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Infarto: Causas e Consequências

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Paola Magalhães Infarto
InfartoConceitos gerais
· Anemia: diminuição total do volume do sangue ou a deficiência em alguns dos seus elementos;
· Oligohemia ou anemia local: (“oligas”: pouco) diminuição da afluência (fluxo) de sangue;
Sinônimos de:
· Isquemia: (“isquein”: parar) diminuição do afluxo de sangue em uma região ou parada total do afluxo sanguíneo;
· Hipoxemia/hipóxia: diminuição do oxigênio no sangue;
· Anoxemia/anoxia: ausência do oxigênio no sangue
Isquemia
Principais causas
· Diminuição da pressão entre artérias e veias;
Fluxo mais lento, em situações como débito cardíaco (fluxo de sangue sendo bombado pelo sangue em um minuto);
· Obstrução da luz vascular;
· Aumento da viscosidade do sangue;
· Aumento da demanda.
Consequências
· Grau de obstrução: total ou parcial;
· Duração da obstrução: permanente ou transitória;
· Velocidade que se instala: lenta ou rápida;
· Estado funcional do órgão;
· Grau de eficiência da circulação colateral.Isquemia transitória
Desde ausência de alterações ou degenerações e hipotrofias (parcial e gradual)
Isquemia permanente
· Brusca: infarto
· Gradual: desenvolves—se circulação colateral ou não (infarto)
Infarto
É um processo que pode ocorrer no músculo cardíaco ou em qualquer tecido vascularizado (inclusive no tecido bucal).
A consequência mais grave dos fenômenos tromboembólicos.
Definição: área de necrose isquêmica causada por oclusão do suprimento arterial ou da drenagem venosa em um determinado tecido.
“Morte tecidual devido à falência vascular”.
Infarto=necrose isquêmica
Etiologia
· Eventos tromboembólicos (99%)
Êmbolos originados no coração e grandes artérias, tromboêmbolos venosos, trombose venosa.
· Outras causas (1%)
Placa aterosclerótica, compressão tumoral, pressões externas e torções.Relação trombose, isquemia e infarto
O trombo vai obstruir um vaso, causando isquemia e consequentemente isso vai levar a um infarto.
Fatores que condicionam o desenvolvimento de um infarto
· Estado sanguíneo e cardiovascular: anemia e hipoxemia;
Indivíduos que apresentam alterações que levam a anemia e hipoxemia são mais habilitados a ter um infarto.
Paciente que possui algum débito cardíaco, alteração nos componentes do sangue ou perda de volume sanguíneo também apresentam condições para ter um infarto.
· Natureza de irrigação vascular;
O tecido que tenha 1 suprimento duplo de sangue como:
· Pulmões: artérias pulmonares e brônquicas;
· Fígado: artéria hepática e veia porta;
Nesses tecidos, o bloqueio de um dos suprimentos, pode ser compensado pela outra via.
Sistemas arteriais paralelos
· Mão/antebraço: artéria radial e ulnar;
A perda do suprimento sanguíneo em uma das artérias, pode-se ter compensação pela outra via (menos propenso a ter um infarto nessas regiões).
1 suprimento arterial com anastomose
· Intestino: artéria mesentérica
As chances de acontecer o infarto já aumenta, pois caso ocorra o infarto, a anastomose não da conta de irrigar todo o tecido.
1 suprimento: artérias terminais
· Rins/baço: artéria renal e esplênica
Se houver o bloqueio, tem a possibilidade de ocorrer o infarto mais do que nas outras áreas.
Coronárias: pequenas anastomoses
· Velocidade do desenvolvimento da oclusão;
Pode levar a necrose isquêmica.
Ativação de vias alternativas e colaterais: quando ocorre a oclusão do tecido, se não houver tempo para a ativação das vias alternativas e colaterais de irrigação, há mais chance de ser infartado.
Em pacientes idosos, há uma oclusão mais lenta, assim há tempo para ativação de anastomoses colaterais.
Já pacientes jovens, quando infartam, geralmente apresentam infarto fulminante, pois a velocidade da oclusão é muito rápida e abrupta (inesperado; repentino). 
· Vulnerabilidade do tecido à hipóxia.
Neurônios (são os mais susceptíveis ao infarto).
Células do miocárdioResistentes ao infarto
Fibroblastos.
Tipos de infarto – Coloração
Infarto branco ou anêmico
· Na oclusão arterial;
· Nos tecidos sólidos: coração, baço, rins.
Infarto vermelho ou hemorrágico:
· Nas oclusões venosas;
· Nos tecidos frouxos (como pulmões);
· Nos tecidos com dupla circulação;
