FLEXÃO DE OMBRO

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Escrito por Mariana Martins Felipe 
 
 
 
 
Osteocinemática 
 A osteocinemática diz respeito aos grandes movimentos que 
ocorrem entre os ossos, mas neste caso, estudaremos a flexão. 
 O movimento de flexão ocorre no plano sagital (que é aquele 
que divide o corpo em duas metades iguais, sendo uma direita e uma 
esquerda) e em torno no eixo látero-lateral (que é perpendicular a este 
plano, formando 90º com o mesmo). 
 
Artrocinemática 
 A artrocinemática diz respeito aos pequenos movimentos que 
ocorrem entre as superfícies articulares. 
 No caso da flexão de ombro, percebemos que para que ocorra o 
movimento, a cabeça umeral faz um giro no sentido anti-horário sobre a 
cavidade glenoide. 
 
 
Escrito por Mariana Martins Felipe 
 
Ritmo escapulo umeral em flexão 
 Para que a flexão possa acontecer, várias articulações do ombro 
tem que se movimentar juntas para não ocorrer impacto e tensão entre 
as estruturas. Assim, este movimento acontece em três tempos. 
 O primeiro tempo vai de 0º a 60º. Neste acontece o movimento 
na articulação glenoumeral; os músculos bíceps braquial, 
coracobraquial, deltoide e peitoral maior se contraem para promover o 
giro no sentido anti-horário da cabeça umeral sobre a cavidade 
glenoide. Chegando aos 60º, os ligamentos, principalmente o 
coracoumeral começam a se tensionar, além disso, os músculos 
infraespinal, redondo maior e menor começam a resistir o movimento. 
 O segundo tempo vai de 60º a 120º. Ao chegar aos 60º de flexão, 
somente a movimentação da articulação glenoumeral n]ao é suficiente 
para promover o movimento completo. Para aliviar a tensão entre os 
ligamentos e diminuir o impacto ósseo, a articulação escapulo-torácica 
entra em ação por meio dos músculos trapézio superior e inferior e 
serrátil anterior, fazendo uma rotação lateral, permitindo que o 
movimento tenha mais amplitude 
 O terceiro tempo vai de 120º a 180º. Ao chegar aos 120º de 
flexão, mesmo com as adaptações entre as articulações, não é 
suficiente para aliviar o impacto entre as estruturas. Assim, há a 
participação da coluna vertebral que, por meio da ação dos músculos 
paravertebrais, quando ocorre flexão unilateral, compensa com uma 
inclinação de tronco, e quando bilateral, compensa fazendo uma 
hiperlordose lombar. 
 
 
Escrito por Mariana Martins Felipe 
 
Origens e inserções musculares 
 Como visto, os músculos principais para a flexão de ombro 
acontecer são: bíceps braquial, coracobraquial, deltoide anterior e 
peitoral maior. Chegando acima de 60º de flexão, há a participação 
dos músculos trapézio superior e inferior e serrátil anterior. 
 Deltoide anterior se origina na metade esternal da clavícula, 
acrômio e espinha da escápula, e se insere na tuberosidade deltoidea 
do úmero. A sua porção anterior participa do movimento de flexão de 
ombro. 
 
 Peitoral maior se origina na metade esternal da clavícula, 
manúbrio, corpo do esterno, cartilagens costais das costelas II a VII, e 
lâmina anterior da bainha do músculo reto do abdome, e se insere na 
crista do tubérculo maior do úmero, atuando na flexão sendo o músculo 
mais importante. 
 
 O músculo bíceps braquial tem duas origens, sendo uma no 
tubérculo supraglenoidal (cabeça longa) e uma no processo coracoide 
(cabeça curta), e ambas se inserem juntas na tuberosidade do rádio. A 
cabeça longa faz os movimentos de flexão, rotação medial e 
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abdução; enquanto a cabeça curta atua nos movimentos de flexão, 
rotação medial e adução. 
 
 O músculo coracobraquial se origina no processo coracoide e se 
insere na face anterior e medial do úmero, distalmente à crista do 
tubérculo menor, atuando no ombro sendo um flexor e e rotação 
medial. 
 
 O músculo trapézio entra no movimento de flexão para auxiliar 
fazendo a movimentação da escápula a partir dos 60º. Ele é dividido 
em 3 porções, todas com a mesma origem sendo a escama do 
occipital entre a linha nucal superior, processos espinhosos das vértebras 
cervicais e torácicas. O trapézio superior ou descendente se insere no 
terço acromial da clavícula; o trapézio médio se insere no acrômio; e o 
trapézio inferior ou ascendente se insere na espinha da escápula. A 
porção descendente faz o levantamento da escápula e gira o seu 
ângulo inferior lateralmente; a parte média traciona a escápula para 
baixo; e a parte ascendente traciona a escápula e a vira para baixo. 
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 O músculo serrátil anterior tem origem nas costelas de I a IX. A 
parte superior se insere no ângulo superior da escápula; a parte média 
se insere na margem medial da escápula; e a parte inferior se insere no 
ângulo inferior da escápula. A parte superior eleva a escápula; a parte 
média abaixa a escápula; e a parte inferior abaixa a escápula e gira o 
seu ângulo inferior lateralmente. 
 
 
 
 
 
 
 
Alongamento dos flexores 
 Quando pensamos em elaborar um alongamento, devemos partir 
do principio que, para que um músculo seja alongado, ele deve ser 
colocado de forma que suas origens e inserções se afastem, sempre 
pensando em suas ações contrárias. 
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 Assim, para alongar os músculos flexores, é necessário posicioná-
los em extensão. Podemos fazer este movimento segurando uma 
parede enquanto colocamos o membro superior para traz 
impulsionando o corpo para frente, ou até mesmo sentado sobre os 
calcanhares. 
 
Exercício resistido concêntrico 
 Exercício resistido concêntrico é aquele que promove uma 
contração concêntrica, ou seja, aquela que aproxima as origens e 
inserções, porque a força muscular é superior à resistência aplicada. 
 
 Para fortalecer os músculos flexores, podemos usar a resistência 
de um elástico sento aplicada contra o mesmo movimento. 
Assim,podemos posicionar uma faixa elástica sob os pés e tracionar a 
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mesma fazendo o movimento de flexão de ombro, mantendo o 
membro superior com os cotovelos em extensão. 
 
Exercício resistido excêntrico 
 O exercício resistido excêntrico é aquele que promove uma 
contração excêntrica, ou seja, aquele que afasta as origens e inserções, 
porque a força muscular é inferior à resistência aplicada, tendo que 
controlar o movimento. 
 
 Podemos pensar da seguinte forma, em um exercício, quando a 
resistência não muda de lugar, o músculo que faz a fase concêntrica é 
o mesmo que atua na fase excêntrica. Por exemplo, com o exercício 
citado acima, os músculos que fazem a contração concêntrica na 
subida do movimento são os mesmos que fazem a contração 
excêntrica na descida. 
 
Exercício resistido isométrico 
 Exercício resistido isométrico é aquele que promove a realização 
de uma contração isométrica, ou seja, que não desencadeia 
movimento articular, porque a força muscular e a resistência externa se 
igualam. 
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 Por exemplo, para a realização de um exercício, podemos 
colocar um halter nas mãos, fazer uma contração concêntrica para 
realizar a flexão de ombro mantendo os cotovelos em extensão, e ao 
chegar à amplitude desejada no ombro, mantemos a contração por 
algum tempo.