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Questão – 1 a) As três posturas possíveis ao réu depois da citação, em relação a Ação monitória são: cumprir a obrigação, ficar inerte ou apresentar embargos. Cumprimento da obrigação: Para cumprir a devida obrigação, o réu tem o prazo de 15 (quinze) dias e neste caso pagará apenas 5% de honorários advocatícios sob o valor da causa e ficará isento do pagamento das custas processuais. Caso o réu não cumpra com a obrigação neste prazo, constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, nos termos do art. 701, §1º e §2º do Código de Processo Civil. Inércia: Da mesma forma da primeira hipótese, o réu tem o prazo de 15 (quinze) dias para efetuar a obrigação ou opor embargos, não tomando nenhuma das posturas, ou seja, silenciando-se, a monitória será transformada em execução, independente de qualquer formalidade, nos termos do art. 701, §2º do CPC. Opor embargos: Também com o prazo de 15 (quinze) dias, o réu pode opor embargos à ação monitória, suspendendo assim a eficácia do mandado monitório, pois enquanto não forem julgados os embargos monitórios, não se constituirá título executivo. b) Os embargos à monitória se parecem com uma contestação, não é contestação pois o mandado de citação não o convida a defender-se, mas sim cumprir a devida obrigação, se trata os embargos de defesa na ação monitória. Os embargos têm prazo de 15 (quinze) dias (se a ré for a Fazenda Pública, o prazo da oposição será em dobro). Se opostos dentro deste prazo, o mandado de pagamento fica suspenso. Os embargos à ação monitória podem versar sobre toda e qualquer defesa cabível no procedimento comum, seja ela de mérito ou processual. Quanto ao caso de suspensão dos efeitos em sede de apelação, de acordo com o art. 702, § 4º do Código de Processo Civil, a oposição dos embargos à ação monitória suspende a eficácia da decisão referida no caput do art. 701 somente até o julgamento em primeiro grau. Rejeitados, então, os embargos, na conformidade com o §8º deste mesmo dispositivo legal, 'constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial', prosseguindo o processo em observância ao disposto no Título II, do Livro I da Parte Especial, no que for cabível, ou seja, mediante cumprimento da sentença. Conclui-se então, que o recurso de apelação não terá efeito suspensivo, como regra (art. 1.012, caput do CPC), podendo, excepcionalmente e por análise sistemática, ser formulado requerimento nesse sentido (artigo 1.012, parágrafos 3º e 4º). Questão – 2 Não, pois o cônjuge só tem interesse processual para ajuizar os embargos de terceiro sobre a penhora se a fração ideal do devedor for sob bem de interesse da família. O art. 674, §2º, I do CPC é claro ao dizer que é considerado terceiro para fim de ajuizamento de embargos de terceiro o cônjuge quando defender a posse de bens próprios ou de sua meação, o que não se adequa a hipótese da questão, visto que deixa claro que não se trata de bem de família.
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