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Resumo de Fotogeologia e Sensoriamento Remoto

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~ Resumo de Fotogeologia e Sensoriamento Remoto – Vitória Azevedo ~ 
 A história do sensoriamento remoto começa com a invenção da fotografia. O termo 
“fotografia” é derivado das palavras gregas photo (luz) e graphia (escrita). 
A câmera fotográfica é o primeiro sensor remoto utilizado. O primeiro registro de uma fotografia 
aérea é de 1858 feito por Gasper Felix Toumachon, ou “Nadar” de um balão a 1200 pés (~ 400 
m) de altitude sobre Paris. Durante a Guerra Civil americana, entre os anos de 1861 e 1863, foram 
utilizados balões para tomadas de fotografias aéreas com fins militares. Em 1889, Arthur Batut 
(considerado o pai da fotografia aérea) utilizando uma pipa obtém imagens obliquas de sua 
residência a cerca de 150 metros de alturas. A altura da tomada da foto na pipa é controlada por 
um altímetro desta forma é possível ter noção de escala da fotografia retirada. Em 1901, Carl 
Pulfrich, aperfeiçoa o uso da estereoscópia para fins topográficos, com a invenção do 
estereofotogrametro, que permite restitui coordenadas x-y em uma fotografia. Em 1903, câmeras 
fotográficas são adaptadas a pombos-correios das tropas bavarianas. As câmaras apresentavam 
70 gramas e tiravam fotos a cada 30 segundos. Em 1906 Albert Maul, utiliza um foguete de 
propulsão a gás comprimido, para realizar fotografias aéreas a 800 metros de altura. Ainda em 
1906 G.R. Lawrence, utiliza sistema de câmaras que foram içadas no ar com o auxílio de pipas e 
balão. Obtém fotos de São Francisco (Estados Unidos), antes e depois do “Grande Terremoto”. 
No ano de 1909 Wilbur Wright (pioneiro da aviação) obtém registros fotográficos a partir de uma 
câmera de cinema, na região de Centocelli (Itália). 
Com a I Guerra Mundial a aviação começa a ser utilizada em grande escala para fins bélicos e 
também as fotografias aéreas. Em 1913 foi realizado o primeiro levantamento fotográfico com 
objetivo de mapeamento topográfico. Ao final da I Guerra Mundial a Fotografia aérea tornou-se 
uma tecnologia bastante consolidada. Em algumas batalhas do final do conflito eram tiradas cerca 
de 10.000 a 50.000 fotografias. No período entre as duas Guerras Mundiais, os levantamentos 
fotográficos aéreos (Fotogrametria) tornaram-se uma tecnologia largamente utilizada para a 
produção de mapas. Neste período desenvolveram-se uma série de técnicas e equipamentos que 
tornaram este tipo de levantamento uma das principais fontes de informações topográficas e 
consequentemente geológicas. 
Na década de 30, nos Estados Unidos surgem as primeiras companhias na iniciativa privada de 
levantamentos aéreos. Destaca-se a Fairchild Aerial Camera Corporation que desenvolveu uma 
série de equipamentos como a câmera K-3e aeroplano FC-2. 
Durante a Segunda Guerra Mundial houve o surgimento dos filmes fotográficos que registravam 
imagens no infravermelho, desenvolvido com fins militares (detectar fontes de calor). As 
primeiras publicações científicas sobre fotogrametria surgiram no final da I Guerra Mundial, 
enquanto os trabalhos pioneiros de interpretação geológica a partir de fotografias aéreas surgiram 
a partir da II Guerra Mundial. Também surgem uma série de sensores aerotransportados com 
finalidades de levantamentos geofísicos, tais como cintilômetros (radioatividade), magnéticos, 
gravimétricos. As primeiras fotografias obtidas no espaço foram retiradas pelos foguetes V2 
alemães obtidos pelos americanos após o final da Segunda Guerra Mundial, em 1946. Em 1954 
estinghouse, sob o patrocínio da Força Aérea Americana, desenvolve o primeiro sensor de radar 
aerotransportado (SLAR). O Radar é um sensor ativo pois gera sua própria radiação 
eletromagnética. Também em 1954, os Estados Unidos começam a utilizar o U-2, avião espião 
de grande altitude. Em 1962, no episódio da crise cubana foi 
utilizada uma câmera multiespectral (9 bandas). Em 1957 há o lançamento do Sputnik-1, primeiro 
satélite artificial a entrar em orbita na Terra. 
A partir de 1960 os adventos dos satélites e dos computadores trazem novas tecnologias e 
fronteiras para o sensoriamento remoto. É durante a década de 60, que surgem os primeiros 
Sistemas de informações Geográficas (SIGs) no Canadá. Os SIGs permitem que dados 
geológicos, possam ser trabalhados junto com imagens de sensores remotos. No final da década 
de 60, também foram importantes as imagens obtidas pelos projetos Gemini e Apollo. Em 1972, 
há o lançamento do Landsat-1, um dos principais sensores utilizados em geologia. Durante a 
década de 70 há o desenvolvimento de vários programas espaciais para o lançamento de satélites 
voltado para a análise de recursos terrestres, como: SKYLAB, LANDSAT, SEASAT, SPOT 
(Francês), etc. O sensoriamento por satélite começa a ser utilizado em estudos geológicos. 
Também é iniciada a rede de satélites de suporte para os aparelhos GPS (Sistema de 
Posicionamento Global). 
Durante a década de 80 há o desenvolvimento de detectores mais sensíveis. Também há a 
popularização dos computadores (personal computers). Surgem novos sensores (SIR-A, SIR-B, 
LFC, MOMS etc). A década de 90 há a entrada de outros países em programa de sensoriamento 
de recursos terrestres, com grande ênfase no uso de sensores orbitais de radar. Exemplos destes 
programas são o ERS-1 (Europa), JERS/SAR (Japão), RADARSAT-1 (Canadá) etc. Há um 
aumento significativo na resolução espacial e espectral e o desenvolvimento de sensores 
hiperespectrais aeroportados. Nos meados desta década há a popularização e expansão da Internet 
permitindo um intercâmbio maciço de dados de sensores remoto. Em 1999 o Brasil lança o 
CBERS-1 juntamente com a China. 
Nos últimos anos tecnologias e programas como o Google Earth adentraram o cotidiano tornando 
o sensoriamento remoto parte do dia a dia. 
 
