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Profª Mª Yasna Godoy Cuidados nas Doenças do Sistema Respiratório ANATOMIA – Trato respiratório superior: boca, cavidade nasal, faringe e laringe. – Trato respiratório inferior: Traqueia, brônquios e suas ramificações nos pulmões. Sistema Respiratório Boca Imagem: https://pt.wikipedia.org/wiki/Trato_respirat%C3%B3rio_superior https://pt.wikipedia.org/wiki/Trato_respirat%C3%B3rio_superior Anatomia Anatomia do tórax é representada pelo arcabouço torácico e pelos órgãos internos. A conformação em forma de caixa torácica é importante na dinâmica da ventilação e na proteção dos órgãos internos. • O arcabouço torácico é formado: – clavículas – esterno – escápulas – coluna torácica – costelas MÚSCULOS DA RESPIRAÇÃO SISTEMA NERVOSOSOMÁTICO Anatomia Na expiração forçada é necessário o trabalho muscular dos Intercostais Internos e dos Músculos Abdominais. Fisiologia- Ciclo Respiratório CICLO RESPIRATÓRIO • Conjunto de uma inspiração seguida de uma expiração Patm =760 mm Hg Trabalho dos músculos respiratórios para movimentar a caixa torácica e permitir a inspiração e a expiração; Diferença de pressão entre o ar ambiente (pressão atmosférica) e o ar alveolar (pressão intrapulmonar) para que o ar possa entrar e sair dos pulmões.. https://youtu.be/Iz0U1VaUZ7Q • Tranquéia • Brônquios • Bronquíolos • Cartilagem mantém sistema de tubos (traquéia e brônquios) abertos • Presença de células secretoras de muco • Presença de cílios para remoção de resíduos • Musculatura lisa controla o diâmetro do tubo. ZONA DE CONDUÇÃO Fisiologia Fisiologia- Hematose ALVÉOLOS • Bolsas de ar ricamente vascularizadas. • Local onde ocorre a hematose pulmonar: alvéolo fornece oxigênio da expiração ao sangue e o sangue expele dióxido de carbono Tipos de células alveolares •Pneumócitos I (célula epitelial de revestimento) •Pneumócitos II (produção de surfactante) •Macrófagos Imagem: https://es.wikipedia.org/wiki/Alv%C3%A9olo_pulmonar#/media/Archivo:Cross_section_of_an_alveoli_and_capillaries_showing_diffusion_of_gases-es.svg Pneumócito I Pneumócito II Pneumócito Pneumócito Alvéolo https://es.wikipedia.org/wiki/Alv%C3%A9olo_pulmonar#/media/Archivo:Cross_section_of_an_alveoli_and_capillaries_showing_diffusion_of_gases-es.svg Fisiologia- Surfactante Pulmonar Os alvéolos possuem no seu interior um líquido: surfactante pulmonar. • A principal função do surfactante pulmonar é formar uma camada de filme que permitir a adequada abertura dos alvéolos pulmonares e permitir a respiração, através da: •Manutenção da abertura dos alvéolos; •Diminuição da força necessária para a expansão dos pulmões; •Estabilização do tamanho dos alvéolos. Função Do Sistema Respiratório • Assegurar as trocas gasosas entre organismo e atmosfera; • Transporte do oxigênio (O2) do ar para a circulação sanguínea e da eliminação do gás carbônico (CO2) da circulação para o ar. Patologias Respiratórias- Asma ASMA • Doença inflamatória crônica • Diminuição do lúmen dos brônquios, dificultando a troca gasosa pulmonar • 4ª causa de internação hospitalar no Brasil • Tríade asmática: -Broncoespasmo -Muco -Inflamação(edema) • Os mastócitos, os macrófagos, os linfócitos T, os neutrófilos e os e osinófilos têm participação essencial na reação inflamatória da asma. → Quando ativados, os mastócitos liberam mediadores químicos, incluindo histamina, bradicinina, prostanoides, citocinas e leucotrienos → resposta inflamatória: causando aumento do fluxo sanguíneo, vasoconstrição, extravasamento de líquido da vasculatura, atração dos leucócitos para a área, secreção de muco e broncoconstrição. Patologias Respiratórias- Asma Patologias Respiratórias-Asma Patologias Respiratórias- Asma ETIOLOGIA • Multifatorial (genética e ambiental) • Fatores desencadeantes extrínsecos -Alergênicos -Ácaros -Pólen -Pêlo de animais -Fungos -Fumaça/poeira Patologias Respiratórias- Asma ETIOLOGIA • Fatores desencadeantes intrínsecos: -Ansiedade -Estresse -Exercício ou atividade física intensa -Depressão -Infecções virais ou bacterianas -Medicamentos (aspirina, AINES, etc.) Patologias Respiratórias- Asma MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Crises variam: leve, moderada, grave e risco de morte • Intermitentes e episódicas • Períodos assintomáticos alternando com exacerbações agudas de poucos minutos a várias horas ou dias de duração. • Casos graves –lesão progressiva pode levar a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) • Manifestações intensificadas manhã e noite . Patologias Respiratórias- Asma SINAIS E SINTOMAS NA CRISE •Dispnéia expiratória •Dor torácica •Sensação de aperto torácico •Taquipnéia (>28mpm) •Broncoespasmo •Febre •Tosse •Sibilância (predominantemente expiratórios) Patologias Respiratórias- Asma SINAIS E SINTOMAS NA CRISE GRAVE •Taquicardia(>120bpm) •Saturação de O2< 90% em AA •Letargia, confusão mental, agitação •Fadiga e exaustão •Expansibilidade torácica diminuída •Cianose •Sudorese Cianose Oximetria de pulso Patologias Respiratórias- Asma AVALIAÇÃO E ACHADOS DIAGNÓSTICOS • Histórico: história familiar, ambiente e os fatores ocupacionais • As comorbidades incluem: • doença por refluxo gastresofágico •asma induzida por fármacos • aspergilose broncopulmonar alérgica (evolução para fibrose e bronquiectasias) •Exame físico: •padrão dos sintomas • podem acompanhar a asma: Eczema, erupções cutâneas e edema temporário Patologias Respiratórias- Asma AVALIAÇÃO E ACHADOS DIAGNÓSTICOS • Durante os episódios agudos, são realizados exames: de escarro e de sangue- contagem de eosinófilos e níveis séricos de IgE (ambos elevados), gasometria arterial (GA), revelando hipocapnia e alcalose respiratória • Provas de função pulmonar: volume expiratório forçado em 1 segundo (VEF1) capacidade vital forçada (CVF) Wilkins, et al, 2010 Patologias Respiratórias- Asma TRATAMENTO •Broncodilatadores •Corticosteróides •Antagonistas dos leucotrienos •Oxigenoterapia •Evitar crises e hospitalizações Patologias Respiratórias- Asma MANEJO DE ENFERMAGEM • Avaliar o estado respiratório do cliente por meio de monitoramento da intensidade dos sinais/sintomas, sons respiratórios, oximetria de pulso e sinais vitais • Obter história de reações alérgicas a medicamentos • Identificar os medicamentos que o cliente faz uso atualmente • Administrar os medicamentos, conforme prescrito, e monitorar as respostas do cliente a esses medicamentos, incluindo qualquer antibiótico se o cliente tiver uma infecção respiratória subjacente • Administrar líquidos, caso o cliente esteja desidratado • Auxiliar no procedimento de intubação, se necessário, enquanto é realizado monitoramento rigoroso do cliente, mantendo a família informada. Patologias Respiratórias- Pneumonia PNEUMONIA • Doença infecciosa grave que provoca inflamação dos pulmões causada por bactérias,vírus,fungos que geralmente são transmitidos por via respiratória. • A pneumonia bacteriana é a mais comum; • A pneumonia afeta com maior freqüência e gravidade os idosos, pessoas com doenças crônicas ou que tenham imunidade baixa. Pode afetar também crianças, jovens e adultos saudáveis; • Estes microrganismos ultrapassam as defesas naturais do corpo e invadem o pulmão,causando infecção e inflamação desse órgão; Patologias Respiratórias- Pneumonia PNEUMONIA HOSPITALAR •Tipos 1) Adquirida no hospital -Entre 2 dias após a internação até 3 dias após alta hospitalar -Germes comunitários sensíveis e cepas hospitalares resistentes 2) Associada à ventilação mecânica -48h após intubação traqueal (10-40%) -Infecção mais frequente em CTI -Microorganismos multirresistentes Patologias Respiratórias- Pneumonia SINAIS E SINTOMAS Forma aguda, mas podem se desenvolver também lentamente; • Muitas vezes a pneumonia bacteriana surge como complicação de uma gripe. • Início súbito de calafrios e rápida elevação da febre (38,5°C a 40,5°C); • Sudorese; •Tosse produtiva com escarro muco amarelado ou esverdeado (em alguns tipos a tosse pode ser seca); • Dor torácica, que pode piorar com a respiração; • Respiração rápida e curta; • Náuseas e vômitos; • Cefaléia; • Inapetência; • Dores