) (BAX et al., 2004). 
 
Apesar da concepção do DSI ter ocorrido em meados do século passado, seu caráter é 
extremamente atual em função do entendimento social do que representa as demandas 
informacionais, o processo de formulação de estratégias de busca e as possibilidades de uso da 
informação. Essa realidade se reflete no uso intensivo das Tecnologias de informação (TIC) por 
permitirem criar no ambiente virtual ferramentas ideais para a prestação de serviços aos usuários 
de forma inovadora. 
 
Um típico serviço de DSI para BAX et al (2004), deve ter como objetivo prover cada usuário dos 
novos trabalhos que deram entrada na base de dados e que podem se constituir em subsídios para 
trabalhos em andamento ou interesses. Estes usuários seriam inscritos em uma lista periódica e 
personalizada. No entanto, ao se planejar um serviço de DSI é preciso levar em conta fatores como: 
organização, direção e manutenção do serviço a fim de divulgá-lo e, principalmente, manter 
atualizado. 
 
Na visão de Mondschein (1990a), o que distingue a DSI de outros serviços de alerta é o 
desenvolvimento do perfil do usuário que pode ser prontamente modificado em função da 
demanda de informação do usuário. 
 
Abaixo apresentamos um exemplo de DSI eletrônico, utilizando o serviço de e-mail para divulgar 
junto aos usuários as novas aquisições da biblioteca. Para desenvolver esta atividade é importante 
que a unidade possua os contatos de seu público. 
 
 
 
 
 
 
 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 19 - DSI via e-mail 
Fonte: Silva, 2014 
Descrição: página do Google contendo o retorno da pesquisa de um usuário sobre um termo qualquer de 
consulta. 
 
Os serviços de DSI sempre estarão associados ao conhecimento prévio sobre o público-alvo a que se 
destinam, por essa razão é importante estar sempre buscando informações sobre estudos de 
usuários, perfis, uso de novas tecnologias, atualização e aprimoramento profissional e educação 
continuada com o objetivo de propiciar serviços personalizados e em grupo com valor agregado. 
 
Deste modo, as redes sociais surgem como outra forma interessante de realizar o serviço de 
Disseminação Seletiva da Informação. Atualmente, as possibilidades oferecidas pelo Facebook têm 
se mostrado ferramentas facilitadoras no processo de divulgação e interação com os usuários, por 
contribuir para fornecer informações sobre os serviços da biblioteca e suas coleções. 
 
 Vejamos a seguir alguns exemplos de uso do facebook por bibliotecas públicas e universitárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 20 - Facebook da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco 
Fonte: Extraída do site www.facebook.com/biblioteca.pe 
Descrição: Fotos de livros contendo biografias diversas de artistas e alguns livros ficcionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 21 - Facebook da Biblioteca Setorial do Centro Acadêmico de Vitória da UFPE 
Fonte: Extraída do site www.facebook.com/bibliotecaCAV?fref=ts 
Descrição: Imagem contendo livros recentemente adquiridos pela biblioteca como forma de divulgação das 
novas aquisições para os usuários leitores. 
 
Atualmente as bases de dados apresentam serviços de alerta que permitem aos usuários 
 Competência 03 
http://www.facebook.com/bibliotecaCAV?fref=ts
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
acompanhar tudo o que está sendo publicado na sua área. Basta para isso que o usuário faça um 
cadastro e assinale os assuntos de seu interesse. 
 
As bases de dados do portal de periódicos da Capes costumam oferecer esse tipo de serviço. Como 
já foi dito anteriormente, o portal de periódicos é considerado uma das maiores bibliotecas virtuais 
do mundo e tem revolucionado o acesso às informações técnico-científicas por possibilitar que o 
usuário de qualquer região do país tenha as mesmas oportunidades de acessar o conteúdo 
produzido pela ciência. 
 
Segundo Araújo (2013, p.38), 
 
O progresso da ciência e tecnologia brasileira também está vinculado ao uso do 
Portal de periódicos da Capes. A Biblioteca virtual possibilitou o avanço do Brasil na 
posição do ranking da produção científica mundial. Em 1981, o país ocupava a 27ª 
posição; em 1991, a 23ª; em 2001, a 17ª; em 2008, alcançou a 13ª posição 
ultrapassando países com longa tradição em ciências, como Suécia, Suíça, Bélgica, 
Israel, Dinamarca, Áustria, Finlândia, Holanda e Rússia. 
 
