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Formação Territorial do Brasil - Unidade Nº 3 - O Brasil e as suas regiões 
 
 
 
 
 
Formação 
Territorial do Brasil 
 
 
Unidade Nº 3 - O Brasil e as suas regiões 
 
 
 
Mariana Silva Silveira 
 
Formação Territorial do Brasil - Unidade Nº 3 - O Brasil e as suas regiões 
 
 
 
Introdução 
Seja bem-vindo a mais uma unidade da disciplina de Formação Territorial 
do Brasil. Nesta unidade vamos analisar, conhecer e repensar as diferentes 
regiões de nosso território destacando suas características, os estados que as 
compõem e os debates que envolvem os geógrafos sob os critérios de 
regionalização e as iniciativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 
mais conhecido como IBGE. 
Também estudaremos como a organização do território brasileiro em 
regiões pode ajudar a planejar as atividades econômicas e sociais do país. 
Se você não sabe o que algum dos termos acima significa não se 
preocupe! Estamos aqui para aprendê-los contribuindo para um melhor e maior 
conhecimento sobre o país no qual vivemos. 
Vamos lá e bons estudos! 
1. O conceito de região na ciência geográfica 
Inicialmente devemos entender e conhecer conceitos básicos que 
permeiam esta unidade de ensino. O principal deles é o conceito de região. Você 
certamente já ouviu no seu cotidiano frases que faziam referência a regiões do 
Brasil e do mundo como: “Eu sou da região Sul do país, estou acostumado com 
o frio!”, ou então “Semana que vem ocorrerá intensas chuvas na região nordeste 
do Brasil”. 
Esses são apenas alguns exemplos cotidianos de como convivemos com 
as ideias de região sem muitas vezes refletir sobre elas. Seriam as regiões 
definidas por quem? Será que o presidente é responsável por esta divisão? Ou 
será que são fatores naturais como rios e montanhas que determinam as 
regiões do país? 
As regiões são áreas da superfície terrestre, delimitadas seguindo algum 
critério que consideram as características da área. Ou seja, uma região apenas é 
definida como tal quando apresenta semelhantes características que podem 
ser: clima, vegetação, economia entre outras. A distinção em relação às regiões 
próximas é essencial para a compreensão do que seria aquela região. 
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É importante pensar que apenas é possível formar um limite e definir o 
que seria a região X quando na cidade Y vizinha as características já são 
distintas. Sendo assim, a delimitação entre uma região e outra não se dá por 
uma fronteira ou uma linha física, mas sim por um conjunto de características 
discutidos por pesquisadores e definidos com comum acordo. 
1.1. As regiões do mundo 
No mundo todo podemos encontrar as divisões em regiões, seja pelo 
clima, pela política ou por outra característica específica. No entanto, o conceito 
de região foi, e ainda é, extremamente alterável. Para alguns autores, ela seria 
como vimos acima: apenas um recorte realizado segundo algum critério. Já para 
outros, como Richard Hartshorne, ela não seria algo natural já existente, como o 
clima por exemplo, mas sim uma criação intelectual adotada pela compreensão 
humana. 
Posteriormente, os geógrafos humanistas redefiniram região como sendo 
uma área calçada na compreensão e na vivência entre os que lá moram de 
maneira que a região seria um espaço compreendido pelas relações culturais e 
humanas. Isto é, sem a presença da vida humana o recorte não poderia ser 
classificado em uma ou outra região pois faltariam as relações culturais e 
humanas. 
Desta forma, é importante ressaltar que região e regionalização seriam 
definições distintas. Sendo a região a entidade geográfica concreta e a 
regionalização o processo de diferenciação e/ou de recorte do espaço em 
parcelas coesas ou articuladas de alguma maneira. 
Segundo o geógrafo Rogério Haesbaert (2010), formado pela 
Universidade de São Paulo, atualmente a regionalização é um problema. Como 
argumenta abaixo: 
Regionalizar, no seu sentido mais amplo e relacionado a uma de suas raízes 
etimológicas, enquanto “recortar” o espaço ou nele traçar linhas, é uma ação 
ligada também ao sentido de orientar(-se) – como na antiga concepção de 
“região” dos áugures (adivinhos) romanos que, através de linhas ou “regiões” 
traçadas no céu pretendiam prever o destino de nossa vida aqui na Terra. 
[...] Mas como “orientar-se” através de nossas regionalizações num mundo que, 
para muitos, encontra-se marcado mais pela desordem do que pela ordem, mais 
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pela precarização e vulnerabilidade do que pelo fortalecimento e estabilidade de 
nossos vínculos territoriais? 
Mais a frente analisaremos como a globalização alterou e afetou a 
maneira de compreender a regionalização do mundo, mas primeiramente é 
necessário conhecer alguns exemplos de regionalização que existem 
atualmente, como no mapa abaixo: 
 
