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Biologia Celular PRIMEIRO PERÍODO CAROLINA MAIRA DO NASCIMENTO ROSA @PEQUENAMEDICINA @pequenamed 1º período @pequenamed 1 BIOLOGIA CELULAR MEMBRANA PLASMÁTICA • Possui canais e bombas que controlam a entrada e saída de substâncias da célula (permeabilidade seletiva) • É permeável a gases e moléculas pequenas polares sem carga • Mosaico fluido formado por fosfolipídios • O mosaico é garantido pelo caráter anfipático dos lipídios: - As cabeças polares se voltam para as extremidades, em contato com a água, e as caudas hidrofóbicas interagem entre si internamente; - Esse processo acontece de maneira espontânea, sem gasto energético, e garante fluidez à medida com que controla a passagem de substâncias polares e apolares • Lipoproteica (camada bilipídica) • Os fosfolipídios não estão ligados por ligações covalentes (ajuda na fluidez) • Íons não atravessam a membrana livremente (moléculas com carga no geral) • @pequenamed 1º período @pequenamed 2 • Proteínas de membrana determinam as características e propriedades funcionais da membrana de cada tipo de célula - São elas: - Integrais: incorporadas na estrutura da membrana e são hidrofóbicas - Periféricas: fracamente associadas a membrana - Transmembranas: atravessam com facilidade, são anfipáticas • Funções das proteínas de membrana: - Transportadoras: transporte de moléculas através da membrana a favor ou contra o gradiente eletroquímico, caso seja um soluto carregado, e de concentração, se não for carregado - Âncoras: elementos estruturais da membrana - Receptoras: detectam e internalizam sinais físicos e químicos recebidos do meio extracelular - Enzimas: catalisam reações associadas à membrana @pequenamed 1º período @pequenamed 3 • Glicocálix (glicoproteínas mais glicolipideos): -Revestimento celular externo -Inibição por contato (controle no processo de divisão celular) -Reconhecimento e união intercelular -Protege contra a ação de enzimas e pH • Fluidez: movimento dos lipídios e das proteínas AUMENTO DA FLUIDEZ Aumento da temperatura Presença de instaurações REDUZ A FLUIDEZ Presença de colesterol Quanto maior a cauda dos fosfolipídios OBS: em altas temperaturas o colesterol reduz sua fluidez. Já em temperaturas baixas ele impede a transição de fase e aumenta sua fluidez evitando que os fosfolipídios fiquem firmemente juntos ou cristalizados (se eles ficam juntos é criada uma membrana densa e rígida), além de reduzir a permeabilidade da membrana aos íons hidrogênio e sódio. • A água transita pela membrana por meio de aquaporinas. Isso é ditado pelo gradiente de concentração @pequenamed 1º período @pequenamed 4 • Transporte através da membrana - Gradiente eletroquímico: Guia solutos com carga - Gradiente de concentração: Guia solutos sem carga. Diferença de concentração de uma substância química de um lugar para outro. PASSIVO (a favor do gradiente, do meio + para o – concentrado) - Difusão simples (passagem livre através de fosfolipídios) - Osmose (movimento de um solvente – água entra por osmose) - Difusão facilitada (através de canais transportadores) ATIVO (contra o gradiente eletroquímico, meio – para o +) - Transcelular (primário e secundário) - Transporte em massa (endocitose e exocitose) - Transporte ativo primário: a energia é obtida diretamente do ATP. Exemplo: bomba de sódio e potássio que bombeia íons de sódio para fora e potássio para dentro o que é importante para manter o volume celular adequado e a homeostase. Para cada 3 íons sódio fora da célula, 2 íons potássio são bombeados para dentro. - Transporte ativo secundário: a energia é originada da energia que está armazenada em formas diferentes de concentração iônica de substâncias que estão entre os dois lados das membranas. Exemplo: fenômeno de co- transporte que ocorre com a glicose e o sódio. O sódio vai a favor e a glicose vai contra o gradiente. • TRANSCELULAR: @pequenamed 1º período @pequenamed 5 • TRANSPORTE EM MASSA: - Endocitose: entrada de macromoléculas e partículas maiores envolvendo a substância com a membrana. Grande quantidade de soluto entra na célula. - Pinocitose: ingestão de líquido e moléculas por pequenas vesículas. Essa entrada de líquido é geralmente balanceada pela perda de líquido durante a exocitose. § Fase fluida: envaginações na membrana que englobam fluido extracelular + substâncias que são puxadas pelo citoesqueleto para o interior da célula, se destacando da membrana e indo em direção ao lisossomo. Ocorre muito na parede dos vasos sanguíneos § Seletiva: pinocitose auxiliada por receptores. 1. A região onde os receptores se localizam formam uma fosseta 2. Na parte intracelular da fosseta se encontra um revestimento de proteínas chamadas de Clatrinas, que tem a função de puxar a membrana para dentro, afim de formar uma vesícula 3. Quando o ligante se liga ao receptor, a célula recebe sinais para internalizar o conteúdo extracelular juntamente com o receptor 4. Então a dinamina vai fazer a fissão entre a membrana plasmática e vesicular para liberar a vesícula dentro da célula 5. Após a formação da vesícula, que passa a ser chamada de Endossomo, bombas de H+, localizada em sua membrana aumentam a acidez intracelular de modo que o ligante solte do receptor. 