Por essa razão, mesmo aquelas instituições que não são conveniadas ao Portal de periódicos da 
Capes têm acesso ao conteúdo gratuito de bases de dados com critérios reconhecidos evalidados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
4.Competência 04 | Promover a Educação do Usuário com Atividades 
Culturais e Saber Inspecionar O Fluxo (Entrada e Saída do Acervo) 
 
“...Processo pelo qual o usuário interioriza comportamentos adequados com relação ao uso da 
biblioteca e desenvolve habilidades de interação permanente com os sistemas de informação.” 
(Belluzo, 1989). 
 
Caro (a) aluno (a), nesta competência vamos estudar as formas de promover a educação do usuário 
e a realização de atividades culturais. 
 
As bibliotecas, ao desenvolverem atividades de educação e estudos de usuários, objetivam prover 
as competências em informação necessárias para que os usuários possam conseguir o maior grau 
possível de autonomia na realização de suas pesquisas e uso da biblioteca. 
 
Por essa razão, um programa de educação do usuário como serviço de orientação e uso da 
informação deve ter como objetivo promover um espaço de formação para o desenvolvimento de 
competências e habilidades informacionais e tecnológicas dos usuários. Através da educação do 
usuário é possível conhecer as suas necessidades de informação e, a partir daí, realizar o 
mapeamento de suas competências. 
 
No início da década de 90, Macedo (1991, p. 16) esclareceu que, 
 
antes de se estabelecer qualquer programação para a educação do usuário, a 
biblioteca deve ter sob controle - por observação ou pesquisa científica - quais 
sejam os grupos de usuários existentes (reais ou potenciais), identificando suas 
necessidades e interesses informacionais de autoeducação e leitura; de atualização 
ou recreação. 
 
Na era digital, os serviços de informação, para preencherem essa lacuna, atualmente recorrem à 
Web como uma importante ferramenta de apoio ao desenvolvimento de novos produtos 
informacionais, permitindo se antecipar às necessidades dos usuários. Em outras palavras, 
conforme descrevem Marcondes, Mendonça e Carvalho (2006, p. 175) a Web, 
 
 [...] representa uma mudança de paradigma radical com relação aos serviços 
bibliotecários. Ela proporciona um ambiente informacional amplo, global, de 
alcance nunca visto pelos antigos serviços bibliotecários, acostumados a trabalhar 
num ambiente delimitado, com uma comunidade de usuários identificável, restrita 
e, até mesmo, conhecida pessoalmente. No novo ambiente, numa escala mundial, 
os usuários podem ter acesso a diferentes recursos, independentes de sua 
localização física. 
 
A partir dessa concepção, os programas de educação de usuários podem envolver uma série de 
atividades para atingir sua finalidade, garantindo que os usuários conheçam e saibam utilizar os 
recursos informacionais que estão disponíveis na biblioteca. 
 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
Complementando esse pensamento, concordamos com a afirmativa de Cuenca, Noronha e Alvarez 
(2008), ao proporem que nos dias atuais as bibliotecas 
 
devem ser vistas também como centros de aprendizado, com sua equipe 
desempenhando o papel fundamental educativo, oferecendo cursos e 
treinamentos para que os usuários conheçam os sistemas de recuperação da 
informação, arquitetura das bases de dados e a organização da informação nas 
diferentes áreas do conhecimento. 
 
Nesta dinâmica, várias bibliotecas se utilizam de ferramentas como: realização de cursos de 
capacitação de curta duração (normalização de trabalhos, elaboração de trabalhos científicos, etc.); 
divulgação dos serviços através de tutoriais online ou utilizando Web TV; Preparação de palestras; 
confecção de folders e banners informativos, oferta de oficinas; treinamentos em bases de dados ou 
mesmo visitas dirigidas sempre com o propósito de apresentar aos usuários o potencial da 
biblioteca através de seu acervo e serviços. 
 
Nessa perspectiva, segundo Merlo Veja (2000) apud José (2009) os serviços mais comuns realizados 
para promover a educação de usuários em bibliotecas são os descritos a seguir: 
 
Elaboração de Folhetos informativos para explicar os aspectos gerais da biblioteca como condições 
de acesso, localização, horários, serviços, regulamentos. 
 
Folhetos específicos para determinadas sessões e serviços como empréstimos, coleção local, 
informações e referências, explicando seus principais dados. 
 
Visitas guiadas à biblioteca apresentando os setores, os serviços e qualquer tema de interesse dos 
usuários. 
 
Vídeos instrucionais sobre os aspectos mais interessantes da biblioteca. 
 
Cursos de formação de usuários, fornecendo informações sobre a organização da biblioteca, as 
técnicas bibliotecárias, o uso da coleção, os serviços. 
 