 Satélites e Sensores que utilizamos atualmente em geociências 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Métodos de fotointerpretação na fotointerpretação geológica existem alguns métodos ou 
sistemáticas que podem ser utilizados: 
– Método convencional: este método se baseia nos aspectos do relevo, combinados com os 
padrões de drenagem, tonalidade, textura e vegetação (Ray, 1963). Não existe um roteiro 
sistemático de análise. 
– Método lógico sistemático: Utilizado nos projetos RADAM e RADAMBRASIL. Permite a 
análise da foto aérea sem ideias pré-concebidas. Foi estabelecido a seguinte sistemática: 
1) Fotoleitura: e reconhecimento de todas as feições registradas nas fotos. 
2) Fotoanálise: traçado de todas as lineações positivas e negativas, análises do relevo (simetria 
e assimetria). Estabelecer zonas homólogas (áreas formadas pela repetição dos mesmos 
elementos texturais e pela mesma estrutura). 
3) Fotointerpretação: colocação dos eixos de dobras, falhas, fraturas e coluna estratigráfica se 
possível. 
– Método das chaves interpretativas: utilizado principalmente em imagens de satélite. Também 
é utilizado por outras áreas do conhecimento, além da geologia, Apoia=se na comparação de 
elementos da imagem, com feições já conhecidas. Uma chave de fotointerpretação é um conjunto 
de feições (texturas, estruturas etc) utilizadas para identificar rapidamente as feições analisadas 
na imagem interpretada. 
 
Exemplos de chaves na interpretação de uso do solo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Elementos que são usados na fotointerpretação e interpretação de imagens: 
– Tonalidade/cor: relacionada com as caracterizas refletivas do objeto dentro do espectro 
registrado pela fotografia. Em imagens multiespectrais a variação de cor apresenta diversos 
significados que tem que ser cuidadosamente analisados. Em geologia a variação de cor em solos, 
ou em rochas aflorantes é diretamente associada a variação composicional/litológica. Em regiões 
desérticas ou semiáridas a variação de cor das camadas é bastante evidente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Tamanho (absoluto/relativo): Tamanho do objeto real é a função do tamanho de suaimagem 
na fotografia, dependendo exclusivamente da escala da fotografia. Comparações relativas podem 
ser realizadas sobre fotos de escala desconhecida, comparações absolutas só em fotos de escalas. 
Em geologia a infraestrutura (construções, estradas etc) são as melhores fontes de comparações 
de tamanha das feições e estruturas geológicas. 
 
