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A Cosmetologia nas Estéticas Facial e 
Corporal
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1.
2
2/219
A Cosmetologia nas Estéticas Facial e Corporal
Autoria: Ana Carla Comune de Oliveira
Como citar este documento: OLIVEIRA, A. C. C. A cosmetologia nas estéticas facial e corporal. 
Valinhos: 2017.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética 05
Unidade 2: Permeação e absorção cutânea 32
Unidade 3: Veículos utilizados para os tratamentos estéticos com recursos terapêuticos manuais e 
com o uso da eletroterapia.
58
Unidade 4: Fitoterápicos 85
Unidade 5: Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos 112
Unidade 6: Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéti-
cas corporais e faciais. Mecanismo de ação.
138
2/219
Unidade 7: Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmen-
tantes de Última Geração e Protetor Solar
164
Unidade 8: Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos 193
3/219
Apresentação da Disciplina
Prezado aluno,
Seja bem-vindo à disciplina de Cosmetolo-
gia na Estética Facial e Corporal, de extrema 
importância para que você, aluno, com-
preenda os aspectos químicos e biológicos 
da ação dos produtos cosméticos.
Nesta disciplina, você compreenderá o que 
são cosméticos, formas de atuação na pele, 
novas tendências e tecnologias de mercado, 
bem como aprenderá a aplicar e a fazer uso 
corretamente desses produtos; conhecerá 
também um pouco mais sobre a história da 
cosmetologia, a legislação cosmética, os 
aspectos da penetração de ativos cosméti-
cos na pele, as formas de veiculação dess-
es ativos no tecido cutâneo – por meio dos 
nanossistemas, lipossomas, nanoesferas, 
nanopartículas, nanoemulsões –, con-
hecerá os ativos cosméticos utilizados nas 
diferentes disfunções estéticas e seus me-
canismos de ação, aprenderá conceitos atu-
ais, como: cosmecêuticos, nutricosméticos, 
nutracêuticos, e também abordagem tox-
icológica dos produtos cosméticos. Final-
izaremos a disciplina com um tema muito 
importante, os fotoprotetores e, com isso, 
você terá sucesso em sua carreira.
O profissional em cosmetologia e estética 
desenvolve suas atividades em centros e 
clínicas de estética, SPAS e salões de bele-
za. Atua na aplicação de tratamentos es-
téticos corporais, faciais, capilares e dos 
anexos cutâneos (pelos e unhas), bem como 
na busca permanente de tendências, técni-
cas e tecnologias de estética e beleza. Tem 
a competência necessária para o planeja-
4/219
mento e a gestão de serviços na área, com 
conhecimentos administrativos e gerenci-
ais, visão de marketing e qualidade.
O mercado de trabalho está em plena as-
censão, a variedade de produtos destinados 
a estética e cosmética cresce consideravel-
mente a cada dia. A busca incessante pela 
beleza deixou de ser exclusividade do uni-
verso feminino, ganhando atualmente um 
vasto espaço para cosméticos destinados 
ao público masculino, aumentando con-
sideravelmente o campo de atuação dos 
profissionais de cosmetologia e estética; 
com isso, tornam-se importantes a quali-
ficação e capacitação para acompanhar o 
desenvolvimento desse segmento do mer-
cado.
5/219
Unidade 1
Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética
Objetivos
1. Conhecer o histórico e a importância 
da cosmetologia.
2. Compreender o que são formas cos-
méticas.
3. Identificar os principais componentes 
das formulações cosméticas.
4. Entender e compreender a legislação 
cosmética.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética6/219
1. Introdução
Cosmetologia é o estudo de produtos cos-
méticos para diferentes funções, como hi-
gienizar, conservar/proteger, reparar/corri-
gir e maquilar/enfeitar. Acompanha todas 
as etapas, desde o desenvolvimento do cos-
mético até a chegada às mãos do consumi-
dor. Diferentes estudiosos deram sua con-
tribuição para a definição do termo “cos-
metologia”, conforme apresentado a seguir.
Ciência que trata da preparação, estocagem 
e aplicação de produtos cosméticos, como 
também de regras que regem essas ativida-
des – sejam elas de natureza física, química, 
biológica ou microbiológica (JELLINEK apud 
REBELLO, 2004, s.p.).
Foram encontrados relatos de uso de pro-
dutos para embelezamento muito antes do 
nascimento de Cristo. O primeiro registro 
considerável data de 4500 a.C., quando os 
chineses descobriram o poder das plantas. 
Os egípcios também exploraram as pro-
priedades químicas dos vegetais; no século 
I a.C., Cleópatra destacava-se com suas ma-
quiagens e seus banhos com leite de cabra, 
que deram origem às pesquisas cosméticas.
Máscaras faciais noturnas, feitas de farinha 
e favas de miolo de pão diluídas em leite 
de jumenta, foram difundidas por Pompeia 
e eram as favoritas do Imperador Nero na 
Roma Antiga Imperial.
No século II d.C., Galeno, médico grego, in-
ventou o primeiro creme facial do mundo, 
feito à base de cera de abelha, azeite de oli-
va e água.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética7/219
A indústria cosmética teve início no século 
XX. O primeiro salão de beleza do mundo foi 
inaugurado em 1910, em Londres, por He-
lena Rubinstein. Onze anos depois, o batom 
passou a ser comercializado na forma de 
bastão.
Muitas novidades chegaram ao Brasil na 
década de 1950, incluindo produtos mas-
culinos, por meio de empresas como L’Ore-
al (francesa) e Avon (norte-americana). Os 
protetores solares, os tratamentos a laser e 
os ácidos retinoicos e glicólicos chegaram 
ao Brasil entre as décadas de 1970 e 1980. 
Nos anos 1990, surgiram os cosméticos 
multifuncionais.
No século XXI, as novidades são os neuro-
cosméticos, os fonocosméticos e o uso de 
células-tronco de origem vegetal como ati-
vos cosméticos.
A cosmetologia torna-se uma ciência mul-
tidisciplinar, visto que, cada vez mais, as-
socia-se a outras áreas de conhecimento, 
como aromaterapia, aromacologia, biotec-
nologia, nanotecnologia e fitoterapia.
2. Formas Cosméticas
A forma de um cosmético é escolhida de 
acordo com sua utilização, visando à prati-
cidade, à higiene e aos custos de fabricação 
(considerando matérias-primas e embala-
gens). As formas cosméticas mais utilizadas 
são: sólida, stick, semissólida, líquida, gaso-
sa, gel, sérum e emulsão.
• Sólida: cosmético no estado sólido, 
como pó (talcos, máscaras argilosas, 
maquiagens) e cristais de banho.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética8/219
• Stick: cosméticos em bastão, como 
desodorantes, batons e lapiseiras de 
maquiagens.
• Semissólida: máscaras muito consis-
tentes e pomadas capilares, que con-
têm elevados teores de cera e óleo.
• Líquida: mistura de substâncias quí-
micas, transparente ou opaca, incolor 
ou colorida. Os veículos utilizados po-
dem ser: água, álcool, propilenoglicol 
e óleo. São loções aquosas (exemplos: 
loção tônica sem óleo), loções hidroal-
coólicas (exemplos: loção de limpeza 
com álcool) e líquidos oleosos (exem-
plo: óleo de banho).
• Gasosa: cosmético em aerossol con-
siste na dispersão de um líquido e/ou 
sólido em um gás (propelente). A pro-
pulsão é feita pela embalagem (enva-
se sob pressão) e por gás propelente.
• Gel: forma cosmética viscosa, mucila-
ginosa, que, ao secar, deixa uma pelí-
cula invisível sobre a pele. Os géis são 
isentos de substâncias graxas.
• Sérum: cosmético com textura leve e 
concentração de princípios ativos – 
geralmente maior que nos cosméticos 
habituais. Tem grande teor de água e 
uma ínfima quantidade de óleo, faci-
litando a entrada do produto na pele 
e melhorando sua distribuição. Apre-
senta, ainda, efeito sinérgico com ou-
tros cosméticos de tratamento.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética9/219
• Emulsão: produto que apresenta uma 
fase aquosa e uma fase oleosa mistu-
radas sob a açãode um emulsionante. 
Pode estar classificado de acordo com 
sua viscosidade e quanto aos teores 
de água e óleo contidos.
2.1 Classificação das emulsões 
quanto à viscosidade
• Creme: emulsão consistente – viscosi-
dade média.
• Loção: emulsão menos consistente 
que o creme – viscosidade baixa.
• Leite: emulsão fluida – viscosidade 
abaixo da loção.
• Espuma (musse): emulsão bifásica, 
em que a fase interna é o ar (ou outro 
gás) e a fase externa é um líquido ou 
um sólido.
2.2 Classificação das emulsões 
quanto ao teor de água
A/O – emulsão água em óleo. Apresenta 
menor teor de água e maior teor de óleo, 
resultando em sensorial oleoso e secagem 
demorada. É a forma indicada para produ-
tos de massagem, removedores de maquia-
gem e cosméticos de forma oclusiva.
O/A – emulsão óleo em água. Apresenta 
menor teor de óleo e maior teor de água, re-
sultando em secagem rápida e toque seco 
e suave. É indicada para cosméticos faciais, 
produtos para mãos e pés (geralmente com 
ação desodorante).
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética10/219
A/O/A e O/A/O – emulsões múltiplas (conhe-
cidas como “emulsões das emulsões”). As 
gotículas de uma das fases contêm, em seu 
interior, gotículas menores da outra fase. 
Ou seja, no sistema A/O/A, a fase interna, 
que é oleosa, tem gotículas de água em seu 
interior, já no sistema O/A/O, a fase interna, 
que é aquosa, tem gotículas de óleo.
 
3. Fórmulas Cosméticas
3.1 Formulação de um produto 
cosmético
Em uma formulação ou composição cosmé-
tica, são encontradas substâncias ou gru-
Para saber mais
Emulsão é uma dispersão constituída de dois lí-
quidos, no mínimo, não miscíveis entre si. Um dos 
líquidos é dispersado dentro do outro, sob forma 
de gotas: é a fase dispersada, descontínua ou in-
terna. A outra fase é a dispersante, contínua ou 
externa. Exemplos de emulsões naturais: leite; fil-
me hidrolipídico de superfície.
Link
No link a seguir, você encontrará um artigo que 
fala sobre as questões da vaidade, da autoesti-
ma e do consumo de produtos e procedimen-
tos estéticos. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/rausp/v50n1/0080-2107-
rausp-50-01-0073.pdf>. Acesso em: 7 set. 
2017.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética11/219
pos de substâncias que vão compor as se-
guintes categorias:
• Veículo ou excipiente.
• Ativos ou princípios ativos.
• Conservantes.
• Corretivos.
• Corantes.
• Pigmentos.
• Perfumes ou óleos essenciais.
Veículo ou excipiente: geralmente consti-
tui a maior parte da formulação, portanto é 
o que determinará a forma física do cosmé-
tico. Por exemplo, no pó compacto, o veícu-
lo é constituído por talco e calium; na loção 
pós-barba, por uma solução hidroalcoólica. 
A natureza física e química do veículo influi 
na estabilidade dos princípios ativos, na for-
ma de liberação, na facilidade de aplicação 
do cosmético, na duração da ação etc.
Ativos ou princípios ativos: substâncias 
químicas (sintéticas ou naturais) responsá-
veis pelo efeito que se deseja obter. Exem-
plos:
Cloridróxido de alumínio – substância sinté-
tica usada como adstringente (antiperspi-
rante) em desodorantes.
Colágeno – bioativo de origem animal utili-
zado como hidratante.
Flavonóis – bioativos de origem vegetal cuja 
função é aumentar a resistência dos vasos 
sanguíneos; são antirradicais livres.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética12/219
Conservantes: substâncias que protegem o 
produto cosmético tanto de contaminações 
microbianas como de oxidações indesejá-
veis, assegurando, dessa forma, seu prazo 
de validade e segurança de uso.
Corretivos: substâncias que vão corrigir a 
fórmula conforme o efeito desejado. São os 
espessantes, emulsificantes, sequestrantes 
e neutralizadores de pH.
Corantes e pigmentos: de origem animal 
ou sintética, destinam-se a produzir sensa-
ções visuais ao indivíduo.
Perfumes ou óleos essenciais: compostos 
por várias substâncias aromáticas que con-
ferem ao produto individualidade.
3.2 Principais formulações cos-
méticas
3.2.1 Sabonetes
Produtos utilizados com a finalidade de hi-
gienizar a pele, remover as sujidades. Deve-
-se dar preferência aos sabonetes líquidos 
ou cremosos, pois são menos alcalinos, res-
secando menos a pele.
Muitas pessoas ainda acreditam que devem 
lavar a pele várias vezes ao dia com sabo-
nete. O que não sabem é que essa prática é 
prejudicial, uma vez que os sabonetes, além 
de ressecarem a pele, retiram a camada 
de proteção, deixando a pele vulnerável às 
agressões do meio. O ideal é usar sabone-
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética13/219
tes, no máximo, duas vezes ao dia nas peles 
mistas e oleosas. Para as peles muito alípi-
cas, existem leites e emulsões de limpeza 
com ação menos agressiva.
Não se deve esquecer de que os tensoati-
vos (detergentes) contidos nos sabonetes 
e xampus devem ser removidos completa-
mente da pele e dos cabelos.
3.2.2 Demaquilantes
Produtos destinados a remover a maquia-
gem da pele. Devem ser utilizados antes da 
higienização com sabonete, para fazer a 
remoção dos pigmentos e resíduos da ma-
quiagem, que obstruem os poros.
Todo demaquilante tem algum tipo de óleo 
em sua formulação, para facilitar o arraste 
de pigmentos.
3.2.3 Loções tônicas
Equilibram o pH da pele, devolvendo-lhe a 
normalidade que foi retirada com a utiliza-
ção do higienizante. Podem ter ação ads-
tringente, calmante, hidratante ou revigo-
rante.
Os ativos com ação adstringente mais utili-
zados são:
• Ácidos orgânicos de baixo peso mole-
cular (ácido cítrico e ácido lático).
• Álcoois (etanol).
• Extratos vegetais ricos em taninos 
(hamamélis).
• Sulfato de zinco.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética14/219
Alguns exemplos de ativos utilizados em 
tônicos com função específica são:
• Alantoína (ação reepitelizante).
• Alfabisabolol (ação anti-inflamató-
ria).
• Calêndula (ação calmante).
• Pantenol (ação emoliente).
• Tília (ação calmante).
3.2.4 Esfoliantes
Produtos que têm a finalidade de afinar a 
capa córnea da epiderme, removendo as 
células mortas. Apresentam-se na forma de 
cremes, géis, sabonetes.
Um esfoliante pode ter ação química na 
pele; são os chamados queratolíticos, subs-
tâncias que reagem quimicamente, desfa-
zendo a camada superficial de queratina na 
pele.
Pode também ter efeito físico ou mecânico. 
Nesse caso, apresentam, em sua formula-
ção, grânulos, que podem ser microesferas 
de polietileno, caroços de frutas triturados 
ou qualquer outra substância capaz de ge-
rar atrito na pele e remover células mortas 
por ação mecânica.
Cuidado especial deve ser tomado com es-
foliantes à base de cristais, como sal e açú-
car refinados, pois podem provocar micro-
arranhaduras e microfissuras na pele.
O uso diário de esfoliantes é contraindi-
cado para a maioria dos tipos de pele, pois 
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética15/219
pode levar à remoção exagerada da cama-
da de proteção, deixando o órgão exposto a 
agressões ambientais.
3.2.5 Emulsões
Formulações que contêm óleo, água e um 
agente emulsionante. Podem variar quan-
to a sua viscosidade (cremes, loções, loções 
cremosas, leite, musses) e quanto ao teor de 
água e óleo. Gel-creme é uma emulsão O/A 
com aspecto mais leve, quando comparado 
ao creme.
3.2.6 Géis
Formulações feitas à base de água, sem ne-
nhum tipo de óleo. São indicados para peles 
muito oleosas e acneicas.
3.2.7 Máscaras
Utilizadas para finalização de protocolos 
estéticos. Podem ter ação calmante, hidra-
tante, nutritiva, secativa ou tensora da pele.
As máscaras podem ser apresentadas nas 
formas de gel, creme e pó. Esta última deve 
ser misturada a loções ou soro fisiológico, 
por isso, algumas são vendidas com o di-
luente específico.
A finalidade damáscara é aumentar a pene-
tração (ou permeação) dos ativos aplicados 
anteriormente na pele, além de promover a 
entrada de seus próprios ativos pelo tempo 
de contato. A maioria das máscaras deve 
permanecer na pele por cerca de 20 minu-
tos, em média, para que tenha sua ação as-
segurada.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética16/219
As máscaras chamadas hidroplásticas cos-
tumam ter alginato em sua formulação, o 
que lhes permite secar na forma de uma pe-
lícula plástica que promove a oclusão dos 
ativos colocados na pele. Se a aplicação da 
máscara for feita sobre uma gaze, sua re-
moção se torna mais fácil.
Máscaras de gesso ou porcelana devem ser 
aplicadas sobre algodão e gaze e também 
têm a função de ocluir os ativos colocados 
na pele, aumentando sua penetração.
Algumas máscaras tensoras formam uma 
fina película, como uma segunda pele. Por 
demorarem um pouco mais para secar, tam-
bém é possível coloca-las sobre uma gaze 
fina, que, além de facilitar a secagem, ajuda 
na remoção da máscara.
Quando em forma de gel ou creme, as más-
caras podem ser removidas com espátula. 
Na sequência, deve-se retirar os resíduos 
com algodão e gaze embebidos em água ou 
loção.
Para saber mais
A fabricação de produtos cosméticos envolve uma 
sucessão de operações que vão desde a pesagem 
das matérias-primas até sua mistura em equipa-
mentos apropriados. Todo processo de fabricação 
segue um conjunto de ações abrangentes descri-
tas no Manual de GMP (Good Manufacturng Prac-
ticies, isto é, Boas Práticas de Fabricação). Essas 
normas e procedimentos tratam também de hi-
giene do trabalho, limpeza e sanitização de equi-
pamentos de fabricação e envase.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética17/219
4. Legislação Cosmética
4.1 Classificação dos produtos 
cosméticos
Os produtos cosméticos podem ser classifi-
cados de diferentes formas:
• Classe de produtos.
• Função.
• Risco sanitário.
• Forma de apresentação dos cosméti-
cos.
4.1.1 Classe de produtos
Os produtos são divididos em quatro gru-
pos, segundo suas finalidades gerais: per-
fume, produto de higiene, produto de uso 
infantil e cosmético.
4.1.2 Função
Considerando-se sua função principal, os 
cosméticos podem higienizar, conservar, 
proteger, reparar, corrigir, maquilar e enfei-
tar.
Link
No próximo link, você encontrará informações 
sobre formulações cosméticas contendo pante-
nol. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/
teses/disponiveis/60/60137/tde-17012007-
143439/pt-br.php>. Acesso em: 12 dez. 2017.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética18/219
Há muito tempo, os produtos deixaram de 
ter uma única função, como sabonetes para 
higienizar, loções para tonificar e hidratan-
tes para hidratar. Vive-se a era dos produ-
tos multifuncionais, com atuação cada vez 
mais complexa e eficiente na pele.
Assim, por exemplo, existem sabonetes 
que são esfoliantes e hidratantes, loções 
que equilibram o pH, hidratam, combatem 
os radicais livres ou têm ação adstringente 
associada à ação calmante. Há hidratantes 
que são, ao mesmo tempo, antienvelheci-
mento, calmantes, antioxidantes e proteto-
res solares.
4.2.3 Risco sanitário
Indica o grau de risco que um produto pode 
oferecer ao usuário quando utilizado de for-
ma adversa.
Grau I (risco mínimo): pertencem a esse 
grau os produtos com propriedades básicas, 
sem necessidade de comprovação de eficá-
cia e sem a necessidade de conter em seus 
rótulos informações detalhadas quanto a 
modo e restrições de uso. Exemplos são: sa-
bonetes, xampus, cremes hidratantes, óle-
os, perfumes e maquiagens sem proteção 
solar e sem ações específicas como efeito 
antisséptico, antiacne e antienvelhecimen-
to.
Grau II (risco máximo ou potencial): per-
tencem a esse grau os produtos com indi-
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética19/219
cações específicas, com eficácia e segurança comprovadas. O rótulo deve conter informações 
detalhadas quanto a modo e restrições de uso. Exemplos são xampus tonalizantes, xampus anti-
caspa, protetores solares, desodorantes antiperspirantes, esfoliantes químicos, tinturas capila-
res, clareadores faciais e cosméticos antienvelhecimento.
A classificação é baseada em fatores como composição química, local de aplicação do cosmé-
tico, tempo de contato do produto com o local da aplicação e o usuário do cosmético. Em razão 
deste último fator, todos os produtos infantis são classificados como Grau II, já que a criança 
tende a utilizá-lo de forma incorreta.
Para saber mais
A Legislação Brasileira que rege a preparação e a comercialização de produtos cosméticos abrange alguns 
órgãos governamentais, como:
• Ministério da Saúde: estabelece leis com o objetivo de regulamentar diversos segmentos 
ligados à Saúde Pública, incluindo a fabricação de produtos cosméticos.
• Ministério da Justiça: regulamenta as informações que devem ser transmitidas ao consu-
midor.
• Ministério do Meio Ambiente: controla a poluição do ar e das águas, de que faz parte o tra-
tamento de efluentes despejados pelas indústrias, incluindo a de cosméticos.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética20/219
Link
No link a seguir, você encontrará informações so-
bre a Legislação de Produtos cosméticos determi-
nadas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilân-
cia Sanitária) e saberá distinguir os produtos de 
Grau I e Grau II. Disponível em: <http://portal.
anvisa.gov.br/cosmeticos>. Acesso em: 6 set. 
2017.
http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos
http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética21/219
Glossário
Grau de Risco I: produtos isentos de registro no Ministério da Saúde, que oferecem riscos míni-
mos ao usuário.
Grau de Risco II: produtos que devem ter segurança e eficácia comprovadas, além do registro no 
Ministério da Saúde.
Cosméticos naturais: estendem seus efeitos por todo o organismo. As fases oleosas são feitas 
com ceras e esqualenos naturais, além de lanolina e ésteres, fosfolipídeos, derivados biológicos.
Questão
reflexão
?
para
22/219
Prezado aluno,
Conforme você viu na aula, as formas cosméticas são 
o modo como os cosméticos estão disponíveis para o 
consumidor. Faça uma revisão geral de todas as formas 
cosméticas e liste-as. Reflita se todas elas podem ser 
utilizadas em todos os tipos de pele. Se você achar que 
sim, explique; se discordar, justifique.
23/219
Considerações Finais
• Cosmetologia é a ciência que trata da preparação, da estocagem e da apli-
cação de produtos cosméticos, bem como das regras que orientam essas 
atividades – sejam elas de natureza física, química, biológica ou microbio-
lógica.
• Cosméticos, produtos de higiene e perfumes são preparações constituídas 
por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo, nas diversas partes 
do corpo humano – pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais ex-
ternos, dentes e membranas mucosas de cavidade oral.
• Produtos de Grau I são aqueles que oferecem risco mínimo ao indivíduo, 
como xampus, sabonetes e outros sem filtro solar. Produtos de Grau II são 
aqueles que oferecem risco aos usuários, por exemplo: filtros solares, pro-
dutos infantis e produtos antienvelhecimento.
• A legislação brasileira que rege a preparação de produtos cosméticos abran-
ge vários órgãos, como: Ministério da Saúde, Ministério da Justiça, Ministé-
rio do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Ministério do Meio 
Ambiente.
Unidade 1 • Introdução à Cosmetologia. Formas e Fórmulas Cosméticas. Legislação Cosmética24/219
Referências
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cosméticos. Disponível em: <http://portal.an-
visa.gov.br/cosmeticos>. Acesso em: 6 set. 2017.
CAMARGO JUNIOR, F. B. de. Desenvolvimento de formulações cosméticascontendo pantenol 
e avaliação dos seus efeitos hidratantes na pele humana por bioengenharia cutânea. 2006. 
Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas de 
Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, 2006. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponi-
veis/60/60137/tde-17012007-143439/pt-br.php>. Acesso em: 12 dez. 2017.
HERNANDEZ, M; MERCIER-FRESNEL, M. M. Manual de cosmetologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Revin-
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LACRIMANTI, L. M; VASCONCELOS, M. G; PEREZ, E. Curso didático de estética: volume 1. 2. ed. 
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REBELLO, T. Guia de produtos cosméticos. 8. ed. São Paulo: Editora Senac, 2004.
STREHLAU, V. I.; CLARO, D. P.; LABAN NETO, S. A. A vaidade impulsiona o consumo de cosméticos 
e de procedimentos estéticos cirúrgicos nas mulheres? Uma investigação exploratória. R. Adm. 
São Paulo, v. 50, n. 1, jan.-mar., 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rausp/v50n1/
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http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos
http://portal.anvisa.gov.br/cosmeticos
25/219
1. Princípios ativos são substâncias químicas (sintéticas ou naturais) respon-
sáveis pelo efeito que se deseja obter. Um exemplo de bioativo de origem 
animal utilizado como hidratante é o(a):
a) Colágeno.
b) Cloridróxido de alumínio.
c) Flavonol.
d) Matrixyl.
e) Óxido de zinco.
Questão 1
26/219
2. São produtos que têm a finalidade de afinar a capa córnea da epiderme, 
removendo as células mortas. Apresentam-se na forma de cremes, géis, 
sabonetes. A forma cosmética citada corresponde ao:
a) Creme.
b) Gel.
c) Sérum.
d) Esfoliante.
e) Sabonete.
Questão 2
27/219
3. Formas cosméticas que equilibram o pH da pele, devolvendo-lhe a nor-
malidade que foi retirada com a utilização do higienizante. Podem ter ação 
adstringente, calmante, hidratante ou revigorante na pele, são os(as):
a) Esfoliantes.
b) Máscaras.
c) Loções tônicas.
d) Géis.
e) Sabonetes.
Questão 3
28/219
4. A forma cosmética que se apresenta como máscaras muito consistentes 
e pomadas capilares, que contêm elevados teores de cera e óleo é a:
a) Sólida.
b) Semissólida.
c) Líquida.
d) Gel.
e) Sérum.
