Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RAFAEL ANDRADE DE MEDEIROS 1 PROFESSOR: RAFAEL ANDRADE DE MEDEIROS TURMA: CARREIRAS POLICIAIS SIMULADO - DIREITO PENAL PARTE GERAL PARTE GERAL PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DIREITO PENAL 1. A responsabilidade pela indenização do prejuízo que foi causado pelo condenado ao cometer o crime não pode ser estendida aos seus herdeiros, sem que, com isso, seja violado o princípio da personalidade da pena. 2. Em razão do princípio da presunção de inocência, não é possível haver prisão antes da sentença condenatória transitada em julgado. Julgue o item, considerando a lei e a jurisprudência dos tribunais superiores. 3. Na aplicação dos princípios da insignificância e da lesividade, as condutas que produzam um grau mínimo de resultado lesivo devem ser desconsideradas como delitos e, portanto, não ensejam a aplicação de sanções penais aos seus agentes. Segundo os princípios norteadores do Direito Penal brasileiro, julgue o próximo item. 4. O princípio da intervenção mínima no Direito Penal encontra reflexo nos princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade. Considerando os princípios básicos de direito penal, julgue o item subsecutivo. 5. Constituem funções do princípio da lesividade, proibir a incriminação de atitudes internas, de condutas que não excedam a do próprio autor do fato, de simples estados e condições existenciais e de condutas moralmente desviadas que não afetem qualquer bem jurídico. Julgue o item seguinte, com relação aos princípios constitucionais de direito penal. 6. O princípio da presunção de inocência proíbe a aplicação de penas cruéis que agridam a dignidade da pessoa humana. Acerca dos princípios constitucionais e infraconstitucionais do Direito Penal, julgue o item subsecutivo. 7. O indivíduo que, surpreendido por policiais, após consumir um cigarro de substância entorpecente, ainda se encontre sob influência do tóxico de forma a demonstrar a utilização pretérita, responderá pela conduta típica de trazer consigo. No tocante aos princípios constitucionais penais, julgue o item a seguir. 8. No que se refere à aplicação do princípio da insignificância, o STF tem afastado a tipicidade material dos fatos em que a lesão jurídica seja inexpressiva, sem levar em consideração os antecedentes penais do agente. No tocante aos princípios constitucionais penais, julgue o item a seguir. 9. O direito penal constitui um sistema exaustivo de proteção de todos os bens jurídicos do indivíduo, de modo a tipificar o conjunto das condutas que outros ramos do direito consideram antijurídicas. Texto B212585212B. Um indivíduo, sem antecedentes criminais, pagou, com cheque personalizado em nome de terceiro, mercadorias, no valor de R$ 2.300, compradas em determinado supermercado. Para tanto, apresentou cédula de identidade falsificada com sua fotografia, tendo induzido em erro a pessoa responsável pelo caixa do supermercado. Consumada a ação, tal indivíduo, arrependido, rasgou e destruiu o talão de cheques e a identidade falsificada, inutilizando-os definitivamente. Com referência ao Texto B212585212B, julgue o item. 10. Nessa situação hipotética, o juiz responsável pelo julgamento do referido indivíduo deveria absolvê-lo por atipicidade de conduta, aplicando o princípio da insignificância. TÍTULO I – DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Art. 1º, Código Penal: “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.”. 11. Este artigo é denominado pela doutrina como princípio da legalidade, sendo gênero que compreende duas espécies: reserva legal e anterioridade da lei penal. Tal postulado decorre da Constituição Federal e somente a lei, em sentido formal e estrito, poderá disciplinar norma penal incriminadora, isto é, lei ordinária ou complementar, editadas pelo Poder Legislativo. Diante disso, a impossibilidade de um juiz de direito fazer uso, no Direito Penal, de interpretação analógica, por ferir constitucionalmente a separação dos poderes, salvo, entretanto, para beneficiar o réu — in bonam partem. Considerando os princípios constitucionais e legais informadores da lei penal, julgue o item a seguir. 12. A lei material penal terá vigência imediata quando for editada por meio de medida provisória, impactando diretamente a condenação do réu se a denúncia já tiver sido recebida. A respeito da aplicação da lei penal e dos elementos e das causas de exclusão de culpabilidade, julgue o item subsequente. 