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INSTITUTO MASTER DE ENSINO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS 
 
 
ANA PAULA FARIA DE FREITAS 
BRUNNO ALEXANDRE RIBEIRO 
JOÃO PEDRO DE CASTRO 
RAFAELA CAMPOS TREVIZAN 
RAPHAELA DA SILVA FARIA 
ROBERTA PERFEITO ABRAHIM 
RHAIANE VIANA 
SARA BASTOS 
 
 
 
 
 
 
 
OSTEOPOROSE: CASO CLÍNICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARAGUARI 
2019 
ANA PAULA FARIA DE FREITAS 
BRUNNO ALEXANDRE RIBEIRO 
JOÃO PEDRO DE CASTRO 
RAFAELA CAMPOS TREVIZAN 
RAPHAELA DA SILVA FARIA 
ROBERTA PERFEITO ABRAHIM 
RHAIANE VIANA 
SARA BASTOS 
 
 
 
 
CASO CLÍNICO: OSTEOPOROSE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Discente Autônomo apresentado 
 ao Eixo 2.1 B, Atenção à Saúde Individual e Coletiva, 
 do Curso de Medicina do Instituto Master de Ensino 
 Presidente Antônio Carlos – IMEPAC Araguari, sobre a 
 interferência dos hormônios pós menopausa na osteoporose 
 
Prof. Leonardo Gomes Peixoto 
 
 
 
ARAGUARI 
2019 
Sumário 
Osteoporose ................................................................................................... 4 
Caso clínico ................................................................................................... 5 
Perda de densidade óssea em mulheres.................................................. 6 
Tipos de osteoporose: ................................................................................. 6 
Osteoporose primária ............................................................................. 7 
Osteoporose secundária .......................................................................... 7 
Osteoporose idiopática ............................................................................ 8 
Sintomas da osteoporose ............................................................................ 8 
Curiosidade: .......................................................................................... 11 
Diagnóstico de osteoporose ...................................................................... 11 
Exame de densidade óssea ...................................................................... 12 
Prevenção da osteoporose ........................................................................ 12 
Tratamento da osteoporose ...................................................................... 13 
Cálcio e vitamina D ................................................................................ 13 
Exercícios com suporte de peso .............................................................. 13 
Medicamentos ........................................................................................ 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osteoporose 
 A osteoporose é um quadro clínico em que uma redução da densidade dos ossos 
enfraquece os ossos, tornando-os suscetíveis a quebra (fraturas). 
A osteoporose é uma doença sistêmica progressiva caracterizada por diminuição da 
massa óssea e deterioração da microarquitetura, levando à fragilidade do osso e 
aumentando o risco de fraturas. 
-O envelhecimento, a deficiência de estrogênio, o baixo nível de vitamina D ou de 
ingestão de cálcio e alguns distúrbios podem diminuir os valores dos componentes que 
mantêm a densidade óssea e a força. 
-Osteoporose pode não causar sintomas até que ocorra uma fratura óssea. 
-Fraturas podem ocorrer com pouca ou nenhuma força e podem ocorrer após uma 
queda pequena. 
-Embora as fraturas sejam normalmente dolorosas, algumas fraturas vertebrais não 
causam dor, mas ainda podem causar deformidades. 
-Os médicos diagnosticam as pessoas em risco examinando sua densidade óssea. 
-A osteoporose pode geralmente ser prevenida e tratada gerenciando os fatores de 
risco, garantindo a adequada ingestão de cálcio e de vitamina D, bem como através da 
prática de exercícios de suporte de peso e da ingestão de bifosfonatos ou outros 
medicamentos. 
-Os ossos contêm minerais, incluindo cálcio e fósforo, que os tornam rígidos e densos. 
Para manter a densidade óssea (ou massa óssea), o corpo precisa de um fornecimento 
adequado de cálcio e outros minerais e deve produzir as quantidades adequadas de 
vários hormônios, como o hormônio da paratireoide, hormônio do 
crescimento, calcitonina, estrogênio e testosterona. Um suprimento adequado 
de vitamina D é necessário para absorção do cálcio dos alimentos e sua incorporação 
aos ossos. A vitamina D é absorvida a partir da dieta e fabricada na pele através da luz 
solar. 
Para que os ossos possam se ajustar às novas exigências, eles são degradados e 
remodelados, continuamente. Este processo é conhecido como remodelagem. Nesse 
processo, pequenas áreas do tecido ósseo são removidas continuamente e um novo 
tecido ósseo é depositado. A remodelação afeta a forma e a densidade dos ossos. Na 
juventude, os ossos crescem em largura e comprimento à medida que o corpo cresce. 
Mais tarde na vida, os ossos podem, às vezes, aumentar sua largura, mas não ficam 
mais longos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-%C3%B3sseos,-articulares-e-musculares/biologia-do-sistema-musculoesquel%C3%A9tico/ossos
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/minerais/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-minerais
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/equil%C3%ADbrio-eletrol%C3%ADtico/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-fun%C3%A7%C3%A3o-do-c%C3%A1lcio-no-organismo
Caso clínico 
Joana, 67 anos, vai ate seu consultório pois sente muitas dores ao caminhar. Ela diz que 
na juventude sua altura era 1,65. A partir de exames físicos você percebe que a Joana 
perdeu altura. Agora sua altura é 1,60m. Você então solicita alguns exames clínicos. Os 
exames clínicos revelaram Hormônio folículo estimulante – FSH: 13,2 mUI/mL (VR pós- 
menopausa: 7,90 a 53,80 mUI/mL); Estrogênio : 5,5 pg/dL (VR pós-menopausa: 20 á 96 
pg/dL); Progesterona 6,5 pg/dL (VR pós- menopausa inferior à 70pg/dL). A partir da 
análise dos exames de Joana, pergunta-se: 
 