Questão 4
29/219
5. As formulações cosméticas de origem animal ou sintética, que se desti-
nam a produzir sensações visuais ao indivíduo, são os:
a) Conservantes.
b) Hidratantes.
c) Corretivos.
d) Corantes ou pigmentos.
e) Veículos ou excipientes.
Questão 5
30/219
Gabarito
1. Resposta: A.
O colágeno é uma proteína que dá estrutu-
ra, firmeza e elasticidade à pele, ele é produ-
zido naturalmente pelo corpo, mas também 
pode ser encontrado em alimentos como 
carne e gelatina, em cremes hidratantes ou 
suplementos alimentares em cápsulas ou 
pó. Essa proteína é muito importante para 
manter as células firmes e unidas, não ape-
nas da pele, mas também de outros teci-
dos, como para conservar a integridade dos 
músculos, dos ligamentos, dos tendões e 
das articulações, melhorando a sua saúde. 
O colágeno é muito utilizado como bioativo 
de origem animal e um potente hidratante.
2. Resposta: D.
Um esfoliante pode ter ação química na pele, 
como os chamados queratolíticos, substân-
cias que reagem quimicamente com a pele, 
desfazendo a camada superficial de quera-
tina. Pode também ter efeito físico ou me-
cânico, para este último, os esfoliantes têm, 
em sua formulação, grânulos, que podem 
ser microesferas de polietileno, caroços de 
frutas triturados ou qualquer outra subs-
tância capaz de gerar atrito na pele e remo-
ver células mortas por ação mecânica.
31/219
Gabarito
3. Resposta: C.
As loções tônicas têm a finalidade de equili-
brar o pH da pele, devolvendo-lhe a norma-
lidade retirada com a utilização do higieni-
zante. Podem ter ação adstringente e cal-
mante, hidratante ou revigorante na pele.
4. Resposta: B.
Formas semissólidas são demasiadamente 
utilizadas, trata-se de máscaras muito con-
sistentes e pomadas capilares, que contêm 
elevados teores de cera e óleo.
5. Resposta: D.
Corantes ou pigmentos são formulações 
cosméticas de origem animal ou sintética, 
que se destinam a produzir sensações visu-
ais no indivíduo.
32/219
Unidade 2
Permeação e absorção cutânea
Objetivos
1. Compreender a estrutura da barreira 
epidérmica.
2. Entender o mecanismo de permeabi-
lidade e absorção cutânea.
3. Conhecer as vias de entrada dos cos-
méticos na pele.
4. Entender a permeação cutânea em 
relação ao subtipo ou tipos cutâneos.
5. Compreender os fatores que afetam 
a permeabilidade cutânea.
6. Conhecer os principais procedimen-
tos estéticos que facilitam a permea-
bilidade cutânea.
Unidade 2 • Fitoterápicos33/219
Introdução
A cosmética desenvolve fórmulas capazes 
de interagir cada vez mais com a estrutura 
da pele, promovendo mudanças fisiológi-
cas, tratando um ou mais componentes da 
pele e corrigindo as desordens cutâneas. Já 
está comprovado que produtos de ação tó-
pica, até mesmo a água, afetam a estrutura 
da pele. 
O uso desses produtos pode levar a um pro-
cesso de penetração, ou até absorção, de-
correntes da interação do tecido cutâneo 
com os produtos químicos. Exemplos disso 
são os tratamentos da camada lipídica com 
os antisseborreicos, do extrato córneo com 
hidratantes e/ ou renovadores celulares, das 
desordens envolvendo melanócitos (como 
manchas e hipercromias) com despigmen-
tantes.
A grande procura por tratamentos perso-
nalizados e eficazes fez as empresas inova-
rem suas tecnologias para oferecerem ao 
público ampla variedade de fórmulas com-
patíveis com as necessidades dos diferentes 
tipos de pele.
Sabe-se que a epiderme é praticamente 
impermeável a todas as substâncias não 
gasosas, e essa é uma característica de sua 
função protetora. Se não fosse assim, seria 
possível provocar fenômenos de sensibili-
zação pela aplicação de algumas substân-
cias, principalmente proteínas, ou seria fá-
cil a penetração de microrganismo por meio 
dessa barreira que é a pele.
Unidade 2 • Fitoterápicos34/219
1. A estrutura da barreira 
epidémica
A pele é um órgão flexível e autorregenerativo 
que reveste e molda o corpo, atuando como 
uma barreira protetora que previne a pene-
tração de irritantes e alérgenos do ambiente 
e que evita a perda de água do organismo, 
mantendo a homeostase interna. A pele tam-
bém protege fisicamente os órgãos internos, 
limita a passagem de substâncias e contribui 
para a manutenção da temperatura corporal 
e da pressão sanguínea. Possui três camadas: 
a epiderme, a derme e o tecido subcutâneo.
 A epiderme é responsável pela função de bar-
reira da pele e é composta por uma camada de 
queratinócitos justapostos, que são formados 
no estrato basal (camada germinativa) por 
divisão celular. Conforme os queratinócitos 
se movem por meio das camadas espinhosas 
(camadas de células de Malpighi) e granulosa 
em direção ao estrato córneo, sofrem modifi-
cações graduais em sua forma e composição 
química. Assim, é formada uma estrutura rígi-
da de queratina, microfilamentos e microtú-
bulos.
 Ao chegarem à camada córnea, essas célu-
las diferenciadas estão mortas, achatadas e 
anucleadas e são ditas corneócitos. Entre os 
corneócitos existe uma camada de lipídeos 
e proteínas, que atuam evitando a perda de 
água. Os lipídeos são expelidos dos corpos la-
melares, presentes nos estratos granuloso e 
espinhoso. Dessa maneira, o espaço intercor-
neócito é formado por bicamadas multilame-
lares altamente organizadas, sendo a camada 
lipídica o principal componente da barreira 
epidérmica.
Unidade 2 • Fitoterápicos35/219
 A camada córnea pode ser comparada a uma 
parede de tijolos e os lipídeos lamelares o ci-
mento. O estrato córneo (EC) é um tecido bio-
logicamente ativo que funciona como a pri-
meira interface com o ambiente externo e é 
essencial para prevenir a desidratação e pro-
teger contra agressões externas.
A retenção de água na camada córnea é de 
extrema importância à manutenção da pele 
saudável. Os corneócitos contém uma subs-tância capaz de reter água em seu interior, o 
fator de hidratação natural (natural moisturi-
zing fator – NMF). Assim, o grande volume de 
água retido faz com que inchem, prevenindo 
a formação de fissuras e fendas entre eles.
Para saber mais
A permeabilidade cutânea é a 
capacidade que a pele tem em 
deixar passar, seletivamente, cer-
tas substâncias em função de sua 
natureza química ou de determi-
nados fatores.
Unidade 2 • Fitoterápicos36/219
 A flexibilidade e a elasticidade da pele estão 
diretamente relacionadas com os conteú-
dos de água. Tanto os lipídeos intercelulares, 
quanto as substâncias hidrossolúveis presen-
tes no NMF contribuem efetivamente para o 
controle do conteúdo de água da pele. Na ca-
mada córnea, o conteúdo hídrico médio é de 
15% podendo aumentar por oclusão da pele 
ou por longa exposição a água. 
Para saber mais
Ionoforese é o processo pelo qual 
se realiza a introdução de produtos 
cosméticos por meio de corrente 
galvânica (corrente elétrica contínua 
utilizada em tratamentos estéticos). 
Apenas substâncias iônicamente 
dissociadas ou substâncias covalen-
tes podem ser introduzidas por esse 
método. A penetração desses íons se 
dá por meio do folículo piloso. Os fa-
tores que influenciam a quantidade 
de penetração dos princípios ativos 
ionizados são: o tempo de passagem 
de corrente elétrica e a intensidade 
da corrente elétrica.
Unidade 2 • Fitoterápicos37/219
2. Permeabilidade Cutânea
Permeabilidade cutânea é a capacidade que 
a pele possui de deixar passar, seletivamente 
determinadas substâncias em função de sua 
natureza bioquímica ou de determinados fa-
tores, como idade, sexo, patologias e gesta-
ção.
Foi visto que os cosméticos são formulações 
de uso tópico, sem penetração sistêmica, des-
tinados a higienizar e embelezar a pele, pre-
venindo, mantendo e melhorando suas ca-
racterísticas básicas. Sabe-se também que a 
epiderme tem como função principal a prote-
ção do corpo humano contra a ação de agen-
tes externos. Essa função de barreira torna a 
epiderme quase totalmente impermeável a 
substâncias não gasosas.
Dessa forma, um dos grandes desafios da in-
dústria cosmética é formular produtos que 
consigam vencer essa barreira e sejam apro-
veitados nas camadas cutâneas mais inter-
nas. 
Alguns cosméticos, dependendo de suas pro-
priedades físico-químicas conseguem.
• Substâncias com maior capacidade de 
permeação (permeáveis): gases, princi-
palmente O2 e CO2; etanol; água; molécu-
las muito pequenas abaixo de 0,8 nanôme-
tros; substâncias hidrossolúveis; e substân-
cias lipossolúveis de baixo peso molecular. 
Os filamentos de queratina presentes na 
pele permitem a passagem de substân-
cias hidrossolúveis, e os lipídeos existentes 
entre as camadas de queratina permitem 
a passagem de substâncias lipossolúveis. 
Uma boa hidratação cutânea facilita a en-
trada dos ativos hidrossolúveis; já os lipos-
Unidade 2 • Fitoterápicos38/219
solúveis devem possuir baixa volatilidade e 
viscosidade para que a entrada seja eficaz.
• Substâncias com capacidade mediana de 
permeação (semipermeáveis): aminoácidos; 
glicose; nucleotídeos; íons (Ca2+, Na+, K+, Cl-
); vitaminas D e E; hormônios; anestésicos; re-
sorcina; e hidroquinona.
• Substâncias sem capacidade de permeação 
(impermeáveis): eletrólitos, proteínas e car-
boidratos. A entrada dos eletrólitos só é con-
siderável se estiverem ionizados. Proteínas e 
carboidratos são impermeáveis em razão do 
seu tamanho e da baixa lipossolubilidade. O 
colágeno e a elastina, em suas formas natu-
rais, são utilizados em cosméticos por suas 
propriedades de umectância na superfície da 
pele, mas não conseguem agir em camadas 
mais profundas. Essa dificuldade pode ser mi-
nimizada se o peso molecular for reduzi-
do por meio de hidrólise e consequente 
ionização.
2.1 – Vias de entrada dos cos-
méticos na pele
• Transepidérmica – pode ser intercelular 
ou intracelular (transcelular). Na via in-
tercelular, o cosmético entra através dos 
espaços vazios entre as células. Já na via 
intracelular, o cosmético entra na pele 
atravessando a célula. A entrada tran-
sepidérmica é muito lenta, mas, por cau-
sa da grande extensão da pele, é consi-
derada a mais importante. Dessa forma, 
por terem superfície corporal geralmente 
maior, os homens têm melhor aproveita-
mento dos produtos cosméticos do que 
Unidade 2 • Fitoterápicos39/219
as mulheres.
• Transanexial – o cosmético entrará pelos 
orifícios pilossebáceos e folículos pilosos, 
sendo responsável por aproximadamen-
te 1% da entrada de cosméticos na pele. 
Como parte da entrada dos produtos ocor-
re através dos folículos pilosos, uma região 
com maior quantidade de pelos terá absor-
ção cutânea maior do que uma região gla-
bra, ou seja, que não possui pelos.
2.2 – Permeação cutânea em 
relação ao subtipo ou tipos cutâ-
neos
Peles hidratadas apresentam maior per-
meabilidade cutânea, enquanto peles lipí-
dicas ou acneicas demonstram dificuldade 
para a entrada de cosméticos, em razão da 
obstrução dos óstios (orifícios pilossebáce-
os). Peles alípicas também tem menor per-
meabilidade cutânea, decorrente do baixo 
número ou ausência de folículos pilossebá-
ceos em algumas regiões.
2.3 – Fatores que afetam a 
permeabilidade cutânea
2.3.1 - Fatores biológicos
• Espessura da epiderme: pele hiperquerati-
nizada tem menor permeabilidade cutânea.
Unidade 2 • Fitoterápicos40/219
• Idade: com o avanço da idade ocorre re-
dução da hidratação natural, favorecendo 
o espessamento do estrato córneo e difi-
cultando a entrada de cosméticos na pele.
• Região anatômica: mucosas, regiões com 
grande número de orifícios pilossebáceos, 
ou áreas mais vascularizadas, têm maior 
permeabilidade cutânea.
2.3.2 – Fatores Fisiológicos
• Fluxo sanguíneo: o aumento do fluxo san-
guíneo provoca hiperemia, tornando a 
pele mais permeável.
• Hidratação: peles hidratadas apresentam 
maior permeabilidade cutânea.
• pH da pele: o pH fisiológico é de aproxi-
madamente 5,0 (ácido). Um pH alcalino 
eleva a permeabilidade.
2.3.3 – Fatores cosmetológi-
cos
• Peso molecular baixo: quanto menor a 
molécula, mais fácil é sua entrada na 
pele.
• Concentração: quanto maior a concen-
tração do princípio ativo no cosmético, 
maior é a sua permeabilidade, pela ca-
pacidade de difusão de substâncias.
• Solubilidade: a permeabilidade aumen-
ta com a lipossolubilidade do cosméti-
co. Deve-se destacar que as emulsões 
Unidade 2 • Fitoterápicos41/219
do tipo O/ A demonstram maior perme-
abilidade cutânea quando comparadas 
com as A/ O, ou seja, o excesso de óleo 
pode dificultar a entrada do cosméti-
co, enquanto uma pequena quantidade 
pode auxiliar.
• Substâncias iônicas: essas substâncias 
atravessam a pele com maior facilidade. 
A entrada desses ativos, que ocorre atra-
vés do folículo pilossebáceo, é influen-
ciada pela intensidade e pelo tempo de 
passagem da corrente elétrica. Ativos 
ou substâncias ionizadas mais utiliza-
das: colágeno, placenta, fator natural de 
hidratação cutânea (NMF), salicilato de 
sódio e uréia.
• Tempo de exposição: quanto maior o tem-
po de exposição, maior é a permeabilida-
de cutânea.
• pH do cosmético: deve estar de acordo 
com sua finalidade. Geralmente, encon-
tra-se ácido. No entanto, para resultar em 
elevada permeabilidade, o pH pode ser al-
calino.
• Veículos: veículos vetoriais, como lipos-
somas, nanosferas, ciclodextrinas e fitos-
somas, facilitam a permeabilidade até as 
camadas mais profundas.
2.3.4 – Veículos
Unidade 2 • Fitoterápicos42/219
2.3.4.1 - Lipossomas
Estruturas unilamelares ou multilamelares 
com grande afinidade pelos fosfolipíde-
os cutâneos, pois, geralmente, são feitos 
com fosfolipídeos (como a fosfatidilcolina 
com ou sem colesterol). Também podem 
ser feitos com éteres de poliglicerol ou ce-
ramidas. Sua concentração usual é de 1 a 
3% em cremes não iônicos e géis. Podem 
transportar ativos de diferentes finalidades 
(extratos vegetais, vitaminas, enzimas, fil-
tros solares, entreoutros). Ao se depararem 
com a membrana da célula, os lipossomas 
liberam ativos contidos em seu interior.
2.3.4.2 – Nanosferas
São esferas poliméricas, microporosas de 
polietileno. Possuem elevada estabilidade 
em formulações com tensoativos. Liberam 
gradualmente os princípios ativos que con-
tém em seu interior.
Para saber mais
Tensoativos são substâncias que, por 
possuírem em sua estrutura molecular 
grupos com afinidade pela água (hidro-
fílicos) e por lipídeos (lipofílicos), têm a 
capacidade de diminuir a tensão super-
ficial ou interfacial de um sistema. São 
os higienizantes, emulsificantes, condi-
cionantes e antimicrobianos.
Unidade 2 • Fitoterápicos43/219
2.3.4.3 – Ciclodextrinas Tha-
lasphere
São macrosferas de colágeno marinho, re-
coberta por uma película de carboidrato da 
classe das glicosaminoglicanos (GAG).
2.3.4.4 – Fitossomas
São quitossomas com extratos vegetais. 
Formados pela dissolução do extrato con-
centrado da planta, ou do princípio ativo, 
em solução de quitosana em meio ácido, 
gerando um gel homogêneo. O gel pode 
ser transformado em microesferas pela 
técnica da emulsão em óleo ou pelo méto-
do de spray em meio alcalino. Apresentam 
maior estabilidade e maior vida de pratelei-
ra. Tem melhor quantificação do extrato e do 
princípio ativo. Seus princípios ativos são li-
berados gradualmente. Possuem total com-
patibilidade e fácil absorção pelo organismo.
2.3.4.5 – Silanóis
São compostos a base de silício orgânico, 
que, por ter grande afinidade com a pele, 
possui alta capacidade de penetração cutâ-
nea. O silício atua ainda como antioxidante, 
combatendo radicais livres e estimulando a 
síntese proteica. O silício é fundamental na 
formação do colágeno.
Unidade 2 • Fitoterápicos44/219
2.3.5 – Principais procedi-
mentos estéticos que facilitam 
a permeabilidade cutânea.
• Higienização: primeira etapa de qualquer 
tratamento estético, visa tirar as impure-
zas acumuladas na superfície cutânea.
• Esfoliação: os esfoliantes físicos, químicos 
ou biológicos são capazes de remover im-
purezas e células mortas do estrato cór-
neo.
• Tonificação: é um procedimento capaz de 
corrigir o pH cutâneo e, ainda, remover as 
impurezas que não foram retiradas nas 
etapas anteriores.
Para saber mais
O silício é um oligoelemento funda-
mental para o desenvolvimento do ser 
humano. Faz parte da estrutura da elas-
tina, do colágeno, das proteoglicanas e 
das glicoproteínas. A reposição do silí-
cio no tecido dérmico é feita por meio 
dos silícios orgânicos, pois, dessa forma, 
são biologicamente ativos. Com o enve-
lhecimento do indivíduo, o teor de silício 
diminui. Atua diretamente no metabo-
lismo celular, estimulando a síntese das 
fibras de sustentação da pele (colágeno, 
elastina e proteoglicanas), conferindo 
firmeza e tonicidade aos tecidos.
Unidade 2 • Fitoterápicos45/219
• Hidratação: pele hidratada tem melhor 
permeabilidade cutânea.
• Massagem: é um procedimento que 
melhora o fluxo sanguíneo e aumenta a 
temperatura corporal local, facilitando a 
entrada dos cosméticos na pele.
• Limpeza de pele profunda: promove a 
desobstrução dos óstios, facilitando a 
entrada dos cosméticos via transnexial.
• Peeling: peelings físicos, químicos ou bio-
lógicos reduzem a espessura do estrato 
córneo, ou seja, diminuem a hiperque-
ratinização. Os peelings químicos ou 
biológicos também amolecem o cimen-
to que une as células de queratina, faci-
litando a entrada dos ativos pela via in-
tercelular.
• Alteração de pH: peles com pH alcalino 
demonstram maior permeabilidade cutâ-
nea. Procedimentos, como aplicação de 
trietanolamina (substância quimicamen-
te básica) com vapor de ozônio O3, ou com 
alta frequência durante três a cinco minu-
tos, tornam a pele mais alcalina.
• • Iontoforese: é um processo pelo qual se 
realiza a introdução de cosméticos ionto, 
por meio de corrente galvânica.
• Cosméticos hiperemiantes: promovem 
vasodilatação, aumentando o fluxo san-
guíneo e a temperatura corporal local, 
melhorando a permeabilidade da pele.
• Equipamentos a vapor: promovem a dila-
Unidade 2 • Fitoterápicos46/219
tação dos orifícios da pele e uma vasodi-
latação, facilitando a entrada dos ativos 
cosmetológicos por meio da epiderme e 
dos anexos cutâneos.
• Equipamentos de alta frequência: ge-
ram gás O3 (ozônio) na superfície da 
pele e, ao mesmo tempo, apresentam 
ação bactericida, bacteriostática e ci-
catrizante, provocam aumento de tem-
peratura ao atravessar o organismo. 
Consequentemente, ocorre vasodilata-
ção periférica local, aumentando o fluxo 
sanguíneo e, assim, o aporte de oxigê-
nio, melhorando a oxigenação e o meta-
bolismo celular.
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos47/219
Glossário
Silanóis ou silícios orgânicos: o silício faz parte das estruturas do colágeno, da elastina, 
das proteoglicanas e das gliproteínas, que formam as estruturas de sustentação da derme.
Fator antirradical livre: é um complexo com extratos, vitaminas, ácidos graxos e flavonoi-
des. Evita o envelhecimento dos tecidos causados pelo ataque de radicais óxidos e supe-
róxidos e outros agentes citotóxicos formados pelo organismo.
Tonificação: os tônicos são utilizados no tratamento facial após a limpeza da pele e antes 
da hidratação. Sua função é firmar a pele, reduzir o tamanho dos poros (ação adstringen-
te), auxiliar a retirar eventuais resíduos dos leites ou loções cremosas de limpeza e, em 
geral, restabelecer o pH cutâneo.
Questão
reflexão
?
para
48/219
É de extrema importância que, a fim de obter sucesso 
em tratamentos estéticos, a permeação dos ativos cos-
méticos ocorra de forma íntegra e adequada. Reflita so-
bre a permeação de ativos cosméticos em peles com pH 
ácido (em torno de 5,0) e em peles com pH alcalino. Qual 
dessas duas você acha que terá maior absorção de ati-
vos cosméticos? Por que isso ocorre? 
49/219
Considerações Finais
• CA pele é o maior órgão do corpo humano e possui propriedades específicas 
de proteção e ação contra agentes alergênicos. É basicamente dividida em 
três partes: epiderme, derme e tela subcutânea.
• Permeabilidade cutânea é a capacidade que a pele possui de deixar passar, 
seletivamente, determinadas substâncias em função de sua natureza bio-
química ou de determinados fatores.
• Peles hidratadas apresentam maior permeabilidade cutânea, enquanto pe-
les lipídicas ou acneicas demonstram dificuldade para a entrada de cosmé-
ticos.
• Existem duas vias de entradas dos produtos cosméticos na pele: a via tran-
sepidérmica, que pode ser intercelular ou intracelular; e a via transanexial, 
onde o cosmético entrará pelos orifícios pilossebáceos e folículos pilosos.
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos50/219
Referências
AHERNANDEZ, M; MERCIER-FRESNEL, MM. Manual de Cosmetologia. 3 ed. Rio de Janeiro, RJ: 
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Caetano do Sul, SP: Yendis, 2014.
REBELLO, T. Guia de produtos cosméticos. 8ed. – São Paulo, SP: Editora Senac, 2004.
51/219
1. A epiderme é responsável pela função de barreira da pele e é composta 
por uma camada de ________________ justapostos, que são formados 
no estrato basal (camada germinativa) por divisão celular. Assinale a alterna-
tiva que preenche corretamente a lacuna:
a) Corneócitos.
b) Queratinócitos.
c) Melanócitos.
d) élulas ependimárias.
e) Cimento celular
Questão 1
52/219
2. Assinale a alternativa que apresenta as substâncias que atravessam a pele 
com maior facilidade. Substâncias iônicas.
a) Substâncias iônicas.
b) Substâncias catiônicas.
c) Substâncias aniônicas.
d) Substâncias anfóteras.
e) Substâncias impermeáveis.
Questão 2
53/219
3. Aminoácidos, glicose, nucleotídeos e íons, são classificados como subs-
tâncias:
a) Permeáveis.
b) Impermeáveis.
c) Semipermeáveis.
d) Muito permeáveis.e) Totalmente impermeáveis.
Questão 3
54/219
4. É um é um procedimento capaz de corrigir o pH cutâneo, e, ainda, re-
mover as impurezas que não foram retiradas nas etapas anteriores. O texto 
acima refere-se a:
a) Hidratação.
b) Tonificação.
c) Esfoliação.
d) Nutrição.
e) Higienização.
Questão 4
55/219
5. Estruturas unilamelares ou multilamelares com grande afinidade pelos fos-
folipídeos cutâneos, pois, geralmente, são feitos com fosfolipídeos (como a 
fosfatidilcolina com ou sem colesterol). Também podem ser feitos com éte-
res de poliglicerol ou ceramidas. O texto acima refere-se a:
a) Ciclodextrinas.
b) Lipossomas.
c) Nanosferas.
d) Fitossomas.
e) Silanóis.
Questão 5
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Gabarito
1. Resposta: B.
A epiderme é responsável pela função de 
barreira da pele e é composta por uma ca-
mada de queratinócitos justapostos que 
são formados no estrato basal (camada 
germinativa) por divisão celular. Conforme 
os queratinócitos se movem através das ca-
madas espinhosas (camadas de células de 
Malpighi) e granulosa em direção ao estrato 
córneo, sofrem modificações graduais em 
sua forma e composição química.
2. Resposta: A.
A entrada desses ativos, que ocorre através 
do folículo pilossebáceo, é influenciada pela 
intensidade e pelo tempo de passagem da 
corrente elétrica. Ativos ou substâncias io-
nizadas mais utilizadas: colágeno, placenta, 
fator natural de hidratação cutânea (NMF), 
salicilato de sódio e uréia.
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Gabarito
3. Resposta: C.
São classificados como substâncias semi-
permeáveis, pois podem não ser absorvidas 
por completo pelas células.
4. Resposta: B.
Tonificação - os tônicos são utilizados no 
tratamento facial após a limpeza da pele 
e antes da hidratação. Sua função é firmar 
a pele, reduzir o tamanho dos poros (ação 
adstringente), auxiliar a retirar eventuais re-
síduos dos leites ou loções cremosas de lim-
peza e, em geral, restabelecer o pH cutâneo.
5. Resposta: B.
Lipossomas são estruturas unilamelares ou 
multilamelares com grande afinidade pelos 
fosfolipídeos cutâneos, pois, geralmente, 
são feitos com fosfolipídeos (como a fosfa-
tidilcolina com ou sem colesterol). Também 
podem ser feitos com éteres de poliglicerol 
ou ceramidas. Sua concentração usual é de 
1 a 3% em cremes não iônicos e géis. Podem 
transportar ativos de diferentes finalidades 
(extratos vegetais, vitaminas, enzimas, fil-
tros solares, entre outros). Ao se depararem 
com a membrana da célula, os lipossomas 
liberam ativos contidos em seu interior.
