Prof. Fernando Gurgel - Unid1 - Intro

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CIÊNCIAS DO AMBIENTE
Profº Fernando Gurgel do Amaral
fernando.amaral@estacio.br
		
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		UNID. 1 – Introdução ao estudo da Ciências 			 do Ambiente
			
OS GRANDES PROBLEMAS AMBIENTAIS
	• exploração excessiva dos recursos naturais
	• poluição (ar, água e solo)
	• destruição dos ecossistemas
	• perda de biodiversidade
	• mudanças climáticas
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		Iniciamos o terceiro milênio enfrentando um grande número de problemas ambientais, que ameaçam não só o equilíbrio ecológico do planeta, como a vida de sua biodiversidade, incluindo a vida humana. Embora, cada problema ambiental constatado tenha suas causas específicas, todos estão atrelados ao modelo de vida da espécie humana.
		Existem muitas possibilidades de enumerar tais problemas ambientais, podendo ser considerados vários aspectos diferentes. Vamos optar por critérios de relevância e urgência, chegando a uma lista que não invalida a existência de inúmeros outros, além de mostrar interrelações entre os mesmos. 
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FALTA DE ÁGUA			 DESMATAMENTO
AQUECIMENTO GLOBAL		 CAMADA DE OZÔNIO
CHUVA ÁCIDA			 LIXO
PERDA DA BIODIVERSIDADE	 POLUIÇÃO
QUEIMADAS			 SUPERPOPULAÇÃO
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		Nosso planeta possui um eficiente sistema de aproveitamento de energia solar e reciclagem de matéria, o que até agora tem garantido recursos suficientes para a população.
		O uso da energia implica, segundo a 2ª lei da termodinâmica, na degradação da sua qualidade. Como conseqüência da lei da conservação de massa, os resíduos energéticos, somados aos resíduos de matéria, alteram a qualidade do meio ambiente. A tendência natural de qualquer sistema é de aumento de sua entropia (grau de desordem). Assim, nos utilizamos da inesgotável energia solar, processamos, por meio de tecnologia e metabolismo, os recursos naturais, gerando, inexoravelmente, algum tipo de poluição.
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		Do equilíbrio entre esses 3 elementos – população, recursos naturais e poluição – dependerá o nível de qualidade de vida no planeta.
	RECURSOS
 NATURAIS
	POPULAÇÃO				 POLUIÇÃO
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População
		Para muitos, o ponto de partida de todos os grandes problemas ambientais se refere ao crescimento irregular e desmedido da população humana. Atualmente, mais de 6 bilhões de pessoas habitam o planeta, e todas tem demandas por recursos naturais, seja para comer, se abrigar ou produzir. Para 2010 estão previstos 7 bilhões e para 2021, 8 bilhões de habitantes. A taxa de crescimento está em cerca de 1,3% ao ano.
		Nos últimos 25 anos a população cresceu em 2 bilhões de pessoas, no mesmo período, a cobertura florestal planetária diminuiu 10%, as cem principais espécies de água doce foram reduzidas em 45%, desapareceram 50% de todos os mangues e várzeas e houve uma queda de 30% nos ecossistemas.
		Pelos fatos apresentados, podemos concluir a relação existente entre os fatores crescimento populacional e maiores pressões sobre ao ambientes naturais.
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		O aumento populacional é mais acelerado nos países e nas regiões mais carentes. Enquanto países desenvolvidos ou pessoas de até médio poder aquisitivo, investem no controle e redução da natalidade, nas faixas de maior carência, há um crescimento desordenado. Nos próximos 30 anos, os países mais pobres responderão por 90% do crescimento populacional.
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Recursos naturais
		