6. Após essa separação, as proteínas receptoras retornam para a superfície celular e o ligante vai de encontro ao lisossomo @pequenamed 1º período @pequenamed 6 - Fagocitose: ingestão de partículas grandes (bactérias, fungos, protozoários) realizada por leucócitos (macófragos e neutrófilos) por meio de grandes vesículas chamadas fagossomos que são formadas por pseudópodes, que se ligam a lisossomos, se tornando fagolisossomos fazendo a digestão - Exocitose: excreção (dependente de cálcio) de produtos especializados através de vesículas secretórias • Canais iônicos: alta velocidade de transporte de íons, presença de filtro de seletividade e realização de transporte sempre passivo COMUNICAÇÃO CELULAR • Princípios gerais: - Migração - Morte - Especialização - Divisão - Sobrevivência • Sinal extracelular: - Autócrino: sinal que a célula produz e ela mesma tem receptores pra ele - Parácrino: quando a célula produz o sinal e ele atua nas células próximas. São rapidamente inativadas - Endócrino: o sinal cai na corrente sanguínea e atua em células a distância - Solúvel: é liberado e cai na célula - Contato dependente: sinais estabelecidos por contato @pequenamed 1º período @pequenamed 7 • Cascata de sinalização: uma proteína produz uma substância que se liga a outra proteína até alcançar a ativação da célula • Receptores celulares: - Associados a proteínas G: maior família de receptores; promovem a resposta de uma grande quantidade de moléculas sinalizadoras, incluindo hormônios, neurotransmissores e mediadores locais; um mesmo ligante pode ativar diferentes receptores ESPECIALIZAÇÕES DE MEMBRANA • Microvilosidades: - Aumenta a superfície de contato (absorção) -Possuem glicocálix desenvolvido -Filamento de actina (imóveis) - Intestino e rins • Esteriocílios: - Projeções grandes - Aumenta a superfície de contato - Órgaos sensoriais - Filamento de actina - Epididimo, canal deferente e do ouvido @pequenamed1º período @pequenamed 8 • Cílios e flagelos: - Estruturas móveis - Microtúbulos/ proteínas motoras - Epitélio respiratório, tuba uterina, espermatozoides • Interdigitações: Reentrâncias entre as células contíguas. Aumenta o contato e a união • Zônula de oclusão: - Proteínas de membrana (ocludina, claudina) - Região apical - Favorece a permeabilidade seletiva e domínios • Zônula de adesão: - Forma de um cinturão de proteínas transmembranas (caderina) associada a filamentos de actina (epitélio) • Desmossomos: - União entre células - Proteínas: caderinas (Ca2+) • Hemidesmossomos: - Separa o epitélio do T.C. - Proteínas: integrinas - Filamentos intermediários (predomínio em células que sofrem atrito) • Junção comunicante (GAP): - Formada por proteínas transmembrana (conexinas) - Comunicação entre células - Permuta de substâncias (glicose, aminoácidos, vitaminas, íons, cAMP) @pequenamed 1º período @pequenamed 9 CITOESQUELETO • Armação proteica filamentosa • Funções: - Mantem a forma - Fornece rigidez - Mobilização celular - Contração muscular - Divisão celular - Transporte de substâncias e de vesículas no interior da célula - Suporte de estruturas • Componentes: * Filamentos: - microtúbulos - filamentos intermediários - filamentos de actina * Proteínas acessórias: - Proteínas reguladoras: controlam o processo de alongamento e redução dos filamentos - Proteínas de associação: conectam os filamentos entre si, ou com outros componentes da célula - Proteínas motoras: transporte de macromoléculas e organelas de um ponto para outro da célula. Mobilidade celular através do deslizamento dos filamentos via interação das proteínas motoras • Microtúbulos: - Suporte para o movimento de organelas e vesículas - Guiados por proteínas motores - Agem como vias intracelulares - Localizadas no citoplasma e prolongamentos celulares (cílios e flagelos). -Podem ser classificados em: - Citoplasmáticos: presentes nas células em intérfase (instável) - Mitótico: formam as fibras do fuso mitótico(instável) - Ciliares: situado no eixo dos cílios (estável) - Centrioláres: localizam- se no corpúsculo basal e centríolos (estável) • Centríolos: - Composto por microtúbulos especializados - Células que não estão em divisão tem apenas @pequenamed 1º período @pequenamed 10 um par de centríolos perto do núcleo - Momentos antes da mitose se duplica - Centrossomo: centro organizador dos microtúbulos; duplicação dos centríolos antes da divisão celular • Cílios e flagelos: - Prolongamentos móveis - Microtúbulos na parte central - Corpúsculo basal: base do cílio ou flagelo - Quando ativados: braços de dineina se ligam ao microtúbulo promovendo deslizamento (necessidade de ATP) • Filamentos de actina: - Presente no músculo - Presente no citoplasma de todas as células de diferentes formas - Camada mais fina - Filamentos corticais: delgada rede na superfície interna da membrana plasmática da maioria das células (exocitose, endocitose e migração celular) - Filamento de actina transcelulares: estrutura da célula, transporte pela membrana • Microvilosidades: - Característico de células que exercem intensa absorção (epitélio de revestimento do intestino delgado) - Apresentam glicocálix mais espesso - Apresenta no interior grupos de filamentos de actina • Filamentos intermediários: - Filamentos de tamanho intermediário entre os microtúbulos e filamentos de actina - São estáveis (não polimerizam e despolimerizam facilmente) - São filamentos estruturais (sustentação) - Estão presentes em células que sofrem atrito (principalmente onde estão presentes os desmossomos) @pequenamed 1º período @pequenamed 11 NÚCLEO INTERFÁSICO E ESTRUTURAIS DO NÚCLEO • Contém todos os cromossomos do organismo (genoma) • Contém a maquinaria celular para duplicação do DNA • Síntese e processamento de RNA (RNAr, RNAm, RNAt) • Principais componentes: - Envoltório nuclear - Cromatina (empacota o DNA) - Nucléolo - Matriz nuclear - Nucleoplasma - Heterocromatina: mais compacta, DNA em difícil acesso, impede a transcrição gênica - Eucromatina: ativa, mais frouxa, é mais fácil fazer a leitura do material genético, filamentos de DNA em condição para transcrição gênica - Nucléolo: produz ribossomos - F: parte fribilar do nucléolo - G: parte granular do nucléolo - Para ver a atividade celular na microscopia: verificar a presença de nucléolo e predomínio de eucromatina • Envoltório nuclear: - Separa conteúdo nuclear do citoplasma - Constituído por 2 membranas separadas pela cisterna perinuclear - Membrana nuclear externa: contém poliribossomos/contínua ao RER - Membrana nuclear interna: lâmina nuclear (semelhantes aos filamentos intermediários que estabiliza o envoltório nuclear e