Marketing de serviços através de campanhas publicitárias. 
 
Guias de sessão explicativos quanto aos dados relativos àquela sessão e serviços: usuários, normas, 
coleção, horários. 
 
Guias de uso dos produtos bibliotecários, como catálogos e bases de dados. 
 
 
Atenção: 
 
Assista a um exemplo de educação de usuários tendo por objetivo promover a campanha do 
silêncio em bibliotecas. Vídeo disponível em: www.youtube.com/watch?v=59lG5DpGay0 
 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
Guias de uso obras específicas, como documentos de obras de referência, CD-ROM, Internet. 
 
Boletins bibliográficos e guia de leituras correspondentes à seleção temática de obras extraídas da 
coleção, indicando a referência, localização e tecendo breves comentários. 
 
Boletins de aquisições para divulgar os novos itens incorporados ao acervo. 
 
Seleção de obras com o intuito de oferecer críticas de obras, novidades editoriais. 
 
 
MACEDO, N. D. Princípios e reflexões sobre o serviço de referência e informação (continua). 
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, v. 23, n. 1/4, p. 9-37, 1990. Disponível em: 
http://www.brapci.ufpr.br/brapci/v/2800 . Acesso em: 14 Jun. 2016. 
 
MARCONDES, Carlos Henrique; MENDONÇA, Marília A.; CARVALHO, Suzana M. Serviços web em 
bibliotecas universitárias brasileiras. Perspectivas em Ciência da Informação, v. 11, n. 2, p. 174-
186, maio/ago. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pci/v11n2/v11n2a03.pdf. Acesso 
em 14 jun. 2016. 
 
 
Exposição de novidades com a disposição em expositores dos últimos itens incorporados ao acervo. 
 
Exposição bibliográfica para divulgar obras que estão nas estantes com característica comuns 
(autor, tema, língua). 
 
Cursos especializados de formação de usuários para manuseio e uso das obras e ferramentas 
tecnológicas da biblioteca. 
 
Incentivos à leitura através da organização de atividades sobre uma obra. 
 
Extensão bibliotecária para promover atividades diversas, como apresentação de livros, encontros 
com autores, apresentação teatral com o propósito de se fazer conhecer a biblioteca. 
 
Enfim, todas as atividades propostas pelo autor consistem em educar o usuário para melhor utilizar 
os serviços disponibilizados pelas bibliotecas ou unidades de informação, fazendo com que ele 
tenha mais liberdade e autonomia de usufruir os benefícios da biblioteca. 
Assim, é fundamental oferecer um atendimento personalizado, tanto no meio tradicional quanto no 
espaço virtual. 
 
Para entender mais sobre o assunto consulte também as referências indicadas ao lado. 
 
 
 Competência 04 
http://www.brapci.ufpr.br/brapci/v/2800
http://www.scielo.br/pdf/pci/v11n2/v11n2a03.pdf
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
4.1 Orientação à Pesquisa 
 
Nos tempos atuais, a internet é uma ferramenta indispensável na elaboração de pesquisas. Sem 
dúvida, o surgimento dela representou uma revolução no que concerne à interação com usuários e 
a prestação de novos serviços de informação. 
 
Mas, se por um lado o aumento na oferta de serviços requer o conhecimento constante sobre 
novas ferramentas e tecnologias de informação para facilitar a busca e a coleta de dados, ao mesmo 
tempo o excesso de informação disponível na Web oferece alguns perigos porque nem sempre são 
fontes confiáveis e necessitam de um conhecimento maior para suavalidação. 
 
É importante ficar alerta, pois grande parte das informações veiculadas na rede não tem critérios de 
manutenção, de qualidade ou segurança da informação. 
 
 A título de exemplo, qualquer pessoa pode disponibilizar informações na Web sem nenhuma 
veracidade. Vamos supor que um indivíduo coloque sua página na internet com o objetivo de falar 
de História do Brasil, porém, resolva inventar que o Brasil foi descoberto em 1325 por Diogo da 
Silva. Nessa situação, caberá ao profissional de referência validar essa informação, consultando 
novas fontes antes de divulgá-la e repassá-la para o usuário. 
 
 
Dicas para uma pesquisa bem elaborada: 
 
 Evitar erros de português, pois leva a um fracasso nos resultados. 
 Colocar o termo pesquisado entre “aspas” ajuda a filtrar os resultados. 
 Citar sempre a fonte de pesquisa e o site pesquisado. 
 