Figura 1 - Mapa do mundo mostrando das regiões pelos tipos de clima 
No mapa acima podemos ver uma regionalização do país de acordo com 
o clima, no qual o elemento levado em consideração foi o aspecto natural da 
diversidade climática nas diferentes porções da superfície terrestre. 
A partir deste aspecto foi possível classificar os diferentes territórios da 
superfície terrestre independentemente da organização política de países ou 
estados. 
A regionalização do espaço geográfico consiste, portanto, em agrupar 
áreas a partir desses critérios formando uma unidade territorial que serve para 
expressar uma identidade territorial constituída ao longo da história, muito 
provavelmente com a finalidade de planejar o uso mais proveitoso do território. 
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 A seguir podemos ver este mesmo processo de classificação do território 
de acordo com o clima, porém desta vez com o recorte do território brasileiro. 
 
Figura 2 - Mapa climático do Brasil segundo a classificação de Koppen. 
2. A regionalização do espaço brasileiro - IBGE 
Agora que já compreendemos o que são regiões e o que é a 
regionalização podemos analisar a regionalização do Brasil buscando 
compreender o que escutamos em nosso cotidiano. 
 O Brasil atualmente é dividido em cinco grandes regiões com a seguinte 
organização e composição dos estados: 
● Região Norte, com uma área de 3. 853.676 km² e com uma população de 
17.040.000 habitantes é composta pelos estados do Amazonas, Acre, 
Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Totalizando sete estados e 
45,3% do território nacional. 
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● Região Nordeste, com uma área de 1.554.291 km² e com uma população 
de 55.881.000 habitantes é composta pelos estados do Alagoas, Bahia, 
Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e 
Sergipe. Totalizando nove estados e 18,2% do território nacional. 
● Região Centro-Oeste, com uma área de 1.606.403 km² e com uma 
população de 15.043.000 habitantes é composta pelos três estados de 
Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e pelo Distrito Federal onde fica 
a capital do Brasil na cidade de Brasília. Está região representa 18,86% do 
território brasileiro. 
● Região Sudeste, com uma área de 924.620 km² e com uma população de 
84.645.000 habitantes é composta pelos estados do Espírito Santo, Minas 
Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Totalizando quatro estados e 10,9% do 
território brasileiro. 
● Região Sul, com uma área de 576.674 km² e com uma população de 
28.858.000 habitantes é composta pelos estados do Paraná, Rio grande 
do Sul e Santa Catarina. Totalizando três estados 
 Mas será que as divisões regionais do Brasil sempre foram estas? E a 
partir de quais características que foram definidas? 
2.1. O IBGE e as divisões regionais 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é um órgãodo 
governo federal que realiza pesquisas e levantamentos de dados sobre o 
território brasileiro e a população que nele habita. Com esses dados são 
produzidas estatísticas que nos ajudam a melhor compreender o país e a nação. 
Este órgão foi criado em 1930, no governo de Getúlio Vargas com o intuito 
de retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua 
realidade e ao exercício da cidadania. Atualmente, ele abrange os 26 estados 
brasileiros e o Distrito Federal e conta com 581 agência para coleta de dados 
municipais. Se você já atendeu alguma vez em sua casa funcionários realizando 
o censo, então você já falou com o IBGE. 
 
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Você sabia? O censo demográfico é um levantamento feito a cada dez anos, das 
características da população brasileira como quantidade de cidadãos, local de 
moradia, escolaridade, idade e sexo. 
 