sustenta a cromatina) - Poros • Poros: transporte seletivo de moléculas para dentro e fora do núcleo - proteínas importinas: importam material do citoplasma para o núcleo - proteínas exportivas: @pequenamed 1º período @pequenamed 12 exportam material do núcleo para o citoplasma • Cromatina - DNA associado a proteínas - Heterocromatina e eucromatina - Cromatina sexual: é encontrada apenas no núcleo da mulher, um dos dois cromossomos X condensado (determinação do sexo genético) - Histonas: principais proteínas associadas ao DNA e formam o nucleossomo • Nucleossomos - Eixo proteico formado por 8 histonas que empacotam o DNA - Não-histônicas: estruturais (condensação dos cromossomos) e reguladoras da atividade genica ou enzimas (DNA e RNA polimerase) • Nucléolo: - Produz ribossomos - Síntese de RNAr no núcleo - Somente visto durante a intérfase - Constituído principalmente por RNAr e proteínas - Heterocromatina: cromatina associada ao nucléolo • Matriz nuclear: - Estrutura fibilar - Esqueleto de apoio dos cromossomos interfásicos que facilitam a transcrição e replicação - As células que constituem a matriz ainda não estão isoladas @pequenamed 1º período @pequenamed 13 DIVISÃO CELULAR MITOSE: - A célula se divide em duas células filhas com o mesmo número de cromossomos - Ocorre duplicação dos cromossomos e distribuição às células-filhas que apresentam número igual de cromossomos - Quando a célula não está em mitose, o núcleo interfásico está em intérfase e com intensa atividade metabólica • Prófase: - Condensação gradual da cromatina - Fragmentação dos cromossomos mitóticos - Fragmentação do envoltório nuclear - Fosforilação da lamina nuclear por vesículas que permanecem no citoplasma para reconstituir o envelope nuclear - Centrossomos e centríolos duplicados na intérfase separam-se (polo celular) - Surgem microtúbulos entre os pares de centríolos - Início da formação do fuso mitótico - Desintegração do nucléolo • Metáfase: - Cromossomos com alto grau de espiralização - Cromossomos migram para o plano equatorial da célula - O cromossomo duplicado divide-se em duas cromátides @pequenamed 1º período @pequenamed 14 • Anáfase - Separação e migração dos cromossomos para os polos da célula - Início da citocinese • Telófase - Reconstrução do envoltórios nucleares - Desfosforilação do filamentos da lâmina nuclear - Fusão das vesículas do envoltório nuclear - Reaparecimento da cromatina onde os cromossomos estão menos condensados - Nucléolos se reconstituem - Citocinese: divisão do citoplasma em duas partes iguais originando células filhas MEIOSE - Resulta na formação de gametas: númerode cromossomos reduzidos de diploide para haploide - Produz células germinativas: ovócitos e espermatozoides - Cada gameta tem quantidade haploide de DNA e de cromossomos - Permite a recombinação gênica: garante a variabilidade e diversidade genética - É dividida em meiose 1 onde cada célula filha recebe metade do número de cromossomos e meiose 2 que é semelhante a mitose • Prófase 1 - Ocorre após a duplicação do DNA na fase S - Condensação dos cromossomos - Crossing-over: troca de @pequenamed 1º período @pequenamed 15 material genético entre cromossomos homólogos - Formação do fuso (feixe de microtúbulos) - Quebra do envoltório nuclear - É divida em: 1. Leptóteno: condensação dos cromossomos formados por 2 cromátides 2. Zigóteno: os cromossomos pareiam-se com seus homólogos de forma que os genes fiquem alinhados. Forma-se um complexo proteico, denominado complexo sinaptonêmico 3. Paquíteno: formam-se as quiasmas que são sítios de crossing-over, ocorrendo trocas ao acaso de material genético entre os cromossomos homólogos 4. Diplóteno: o complexo sinaptonêmico desaparece, havendo leve separação dos homólogos 5. Diacinese: condensação máxima cromossômica, desaparecem o nucléolo e o envoltório nuclear, os cromossomos estão livres no citoplasma • Metáfase 1 - Alinhamento dos pares de cromossomos na placa equatorial do fuso meiótico - Distribuição aleatória dos cromossomos maternos e paternos - Ligação de fibras do fuso ao cinetócoro dos cromossomos • Anáfase 1 - Cromossomos homólogos iniciam migração para os polos da célula - Cromátides permanecem unidas no cromossomo • Telófase 1 - Cromossomos chegam aos polos opostos na célula - Formação da membrana nuclear - Citocinese formando 2 células-filhas - Cromossomos formados por 2 cromátides: conteúdo do DNA ainda diploide - Cada célula-filha entra na meiose 2 @pequenamed 1º período @pequenamed 16 MEIOSE 2 - Divisão equatorial, sem síntese de DNA: formação de 4 células-filhas • Prófase 2: condensação dos cromossomos das 2 células-filhas • Metáfase 2: cromossomos migram para o equador • Anáfase 2: cromossomos vão para polos opostos da célula havendo separação das cromátides • Telófase 2: formação de 4 núcleos haploides, quantidade haploide de DNA e número haploide de cromossomos, geneticamente diferentes INTÉRFASE • FASE G1: ocorre logo depois da mitose, havendo síntese de RNA e proteínas • FASE S: síntese de DNA e duplicação dos centrossomos e centríolos • FASE G2: célula acumula energia utilizada na mitose e há síntese de tubulina que é necessária para a formação dos microtúbulos do fuso mitótico APOPTOSE CELULAR - Ativação da programação de autodestruição celular quando há modificação do DNA - É importante no controle da multiplicação celular (câncer) - Células infectadas por vírus, involução fisiológica (involução da glândula mamária após a amamentação) - Célula diminui de tamanho, núcleo picnótico (condensação da cromatina) - Fragmentação celular envolto por membrana plasmática, fagocitado por macrófagos @pequenamed 1º período @pequenamed 17 DUPLICAÇÃO DO DNA • DNA é uma fita dupla formada por bases nucleotídeas • A fita é antiparalela • Interações de pontes de hidrogênio entre as bases • C e G tem ligação mais forte pois possuem 3 pontes de hidrogênio, diferente das outras que possuem apenas 2 • O sentido