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Unidade 3
Veículos utilizados para os tratamentos estéticos com recursos terapêuticos manuais e com o 
uso da eletroterapia.
Objetivos
1. Conhecer os principais tipos de veículos e 
suas formas.
2. Identificar os principais veículos que 
compõem produtos cosméticos.
3. Reconhecer os principais veículos cha-
mados de lipossomas.
4. Reconhecer os principais veículos cosmé-
ticos chamados de polímeros e outros ti-
pos de vetores cosméticos.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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nará a forma física do cosmético. Por exem-
plo, no pó compacto o veículo é constituído 
por talco e calium; na loção após barba, é 
constituído por uma solução hidroalcoolica. 
A natureza física e química do veículo influi 
na estabilidade dos princípios ativos, na for-
ma de liberação, na facilidade de aplicação 
do cosmético na duração da ação etc. Estes 
são agentes para espalhar os produtos, ne-
cessário para a formulação de um cosméti-
co. A água e os emolientes são exemplos de 
veículos.
Lipossomas são esferas de lipídeos fecha-
dos de camada dupla que encapsulam os 
ingredientes, direcionam seu transporte 
para tecidos específicos da pele e controlam 
sua liberação. A estrutura de camada dupla 
dos lipossomas é semelhante as membra-
Introdução
Em uma formulação, ou composição cos-
mética, são encontradas substâncias, ou 
grupos de substâncias, que comporão as 
seguintes categorias: veículo ou excipiente, 
ativos ou princípios ativos, conservantes, 
corretivos, corantes, pigmentos, perfumes 
ou óleos essenciais.
Neste material, abordaremos, principal-
mente, os veículos ou excipientes, que são 
chamados de sistemas de transportes.
Os sistemas de transportes são sistemas 
químicos que transportam os ingredientes 
para tecidos específicos da epiderme. Veí-
culos, lipossomas e polímeros são tipos de 
sistemas de transporte.
Os veículos, geralmente, constituem a maior 
parte da formulação e, portanto, determi-
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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nas das células e, portanto, são compatíveis 
com elas, diferentemente das emulsões de 
gotículas de água convencionais, que rom-
pem e danificam as membranas.
Os polímeros são compostos químicos for-
mados por várias moléculas pequenas. São 
usados como veículos avançados que libe-
ram as substâncias na superfície da pele em 
um ritmo microscopicamente controlado. 
Também são chamados de microesponjas.
1 Veículos cosméticos – quími-
ca cosmética e suas formas de 
apresentação
Cada ingrediente empregado na química 
cosmética cumpre uma função no produto 
finalizado. Esses ingredientes são divididos 
em dois tipos básicos: funcionais e de de-
sempenho.
Os ingredientes funcionais constituem a 
maior parte do produto. Permitem que os 
produtos sejam espalhados, fornecem cor-
po e textura e sua mistura forma uma base 
específica, como loção, creme ou gel. Um 
conservante é um exemplo de um ingre-
diente funcional.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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Os ingredientes de desempenho causam 
mudanças reais na aparência da pele. Os 
exemplos incluem a glicerina, que hidrata, 
os alfa-hidroxi-ácidos (AHAs), que esfoliam 
a camada córnea; e os lipídeos que ajudam 
a restaurar as barreiras da pele. Também 
são chamados de princípios ativos.
1.1 Água
A água é o solvente mais utilizado em pro-
dutos cosméticos e farmacêuticos, pois, 
além de dissolver inúmeras substâncias, é 
um constituinte normal dos tecidos, fisiolo-
gicamente compatível e desprovida de toxi-
cidade.
Por possuir constante dielétrica e polaridade 
elevadas, a água é o solvente por excelên-
cia dos compostos eletrovalentes, como os 
sais, bases e ácidos minerais. Dissolve tam-
bém muitos compostos orgânicos, princi-
palmente os que possuem radicais hidrófilo.
Essa hidrossolubilidade geral dos compos-
tos orgânicos varia bastante dentro de uma 
série homóloga. A hidrossolubilidade di-
minui progressivamente com o aumento 
do peso molecular dos membros da série 
considerada, sendo os de cadeia ramificada 
mais solúveis que os de cadeia linear.
Embora a água seja amplamente utilizada 
em preparações farmacêuticas e cosméti-
cas, pode ocorrer que a dissolução comple-
ta de todos os componentes da formulação, 
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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em temperaturas normais de armazena-
mento, não possa ser garantida. As subs-
tâncias fortemente ionizadas tendem a ser 
solúveis em água em uma ampla faixa de 
pH. 
Já os ácidos e bases fracos podem ser ade-
quadamente solubilizados em pH favorável. 
Ainda que esteja em solução, é importante 
garantir que a concentração de qualquer 
substância não seja próxima de seu limite 
de solubilidade, a fim de evitar que ocorra 
precipitação caso o produto seja resfriado 
ou ocorra a evaporação do veículo.
 Para ativos não ionizados ou eletrólitos fra-
cos, em pH desfavorável para sua ionização, 
é possível melhorar a solubilidade por meio 
da adição de um co-solvente, como álcool, 
sorbitol, glicerina, propilenoglicol etc. Daí o 
emprego, na farmacotécnica, das misturas 
hidroalcoólicas, hidroglicerinadas, hidro-
gliceroalcoólicas e outras, quepermitem 
a obtenção de soluções de concentrações 
impossíveis de atingir utilizando unicamen-
te a água como dissolvente.
A água é o ingrediente cosmético usado 
com mais frequência e, muitas vezes, em 
maior quantidade em um cosmético. Como 
veículo, ajuda a manter outros ingredientes 
cosméticos na solução e a espalhar os pro-
dutos. Como ingrediente de desempenho, 
recupera a umidade na superfície da pele. 
Quase todos os produtos de cuidados com a 
pele são misturas de óleo com água, ou seja, 
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emulsões. 
Os produtos que não contém água são cha-
mados de anidros. Incluem os óleos; produ-
tos à base de vaselina, como gloss para os 
lábios e silicones. Geralmente, os produtos 
anidros são designados para a pele muito 
seca, com deficiência de óleo.
1.2 – Emolientes
Emolientes são ingredientes gordurosos 
usados para lubrificar e hidratar a pele. Po-
dem agir como veículos ou ingredientes 
de desempenho. Como veículos, ajudam a 
aplicar, espalhar e manter os outros agentes 
na pele. Por exemplo, os emolientes do pro-
tetor solar ajudam a espalhar o produto na 
pele e mantê-lo no lugar. Em um pó, ajudam 
o produto a deslizar uniformemente sobre a 
pele e aderir a ela.
Como ingrediente de desempenho, os emo-
lientes lubrificam a superfície da pele e for-
mam uma proteção para a função de bar-
reira. Ficam sobre a pele e impedem a de-
sidratação porque aprisionam a água e di-
minuem sua perda transepidérmica, o que 
aumenta a hidratação da epiderme. Essa 
técnica de hidratação é chamada de oclu-
são. Os silicones e óleos são emolientes.
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1.3 – Óleos
Muitos óleos são usados nos cuidados com 
a pele. Variam em densidade, teor de gordu-
ra e espessura. Também variam em sua ten-
dência de causar comedões na pele oleosa 
ou propensa a acne. Os óleos são derivados 
de muitas fontes, tanto de origens vegetal, 
animal e mineral.
1.3.1 – Óleo da terra
O óleo mineral e a vaselina vêm da terra, 
especificamente das fontes de petróleo. 
Esses dois emolientes oferecem excelente 
proteção contra a desidratação. São com-
pletamente não reativos e biologicamente 
inertes, o que significa que não reagem com 
outras substâncias químicas envolvidas na 
função da pele. Podem ser combinados com 
água e misturados com emulsificante para 
produzir uma emulsão (creme ou loção cre-
mosa, veículos muito utilizados que promo-
vem a espalhabilidade do produto cosméti-
co na pele). O clássico cold cream, um dos 
primeiros hidratantes fabricados, era mis-
turado com óleo mineral. O óleo mineral e 
a vaselina podem ser usados sem adição de 
conservantes porque não hospedam bac-
térias e outros organismos. O óleo mineral 
também é lubrificante. Os lubrificantes co-
brem a pele e reduzem a fricção.
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1.3.2 – Óleos vegetais
Dezenas de óleos vegetais são usados nos 
produtos de cuidados com a pele. A maioria, 
por suas propriedades emolientes, mas al-
guns, como os óleos essenciais aromáticos, 
são usados, principalmente, por suas fra-
grâncias e sensação de bem-estar. Os óle-
os vegetais contêm ácidos graxos, benéficos 
para a pele que não produz sebo suficiente, 
que ajudam a impedir que desidrate. Os óleos 
vegetais variam em seu teor de ácidos graxos 
e espessura. O óleo de coco e o de palma são 
dos mais gordurosos e espessos. Alguns óleos 
naturais mais leves e menos comedogênicos 
são os de linhaça, girassol, canola e jojoba.
1.3.3 – Outros emolientes
Existem, literalmente, centenas de emolien-
tes. Alguns vêm de fontes naturais e outros 
são sintetizados em um laboratório ou deriva-
dos de outros óleos ou materiais gordurosos.
1.3.3.1 – Ácidos graxos
São ingredientes lubrificantes derivados de 
óleos de plantas ou gordura animal. Embo-
ra esses ingredientes sejam ácidos, não são 
irritantes. Os ácidos graxos são muito pare-
cidos com os óleos. Os mais comuns são os 
ácidos oleico, esteárico e caprílico.
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1.3.3.2 – Álcoois graxos
São ácidos graxos que foram expostos ao hi-
drogênio. Não desidratam a pele; possuem 
uma consistência semelhante à de cera e 
são usados como emolientes ou agentes 
para espalhar o produto. Exemplos são os 
álcoois cetil, laurel e estearil.
1.3.3.3 – Ésteres Graxos
São produzidos a partir dos ácidos e álcoois 
graxos. São fáceis de reconhecer nos rótu-
los, porque quase sempre terminam em ato, 
como o palmitato de octila. Com frequência 
tem uma espessura melhor que a dos óleos 
naturais e lubrificam de maneira mais uni-
forme. Os ésteres graxos usados com mais 
frequência são miristato de isopropila, pal-
mitato de isopropila e estearato de glicerila.
1.3.3.4 – Silicones
São um grupo de óleos quimicamente com-
binados com silício e oxigênio, que deixam 
uma película protetora na superfície da pele. 
Também agem como veículos em alguns 
produtos, incluindo bases de maquiagens. 
São excelentes protetores, ajudando a man-
ter a umidade na pele. Os silicones também 
podem acrescentar uma textura elegante e 
não gordurosa ao produto. Os exemplos são 
dimeticone, ciclometicone e feniltricometi-
cone. S são usados com frequência em pro-
tetores solares, bases e hidratantes.
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Protetor Solar
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Para saber mais
Emolientes são matérias-primas des-
tinadas a evitar ou atenuar o resse-
camento da pele. Essas substâncias 
exercem a ação de emoliência (do latim 
mollire – abrandar, suavizar). Encontra-
mos dentro dessa categoria vários com-
postos de funções orgânicas diversas.
2. Lipossomas e microencapsu-
lados
2.1 – Lipossomas
Lipossomas são pequenas vesículas consti-
tuídas por um número variável de folhas ou 
pequenas lâminas bimoleculares de fosfoli-
pídeos, separadas umas das outras por com-
partimentos aquosos. Essa estrutura muito 
próxima daquela das membranas celulares, 
permite fusionar com ela, liberando os prin-
cípios ativos que elas contêm no interior do 
citoplasma.
Nos lipossomos podemos incluir os princípios 
ativos lipófilos na parede ou hidrófilos na ca-
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Protetor Solar
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vidade central. Classificamos os lipossomos 
em vários tipos, conforme seu tamanho e o 
número de compartimentos:
• Os lipossomas multilamelares ou MLV (mul-
tilamellar vesicle): são vesículas que com-
portam várias paredes e vários comparti-
mentos concêntricos.
• Os pequenos lipossomas unilamelares ou 
SUV (small unilamellar vesicle): são vesículas 
que comportam uma só parede e uma só 
cavidade aquosa.
• Os grandes lipossomas unilamelares ou 
LUV (large unilamellar vesicle): são vesículas 
maiores que as precedentes, mas do mes-
mo tipo.
Lipossomas tem dois inconvenientes impor-
tantes:
• Falta de especificação para a célula-alvo.
• Oxidação e a instabilidade química dos fos-
folipídeos.
A indústria cosmética colocou no mercado os 
lipossomas não iônicos ou niossomos, cuja 
parede não é constituída por fosolipídeos, 
mas por lipídeos não iônicos.
Vantagens da utilização dos niossomos:
• São muito estáveis.
• Sua similitude estrutural com os lipídeos 
intercorneocitários ou cimento intercelular 
permite restaurar o estrato córneo na sua 
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integridade ou coesão.
2.2 – Microencapsulados
A história dosmicroencapsulados começa em 
1954, por iniciativa da National Cash Register, 
nos Estados Unidos da América. Naquela épo-
ca foi introduzido o papel autocopiativo, que, 
ao ser pressionado com uma caneta, reproduz 
cópias fiéis do riscado nas demais vias. Isso 
ocorre porque o verso da primeira via do for-
mulário é revestido por camada de microcáp-
sulas de tintas invisíveis a olho nu. Ao serem 
pressionadas tais microcápsulas arrebentam, 
liberando o pigmento que, por contato direto 
com o revestimento ácido aplicado na super-
fície frontal da segunda via, muda de cor em 
função do pH, e propicia a obtenção da cópia.
As microcápsulas são definidas como partí-
culas de diâmetro que variam de 1 até 1000 
micrômetros, contendo material de núcleo 
envolvido por membrana especial, liberando-
-o no tempo desejado. O material do núcleo 
pode ser constituído por pequenas partícu-
las sólidas, gotículas de líquido ou pequenas 
quantidades de gás, que no processo de en-
capsulação são revestidas por um filme ou 
membrana. A substância encapsulada pode 
ser liberada por ação mecânica, isto é, por 
rompimento das cascas sob pressão ou por 
variações físico-químicas de temperatura ou 
pH no meio em que as cápsulas se encontram.
Existem vários tipos de estrutura física de mi-
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crocápsulas, como as esferas mononuclea-
das ou multinucleares e partículas irregulares 
multinucleares. As condições de fabricação 
determinam o tipo de cápsula resultante, sen-
do a esfera mononuclear mais comum.
As microcápsulas têm várias utilidades. Por 
exemplo, o tempo de vida útil de um compos-
to volátil pode ser bastante aumentado por 
microencapsulação, pois a membrana impe-
de a sua evaporação. As microcápsulas po-
dem também proteger um material de núcleo 
dos efeitos da radiação ultravioleta, umidade 
ou de contato com o oxigênio. Também as re-
ações químicas entre duas espécies ativas po-
dem ser evitadas pela separação física ofere-
cida pela membrana. Pós muito finos podem 
ser encapsulados para reduzir sua tendência 
a aglomeração. A microencapsulação pode 
ainda modificar a cor, a forma, o volume ou a 
fotossensibilidade da substância encapsula-
da.
Graças a essas propriedades, as microcápsu-
las encontram inúmeras aplicações, seja na 
área farmacêutica, odontológica, veterinária, 
alimentícia, indústrias de ração de animais, 
pesticidas, em publicidade nas indústrias de 
cigarros ou no setor que mais nos interessa 
nesse momento: o cosmético ou dermatoló-
gico.
Vários produtos para tratamento facial e ca-
pilar usam as microcápsulas para, entre ou-
tros benefícios, preservá-los. É o caso da vi-
tamina C, usada nos produtos antienvelheci-
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
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mento para combater os radicais livres. Nesse 
segmento, é mais comum o uso de partículas 
menores de 1 micrômetro, chamadas de na-
nocápsulas, cujo diminuto tamanho permite 
uma penetração mais fácil na pele.
Pigmentos também costumam ser microen-
capsulados, com o objetivo de mascarar as 
propriedades do núcleo, como, por exemplo, 
controlar a mudança de cor em função da 
mudança de pH.
O controle da liberação de odor é outra apli-
cação das microcápsulas. O principal uso se 
dá em materiais de propaganda de perfumes. 
Nesse caso, a peça publicitária recebe uma 
camada de verniz incolor contendo microcáp-
sulas com o perfume e invisíveis a olho nu.
Para saber mais
A nanotecnologia está relacionada às 
estruturas, propriedades e processos, 
envolvendo materiais com dimensões 
em escala nanométrica. Essas partícu-
las são extensivamente investigadas 
por promoverem muitas vantagens em 
relação às formulações tradicionais. A 
nanotecnologia aplicada à cosmética 
refere-se à utilização de pequenas par-
tículas contendo princípios ativos que 
são capazes de penetrar nas camadas 
mais profundas da pele, potencializan-
do os efeitos do produto.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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3. Outros tipos de vetores cos-
méticos
3.1 – Biovetores Supramolecula-
res (BVSM)
Possuem uma estrutura próxima a dos li-
possomas. Em vez de ser líquido, o núcleo 
possui uma estrutura polimérica sólida de 
natureza polissacarídea. Em torno desse 
núcleo, uma camada de ácidos graxos e fos-
folipídeos é depositada. As partículas obti-
das são então, hidrófilas no seu interior e 
lipófilas no exterior.
3.2 – Microesferas
São de tamanho idênticos as microcápsu-
las, mas são produtos sólidos, cheios e esfé-
ricos. Os principais ativos são aí dissolvidos 
ou dispersados.
3.3 – Colaesferas
São esferas ocas com membranas de co-
lágeno e de glicosaminoglicano, que per-
mitem veicular ativos muito diversos, tais 
como: soluções, suspensões hidrófilas, lipó-
filas, emulsões etc.
3.4 – Nanocápsulas, nanopartí-
culas
São cápsulas ou partículas esféricas cujo di-
âmetro é inferior ao micrômetro. Penetram 
no interior da célula por endocitose. São fei-
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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tas à base de polímeros naturais ou sintéti-
cos e são mais estáveis que os lipossomas.
3.5 – Vetores magnéticos
A inclusão de partículas de magnetita ul-
trafina nas microesferas, sob ação de um 
campo magnético externo, poderá permitir 
atingir células específicas.
Para saber mais
Os veículos devem propiciar aos cosmé-
ticos poder de penetração e liberação 
de ativos, entre os mais usados temos 
os lipossomas (já tratado anteriormen-
te), a nanoesferas e fitossomas. As na-
noesferas são polímeros elaborados de 
poliestireno, cuja estrutura matricial é 
microporosa. Apresenta liberação gra-
dual de princípios ativos e são produtos 
estáveis na presença de tensoativos.
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos74/219
Glossário
Poder lipossolvente: o desengorduramento da pele pode melhorar a absorção percutâ-
nea, pois retira a barreira lipídica.
Fitossomas: são extratos de plantas ligados a fosfolipídeos.
Ciclodextrinas: utilizadas no processo de encapsulação de princípios ativos que devem 
ser transportados para o interior da epiderme.
Questão
reflexão
?
para
75/219
Os veículos cosméticos são de extrema importância 
dentro de uma formulação cosmética. Não devem inter-
ferir na ação dos ativos e, além disso, devem liberar os 
princípios ativos de maneira sinérgica, gradual e devem 
ser estáveis em todas as formulações.
Sendo assim, realize uma pesquisa bibliográfica sobre 
três tipos de veículos cosméticos que você acredite ser 
de extrema importância para seu conhecimento. Leve 
em consideração a tecnologia cosmética.
76/219
Considerações Finais
• A água é o solvente mais utilizado em produtos cosméticos e farmacêuti-
cos, pois, além de dissolver inúmeras substâncias, é um constituinte normal 
dos tecidos, é fisiologicamente compatível e desprovida de toxicidade.
• Emolientes são ingredientes gordurosos usados para lubrificar e hidratar a 
pele. Podem agir como veículos ou ingredientes de desempenho. Como veí-
culos, ajudam a aplicar, espalhar e manter os outros agentes na pele. 
• As microcápsulas são definidas como partículas de diâmetro que variam de 
1 até 1000 micrômetros, contendo material de núcleo envolvido por mem-
brana especial, liberando-o no tempo desejado.
• Lipossomas são pequenas vesículas constituídas por um número variável 
de folhas ou pequenas lâminas bimoleculares de fosfolipídeos, separadas 
umas das outras por compartimentos aquosos.
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos77/219
Referências
HERNANDEZ, M; MERCIER-FRESNEL, MM. Manual de Cosmetologia. 3 ed. Rio de Janeiro, RJ: Re-
vinter, 1999.
LACRIMANTI,L.M; VASCONCELOS, M.G; PEREZ, E. Curso didático de estética: volume 1. 2 ed. São 
Caetano do Sul, SP: Yendis, 2014.
REBELLO, T. Guia de produtos cosméticos. 8 ed. São Paulo, SP: Editora Senac, 2004.
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1. A água é o ingrediente cosmético usado com mais frequência, e muitas ve-
zes, em maior quantidade em um cosmético. Como veículo, ajuda a manter 
outros ingredientes cosméticos na solução e a espalhar os produtos. Como 
ingrediente de desempenho, sua principal função é:
a) Promover a espalhabilidade do produto.
b) Recuperar a umidade da pele.
c) Manter a emoliência da pele.
d) Dar brilho ao tecido epidérmico.
e) Promover a quebra de sujidades da pele.
Questão 1
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2. Dezenas de óleos vegetais são usados nos produtos de cuidados com a pele. 
A maioria, por suas propriedades _________________, mas alguns, como os 
óleos essenciais aromáticos, são usados, principalmente, por suas fragrâncias e 
sensação de bem-estar. Os óleos vegetais contêm ácidos graxos, que são be-
néficos para a pele que não produz sebo suficiente. Ajudam a impedir que de-
sidrate. Os óleos vegetais variam em seu teor de ácidos graxos e espessura. O 
óleo de coco e o de palma são dos mais gordurosos e espessos. Alguns óleos 
naturais mais leves e menos comedogênicos são os de linhaça, girassol, canola 
e jojoba.
Leia atentamente o texto acima e preencha corretamente a lacuna:
a) Esfoliantes.
b) Hidratantes.
c) Tonificantes.
d) Higienizantes.
e) Emolientes.
Questão 2
80/219
3. Leia atentamente o texto abaixo:
São um grupo de óleos quimicamente combinados com silício e oxigênio, 
que deixam uma película protetora na superfície da pele. Também agem 
como veículos em alguns produtos, incluindo bases de maquiagens. São ex-
celentes protetores, ajudando a manter a umidade na pele. Também podem 
acrescentar uma textura elegante e não gordurosa ao produto. Os exemplos 
são dimeticone, ciclometicone e feniltricometicone. São usados com frequ-
ência em protetores solares, bases e hidratantes.
O texto acima refere-se ao veículo:
a) Silicones.
b) Nanoesferas.
c) Lipossomas.
d) Ácidos graxos.
e) Óleos da terra.
Questão 3
81/219
4. São esferas ocas com membranas de colágeno e de glicosaminoglicano, 
que permitem veicular ativos muito diversos, tais como: soluções, suspen-
sões hidrófilas, lipófilas, emulsões etc.
O texto acima refere-se a:
a) Nanoesferas.
b) Colaesferas.
c) Silicones.
d) Microencapsulados.
e) Lipossomas.
Questão 4
82/219
5. As nanocápsulas ou nanopartículas são cápsulas ou partículas esféricas, 
cujo diâmetro é inferior ao micrômetro. São feitas a base de polímeros natu-
rais ou sintéticos e são mais estáveis que os lipossomas. Penetram no inte-
rior da célula por:
a) Clasmocitose.
b) Fagocitose.
c) Endocitose.
d) Diferença de pH.
e) Diferença de temperatura.
Questão 5
83/219
Gabarito
1. Resposta: B.
Como ingrediente de desempenho, a água 
deve recuperar a umidade da pele, dessa 
forma, a pele se torna mais hidratada.
3. Resposta: A.
Os silicones são um grupo de óleos quimi-
camente combinados com silício e oxigê-
nio, que deixam uma película protetora na 
superfície da pele. Também agem como ve-
ículos em alguns produtos, incluindo bases 
de maquiagens. São excelentes protetores, 
ajudando a manter a umidade na pele. Os 
silicones também podem acrescentar uma 
textura elegante e não gordurosa ao produ-
to. Os exemplos são dimeticone, ciclometi-
cone e feniltricometicone. São usados com 
frequência em protetores solares, bases e 
hidratantes.
2. Resposta: E.
Os óleos possuem ações de emoliência 
sobre a pele, suavizando-a e melhorando 
a espalhabilidade dos produtos cosméti-
cos sobre ela. Muito indicado para uso em 
peles secas.
84/219
Gabarito
4. Resposta: B.
As colaesferas são esferas ocas com mem-
branas de colágeno e de glicosaminogli-
cano, que permitem veicular ativos muito 
diversos, tais como: soluções, suspensões 
hidrófilas, lipófilas, emulsões etc.
5. Resposta: C.
As nanoesferas ou nanocápsulas penetram 
no interior das células por endocitose, que é 
um mecanismo de absorção de compostos 
pela célula. A célula sofre uma invaginação 
e ruptura de membrana, que faz com que o 
ativo penetre em seu interior. Devido a atin-
gir a célula-alvo, se torna mais ativa que os 
lipossomas.
85/219
Unidade 4
Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos
Objetivos
1. Identificar, caracterizar e reconhecer os 
cosmecêuticos.
2. Identificar, caracterizar e reconhecer os 
nutricosméticos.
3. Identificar, reconhecer e caracterizar os 
neurocosméticos.
Unidade 2 • Fitoterápicos86/219
Introdução
O interesse e a integração da medicina al-
ternativa na prática da saúde convencional 
são as duas tendências de crescimento mais 
rápido na medicina atual. O apelo, para os 
pacientes, das terapias alternativas é evi-
denciado pelas estatísticas rotineiramente 
registradas nos principais jornais médicos.
Muitas vias de tratamentos alternativos po-
dem desempenhar papéis vitais na prática 
de dermatologia cosmética. É interessante 
que os profissionais da medicina ocidental 
tradicional, e seus pacientes, não ignorem 
a proliferação da medicina alternativa, em 
todas as suas facetas, como um componen-
te viável para um tratamento abrangente.