Por que uma mulher nestas condições possui maiores chances de ter osteoporose? 
 
 A partir da análise dos exames da paciente, observa-se que ela possui as vertebras 
fraturadas por compressão, que levou à diminuição da estatura. Ademais, analisando os 
exames de Joana, é notório a queda na produção de estrógenos, condição que explica a 
diminuição da densidade óssea e o risco de fraturas. 
 Após a menopausa, existe aumento da remodelação óssea com consequente 
diminuição da massa óssea. A diminuição dos níveis de estrogênios circulantes leva a 
uma ativação nos ciclos de remodelação óssea, com predomínio nas fases de reabsorção 
em relação à formação, devido ao aumento do número de osteoclastos na superfície dos 
ossos trabeculares. Os osteoclastos tornam-se mais ativos, possivelmente pela 
diminuição nas taxas de apoptose ao final da fase de reabsorção, resultando em grandes 
cavidades que são parcialmente reparadas pela atividade dos osteoblastos. Os 
estrogênios atuam direta e indiretamente nos ossos. A maneira direta de atuação é via 
receptores e a indireta é mediada por citocininas e fatores locais de crescimento A perda 
óssea decorrente da menopausa é caracteristicamente associada á excessiva atividade 
dos osteoclastos, encarregados pela reabsorção óssea. Além disse, nota-se que os 
osteoblastos controlam a ação dos osteoclastos (responsáveis pela degradação do tecido 
ósseo) por meio da produção do hormônio parácrino(age sobre o próprio tecido) 
RANKL pelo osteoblasto, o qual interage com o receptor do osteoclasto RANKR. A 
interação desses dois hormônios aumenta a atividade dos osteoclastos, caracterizando 
uma situação de osteoporose, por exemplo. Dessa maneira, acredita-se que a paciente 
possa apresentar altas taxas de RANKL ou baixas taxas de osteoprotegerina(OPG), 
também produzido pelos osteoblastos, mas que inibe o RANKL e consequentemente 
diminui a atividade dos osteoclastos.Perda de densidade óssea em mulheres 
 Nas mulheres, a densidade (ou massa) óssea aumenta progressivamente até cerca dos 
30 anos, quando os ossos são mais fortes. Depois desse período, a densidade óssea 
diminui gradualmente. A taxa de perda óssea se acelera após a menopausa, que ocorre 
em média em torno dos 51 anos. 
 
 
 
 Visto que mais osso é formado do que degradado na idade adulta, os ossos 
aumentam em densidade progressivamente até cerca de 30 anos, quando são mais 
fortes. Depois desse período, visto que a degradação excede a formação, os ossos 
diminuem lentamente em densidade. Se o corpo for incapaz de manter uma quantidade 
adequada de formação óssea, os ossos continuam perdendo densidade e podem se 
tornar cada vez mais frágeis, o que resulta em osteoporose. 
 
