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FICHAMENTO 3 - SERRANO, MEDEIROS 2001 - inserção externa, exportações e crescimento no brasil

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FICHAMENTO 3
Texto: Inserção externa, exportações e crescimento no Brasil
Referência: SERRANO e MEDEIROS, 2001
O pensamento de Prebisch teve como fator estratégico para o crescimento econômico sustentado o crescimento das exportações.
ENTÃO NOIS CRESCE PUXADO PELAS EXPORTAÇÕES.
A questão geral com a qual os países latino americanos se deparavam em seu processo de industrialização era a de restrições de divisas. O ponto central para Prebisch era os países latino americanos serem especializados em exportar produtos agrícolas de baixa elasticidade renda e em importar produtos industriais de alta elasticidade.
ISTO É, SE TODO MUNDO DO MUNDO AUMENTA A RENDA, AS EXPORTAÇÕES DO BRASIL E OUTROS PAISES LATINOS N VAI AUMENTAR TANTO, PQ N É TÃO SENSIVEL A RENDA
AGORA SE AUMENTAR A RENDA DO MUNDO, GERAL VAI TAR QUERENDO IMPORTAR ROBÔ NESSA PORRA
Isto, CLARO, faria o crescimento de longo prazo dos países latinos ser menor do que o crescimento de países industrializados.
Tal constatação decorria da diferença das elasticidades-renda. A única maneira de adequar o montante de importações à “capacidade de importar” era através da redução do ritmo de crescimento da economia. A industrialização era a única forma de permitir taxas de crescimentos iguais ou mais elevados para os países periféricos se comparados aos centrais, compatível com a restrição externa. A substituição de importações era uma opção a ser tomada.
O modelo de crescimento para fora como expansão de exportações na Coreia ou Taiwan não foi adotado no Brasil, crescimento para dentro. As duas opções foram variantes nacionais da industrialização tardia liderada pelo estado. A Si foi um desenvolvimento intervencionista. Se implementou um setor de produção de meios de produção. Ocorreu tratamento mais aprofundado sobre aspectos como impacto sobre situação da balança de pagamentos e o efeito sobre o dinamismo do mercado interno.
A capacidade de produção doméstica de meios de produção foi fundamental para aliviar a restrição externa. Quanto menor a propensão marginal a importar, mais folgado é o balanço de pagamentos.
PERA. VAMOS ENTENDER.
SIGNIFICA QUE QUANTO MAIOR A NOSSA CAPACIDADE DE PRODUZIR BENS DE CAPITAL, MAIS ALIVIADO VAI FICAR NOSSO BALANÇO DE PAGAMENTOS PORQUE NÃO DEPENDEREMOS TANTO DE IMPORTAÇÕES PARA TER ESSES BENS E ASSIM NÃO ACABAREMOS COM AS NOSSAS DIVISAS E NÃO FICAREMOS TÃO FEIO NA FITA.
O impacto do aumento dos componentes autônomos da demanda final faz o crescimento dos mercados da produção e do emprego ser maior, gerando efeito multiplicador sobre consumo e acelerador sobre investimento, ampliando o mercado interno. O crescimento para fora gera pouca folga na restrição externa e baixo dinamismo do mercado interno. FAZ SENTIDO.
O crescimento voltado para dentro para acumulação de investimento é um componente induzido (via acelerador) e não autonomo, seguindo o mecanismo do supermultiplicador. 
PRECISO APRENDER ESSA PORRA DE “COMPONENTE INDUZIDO X AUTONOMO”, “ACELERADOR” E O MECANISMO DE SUPERMULTIPLICADOR.
A economia (governo) sempre gera demanda efetiva suficiente para que se atinja limite do crescimento dado pelas contas externas. OK
É necessário introduzir fluxo de capitais na balança de pagamentos. PQ? O ciclo endógeno de industrialização brasileira foi resultado de dois fatores centrais: QUAIS? > O setor de bens de capitais no país atingirá com os investimentos decorrentes do Plano de Metas um estágio de desenvolvimento suficiente para desvincular o ciclo industrial da evolução das exportações e o investimento direto estrangeiro se dirigia ao brasil pelo dinamismo do mercado interno.