Retornando a regionalização do Brasil, diversas delas foram realizadas 
pelo IBGE, havendo apenas uma anterior a existência dele e outra encampada 
pelo Ministério da Agricultura. Aquela foi a primeira divisão regional em 1913 
que utilizou como critério os elementos naturais como a vegetação, o clima e o 
relevo. Desta regionalização saíram as regiões setentrional, norte oriental, 
central, oriental e meridional como vemos no mapa abaixo. 
 
Figura 3 - Mapa da divisão regional do Brasil realizada em 1913. 
É interessante perceber que neste período alguns estados ainda não tinha 
sido estabelecidos, como Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins. 
Posteriormente, em 1936, o IBGE começou a analisar a proposta de uma nova 
elaboração de uma regionalização do país, partindo de suas pesquisas e 
estatísticas. Mas foi apenas em 1945 que foi apresentada a primeira 
regionalização do Brasil proposta pelo IBGE, na qual a principal distinção da que 
conhecemos é a inexistência do sudeste. 
Os critérios utilizados para tal regionalização foram as características 
socioeconômicas junto com as características naturais como rios e montanhas. 
Lembrando que como um órgão público federal o IBGE realiza estudos e a 
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regionalização pensando em organizar os dados estatísticos para planejar ações 
e políticas públicas do governo federal, estadual e municipal. 
Veja abaixo a primeira proposta de regionalização apresentada pelo IBGE: 
 
Figura 4 - Mapa do Brasil elaborado pelo IBGE em 1945 
 Posteriormente em 1970 foi elaborada uma nova regionalização do Brasil 
pelo IBGE, desta vez extinguindo a região leste e criando a sudeste. Esta nova 
divisão foi elaborada utilizando como critérios as características sociais e 
econômicas do país. Por isso Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais formaram 
a região sudeste, pois eram estados mais semelhantes que São Paulo e Paraná 
por exemplo, como região Sul. 
 Esta regionalização é a que se mantém até os dias de hoje, e é portanto, a 
que mais conhecemos e convivemos no dia a dia. Utilizando esta base todos os 
censos demográficos organizam seus dados tendo por base as cinco grandes 
regiões elaboradas pelo IBGE em 1970. Estes dados coletados pelo censo 
demográfico são utilizados na políticas públicas atuais demonstrando quais 
investimentos o governo deve priorizar para cada região. 
 É importante ressaltar que ocorreu um única mudança no ano de 1988 
quando foi criado o estado do Tocantins acrescentando um maior território à 
região norte do país. 
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Veja abaixo a divisão regional realizada pelo IBGE em 1970 e em seguida e atual, 
já incluindo o estado do Tocantins: 
 
Figura 5 - Mapa da regionalização do Brasil elaborado pelo IBGE em 1970. 
 