Tipos de osteoporose: 
Existem dois tipos de osteoporose: 
-Osteoporose primária 
-Osteoporose secundária 
 
 A osteoporose primária ocorre espontaneamente e a osteoporose secundária é 
causada por outras doenças ou medicamentos. 
 
 Osteoporose primária 
 
 Mais de 95% da osteoporose em mulheres e, provavelmente, cerca de 80% em 
homens, é primária. A maioria dos casos ocorre em mulheres na pós-menopausa e em 
homens mais velhos. 
Uma das principais causas da osteoporose é a falta de estrogênio, particularmente a 
redução rápida que ocorre na menopausa. A maioria dos homens com mais de 50 anos 
têm níveis mais altos de estrogênio do que as mulheres na pós-menopausa, mas esses 
níveis também diminuem com o envelhecimento, e baixos níveis de estrogênio estão 
associados com a osteoporose em homens e mulheres. A deficiência de 
estrogênio aumenta a degradação óssea e resulta em rápida perda óssea. Nos homens, 
baixos níveis de hormônios sexuais masculinos também contribuem para a 
osteoporose. A perda óssea é ainda maior se os níveis de ingestão de cálcio ou 
de vitamina D forem baixos. Baixos níveis de vitamina D resultam em deficiência de 
cálcio, e o aumento da atividade das glândulas paratireoides faz com que secretem 
hormônio da paratireoide em excesso, que também pode estimular a decomposição 
dos ossos. Por razões desconhecidas, a produção de osso também diminui. 
Vários outros fatores, como determinados medicamentos, uso de tabaco, consumo 
excessivo de álcool, histórico familiar de osteoporose (por exemplo, se o pai ou a mãe 
da pessoa sofreu fraturas de quadril) e estatura corporal pequena, aumentam o risco de 
perda óssea e o desenvolvimento de osteoporose em mulheres. Esses fatores de risco 
também são importantes em homens. 
 
Osteoporose secundária 
 
 Menos de 5% dos casos de osteoporose em mulheres e cerca de 20% em homens são 
secundários. 
Exemplos de doenças que podem causar osteoporose secundária são a doença renal 
crônica e distúrbios hormonais (especialmente doença de 
Cushing, hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, hipogonadismo, níveis elevados de 
prolactina e diabetes mellitus). Certos tipos de câncer, como mieloma múltiplo, podem 
causar osteoporose secundária e outras doenças, como a artrite reumatoide, podem 
também causá-lo. Exemplos de medicamentos que podem causar osteoporose 
secundária são progesterona, corticosteroides, hormônios da tireoide, certos 
medicamentos de quimioterapia e anticonvulsivos. O tabagismo também pode causar 
ou contribuir para osteoporose secundária. O consumo excessivo de álcool ou cafeína 
e o tabagismo podem piorar a osteoporose pré-existente, mas improvavelmente a 
causam. 
 
 
Fatores de risco para osteoporose primária 
-Membros da família com osteoporose 
-Dieta pobre em cálcio e vitamina D 
-Estilo de vida sedentário 
-Raça branca ou asiática 
-Magreza 
-Menopausa precoce 
-Tabagismo 
-Consumo excessivo de álcool ou cafeína 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/menopausa/menopausa
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-gl%C3%A2ndula-adrenal/s%C3%ADndrome-de-cushing
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-gl%C3%A2ndula-adrenal/s%C3%ADndrome-de-cushing
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/equil%C3%ADbrio-eletrol%C3%ADtico/hipercalcemia-concentra%C3%A7%C3%A3o-elevada-de-c%C3%A1lcio-no-sangue#v8897853_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-tireoide/hipertireoidismo
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-masculina/biologia-do-sistema-reprodutor-masculino/efeitos-do-envelhecimento-no-sistema-reprodutor-masculino
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/diabetes-mellitus-dm-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-da-glicose-no-sangue
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/dist%C3%BArbios-dos-plasm%C3%B3citos/mieloma-m%C3%BAltiplo
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-%C3%B3sseos,-articulares-e-musculares/dist%C3%BArbios-articulares/artrite-reumatoide-ar
 
Osteoporose idiopática 
 A osteoporose idiopática é um tipo raro de osteoporose. A 
palavra idiopática significa simplesmente que a causa é desconhecida. Esse tipo de 
osteoporose ocorre em mulheres na pré-menopausa, em homens com menos de 50 
anos e em crianças e adolescentes que têm níveis normais de hormônios, níveis 
normais de vitamina D e nenhuma razão óbvia para terem ossos fracos. 
 