A produção interna de bens de capital e o amplo sucesso na substituição de importações de bens de consumo duráveis foi marcado por um momento de estagnação de exportações. Este conseguiu ser realizado no Brasil graças ao fluxo de capital estrangeiro sob a forma tanto de investimentos diretos quanto de empréstimos. As exportações de manufaturas foram resultado da diversificação produtiva interna com um nítido movimento anticíclico. As exportações industriais não são um elemento estratégico essencial para a economia brasileira, mas teve taxa elevada no final dos anos 60.
A longo prazo a variável estratégica central para o crescimento para dentro é a análise da sustentabilidade (solvência) da trajetória de crescimento com déficit externo. Isto é, analisar a evolução da relação entre passivo externo líquido e as exportações, dada pela diferença entre a taxa de crescimento do valor das exportações e aquela taxa de juros. Se a taxa de crescimento é sistematicamente abaixo de zero, é necessária a geração de superávit comercial para estabilizar o crescimento do passivo externo. Para isso, o crescimento das exportações deve ser elevado para garantir a estabilidade.
A fragilidade financeira externa pode ser medida pelo indicador de probabilidade de crise cambial pela razão entre passivos externos de curto prazo e reservas cambiais. Quando a razão é alta, qualquer interrupção nos fluxos de capitais detona um processo especulativo.
O período de 56 a 62 tem amplo ingresso de capital externo sob forma de novas instalações industriais voltadas para expansão do mercado interno contornando a restrição externa, explorando oportunidades do mercado interno.
Com a industrialização pesada, a importação tornou-se dependente do financiamento externo e da entrada de investimentos. As exportações foram estagnadas e concentradas em produtos primários, declinando a solvência da economia.
O crescimento precisou de desvalorização cambial com efeitos inflacionários. Nos anos 60, teve retomada do financiamento externo e explosão das exportações, a partir de 68. As importações de produtos intermediários e bens de capital explodiram e bens de consumo duráveis foram contidas. As exportações foram estimuladas por minidesvalorizações cambiais.
Em 1973 com elevação dos preços de petróleo o déficit das transações correntes deu um salto em relação às exportações. O crescimento foi interrompido em 1979, quando houve o segundo choque do petróleo, significativamente. Com o II PND, a industrialização estendeu e diversificou o parque industrial. A estratégia exportadora resultou em amplos fluxos de capitais, altas taxas de crescimento econômico e investimento substitutivos de importações. Com choque de juros, preços do petróleo, redução da demanda externa, a partir de 1982 as condições de financiamento externo da economia deterioraram-se. As exportações em 80 foram fonte exclusiva de amortização e remessa do serviço da dívida. Os déficit globais no BP cresceram.
Em 1983, a expansão das exportações e a contração das importações tornaram a principal resposta do colapso do padrão de financiamento externo. A expansão do mercado interno e diversificação das exportações estava baseada até 80 na expansão da capacidade de importar da economia de forma a viabilizar a industrialização.
Nos anos 90, a economia brasileira retornou ao sistema financeiro internacional, com a indústria e competitividade externa menor do que no início dos anos 80. Em 91, a liquidez internacional, a reduzida taxa de juros dos EUA e abertura financeira resultou para o Brasil o retorno aos fluxos líquidos de capitais, queda das transferências financeiras e taxas de crescimento positivas, recompondo as reservas.
Década de 90 houve baixo crescimento do produto e hiperinflação. Em 1994, a estabilização da taxa de câmbio nominal e elevados diferenciais de taxas de juros permitiu a abertura comercial, valorização cambial real, crescimento das importações e déficit em contas correntes. Porém, o baixo dinamismo exportador fez o crescimento acelerado dos passivos externos aumentar a fragilidade financeira externa. Em 99, o Brasil levou o bailout do FMI e a reversão da política cambial, como resultado do viés anti exportador de 98. Nos anos 80 houve atraso na modernização de setores produtores de bens de capital e nos 90 explosões de importações levando a atrofia do segmento e capacidade exportadora.
A pauta exportadorafoi concentrada em setores de menor conteúdo tecnológico e mais baixo dinamismo da economia internacional. A especialização produtiva transformou um sistema industrial superavitário num sistema deficitário. O setor industrial ficou menos competitivo do ponto de vista externo. A assimetria entre o ritmo de crescimento dos passivos e o das exportações afirma-se hoje como o principal entrave a um crescimento prolongado da economia brasileira. Economia mais aberta às importações sem uma aceleração sustentada no crescimento das exportações é objetivamente impossível.

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