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Figura 6 - Mapa da regionalização do Brasil elaborado em 1988 pelo IBGE e utilizado até os dias 
atuais em 2019. 
3. Outras propostas de regionalização do espaço 
brasileiro 
Como vimos anteriormente a regionalização é um “recorte”, uma seleção 
baseada em critérios que caracterizam e distinguem uma região de outra. No 
caso do Brasil vimos que o órgão público IBGE foi e ainda é o responsável pela 
regionalização do Brasil, a qual foi realizada utilizando os critérios de 
semelhança social e econômica em sua divisão. 
No entanto existem outras propostas de regionalização do Brasil que 
utilizam como critérios fatores distintos, como veremos a seguir. 
3.1. Regiões Geoeconômicas ou Complexos regionais 
Criada na década de 1960 a proposta de uma distinta regionalização do 
Brasil foi elaborada pelo geógrafo Pedro Geiger. Nela ele propôs considerar 
características históricas, econômicas e naturais do Brasil. Desta maneira, os 
limites políticos e administrativos dos estados não foram levados em 
consideração, pois as características ultrapassam fronteiras políticas 
organizadas pelo ser humano. 
Em sua regionalização, Pedro Geiger dividiu o território brasileiro em três 
complexos regionais, chamados de regiões geoeconômicas. As regiões 
propostas foram: 
● Região da Amazônia incluindo os estados do Amazonas, Roraima, 
Amapá, Pará, Tocantins, Rondônia, Acre e parte do Mato Grosso e 
parte do Maranhão. Como podemos ver, os limites dos estados não 
foram considerados para esta divisão, motivo pelo qual Mato 
Grosso e Maranhão estão divididos em mais de uma região. Esta 
região corresponde a maior geoeconômica do país porém ela 
abriga apenas 9% da população brasileira. Seu principal aspecto é a 
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presença da Floresta Amazônica e também é onde se destaca a 
prática das atividades econômicas do extrativismo e da 
agropecuária. 
● Região do Nordeste composta pelos estados do Ceará, Rio Grande 
do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e partes do 
Maranhão, Piauí, Bahia e Minas Gerais. Novamente é possível 
encontrar a regionalização que ignora a divisão política dos 
estados. Esta região é característica por ser a área de povoamento 
mais antiga do país e onde atualmente está 27% da população 
brasileira. Também é possível notar grande contraste econômico e 
natural entre as parte litorânea e o interior desta região. 
● Região do Centro-Sul é composta pelos estados do Mato Grosso do 
Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de 
Janeiro e parte de Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Minas 
Gerais, e Espírito Santo. Novamente a divisão política dos estados 
não foi seguida. Essa região pode ser considerada a mais 
desenvolvida do país economicamente. Ela apresenta uma grande 
atividade agropecuária e ampla rede de indústrias. É nesta região 
que está concentrada a maior parte da população brasileira, 
aproximadamente 64% e sua maioria em área urbana. 
Abaixo a o mapa das regiões geoeconômicas do Brasil: 
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Figura 7- Mapa das regiões geoeconômicas do Brasil. 
3.2. Divisão Regional de Milton Santos 
 Outra proposta alternativa a regionalização apresentada pelo IBGE é a do 
geógrafo Milton Santos. Milton apresentou em 2001 uma proposta que buscava 
reunir os estados de acordo com as suas atividades econômicas. 
A regionalização proposta dividia o país em quatro grandes regiões: 
● A região Amazônica é a mais extensa delas e é formada pelos 
estados cujas atividades principais são as extrativistas e de 
exploração dos recursos naturais. Nela estão inclusos os estados 
no Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Amapá e Pará. 
● Na região Nordeste foi mantida a organização proposta pelo IBGE 
em 1970 composta pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, 
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e 
Sergipe. Desta vez a divisão políticafoi respeitada. 
● Na região Centro-Oeste o autor mantém a definição do IBGE de 
1970, mas inclui o estado do Tocantins, que pelo IBGE é da região 
norte. A principal alteração realizada na regionalização de Milton 
Santos está na Região Concentrada que inclui os estados de 
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Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, 
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seria a junção da região 
sudeste e sul definida pelo IBGE. 
● A região concentrada reúne a maior parte das atividades de 
pesquisa científicas e tecnológicas do Brasil. Além disso, concentra 
as atividades industriais, agrícolas mecanizadas e a maior presença 
de institutos de pesquisa. Este conjunto de fatores, junto da grande 
porção da população do país concentrada nesta região, levou a 
Milton criar o termo definido por ele como meio técnico científico-
informacional. 
 