da fita é de 5’ para 3’ • Ligação fosfodiéster: ligação entre nucleotídeos • DNA polimerase: faz reparação, síntese e replicação • Processo semi- conservativo: a nova fita de DNA retém apenas uma fita de DNA molde parietal, o que evita mutações e erros na expressão gênica • Sequência de DNA já montada: primer • A primase sintetiza RNA e produz o primer • Pelo fato do primer ser de RNA ele é retirado • A DNA polimerase 3 estende o iniciador de RNA formando um fragmento de Okazaki • Fragmentos de Okazaki = fita atrasada • Forquilha de replicação constitui um complexo formado por proteínas como: - DNA helicase: desenrolamento transitório de um trecho da dupla hélice - DNA primase: síntese do primer de RNA - DNA polimerase: sintetiza a nova fita de DNA - DNA ligase: ligação dos fragmentos de Okazaki - Topoisomerase: auxilia a DNA helicase - Proteínas estabilizadoras de fita simples @pequenamed 1º período @pequenamed 18 SÍNTESE DE PROTEÍNAS • Produz uma sequência de aminoácidos • As proteínas são formadas por aminoácidos que se ligam através de uma ligação peptídica • Bases púricas: A e G • Bases pirimídicas: C,T e U • RNA é uma fita simples, que tem Uracila invés de Timina • TRANSCRIÇÃO - É feita pela RNA polimerase - Começa quando a RNA polimerase liga-se ao promotor no início de um gene - As duas fitas de DNA são localmente separadas formando o complexo aberto - Ligada ao promotor, a RNA polimerase move-se da esquerda para a direita, 5’ para 3’ - A síntese do RNA termina na sequência terminadora: UAA, UAG, UGA) - Ocorre no núcleo • TRANSCRIÇÃO – EUCARIOTAS - RNA polimerase 1: produz RNA ribossomal - RNA polimerase 2: responsável pela transcrição dos genes de RNAm - RNA polimerase 3: responsável pela transcrição dos genes de RNAr pequenos e RNAt - RNA mensageiro: síntese proteica - RNA ribossomal: forma a estrutura básica do ribossomo e catalisa a síntese de proteínas, é sintetizado no necléolo - RNA ‘’small nuclear’’: funções no núcleo incluindo o processo de splicing • Processamento do RNA mensageiro: - Modificações nas extremidades 5’ e 3’ (capping): @pequenamed 1º período @pequenamed 19 1. A adição do CAP na extremidade 5’ evita que o RNAm seja rapidamente degradado . 2. Distingue o RNAm dos outros tipos de RNA presentes nas células e 3. O CAP é utilizado como sinal para a ligação de proteínas que transportam o RNAm do núcleo para o citoplasma - Splicing: 1. Processo de remoção de sequencias de nucleotídeos grandes, não codificantes, dentro das moléculas de RNAm. 2. Em procariotas a maioria dos genes não possuem íntrons, são contínuos 3. Íntrons: não codifica aminoácido, presentes no DNA e ausentes no RNAm 4. Éxons: codificam aminoácidos e estão presentes no DNA e no RNAm 5. Importante para a geração da diversidade genética durante a evolução, pois permite gerar diferentes RNAm a partir do mesmo pré- RNAm • Adição da cauda Poli A na extremidade 3’ 1. Localização da região terminadora no DNA pela RNA polimerase 2. Clivagem do RNAm pelos fatores de clivagem 3. Adição da cauda poli A pela proteínas Poli A polimerase 4. Adição das proteínas que se ligam a cauda poli A que auxiliam o transporte para o citoplasma • TRADUÇÃO 1. Fator de iniciação promove a ligação da RNAt associado a metionina 2. A subunidade menor reconhece o CAP e se liga a extremidade 5’ 3. A subunidade menor, associada com RNAt/metionina percorre a fita de RNAm até encontrar o códon AUG 4. A metionina deve ser removida rapidamente pois o aminoácido determina o tempo de vida da proteína na célula @pequenamed 1º período @pequenamed 20 5. A subunidade maior se liga à subunidade menor. O RNAt aloja-se no sítio P 6. O sítio A entra em contato com um novo códon na fita RNAm permitindo a ligação do aminoacil RNAt 7. A enzima peptidil transferase situada na subunidade maior, promove a ligação peptídica entre os aminoácidos 8. O ribossomo movimenta- se sobre a fita de RNAm deslocando o RNAt do sítio A para o P 9. Ao final da síntese, fatores de liberação ligam-se ao códon de terminação (UAA,UAG,UGA) no sítio A. Alterando a atividade da peptidil transferase(adição de uma molécula de H2O) ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS • Retículo Endoplasmático Rugoso: - Possui ribossomos em sua estrutura - Síntese de proteínas - Início da glicosilação (adição de açúcar) • Retículo Endoplasmático Liso: - Metabolismo de lipídios - Alonga as cadeias de ácidos graxos - Desintoxicação do organismo: moléculas tóxicas são excretadas - Metabolização do glicogênio - Controla a atividade de contração muscular por ser um reservatório de íons cálcio @pequenamed 1º período @pequenamed 21 • Complexo de Golgi: - Transporte de vesículas - Possui vesículas de transição que transportam material vindo do retículo endoplasmático - Exportação das moléculas produzidas no retículo - Destino de macromoléculas: 1. Via secretora: empacotamento de moléculas que vão constituir membranas (constitutiva) ou são secretadas para fora das células (secretoras) 2. Via de exportação: a não regulada exporta por exocitose e a regulada excreta após estímulos extracelulares • Mitocôndrias: - Respiração celular que é armazenada em forma de ATP - Possui DNA, RNA e ribossomos próprios, possuindo reprodução independente (teoria da endossimbiose) • Lisossomo: - Digestão intracelular por fagocitose ou autofagia - Responsável pela apoptose celular • Proteossomos: - Degradação de proteínas defeituosas ou sem utilidade • Ribossomos: - Síntese de proteínas • Peroxissomos: - Atuam no catabolismo de ácidos graxos de cadeia longa formando Acetil- CoA e peróxido de hidrogênio @pequenamed 1º período @pequenamed 22 Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 1 BIOLOGIA CELULAR TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO • Células justapostas • Avascular • O tecido é vascularizado pelo tecido conjuntivo por difusão • Epitélio de revestimento: Reveste a superfície externa e interna do corpo - Epitélio simples: apenas uma camada de células Pavimentoso Cúbico Prismático Única camada de células achatadas (poligonais), delgadas, firmemente aderidas Única camada de células poligonais Única camada de células altas Vista da superfície: “assoalho de cerâmica” Vista da superfície: assemelha-se com epitélio cúbico Corte transversal: algumas células sem núcleo=> plano do corte não os atingiu Corte transversal: perfil quadrado com núcleo central Corte transversal: células altas, retangulares, núcleos ovoides na metade basal Reveste: alvéolos pulmonares; alça de Henle; camada parietal da cápsula de Bowman; revestimento endotelial de vasos sanguíneos e linfáticos; mesotélio da cavidade pleural e peritoneal Reveste: ductos de muitas glândulas, cobertura do ovário e túbulos renais Reveste: maior parte do trato digestivo, vesícula biliar e ductos de grandes glândulas. Quando ciliado revestem: útero, oviduto, ductos eferentes, traqueia, brônquios Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 2 - Epitélio estratificado: Pavimentoso não queratinizado Pavimentoso queratinizado Cúbico Prismático, colunar ou cilíndrico Formado por várias camadas de células: a mais superficial apresenta núcleos alongados Camada de célula da superfície são mortas, anucleadas e repleta de queratina Contém apenas 2 camadas de células cuboides Formado por mais de uma camada celular sendo a mais externa colunar Células mais basais: formato cuboide e as da superfície são achatadas (pavimentosas) Semelhante ao epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado Camada de células mais profunda: poliédrica a cuboide Reveste: boca, faringe oral, esôfago, vagina Reveste: epiderme da pele: confere resistência a fricção e impermeabilidad e a água Reveste: ductos das glândulas sudoríparas Reveste: conjuntiva ocular, alguns ductos excretores grandes e regiões da uretra masculina EPITÉLIO PSEUDO-ESTRATIFICADO: Ø É formado por 1 camada celular Ø Todas as células estão em contato com a lâmina basal Ø Células apresentam alturas diferentes: núcleos em posições diferentes Ø Tipo mais comum: epitélio pseudo-estratificado ciliado, reveste a maior parte da traqueia e brônquios primários, tuba Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 3 auditiva, parte da cavidade timpânica, cavidade nasal e saco lacrimal Ø REVESTE: uretra masculina, epidídimo e grandes ductos excretores glandulares EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO Ø Formado por várias camadas celulares: mais superficial é grande e tem forma de abóboda Ø Células basais são colunares baixas ou cuboides, acima estão as poliédricas Ø Célula mais superficiais: grandes, ocasionalmente binucleadas e porção superior em forma de cúpula=> bexiga vazia Ø Bexiga distendida => células tornam-se achatadas e epitélio mais delgado Ø Denominado erroneamente de transição: acreditava-se que seria tipo intermediário entre os epitélios colunar estratificado e pavimentoso estratificado Ø REVESTE: exclusivamente o sistema urinário Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 4 Secção de veia. Vasos sanguíneos são revestidos por: epitélio simples pavimentoso chamado endotélio (setas). Pararrosanilina-toluidina. Aumento médio. Epitélio simples pavimentoso: reveste grandes cavidades do corpo (pleura, peritônio, pericárdio) é chamado mesotélio (setas). Pararrosanilina- toluidina. Aumento médio. Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado da pele fina. HE. Aumento médio. Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 5 Epitélio simples cúbico de túbulos coletores do rim (setas). Pararrosanilina- toluidina. Aumento médio. Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado do esôfago, apoiado no tecido conjuntivo que constitui sua lâmina própria. Epitélio úmido. Pararrosanilina- toluidina. Aumento médio. Epitélio de revestimento simples prismático com borda estriada bem evidente (seta curta) do intestino delgado. Linfócitos do tecido conjuntivo frequentemente penetram no epitélio (seta longa). HE. Aumento médio. Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 6 TECIDO EPITELIAL GLANDULAR Ø Formados por células especializadas em secreção - Produto da secreção é armazenado em pequenas vesículas (grânulos de secreção) Ø Células glandulares podem sintetizar, armazenar e secretar: - Proteínas (pâncreas) - Lipídios (adrenal e glândulas sebáceas) - Complexos de carboidratos e proteínas (glândulas salivares) TIPOS DE EPITÉLIOS GLANDULARES Ø Glândulas unicelulares: células glandulares isoladas (célula caliciforme) Ø Glândulas multicelulares: formada por agrupamento de células (termo mais usado para definir glândula) Epitélio estratificado de transição da bexiga urinária apoiado sobre sua lâmina própria que contém vários fibroblastos. Pararrosanilina- toluidina. Aumento médio. Epitélio estratificado de transição da uretra. A membrana basal situada entre o epitélio e o tecido conjuntivo subjacente é indicada por setas. Picro-sírius- hematoxilina. Aumento médio Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 7 Ø Formação da glândula a partir do epitélio de revestimento: 1. Células epiteliais proliferam e penetram no tecido conjuntivo: podem ou não manter contato com a superfície da qualse originaram 2. Quando o contato é mantido com epitélio: glândulas exócrinas formam ductos que fazem a eliminação da secreção 3. Quando o contato é desfeito: glândulas endócrinas, e a secreção é lançada no sangue TIPOS DE GLÂNDULAS Ø Glândula mucosa: secretam proteínas glicosiladas mucinas de ação lubrificante. Exemplo: células calciformes e glândulas salivares da língua e palato Ø Glândula serosa: secretam fluido aquoso rico em enzimas. Exemplo: pâncreas Ø Glândulas mistas: secreção mucosa e serosa. Exemplo: glândula sublingual e submandibular MECANISMOS DE SECREÇÃO DAS GLÂNDULAS EXÓCRINAS Ø Merócrina: exocitose sem ocorrer saída da membrana ou citoplasma junto da secreção. Exemplo: parótida, glândula sudorípara Ø Apócrina: porção do citoplasma apical é liberada junto com a secreção. Exemplo: glândula mamária em lactação Ø Holócrina: célula secretora amadurece, morre e torna-se produto de secreção. Exemplo: glândula sebácea Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 8 RENOVAÇÃO DAS CÉLULAS EPITELIAIS Ø Células dos tecidos epitelial tem alta taxa de renovação Ø Taxa de renovação é constante para cada tipo de epitélio Ø Pele: - Renovação epidérmica a partir da camada basal - Divisão celular: migração da camada germinativa para a superfície - Dura 28 dias Ø Células epiteliais do Intestino Delgado: - Renovadas a cada 4-6 dias: a partir das células da base das criptas - Migram para extremidade das vilosidades -Morrem e descamam CÉLULAS QUE TRANSPORTAM ÍONS Ø Transporte Ativo: capacidade celular de transportar íons contra concentração iônica: ATP Ø Interior celular: eletricamente negativo Ø Na+: tende a difundir de fora. Dentro é a favor do gradiente de concentração e elétrico Ø Na+ expulso ativamente: bomba de na+/k+ ativada por mg2+ Ø Difusão Passiva: transporte iônico a favor do gradiente de concentração Ø Transferência de Na+ do ápice epitelial para base: transporte transecular nos túbulos proximais e distais do rim e ductos estriados de glândulas salivares Ø Superfície apical: permeável ao Na+ Ø Superfície basal: muito pregueada com invaginac ̧ões da membrana plasmática Ø Interdigitac ̧ões laterais: muitas mitocôndrias, o que gera ATP Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 9 Ø Na+: devolvido a circulação minimizando perdas na urina CÉLULAS SEROSAS Ø Encontradas nas células acinosas do pâncreas e nas glândulas salivares parótidas Ø Apresentam polaridade bem definida Ø Região basal: intensa basofilia, acúmulo de RER Ø Cisternas do Golgi: brotam grânulos de secreção imaturos Ø Grânulos de secreção maduros: saída de água Ø Citoplasma apical: acúmulo de grãos de zimogênio (rico em enzimas digestivas) Ø Estímulo a secreção: membrana da vesícula se funde com membrana celular e faz exocitose Ø Região apical: Complexo de Golgi desenvolve vesículas contendo muita proteína (grânulos de secreção ou grânulos de zimogênio em células que produzem enzimas digestivas) CÉLULAS QUE SECRETAM MUCO Ø Presentes no estômago, glândula salivar, trato respiratório e genital, tem morfologia e composição química variáveis Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 10 Glândula esofágica: secreção mucosa, citoplasma claro, levemente basófilo, e núcleos basais (setas). Gl. Exócrina Simples Túbulo- Acinosa Mucosa Glândula salivar submandibular: - Dois tipos de células epiteliais secretoras: células claras (mucosas) e escuras (serosas). - Pararrosanilina-toluidina. Aumento médio. Glândula Exócrina Composta Túbulo-Acinosa Sero- Mucosa (ou Mista) CÉLULAS MIOEPITELIAIS Ø Contraem ao redor da porção secretora ou dos ductos eliminando produtos de secreção Ø Localizadas entre a lâmina basal e o pólo basal da célula secretora ou ducto Ø Conectadas uma às outras por junções comunicantes e desmossomos Ø Citoplasma contém numerosos filamentos de actina e miosina Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 11 CÉLULAS SECRETORAS DE ESTERÓIDES Ø Células endócrinas especializadas em sintetizar e secretar esteroides Ø Podem ser encontradas nos testículos, ovários e adrenais Ø Células acidófilas poliédricas ou arredondadas, núcleo central e citoplasma frequentemente com gotículas de lipídios Ø Citoplasma com muito RE liso => contém enzimas para síntese do colesterol Ø Mitocôndrias esféricas ou alongadas => cristas normalmente tubulares Ø Produção de ATP e de enzimas para clivagem da cadeia lateral do colesterol e produção de pregnenolona e outras reações para produção de hormônios esteroides TECIDO CONJUNTIVO Ø Presença de matriz extracelular formada por fibras (colágeno) e substância fundamental amorfa composta por glicosaminoglicanos e proteoglicanos Ø Originado do mesênquima (mesoderma) Ø Nutri o tecido epitelial por difusão Ø Fornece suporte estrutural (ossos, cartilagens, tendões e o estroma – organização de tecido conjuntivo que confere estrutura ao órgão) Ø Serve de meio para trocas (nutrientes, oxigênio e resíduos metabólicos) Ø Ajuda na defesa e na proteção do corpo (células de defesa, barreira física) Ø Armazenamento de gordura Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 12 FIBROBLASTOS Ø Sintetiza matriz extracelular que é constituída de colágeno, elastina, glicosaminoglicanas Ø Alta capacidade metabólica FIBROBLASTO FIBRÓCITO - Síntese de proteínas que compõe a matriz extracelular - Possui um núcleo com muita eucromatina e um citoplasma bem desenvolvido Heterocromatina núcleo menor e mais corado que indica a baixa atividade celular, citoplasma pouco desenvolvido MACRÓFAGOS Ø Originados de monócitos Ø Sistema fagocitário mononuclear, ou seja, núcleo bem característico diferente dos polimorfos que tem vários tipos de núcleo Ø Realizam fagocitose de restos celulares, elementos anormais na MEC, células neoplásicas e proteção do corpo contra invasores estranhos Ø Núcleo oval e excêntrico Ø Glândula exócrina, composta, acinosa e serosa Ø Quando estimulados podem aumentar de tamanho e arranjar-se em grupos formando células epitelióides ou fundir-se formando células gigantes Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 13 MASTÓCITOS Ø Célula globulosa, citoplasma repleto de grânulos: coram-se intensamente Ø Núcleo esférico e central de difícil visualização Ø Grânulos metacromáticos: propriedades de algumas moléculas mudarem a cor de corantes básicos (alta concentração de heparina) Ø Respostas alérgicas: ocorre vasodilatação que aumenta o calibre do vaso fazendo com que haja uma maior disponibilidade de células para o foco inflamatório, como há mais sangue, fica vermelho, quente e incha devido a permeabilidade vascular Ø Desgranulação: liberação de mediadores químicos em uma reação