musculares; • Fadiga; • Cansaço e desânimo. ATENÇÃO: No início dos sintomas, pode ser confundida com uma gripe ou resfriado forte SINAIS E SINTOMAS-GRAVES • Taquipneia pronunciada (25 a 45mrm), dispnéia e uso dos músculos respiratórios acessórios; • Ortopneia; • Cianose de extremidades e ruborização das bochechas; • Confusão mental ou desorientação (principalmente em idosos); • Queda da pressão arterial • Taquicardia Patologias Respiratórias- Pneumonia AVALIAÇÃO E ACHADOS DIAGNÓSTICOS • Principalmente história, exame físico; • Radiografias de tórax, hemocultura e exame do escarro; • Aspiração nasotraqueal ou orotraqueal ou broncoscopia em clientes que não podem expectorar ou induzir uma amostra de escarro. Patologias Respiratórias- Pneumonia Imagem: Consolidação broncopneumônica extensa, que compromete predominantemente os segmentos posteriores do lobo inferior esquerdo. PROBLEMAS COLABORATIVOS/COMPLICAÇÕES POTENCIAIS • Persistência dos sintomas após o início do tratamento • Sepse e choque séptico • Insuficiência respiratória • Atelectasia • Derrame pleural • Confusão mental. Patologias Respiratórias- Pneumonia Atelectasia à D. Derrame pleural à E TRATAMENTO Patologias Respiratórias- Pneumonia TRATAMENTO Intra hospitalar-cuidados •Oxigenoterapia •Hidratação e reposição de volume •Nutrição adequada(via oral ou sondas) •Broncodilatadores •Posicionamento adequado–cabeceira30 a 45º e decúbito dorsal •Monitorização de sinais vitais •Controle sintomático e sedação para pacientes agitados •Higiene rigorosa das mãos •Isolamento respiratório SN Patologias Respiratórias- Pneumonia PREVENÇÃO • Manter uma rotina de vida saudável; •Pacientes com fatores de risco(idosos e portadores de doença pulmonar crônica ou deficiência imunológica)devem ser vacinados para Influenza e pneumonia bacteriana (pneumococo) •Preservar o sistema imunológico e impedir que o resfriado ou a gripe evoluam para um quadro de pneumonia Patologias Respiratórias- Pneumonia MANEJO DE ENFERMAGEM • Avaliar o cliente quanto à ocorrência de sinais e sintomas de pneumonia; • Monitorar o cliente: alterações na temperatura e no pulso; quantidade, odor e coloração das secreções; frequência e intensidade da tosse; grau de taquipneia ou falta de ar; alterações nos achados do exame físico (principalmente: inspeção e ausculta do tórax); e alterações nos achados das radiografias de tórax; • Avaliar os clientes idosos quanto à ocorrência de comportamento incomum, alteração do estado mental, desidratação, fadiga excessiva e IC concomitante. Patologias Respiratórias- Pneumonia <div style="max-width:854px"><div style="position:relative;height:0;padding-bottom:56.25%"><iframe src="https://embed.ted.com/talks/eve_gaus_and_vanessa_ruiz_why_is_pneumonia_so_dangerous" width="854" height="480" style="position:absolute;left:0;top:0;width:100%;height:100%" frameborder="0" scrolling="no" allowfullscreen></iframe></div></div> • Limitação do fluxo de ar, que não é totalmente reversível, geralmente progressiva e associada à resposta inflamatória do pulmão a partículas ou gases nocivos. • A limitação ao fluxo de ar resulta em estreitamento das vias respiratórias, hipersecreção de muco e alterações na vascularização pulmonar. • As complicações da DPOC variam, mas incluem insuficiência e falência respiratórias (principais complicações) e pneumonia, atelectasia e pneumotórax. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica- DPOC FATORES DE RISCO •Tabagismo •Exposição ocupacional (fuligem, poeira) •Prováveis •Poluição ambiental •Baixo nível socioeconômico •Tabagismo passivo na infância •Alcoolismo Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica- DPOC BRONQUITE CRÔNICA • Doença das vias respiratórias, é definida como a presença de tosse e produção de escarro durante pelo menos 3 meses, a cada 2 anos consecutivos. • Substancias irritantes provocam aumento no número de glândulas secretoras de muco e células caliciformes, levando à produção aumentada de muco. • Os alvéolos adjacentes aos bronquíolos podem sofrer lesão e fibrose, resultando