Figura 7 - Mapa da regionalização do Brasil segundo Milton Santos 
4. Uma reflexão sobre a regionalização brasileira 
Vimos anteriormente as propostas de regionalização do Brasil e os 
critérios utilizados para a formulação de cada uma delas. No entanto, pelo mais 
que a regionalização tenha sido realizada na tentativa de contemplar as 
características sociais e econômicas das regiões, nem sempre elas conseguiram 
homogeneizar os espaços selecionados. 
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Mesmo a regionalização que usamos atualmente. Basta refletir sobre a 
data de sua composição que já encontramos um problema. Como vimos ela foi 
elaborada em 1970 e reformulada pela última vez em 1988, desde então o país 
mudou muito, alguma áreas se desenvolveram e outras sofreram com os 
processos de urbanização, de crescimento exorbitante entre outros. Portanto 
temos a mesma regionalização para um país em 2019 claramente distinto do 
país analisado em 1970 para a produção da regionalização. 
4.1. Realidade social da regionalização 
Como vimos, os limites da divisão regional nem sempre correspondem 
exatamente à realidade social e econômica das regiões. As atividades 
econômicas muitas vezes geram vínculos entre habitantes de uma região com 
os de uma região vizinha. 
 Por exemplo, temos pessoas que vivem no Paraná e possuem relações 
mais frequentes com a cidade de São Paulo do que com Curitiba, que seria mais 
próxima. 
 Desta forma, devemos refletir que muitas vezes a regionalização 
considera uma generalização e não o que de fato ocorre nas relações sociais 
entre os moradores desta área. 
 Além disso, temos as desigualdades regionais e interregionais, sendo a 
primeira a desigualdade econômica entre uma região e outra que muitas vezes 
promove migrações em massa de uma região para outra. Como exemplo, 
podemos citar a construção de Brasília que foi um projeto político que buscava 
situar a capital no interior do país, com a intenção de atrair investimento para o 
interior do país. Já a segunda desigualdade ocorre principalmente na região 
nordeste em que a região litorânea é mais desenvolvida economicamente que o 
interior. 
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Figura 8 - Fotografia da construção de Brasília. 
Síntese 
Nesta unidades aprendemos sobre a regionalização do Brasil e as 
variáveis que a acompanham. Também podemos refletir sobre como as regiões 
e regionalizações aparecem no nosso cotidiano. Essas regiões foram 
organizadas em recortes diversos, em sua maioria elaborados pelo órgão 
governamental IBGE. 
Portanto nesta unidade aprendemos sobre: 
● As regiões atuais do Brasil e suas características como extensão e 
população; 
● A história da regionalização do país passando desde a primeira 
regionalização até os dias atuais; 
● As alternativas à regionalização vigente do IBGE; 
● Os problemas da regionalização e questões entre as regiões. 
 Desta forma compreendemos melhor o país em que vivemos suas 
divisões, benefícios e problemas. 
Até a próxima unidade e bons estudos! 
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Bibliografia 
HAESBAERT, Rogério. Território e Territorialidade: um debate. In. Geographia 
(UFF), ano IX. N.17, p.19 a 45, 2007. Disponível em: 
<http://www.geographia.uff.br/index.php/geographia/article/viewFile/213/205>. 
Acesso em: 05 set. 2019. 
HAESBAERT. R. Região regionalização e regionalidade: questões 
contemporâneas. In: Revista Antares- Letras e Humanidades. 2010 
RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro. São Paulo, Companhia de Bolso, 2011. 
Referências imagéticas: 
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<https://suportegeografico77.blogspot.com/2017/06/tipos-de-clima_97.html>. 
Acesso em 02 set. 2019. 
Figura 2 - Mapa climático do Brasil segundo a classificação de Koppen. 
Disponível em: 
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Figura 3 - Mapa da divisão regional do Brasil realizada em 1913. Delgado de 
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<https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%B5es_do_Brasil#/media/Ficheiro:Regi%C
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Figura 6 - Mapa da regionalização do Brasil elaborado em 1988 pelo IBGE e 
utilizado até os dias atuais em 2019. Disponível em:< 
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Clima_do_Brasil#/media/Ficheiro:Climate_of_Brazil.tif
http://geografiaxou.blogspot.com/2016/10/divisao-regional-do-brasil-mapas-e.html
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%B5es_do_Brasil#/media/Ficheiro:Regi%C3%B5es_do_Brasil_1945.svg
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https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/19383-dividir-para-conhecer-as-diversas-divisoes-regionais-do-brasil
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/19383-dividir-para-conhecer-as-diversas-divisoes-regionais-do-brasil
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/19383-dividir-para-conhecer-as-diversas-divisoes-regionais-do-brasil
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noticias/noticias/19383-dividir-para-conhecer-as-diversas-divisoes-regionais-do-
brasil.> Acesso em: 03 set. 2019. 
Figura 7- Mapa das regiões geoeconômicas do Brasil. Elaborado por Pedro 
Geiger. Disponível em: <https://www.infoenem.com.br/entenda-a-divisao-
politica-e-economica-do-brasil/.> Acesso em 03 set. 2019. 
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/19383-dividir-para-conhecer-as-diversas-divisoes-regionais-do-brasilhttps://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/19383-dividir-para-conhecer-as-diversas-divisoes-regionais-do-brasil
https://www.infoenem.com.br/entenda-a-divisao-politica-e-economica-do-brasil/
https://www.infoenem.com.br/entenda-a-divisao-politica-e-economica-do-brasil/

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