No mínimo, os profissionais de saúde se tor-
nam mais capazes de servir a seus pacientes 
quando estão preparados para discutir uma 
gama de opções mais completa ou investi-
gar as interações potenciais de medicações 
prescritas com qualquer um dos produtos 
herbáceos ou outras terapias de que seus 
pacientes possam fazer uso.
Atualmente, muitos pacientes usam esses 
tratamentos “da moda”, logo é importante 
compreender a filosofia e a ciência por trás 
dessas terapias.
Esta aula inclui o assunto terapia alternati-
va, que diz respeito à fitoterapia e aos be-
nefícios que ela pode trazer a todos os pa-
cientes.
Apesar de vários ingredientes descritos se-
rem encontrados em diversos produtos cos-
méticos, está claro que mais pesquisas são 
necessárias para determinar sua eficácia e 
Unidade 2 • Fitoterápicos87/219
evoluir nos estudos das terapias alternati-
vas.
1 Medicina Fitoterápica
Medicina botânica ou fitoterápica é a forma 
mais antiga de tratamento médico conhe-
cida pela humanidade. Arqueólogos des-
cobriram pigmentos de pintura corporal 
oriundos de plantas em sítios paleolíticos.
No Paquistão, óleos essenciais e frascos 
com traços de perfumes datando de mais de 
5 mil anos foram recuperados. Até mesmo 
Cleópatra utilizou plantas para se manter 
bela. Atualmente, é quase impossível andar 
por uma loja de cosméticos sem observar 
companhias que utilizam vegetais para au-
mentar seu potencial de vendas.
As ervas são e continuarão a ser parte inte-
gral da medicina. Uma erva é uma planta ou 
parte de uma planta utilizada para remédio, 
tempero ou óleo aromático. Aproximada-
mente 25% de todas as drogas prescritas 
são derivadas de plantas (ALVES et al, 2014). 
Uma erva pode ser uma flor, folha, caule, se-
mente, raiz, fruta, casca ou qualquer outra 
parte de uma planta.
Ervas funcionam da mesma forma que as 
drogas convencionais, com base nas pro-
priedades dos constituintes químicos. Elas 
têm um grande número de compostos quí-
micos de ocorrência natural que processam 
diferentes ações bioquímicas. Muitas dro-
gas utilizadas atualmente provêm original-
mente de produtos químicos encontrados 
em ervas.
Unidade 2 • Fitoterápicos88/219
Os farmacêuticos replicam os compostos 
ativos das ervas para produzir formas mais 
confiáveis e concentradas de compostos de 
ocorrência natural. Alguns exemplos são os 
digitálicos, da erva-dedal; a reserpina, da 
serpentária; e a morfina, da papoula.
A herbologia é praticada em três siste-
mas principais: medicina botânica chinesa, 
herbologia ayurveda e medicina botânica 
oriental. A primeira e a segunda são base-
adas no equilíbrio do corpo e nos sistemas 
orgânicos afetados pela erva.
Certas plantas contêm diferentes qualida-
des, como calor ou frio,amargo ou ácido, e 
elas geralmente são utilizadas em uma fór-
mula que abrange várias ervas destinadas a 
um desequilíbrio de todo o sistema corpo-
ral.
Inversamente, os medicamentos ocidentais 
fitoterápicos são categorizados de modo si-
milar aos medicamentos de prescrição ou 
venda livre. Ou seja, são divididos em gru-
pos de acordo com seus efeitos fisiológicos 
e prescritos em conformidade.
Para saber mais
Cada vez mais, cresce, em nível mundial, o que 
tem sido chamado de “onda verde”, isto é, o inte-
resse pela utilização de produtos vegetais, tanto 
do ponto de vista farmacológico como do cosme-
tológico. Essa utilização abrange os extratos, que 
são preparações líquidas obtidas pela extração 
de seus princípios ativos por diversos métodos, 
veiculados geralmente em propilenoglicol, dando 
origem aos extratos glicólicos, muito utilizados 
em produtos cosméticos.
Unidade 2 • Fitoterápicos89/219
2 Fitocosmética
Segmento da ciência cosmetológica que se 
dedica ao estudo e à aplicação dos extra-
tos e princípios ativos obtidos dos vegetais 
em proveito de higiene, estética, correção e 
manutenção de um estado normal e sadio 
da pele.
2.1 Conceitos básicos em fito-
cosmética
• FITOTERAPIA: termo usado para se re-
ferir à terapêutica que utiliza os medi-
camentos cujos princípios ativos são 
advindos de plantas ou derivados ve-
getais e que tem a sua origem no co-
nhecimento e no uso popular (DE PAS-
QUALE, 1984).
• FITOTERÁPICO ou FITOMEDICAMEN-
TO: produto medicamentoso à base 
de vegetais, ou seja, tem um ou mais 
princípios ativos vegetais em sua for-
ma bruta, como: extratos, tinturas ou 
pó (SIMÕES, 1999).
Link
No link a seguir, você encontrará informações so-
bre como se iniciou a fitoterapia e a sua impor-
tância no mercado cosmético. Disponível em: 
<www.fitoterapia.com.br>. Acesso em: 19 set. 
2017.
http://www.fitoterapia.com.br
Unidade 2 • Fitoterápicos90/219
• FITOFÁRMACO: fármacos com carac-
terísticas químicas capazes de desen-
cadear determinado efeito sobre o sis-
tema biológico. Quando presente em 
uma formulação, caracteriza um pro-
duto alopático comum, e não fitoterá-
pico. Exemplo: papaína 3% em creme 
base q.s.p. 30 g (SIMÕES, 1999).
• MARCADOR FARMACOLÓGICO: no 
âmbito da fitoterapia, substância con-
tida no vegetal, ou parte deste, res-
ponsável pela atividade farmacoló-
gica. Às vezes, pode-se encontrar um 
grupo de marcadores, e não apenas 
uma única substância (SIMÕES, 1999).
• MARCADOR FITOQUÍMICO: substân-
cia contida no vegetal, ou parte deste, 
que o caracteriza fitoquimicamente. 
Nem sempre o marcador fitoquímico 
é também o marcador farmacológico. 
Exemplos: cáscara sagrada = marca-
dor fitoquímico e farmacológico per-
tencem à mesma classe (antraquino-
nas); Peumus boldus = o marcador fi-
toquímico é a boldina (alcaloide) e os 
marcadores farmacológicos para as 
atividades colerética e colagoga são 
os terpenos (SIMÕES, 1999).
• PRINCÍPIO ATIVO: substância ou con-
junto de substâncias quimicamente 
definidas responsáveis pela ação far-
macológica das drogas vegetais (SI-
MÕES, 1999).
Unidade 2 • Fitoterápicos91/219
Para saber mais
Os óleos fixos vegetais são obtidos dos frutos ou apenas das sementes e são ricos em triglicerídeos (fração sa-
ponificável). A fração insaponificável é heterogênea e nela encontramos: esqualeno, fitosteróis, provitaminas 
e vitaminas lipossolúveis, principalmente as vitaminas A e E. É uma fração muito importante para a cosméti-
ca, e muitos dos óleos utilizados têm valor exatamente por conter essa fração.
Link
No link a seguir, você encontrará informações interessantes sobre permeação, penetração e absorção trans-
dérmica de ativos cosméticos na pele. Disponível em: <http://www.saocamilo-sp.br/novo/eventos-no-
ticias/saf/resumo-23.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2017.
Unidade 2 • Fitoterápicos92/219
3. Ações Terapêuticas dos principais Fitocosméticos
3.1 Arnica
É usada em formulações para prevenção e tratamento de microvarizes e em produtos cosmiátri-
cos.
3.2 Castanha-da-índia
“Os extratos são obtidos das sementes de Aesculus hippocastanum (Hipocastanaceae). Contém 
saponinas triterpênicas (escina), taninos, flavonoides (quercetina e canferol) e heterosídeos 
Obtido dos capítulos florais de Arnica montana (Compositae), o extrato contém 
ácidos orgânicos, carotenoides, flavonoides, óleo essencial, saponinas e taninos, 
entre outras substâncias. Tem ação adstringente, anti-inflamatória, antisséptica, 
funcionando como descongestionante e estimulante celular (SIMÕES, 1999, p. 
234).
Unidade 2 • Fitoterápicos93/219
cumarínicos (esculosídeo)” (SIMÕES, 1999, 
p. 236). Tem ação antivaricosa e é utilizada 
no tratamento de varizes, microvarizes, he-
morroidas e edema oriundos da estase ve-
nosa.
3.3 Cavalinha
Os extratos são obtidos das partes aére-
as de Equisetum arvensi (Equisetaceae), que 
contêm compostos solúveis de silício, tani-
nos, saponinas (equisetonina), flavonoides 
(isoquercetina, campferol), alcaloides (nico-
tina, palustrina e outros), vitamina minerais 
(Ca, Mg, Na, F, Mn, S, P, Cl, K etc.). Tem ação 
diurética, hemostática, anti-inflamatória 
e remineralizante. É usada no tratamen-
to de distúrbios geniturinários e respirató-
rios. Algumas preparações têm sido usadas 
no tratamento de doenças cardiovascula-
res (aterosclerose e hipertensão arterial) e 
reumáticas. Também é utilizada como su-
plemento remineralizante. Os extratos são 
empregados em produtos dermatológicos 
e cosméticos por sua ação cicatrizante (SI-
MÕES, 1999).
3.4 Hamamélis
Os extratos são obtidos da casca e das fo-
lhas de Hamamelis virginiana (Hamamelida-
ceae). Contém taninos, saponinas, flavo-
noides (quercetol, campferol, glicosídeos 
flavonídicos do campferol), mucilagens e 
resinas, entre outras substâncias. Tem ação 
adstringente, hemostática, vasoconstritora, 
Unidade 2 • Fitoterápicos94/219
tonicovascular e anti-hemorrágica. É usa-
do em afecções do sistema vascular veno-
so, como varizes, flebites e hemorroidas, e 
também como antidiarreico. O extrato e a 
água de hamamélis são indicados em pro-
dutos cosméticos e cosmiátricos para pes-
soas com pele mista e oleosa, bem como 
em loções adstringentes e tônicas (SIMÕES, 
1999, p. 243).
3.5 Hera
Os extratos são obtidos das folhas de Hede-
ra helix (Araliaceae), que contêm saponinas 
triterpênicas (a-hederina e hederacosídeo), 
rutina, emetina, carotenoides e α-tocoferol, 
entre outras substâncias. Tem ação anti-in-
flamatória, cicatrizante, antivaricosa e anti-
celulítica. É usada em formulações de anti-
varicosos tópicos e de produtos cosméticos 
e cosmiátricos para celulite (SIMÕES, 1999, 
p. 245).
3.6 Calêndula
É obtida das flores de Calendula officinalis 
(Asteraceae), ricas em flavonoides, triter-
penos, taninos, ácido salicílico, esqualeno 
e óleos essenciais, entre outros compostos. 
Tem ação anti-inflamatória, antiséptica, 
adstringente, cicatrizante, emoliente e ati-
vadora da circulação. Em cosmiatria, o seu 
uso é indicado em formulações antirrugas, 
em formulações para atenuação de cicatri-
zes e em produtos para pessoas com pele 
sensível (SIMÕES, 1999, p. 244).
Unidade 2 • Fitoterápicos95/219
3.7 Camomila
“Os extratos são obtidos dos capítulos flo-
rais de Matricaria chamomila (Compositae), 
contêm azuleno, α-bisabolol, cumarinas 
(umbeliferona e metilumbeliferona) e fla-
vonoides (apigenol, luteolina e quercetina), 
entre outras substâncias” (SIMÕES, 1999, 
p. 245). A camomila pode ser usada em for-
mulações de uso interno, porque tem ação 
antiespasmódica, carminativa e calmante 
suave. Os extratos de camomila também 
podem ser utilizados em produtos derma-
tológicos e cosméticos por sua ação tópica 
anti-inflamatória, antialérgica, desconges-
tionante e refrescante.
3.8 Óleo de melaleuca
“É obtido das folhas e dos ramos terminais 
de uma árvore australiana, Melaleuca alte-
mifolia (Myrtaceae), conhecida por tea tree. 
Contém α-pineno, terpenos, limoneno e ci-
neol, entre outros constituintes” (SIMÕES, 
1999). Tem ação antifúngica,antisséptica 
e cicatrizante, não apresenta propriedades 
irritantes ou corrosivas para os tecidos.
3.9 Maçã e pepino
Utilizados na cosmética como antirrugas. 
As rugas são um fenômeno natural em ra-
zão do envelhecimento da pele e da perda 
da elasticidade da epiderme. Seu apareci-
mento pode ser retardado associando-se fi-
tocosméticos com dieta à base de produtos 
naturais, sono restaurador e vida regrada.
Unidade 2 • Fitoterápicos96/219
3.10 Cenoura
“O óleo é obtido por extração de Daucus ca-
rota (Umbelliferae), rico em β-caroteno. Sua 
ação deve-se principalmente ao fato de 
conter elementos provitamina A” (SIMÕES, 
1999, p. 245). Seu princípio ativo é rapida-
mente absorvido pela pele e tem ação tópi-
ca emoliente e calmante, além disso, é fre-
quentemente usado em bronzeadores.
3.11 Urucum
“Do urucum (Bixa orelIana, Bixaceae), obtém-
-se um pó do revestimento das sementes, 
usado como corante de alimentos (mantei-
ga, margarina, queijos e massas)” (SIMÕES, 
1999, p. 241). Dissolvido em óleos, é atual-
mente usado em formulações de bronzea-
dores, já que seu pigmento serve como filtro 
solar para a porção ultravioleta, mais insa-
lubre à pele humana.
3.12 Copaíba
“É utilizado o óleo-resina extraído do cau-
le de Copaifera sp. (Leguminoseae). Contém 
ácido copaíbico, ésteres, resinoides, óleo 
essencial: β-cariofileno, α-humuleno, β-bi-
saboleno e sesquiterpenos” (SIMÕES, 1999, 
p. 243). Sua utilização é cicatrizante e antis-
séptica, além de anti-inflamatória, expec-
torante, diurética e emoliente.
Unidade 2 • Fitoterápicos97/219
3.13 Mutamba
As cascas de Guazuma ulmifolia (Sterculiace-
ae) são utilizadas por conterem alcaloides 
isoquinólicos, saponinas triterpênicas, tani-
nos e amido. A mutamba utilizada como ci-
catrizante de feridas e úlceras, dermatoses, 
bronquite, asma, tosse, pneumonia e outras 
afecções do aparelho respiratório. Também 
é usada em tratamentos de queda de cabe-
lo, caspa, seborreia e afecções parasitárias 
do couro cabeludo (SIMÕES, 1999).
3.14 Jojoba
Seu óleo é extraído das sementes de Sim-
mondsia ehinensis e Simmondsia ealiforniea 
(Buxaceae). Diversamente dos outros óleos 
vegetais e animais, não é composto de tri-
glicérides, e sim de ésteres de ácidos graxos 
com álcoois graxos, razão pela qual é co-
nhecida como “cera líquida”. Tem aprovei-
tamento em produtos cosméticos e cosmi-
átricos, nas concentrações de 1 a 5%, como 
emoliente, principalmente para pessoas 
com pele seca e sensível. Pode ser usado em 
cosméticos como matéria-prima substituta 
do espermacete; como emoliente e sobre-
-engordurante para pele seca e sensível; 
como condicionador para cabelos secos, 
entre outros usos. Na indústria farmacêuti-
ca, é utilizado como agente antiespumante 
no processo fermentativo da produção de 
alguns antibióticos (SIMÕES, 1999).
Unidade 2 • Fitoterápicos98/219
3.15 Óleo de amêndoas
Obtido das sementes de Prunus dulcis (Ro-
saceae), tem propriedades nutritivas, hidra-
tantes e emolientes. É empregado em cos-
méticos já há muito tempo; em cosmiatria, 
é especialmente utilizado nos cremes e lo-
ções para prevenção de estrias gravídicas 
(SIMÕES, 1999).
3.16 Óleo de macadâmia
Obtido das nozes de Macadamia ternifolia, é 
a maior fonte vegetal de ácido palmitolei-
co (25%) e rico em ácido oleico (40%). Tem 
ação emoliente e hidratante. É usado em 
produtos cosméticos e cosmiátricos para 
massagem e antienvelhecimento. Também 
utilizado na forma de microcápsulas de ágar 
com óleo de macadâmia, nas concentrações 
de 5 a 10% (SIMÕES, 1999, p. 247).
3.17 Andiroba
É utilizado o óleo extraído das sementes de 
Carapa guianensis (Meliaceae), que contém 
ácido mirístico, ácidos palmítico, oleico e li-
noleico. Atua como suavizante contra pica-
das de insetos e em feridas.
3.18 Citronela
É utilizado o óleo essencial de Cymbopogon 
sp. (Gramineae). Contém citronelal, citral, 
geranial, neral, isovaleraldeído, decilalde-
ído, cetonas, álcoois como geraniol, nerol, 
metileptenol, farnesol, terpenos, como de-
penteno e mirceno. Contém, ainda, triter-
Unidade 2 • Fitoterápicos99/219
penoides (cimbopogonol e cimbopagona). 
O óleo é usado contra picadas de insetos e 
feridas” (SIMÕES, 1999).
3.19 Chá verde
Vários produtos cosméticos contêm o ex-
trato de chá verde, que apresenta proprie-
dades anti-inflamatórias, antioxidantes que 
evitam a ação de radicais livres, antienve-
lhecimento. Proporciona ao organismo um 
aumento no metabolismo e tem ação anti-
cancerígena.
Para saber mais
Óleos essenciais e óleos resinas são substâncias 
vegetais que acompanham a fração oleosa. Em-
bora se assemelhem ao material lipídico, dife-
renciam-se destes em vários aspectos: são des-
tiláveis com vapor d’água, dotados de aroma e 
apresentam estrutura química bem diferente. São 
extraídos de várias partes da planta: caule, folhas 
e flores. Os principais exemplos são: óleo de copa-
íba, óleo de bétula e óleo de melaleuca.
Unidade 2 • Fitoterápicos100/219
Link
No próximo link, você encontrará um artigo cien-
tífico sobre os benefícios do óleo de melaleuca 
no tratamento da acne Grau III – uma revisão da 
literatura. Disponível em: <http://periodicos.
unincor.br/index.php/revistaunincor/arti-
cle/view/2008>. Acesso em: 13 dez. 2017.
Unidade 2 • Fitoterápicos101/219
Glossário
FDA: sigla para Food and Drug Administration, que significa Administração de Comidas e Remé-
dios. FDA é um órgão do governo dos Estados Unidos, criado em 1862 com a função de controlar 
os alimentos e medicamentos, por meio de diversos testes e pesquisas.
Fitoterápico ou fitomedicamento: produto medicamentoso que contém, na sua formulação, 
um ou mais produtos derivados de vegetais em sua forma bruta, ou seja, extratos, tinturas ou pó, 
como princípio ativo.
Princípio ativo: substância ou conjunto de substâncias quimicamente definidas responsáveis 
pela ação farmacológica das drogas vegetais.
Questão
reflexão
?
para
102/219
Prezado aluno,
Conforme visto, a fitocosmética está crescendo mundial-
mente a cada dia. Muitas pessoas buscam tratamentos 
“mais naturais”. Dessa forma, é de grande importância 
sua compreensão e assimilação da importância da fito-
terapia na cosmetologia, pois, com essa grande ascensão 
de mercado, produtos novos surgem diariamente. Para 
essa atividade de reflexão, a proposta é que você escolha 
cinco fitocosméticos de uso na cosmetologia e na cos-
miatria e realize uma breve revisão bibliográfica de cada 
um deles, nas quais deve conter: nome, princípios ativos 
encontrados e sua ação terapêutica.
Bom trabalho!
103/219
Considerações Finais 
• Vimos que fitoterapia é o termo utilizado para se referir à terapêutica que 
utiliza os medicamentos cujos princípios ativos são advindos de plantas ou 
derivados vegetais e que têm a sua origem no conhecimento e no uso po-
pular (DE PASQUALE, 1984).
• A fitocosmética é o segmento da ciência cosmetológica que se dedica ao 
estudo e à aplicação dos extratos e princípios ativos obtidos dos vegetais 
em proveito de higiene, estética, correção e manutenção de um estado 
normal e sadio da pele.
• Muitos fitocosméticos surgem no mercado diariamente, e é de suma im-
portância estar sempre se atualizando.
Unidade 2 • Fitoterápicos104/219
Referências 
ALVES, A. C. S. et al. Aspectos botânicos, químicos, farmacológicos e terapêuticos do Hypericum 
perforatum L. Rev. Bras. Plantas Med. Botucatu, v. 16, n. 3, p. 593-606, 2014.
BACCOLI, B. C.; REIS, D. A. dos; SCIANI, M. D.; CARVALHO, A. A. Os benefícios do óleo de melaleuca 
na acne grau II e III: uma revisão de literatura. Revista da Universidade Vale do Rio Verde. Três 
Corações, v. 13, n. 1, p. 536-547, 2015. Disponível em: <http://periodicos.unincor.br/index.php/
revistaunincor/article/view/2008>. Acesso em: 13 dez. 2017.
BAUMANN, L. Dermatologia cosmética – princípios e práticas. 1. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 
2004.
DE PASQUALE, A. Pharmacognosy: oldest modern science. Journal of Ethnopharmacology. [S.l.], 
v. 11, p. 1-6, 1984.
FITOTERAPIAe terapias complementares. Disponível em: <www.fitoterapia.com.br>. Acesso em: 
19 set. 2017.
HERNANDEZ, M; MERCIER-FRESNEL, M. M. Manual de cosmetologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Revin-
ter, 1999.
REBELLO, T. Guia de produtos cosméticos. 8. ed. São Paulo: Editora Senac, 2004.
http://periodicos.unincor.br/index.php/revistaunincor/article/view/2008
http://periodicos.unincor.br/index.php/revistaunincor/article/view/2008
http://www.fitoterapia.com.br
Unidade 2 • Fitoterápicos105/219
SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. 
Farmacogonosia: da planta ao medicamento. 5. ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 1999.
STOCCO, L. S.; SILVA, S. F.; FARIA, L. G. Permeação cutânea. In: Simpósio de Assistência Farmacêu-
tica, II, 2014, São Paulo. Resumos... São Paulo: Centro Universitário São Camilo, 2014. Disponí-
vel em: <http://www.saocamilo-sp.br/novo/eventos-noticias/saf/resumo-23.pdf>. Acesso em: 12 
dez. 2017.
106/219
1. Óleo que é obtido das sementes de Prunus dulcis (Rosaceae) e apresenta 
propriedades nutritiva, hidratante e emoliente. Há muito tempo, é empregado 
em cosméticos, tendo especial aplicação em cosmiatria nos cremes e loções 
para prevenção de estrias gravídicas.
A afirmação se refere ao:
a) Óleo de rícino.
b) Óleo de amêndoas.
c) Óleo de papoula.
d) Óleo de soja.
e) Óleo de melaleuca.
Questão 1
107/219
2. Os extratos da hamamélis são obtidos da casca e das folhas de Hama-
melis virginiana (Hamamelidaceae). Contêm taninos, saponinas, flavonoides 
(quercetol, campferol, glicosídeos flavonídicos do campferol), mucilagens 
e resinas, entre outras substâncias. A hamamélis apresenta inúmeras ações 
em produtos cosméticos, porém a principal delas é a ação:
Questão 2
a) Hidratante.
b) Calmante.
c) Adstringente.
d) Esfoliante.
e) Bronzeadora.
108/219
3. A jojoba tem aplicação em produtos cosméticos e cosmiátricos, nas con-
centrações de 1 a 5%, como emoliente, principalmente para pessoas com 
pele seca e sensível. Também é usada em cosméticos, como matéria-pri-
ma substituta do espermacete; como emoliente e sobre-engordurante para 
pele seca e sensível; e também pode ser usada como agente condicionador, 
principalmente em cabelos:
Questão 3
a) Secos.
b) Oleosos.
c) Mistos.
d) Sensíveis.
e) Desidratados.
109/219
4. O fitocosmético que, quando dissolvido em óleos, é atualmente usado em 
formulações de bronzeadores, uma vez que o principal pigmento carotenoídi-
co que ele contém, a bixina, serve como filtro solar para a porção ultravioleta, 
mais deletéria à pele humana em exposições demoradas ao sol, é o(a):
Questão 4
a) Andiroba.
b) Castanha-da-índia.
c) Alantoína.
d) Urucum.
e) Melaleuca.
110/219
5. Hoje em dia, o mercado de fitoterapia vem crescendo muito mundialmen-
te. A busca por produtos naturais para tratamentos de estética e beleza tem 
se alavancado muito rápido. As rugas são sinais de envelhecimento, porém 
é possível minimizá-las com o uso de qual dos fitocosméticos citados a se-
guir?
Questão 5
a) Laranja.
b) Limão.
c) Pepino.
d) Andiroba.
e) Citronela.
111/219
Gabarito
1. Resposta: B.
O óleo de amêndoas é empregado em cos-
méticos já há muito tempo; em cosmiatria, 
é especialmente utilizado nos cremes e lo-
ções para prevenção de estrias gravídicas.
2. Resposta: C.
O extrato e a água de hamamélis são indica-
dos em produtos cosméticos e cosmiátricos 
para pessoas com pele mista e oleosa, bem 
como em loções adstringentes e tônicas.
3. Resposta: A.
O Óleo de Jojoba é emoliente, umectante e 
cicatrizante. É doador de brilho aos cabelos, 
restaurador, estimulante do crescimento e 
indicado no tratamento de caspa. É extre-
mamente indicado para tratar cabelos se-
cos.
4. Resposta: D.
O urucum é atualmente usado em formula-
ções de bronzeadores, dissolvido em óleo, 
já que seu pigmento serve como filtro solar 
para a porção ultravioleta, mais insalubre à 
pele humana (SIMÕES, 1999).
5. Resposta: C.
O pepino e a maçã são utilizados na cos-
mética como antirrugas, que podem ter seu 
aparecimento retardado, associando-se fi-
tocosméticos com dieta à base de produtos 
naturais, sono restaurador e vida regrada.