– Forma: A forma descreve a aparência externa ou a configuração de um objeto. Formas devidas 
a aspectos humanos e culturais são geralmente geometricamente regulares, em contraposição as 
formas naturais, irregulares e dispersas. Feições geomorfologias são bastante amplas, mas de fácil 
reconhecimento. Na fotografia aérea com a visão estereoscópica há o exagero vertical que ressalta 
o relevo facilitando a identificação das estruturas e feições geológicas/geomorfológicas. As 
chaves de interpretação são excelentes ferramentas para identificar formas geológicas. 
 
– Textura: definida pela impressão visual da rugosidade, aspereza ou suavidade, causada pela 
variação ou informidade dos tons de cinza ou da cor. Classificação da textura: grosseira, áspera, 
rugosa, média fina e superfina, depende da sensibilidade do interprete. 
 
– Padrão: caracterizado pela união ou extensão das formas visuais. A repetição continuada de 
uma forma é característica de muitas feições humanas ou naturais. Padrões de drenagem são 
importantes para identificações geológicas, dando informações sobre estruturas subterrâneas e 
litologia. Outras distribuições de padrões podem ser utilizadas como o padrão do traço da foliação. 
 
 Padrão de drenagem dendrítico ocorre em locais de rochas muito homogêneas e sem 
controle estrutural muito nítido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Padrões: Zonas homólogas são áreas formadas pela repetição dos mesmos elementos texturais 
e a mesma estrutura. Em geologia podem ser associadas a entidades geológicas (unidades 
geológicas de litoestratigráfica, domínios estruturais, estruturas geológicas, feições 
geomorfológicas etc). Na fotointerpretação geológica é muito comum a caracterização de zonas 
homólogas a partir de elementos como a drenagem, traço da foliação, textura, cor etc. 
 
 
 
 
Há diversos modos de caracterizar zonas homólogas, uma das principais é o grau de tropia. Esse 
grau reflete o ordenamento dos elementos estruturais segunda uma tendencia no geral sendo 
associada a anisotropia da rocha. 
 
 
 
 
Outras características das zonas homólogas é o tipo de limite entre as mesmas. 
 
 
 
 
 
 
 – Densidade: a frequência da ocorrência de uma feição (ou padrão) é denominada densidade, 
depende da escala da imagem/foto. Pode ser expressada em alta, média ou baixa. 
 
 
 
 
 
 
 
 – Sombra: são importantes por fornecer impressão sobre a altura do objeto e contribuição para 
a sua identificação. Relacionadas com a hora da tomada da foto, com a latitude do lugar e a 
luminosidade solar. Sombras de nuvens são indesejáveis, pois modificam as características tonais 
dos objetos, podendo inclusive esconde-los. 
 
 Pingos são massas elevadas de solo geradas pelo crescimento do gelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Análise de drenagem (conceitos básicos). Elementos de uma drenagem. 
 
A bacia de drenagem de um determinado rio é separada das bacias de drenagem vizinhas por um 
divisor de águas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Análise de drenagem (conceitos básicos) 
 – Hierarquia de drenagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Morfologia fluvial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Planície de inundação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Morfologia dos canais fluviais 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Canais fluviais retilíneos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Canais fluviais entrelaçados apresentaram canais múltiplos, baixa sinuosidade, dois ou mais 
canais com barras e pequenas ilhas, razão largura/profundidade entre 40 a 300. 
– Canais fluviais meandrantes apresentam um único canal, alta sinuosidade, canais simples e 
sinuosos, com barras de pontal, a razão largura/profundidade <40. 
 
 
 
 
 
 
– Canais fluviais anastomosados 
 
 
 
 
 
– Leques aluviais deposito de material dendrítico, mal selecionado e pouco trabalhado que se 
forma no sopé das montas onde os talvegues dos vales encontram uma área plana, quase sempre 
coincidente com uma planície aluvionar ou uma área lacustre. 
 