 
 
 
Sintomas da osteoporose 
 No início, a osteoporose não causa sintomas, pois a perda da densidade óssea ocorre 
muito gradualmente. Algumas pessoas nunca desenvolvem sintomas. Contudo, 
quando a osteoporose causa a quebra de ossos (fraturas), as pessoas podem sentir dor 
dependendo do tipo de fratura. As fraturas tendem a consolidar lentamente em pessoas 
com osteoporose e podem resultar em deformidades, como uma coluna encurvada. 
 Nos ossos longos, como os ossos dos braços e das pernas, a fratura ocorre 
normalmente nas extremidades dos ossos, não no meio. Os ossos da coluna vertebral 
(vértebras) estão particularmente em risco de fratura devido à osteoporose. Essas 
fraturas ocorrem geralmente no meio ou na parte inferior das costas. 
Fraturas por compressão vertebral (fraturas de vértebras da coluna vertebral) podem 
ocorrer em pessoas que têm qualquer tipo de osteoporose. Estas fraturas são as 
fraturas mais comuns relacionadas à osteoporose. As vértebras enfraquecidas podem 
quebrar espontaneamente ou após uma pequena lesão. A maioria dessas fraturas por 
compressão vertebral não causam dor. No entanto, pode se desenvolver dor, que, 
geralmente, começa repentinamente, permanece em uma determinada área das costas 
e piora quando a pessoa se levanta ou anda. A área pode ficar sensível. Normalmente, 
a dor e a sensibilidade começam a desaparecer gradualmente após uma semana. No 
entanto, a dor persistente pode durar meses ou ser constante. Se várias vértebras 
quebrarem, uma curvatura anormal da coluna vertebral (corcunda de viúva) pode se 
desenvolver, causando tensão muscular e dor, bem como deformidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osteoporose 
 
Fratura de compressão da coluna vertebral devido à osteoporose 
 
Fratura de compressão devido à osteoporose 
 
LIVING ART ENTERPRISES, LLC /SCIENCE PHOTO LIBRARY 
 
 Os ossos em outras partes do corpo podem fraturar, muitas vezes devido a uma 
queda ou esforço relativamente pequeno (chamadas fraturas de fragilidade). Uma das 
fraturas mais sérias é a fratura de quadril, uma das principais causas de incapacidade e 
perda de independência em idosos. Fraturas de pulso ocorrem com frequência, 
especialmente em pessoas com osteoporose pós-menopausa. 
Pessoas que tiveram uma fratura em que a osteoporose havia sido um fator correm um 
risco muito maior de terem mais dessas fraturas. 
 
Curiosidade: 
-Pessoas que tiveram uma fratura relacionada à osteoporosecorrem um risco muito 
maior de terem mais dessas fraturas. 
 
Diagnóstico de osteoporose 
-Exame de densidade óssea 
-Nível de vitamina D 
-Exames para causas de osteoporose secundária 
O médico pode suspeitar de osteoporose nas seguintes pessoas: 
-Todas as mulheres com 65 anos ou mais 
-Mulheres entre a menopausa e 65 anos que apresentam fatores de risco para 
osteoporose 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/fraturas/fraturas-do-quadril
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/fraturas/fraturas-do-pulso
-Todos os homens e mulheres que tiveram uma fratura anterior causada por pouca ou 
nenhuma força, mesmo que a fratura tenha ocorrido quando jovem 
-Adultos com idade a partir de 65 anos com dores nas costas ou perda de, pelo menos, 
cerca de 3 centímetros de altura do corpo sem explicação 
-Pessoas cujos ossos parecem finos na radiografia ou cuja radiografia mostre fraturas 
por compressão vertebral 
-Pessoas com risco de desenvolver osteoporose secundária 
Em caso de suspeita de osteoporose em que uma radiografia não tiver sido feita, esta 
pode ser solicitada pelo médico. Certos achados na radiografia sugerem osteoporose, 
mas o diagnóstico de osteoporose é confirmado pelo exame de densidade óssea. 
 