112/219
Unidade 5
Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos
Objetivos
1. Identificar, caracterizar e reconhecer os 
cosmecêuticos.
2. Identificar, caracterizar e reconhecer os 
nutricosméticos.
3. Identificar, reconhecer e caracterizar os 
neurocosméticos.
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos113/219
Introdução
A palavra cosmético deriva do grego Kos-
mein, que significa organizar, adornar, glo-
rificar, homenagear ou ornamentar har-
moniosamente. Desde a antiguidade, os 
cosméticos já são muito utilizados para o 
tratamento do corpo. Naquela época, utili-
zavam-se óleos, fragrâncias, sabões e eram 
feitas pinturas no rosto e corpo utilizando 
produtos vegetais.
A utilização dos cosméticos é tão antiga 
quanto a própria civilização. Desde os tem-
pos mais remotos, o homem se preocupou 
com o tratamento de seu corpo. O uso de 
bálsamos, óleos, fragrâncias, sabões e até 
mesmo pinturas de rosto e corpo, por meio 
de substâncias vegetais e minerais, faziam 
parte dos hábitos dos povos antigos (GUIR-
RO; GUIRRO, 2004).
Segundo a Anvisa (BRASIL, 2005), que es-
tabelece normas para esses produtos, cos-
méticos são substâncias ou preparados que 
se destinam a serem utilizados em contato 
com as partes superficiais do corpo huma-
no (epiderme, anexos cutâneos, como pelos 
e unhas, lábios e órgãos genitais externos), 
ou com os dentes e mucosas bucais, com a 
finalidade de limpar, perfumar ou proteger, 
para mantê-los em bom estado, modificar 
seu aspecto ou corrigir os odores corporais, 
sem ação ou fins terapêuticos.
A indústria química tem se especializado, 
cada vez mais notadamente, no setor de 
cosméticos, em que o conceito de beleza 
vem se ampliando pela conjugação e utili-
zação de princípios ativos saudáveis ao cor-
po, bem-estar físico, psicológico e espiritual 
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos114/219
das pessoas.
Em resumo, cosmetologia é a parte da ci-
ência que trata da preparação, estocagem 
e aplicação de produtos cosméticos, bem 
como das regras que conduzem essas ati-
vidades, sejam elas de natureza física, quí-
mica, biológica ou microbiológica. Outro 
termo em vigor atualmente são os cosme-
cêuticos, que são intermediários entre os 
cosméticos e os medicamentos.
1. Cosmecêuticos
Cosméticos com propriedades farmacoló-
gicas não só para embelezar, mas para tra-
tar problemas específicos, utilizados com a 
finalidade cosmética. Sua importância está 
relacionada à maior atratividade física que 
uma aparência cutânea melhorada pode 
trazer, bem como aos benefícios psicológi-
cos pronunciados. A aparência afeta as in-
terações sociais de um indivíduo, seu status 
no trabalho, sua autoimagem e apresenta 
reflexos até mesmo na sua saúde e longe-
vidade.
Tratamentos tópicos (cosmecêuticos) para 
esse fim têm a grande vantagem de não se-
rem invasivos, portanto são o tratamento 
de escolha da maioria dos pacientes. Para 
compreendermos melhor a ação desses 
cosmecêuticos, vale ressaltar a diferenças 
entre cosméticos e medicamentos:
• Cosméticos: produtos aplicados no 
corpo humano para promover limpe-
za, beleza ou alterar a aparência, como 
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos115/219
hidratantes, perfumes, maquiagem, 
esmaltes, xampus, tinturas capilares, 
cremes dentais, desodorantes, etc. 
Não necessitam de registro no FDA.
• Medicamentos: produtos utilizados 
com a intenção de diagnóstico, cura, 
alívio, tratamento ou prevenção de 
doenças, sujeitos a regulamentações 
mais rigorosas e estudos que demons-
trem segurança, eficácia e que os be-
nefícios superam os riscos.
Os cosmecêuticos têm várias característi-
cas de extrema importância:
• Utilizados sobre a pele, agem por meio 
de ativos que alteram a biologia da 
parte cutânea.
• Melhoram o aspectoda pele, pois con-
têm os ativos para manter a pele sau-
dável.
• Os cosmecêuticos não necessitam de 
revisão pela Food and Drug Administra-
tion (FDA), e a palavra cosmecêutico 
não está reconhecida pelo decreto fe-
deral Food, Drug and Cosmetic.
• São ativos testados quanto à questão 
da segurança, mas não é obrigatório 
determinar todos os ativos que cau-
sam benefícios.
• O fabricante dos cosmecêuticos não 
pode alegar que ervas, vitaminas, ex-
tratos botânicos penetrem além das 
camadas superficiais da pele ou ainda 
que tenham efeitos de medicamentos.
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos116/219
• Quando se fala em rotulagem, não 
é necessária a divisão de ativos por 
classes.
Hoje em dia, existem vários produtos clas-
sificados como cosmecêuticos, entre eles, 
podemos citar: os retinoides, alguns hi-
dratantes, os alfa-hidroxiácidos (AHA’s), 
os antioxidantes, os extratos botânicos, os 
extratos minerais, os vasodilatoadores, os 
cosméticos usados contra o fotoenvelheci-
mento, os fotoprotetores, os peptídeos etc.
Para saber mais
O profundo embasamento científico dado à in-
dústria cosmética após os anos 1930 possibilitou 
a descoberta de vários princípios ativos e, conse-
quentemente, o desenvolvimento de uma gama 
incontável de novos produtos. Vale ressaltar a 
contribuição de materiais como conservantes, 
estabilizantes e tensoativos, que têm proporcio-
nado o desenvolvimento de novos produtos cos-
méticos.
Link
Acesse o link para obter mais informações a res-
peito do panorama do setor de higiene pessoal, 
perfumaria e cosméticos. Disponível em: <ht-
tps://www.abihpec.org.br/wp-content/
uploads/2014/04/2014-PANORAMA-DO-
-SETOR-PORTUGU%C3%8AS-07-MAI.pdf>. 
Acesso em: 13 dez. 2017.
https://www.abihpec.org.br/wp-content/uploads/2014/04/2014-PANORAMA-DO-SETOR-PORTUGU%C3%8AS-07-MAI.pdf
https://www.abihpec.org.br/wp-content/uploads/2014/04/2014-PANORAMA-DO-SETOR-PORTUGU%C3%8AS-07-MAI.pdf
https://www.abihpec.org.br/wp-content/uploads/2014/04/2014-PANORAMA-DO-SETOR-PORTUGU%C3%8AS-07-MAI.pdf
https://www.abihpec.org.br/wp-content/uploads/2014/04/2014-PANORAMA-DO-SETOR-PORTUGU%C3%8AS-07-MAI.pdf
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos117/219
Vamos conhecer um pouco mais sobre os 
hidratantes, os retinoides, os hidroxiácidos 
e os antioxidantes que têm função de 
cosmecêuticos.
1.1 Hidratantes
A barreira de permeabilidade cutânea está 
localizada na pele e é dividida pelas cama-
das lamelares, que apresentam colesterol, 
ácidos graxos livres e ceramidas. As fórmu-
las que contêm lipídeos muito semelhan-
tes aos da pele auxiliam em uma cascata 
de eventos fisiológicos nos queratinócitos, 
normalizando a pele danificada. A água, 
quando aplicada à pele, pode causar a eli-
minação das citocinas, que são moléculas 
pró-inflamatórias, alterando, dessa forma, 
a estrutura da pele sob algumas condições. 
Hidratantes podem ser chamados cosme-
cêuticos quando deixam a pele mais sua-
ve, flexível e aumentam sua hidratação, por 
exemplo, aqueles com ácidos graxos essen-
ciais.
1.2 Retinoides
Derivados da vitamina A, atuam como antio-
xidantes e ativam genes e proteínas. Quan-
do apresentam a função de antioxidantes, 
removem os radicais peroxila, tiram o oxi-
gênio e são sensibilizadores. Têm função de 
hormônios quando ativam genes nucleares.
Os retinoides inibem a peroxidação dos lipí-
deos, aumentam os níveis de vitamina E na 
pele e ativam alguns fatores de crescimen-
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos118/219
to. Dessa forma, estimulam mitoses e dife-
renciação celular. Ainda na pele, reduzem 
rugas, clareiam manchas hiperpigmentadas 
e tornam a superfície dérmica mais suave.
1.3 Hidroxiácidos
Os principais exemplos são: ácido glicólico, 
ácido lático, ácido cítrico, ácido mandélico, 
ácido málico e ácido tartárico.
A principal função desses produtos é mini-
mizar os sinais de envelhecimento cutâneo, 
pois aumentam o desprendimento dérmi-
co, melhoram a ação das fibras de elastina 
e colágeno, fazendo com que a pele pareça 
mais suave e mais uniforme.
Quando se utiliza esses produtos, é acon-
selhável a aplicação de protetores solares, 
pois esses ativos têm efeitos ácidos sobre a 
pele.
1.4 Antioxidantes
Responsáveis pela proteção da pele, que 
continuamente fica exposta a radiação UV, 
medicamentos, calor/frio e oxigênio reati-
vo, como a vitamina C.
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos119/219
2. Nutricosméticos e Nutracêuti-
cos
Os nutricosméticos, também chamados 
nutracêuticos, são conhecidos pelo concei-
to de “beleza de fora para dentro”, ou seja, 
o uso de dieta e de alguns suplementos via 
oral para promoção de benefícios na apa-
rência física (DRAELOS, 2010).
Nas últimas décadas, a expectativa de vida 
da população tem aumentado, principal-
mente pela evolução de cuidados médicos 
e alimentares das pessoas. Segundo o Ins-
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), a população idosa brasileira está em 
alto crescimento.
Para saber mais
O nome cosmecêutico descreve os cosméticos 
cujos ingredientes são bioativos, ou seja, sua efi-
cácia foi medida e provada por meio de vários 
estudos. Esses produtos têm propriedades tera-
pêuticas, de combate a doenças ou problemas 
estéticos. Utilizam ativos cuja interação com o 
organismo é maior (pois são absorvidos pelas 
células, enquanto que os cosméticos são apenas 
permeáveis) e comprovada e podem ser prescri-
tos em formulações médicas individuais. Servem 
como uma ponte entre os produtos de cuidados 
pessoais e farmacêuticos.
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos120/219
Entretanto, o que fica evidente é que hábi-
tos de vida estão confirmando ou não essas 
estimativas, uma vez que, a cada dia que 
passa, a exposição ao sol é mais intensa e 
o estresse imposto pelo mundo moderno 
provoca alterações nas estruturas celulares, 
que, somadas aos desequilíbrios da matriz 
extracelular, aceleram o envelhecimento e 
geram um organismo debilitado que, com 
certeza, não chegará à expectativa de vida 
estimada.
Um estilo de vida mais adequado, assim 
como uma alimentação focada nas necessi-
dades de cada indivíduo, podem ser conside-
rados ações fundamentais para a qualidade 
de vida aceitável. Alimentação frequente, 
rica em vitaminas, sais minerais, proteínas, 
ácidos graxos e carboidratos é mandatória 
para suprir as reais necessidades de cada 
pessoa. É claro que não podemos esquecer 
os prebióticos e probióticos, considerados 
alimentos auxiliares na manutenção das 
funções intestinais, assim como na absor-
ção de micronutrientes dedicados ao bom 
funcionamento das atividades bioquímicas 
do organismo.
Link
Leia o artigo que fala sobre os benefícios dos 
neurocosméticos na terceira idade. Disponí-
vel em: <http://www3.sp.senac.br/hotsi-
tes/blogs/InterfacEHS/wp-content/uplo-
ads/2016/12/4_v112.pdf>. Acesso em: 21 out. 
2017.
http://www3.sp.senac.br/hotsites/blogs/InterfacEHS/wp-content/uploads/2016/12/4_v112.pdf
http://www3.sp.senac.br/hotsites/blogs/InterfacEHS/wp-content/uploads/2016/12/4_v112.pdf
http://www3.sp.senac.br/hotsites/blogs/InterfacEHS/wp-content/uploads/2016/12/4_v112.pdf
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos121/219
A biodiversidade vegetal trabalha tanto na 
manutenção como na recuperação da saú-
de, por seus efeitos benéficos no equilíbrio 
das funções bioquímicas e fisiológicas do 
organismo humano. A cada dia, descobri-
mos novas moléculas, em produtos de ori-
gem vegetal, que demonstram benefícios 
funcionais no organismo, mas precisamos 
ter paciência, pois as pesquisas, em muitos 
casos, não são conclusivas estatisticamen-
te. Por outro lado, a legislação brasileira 
deve acompanhar essa evolução de forma 
rápida e globalizada.
Sabe-se que o aspecto envelhecido da pele 
parece ocorrer com o decréscimo da síntese 
de colágeno e/ou com o aumento da pro-
teólise; em contrapartida, uma formulação 
dietética contendocolágeno é segura e efi-
caz para o tratamento do envelhecimento 
facial em mulheres.
Já os polifenóis do chá verde têm proprie-
dades anti-inflamatórias e anticarcinogê-
nicas, efeitos que se correlacionam com as 
propriedades antioxidantes destes produ-
tos. As vitaminas são essenciais para o cres-
cimento, o desenvolvimento e a manuten-
ção da saúde e são obtidas de fonte dieté-
tica, pois não são produzidas pelos tecidos.
Quanto aos minerais, os mais utilizados em 
suplementos são: magnésio, cálcio, man-
ganês, potássio, ferro, zinco, selênio, cobre, 
cromo e vanádio. Os aminoácidos conside-
rados essenciais são: valina, leucina, isoleu-
cina, lisina, histidina, fenilalanina, triptofa-
no, treonina e metionina.
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos122/219
Os ácidos graxos poli-insaturados são 
ômega-3 e ômega-6 e estão presentes em 
determinados alimentos. Eles diminuem o 
nível do colesterol no sangue e são benéfi-
cos contra os processos de arteriosclerose e 
trombose.
3 Neurocosméticos
As pesquisas mais recentes na área de cos-
mética demonstraram o papel das endorfi-
nas na vitalidade, beleza e radiância da pele. 
Conhecidas como “hormônios da felicida-
de”, tratam-se de moléculas produzidas 
Para saber mais
Com o passar dos anos, a aplicação dos alimen-
tos na promoção da saúde do organismo tem sido 
cada vez mais frequente, o que levou os órgãos 
reguladores internacionais a desenvolverem re-
gras quanto aos benefícios propostos nas rotula-
gens dos produtos alimentícios.
Link
Para saber mais sobre a ação dos nutricosméticos 
em produtos cosméticos, leia o artigo científico O 
benefício do uso de nutricosméticos em tratamentos 
estéticos associados ao uso de produtos cosméti-
cos. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/
pdf/Amanda%20Cabral,%20Sara%20Benatti.
pdf. > Acesso em: 21 out. 2017.
http://siaibib01.univali.br/pdf/Amanda Cabral, Sara Benatti.pdf
http://siaibib01.univali.br/pdf/Amanda Cabral, Sara Benatti.pdf
http://siaibib01.univali.br/pdf/Amanda Cabral, Sara Benatti.pdf
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos123/219
pelo organismo (em especial pela hipófise e 
pelo hipotálamo), cuja ação está relacionada 
com a modulação do humor, com analgesia 
endógena, a melhora da performance geral 
do organismo e a sensação de bem-estar. 
A produção de endorfinas ocorre mediante 
estímulos endógenos ou exógenos. Destes 
últimos, os mais conhecidos são a ingestão 
de chocolate, a prática de exercícios físicos 
e a exposição ao sol.
São comuns os comentários de que uma 
pessoa feliz apresenta boa aparência, pele 
viçosa e radiante. E esse fato é um dos fun-
damentos que levaram à pesquisa sobre o 
papel das endorfinas na pele. Os resultados 
de estudos recentes sobre esse assunto são 
surpreendentes e podem ajudar a explicar 
por que a pele fica tão bonita quando es-
tamos felizes: a pele tem receptores de en-
dorfinas, chamados receptores opioides; as 
endorfinas interagem com esses receptores 
e exercem importantes efeitos, são capazes 
de estimular a proliferação de fibroblastos, 
promover a migração de queratinócitos e 
acalmar a pele, melhorando sua aparência 
como um todo.
As pesquisas sobre o papel das endorfinas 
na pele estimularam o surgimento de um 
novo conceito, uma nova tendência na der-
matologia e cosmetologia: a neurocosméti-
ca.
Trata-se da evolução da era da cosméti-
ca sensorial. Ela é baseada na aplicação de 
substâncias que atuam no organismo de 
forma semelhante aos neuromediadores 
endógenos, exercendo efeitos benéficos 
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos124/219
para a saúde e a beleza da pele, dos cabelos 
e dos anexos cutâneos. A neurocosmética 
explora os aspectos fisiológicos da felicida-
de, ou seja, pesquisa e busca amenizar os 
efeitos positivos que o estado de felicidade 
e bem-estar causa na pele e nas estruturas 
relacionadas. O fundamento desse novo 
conceito está na observação inegável de 
que “se você se sente bem, você tem uma 
boa aparência e vice-versa”.
Conhecidos os efeitos benéficos das endor-
finas sobre a pele, logo se imaginaram as 
aplicações que essas substâncias podem ter 
em produtos dermocosméticos. Porém, as 
legislações sanitárias europeias e brasilei-
ras não permitem o emprego de hormônios 
em cosméticos, dessa forma, a aplicação de 
endorfinas nesse tipo de produto torna-se 
inviável.
Como se sabe, a pele é ricamente inerva-
da. Portanto, as fibras nervosas estão inti-
mamente ligadas com as células cutâneas 
(queratinócitos, células imunes, fibroblas-
tos, adipócitos etc.), contribuindo para a 
homeostase do tecido. Muitas fibras sen-
sitivas se encontram na camada superficial 
da epiderme. Assim, os ingredientes cos-
méticos podem acessar facilmente o siste-
ma nervoso sensorial. Essa camada é a que 
sofre maior exposição ao estresse ambien-
tal, como a poluição, a radiação ultraviole-
ta, o vento, o calor ou o frio.
Assim, a homeostase é mantida por meio de 
processos biológicos: tanto as células ner-
vosas produzem mediadores, que atingem 
alvos específicos na superfície das células 
cutâneas, quanto os mediadores produzi-
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos125/219
dos por elas regulam as funções metabóli-
cas das células nervosas.
Já os queratinócitos da camada basal pro-
duzem NGF (Nerve Growth Factor) ou fator de 
crescimento neuronal, responsável pela so-
brevivência e bom funcionamento da célula 
neuronal. O NGF é capaz de proteger tam-
bém queratinócitos e melanócitos da apop-
tose induzida pela radiação ultravioleta.
Os fatores endógenos e exógenos causam 
danos irreparáveis ao sistema nervoso cutâ-
neo. Assim, quando mais cedo forem inicia-
das a proteção e a estimulação, por mais 
tempo o organismo continuará em equilí-
brio. O NGF é responsável pela manutenção 
da resposta sensorial, ele participa dos pro-
cessos inflamatórios por regulação da sín-
tese de neuropeptídios pós-inflamatórios.
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos126/219
Glossário
Queratinócitos: Células que produzem queratina, situadas na epiderme.
Endorfinas: hormônios neuronais produzidos pela glândula hipófise, responsáveis pelas sensa-
ções de bem-estar.
Retinoides: derivados da vitamina A, atuam como antioxidantes e ativam genes e proteínas.
Questão
reflexão
?
para
127/219
Prezado aluno,
Conforme visto, os cosmecêuticos, nutricosméticos e 
neurocosméticos são consequências de avanços tecno-
lógicos na área da cosmetologia que muito têm auxilia-
do a alavancar as pesquisas cosmiátricas. Dessa forma, 
produtos e inovações cosmetológicos surgem diaria-
mente. Pesquise mais sobre os cosmecêuticos e elabore 
um relatório com as principais ações e usos tópicos des-
ses produtos.
Bom trabalho!
128/219
Considerações Finais
• Cosmecêuticos são cosméticos com propriedades farmacológicas não só 
para embelezar, mas para tratar problemas específicos ou medicamentos 
utilizados com a finalidade cosmética.
• Os nutricosméticos, também chamados nutracêuticos, são conhecidos pelo 
conceito de “beleza de fora para dentro”, ou seja, o uso de dieta e alguns 
suplementos orais para promoção de benefícios na aparência física.
• Os neurocosméticos são conhecidos como “hormônios da felicidade”, tra-
tam-se de moléculas produzidas pelo organismo, cuja ação está relaciona-
da com a modulação do humor, analgesia endógena, a melhora da perfor-
mance geral do organismo e com a sensação de bem-estar.
• A homeostase é mantida por meio de processos biológicos: tanto as células 
nervosas produzem mediadores que atingem alvos específicos na superfície 
das células cutâneas, quanto os mediadores produzidos pelas células cutâ-
neas regulam as funções metabólicas das células nervosas.
Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos129/219
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Unidade 3 • Cosmecêuticos, Nutricosméticos e Neurocosméticos130/219
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SOUZA, V. M Ativos dermatológicos, volumes 1 a 4: guia de ativos dermatológicos utilizados 
na farmácia de manipulação para médicos e farmacêuticos. São Paulo: Pharmabooks, 2009. p. 
381-382.
http://siaibib01.univali.br/pdf/Anne Desirre Reis, Marcela Silvestrim.pdf
http://siaibib01.univali.br/pdf/Anne Desirre Reis, Marcela Silvestrim.pdf
131/219
1. Os nutricosméticos são um avanço tecnológico na área da cosmetologia, 
e seus estudos estão gerando muitos resultados positivos na manutenção 
da beleza.
Dentre as alternativas a seguir, qual define melhor os estudos na área de nutricosméticos?
a) a) Estudo de moléculas sensoriais que interagem com a pele, modificando seu aspecto.
b) b) Estudo de medicamentos que são tratados como cosméticos.
c) c) Estudo da encapsulação de moléculas ativas para que melhor sejam absorvidas pelo teci-
do dérmico.
d) d) Estudo dos alimentos e dos mecanismos pelos quais o organismo os utiliza para promo-
ção de benefícios na aparência física.
e) e) Estudo de aspectos fisiológicos da pele e sua interação com os princípios ativos à base de 
vitamina A.
Questão 1
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2. Em relação aos cosmecêuticos, uma das vantagens atribuídas a eles, em 
sua aplicação, é o fato de:
a) Apresentarem baixa permeabilidade cutânea.
b) Não serem comedogênicos.
c) Não serem invasivos.
d) Não serem abrasivos.
e) Apresentarem muitas moléculas de água em sua formulação.
Questão 2
133/219
3. Hoje em dia, muitas tecnologias cosméticas vêm surgindo por meio de 
pesquisas e análises científicas, tudo para melhorar a ação dos princípios 
ativos sobre a pele. A nanotecnologia surgiu no Brasil na década de 1980 e 
é uma inovação de extrema importância para a indústria cosmética brasilei-
ra, porém, e como tudo tem suas desvantagens, essa tecnologia ainda tem 
__________________ para as indústrias farmacêuticas.
Complete corretamente a sentença com a alternativa correta:
a) Seu custo muito elevado.
b) Moléculas abrasivas para a pele.
c) Falta de identificação de alguns ativos.
d) Moléculas que causam degradação celular.
e) Ativos desconhecidos no mercado.
Questão 3
134/219
4. A _______________________ é a evolução da era da cosmética sen-
sorial. Ela é baseada na aplicação de substâncias que atuam no organismo 
de forma semelhante aos ________________, exercendo efeitos benéfi-
cos para a saúde e beleza da pele, cabelos e anexos cutâneos.
Complete corretamente os espaços com a alternativa correta.
a) Cosmecêutica, mediadores exógenos.
b) Neurocosmética, neuromediadores endógenos.
c) Nutricosmética, neurotransmissores.
d) Nanocosmética, substâncias lipossolúveis.
e) Nutricosmética, neuromediadores endógenos.
Questão 4
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5. Os retinoides são considerados cosmecêuticos. Sua principal função é 
minimizar os sinais de envelhecimento cutâneo, pois aumentam o despren-
dimento dérmico, melhoram a ação das fibras de elastina e colágeno, dimi-
nuindo os sinais de envelhecimento. A pele parece mais suave e mais unifor-
me. Porém, quando se utiliza desses produtos, é aconselhável a aplicação 
de qual tipo de cosmético?
a) Hidratantes.
b) Antioxidantes.
c) Quelantes.
d) Protetores solares.
e) Umectantes.
Questão 5
136/219
Gabarito
1. Resposta: D.
Os nutricosméticos, também chamados nu-
tracêuticos, são conhecidos pelo conceito 
de “beleza de fora para dentro”, ou seja, o 
uso de dieta e de alguns suplementos orais 
para promoção de benefícios na aparência 
física.
2. Resposta: C. 
Tratamentos tópicos (cosmecêuticos) para 
esse fim têm a grande vantagem de não se-
rem invasivos, portanto são o tratamento 
de escolha da maioria dos pacientes.
3. Resposta: A.
Hoje em dia, muitas tecnologias cosméti-
cas vêm surgindo por meio de pesquisas e 
análises científicas, tudo para melhorar a 
ação dos princípios ativos sobre a pele. A 
nanotecnologia surgiu no Brasil na década 
de 1980. É uma inovação de extrema impor-
tância para a indústria cosmética brasileira, 
porém, e como tudo tem suas desvantagens, 
essa tecnologia ainda tem seu custo muito 
elevado para as indústrias farmacêuticas.
137/219
Gabarito
4. Resposta: B.
A neurocosmética é a evolução da era da 
cosmética sensorial. Ela é baseada na apli-
cação de substâncias que atuam no orga-
nismo de forma semelhante aos neurome-
diadores endógenos, exercendo efeitos be-
néficos para a saúde e beleza da pele, cabe-
los e anexos cutâneos.
5. Resposta: D.
De protetores solares, pois esses ativos têm 
efeitos ácidos sobre a pele e podem causar 
queimaduras e efeito rebote, caso o prote-
tor não seja utilizado.
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Unidade 6
Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corpo-
rais e faciais. Mecanismo de ação.
Objetivos
1. Conhecer os ativos cosméticos utili-
zados na prevenção e correção ou tra-
tamento de acne.
2. Conhecer os ativos cosméticos utili-
zados na prevenção e correção do an-
tienvelhecimento.