		Recurso natural é qualquer insumo de que os organismos, populações e ecossistemas necessitam para sua manutenção. Existe um envolvimento entre os recursos naturais e tecnologia, uma vez que há a necessidade da existência de processos tecnológicos para utilização de um recurso.
		Recursos naturais e economia interagem de modo bastante evidente, uma vez que algo é recurso na medida em sua exploração é economicamente viável. Portanto, sua utilização efetiva depende de análises políticas e econômicas que podem ser revistas sempre que necessário ou conveniente.
		Finalmente, algo se torna recurso natural caso sua exploração, processamento e utilização não causarem danos ao meio ambiente.
		Assim, na definição de recurso natural encontramos três tópicos: tecnologia, economia e meio ambiente.
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		O fato de não se ter levado em conta o meio ambiente nas últimas décadas gerou aberrações tais como o uso de elementos extremamente tóxicos como recursos naturais (chumbo, mercúrio, clorofluorcarbonos...).
		Os recursos naturais podem ser classificados em renováveis e não renováveis. Os renováveis são aqueles que, depois de serem utilizados, ficam disponíveis novamente graças aos ciclos naturais. Os não renováveis não ficam novamente disponíveis. Existem situações em que o recurso renovável passa a ser não renovável. Essa condição ocorre quando a taxa de utilização supera a máxima capacidade de sustentação (ciclagem) do sistema.
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RENOVÁVEIS
NÃO RENOVÁVEIS
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Poluição
		Completando o terceiro vértice do triângulo, como resultado da utilização dos recursos naturais pela população surge a poluição. 
		A poluição é uma alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas da atmosfera, litosfera ou hidrosfera que cause ou possa causar prejuízo à saúde, à sobrevivência ou às atividades dos seres humanos e outras espécies ou ainda deteriorar materiais. Para fins práticos, em especial do ponto de vista legal de controle da poluição, é necessário acrescentar que o conceito de poluição deve ser associado as alterações indesejáveis provocadas pelas atividades e intervenções humanas no ambiente.
		Poluentes são resíduos gerados pelas atividades humanas, causando um impacto ambiental negativo. Dessa maneira, a poluição está ligada a ligada à concentração, ou quantidade, de resíduos presentes no ar, na água ou no solo.
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		Para efeito de controle legal, são definidos padrões e indicadores de qualidade do ar (concentrações de CO, NOx, SOx, Pb etc...), da água (concentrações de O2, fenóis e Hg, pH, temperatura etc...) e do solo (taxa de erosão etc...) que se deseja respeitar em um determinado ambiente.
		Quanto a origem dos resíduos, as fontes poluidoras podem ser classificadas em pontuais ou localizadas (lançamento de esgoto doméstico ou industrial, efluentes gasosos industriais, aterro sanitário de lixo urbano etc...) e difusas ou dispersas (agrotóxicos aplicados na agricultura e dispersos no ar, carregados pelas chuvas para os rios ou para o lençol freático, gases expelidos do escapamento de veículos etc...).
		Os efeitos da poluição podem ter caráter localizado, regional ou global. Os mais conhecidos e perceptíveis são os efeitos locais e regionais, que em geral ocorrem em áreas de grande densidade populacional ou atividade industrial. Os efeitos globais detectados recentemente (efeito estufa, redução da camada de ozônio etc...), ainda não são bem conhecidos, mas podem trazer conseqüências que afetarão o clima e o equilíbrio global do planeta.
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Mudanças climáticas
		 O Clima pode ser definido como o conjunto de condições meteorológicas (temperatura, umidade, chuvas, pressão e ventos) que mantém características comuns em uma determinada região. Variações no clima fazem parte da dinâmica ambiental do planeta. Por exemplo, a diferença das características de uma mesma estação de um ano para outro, que pode ser mais quente ou fria, úmida ou seca, chuvosa ou não. Também são evidências das variações do clima os fenômenos como tempestades, ciclones e secas.
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		As mudanças climáticas são uma alteração permanente (ou não) nessas características e aconteceram diversas vezes no passado, por causas naturais. 
		Entretanto, as atividades humanas, em especial as que utilizam combustíveis fósseis, podem estar influenciando a ocorrência desse tipo de evento, por meio da alteração do equilíbrio climático do planeta. 
		A causa central deste fenômeno é a intensificação do efeito estufa, que modifica o modo com que a energia solar interage com a atmosfera, provocando graves conseqüências.
 
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		Alguns indicadores das mudanças climáticas
nos últimos 15 anos são o aquecimento global, alterações bruscas em características básicas das estações do ano em diferentes partes do planeta, como temperatura e ocorrência de chuvas, ou aumento inédito nas últimas décadas de fenômenos abruptos como vendavais, ciclones e enchentes. 
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		Se hoje existe um consenso entre cientistas ou não de que mudanças climáticas estão em curso e têm como origem a influência das atividades humanas no ambiente, ainda há um longo caminho a se percorrer no que diz respeito à mitigação das causas desse fenômeno e à adoção de energias alternativas para as atividades produtivas. Os tratados internacionais abriram caminhos para lidar com esse problema, ao estabelecerem diretrizes para redução de emissões dos gases do efeito estufa (GEEs) e ferramentas de ordem prática, como os mecanismos de flexibilização do Protocolo de Kyoto.
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A lógica do capitalismo
		
		O sistema capitalista é um sistema que separa capital de trabalho e cujas relações são de dominação e exploração. Para que haja dominação e exploração é necessário que o trabalho e o capital estejam separados. Comumente definido como um sistema de organização de sociedade baseado na propriedade privada dos meios de produção e propriedade intelectual, e na liberdade de contrato sobre estes bens (livre-mercado). As pessoas quando sujeitas a estas condições, com o intuito de satisfazer seus desejos e necessidades, tendem espontaneamente a dirigir seus esforços no sentido de acumular capital, o qual é então usado como moeda de troca a fim de adquirir os serviços e produtos desejados.
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Obsolescência programada 
		
		É o nome dado a vida curta de um bem ou produto projetado de forma que sua durabilidade ou funcionamento se dê apenas por um período reduzido. A obsolescência programada faz parte de um fenômeno industrial e mercadológico surgido nos países capitalistas nas décadas de 1930 e 1940 conhecido como Descartalização, causando grandes danos ao meio ambiente e prejuízos aos consumidores em geral. Faz parte de uma estratégia de mercado que visa garantir um consumo constante através da insatisfação, de forma que os produtos que satisfazem as necessidades daqueles que os compram parem de funcionar tendo que ser obrigatoriamente substituídos de tempos em tempos por mais modernos.
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CONSUMO CONSCIENTE?