em função alterada dos macrófagos alveolares. DPOC- Bronquite Crônica ENFISEMA PULMONAR • Distensão, deformação e ruptura alveolar, com formação irreversível de bolhas pulmonares e perda da superfície de trocas gasosas, limitando o fluxo aéreo, levando à hipoxemia. • Nos estágios mais avançados da doença, a eliminação de dióxido de carbono fica comprometida, resultando em hipercapnia, com consequente acidose respiratória. DPOC- Enfisema Pulmonar ENFISEMA PULMONAR • Cor pulmonare (hipertensão pulmonar) À medida que as paredes capilares continuam o processo de destruição, o leito capilar pulmonar diminui de tamanho, aumentando, assim, a resistência ao fluxo sanguíneo pulmonar, forçando o ventrículo direito a manter pressão arterial mais elevada na artéria pulmonar. Por esse motivo, a insuficiência cardíaca direita (cor pulmonale) constitui uma das complicações do enfisema. O ventrículo direito é responsável pelo transporte de sangue do coração para os pulmões DPOC- Enfisema Pulmonar MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Tosse geralmente produtiva, expectoração mucóide, pequena a moderada quantidade, intensidade variável. • Na fase inicial apresenta-se mais pela manhã, ao despertar (pigarro). • Dispnéia inicialmente aos grandes esforços, podendo progredir até os mínimos esforços. • Chiado de intensidade variável, podendo estar ausente em alguns pacientes. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica- DPOC EXAME FÍSICO •Pode variar do normal até o acentuadamente alterado. Inspecção/palpação/percussão ---->normais. •Sibilos mais à expiração forçada/tempo expiratório prolongado. •Tórax “em tonel”, hipersonoridade percussão,murmúrio vesicular diminuído à ausculta são alterações da fase avançada da doença. •Sinais clínicos de cor pulmonale devem ser notados (edema MMII, dispnéia, cianose). Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica- DPOC DIAGNÓSTICO •Exame físico •Anamnese •RX de tórax •Oximetria •Espirometria •Gasometria arterial Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica- DPOC Imagem: Espirometria https://telemedicinamorsch.com.br/blog/como-interpretar-espirometria TRATAMENTO MEDICAMENTOSO • Broncodilatadores • Beta-2-adrenérgicos • Anti-colinérgicos • Metilxantinas • Corticosteróides • Oxigenoterapia–ventilação mecânica invasiva e não-invasiva • Antibioticoterapia se broncoinfecção associada A oxigenoterapia é variável nos clientes com DPOC; seu objetivo consiste em obter um nível aceitável de oxigênio, sem queda do pH (hipercapnia crescente). Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica- DPOC TRATAMENTO CIRÚRGICO • Bulectomia para reduzir a dispneia; redução do volume pulmonar para melhorar elasticidade e função lobares • Transplante de pulmão. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica- DPOC Bulectomia • Síndrome que pode ocorrer em várias doenças, causando colapso de uma parte ou de todo o pulmão devido a uma obstrução nos brônquios ou bronquíolos. Patologias Respiratórias- Atelectasia CAUSAS • Acúmulo de secreções espessas, formando uma “rolha” que obstrui os Brônquios ou bronquíolos. • Compressão por tumor. • Derrame plural • Pneumotórax • Aspiração de corpo estranho. • Também ocorre em seguida a uma anestesia geral,sobre tudo depois de cirurgias efetuadas no tórax ou no abdome superior. Patologias Respiratórias- Atelectasia MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Depende da extensão da lesão e da velocidade de sua instalacão. • Nas atelectasias agudas,em geral, são: – Dortorácica – Tosse – Dispnéia • Nos casos em que a atelectasia se desenvolve aos poucos,os sintomas não costumam ser muito evidentes e muitas vezes são confundidos com os da doença causal. • As atelectasias demoradas podem acabar gerando complicaçõescomo infecções, dilatações brônquicas e fibrose pulmonar. TRATAMENTO • Fisioterapia pulmonar para a mobilização das secreções • Re expandir o pulmão colabado. • Antibióticos se houver infecção bacteriana • Mucolíticos poderão ajudar na eliminação das