3. Conhecer os ativos cosméticos utili-
zados na prevenção e correção do fi-
broedema geloide.
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
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Introdução
A estética corporal, já há um bom tempo, 
segue as tendências da moda e da época. 
Antigamente, para serem consideradas bo-
nitas e saudáveis, as mulheres deviam ter o 
corpo bem torneado e a pele bronzeada do 
sol.
Hoje, o que se vê é exatamente o contrário: 
mulheres consideradas bonitas ou que se 
situam nos padrões de beleza são, na maio-
ria das vezes, magras, altas e com poucas 
curvas (corpo longilíneo) e pele da face pá-
lida. Outro exemplo, mais recente: nos dias 
atuais, os seios volumosos ganham desta-que no universo feminino. Muitas mulheres 
estão se rendendo às próteses de silicone 
em seios e glúteos, à lipoaspiração e aos 
tratamentos estéticos não invasivos.
Na estética corporal e facial, é muito impor-
tante a ficha de anamnese, assim como a 
veracidade das informações contidas nela, 
só assim é possível trabalhar com seguran-
ça e oferecer melhores resultados aos clien-
tes. A referida ficha deve conter informa-
ções como: dados pessoais, queixa princi-
pal, estado físico, estado emocional, saúde, 
biometria, objetivo de tratamento, proto-
colo de tratamento, relatório de acompa-
nhamento das sessões, data e assinaturas 
do responsável pelos procedimentos e do 
cliente.
O paciente deve ser informado de que não 
se pode omitir nenhum problema de saúde, 
uma vez que tratamentos estéticos, como 
as técnicas manuais ou a eletroterapia, têm 
contraindicações.
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
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Nesta aula, serão vistos alguns dos princi-
pais ativos cosméticos utilizados na pre-
venção e correção das disfunções estéticas 
corporais e faciais, bem como seus meca-
nismos de ação.
1 Ativos cosméticos utilizados no 
Tratamento e prevenção da acne
1.1 Acne
Trata-se de uma afecção da pele que atin-
ge a unidade pilossebácea. Apresenta uma 
grande variabilidade clínica, desde lesões 
mínimas comedogênicas até as formas gra-
ves e deformantes, causadoras de trans-
tornos emocionais, que afetam o compor-
tamento psicossocial do indivíduo, poden-
do gerar baixa autoestima, que evolui para 
quadros depressivos. Localiza-se princi-
palmente na face e nas regiões anteriores 
e posteriores do tórax. É a afecção cutânea 
mais observada na adolescência, especial-
mente após a puberdade.
Os tratamentos podem ser sistêmicos de 
uso tópico, procedimentos cirúrgicos e/ou 
estéticos. A associação de mais de um des-
ses métodos é muito comum; de qualquer 
forma, é importante ressaltar a necessidade 
da orientação médica, mesmo para proce-
dimentos profiláticos feitos com produtos 
cosméticos, como sabonetes, loções, géis, 
entre outros produtos que atuam na limpe-
za, diminuição da oleosidade e na renova-
ção celular epidérmica.
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
141/219
A seguir, verificaremos substâncias mais re-
centes e inovadoras na profilaxia e no trata-
mento da acne.
1.2 Tratamento e prevenção da 
acne – ativos cosméticos
• AC NET (Croda) – Nome INCI: Hydro-
genated Castor Oil/Sebacic Acid Copoly-
mer
Associação de ácido oleanoico e ácido nor-
di-idroguairético (NDGA). Ativo que reduz 
seborreia, hiperqueratinose, inflamação e 
proliferação bacteriana. Pode ser usado em 
tônicos, emulsões, géis e máscaras. Solúvel 
em água. O pH de estabilidade é 5,5. Utiliza-
do em concentrações de 3%.
Para saber mais
A acne é uma síndrome cutânea exteriorizada 
clinicamente por elementos eruptivos, nos quais 
podem estar presentes comedões, pápulas, pús-
tulas, cistos e abcessos.
Link
Para ampliar seus estudos sobre acne e trata-
mentos possíveis, leia o artigo científico Princí-
pios fisiológicos da acne e a utilização de diferentes 
tipos de ácidos como forma de tratamento. Dis-
ponível em: <http://tcconline.utp.br/media/
tcc/2017/05/UTILIZACAO-DO-ACIDO-SALI-
CILICO-NO-TRATAMENTO-DA-ACNE.pdf>. 
Acesso em: 12 dez. 2017.
http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/UTILIZACAO-DO-ACIDO-SALICILICO-NO-TRATAMENTO-DA-ACNE.pdf
http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/UTILIZACAO-DO-ACIDO-SALICILICO-NO-TRATAMENTO-DA-ACNE.pdf
http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/UTILIZACAO-DO-ACIDO-SALICILICO-NO-TRATAMENTO-DA-ACNE.pdf
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
142/219
anos de idade. Em caso de exposição even-
tual ao sol, não utilizar o produto na véspe-
ra, no próprio dia da exposição e no dia se-
guinte. Se houver queimadura do sol, deve-
-se esperar a recuperação da pele antes de 
reiniciar o tratamento. Usado em cremes e 
géis. Utilizado em concentrações de 0,1% e 
aplicado nas áreas afetadas pela acne uma 
vez por dia antes de dormir.
• Anti-oil Spheres – Nome INCI: Silica 
Dimethyl Silytate
Microesferas de sílica de alta capacidade de 
absorção de óleo, cerca de três vezes o seu 
peso. São responsáveis pela textura ace-
tinada das formulações e pela melhora do 
deslizamento do produto sobre a pele, di-
minuindo a sensação pegajosa. Usado em 
cremes, loções e géis não iônicos. Não tritu-
• Adapaleno
Trata-se de um derivado do ácido naftoico. 
É um composto com ações semelhantes às 
dos retinoides, que demonstrou proprieda-
des anti-inflamatórias. Quando aplicado 
na pele, é comedolítico e também atua nos 
processos de queratinização e diferencia-
ção anormais da epiderme, dois mecanis-
mos presentes na patogênese da acne vul-
gar. O modo de ação do adapaleno parece 
estar relacionado com a normalização da 
diferenciação das células do epitélio folicu-
lar, resultando em diminuição da formação 
de microcomedões. Esse ativo destina-se 
ao tratamento cutâneo em casos leves e 
moderados da acne vulgar de face, tórax ou 
costas, nas quais predominam comedões, 
pápulas e pústulas em pessoas acima de 12 
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
143/219
re o produto. O pH de estabilidade é entre 5 
e 7. Utilizado em concentrações de 1 a 20%.
• Bioex antioleosidade (galena)
Complexo de extratos vegetais compos-
to por agrião, bardana, sálvia, limão, hera 
e quilaia. Tem propriedades adstringen-
tes, antissépticas, antioxidante, cicatrizan-
te, desodorante, anticaspa, vasocosntritor, 
descongestionante, antilipêmico, antisse-
borreico, tensoativo, anti-inflamatório, es-
timulante metabólico e antiperspirante. É 
solúvel em etanol, no máximo 50% de água, 
propilenoglicol e glicerina. Utilizado em 
xampus, tônicos capilares e sabonetes em 
concentrações de 1 a 5%; e de 2 a 10% em 
cremes, géis, loções para o rosto.
• Biosalix Extract – Extrato de Salix ni-
gra
Planta rica em salicilinas, que são sais de 
ácido salicílico. Seu extrato tem proprieda-
des antimicrobianas, queratolíticas, antis-
sépticas e antiacneicas. Utilizado em con-
centrações de 1 a 10%.
• Epicutin TT – Nome INCI: Melaleuca 
Alternifolia (Tea Tree), Leaf oil, Ciclo-
dextrinas de óleo de melaleuca. Ativo 
praticamente inodoro, antimicrobia-
no, anti-inflamatório e absorvedor de 
oleosidade da pele. Após a liberação 
do óleo de melaleuca, as ciclodextri-
nas ficam livres para encapsular ou-
tras moléculas hidrofóbicas em seu 
interior, capazes de reduzir a quanti-
dade de sebo da pele. Comparando ao 
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
144/219
peróxido de benzoíla ao ácido azelaico 
e ao óleo de melaleuca livre, este ativo 
mostra-se como uma opção no trata-
mento da acne, produzindo rápida re-
dução de espinhas e comedões, me-
lhorando o aspecto da pele. Usado em 
cremes, géis, loções antiacne, emul-
sões oil-free e géis antiacne. O pH de 
estabilidade é entre 4,5 e 5,5. Utiliza-
do em concentrações de 5 a 10%.
• Zymo Clear – Nome INCI: Maltodextrin 
and Lipase and subtilisin. Complexo de 
maltodextrina com lipase e protea-
se. O composto das enzimas termo-
estáveis lipase e protease promove a 
degradação enzimática da gordura e 
da proteína, facilitando sua remoção 
por meio de lavagem normal. Pode ser 
associado com ácido glicólico, ácido 
azelaico ou ácido salicílico em for-
mulações destinadas à limpeza fa-
cial, como cremes e loções aniônicos, 
gel de carbopol e sabonete líquido. É 
incompatível com bases peroladas. 
Usado em produtos de limpeza facial 
profunda, demaquilantes e produtospara peles acneicas ou seborreicas. O 
pH de estabilidade varia entre 5 e 7. 
Utilizado em concentrações de 2 a 5%.
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
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2. Ativos cosméticos utilizados 
no Tratamento e prevenção do 
envelhecimento
2.1 Antienvelhecimento
É fato: todos vamos envelhecer!
Devemos lembrar que, com o envelhecimen-
to, o organismo se altera como um todo. As 
modificações não acontecem apenas exter-
namente, embora a pele, nosso maior órgão, 
denuncie esse evento antes que possamos 
percebê-lo, muitas modificações já se ope-
ram no interior de nosso corpo. Certos gru-
pos étnicos parecem ter maior longevidade, 
o que acentua a ideia da influência genética 
no envelhecimento. Não devemos nos es-
quecer dos radicais livres, que também par-
ticipam desse processo, pois originam a oxi-
dação que desencadeia os processos que, 
por sua vez, são influenciados por radiações 
solares, doenças, fumo, estresse. Além dis-
so, as alterações hormonais, próprias desse 
período da vida, participam do processo de 
envelhecer.
Os filtros solares devem ser usados tanto 
por homens quanto por mulheres. A grande 
dica para ter uma pele saudável é limpeza, 
hidratação, nutrição, hábitos alimentares 
equilibrados, diminuição do estresse, do 
fumo, atividade física 3 vezes por semana e 
principalmente a aplicação diária de filtros 
solares, mesmo em dias nublados e chuvo-
sos.
A seguir, iremos verificar substâncias mais 
recentes e inovadoras na profilaxia e trata-
mento do envelhecimento cutâneo.
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
146/219
2.2 Ativos cosméticos utilizados 
no tratamento e prevenção do 
envelhecimento cutâneo
• Ácido Alfa lipoico tópico
Apresenta atividade antioxidante. Elimina 
as espécies reativas de oxigênio, interage 
com outros antioxidantes, como vitamina 
C, vitamina E e glutationa. Repara danos 
oxidativos por meio de seu efeito protetor 
contra o estresse causado, por exemplo, 
pela radiação ultravioleta; evita a produção 
de substâncias químicas pró-inflamatórias, 
chamadas citoquinas, que danificam as cé-
lulas e aceleram o envelhecimento e, por-
tanto, auxilia na redução e prevenção da 
formação de linhas de expressão e rugas. 
Pode causar dermatite de contato e irrita-
ção na pele. É insolúvel em água e solúvel 
em álcool. Usado em cremes, loções iônicas 
e géis. O pH de estabilidade é entre 4 e 6,5. 
Utilizado em concentrações de 1 a 5%.
• Activesphere C
Já foi chamado Thalasferas de vitamina C. 
É o VC-PMG (ascorbil-fosfato de magnésio) 
englobado em microesferas de colágeno 
marinho, recoberto por glicosaminoglica-
nas. Esse ativo tem ação prolongada, cerca 
de 12 horas. Incrementa a retenção de água 
e a elasticidade da pele. Reduz manchas e 
atua como agente antiestresse da epider-
me. Pode ser utilizado em emulsões, xampus 
e gel não iônico. É compatível com filtros so-
lares e incompatível com despigmentantes 
cujo pH final seja inferior a 7. Seu pH de es-
tabilidade é 7. Utilizado em concentrações 
de 1 a 10% em emulsões, e a 5% em géis.
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
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• DMAE
Com o envelhecimento, começa a dimi-
nuir a quantidade de todas as substâncias 
químicas e os precursores nutricionais que 
tonificam os músculos. A acetilcolina, res-
ponsável pelas contrações musculares, é 
um deles. O DMAE age na acetilcolina, es-
timulando-a, além de ajudar as células na 
eliminação de dejetos e manutenção dos 
nutrientes. Associado ao ácido alfalipoico, 
pode atenuar marcas de expressão e devol-
ver o tônus à pele sob o queixo. Proporciona 
mais firmeza aos lábios, dando-lhes volume 
e reduzindo linhas de expressão e rugas. In-
dicado para uso em formulações cremosas, 
loções e géis. O pH de estabilidade varia en-
tre 3,5 e 7, dependendo das associações e 
condições da pele do usuário. Utilizado em 
concentrações de 3 a 10%.
Para saber mais
O DMAE glicolato é apresentado em solução 
aquosa a 70% peso/peso, facilitando a incorpora-
ção do sal às diversas formulações dermatológi-
cas e cosméticas. Seu pH é compatível com a pele. 
O odor é mais suave em relação ao DMAE base. 
Não é necessário acertar o pH. Em cada grama 
70% peso/peso de DMAE glicolato, temos 0,3323 
g de ácido glicólico e 0,3677 g de DMAE.
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
148/219
3 ativos cosméticos utilizados 
no tratamento e prevenção da 
celulite
3.1 O fibroedema geloide (FEG)
Popularmente chamado de celulite, o fibro-
edema geloide se manifesta no tecido gor-
duroso que se encontra embaixo da pele. 
No corpo todo, observa-se essa camada de 
tecido gorduroso, cerca de 20% do peso do 
indivíduo. Quando ocorre aumento do peso, 
ou seja, aumento do tecido gorduroso, há 
compressão de vasos que se projetam des-
se tecido para a pele, aparecendo o que co-
nhecemos como celulite.
Mas fibroedema geloide não é só o aumen-
to do tecido gorduroso, porque os magros 
também apresentam essa alteração, ele se 
relaciona com alimentação, fatores hormo-
nais, estilo de vida sedentário, circulação 
sanguínea e linfática, tendência genética, 
Link
O uso do DMAE nanoparticulado para o envelheci-
mento cutâneo para ampliar seus conhecimentos 
sobre esse tópico. Disponível em: <http://tccon-
line.utp.br/media/tcc/2017/06/O-USO-DO-
-DMAE-NANOPARTICULADO-PARA-O-EN-
VELHECIMENTO-CUTANEO.pdf>. Acesso em: 
14 dez 2017.
http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/06/O-USO-DO-DMAE-NANOPARTICULADO-PARA-O-ENVELHECIMENTO-CUTANEO.pdf
http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/06/O-USO-DO-DMAE-NANOPARTICULADO-PARA-O-ENVELHECIMENTO-CUTANEO.pdf
http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/06/O-USO-DO-DMAE-NANOPARTICULADO-PARA-O-ENVELHECIMENTO-CUTANEO.pdf
http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/06/O-USO-DO-DMAE-NANOPARTICULADO-PARA-O-ENVELHECIMENTO-CUTANEO.pdf
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
149/219
tipos físicos, entre outros fatores.
A seguir, iremos verificar substâncias mais 
recentes e inovadoras na profilaxia e trata-
mento do fibroedema geloide.
3.2 Ativos cosméticos utilizados 
no tratamento e prevenção do 
FEG
• Asiaticoside
Princípio ativo: Centella asiática. Ativo que 
tem a propriedade de atuar sobre a circula-
ção de retorno, aumentando a elasticidade 
das paredes venosas, eliminando edemas 
e hematomas, combatendo processos de-
generativos do tecido conjuntivo venoso e 
perturbações funcionais nos membros in-
feriores, como pernas pesadas e doloridas, 
formigamento e câimbras. Usado em gel, 
creme ou loção e em formulações via oral. 
Insolúvel em água, pouco solúvel em eta-
nol. Não há a necessidade de conversão do 
produto, pois seu teor corresponde a 100% 
da matéria ativa encontrada na planta. Uti-
lizado em concentrações de 0,1 a 0,5% em 
cremes, loções, géis; e de 20 a 60 mg por dia 
via oral.
• Coffee oil
Óleo de café incolor e inodoro, que tem 
ação inibidora da fosfodiesterase, enzima 
responsável pela quebra do AMP cíclico en-
volvido no acúmulo de gordura nos tecidos. 
Recomendado para produtos de remodela-
mento corporal ou no cuidado do FEG. Apre-
senta também conhecida atividade absor-
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
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vedora por radiações ultravioletas. Usado 
em cremes e loções em concentrações de 2 
a 6%.
• Iodotrat
Ativo de uso tópico composto por moléculas 
de iodo orgânico aminadas, estabilizadas e 
purificadas. Não exerce ação enzimática tó-
xica na pele e nenhum tipo de estimulação 
hormonal, como os derivadosdo iodo, já que 
não contém iodo elementar livre. Consegue 
penetrar na pele e atingir os adipócitos, de-
compondo triglicérides em ácidos graxos e 
glicerol. Ativa a circulação por mecanismos 
mastocitários, diminuindo a constrição de 
vasos linfáticos e aumentando o fluxo de 
nutrientes. Solúvel em água. Não tem efeito 
irritante ou sensibilizante. O pH de estabili-
dade varia entre 6 e 8. Utilizado em concen-
trações de 0,6 a 0,8%.
Para saber mais
O Rutiderme é um composto de flavonoides ex-
traídos da Ruta Graveolens e de lecitina; ele atua 
como um carreador, aumentando a permeabili-
dade transepidérmica, tem propriedades anti-in-
flamatórias, antiedematosa e vasoprotetora, ca-
paz de diminuir a permeabilidade vascular da pele 
inflamada e de promover a reabsorção do edema. 
Ação eficaz no controle do FEG, além de melhora 
no aspecto das olheiras e trazer alívio de ardor e 
vermelhidão causados pela exposição solar.
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
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Link
Leia o artigo que faz uma revisão da litera-
tura a respeito do fibroedema geloide. Dis-
ponível em: <http://www.inicepg.uni-
vap.br/cd/INIC_2009/anais/arquivos/
RE_0950_1392_01.pdf>. Acesso em: 14 dez. 
2017.
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
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Glossário
Retinoides: derivados da vitamina A que atuam como antioxidantes e ativam genes e proteínas.
Diagnóstico: determinação sobre a natureza e o objeto de uma lesão ou doença.
Fibroedema geloide: alterações na pele e no tecido subcutâneo, sem infiltrado inflamatório.
Questão
reflexão
?
para
153/219
Prezado aluno,
Como visto, neste capítulo, sobre ativos cosméticos utilizados em 
algumas disfunções estéticas, percebemos que inovações cosmé-
ticas surgem diariamente. Foram enfatizadas apenas três disfun-
ções estéticas, que são de maior importância: acne, fibroedema 
geloide e envelhecimento, e listados alguns princípios ativos que 
podem ser utilizados no tratamento e prevenção dessas alterações, 
bem como seus mecanismos de ação. Agora que você já conhece 
um pouco mais sobre esses ativos, pesquise mais cinco ativos de 
cada uma das disfunções estéticas listadas e elabore um relatório 
contendo: nome do ativo, formas de utilização e prevenção.
Bom trabalho!
154/219
Considerações Finais
• A acne é uma síndrome cutânea exteriorizada clinicamente por elemen-
tos eruptivos, nos quais podem estar presentes comedões, pápulas, pús-
tulas, cistos e abcessos.
• Existem diversos ativos utilizados no tratamento e prevenção da acne, 
dentre eles: acnet, adapaleno, anti oil spheres, bioex antioleosidade, bio-
salix extract, epiticum TT e zymo clear.
• As modificações não acontecem apenas externamente, embora a pele, 
nosso maior órgão, denuncie o envelhecimento antes que possamos 
percebê-lo, muitas mudanças já se operam no interior de nosso corpo. 
Certas etnias parecem ter maior longevidade, o que acentua a ideia da 
influência genética no envelhecimento.
• Existem diversos ativos utilizados no tratamento e prevenção do enve-
lhecimento cutâneo: ácido alfalipíoco tópico, activesphere C e DMAE.
155/219
Considerações Finais
• O FEG se manifesta no tecido gorduroso que se encontra embaixo da 
pele. No corpo todo, observa-se essa camada de tecido gorduroso, cerca 
de 20% do peso do indivíduo. Quando ocorre aumento do peso, ou seja, 
aumento do referido tecido, há compressão de vasos que se projetam do 
tecido gorduroso para a pele.
• Existem diversos ativos utilizados no tratamento e prevenção do FEG: 
asiaticoside, coffe oil, iodotrat.
Unidade 4 • Principais ativos cosméticos utilizados na prevenção e correção das disfunções estéticas corporais e faciais. 
Mecanismo de ação
156/219
Referências
BALES, A. F.; LUBI, N. O uso do DMAE nanoparticulado para o envelhecimento cutâneo. Dispo-
nível em: <http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/06/O-USO-DO-DMAE-NANOPARTICULADO-
-PARA-O-ENVELHECIMENTO-CUTANEO.pdf>. Acesso em: 14 dez 2017.
GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia dermatofuncional: fundamentos, recursos e pato-
logias. 3. ed. Barueri: Manole, 2004. p. 425-426.
LIMA, K. M. R.; DELAY, C. E. Princípios fisiológicos da acne e a utilização de diferentes tipos de áci-
dos como forma de tratamento. Disponível em: <http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/UTI-
LIZACAO-DO-ACIDO-SALICILICO-NO-TRATAMENTO-DA-ACNE.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2017.
MAIO, M. Tratado de medicina estética. 2. ed. São Paulo: Roca, 2011. p. 1.405-1.406. v. III.
PIRES, V. A.; ARRIEIRO, A. N.; XAVIER, M. Fibroedema geloide: etiopatogenia, avaliação e aspec-
tos relevantes – uma revisão de literatura. Disponível em: <http://www.inicepg.univap.br/cd/
INIC_2009/anais/arquivos/RE_0950_1392_01.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2017.
SOUZA, V. M. Ativos Dermatológicos, volumes 1 a 4: guia de ativos dermatológicos utilizados 
na farmácia de manipulação para médicos e farmacêuticos. São Paulo: Pharmabooks, 2009. p. 
381-382.
http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/06/O-USO-DO-DMAE-NANOPARTICULADO-PARA-O-ENVELHECIMENTO-CUTANEO.pdf
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http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/UTILIZACAO-DO-ACIDO-SALICILICO-NO-TRATAMENTO-DA-ACNE.pdf
http://tcconline.utp.br/media/tcc/2017/05/UTILIZACAO-DO-ACIDO-SALICILICO-NO-TRATAMENTO-DA-ACNE.pdf
157/219
1. O AC NET (Croda), ativo utilizado na prevenção e tratamento da acne, 
é uma associação de ácido oleanoico e ácido nordi-idroguairético (NDGA). 
Esse ativo reduz a seborreia, hiperqueratinose, inflamação e proliferação 
bacteriana. Pode ser usado em tônicos, emulsões, géis e máscaras.
a) 2,5
b) 3,5
c) 4,5
d) 5,5
e) 6,5
Questão 1
158/219
2. O Biosalix Extract – Extrato de Salix nigra, ativo utilizado no tratamen-
to e prevenção da acne, é uma planta rica em ________________, que 
são sais de ácido salicílico. Seu extrato tem propriedades antimicrobianas, 
queratolíticas, antissépticas e antiacneicas. Utilizado em concentrações 
de 1 a 10%. Complete corretamente a sentença.
a) Salicilatos.
b) Salicilinas.
c) Lipídeos.
d) Proteínas.
e) Ácidos graxos.
Questão 2
159/219
3. O ácido alfalipoico é um ativo utilizado na prevenção e tratamento do 
envelhecimento cutâneo. Ele elimina as espécies reativas de oxigênio, in-
terage com outros antioxidantes, como vitamina C, vitamina E e glutatio-
na, pois apresenta atividade:
a) Anestésica.
b) Hiperemiante.
c) Esfoliante.
d) Tonificante.
e) Antioxidante.
Questão 3
160/219
4. O Activesphere C, ativo utilizado na prevenção e tratamento do enve-
lhecimento cutâneo, já foi chamado de Thalasferas de vitamina C. É o VC-
-PMG (ascorbil-fosfato de magnésio) englobado em microesferas de colá-
geno marinho, recoberto com glicosaminoglicanas. Esse ativo tem ação 
prolongada, por cerca de:
a) 8 horas.
b) 10 horas.
c) 12 horas.
d) 14 horas.
e) 16 horas.
Questão 4
161/219
5. O Coffee oil – Óleo de café, incolor e inodoro, é um ativo utiliza-
do no tratamento e prevenção da celulite, que tem ação inibidora da 
__________________, enzima responsável pela quebra do AMP cíclico 
envolvido no acúmulo de gorduras nos tecidos. Recomendado para pro-
dutos de remodelamento corporal ou no cuidado da celulite. Apresenta 
também conhecida atividade absorvedora por radiações ultravioletas. 
Usado em cremes e loções. Utilizado em concentrações de 2 a 6%.
Complete corretamente a sentença:
a) fosfodiesterase.
b) amilase.
c) lipase.
d) protease.
e) galactase.
Questão 5
162/219
Gabarito
1. Resposta: D.
No AC NET (Croda), o pH de estabilidade é 
5,5.
2. Resposta: B.
O Biosalix Extract – Extrato de Salix nigra, ati-
vo utilizado no tratamento e prevenção da 
acne, é uma planta rica em salicilinas, que 
são sais de ácido salicílico. Seu extrato tem 
propriedades antimicrobianas,queratolíti-
cas, antissépticas e antiacneicas. Utilizado 
em concentrações de 1 a 10%.
3. Resposta: E.
O ácido alfalipoico tem atividade antioxi-
dante. Ele elimina as espécies reativas de 
oxigênio, interage com outros antioxidan-
tes, como vitamina C, vitamina E e glutatio-
na.