 
A leitura de textos na internet deve levar o usuário a construir novos conhecimentos. São exemplos 
de fontes confiáveis para pesquisar: Sites de bibliotecas, instituições de pesquisa como IBGE, INEP, 
FUNDAJ; editoras, revistas educativas, livrarias, órgãos públicos e privados e periódicos científicos. 
No ambiente da pesquisa online, a qualidade das fontes de informação são fatores significantes 
quanto à colaboração humana na geração de dados de forma coletiva e colaborativa por meio de 
crowdsourcing1, a exemplo da Wikipedia. Entretanto, é necessário cuidado na seleção e uso das 
fontes, tendo em vista que a veracidade das informações prestadas nem sempre é segura, por se 
tratar de uma variedade de fontes muitas vezes desconhecida. É importante estarmos atentos à 
seletividade e relevância da informação! 
 
1 Os Crowdsourcing tem sido aplicados em vários setores sociais para interação humana na troca de ideias e habilidades 
entre usuários por meio da gestão de grande quantidade de dados para a resolução de problemas, tomadas de 
decisões, classificação de conjuntos de dados, desenvolvimento de novos produtos, etc. Quando pessoas se juntam, 
mais informação é criada e maior é a força de trabalho dispersa para o recrutamento de mais pessoas para análise 
colaborativa da informação. É o que chamamos de inteligência coletiva no ambiente online, gerada a partir de novas 
práticas interativas, onde cresce a informação em fluxo desordenado de trabalho intelectual e manual. 
 
 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 23 – Internet Colaborativa: Wikipedia e Crowdsourcing 
Fonte: Web 
Descrição símbolos da Wikipedia e Crowdsourcing (dois balões de diálogo que representam ideias, 
pessoas, coisas, tecnologias e formas de comunicação. 
 
4.2 Ação Cultural em Bibliotecas 
 
“A ideia de “centro cultural” não é brasileira. O que acontece em Paris, Londres ou Nova York chega 
fácil ao Brasil, descendo pelo rio Tietê, subindo com um pouco de dificuldade pelo São Francisco e 
se espraiando pelas barrancas do Amazonas.” (Milanesi, 2003). 
 
A biblioteca, para exercer uma ação cultural libertadora, segundo Flusser (1991), vai requerer que a 
formação do bibliotecário como agente cultural ocorra basicamente a partir de três eixos 
complementares: a formação técnica, a humanista e a prática. Na essência, o ato de realizar uma 
ação cultural tem por objetivo dinamizar a mediação da informação e do conhecimento nos 
diversos atores sociais. 
 
Os exemplos de práticas de ações culturais devem levar em consideração a finalidade da biblioteca 
e os tipos de público-alvo a que se destinam. Em outras palavras, da mesma forma que uma das leis 
de Ranganathan2 preconiza: a cada leitor, seu livro, assim também devemos pensar na hora de 
elaborarmos uma ação cultural. 
 
Dependendo do tipo de biblioteca - universitária, pública, especializada, comunitária ou escolar - as 
práticas de ações culturais podem variar. De modo geral, elas contemplam palestras, cursos, 
oficinas e treinamentos no próprio ambiente das bibliotecas ou em ambiente virtual. 
 
No contexto atual, as bibliotecas não podem mais estar restritas ao seu ambiente físico ou à suas 
coleções. É preciso extrapolar as barreiras, indo de encontro aos anseios da sociedade, fomentando 
o diálogo por meio de ações culturais que aproximem os indivíduos das atividades da biblioteca. 
 
As ações culturais, ao serem projetadas, devem ter como foco despertar o gosto pela leitura, o 
desenvolvimento de oficinas de arte, os eventos musicais, os recitais, as exposições temáticas 
presenciais ou virtuais, as visitas dirigidas virtuais e presenciais, a produção literária, a apresentação 
e discussão de vídeos baseados em filmes e documentários, todos com o intuito de aguçar o lado 
lúdico ou crítico nos indivíduos. 
 
2 Shiyali Ramamrita Ranganathan foi um matemático e bibliotecário indiano, responsável por criar as 5 leis 
da Biblioteconomia. 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
Abaixo, alguns exemplos de ações culturais que podem ser desenvolvidas em bibliotecas: 
 
1. Promover a hora do conto através da narração de histórias para criança como incentivo ao hábito 
de leitura; 
2. Realizar leituras de poemas, visando despertar emoções e sentidos; 
3. Estimular as oficinas de teatro, pintura, bonecos, etc. 
4. Criar mecanismos para estimular a cultura local, focando artistas e personalidades da 
comunidade; 
5. Promover interação entre autores e leitores, através de disponibilização de espaços para 
lançamentos de obras; 
6. Realizar seminários e palestras com temáticas de interesse da comunidade; 
7. Oferecer oficinas de leitura e escrita; 
8. Incentivar a realização de concertos e eventos musicais; 
9. Criar feiras culturais e didáticas. 
 