secreções. • Broncoscopia para higiene brônquica e retirada de corpo estranho • Cirurgia, para retirada de corpo e estranho e massa tumoral. Patologias Respiratórias- Atelectasia PREVENÇÃO • O indivíduo dever espirar profundamente, tossir regularmente (sem grande esforço) e começar a se movimentar o mais cedo possível. • Fumantes devem deixar de fumar por seis a oito semanas antes e após uma cirurgia. Patologias Respiratórias- Atelectasia • Definido como o acúmulo anormal de líquido nos espaços intersticiais dos pulmões, que se difunde para os alvéolos. • Resultando em hipoxemia, aumento do trabalho respiratório, diminuição da complacência pulmonar e alteração da relação ventilação-perfusão. Patologias Respiratórias- Edema Agudo de Pulmão (EAP) Patologias Respiratórias- EAP Tipos de EAP . Edema pulmonar cardiogênico • Evento agudo, que resulta de insuficiência ventricular esquerda. • ↑ da pressão hidrostática nos capilares pulmonares • Com o ↑ da resistência ao enchimento ventricular esquerdo, ocorre refluxo de sangue na circulação pulmonar. Edema pulmonar não-cardiogênico • Aumento da permeabilidade dos vasos por lesão no endotélio e epitélio alveolar • Em consequência de lesão do revestimento dos capilares pulmonares, devido a uma lesão direta dos pulmões (traumatismo torácico, aspiração, inalação de fumaça), lesão hematogênica (sepse, pancreatite, múltiplas transfusões) ou lesão com elevação da pressão hidrostática, forçando a saída de líquido dos capilares pulmonares para dentro dos espaços intersticiais e alvéolos Patologias Respiratórias- EAP Patologias Respiratórias- EAP FISIOPATOLOGIA • O principal local de acontecimento patológico está na unidade alvéolo-interstício- capilar. •A fisiopatologia do EAP é conceituada por escape do líquido do capilar pulmonar, que penetra no interstício dos septos,ultrapassando o epitélio alveolar e cai nos alvéolos e bronquíolos respiratórios onde se mistura como ar e por evento dos movimentos respiratórios formam bolhas e espumas que aumentam o volume do pulmão, pertubando as trocas gasosas até a asfixia como conseqüência final. •A drenagem que é feita pelos vasos linfáticos e eliminação do liquido pelos brônquios por expectoração espumosa é insuficiente para escoar o exsudato. Patologias Respiratórias- EAP • FISIOPATOLOGIA Guyton, 2002 Patologias Respiratórias- EAP SINAIS E SINTOMAS • Dispnéia súbita • Tosse seca ou produzindo um escarro espumoso e tingido muitas vezes de sangue • O pulso é fraco e rápido, e as veias do pescoço distendidas • Palidez • Pele cianótica, fria, úmida, sudorese • Sensação de afogamento • Respiração estertorosa • Saturação de oxigênio do cliente está significativamente diminuída Patologias Respiratórias- EAP Em consequência da oxigenação cerebral diminuída, o cliente torna-se cada vez mais agitado e ansioso, com a progressão torna-se confuso e, em seguida, torporoso. AVALIAÇÃO E ACHADOS DIAGNÓSTICOS O diagnóstico é essencialmente clínico, tendo base na anamnese e exame físico. • Uso musculatura respiratória acessória • Pode ocorrer início súbito de sinais de IC esquerda (ex., estertores à ausculta pulmonar), sem qualquer evidência de IC direita (ex., ausência de distensão venosa jugular, ausência de edema dependente). • Os exames laboratoriais incluem: eletrólitos, ureia sanguínea, creatinina e hemograma completo. • A radiografia de tórax revela aumento da camada intersticial e extensão do edema. • A oximetria de pulso, gasometria arterial (GA), ECG, Ecocardiograma (causa do edema e disfunção VE) Patologias Respiratórias- EAP Patologias Respiratórias- EAP MANEJO CLÍNICO • As METAS DO MANEJO clínico consistem em: • reduzir a sobrecarga de volume • melhorar a função ventricular • aumentar as trocas respiratórias • Como? • Utilizando uma combinação de oxigenoterapia e terapia farmacológica •Caso não tratado nas primeiras horas o edema pulmonar,especialmente no quadro agudo, pode levar à insuficiência respiratória e cardíaca,frequentemente fatal. Patologias Respiratórias- EAP OXIGENAÇÃO • Oxigênio em concentrações