4. Resposta: C.
O VC-PMG (ascorbil-fosfato de magnésio) 
é englobado em microesferas de colágeno 
marinho, recoberto com glicosaminoglica-
nas. Esse ativo tem ação prolongada, por 
cerca de 12 horas.
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Gabarito
5. Resposta: A.
Óleo de café é um ativo incolor e inodoro, 
que tem ação inibidora da fosfodiesterase, 
enzima responsável pela quebra do AMP 
cíclico envolvido no acúmulo de gorduras 
nos tecidos. Recomendado para produtos 
de remodelamento corporal ou no cuidado 
da celulite. Apresenta também conhecida 
atividade absorvedora por radiações ultra-
violetas. Usado em cremes e loções em con-
centrações de 2 a 6%.
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Unidade 7
Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de 
Última Geração e Protetor Solar
Objetivos
1. Identificar e conhecer a veiculação 
dos princípios ativos.
2. Conhecer o mecanismo de ação de 
agentes despigmentantes.
3. Conhecer o mecanismo de ação dos 
protetores solares.
4. Identificar o mecanismo de bronzea-
mento.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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Introdução
A veiculação dos princípios ativos no orga-
nismo humano é uma das principais carac-
terísticas para se obter sucesso na penetra-
ção do ativo na pele.
Os veículos geralmente constituem a maior 
parte da formulação, portanto é o que de-
terminará a forma física do cosmético. Por 
exemplo, no pó compacto, o veículo é cons-
tituído por talco e calium; na loção pós-bar-
ba, é constituído por uma solução hidroal-
coólica. As naturezas física e química do ve-
ículo influem na estabilidade dos princípios 
ativos, na forma de liberação, na facilidade 
de aplicação do cosmético na duração da 
ação etc. Eles são os agentes para espalhar 
os produtos, necessários para a formulação 
de um cosmético.
O tratamento despigmentante é utiliza-
do para tratar todas as manchas de origem 
melânica e sua principal indicação é o me-
lasma, uma hiperpigmentação que afeta, 
predominantemente, a região facial.
O sol tem participação importante no hu-
mor das pessoas. A verdade é que ele par-
ticipa diretamente de quase toda forma de 
vida do planeta Terra. Com exceção de algu-
mas poucas espécies de micro-organismos 
capazes de viver sem luz, as condições para 
a existência da vida no planeta são as pre-
senças de luz, calor e água.
A energia solar que chega à Terra é dividida 
em três partes: radiação ultravioleta (5%), 
luz visível (35%) e radiação infravermelha 
(60%). Dessa energia, depende a grande 
maioria dos ciclos biológicos, como a fotos-
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
166/219
síntese, que garante a vida dos vegetais e de 
todos os animais que deles se alimentam.
Nesta aula, abordaremos a veiculação dos 
ativos cosméticos, trataremos também do 
mecanismo de ação de agentes despigmen-
tantes e finalizaremos a aula com o meca-
nismo de ação dos filtros solares e produtos 
para bronzeamento.
1 Veiculação de princípios ativos
1.1 Lipossomas
Pequenas vesículas constituídas por um nú-
mero variável de folhas ou pequenas lâmi-
nas bimoleculares de fosfolipídeos, sepa-
radas umas das outras por compartimen-
tos aquosos. Essa estrutura, muito próxima 
daquela das membranas celulares, permite 
que eles se fundam com ela, liberando os 
princípios ativos que elas contêm no inte-
rior do citoplasma.
Nos lipossomas, podemos incluir os princí-
pios ativos lipófilos (ativos que têm grande 
afinidade com lipídeos) na parede ou hidró-
filos na cavidade central. Classificamos os 
lipossomos em vários tipos, conforme seu 
tamanho e o número de compartimentos:
• Lipossomas multilamelares ou MLV 
(multilamellar vesicle). Vesículas que 
contêm várias paredes e vários com-
partimentos concêntricos.
• Pequenos lipossomas unilamelares ou 
SUV (small unilamellar vesicle). Vesícu-
las que comportam uma só parede e 
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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uma só cavidade aquosa.
• Grandes lipossomas unilamelares ou 
LUV (large unilamellar vesicle). Vesícu-
las maiores que as anteriores, mas do 
mesmo tipo.
Lipossomas apresentam dois inconvenien-
tes importantes:
• Falta de especificação para a célula-
-alvo.
• Oxidação e instabilidade química dos 
fosfolipídeos.
A indústria cosmética colocou no mercado 
os lipossomas não iônicos ou niossomos, 
cuja parede não é constituída por fosfolipí-
deos, mas sim por lipídeos não iônicos.
Vantagens da utilização dos niossomos:
• São muito estáveis.
• Sua similitude estrutural com os lipí-
deos intercorneocitários ou cimen-
to intercelular permite restaurarem o 
estrato córneo na sua integridade ou 
coesão.
1.2 Nanosferas
Cápsulas ou partículas esféricas cujo diâ-
metro é inferior ao do micrômetro. Elas pe-
netram no interior da célula por endocitose. 
São compostas à base de polímeros natu-
rais ou sintéticos e são mais estáveis que os 
lipossomas.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
168/219
1.3 Microesferas
Seus tamanhos são idênticos aos das micro-
cápsulas, mas são produtos sólidos, cheios 
e esféricos. Os principais ativos são aí dis-
solvidos ou dispersados.
Para saber mais
Os veículos devem propiciar aos cosméticos poder 
de penetração e liberação de ativos; entre os mais 
usados, temos os lipossomas (tratados anterior-
mente), as nanoesferas e os fitossomas. As nano-
esferas são polímeros elaborados de poliestireno, 
cuja estrutura matricial é microporosa. Apresen-
tam liberação gradual de princípios ativos e são 
produtos estáveis na presença de tensoativos.
Link
Acesse o link indicado para ler um estudo a respei-
to da influência de veículos cosméticos na perme-
ação cutânea. Disponível em: <http://acervodi-
gital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/3745/
Disserta%C3%A7%C3%A3o%20%20de%20
Mestrado%20Clarice%20Sasson.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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2. Agentes Despigmentantes
O tratamento despigmentante é utilizado 
para cuidar de todas as manchas de origem 
melânica, sendo sua principal indicação o 
melasma, uma hiperpigmentação que afe-
ta, predominantemente, a região facial.
O fato de clarear e uniformizar a tonalidade 
da pele está associado à pureza e à beleza. A 
radiação ultravioleta (UV) aumenta a quan-
tidade de melanócitos detectáveis na pele, 
aumentando também a taxa de transferên-
cia de melanina para os melanócitos.
A melanina é o mais importante pigmento 
que determina a cor da pele e divide-se em 
dois tipos: a eumelanina e a feomelanina.
2.1 Principais agentes despig-
mentantes
1. Hidroquinona: agente despigmen-
tante mais utilizado no combate às hi-
percromias de pele. Derivada do ácido 
fênico, a hidroquinona age bloquean-
do a conversão de dopa em melanina 
graças à inibição da enzima tirosinase. 
Efeitos adversos incluem dermatite 
alérgica ou irritativa, hipopigmenta-
ção cutânea e ocronose, mais comum 
na face, porém, podendo se manifes-
tar também no colo e pescoço.
2. Ácido Azelaico: a ação desse ácido é 
seletiva nos melanócitos hiperativos 
ou anormais, em que promove a ini-
bição da tirosina, diminuição da ati-
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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vidade da oxirredutase mitocondrial e 
diminuição na síntese de DNA.
3. Ácido Kójico: inibidorda tirosinase. 
Uma das vantagens do ácido kójico 
em relação a outros despigmentantes 
é sua estabilidade química, pode ser 
associado a outros ativos em diversas 
formulações.
4. Vitamina C: antioxidante bastante 
conhecido. Seu efeito sobre a forma-
ção dos radicais livres, quando topi-
camente aplicada à pele por meio de 
creme, ainda não foi claramente de-
monstrado. A eficácia das aplicações 
de vitamina C tópica tem sido questio-
nada em razão da instabilidade dessa 
vitamina. Algumas formas apresen-
tam melhor estabilidade em sistemas 
aquosos. Quando avaliada em sua ca-
pacidade de combater os radicais li-
vres à luz de seu efeito sinérgico com 
a vitamina E, a vitamina C se sai muito 
bem. Quando a vitamina E reage com 
o radical livre, ela é danificada. A vita-
mina C vem para reparar o dano cau-
sado à vitamina E pelo radical livre, 
permitindo que esta última continue 
com sua atividade sequestrante.
5. Alfa-hidroxiácidos: ativos que au-
mentam a retenção de água da epi-
derme e aceleram o processo de des-
camação em altas concentrações. 
São esses: ácido glicólico, ácido cítri-
co anidro, ácido láctico, ácido málico, 
ácido tartárico. Incompatíveis com hi-
droquinona, filtros solares e vitamina 
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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C tópica. O pH de estabilidade é 3,8. 
Utilizados em concentrações de 10 a 
30%, para uso em consultórios.
6. Ácido glicólico: também chamado 
ácido hidroxiacético, ácido hidroxie-
tanoico ou AHA. Solúvel em água, 
metanol, álcool, acetona, éter, ácido 
acético. Usado em cremes, loções e 
géis. Em consultório, pode ser usa-
do em concentrações de 30, 50 e até 
70%, de acordo com a resistência da 
pele e a natureza da lesão a ser trata-
da, variando de 1 a 3 minutos o tempo 
de contato. Em pH 3,8, é um agente 
esfoliante e despigmentante. Em pH 
6, torna-se um glicolato, excelente 
agente hidratante. À medida que o 
pH aumenta, diminui a capacidade de 
renovação da pele. Utilizado nas con-
centrações de 5 a 10% para uso do-
méstico. Os alfa-hidroxiácidos (AHA’s) 
constituem um grupo de substâncias 
normalmente encontrado em frutas 
e alimentos, por isso, são conhecidos 
como ácidos de frutas. O ácido gli-
cólico é o mais popular e é encontra-
do naturalmente na cana-de-açúcar. 
Outros ácidos desse grupo são: ácido 
lático, encontrado no leite azedo; o 
ácido cítrico, presente nas frutas cítri-
cas; o tartárico, nas uvas; o málico e o 
mandélico, na maçã. O ácido glicólico 
tem a menor molécula, por isso é em-
pregado em larga escala na indústria 
cosmética. Outros ácidos da família 
dos AHA’s também têm potencial para 
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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uso clínico, como: ácido acetilmandé-
lico, ácido metilmandélico, ácido ga-
lacturônico, ácido tartárico. O ácido 
glicólico tem sido usado largamente 
nos diversos tipos de alterações cutâ-
neas, por diminuir a coesão entre os 
corneócitos e por interferir na ligação 
iônica, degradando a proteína que 
une um corneócito ao outro.
7. Gluconolactona ou Poli-hidroxiáci-
do: delta-lactona do ácido glucônico, 
obtido pela oxidação da glucose do 
milho. Agente que atua com a mes-
ma eficácia que os alfa-hidroxiácidos 
tradicionais. Além de hidratante e an-
tioxidante, tem como vantagem não 
causar irritação na pele. Assim como 
os outros hidroxiácidos, a gluconolac-
tona precisa estar na sua forma áci-
da para penetrar na pele, entretanto, 
penetra de forma mais lenta e gradu-
al, sem causar queimação, ardência 
ou a sensação de picadas provocada 
pelos alfa-hidroxiácidos tradicionais. 
Usada no tratamento do fotoenve-
lhecimento cutâneo para indivídu-
os de pele sensível e étnica. Indicada 
para formulações despigmentantes, 
pré e pós-laser, emulsões antienve-
lhecimento, hidratantes, formulações 
para o tratamento de acne rosácea e 
dermatite atópica. Pode ser usada na 
área dos olhos e ao redor dos lábios. 
Indicada para uso em forma de géis, 
emulsões e tônicos. O pH de estabi-
lidade varia de 3,5 a 4. Utilizado em 
concentrações de 1 a 10% para uso 
doméstico e 30% em consultório.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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3. Protetor Solar
Nos seres humanos, além de melhorar o 
humor e o bem-estar psicológico, a radia-
ção solar é importante para a manutenção 
do metabolismo. A pele humana precisa da 
radiação solar para sintetizar vitamina D, a 
vitamina do crescimento. O sol também é 
importante para a calcificação dos ossos e 
a prevenção de osteoporose. A radiação ul-
Link
Acesse o link e leia o artigo que trata de produ-
tos cosméticos despigmentastes. Disponível em: 
<http://siaibib01.univali.br/pdf/ionice%20
remiao%20tedesco.pdf>. Acesso em: 14 dez. 
2017.
Para saber mais
A argila branca é um produto natural originário de 
rochas sedimentares silicoalumínicas, extraídas 
da bacia de Paris, é rica em diversos compostos 
minerais que são responsáveis pela sua coloração 
e ação terapêutica. Proveniente da transformação 
de rochas lavadas pela água da chuva, sua colora-
ção se deve à ausência de elementos traços. Tem 
elevada quantidade de alumínio, que lhe confere 
propriedade cicatrizante.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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travioleta (UV) é utilizada no tratamento de 
patologias como psoríase, eczema e linfo-
ma cutâneo das células T.
É impossível negar a importância do sol e da 
radiação por ele emitida para a vida huma-
na. Apesar disso, algumas precauções de-
vem ser tomadas com relação à exposição à 
radiação solar, uma vez que ela não deve ser 
absorvida em excesso pela pele, pois pode 
causar problemas que vão desde a insola-
ção até o câncer de pele.
A radiação infravermelha (IV) aquece a pele 
em suas camadas mais profundas e serve 
como um alerta de proteção contra a radia-
ção UV, uma vez que, ao sentir a pele muito 
aquecida, a pessoa tende a se proteger do 
alcance do sol.
A radiação UV está ainda dividida em três 
tipos: UVA, UVB e UVC. As ondas de ener-
gia emitidas pelo sol participam do chama-
do espectro eletromagnético, em que cada 
tipo de onda tem um comprimento diferen-
te, medido por meio de uma unidade cha-
mada nanômetro (nm). Assim, a radiação 
UVA encontra-se na faixa que vai de 320 a 
400 nm; a UVB, na faixa de 290 a 320 nm; e 
a UVC na faixa de 200 a 290 nm.
A radiação UVC não atinge a superfície da 
Terra, fica retida na camada de ozônio exis-
tente na atmosfera. Já a UVA chega em sua 
totalidade à superfície do planeta e a UVB 
tem próximo a 90% do seu total também 
retido na camada de ozônio.
Durante todo o dia, a radiação UVA está 
presente na superfície do planeta, ao pas-
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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so que a UVB tem sua maior concentração 
no horário compreendido entre as 10h e as 
16h.
Por ter um comprimento de onda maior, 
a radiação UVA tem maior penetração na 
pele, chegando até a derme. A UVB, por 
sua vez, é absorvida quase totalmente pela 
epiderme. Por isso, o eritema (vermelhidão 
provocado por vasodilatação) causado pela 
radiação UVB é maior. Isso significa que 
os danos maiores à pele podem acontecer 
quando se fica exposto ao sol no horário das 
10h às 16h.
A luz absorvida pela pele produz reações 
fotoquímicas que desencadeiam alterações 
nas moléculas e podem causar danos à pele. 
Os cromóforos são as estruturas que absor-
vem luz na pele e o principal é a melanina, 
que, ao absorver luz, reage pigmentando a 
pele como forma de proteção contra os da-
nos provocados pela radiação. Na verdade, o 
que se chama de bronzeamento, nada mais 
é do que uma proteção queo organismo de-
senvolve contra o excesso de radiação solar.
A radiação UVA interage com os fibroblastos 
dérmicos e é responsável por alterações nas 
fibras de colágeno e elastina, diminuindo a 
sustentação e a elasticidade da pele. Tam-
bém aumenta a liberação de radicais livres 
na derme, contribuindo ainda mais para o 
processo de fotoenvelhecimento cutâneo.
O estresse oxidativo provocado pelos radi-
cais livres e a degeneração de colágeno e 
elastina levam à formação de rugas profun-
das. As células da epiderme se alteram, cau-
sando maior perda de água transepidérmi-
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
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ca, o que torna a pele áspera e desidratada. 
O aumento da produção de melanina para 
se proteger da radiação leva à formação de 
manchas e o espessamento da epiderme 
leva à ceratose actínica. Com o passar do 
tempo, ocorrem alterações nas células de 
Langerhans (responsáveis pela defesa da 
pele) e nos núcleos dos queratinócitos, po-
dendo surgir lesões pré-cancerígenas.
A radiação UVB é absorvida na epiderme, 
onde ocorre sua atuação benéfica, que é a 
síntese de vitamina D.
3.1 Mecanismo do bronzeamen-
to
3.1.1 Produtos que bronzeiam 
sem sol: autobronzeadores
Existem em formas de leites, loções e cre-
mes. São frequentemente encontrados à 
base de di-idroxiacetona (DHA), a qual se 
combina com um aminoácido presente na 
pele, a arginina, e desenvolve uma colora-
ção marrom durante vários dias.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
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3.1.2 Produtos ativadores de 
bronzeamento
Atualmente, encontram-se mais e mais pro-
dutos solares aceleradores da melanogêne-
se (processo de formação de melanina).
Eles são compostos à base de:
• Psoralenos – substâncias químicas de 
origem vegetal que, sob a ação do sol, 
reforçam a pigmentação natural, pois 
estimulam a produção de melanina. A 
legislação os autoriza com a condição 
de sua concentração ser igual aos te-
ores normais contidos nas essências 
naturais.
• Tiropsina – aminoácido precursor da 
melanina.
• Cupropeptídeos – agrupamentos de 
aminoácidos contendo um íon cobre. 
São introduzidos nos produtos sola-
res, pois estimulam a atividade das 
tirosinases, enzimas indispensáveis 
com a formação da melanina.
3.1.3 Produtos prolongadores 
do bronzeamento
Esses produtos, em forma de leite e creme, 
têm por finalidade lutar contra o resseca-
mento cutâneo consecutivo às exposições 
solares.
Sua ação é, portanto, idêntica à dos produ-
tos pós-sol, mas sua utilização se faz para 
a duração mais longa do bronzeamento. Os 
princípios ativos são quase idênticos.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
178/219
Pode-se, entretanto, acrescentar:
• Elastina.
• Colágeno.
• Insaponificáveis.
• Lecitinas, que asseguram o transporte 
de vitaminas A e E para todos os teci-
dos.
3.1.4 Produtos pós-sol
Frequentemente utilizados em forma de 
cremes e leites. Têm por finalidade amenizar 
a sensação de calor sentida após uma expo-
sição solar, restabelecer o equilíbrio hídrico 
e fixar o bronzeamento, evitando o resseca-
mento cutâneo.
Os princípios ativos são os seguintes:
• Ácidos graxos insaturados (ácidos 
oleico e linoleico com ação vitamíni-
ca).
• Vitamina A, para flexibilidade e hidra-
tação da pele.
• Vitamina E, antioxidante natural, blo-
queia a formação dos radicais livres.
• Extratos oleosos de plantas, como o 
millepertius, a calêndula, a jojoba, o 
abacate, o germe de trigo, a manteiga 
de karité.
• Produtos calmantes, descongestio-
nantes: alantoína, bisabolol, biolisato 
hafna, ácido glicirrético.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
179/219
3.2 Fotoproteção total
Produtos que asseguram fotoproteção físi-
ca, provocando a reflexão total da luz solar. 
As proteções totais contêm:
• Óxido de zinco.
• Dióxido de titânio.
• Sulfato de bário.
• Talco.
• Kaolin.
Para evitar uma coloração branca inestési-
ca, esses pigmentos são micronizados, a fim 
de parecerem transparentes sobre a pele.
Atualmente, utiliza-se muito o complexo 
mica-titano transparente, com alto poder 
reflexor, que permite eliminar os raios infra-
vermelhos.
3.3 Fotoproteção parcial
Realizada pela utilização de filtros que as-
seguram proteção físico-química pela ca-
pacidade de absorver seletivamente certos 
fótons de comprimento de onda determi-
nado. Esses filtros são moléculas químicas, 
a maioria de origem sintética, que, segundo 
sua estrutura, absorverão uma faixa mais 
ou menos larga de raios UV.
Os filtros a “espectro estreito” só absorvem 
na zona dos UVB eritematogêneos:
• Cinamatos.
• Benzilideneo-cânfora e seus deriva-
dos.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
180/219
• Benzimidazoles.
• Salicilatos.
• PABA e seus ésteres.
Os filtros a “largo espectro” são mais foto-
protetores que os precedentes, uma vez que 
absorvem, às vezes, UVA e UVB. Entram na 
composição dos produtos de alta proteção:
• Benzofenonas.
• Derivados do benzoilmetano.
Para saber mais
A prevenção dos efeitos danosos da radiação so-
lar envolve respeitar os horários de exposição e 
utilizar protetores solares e roupas adequadas. A 
partir da década de 1980, cresceu muito a preo-
cupação dos médicos e cientistas com a proteção 
solar, uma vez que o sol aparece como o grande 
vilão desencadeador do câncer de pele. Estudos 
indicam que a devida proteção nos primeiros 18 
anos de vida possa diminuir em até 80% os riscos 
de câncer de pele na fase adulta.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
181/219
Link
Para ampliar seu conhecimento sobre o tema, leia 
o artigo científico Proteção à radiação ultravio-
leta: recursos disponíveis na atualidade em foto-
proteção. Disponível em: <http://www.scielo.
br/pdf/abd/v86n4/v86n4a16.pdf>. Acesso 
em: 24 nov. 2017.
http://www.scielo.br/pdf/abd/v86n4/v86n4a16.pdf
http://www.scielo.br/pdf/abd/v86n4/v86n4a16.pdf
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
182/219
Glossário
FPS: fator de proteção solar.
AHA: alfa-hidroxiácido.
Melanócitos: células que secretam melanina.
Questão
reflexão
?
para
183/219
Prezado aluno,
Neste capítulo, estudamos sobre a veiculação dos princí-
pios ativos, agentes despigmentantes e finalizamos com 
mecanismo de ação dos protetores solares. Nesta aula, 
foram enfatizados diversos princípios ativos que atuam 
como agentes despigmentantes. Agora que você já co-
nhece um pouco mais sobre eles, pesquise mais cinco ati-
vos que tenham mecanismo de ação despigmentante e 
elabore um relatório contendo: nome do ativo, formas de 
utilização e prevenção.
Bom trabalho!
184/219
Considerações Finais
• Lipossomas são pequenas vesículas constituídas por um número variável 
de folhas ou pequenas lâminas bimoleculares de fosfolipídeos, separadas 
umas das outras por compartimentos aquosos.
• Nanosferas são cápsulas ou partículas esféricas cujo diâmetro é inferior ao 
micrômetro. Elas penetram no interior da célula por endocitose.
• O tratamento despigmentante é utilizado para todas as manchas de origem 
melânica, sendo sua principal indicação o melasma, uma hiperpigmentação 
que afeta, predominantemente, a região facial.
• Existem diversos ativos despigmentantes, entre eles: hidroquinona, vitami-
na C, arbutin, alfa-hidroxiácidos.
• A radiação UV está ainda dividida em três tipos: UVA, UVB e UVC. As ondas 
de energia emitidas pelo sol participam do chamado espectroeletromag-
nético, em que cada tipo de onda tem um comprimento diferente.
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
185/219
Referências
BALOGH, T. S. et al. Proteção à radiação ultravioleta: recursos disponíveis na atualidade em fo-
toproteção. An. Bras. Dermatol. 86(4):732-42, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/
abd/v86n4/v86n4a16.pdf>. Acesso em: 24 nov. 2017.
DINARDO, J. C.; MICHALUN, M. V. Milady dicionário de ingredientes para cosmética e cuidados 
com a pele. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
HERNANDEZ, M.; MERCIER-FRESNEL, M. M. Manual de cosmetologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Re-
vinter, 1999.
LACRIMANTI, L. M; VASCONCELOS, M. G; PEREZ, E. Curso didático de estética. 2. ed. São Caetano 
do Sul: Yendis, 2014. v. 1.
SASSON, C. S. Influência dos veículos cosméticos na permeação cutânea da associação de 
filtros solares e acetato de tocoferol. 2006. 97 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farma-
cêuticas) – Setor de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2006. Disponí-
vel em: <http://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/3745/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20
%20de%20Mestrado%20Clarice%20Sasson.pdf?sequence=1>. Acesso em: 14 dez. 2017.
http://www.scielo.br/pdf/abd/v86n4/v86n4a16.pdf
http://www.scielo.br/pdf/abd/v86n4/v86n4a16.pdf
Unidade 5 • Veiculação dos Princípios Ativos: Lipossomas, Nanosferas e Microesferas. Despigmentantes de Última Geração e 
Protetor Solar
186/219
TEDESCO, I. R.; ADRIANO, J.; SILVA, D. da. Produtos cosméticos despigmentantes nacionais dispo-
níveis no mercado. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/ionice%20remiao%20tedesco.
pdf>. Acesso em: 14 dez. 2017.
187/219
1. Os alfa-hidroxiácidos são ativos que aumentam a retenção de água da epi-
derme e aceleram o processo de descamação em altas concentrações. São 
eles: ácido glicólico, ácido cítrico anidro, ácido láctico, ácido málico, ácido 
tartárico. São muito utilizados no tratamento de clareamento de olheiras, 
porém são incompatíveis com: 
a) Vitamina A.
b) Nanoesferas de vitamina B.
c) Hidroquinona.
d) Ácido hialurônico.
e) Arbutin.
Questão 1
188/219
2. A gluconolactona ou poli-hidroxiácido, é obtida pela oxidação da glu-
cose do milho. Agente que atua com a mesma eficácia que os alfa-hidro-
xiácidos tradicionais. Além de hidratante e antioxidante, tem como van-
tagem não causar irritação na pele. Assim como os outros hidroxiácidos, 
a gluconolactona precisa estar na sua forma ácida para penetrar na pele, 
entretanto, penetra de forma mais lenta e gradual, sem causar queimação, 
ardência ou sensação de picadas provocada pelos alfa-hidroxiácidos tra-
dicionais. Em consultório, ela é utilizada na concentração de:
Questão 2
a) 1%
b) 5%
c) 10%
d) 20%
e) 30%
189/219
3. Os autobronzeadores são compostos mais frequentemente à base de 
di-idroxiacetona (DHA), que se combina com um aminoácido presente 
na pele e desenvolve uma coloração marrom durante vários dias. Qual o 
nome desse aminoácido?