13. O princípio da legalidade pode ser desdobrado em três: princípio da reserva legal, princípio da taxatividade e princípio da retroatividade como regra, a fim de garantir justiça na aplicação de qualquer norma. A respeito dos princípios constitucionais penais, julgue o item. 14. Fere o princípio da legalidade, também conhecido por princípio da reserva legal, a criação de crimes e penas por meio de medida provisória. Considerando o disposto no Código Penal brasileiro quanto à aplicação da lei penal, julgue o próximo item. 15. Se vigorava lei mais benéfica, depois substituída por lei mais grave, hoje vigente, é a lei mais grave que será aplicada ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência foi iniciada antes da cessação da continuidade. RAFAEL ANDRADE DE MEDEIROS 2 PROFESSOR: RAFAEL ANDRADE DE MEDEIROS TURMA: CARREIRAS POLICIAIS SIMULADO - DIREITO PENAL PARTE GERAL Acerca da aplicação da lei penal no tempo, em especial, abolitio criminis, é correto afirmar que: 16. Tem efeito retroativo, atingindo, inclusive, os processos em fase de execução penal e afastando os efeitos civis de reparação do dano causado. Considerando os princípios constitucionais e legais informadores da lei penal, julgue o item a seguir. 17. Considerando os princípios informativos da retroatividade e ultratividade da lei penal, a lei nova mais benéfica será aplicada mesmo quando a ação penal tiver sido iniciada antes da sua vigência. Com referência à aplicação da lei penal, julgue o item subsequente. 18. Com base na teoria da atividade, aos crimes permanentes e continuados pode ser aplicada nova lei, ainda que mais severa. A respeito da aplicação da lei penal e dos elementos e das causas de exclusão de culpabilidade, julgue o item subsequente. 19. Se decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, não ultra-agem a lei excepcional ou temporária, assim, não se aplicando ao fato praticado durante sua vigência. TÍTULO II – DO CRIME Acerca dos crimes e suas classificações, julgue o item. 20. Crimes vagos são aqueles que não possuem objeto material determinado. A relação de causalidade, estudada no conceito estratificado de crime, consiste no elo entre a conduta e o resultado típico. Acerca dessa relação, julgue o próximo item. 21. O CP adota, como regra, a teoria da causalidade adequada, dada a afirmação nele constante de que “o resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa; causa é a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido”. 22. Nos crimes materiais, a consumação só ocorre ante a produção do resultado naturalístico, enquanto que, nos crimes formais, este resultado é dispensável. Sobre o tipo dos crimes de omissão de ação, julgue o próximo item. 23. Os tipos de omissão de ação podem aparecer sob a forma de omissão imprópria, fundada no dever jurídico especial de agir, que admite ações dolosas e culposas, e sob a forma de omissão própria, fundada no dever jurídico geral de agir, que admite apenas ações dolosas. Sobre o tipo dos crimes de omissão de ação, julgue o próximo item. 24. A posição de garantidor do bem jurídico é elemento específico do tipo objetivo dos crimes de omissão imprópria, mas a produção do resultado típico de lesão do bem jurídico é elemento comum do tipo objetivo dos crimes de omissão própria e imprópria. Sobre tentativa e consumação, julgue o próximo item. 25. A tentativainidônea é impunível, por ineficácia absoluta do meio ou impropriedade absoluta do objeto. Sobre o iter criminis, julgue o próximo item. 26. A punição da tentativa de crime culposo depende de expressa previsão legal. Um agente alvejou vítima com disparo e, embora tenha iniciado a execução do ilícito, não exauriu toda a sua potencialidade lesiva ante a falha da arma de fogo empregada, fugindo do local do crime em seguida. 27. Nessa situação hipotética, a atitude do agente configura tentativa imperfeita, pois ele não conseguiu praticar todos os atos executórios necessários à consumação, por interferência externa. Julgue o item que se segue a respeito dos institutos da desistência voluntária, do arrependimento eficaz e do arrependimento posterior. 28. A voluntariedade e a espontaneidade da interrupção da execução do crime são requisitos caracterizadores fundamentais das hipóteses de desistência voluntária. Um indivíduo de dezenove anos de idade, livre, consciente e capaz, dirigiu-se a uma joalheria com a intenção de praticar furto. Na loja, passou-se por cliente e pediu a uma vendedora para ver algumas peças. Enquanto via as joias, aproveitando-se de um descuido da vendedora, o indivíduo colocou um colar de ouro em seu bolso e, em seguida, saiu da loja, sem nada ter comprado. Trinta minutos depois, ele retornou à loja e devolveu a joia, incentivado por sua mãe. Apesar disso, o gerente, representando a joalheria, decidiu registrar boletim de ocorrência sobre o fato em uma delegacia de polícia, e o homem foi indiciado por furto simples. Após o término do inquérito policial, o Ministério Público denunciou o acusado por furto simples. 29. Em princípio, nesse caso, será possível o reconhecimento do arrependimento posterior. Julgue o item a seguir, que versa sobre a desistência voluntária, o arrependimento eficaz e posterior e o crime impossível. 