 
Atenção! 
 
O papel dos atores sociais envolvidos na biblioteca é torná-la um lugar prazeroso e descontraído 
de modo que os usuários se sintam atraídos por ela. 
 
 
Ao trabalhar com o segmento de biblioteca escolar é importante lembrar-se das recomendações 
expressas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PARÂMETROS..., v.2, p.29, 1997) que afirmam 
que não se formam bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidos, justamente no 
momento em que as crianças são iniciadas no mundo da escrita. As pessoas aprendem a gostar de 
ler quando, de alguma forma, a qualidade de suas vidas melhora com a leitura. 
 
Lembre-se: É preciso transformar a biblioteca num espaço democrático de acesso crítico à leitura e 
ao conhecimento, oportunizando aos alunos condições de aprender de forma contínua durante 
toda a vida. 
 
De acordo com Campello (2002), é de suma importância que o trabalho de professores e 
bibliotecários ocorra em conjunto, planejando situações de aprendizado que desafiem e motivem 
os alunos, acompanhando os seus progressos, buscando orientá-los e guiá-los no desenvolvimento 
de competências informacionais cada vez mais sofisticadas. 
 
 
Hora do conto 
www.youtube.com/watch?v=F9YdBi24ik4 
 
Circuito Liberdade - Biblioteca Pública estadual Luiz de Bessa - Hora do Conto e da Leitura 
www.youtube.com/watch?v=dVoybHhUBqQ 
 
TV Feevale - TV Feevale Notícias - Hora do Conto na Biblioteca de Novo Hamburgo 
www.youtube.com/watch?v=o2evOmPyiUI 
 
 
 Competência 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39 
Saiba Mais! 
 
Assista aos vídeos abaixo e confira dois exemplos de ações culturais em bibliotecas. E para 
desenvolver mais sobre esse tema, recomendamos as leituras abaixo. 
 
Biblioteca da Canaoeste promove tarde cultural 
www.youtube.com/watch?v=Ro8mQpZbMSw 
 
O novo formato das bibliotecas 
www.youtube.com/watch?v=samYCSfkfMk 
 
CAMPELLO, Bernadete et al. A biblioteca escolar: temas para uma prática pedagógica. São Paulo: 
Autêntica, 2002. 
CAMPELLO, Bernadete et al. Como usar a biblioteca na escola: Um programa de atividades para o 
ensino fundamental. 3. ed. São Paulo: Autêntica, 2002. 
MAROTO, Lúcia Helena. Biblioteca escolar, eis a questão: do espaço do castigoao centro do fazer 
educativo. Belo Horizonte: Autêntica, 2009. 
MILANESI, Luis. A casa da invenção: biblioteca, centro de cultura. 4. ed. rev. e ampl. Cotia, SP: 
Ateliê, 2003. 
 
 
 Competência 04 
http://www.youtube.com/watch?v=Ro8mQpZbMSw
http://www.youtube.com/watch?v=samYCSfkfMk
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
Conclusão 
 
Caro (a) aluno (a), com a conclusão deste caderno esperamos ter contribuído para suprir sua 
necessidade básica de informações sobre o Serviço de orientação e uso da informação, 
denominado aqui de serviço de referência, de modo a facilitar o desempenho de suas atividades no 
dia a dia. 
 
Para finalizar, traremos novamente à tona as palavras de Grogan (1995), “Exercer a arte do serviço 
de referência é a única maneira satisfatória que existe para aprendê-la”. Isso significa dizer que 
devemos estar sempre abertos para o aprendizado constante, pois só a partir dos erros e acertos 
podemos nos preparar para uma nova etapa na vida pessoal e profissional. 
 
Então, não se esqueça de que o aprendizado vai exigir que você sempre vá mais além. Sempre que 
possível, consulte outras fontes de informação sobre os temas que foram aqui apresentados. Não 
houve aqui a pretensão de cobrir todo o assunto, porque o conhecimento é ilimitado e jamais seria 
possível reuni-lo em um único caderno. 
 
Portanto, tire o máximo de proveito das sugestões aqui apresentadas e faça o diferencial na sua 
instituição, seja ela biblioteca, centro de documentação ou arquivo. 
 
Aproveite os estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
Referências 
 
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ARELLANO, Miguel Ángel Márdero. Serviços de referência virtual. Ci. Inf. Brasília, v.30, n.2, p.7-15, 
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Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 23, n.1, p. 9-37, jan./dez.1990. 
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