Questão 3
a) Triptofano.
b) Arginina.
c) Leucina.
d) Isoleucina.
e) Glutamato.
190/219
4. Os psoralenos são exemplos de produtos:
Questão 4
a) Protetores solares.
b) Pós-sol.
c) Ativadores de bronzeamento.
d) Que causam fotoproteção parcial.
e) Que causam fotoproteção total.
191/219
5. O óxido de zinco é um exemplo de produto que tem como mecanismo 
de ação:
Questão 5
a) Protetores solares.
b) Pós-sol.
c) Ativadores de bronzeamento.
d) Fotoproteção parcial.
e) Fotoproteção total.
192/219
Gabarito
1. Resposta: C.
Os alfa-hidroxiácidos são incompatíveis 
com hidroquinona, filtros solares e vitamina 
C tópica.
2. Resposta: E.
A delta-lactona do ácido glucônico é utili-
zada em concentrações de 1 a 10% para uso 
doméstico e 30% em consultório.
3. Resposta: B.
Os autobronzeadores existem em forma de 
leites, loções e cremes. São compostos, mais 
frequentemente, à base de di-idroxiacetona 
(DHA), que se combina com um aminoácido 
presente na pele, a arginina, e desenvolve 
uma coloração marrom durante vários dias.
4. Resposta: C.
Psoralenos são substâncias químicas de ori-
gem vegetal que, sob a ação do sol, refor-
çam a pigmentação natural, pois estimulam 
a produção de melanina.
5. Resposta: E.
Óxido de zinco assegura uma fotoproteção 
física, provocando a reflexão total da luz so-
lar.
193/219
Unidade 8
Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos
Objetivos
1. Conhecer a legislação cosmética.
2. Compreender os principais agentes 
tóxicos dos produtos cosméticos.
3. Conhecer os possíveis agentes alérge-
nos presentes nos cosméticos.
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos194/219
Introdução
Apesar da pouca divulgação e de ser inde-
sejável, há relatos, na literatura, de reações 
adversas causadas por cosméticos, que po-
dem ser uma irritação ou reações alérgicas 
até casos mais graves, capazes de levar a 
certos tipos de câncer.
Os efeitos mais graves são as reações sistê-
micas, causadas pelas matérias-primas dos 
produtos finais. Portanto, é importante ter 
conhecimento das formulações, para que 
sejam feitos testes toxicológicos, que visem 
aumentar a segurança do produto, levando 
mais conforto e segurança às pessoas que 
os utilizarão.
Substâncias utilizadas em concentrações 
permitidas, normalmente não causam re-
ações adversas. Porém, para apresentarem 
grau de toxicidade, muitas vezes, as con-
centrações-limite de certas substâncias das 
formulações não são respeitadas ou algum 
tipo de fraude é realizado nos produtos.
Recentemente, o que mais se discute é a to-
xicidade do formaldeído, presente em for-
mulações são utilizadas em alisamento de 
cabelos. Segundo a Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA), essa é uma 
substância de uso permitido em cosméticos 
na função de conservantes e o limite máxi-
mo em que pode ser apresentada é 0,2%.
No entanto, esse limite é desrespeitado, 
sendo registrado em concentrações de 0,4 
a 29,7% em produtos para alisamentos. To-
dos os cosméticos que contêm formaldeído 
são registrados pela ANVISA, porém a lei é 
sempre desrespeitada. Produtos que não 
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos195/219
são registrados apresentam concentrações 
muito maiores ou substâncias que adulte-
ram os produtos, levando potencial risco à 
saúde da população.
Não só o formaldeído, mas também os me-
tais que têm aplicação na indústria de cos-
méticos podem oferecer risco à saúde. Estu-
dos compravam que os metais são podero-
sos alérgenos, principalmente o níquel. Por 
esses motivos, estudos de tolerância toxico-
lógica são realizados antes do lançamento 
do produto no mercado.
A segurança de cosméticos define-se como 
a probabilidade de que um produto não pro-
voque danos significativos a seus usuários. 
Deve-se entender que nenhum produto 
química é 100% segura, sempre haverá um 
risco de efeitos adversos em pessoas que 
apresentem predisposição a certa substân-
cia.
A legislação brasileira é falha, pois não exi-
ge testes de toxicidade para registro de cos-
méticos. Havendo apenas um termo de res-
ponsabilidade assinado pela empresa, sa-
lientando que tem como provar a eficácia e 
segurança de seus produtos.
Então, as empresas realizam testes de toxi-
cidade para avaliar a segurança dos cosmé-
ticos. Os testes podem ser realizados in vivo 
ou in vitro e são eles: teste de irritação ocu-
lar primária; testes de toxicidade aguda dér-
mica; irritação cutânea; fotossensibilidade 
e fototoxicidade; testes de sensibilização 
cutânea; acneigênese; toxicidades oral e 
percutânea; potencial mutagênico; poten-
cial carcinogênico; potencial teratogênico.
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos196/219
Os testes in vitro visam reduzir o número de animais usados em pesquisas e diminuir o tempo das 
análises toxicológicas.
Para a realização dos testes de segurança, deve-se levar em consideração o mau uso dos produ-tos pelos consumidores e as concentrações presentes das matérias-primas, que interferem dire-
tamente nas reações adversas causadas. Faz-se necessária a implementação de uma legislação 
vigente, que esteja sempre verificando os produtos que serão lançados no mercado, podendo, 
assim, assegurar o consumidor de que aquele produto é eficaz e tem segurança de uso.
1. Legislação cosmética
De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 211/2005, da Agência Nacional de Vi-
gilância Sanitária (ANVISA), essa é a definição de cosméticos:
São preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso ex-
terno nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, 
órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o 
objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e/
ou corrigir odores corporais e/ou protege-los ou mantê-los em bom estado (BRA-
SIL, 2005).
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos197/219
Todas as empresas que fabricam, impor-
tam ou armazenam produtos cosméticos, 
devem seguir as legislações sanitárias, des-
de a projeção e instalação da fábrica, até 
o lançamento do produto no mercado. Os 
cosméticos devem ser notificados ou regis-
trados na Anvisa; já as empresas habilitadas 
devem ter autorização de funcionamento 
junto a essa agência, que regularmente as 
inspeções.
 
1.1 Classificação de produtos 
cosméticos
A RDC 211/05 da ANVISA estabelece a defi-
nição e a classificação, entre outros produ-
tos, dos cosméticos. Esse grupo, conforme 
a orientação do documento, é dividido em 
Grau 1 e Grau 2, que, conforme seu anexo II, 
são assim designados:
Para saber mais
A Anvisa, órgão vinculado ao ministério da Saúde, 
é responsável pela fiscalização e regulamentação 
das legislações sanitárias e pela autorização de 
comercialização dos artigos de higiene pessoal, 
cosméticos e perfumes.
Link
Para melhor compreensão sobre a classificação de 
produtos cosméticos, acesse o link Disponível em: 
<http://portal.anvisa.gov.br/legislacao/?i-
nheritRedirect=true#/visualizar/27564>. 
Acesso em: 14 dez. 2017.
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos198/219
1.1.1 Definição de Grau 1
São produtos de higiene pessoal cosméticos 
e perfumes cuja formulação cumpre com a 
definição adotada no item I do anexo I desta 
Resolução e que se caracterizam por pos-
suírem propriedades básicas ou elementa-
res, cuja comprovação não seja inicialmen-
te necessária e não requeiram informações 
detalhadas quanto seu modo de uso e suas 
restrições de uso, devido às características 
intrínsecas do produto, conforme mencio-
nado na lista indicativa de produtos de Grau 
I (BRASIL, 2005).
1.1.2 Definição de Grau 2
São produtos de higiene pessoal, cosmé-
ticos e perfumes, cuja formulação cumpre 
com a definição adotada no item 1 do anexo 
1 desta Resolução e que possuem indicações 
específicas, cujas características exigem 
comprovação de segurança e/ou eficácia, 
bem como informações e cuidados, modo e 
restrições de uso, conforme mencionado na 
lista indicativa (BRASIL, 2005).
Os critérios para essa classificação foram 
definidos em função da probabilidade da 
ocorrência de efeitos não desejados em ra-
zão de uso inadequado dos produtos, sua 
formulação, finalidade de uso, áreas do 
corpo a que se destinam e cuidados a se-
rem observados quando de sua utilização. 
Os produtos Grau 2 devem ser registrados 
e aprovados pela Anvisa para serem comer-
cializados.
Modificações na formulação, embalagens, 
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos199/219
rótulo ou tonalidade do produto devem ser 
atualizadas, tanto na notificação do produ-
to de Grau 1 quanto no registro do produto 
Grau 2. O registro ou a notificação são váli-
dos por cinco anos e podem ser renovados 
continuamente por um período adicional de 
mais cinco.
2. Consequências Possíveis da 
Aplicação de Produtos Cosméti-
cos sobre a Pele Sadia
2.1 Dermatites de irritação
Reações cutâneas decorrentes do contato 
com um agente nocivo. As dermatites que 
resultam desse contato se caracterizam por:
• Irritação quase imediata e que atinge 
todos os indivíduos (efeito coletivo).
• Localização limitada ao ponto de con-
tato.
• Sensação de calor e queimadura.
• Lesões eritematosas, escamosas e bo-
lhosas.
• Evolução proporcional à concentra-
ção e ao tempo de aplicação do agen-
te irritante.
• Dermatites ortoérgicas, que podem 
eventualmente acarretar fenômenos 
de sensibilização.
• Mecanismo não imunológico.
Agentes irritantes:
– Agentes químicos:
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos200/219
• Ácidos, bases fortes.
• Álcoois.
• Solventes.
• Fósforo.
• Certos óleos.
• Xampus, sabonetes, cremes depilató-
rios.
– Agentes físicos:
• Raios UV.
• Radiações ionizantes.
• Calor.
• Frio.
• Fricções, roçamentos, coceiras repeti-
das.
2.2 Dermatites alérgicas ou 
eczema de contato
A alergia de contato é uma intolerância da 
pele em face de substâncias não tóxicas. É 
uma reação individual e adquirida.
As dermatites que daí resultam se caracte-
rizam por:
• Uma reação pruriginosa que não é 
imediata.
• Uma localização quase sempre limita-
da no ponto de contato.
• Lesões do tipo eczema, urticária, às 
vezes, edematosas.
• A evolução não é proporcional à con-
centração nem ao tempo de aplica-
ção.
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos201/219
• O mecanismo da reação é imunológi-
co.
2.2.1 Noções de imunologia re-
lativas às reações alérgicas
Certas células do organismo são especiali-
zadas para a resposta imunitária.
Podemos citar:
• Os plasmócitos (variedade de célula 
linfoide), que sintetizam e secretam 
anticorpos ou imunoglobulinas.
• Os linfócitos T. helper, que liberam 
produtos de ativação ou linfoquininas.
• Os linfócitos T citotóxicos, que matam 
as células-alvo.
Os quatro tipos de reações alérgicas, clas-
sificados por Gell e Combs, médicos derma-
tologistas, relevam diferentes mecanismos:
Tipo I – Anafilaxia: encontro de um antígeno 
(substância estranha ao organismo) circu-
lante com o anticorpo fixado sobre a mem-
brana celular dos mastócitos (variedade de 
histiócitos existentes normalmente no teci-
do conjuntivo, nos gânglios linfáticos e na 
medula óssea), que provoca a liberação de 
histamina e de serotonina. Essa reação é 
imediata e rápida. É a do choque anafilático.
Tipo II – Fenômeno de Arthus: um anticor-
po forma, com um antígeno, um complexo 
imunocirculante em um vaso. A precipita-
ção formada altera a parede vascular e for-
ma uma necrose vascular.
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos202/219
Tipo III – Reação citotóxica: reação de des-
truição celular. Ela se manifesta tanto con-
tra células estranhas – rejeição – quanto na 
defesa antiviral, agindo contra as células 
infectadas pelo vírus.
Tipo IV – Hipersensibilidade retardada à 
mediação celular: manifesta-se na reação 
tipo tuberculínica e no eczema de contato. 
Tomemos o exemplo deste último, em que a 
reação se desenvolve da seguinte maneira:
• Penetração do hapteno (substância 
da reação na pele).
• O hapteno se une a uma proteína 
cutânea e torna-se um alérgeno.
• No nível da derme, reencontra os lin-
fócitos T, que ele informa e sensibiliza.
• Esses linfócitos T de memória são re-
colocados na circulação.
• No momento de uma nova penetração 
do alérgeno na pele, ele será fixado 
sobre as linfoquinas e sensibilizado.
• A reação ocorre aproximadamente 48 
horas após o segundo contato.
2.3 Reações alérgicas aos pro-
dutos cosméticos e de higiene 
corporal
Provocadores de dermatite de contato ou 
dermatites de intolerância.
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos203/219
2.3.1 Batons
Podem produzir: vermelhidão, secura, fissu-
ra, descamação das mucosas labiais, pruri-
do, vesículas periorbitais (reação é chama-
da queilite).
Alérgenos:
• Corantes, como a eosina e a eritrosina.
• Perfumes.• Conservantes.
• Excipientes.
2.3.2 Sombra para os olhos
Pode produzir um eczema sobre toda a pál-
pebra.
Alérgenos:
• Conservantes.
• Corantes.
2.3.3 Delineador e rímel
Podem produzir uma dermatite ao longo da 
borda livre da pálpebra.
Alérgenos:
• Corantes.
• Conservantes.
2.3.4 Blush
Pode produzir uma dermatite sobre a maçã 
do rosto.
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos204/219
Alérgenos:
• Conservantes.
• Corantes.
• Perfumes.
2.3.5 Leites, cremes, pós
Reações sobre todo o rosto e o pescoço.
Alérgenos:
• Perfumes.
• Conservantes.
• Lanolina.
2.3.6 Esmalte
Pode provocar um eczema no ângulo inter-
no da pálpebra, sobre a região peribucal, 
sobre o sulco nasogeniano, sobre o queixo, 
sobre o pescoço, toda a região em contato 
com as unhas, mas raramente em torno das 
unhas. É uma reação a distância.
Alérgenos:
• Resinas sintéticas.
2.3.7 Dentrifícios
Queilite bucal e peribucal.
• Sabonetes – alérgenos: antissépticos 
e perfumes.
• Produtos depilatórios – alérgenos: sais 
de alumínio.
• Desodorantes: alérgenos: sulfato de 
alumínio.
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos205/219
As reações localizam-se sobre as regiões do 
corpo em contato com esses diferentes pro-
dutos.
2.3.8 Tinturas
Prurido, edema, eczema ressumante sobre o 
couro cabeludo, sobre a testa, as orelhas, o 
pescoço.
Alérgenos: os derivados do paratoluenedia-
mita (teste obrigatório 48 horas antes da 
aplicação).
2.3.9 Xampus
Irritação, secura, prurido, raramente ecze-
ma sobre o couro cabeludo.
Alérgenos:
• Produtos detergentes.
• Perfumes.
2.3.10 Líquidos de permanente
Dermatite sobre a nuca e a região occipital.
Alérgenos: sulfatos, amoníaco, tioglicolato, 
sulfato de amônia.
2.3.11 Fixadores
Reações eczematiformes sobre o rosto e as 
pálpebras.
Alérgenos: as resinas naturais.
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos206/219
2.3.12 Loções capilares
As dermatites estão situadas sobre o couro 
cabeludo
2.3.13 Perfumes
Reações eritematosas que se tornam pig-
mentadas por fotossensibilização (man-
chas).
Alérgenos: essências aromáticas, como a 
bergamota e a lavanda.
2.4 Reações por fotossensibili-
zação
Lesões eritematosas do tipo eczema ou pig-
mentares, que se localizam sobre as regiões 
em contato com cosméticos expostos à luz.
Para saber mais
Caso ocorra alguma reação alérgica devido ao 
uso de cosméticos, a utilização deve ser imedia-
tamente interrompida e, se necessário, deve-se 
procurar um médico, contatar a empresa respon-
sável pelo produto, a Anvisa ou a vigilância local.
Link
O link que se segue é de um estudo que trata das 
reações alérgicas no ambiente de estética. Dis-
ponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/
Ana%20Ang%C3%A9lica%20Candiotto,%20
Ana%20Fl%C3%A1via%20Freire%20Wayhs.
pdf>. Acesso em: 14 dez. 2017.
http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana Ang%C3%A9lica Candiotto, Ana Fl%C3%A1via Freire Wayhs.pdf
http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana Ang%C3%A9lica Candiotto, Ana Fl%C3%A1via Freire Wayhs.pdf
http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana Ang%C3%A9lica Candiotto, Ana Fl%C3%A1via Freire Wayhs.pdf
http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana Ang%C3%A9lica Candiotto, Ana Fl%C3%A1via Freire Wayhs.pdf
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos207/219
Para saber mais
A luz do sol pode provocar reações do sistema 
imunológico e, como consequência disso, podem 
surgir erupções com coceira ou áreas de verme-
lhidão e inflamação nas manchas da pele exposta 
ao sol.
Link
Para melhor compreensão sobre a toxicidade de 
produtos cosméticos, leia o seguinte artigo cien-
tífico: Descomplicando a toxicidade dos cosméti-
cos. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/
pdf/Daiane%20Garbellotto,%20Daniela%20
Mascarello.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2017.
http://siaibib01.univali.br/pdf/Daiane Garbellotto, Daniela Mascarello.pdf
http://siaibib01.univali.br/pdf/Daiane Garbellotto, Daniela Mascarello.pdf
http://siaibib01.univali.br/pdf/Daiane Garbellotto, Daniela Mascarello.pdf
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos208/219
Glossário
Queilite: inflamação nos lábios que pode ter diferentes apresentações, embora quase sempre 
com dor e comprometimento estético da região.
Alérgenos: substâncias dos alimentos, plantas ou animais que provocam uma reação exagerada 
do sistema imunológico e causam inflamação.
Eczema: processo crônico ou agudo de inflamação da pele, o eczema apresenta-se em manchas 
avermelhadas com pequenas bolhas e, apesar de prevalecer em algumas partes do corpo, como 
nas mãos e no rosto, pode surgir no corpo todo.
Questão
reflexão
?
para
209/219
Prezado aluno,
Nesta aula, estudamos sobre a toxicologia dos produtos 
cosméticos.
Enfatizamos pontos-chave sobre a toxicologia de pro-
dutos cosméticos e sua fiscalização; a legislação de pro-
dutos cosméticos, e finalizamos com as consequências 
possíveis da aplicação desses produtos sobre a pele sa-
dia. Agora que você já tem conhecimento sobre o tema, 
pesquise sobre uma formulação cosmética e indique 
quais os componentes químicos da fórmula são capazes 
de provocar algum tipo de reação alérgica.
Bons estudos!
210/219
Considerações Finais
• Os produtos cosméticos são classificados em produtos de grau 1 e de grau 2, de acordo 
com sua finalidade de uso.
• Modificações na formulação, embalagem, rótulo ou tonalidade do produto, devem ser 
atualizadas, tanto na notificação do produto de Grau 1 quanto no registro do produto 
Grau 2. O registro ou a notificação são válidos por cinco anos e podem ser renovados 
continuamente por um período adicional de mais cinco.
• São consequências possíveis da aplicação de cosméticos na pele sadia: dermatites de 
irritação, dermatites alérgicas ou eczema de contato e reações alérgicas aos produtos 
cosméticos.
• A dermatite de irritação pode ter agentes irritantes químicos e físicos.
Unidade 6 • Abordagem Toxicológica de Produtos Cosméticos211/219
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 211, de 14 
de julho de 2005. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/legislacao/?inheritRedirect=true#/
visualizar/27564>. Acesso em: 14 dez. 2017.
CANDIOTTO, A. A.; WAYHS, A. F. F.; FRANÇA, A. J. von B. du V. Reações adversas a cosméticos e 
o profissional da estética. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana%20Ang%C3%A9li-
ca%20Candiotto,%20Ana%20Fl%C3%A1via%20Freire%20Wayhs.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2017.
CHORILLI, M.; SCARPA, M. V.; LEONARDI, G. R.; FRANCO, Y. O. Toxicologia dos cosméticos. Acta 
Farmacêutica Bonaerense. p. 144-154, 2007. Volume único.
DINARDO, J. C; MICHALUN, M. V. Milady dicionário de ingredientes para cosmética e cuidados 
com a pele. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016
GARBELLOTTO, D.; MASCARELLO, D.; VALDAMERI, G. A. Descomplicando a toxicidade dos cos-
méticos. Disponível em: <http://siaibib01.univali.br/pdf/Daiane%20Garbellotto,%20Daniela%20
Mascarello.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2017.
HERNANDEZ, M; MERCIER-FRESNEL, M. M. Manual de cosmetologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Revin-
ter, 1999.
LACRIMANTI, L. M; VASCONCELOS, M. G; PEREZ, E. Curso didático de estética. 2. ed. São Caetano 
do Sul: Yendis, 2014. v. 1.
PEREIRA, M. F. L. Cosmetologia. 1. ed. São Caetano do Sul: Difusão Editora, 2013.
http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana Ang%C3%A9lica Candiotto, Ana Fl%C3%A1via Freire Wayhs.pdf
http://siaibib01.univali.br/pdf/Ana Ang%C3%A9lica Candiotto, Ana Fl%C3%A1via Freire Wayhs.pdf
http://siaibib01.univali.br/pdf/Daiane Garbellotto, Daniela Mascarello.pdf
http://siaibib01.univali.br/pdf/Daiane Garbellotto, Daniela Mascarello.pdf
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1. As dermatites de irritação são reações cutâneas decorrentes do contato 
de um agente nocivo. Elas se caracterizam por:
Questão 1
a) Uma irritação crônica e que atinge todos os indivíduos (efeito coletivo).
b) Uma localização não limitada no ponto de contato.
c) Não ocorrerem sensações de calor e queimadura.
d) Lesões eritematosas, escamosase bolhosas.
e) Uma involução proporcional à concentração e ao tempo de aplicação do agente irritante.
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2. A alergia de contato, que é uma intolerância da pele diante de substân-
cias não tóxicas, é uma reação individual e adquirida. Trata-se de:
Questão 2
a) Dermatite de irritação.
b) Eczema de contato.
c) Fenômeno de Arthus.
d) Reação citotóxica.
e) Hipersensibilidade à mediação celular.
214/219
3. Existem tipos de reações alérgicas, classificadas por GELL e COMBS, que 
revelam diferentes mecanismos. O encontro de um antígeno (substância 
estranha ao organismo) circulante com o anticorpo fixado sobre a mem-
brana celular dos mastócitos (variedade de histiócitos existentes normal-
mente no tecido conjuntivo, nos gânglios linfáticos e na medula óssea), 
que provoca a liberação de histamina e de serotonina. Essa reação é ime-
diata e rápida. É a do choque anafilático, que é a reação alérgica:
Questão 3
a) Tipo I – Anafilaxia.
b) Tipo II – Fenômeno de Arthus.
c) Tipo III – Reação citotóxica.
d) Tipo IV – Hipersensibilidade a mediação celular.
e) Tipo V – Eczema de contato.
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4. Quando falamos em reações alérgicas aos produtos cosméticos, os ba-
tons podem produzir vermelhidão, secura, fissura, descamação, entre ou-
tras dermatites de contato. O corante que causa esse tipo de alergia é a(o):
Questão 4
a) Azul de metileno.
b) Verde Jessner.
c) Eosina.
d) Violeta genciana.
e) Azul de bromotimol.
216/219
5. O uso de esmaltes pode provocar um eczema de ângulo interno da 
pálpebra, sobre a região peribucal, sobre o sulco nasogeniano, sobre o 
queixo, sobre o pescoço, toda a região em contato com as unhas, mas ra-
ramente em torno das unhas. É uma reação a distância. Os componentes 
alérgenos responsáveis por esse eczema são:
Questão 5
a) Os conservantes.
b) Os perfumes.
c) As resinas sintéticas.
d) Os sais de alumínio.
e) Os derivados do parabeno.
217/219
Gabarito
1. Resposta: D.
As dermatites de irritação são reações cutâ-
neas decorrentes do contato de um agente 
nocivo e se caracterizam por:
• Uma irritação quase imediata e que 
atinge todos os indivíduos (efeito co-
letivo).
• Uma localização limitada no ponto de 
contato.
• Uma sensação de calor e queimadura.
• Lesões eritematosas, escamosas e bo-
lhosas.
• Uma evolução proporcional à con-
centração e ao tempo de aplicação do 
agente irritante.
2. Resposta: B.
A alergia de contato ou eczema de contato 
é uma intolerância da pele diante de subs-
tâncias não tóxicas. É uma reação individual 
e adquirida.
As dermatites que daí resultam se caracte-
rizam por:
• Uma reação pruriginosa que não é 
imediata.
• Uma localização quase sempre limita-
da no ponto de contato.
• Lesões do tipo eczema, urticária, às 
vezes, edematosas.
218/219
Gabarito
• A evolução não é proporcional à con-
centração nem ao tempo de aplica-
ção.
• O mecanismo da reação é imunológi-
co.
3. Resposta: A.
Os quatro tipos de reações alérgicas, classi-
ficados por GELL e COMBS, relevam diferen-
tes mecanismos:
Tipo I – Anafilaxia: encontro de um antígeno 
(substância estranha ao organismo) circu-
lante com o anticorpo fixado sobre a mem-
brana celular dos mastócitos (variedade de 
histiócitos existentes normalmente no teci-
do conjuntivo, nos gânglios linfáticos e na 
medula óssea), que provoca a liberação de 
histamina e de serotonina. Essa reação é 
imediata e rápida. É a do choque anafilático.
4. Resposta: C.
O corante que causa reação alérgica em ba-
tons é a eosina.
5. Resposta: C.
O uso de esmaltes pode provocar um ecze-
ma de ângulo interno da pálpebra, sobre a 
região peribucal, sobre o sulco nasogenia-
no, sobre o queixo, sobre o pescoço, toda a 
região em contato com as unhas, mas rara-
mente em torno das unhas. É uma reação a 
distância. Os componentes alérgenos res-
ponsáveis por esse eczema são as resinas 
sintéticas.

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