Exame de densidade óssea 
 
 Exames de densidade óssea podem ser utilizados para detectar ou confirmar a 
suspeita de osteoporose, mesmo antes de ocorrer uma fratura. Algumas técnicas de 
triagem rápida estão disponíveis para medir a densidade óssea no pulso ou no 
calcanhar. O exame mais útil, no entanto, é a absorciometria de raios X de dupla 
energia (dual-energy x-ray absorptiometry, DXA), que mede a densidade óssea nos 
locais em que as principais fraturas ocorrem com maior probabilidade: a coluna 
vertebral e o quadril. Esse teste é indolor, envolve muito pouca radiação e pode ser 
realizado em cerca de 10 a 15 minutos. Ele pode ser útil para monitorar a resposta ao 
tratamento, bem como para se fazer o diagnóstico. A DXA também pode revelar 
osteopenia, um quadro clínico no qual a densidade óssea está diminuída, mas não tão 
intensamente como na osteoporose. A osteopenia também aumenta o risco de fraturas. 
 
 Podem ser feitos exames de sangue para medir os níveis de cálcio e vitamina D. 
Podem ser necessários mais testes para descartar quadros clínicos tratáveis que podem 
levar à osteoporose. Se tal quadro clínico for identificado, o diagnóstico é de 
osteoporose secundária. 
 
Prevenção da osteoporose 
A prevenção é da osteoporose tem geralmente mais sucesso do que o tratamento, pois 
é mais fácil prevenir a perda de densidade óssea do que restaurá-la depois que ela tiver 
sido perdida. A prevenção da osteoporose envolve 
-Gerenciar os fatores de risco (por exemplo, parar de fumar e evitar o consumo 
exagerado de bebidas alcoólicas e cafeína) 
-Consumir quantidades adequadas de cálcio e vitamina D 
-Praticar exercícios com suporte de peso (como fazer caminhadas, subir escadas ou 
levantamento de peso) 
-Tomar determinados medicamentos (para certas pessoas) 
Algumas medidas podem ajudar a prevenir fraturas. Muitos idosos estão em risco de 
quedas por causa de coordenação e visão deficientes, fraqueza muscular, confusão e 
uso de medicamentos que causam tonturas quando estão em pé ou confusão. 
Modificar o ambiente familiar tendo em vista a segurança e trabalhar com um 
fisioterapeuta para desenvolver um programa de exercícios pode ajudar. Exercícios de 
fortalecimento podem ajudar a melhorar o equilíbrio. 
 
 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-%C3%B3sseos,-articulares-e-musculares/diagn%C3%B3stico-de-doen%C3%A7as-musculoesquel%C3%A9ticas/testes-para-doen%C3%A7as-musculoesquel%C3%A9ticas#v37122814_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-%C3%B3sseos,-articulares-e-musculares/diagn%C3%B3stico-de-doen%C3%A7as-musculoesquel%C3%A9ticas/testes-para-doen%C3%A7as-musculoesquel%C3%A9ticas#v37122854_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-%C3%B3sseos,-articulares-e-musculares/diagn%C3%B3stico-de-doen%C3%A7as-musculoesquel%C3%A9ticas/testes-para-doen%C3%A7as-musculoesquel%C3%A9ticas#v37122854_pt
Tratamento da osteoporose 
-Cálcio e vitamina D 
-Exercícios com suporte de peso 
-Medicamentos 
-Tratamento de fraturas 
O tratamento da osteoporose também envolve garantir a ingestão adequada de cálcio 
e vitamina D e fazer exercícios com suporte de peso. Todas as pessoas em tratamento 
precisam tomar medicamentos. Ao tratar pessoas com osteoporose, os médicos 
também gerenciam outros quadros clínicos e fatores de risco capazes de piorar a 
osteoporose. 
 
Cálcio e vitamina D 
 Consumir uma quantidade adequada de nutrientes, especialmente cálcio e vitamina 
D, é útil, especialmente antes de a densidade óssea máxima ser atingida (cerca de 30 
anos de idade), mas também após esse período. A vitamina D ajuda o corpo a absorver 
cálcio. 
Todos os homens e mulheres devem consumir, pelo menos, 1.000 miligramas de 
cálcio a cada dia. Mulheres na pós-menopausa, homens idosos, crianças passando pela 
puberdade e mulheres gestantes ou amamentando podem precisar consumir 1.200 a 
1.500 miligramas a cada dia. Alimentos ricos em cálcio incluem laticínios (como leite 
e iogurte), determinados legumes e verduras (como brócolis) e nozes (como 
amêndoas). 
 É preferível usar fontes alimentares de cálcio do que suplementos. Contudo, se a 
pessoa não conseguir consumir a quantidade recomendada apenas com a dieta, ela 
precisa tomar suplementos. Existem muitos preparados de cálcio disponíveis e alguns 
incluem vitamina D. Os suplementos mais comuns são carbonato de cálcio ou citrato 
de cálcio. Suplementos com citrato de cálcio devem ser tomados por pessoas que 
tomam um inibidor da bomba de prótons, como o omeprazol (que é usado para 
diminuir a produção de ácido no estômago), ou que fizeram uma cirurgia de bypass 
gástrico. 
 