 
 
 
 
 
 – Delta ocorre em desembocaduras de rios onde a corrente fluvial encontra aguas do amr, do 
lago ou de lagoa o que provoca a deposiçao dos sediemntos transportadosm formando um 
deposito sedimentart complexo que tem a forma triangilar da letra grega delta. 
 
 
 
 
 
 
 
→ Tipos de delta: 
 
 Análise de drenagem: o que observar? 
1) Arranjo ordenado de cabeceiras e cotovelos 
A) Alinhamento de nascente 
B) Alinhamento de cotovelo 
C) Alinhamento de inflexões de segmento 
O arranjo ordenado de cabeceiras e cotovelos de drenagem 
no geral é condicionado por estruturas geológicas, 
principalmente falhas. 
2) Padrões de drenagens (zonas homólogas) essas zonas homólogas são áreas formadas 
pela repetição dos mesmos elementos texturais e a mesma estrutura. As drenagens 
apresentam zonas homologas que apresentam o mesmo padrão de drenagem. 
 
 
 
 
 
 Extração da drenagem de forma sistemática e uniforme é 
largamente utilizada para separar zonas homólogas. Há 
diversos padrões de classificação de redes de drenagem que 
podem ser utilizados, desde descritivos a sistemáticos. O 
padrão de drenagem é analisado quanto ao grau de integração, 
densidade, grau de uniformidade, orientação, grau de controle, 
ângulo de junção e angulosidade, cujas características estão 
relacionadas com as estruturas geológicas, condições 
climáticas, características físicas do solo, variação da 
densidade de vegetação, etc. Em regiões problemáticas, onde 
as litologias não estão bem evidentes, a individualização de unidades litoestratigráficas pode 
ser obtida através de mapas de drenagem densa. Requer bastante trabalho. 
 
 Propriedades da rede de drenagem 
– Grau de integração compreende a perfeita interação entre as drenagens, de maneira a 
fornecer um padrão inteiriço. 
– Densidade refere-se à quantidade de drenagem por área irrigada. 
– Tropia diz respeito ao arranjo da rede de drenagem. 
– Grau de controle presença de controle na orientação preferencial da drenagem. 
– Sinuosidade está relacionada com a forma da drenagem. 
– Assimetria refere-se à disposição da rede de drenagem. 
– Angulosidade e angulo de junção tratam-se dos ângulos de conexão entre as drenagens. 
→ Padrões de drenagens observados (zonas homológas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Textura da drenagem 
O significado da textura da drenagem é no geral associada a litologia e ao grau de estruturação 
de um terreno. 
– Fina: alta densidade de drenagem com espaços de canais próximos frequentemente 
desenvolvidos em rochas mais facilmente erodidas e solos com baixa permeabilidade. Ex. 
argilitos, siltitos, xistos – metapelitos. 
– Moderada: desenvolvidas sobre rochas com permeabilidades moderadas. Ex. arenitos. 
– Grossa: baixa densidade de drenagem com amplos espaçamentos entre canais, 
frequentemente desenvolvidos em rochas fortemente resistentes à erosão e altamente permeável. 
Ex. granito e gnaisse. 
 
→ Padrões de rede de drenagem 
São influenciados por: 
– Litologia 
– Variações climáticas 
– Estrutura geológica (principal fator) 
– Controle estrutural: camadas, falhas, fraturas, dobras etc. 
– Alguns dos padrões de rede de drenagem apresentam arranjos e disposição geométricos 
típicos que são correlacionados a padrões básicos. 
 
→ Padrões básicos de rede de drenagem 
 
→ Padrões de drenagem: Dendrítico sua geometria lembra um galho de árvore com seus 
ramos. Associados a rochas homogêneas (sedimentar ou ígnea), no geral, estratificada 
horizontalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Padrõesde drenagem: Paralelo caracterizado pelo paralelismo das drenagens. Geralmente 
indica caimento do terreno (topográfico ou estrutural). 
 
 
 
 
 
 
O padrão dendrítico apresenta algumas variações. 
Variações do padrão paralelo. 
→ Padrões de drenagem: Treliço caracteriza-se pela presença de tributários principais 
alongados e retos e aproximadamente paralelos entre si e ao curso principal. Associados a 
região de dobramentos, fraturas paralelas, cordões fluviais e litorâneos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Padrões de drenagem: Radial associados a domos, vulcões e estruturas circulares 
(crateras, caldeiras, etc) em geral. Caracterizado pela geometria radial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Padrões de drenagem: Retangular associados a região com forte fraturamento (juntas e 
falhas). Tipificado pela geometria angular de suas drenagens. 
Variações do padrão treliço. 
Uma variação do padrão radial é o arranjo centrípeto. 
 