30. O crime impossível caracteriza-se pela ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, não ocorrendo a consumação do crime; nesse delito, considerado putativo pela doutrina, o agente acredita estar agindo ilicitamente, quando, na verdade, não está. Em relação aos crimes omissivo, impossível, doloso, culposo e preterdoloso, julgue o item. 31. São elementos do fato típico culposo: conduta humana voluntária (ação/omissão), inobservância do cuidado objetivo (imprudência/negligência/imperícia), previsibilidade objetiva, ausência de previsão, resultado involuntário, nexo de causalidade e tipicidade. No que concerne a infração penal, fato típico e seus elementos, formas consumadas e tentadas do crime, culpabilidade, ilicitude, imputabilidade penal e em relação aos crimes contra a vida, considere a seguinte situação hipotética. 32. José, estudante de curso de pós-graduação em Direito, estava dirigindo um automóvel por uma estrada, quando percebeu, à sua direita, um ciclista. Apesar de ter verificado a possibilidade de ocorrência de atropelamento, José não reduziu a velocidade e pensou: RAFAEL ANDRADE DE MEDEIROS 3 PROFESSOR: RAFAEL ANDRADE DE MEDEIROS TURMA: CARREIRAS POLICIAIS SIMULADO - DIREITO PENAL PARTE GERAL “existe risco de atropelamento, mas sou muito hábil no volante e não haverá acidente”. Na hipótese de vir a matá-lo, responde por homicídio culposo, na modalidade culpa consciente. 33. Não se admite a tentativa aos crimes unissubsistentes, culposos, preterdolosos, omissivos próprios e complexos. Julgue o item subsequente, relativo ao direito penal. 34. Age com dolo eventual o agente que prevê possíveis resultados ilícitos decorrentes da sua conduta, mas acredita que, com suas habilidades, será capaz de evitá- los. Quanto às penas, à tipicidade, à ilicitude e aos elementos e espécies da infração penal, julgue o item a seguir. 35. Ocorre crime preterdoloso quando o agente pratica dolosamente um fato do qual decorre um resultado posterior culposo. Para que o agente responda pelo resultado posterior, é necessário que este seja previsível. Não aceitando o término do casamento, Felinto manteve Isaura por uma hora e meia sob a mira de um revólver. Durante esse tempo, o Delegado Moraes negociou a rendição de Felinto. Aos prantos, repetia que liberaria a ex- mulher, contudo efetuaria disparo contra a sua cabeça, pondo fim à própria vida, pois não viveria sem sua amada. Passados mais alguns minutos, decidiu liberar Isaura. Ainda transtornado e de arma em punho, dirigiu-se à saída do local onde estava acuado pelos policiais e, inesperadamente, ao invés de se entregar, apontou o revólver aos integrantes do grupo tático, gritando que efetuaria um disparo. Nesse momento, vendo uma ameaça em Felinto, pois estava prestes a atirar contra os policiais, o Delegado Moraes efetuou disparo mortal. Em seguida, ao se aproximar do corpo da vítima, verificou que a arma de Felinto não estava municiada. 36. Com base apenas nas informações narradas, visando a evitar qualquer responsabilização penal, a defesa técnica de Moraes deverá suscitar que ele atuou em contexto de erro de tipo permissivo invencível. Em relação ao direito penal, julgue o item a seguir. 37. A culpa imprópria ocorre nas hipóteses de descriminantes putativas em que o agente, em virtude de erro evitável pelas circunstâncias, dá causa dolosamente a um resultado, mas responde como se tivesse praticado um delito culposo. Oficial de Justiça ingressa em comunidade no interior do Estado de Santa Catarina para realizar intimação de morador do local. Quando chega à rua, porém, depara-se com a situação em que um inimputável em razão de doença mental está atacando com um pedaço de madeira uma jovem de 22 anos que apenas caminhava pela localidade. Verificando que a vida da jovem estava em risco e não havendo outra forma de protegê-la, pega um outro pedaço de pau que estava no chão e desfere golpe no inimputável, causando lesão corporal de natureza grave. 38. Com base apenas nas informações narradas, não é incorreto afirmar que, de acordo com a doutrina majoritária, a conduta do Oficial de Justiça não configura crime, em razão da legítima defesa. Acerca das questões de tipicidade, ilicitude (ou antijuridicidade) e culpabilidade, bem como se suas respectivas excludentes, julgue o item. 39. Há excludente de tipicidade em casos de estado de estado necessidade, legítima defesa, exercício regular do direito e estrito cumprimento do dever legal. Acerca da aplicabilidade das normas de direito penal, julgue o item seguinte. 40. Em relação ao estado de necessidade, que constitui uma das causas excludentes de antijuridicidade, o direito penal brasileiro adotou a teoria unitária, segundo a qual não se deve fazer ponderação dos bens ou interesses em conflito. PARTE GERAL PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DIREITO PENAL TÍTULO I – DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL TÍTULO II – DO CRIME
Compartilhar