adequadas para aliviar a hipoxia e a dispnéia (ex., máscara de fluxo unidirecional) • Oxigênio por pressão positiva intermitente ou contínua não invasiva, caso os sinais de hipoxemia persistam • Intubação endotraqueal e ventilação mecânica, se ocorrer insuficiência respiratória • Pressão expiratória final positiva (PEEP) • Monitoramento da oximetria de pulso e GA. Patologias Respiratórias- EAP TERAPIA FARMACOLÓGICA Patologias Respiratórias- EAP MANEJO DE ENFERMAGEM • Administração de oxigênio; preparar o material para a intubação e a ventilação mecânica, se necessário • Posicionar o cliente em decúbito dorsal, com as pernas pendente • Fornecer apoio psicológico • Monitorar os efeitos dos medicamentos. • Observar quanto a eliminação de grande quantidade de urina após a administração de diuréticos, depressão respiratória excessiva, hipotensão e vômitos. • Dispor de um antagonista da morfina (naloxona), caso esta seja administrada. • Inserir e manter um cateter vesical de demora, quando indicado. Realizar equilíbrio hídrico rigoroso • O cliente que recebe infusões IV contínuas de agentes vasoativos exige monitoramento do ECG e avaliação frequente dos sinais vitais. Patologias Respiratórias- EAP Patologias Respiratórias-Pneumotorax PNEUMOTORAX • Ocorre quando a pleura parietal ou visceral sofre ruptura, e o espaço pleural fica exposto à pressão atmosférica positiva (normalmente a pressão no espaço pleural é negativa ou subatmosférica, para manter a insuflação pulmonar). Pleura é rompida → o ar penetra no espaço pleural →o pulmão ou parte dele sofre colapso (atelectasia) Patologias Respiratórias-Pneumotorax TIPOS DE PNEUMOTÓRAX • ESPONTÂNEOS -pneumotórax espontâneo primário -sem causa aparente e na ausência de doença pulmonar significativa -tabagismo -tendência familiar genética -pneumotórax espontâneo secundário -na presença de doença pulmonar existente (DPOC, asma, bronquite crônica) • ADQUIRIDOS -trauma físico no tórax (cortante, perfurante ou contusão) -iatrogênico -punção de veia central, toracocentese, cirurgia laparoscópica Patologias Respiratórias-Pneumotorax •Espontâneo-geralmente com o paciente em repouso •Dispnéia •Dor torácica aguda •Tosse •Fadiga •Taquicardia •Redução do murmúrio vesicular •Diminuição local da expansibilidade torácica com aumento do volume do hemitórax envolvido e timpanismo à percussão. •Enfisema subcutâneo •Pneumo mediastino Patologias Respiratórias-Pneumotorax SINAIS E SINTOMAS DIAGNÓSTICO • Anamnese e exame físico, confirmando com a utilização de métodos de imagem. • RX tórax simples • Tomografia computadorizada (TC) Patologias Respiratórias-Pneumotorax TRATAMENTO • Muito variado: – Observação domiciliar até toracotomia – Etiologia, magnitude e condições clínicas •Fatores considerados - Tamanho do pneumotórax - Intensidade dos sintomas a repercussão clínica - Primeiro episódio ou recorrência - Pneumotórax simples ou complicado (hemotórax ou infecção) - Doenças pulmonares associadas - Traumas - Ventilação mecânica Patologias Respiratórias-Pneumotorax • Pequena magnitude: espaço menor que 3 cm • Grande magnitude: espaço maior que 3 cm Patologias Respiratórias-Pneumotorax TRATAMENTO CONSERVADOR • Pneumotórax espontâneo primário • Condição clínica: paciente estável (oxigenação e sinais vitais) • Magnitude do pneumotórax pequeno (<3cm) • Observação na emergência e,após 4-6 horas, reavaliado clínica e radiologicamente. – Se estável,o paciente pode ser dispensado para reavaliação no dia seguinte, com orientação para retornar imediatamente a qualquermudança dos sintomas. – Possibilidade de alteração deste quadro com a progressão do pneumotórax, principalmente durante as primeiras horas dos sintomas. Manter a observação intra-hospitalar por 24horas,com reavaliação clínica e radiológica. – Confirmada a estabilidade após as 24 horas iniciais,o paciente pode ser acompanhado ambulatorialmente até a resolução completa do pneumotórax,confirmada por radiografia de tórax analgésicos e repouso relativo. Patologias Respiratórias-Pneumotorax TRATAMENTO INVASIVO • É essencialmente a remoção do gás estabelecido entre as pleuras por meio de uma aspiração (punção pleural) ou de uma drenagem pleural fechada em selo d'água. Patologias Respiratórias-Pneumotorax https://br.pinterest.com/pin/401735229261633614/ Patologias Respiratórias-Pneumotorax Patologias Respiratórias-Pneumotorax TRATAMENTO • O acompanhamento dos pacientes com pneumotórax submetidos à drenagem torácica visa a alguns aspectos fundamentais: – garantia da adequada expansão pulmonar bom funcionamento dos drenos; – monitoração de presença de fístula aérea; – medição do volume de drenagem; – exame clínico e realização periódica de radiografias simples de tórax, determinando as condutas necessárias para a resolução do pneumotórax. Patologias Respiratórias-Pneumotorax CUIDADOS COM DRENOS • Não se deve clampear os drenos habitualmente. – Particularmente em casos de fístula aérea,o clampeamento pode levar à piora do pneumotórax e até a situação de pneumotórax hipertensivo. • Se for absolutamente essencial (quando o frasco deve passar por cima do paciente em nível superiora o espaço pleural ou em caso de quebra acidental do frasco) o clampeamento deve durar o menor tempo possível. Patologias Respiratórias-Pneumotorax TRATAMENTO • Retirada do dreno torácico Nos pacientes com pneumotórax drenados deve ser feita com a garantia de: – ausência de fístula aérea – baixo volume líquido de drenagem (≤ 100ml/dia) – total expansão pulmonar. • Quanto à fístula, é conveniente manter a drenagem por pelo menos 24 hs após a última evidência de escape de ar pelo dreno antes de retirá-lo. Patologias Respiratórias-Pneumotorax PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO • Aumento da pressão intratorácica • Unilateral ou bilateral • Emergência • Insuficiência pulmonar • Deslocamento mediastinal • Baixo débito cardíaco • Hipotensão arterial • Coma e morte Patologias Respiratórias-Pneumotorax MANEJO CLÍNICO PNEUMOTORAX HIPERTENSIVO • Toracocentese no 2º espaço intercostal do lado acometido, com dispositivo para acesso venoso periférico calibroso a 90°. • A toracocentese fará com que o ar, que está presente em grande quantidade no lado acometido, saia parcialmente, deixando de desviar as estruturas mediastinais. Patologias Respiratórias-Pneumotorax HEMOTÓRAX • Acúmulo de sangue na cavidade torácica, em razão da ruptura de vasos intercostais ou laceração dos pulmões lesionados em consequência de traumatismo. Patologias Respiratórias- Hemotórax •90% dos casos o tratamento é eficiente apenas com drenagem (dreno torácico de grande diâmetro é inserido, geralmente no 4º ou no 5º espaço intercostal, na linha axilar média) •10% é necessário intervenção cirúrgica (torocostomia ou laparotomia) MANEJO CLÍNICO HEMOTÓRAX • Quando mais de 1.500 mℓ de sangue são aspirados inicialmente por toracocentese (ou quando essa quantidade constitui o débito inicial do dreno torácico), ou se o débito do dreno torácico continuar superior a 200 mℓ /h, a parede torácica é aberta por cirurgia (toracotomia). A urgência é determinada pelo grau de comprometimento respiratório Patologias Respiratórias- Hemotórax CUIDADOS •Alta hospitalar -retornos periódicos são necessários para exame clínico e radiológico; -não é recomendável a realização de esforços físicos no 1º mês; -atividades sociais e profissionais podem ser liberadas após 15 dias da completa resolução do quadro; Patologias Respiratórias- Pneumotórax Patologias Respiratórias- Exame Físico Patologias Respiratórias- Diagnósticos/Intervenções Enfermagem DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM • Intolerância à atividade, relacionada com o comprometimento da função respiratória. • Risco de volume de líquidos deficiente relacionado com a febre e a frequência respiratória rápida. • Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais. • Conhecimento deficiente relacionado com o esquema de tratamento e as medidas de saúde de prevenção. Patologias Respiratórias- Diagnósticos/Intervenções Enfermagem
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