 As pessoas devem consumir 800 a 1.000 unidades internacionais (UIs) de 
suplemento de vitamina D a cada dia. Pessoas com deficiência de vitamina D podem 
precisar de doses ainda mais elevadas. Às vezes, os médicos verificam o nível de 
vitamina D no sangue para determinar a quantidade de suplementos de vitamina D que 
deve ser tomada. As fontes alimentares mais comuns são os alimentos enriquecidos, 
como os cereais e os produtos lácteos. A vitamina D também está presente no óleo de 
fígado e de gordura de peixe. Suplemento de vitamina D é geralmente administrado 
como colecalciferol, a forma natural da vitamina D, mas ergocalciferol, a forma 
sintética derivada das plantas, também é administrado. 
 
Exercícios com suporte de peso 
 A prática de exercícios com suporte de peso, como caminhar e subir escadas, 
aumenta a densidade óssea. Exercícios que não envolvem suporte de peso, 
como natação, não aumentam a densidade óssea, mas aumentam a força do tronco 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/vitamina-d#v766707_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/fundamentos/exerc%C3%ADcio-e-forma-f%C3%ADsica/escolha-do-exerc%C3%ADcio-correto#v713419_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/fundamentos/exerc%C3%ADcio-e-forma-f%C3%ADsica/escolha-do-exerc%C3%ADcio-correto#v713433_pt
(“core”) e o equilíbrio, e reduzem o risco de quedas. A maioria dos especialistas 
recomenda cerca de 30 minutos de exercícios de sustentação de peso por dia. Um 
fisioterapeuta pode desenvolver um programa de exercícios que seja seguro para as 
pessoas e demonstrar como realizar as atividades diárias com segurança para 
minimizar o risco de quedas e de fraturas vertebrais. 
Curiosamente, em mulheres na pré-menopausa, altos níveis de exercícios, como fazem 
os atletas, podem, na verdade, causar uma pequena redução na densidade óssea, pois 
esse nível de exercícios suprime a produção de estrogênio pelos ovários. 
 
Medicamentos 
 
A terapia hormonal (por exemplo,com estrogênio) ajuda a manter a densidade óssea 
em mulheres e pode ser usada para prevenção ou tratamento. Essa terapia é mais 
eficaz quando iniciada em até quatro a seis anos após a menopausa, mas iniciá-la 
posteriormente ainda pode desacelerar a perda óssea e reduzir o risco de fraturas. No 
entanto, visto que os riscos da terapia hormonal excedem seus benefícios para a 
maioria das mulheres, a terapia hormonal geralmente não é a opção de tratamento 
utilizada. As decisões sobre o uso de terapia de reposição de estrogênio após a 
menopausa são complexas. 
O raloxifeno é um medicamento semelhante ao estrogênio que pode ser útil na 
prevenção e tratamento de perda óssea, mas que não tem alguns dos efeitos colaterais 
negativos do estrogênio. O raloxifeno é utilizado em pessoas que não podem ou 
preferem não tomar bifosfonatos. O raloxifeno pode reduzir o risco de fraturas 
vertebrais e pode reduzir o risco de câncer de mama invasivo. 
Os homens não se beneficiam de estrogênio, mas podem se beneficiar da terapia de 
reposição de testosterona se o seu nível de testosterona for baixo. 
Uma forma sintética do hormônio da paratireoide chamada teriparatida pode ser 
injetada diariamente em pequenas doses. A teriparatida aumenta a formação de osso 
novo, aumenta a densidade óssea e diminui o risco de fraturas. Essa terapia é usada 
em algumas pessoas que 
-Desenvolvem perda óssea significativa ou novas fraturas durante o tratamento com 
um bifosfonato 
-Não podem tomar bifosfonatos 
-Têm osteoporose excepcionalmente grave ou muitas fraturas (especialmente fraturas 
vertebrais) 
-Têm osteoporose causada devido ao uso de corticosteroides 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/dist%C3%BArbios-de-mama/c%C3%A2ncer-de-mama#v11606500_pt

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