 
 
→ Padrões de drenagem: Anelar bastante parecido com o radial, porém caracterizado pela 
geometria circular, nas drenagens tributárias (subsequentes). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Padrões de drenagem: Multibasinal caracterizado por séries de pequenos lagos, gerados 
por depressões no relevo. Origem glacial ou cárstica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Padrões anômalos de drenagens mudanças bruscas nos padrões de drenagens são feições 
importantes para identificar feições geológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Anomalias de drenagem são identificadas observando as seguintes características: 
– Retiliniaridade: canais retilíneos, extensos, inseridos em padrão de drenagem não retangular 
e não treliça. Normalmente associados a fraturas (falhas e/ou juntas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anomalia retilíneas 
– Padrões anômalos de meandros: ocorrência de meandros em regiões não esperadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Padrões palimpsesto de drenagem: planícies aluviais em blocos que sofreram 
basculamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Feições geomorfológicas (relevo) 
O relevo é uns dos elementos que mais se destacam em uma imagem. O relevo está relacionado 
diretamente com a litologia, estrutura, drenagem e condições climáticas. O entendimento 
evolutivo das feições morfológicas é um fator preponderante na fotointerpretação. 
O clima e a litologia são fundamentais para entender o relevo. Por exemplo: um granito no 
clima árido possui relevo diferente de um granito no clima úmido. 
 
 
Clima úmido 
– Manto de intemperismo mais desenvolvido. 
– Relevo mais aplainado e com formas mais arredondadas. 
– Padrões de drenagens menos densos. 
 
Clima seco 
– Manto de intemperismo menos desenvolvido. 
– Relevo menos aplainado e com formas mais íngremes. 
– Padrões de drenagens mais densos. 
 As principais feições morfoestruturais analisadas em uma imagem são: 
1. Bacias sedimentares 
2. Cadeias dobradas 
3. Blocos falhados 
4. Maciços homogêneos 
5. Relevo vulcânico 
6. Outros (dunas, dolinas etc) 
 
 Bacias sedimentares 
Principais características: 
– Relevo tabular, com áreas planas e chapadões. 
– Chapadões limitados frequentemente por escarpas compondo cuestas. 
– Essas escarpas possuem no topo camadas competentes chamadas de cornija. 
– Frequentes morros testemunhos. 
– Predominância de padrão de drenagem do tipo “dendrítico” ou “paralelo” (mergulhos suaves). 
– Em bacias recentes (planícies de inundação) a drenagem desenvolve-se em canais de 
meandros ou anastomosados. 
 
 Cuestas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Em regiões de bacias sedimentares onde desenvolvem-se planícies de inundações 
desenvolvem amplos sistemas fluviais, com predomínio de canais meandrantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cadeias dobradas 
Principais características: 
– Forte orientação das cristas, compondo um relevo serrano (vales e montanhas). 
– Forte controle estrutural da drenagem. Predomínio do padrão treliço de drenagem. 
– Toda evolução topográfica está determinada pela erosão diferencial, que ressaltam camadas 
mais resistentes das menos resistentes. 
 
 
 
 
 
→ Dois tipos fundamentais de tipos de relevo associados a cadeias dobradas: 
– Relevo Jurássico dobras suaves e abertas. 
 
 
 
 
 
 
 
– Relevo Apalachiano dobras fechadas com flancos com mergulhos inclinados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Blocos falhados 
Principais características: 
– Gera feições morfológicas típicas como escarpas de falhas, grabens e horsts. 
– Associados a padrões anômalos de drenagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 Maciços homogêneos 
Principais características: 
– Constitui uma área elevada, em geral dômico, de aspecto homogêneo, realçado em função do 
contraste composicional, textural e estrutural com as encaixantes, que são mais estruturadas. 
– Predomínio do arranjo dendrítico de drenagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Maciços vulcânicos 
Principais características: 
– Estão caracterizados principalmente pela presença de cones vulcânicos, cujas formas podem 
variar, inclusive durante seu período de atividade. 
– Desenvolvimento de estruturas como caldeiras, domos etc. 
– Predomínio do arranjo radial ou anelar de drenagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Outras feições 
Existem uma série de feições geomorfológicas que são importantes para fotointerpretação, tais 
como, campos de dunas, dolinas, cones cársticos, feições costeiras (falésias, lagunas, cordões 
litorâneos) etc. 
 