· Nos tecidos previamente congestionados;
· Quando o fluxo é restabelecido em um local de oclusão arterial e necrose prévias.
Amolecimento: no tecido cerebral
Apresenta aparência mais gelatinosa, grande quantidade de lipídios.
Tipos de infarto – Presença de microrganismos
Infarto asséptico
· Sem presença de microrganismos.
Infarto séptico
· Por organismos presentes no tecido do desenvolvimento da necrose isquêmica (como um pulmão que já possui algum processo infeccioso e sofre um infarto);
· Embolia bacteriana;
· Semeadura bacteriana das margens da necrose.
Infarto renal
· Na superfície, é possível perceber zonas bem demarcadas, com coloração diferente da normal.
· Na área seccionada, vemos a diferença para o tecido normal.
· É um infarto anêmico ou branco, possuindo uma coloração pálida, pois passou por um período de ausência da chegada de fluxo sanguíneo para aquele tecido.
· Esse rim apresenta um suprimento sanguíneo, através da artéria renal.
· As regiões brancas que vemos, corresponde a área infartada, com tecido necrosado.
Infarto esplênico
Infarto anêmico ou infarto branco.
Baço com a maior parte do órgão infartado, na macroscopia a alteração de coloração é bem evidente, diferente da polpa do órgão que é geralmente de cor bem escura. 
Na microscopia, se pode observar a área não atingida (direita), com a área infartada (esquerda).
Infarto pulmonar
Se vê a macroscopia de fragmentos de pulmão, mostrando que fica bem demarcado a área de infarto hemorrágico ou vermelho desse órgão, que é um órgão frouxo, e que tem depois da infartada, ocorre derramamento de hemácias naquela área, e a coloração fica avermelhada.
Infarto intestinal
O órgão apesar de necrosado possui uma coloração vermelha, mostrando que se trata de um infarto hemorrágico ou vermelho, e isso se deve porque existe anastomoses entre as artérias mesentéricas, e o tecido pode então ter o rompimento e o destacamento de hemácias na área infartada. 
Infarto amolecimento – Cérebro
É a exceção, ocorre o infarto por amolecimento devido ao alto grau lipídico desse tecido. Percebe-se na macroscopia que fica uma área aparência amolecida.
Infarto renal
Ao redor (margens) da área infartada, existe um processo inflamatório e aquela área necrótica vai aos poucos sendo substituído por um tecido fibroso. Com o passar do tempo fica uma área cicatricial.
Necrose anestésica
Situações de infarto de tecido bucal. As mucosas desses pacientes possuem úlceras de formato circular e estão relacionadas a aplicação de anestésico, de uma maneira inadequada. 
O cirurgião dentista pode provavelmente ter usado anestésicos com substancia vasoconstritora e fez uma aplicação de maneira inadequada. Ao redor da área de aplicação da agulha, na injeção da substancia anestésica, há uma anemia, fica branca a região. O resultado é que aquela vasoconstrição importante feita nessa região levou a uma isquemia que permaneceu durante muito tempo e levou o tecido da mucosa a necrose. 
Sialometaplasia necrosante
Outra situação que indica um infarto na cavidade bucal, é a sialometaplasia necrosante. Se vê úlceras localizadas no palato, e tem a área central preenchida por um tecido necrótico de coloração esbranquiçada. 
O paciente de alguma maneira traumatizou essa mucosa, de tal forma a produzir área isquêmica e consequentemente ter alteração tecidual, inclusive com necrose.
Sialometaplasia: Sialo vem de glândulas salivares
As que sofreram isquemia, mas não sucumbiram a necrose/não infartaram, elas modificam, fazem uma adaptação desse processo de falta de fluxo sanguíneo, por meio da metaplasia (um fenômeno adaptativo das células que muda seu fenótipo por conta de algum fator irritativo).
Na microscopia, se vê que as células glandulares, elas modificam-se e se adaptam, se tornando células do tipo escamosa. 
Vale ressaltar que essa localização no palato não é incomum,porque alguns pacientes tem o vicio de colocar ou de manter objetos na boca.
Em pacientes mais jovens quando se é detectado esse tipo de alteração, é obrigação do cirurgião dentista, tentar fazer algum tipo de pesquisa mais apurada para que seja então percebido se existe algum tipo de abuso do paciente ou não.
 
 
 
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