 Relevo cárstico 
– Dolina depressão semelhante a uma cratera, gerada pelo colapso do teto de uma caverna. 
– Vales cegos rios que repentinamente desaparecem em sumidouros. 
– Vales de dissolução vales formados em áreas de ocorrência abundante de dolinas, em que a 
dissolução promove o aumento no número, no crescimento (alargamento) e agrupamento destas 
estruturas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Campos de dunas (tipos de dunas) 
A) Barcanas 
B) Longitudinais 
C) Transversais 
D) Barcanóides 
E) Transversais (seif) 
F) Estrela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fotos aéreas de 
dunas estrelas 
Dunas barcanas 
 Feições associadas a erosão costeira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Erosão do promontório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sistemas costeiros e ambientes deposicionais 
A deposição em ambientes costeiros é controlada pelo aporte de sedimentos e a energia 
disponível (ondas, ventos etc). Neste contexto ocorrem diversos tipos de ambientes e paisagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pontões (spit) são depósitos de areia formado pela corrente de deriva litorânea em áreas de 
fraca corrente. Também são chamados de flechas. No geral, apresentam formas alongadas e 
estreitas. Formam as restingas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Geomorfologia glacial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estruturas geológicas 
 
 
 
 
 
 
→ Traço da foliação geram uma foliação principal. Uns dos principais elementos da 
fotointerpretação bastante visível em áreas secas e em campo abertos. Em áreas densamente 
vegetadas sua visualização é mais complexa, no entanto, podem ser identificadas 
principalmente pelos padrões de drenagem, como o do tipo “candelabro”. 
– Acamamento 
– Xistosidade 
– Foliação Milonítica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Traço da foliação (Ausência) a ausência do traço de foliação indica rochas com 
características isótropas (estrutural ou litológica) e é uma característica importante para a 
interpretação geológica. 
 
 
→ Traço da foliação (atitude de camadas) a partir do traço da foliação é possível estimar 
atitudes de camadas, utilizando a regras dos “Vs”. De modo geral, em fotografia aérea é 
possível perceber se os mergulhos de uma camada são baixos, ou altos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Traço da Foliação (Acamamento) Traço da Foliação (Xistosidade//Bandamento Composicional) 
Traço da foliação e delimitação de 
zonas homológas. 
(a) camadamergulha a montante 
(b) camada vertical 
(c) camada mergulha a jusante com 
inclinação maior que a topografia 
(d) camada mergulha com a mesma 
inclinação do vale 
(e) camada mergulha a jusante com 
inclinação menor que a topografia 
→ Foliação qualquer feição planar penetrativa em uma rocha. Critérios de distinção entre 
foliações primárias e secundárias: 
 
 Foliações primárias X Foliações secundárias 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Mergulhos baixos e moderados (0 a 20°) desenvolvem feições como platôs e cuestas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Camadas de baixo mergulho (horizontais) 
 
 
 
 
→ Camadas de alto mergulho (horizontais) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Lineamentos 
– Todas feições lineares observáveis na foto área. 
– Podem ser tanto feições positivas, quanto feições negativas no relevo. 
– Seu significado pode ser diverso, podendo ser associado a diversos tipos de feições 
geológicas: diques, camadas, zonas de cisalhamento, contatos litológicos etc. 
 
 Sistemática análise de estrutura e relevo 
A sistemática para interpretação do relevo é parecida com o que já vimos para a rede de 
drenagem, com o estabelecimento de zonas homólogas. Diversos parâmetros podem ser 
analisados na interpretação do relevo e das estruturas geológicas a ele relacionado. Estes 
parâmetros incluem: 
– Cristas de montanhas 
– Traço da foliação 
– Lineamento estruturais 
– Etc 
 
 Talús deposito de material grosseiro. 
 
 Laguna possui uma abertura/conexão para o mar. A lagoa não.

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