alérgica – relação de hipersensibilidade imediata Ø Pode desencadear choque anafilático: - Queda da pressão dos vasos - Sendo o melhor tratamento o uso de adrenalina pois ela promove a vaso constrição Ø Edema de glote: reação alérgica grave que pode fechar as vias aéreas PLASMÓCITO Ø Células de grande síntese de proteína Ø Alta presença de eucromatina Ø Golgi bem desenvolvido Ø Formadas a partir do linfócito B que é responsável pela formação de anticorpos LEUCÓCITOS Ø Células de defesa contra organismos estranhos Ø Vem sangue para o tecido por diapedese pela parede dos capilares e vênulas Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 14 Ø Inflamação:invasão por microorganismos ou lesões por substâncias químicas Ø Reação vascular e celular: - Liberação de mediadores químicos - Aumento do fluxo sanguíneo - Aumento da permeabilidade vascular (histamina) - Quimiotaxia: capacidade de atrair mais células pra próximo do foco inflamatório, diapedese - Fagocitose Inflamação aguda: calor (gerado pelo aumento do fluxo sanguíneo), rubor (vermelhidão causada pela vasodilatação), edema (vazamento do líquido do vaso para o tecido conjuntivo), dor, perda de função Inflamação crônica MATRIZ EXTRACELULAR Ø Funções: - Auxilia na migração celular - Participa da interação celular pela característica adesiva - Serve de suporte à pressões devido ao acúmulo de líquidos - Auxilia na distribuição de nutrientes Ø Constituição: - Substância fundamental amorfa - Fibras proteicas - Líquido intercelular SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL AMORFA Ø Incolor e transparente: preenche os espaços entre as células e fibras de tecido conjuntivo Ø Viscosa: barreira contra microorganismos invasores e lubrificante Ø Glicosaminoglicanos: - Glicídios que formam moléculas muito grandes que podem se combinar com proteínas (proteoglicanos) - Abundância de hidroxilas, carboxilas e sulfato na cadeia de carboidratos - A maioria das glicosaminas Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 15 são altamente hidrofílicas e atuam como poliânions (ligando-se ao sódio – camada de água de solvatação) Grande vilosidade Ø Proteoglicanos: - Combinação de proteínas com glicosaminoglicanos - Funcionam como componentes estruturais da MEC e de ancorar células à matriz - Podem se ligar a fatores de crescimento Ø Ácido Hialurônico - Glicosaminoglicanos não ramificados de grande extensão Ø Glicoproteínas de adesão - Auxiliam na migração celular pois o glicocálix da célula pode interagir com as proteínas adesivas que estão na matriz Ø Glicoproteínas: - Proteínas ligadas a glicídios - Interação entre células - Auxilia na adesão celular a substratos Exemplos: - Fibronectina: sintetizada por fibroblastos e células epiteliais, apresenta sítios de ligação para células, colágeno e glicosaminoglicanas que auxiliam na migração celular - Laminina: auxilia na adesão de células epiteliais com sua lâmina basal. Estrutura rica em laminina - Integrina: presentes na superfície das células – liga- se a fibronectina e laminina FIBRAS PROTEICAS Ø Formadas por proteínas que se polimerizam Ø Formada por fibras colágenas, reticulares e elásticas Ø Colágeno: - Proteína mais abundante no organismo: 30% peso seco Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 16 - Confere variados graus de rigidez, elasticidade e força de tensão → pele, osso, musculatura lisa e lâmina basal - O excesso de colágeno do tipo 1 pode gerar queloides Ø ESCORBUTO: - Deficiência de vitamina C - Fibroblastos produzem colágeno defeituoso - Áreas mais atingidas: apresentam alta renovação do colágeno - Parede vascular frágil levando a hemorragias FIBRAS RETICULARES Ø Formadas predominantemente por colágeno tipo 4 associado a glicoproteínas e proteoglicanas Ø Fibras muito finas Ø Formam delicada rede ao redor das células de órgãos parenquimatosos: baço, nódulos linfáticos, medula óssea vermelha e fígado FIBRAS ELÁSTICAS Ø Formada por 3 tipos de fibras: oxilatanica, elauninica e elástica Ø Formação do sistema elástico: 1. Fibras oxilatânicas dispostas em feixes de microfribilas formados de diferentes glicoproteínas - Fibrilina: forma o arcabouço para deposição de elastina, encontrada em regiões da derme, sem elasticidade, muito resistente a tração 2. Deposição irregular de proteínas elastina entre as microfibrilas oxilatanicas: fibras eulaninicas que são Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 17 encontradas ao redor de glândulas sudoríparas e na derme 3. Acúmulo gradual de elastina até ocupar todo o centro do feixe das microfibrilas: Fibras Elásticas - Principais células produtoras de elastina: fibroblasto e células do músculo liso dos vasos sanguíneos TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO TECIDO FROUXO: • Suporta atrito e pressão pequenos • Preenche espaços entre grupos de células musculares, suporta células epiteliais e forma camadas em torno dos vasos sanguíneos • Células mais numerosas: fibroblastos e macrófagos • Consistência delicada, flexível e bem vascularizado TECIDO DENSO: • Oferece proteção e resistência aos tecidos • Menos células e mais fibras colágenas em relação ao T. C. Frouxo • Há predomínio de fibras colágenas • Menos flexível e mais resistente a tensão • T. C. Denso Não Modelado: Ø Fibras colágenas organizadas em feixes e sem orientação definida Ø Resistência a tração em qualquer direção (derme profunda da pele) Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 18 • T. C. Denso Modelado: Ø Feixes de colágeno paralelos uns aos outros e alinhados com os fibroblasto Ø Formado em resposta a tração exercida no mesmo sentido: fibroblastos orientam suas fibras para promoverem máxima resistência Ø Observado no tendão: conectam músculo estriado ao osso: ricos em fibras colágenas e inextensíveis TECIDO ELÁSTICO: • Formado por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas: grande mobilidade distensiva • Fibras delicadas de colágeno e fibroblastos: preenchem os espaços entre as fibras • Presente nos ligamentos amarelos da coluna vertebral e ligamento suspensor do pênis e grandes vasos sanguíneos TECIDO RETICULAR • Tecido delicado que formam rede tridimensional que serve de suporte para células de alguns órgãos • Formado por fibras reticulares associadas a fibroblastos especializados=> células reticulares • Colágeno tipo III e IV: principal componente fibroso • Forma estrutura arquitetônica trabecular, semelhante a esponja: tecido adiposo, Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 19 medula óssea, ósseanodos, baço, músculo liso, ilhotas de Langherans e fígado • Células do Sistema Fagocitário Mononuclear: estrategicamente dispersas ao longo das trabéculas => remoção de microorganismos por fagocitose TECIDO MUCOSO • Consistência gelatinosa: predominância de matriz fundamental (ácido hialurônico com poucas fibras) • Principal componente do cordão umbilical ou geleia de Wharton (sinonímia) e da polpa jovem dos dentes • Principais células: fibroblastos Tecido mucoso de um embrião: fibroblastos imersos em matriz extracelular frouxa composta predominantemente de ácido hialurônico (glicosaminoglicana da matriz fundamental). Hematoxilina e eosina. Médio aumento. TECIDO ADIPOSO Ø Células: adipócitos Ø Adipócitos: células completamente diferenciadas que tem como função síntese, armazenamento e liberação de gordura Ø Representa 20-25% do peso corporal na mulher e 15-20% no homem Ø É o maior depósito corporal de energia: triacilglicerídeos que se renovam constantemente Ø Localizado abaixo da pele: modela o corpo, compõe coxins absorventes de choques mecânicos Ø Contribui para o isolamento térmico do corpo Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 20 TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR Ø Função: produção de energia e síntese de leptina (hormônio que ajuda na saciedade e que aumenta o metabolismo corporal) Ø Coloração: branco a amarelo-escuro (variável conforme a dieta) Ø Compõe praticamente todo o tecido adiposo no adulto: distribuição determinada pela idade e pelo sexo Ø Forma o panículo adiposo: camada de tecido adiposo sob a pele Ø Células adiposasuniloculares grandes dependendo do que armazena Ø Gotícula lipídica é removida por técnica histológica convencional Ø Delgada parte de citoplasma em torno da imagem negativa do lipídio Ø Gotícula lipídica única preenchendo todo o citoplasma Ø ME: gotículas lipídicas desprovidas de membrana envolvente Ø Apresenta septos (é quando se separa o tecido em blocos) conjuntivos contendo vasos e nervos: partem fibras reticulares (colágeno tipo 3) que sustentam as células adiposas Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 21 Ø Lipídios armazenados na célula adiposa: principalmente triglicerídeos (ésteres de ácidos graxos e glicerol) Ø Os triglicerídeos armazenados vem: - Da alimentação: levados a células adiposas como triglicerídeos dos quilomícrons - Do fígado: transportados até o tecido adiposo como triglicerídeos que formam VLDL (lipoproteínas de baixo peso molecular) - Célula adiposa: síntese de glicose Ø A mobilização lipídica ocorre primeiro nos depósitos subcutâneos, mesentérico e retroperitoneais: coxins das mãos e pés resistem a longos períodos de desnutrição Ø Síntese de leptina: hormônio proteico que regula a quantidade de tecido adiposo e ingestão de alimentos (hipotálamo: menor ingestão de alimento e maior gasto energético) Ø QUILOMÍCRONS: - Formados por células epiteliais do intestino delgado a partir dos nutrientes absorvidos - Por serem muito grandes não conseguem atravessar a parede dos vasos sanguíneos, acessando o nosso corpo via vasos linfáticos - Composto de 90% de triglicerídeo + colesterol, fosfolipídios e proteínas - Trajeto dos quilomícrons: 1. Atingem a corrente linfática 2. Vai para a corrente sanguínea 3. E depois vai para os capilares do tecido adiposo Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 22 onde a lipase lipoproteica vai ser acionada 4. A ativação da lipase é possível devido ao ganho da Apolipoproteína C pelo HDL TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR Ø Especializado na produção de calor: importante em mamíferos que hibernam Ø Também conhecido por tecido pardo: rica vascularização e numerosas mitocôndrias Ø Apresenta grande quantidade nos animais que hibernam Ø Como este tecido não cresce, apresenta localização reduzida no adulto Ø Na espécie humana a quantidade deste tecido só é significativa no recém- nascido com a função de termorregulação Ø Liberação de noradrenalina: lipólise e oxidação de ácidos graxos que produz calor e não ATP Ø Mitocôndrias apresentam uma proteína transmembrana: termogenina ou UCP1, que faz os prótons voltarem para a matriz mitocondrial sem passar pelo sistema ATP sintase Ø Energia dissipada na forma de calor Ø Células menores em relação ao tecido adiposo unilocular Ø Citoplasma com numerosas gotículas lipídicas de diferentes tamanhos Ø Numerosas mitocôndrias com cristas alongadas Ø Células em arranjo epitelióide: forma massa compacta associada a capilares sanguíneos Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 23 Tecido adiposo multilocular (esquerda)=> células características contendo núcleos esféricos centrais e múltiplas gotículas de lipídios no citoplasma. Direita: tecido unilocular. Pararrosanilina e azul-de-toluidina. Aumento médio. OBESIDADE Ø Indivíduo com peso superior ao normal em 20% para sua altura Ø Resultado da ingestão de calorias acima da quantidade necessária por dia Ø Adultos: obesidade relacionada ao aumento da quantidade de triglicerídeos depositada em cada adipócito unilocular sem haver aumento do número de adipócitos (obesidade hiperplástica) Ø Obesidade hiperblástica: há aumento dos adipócitos uniloculares Ø Adipócitos maduros não se dividem na vida adulta, apenas no início da vida pós- natal Ø Evidências de que a super- alimentação em recém- nascidos pode aumentar o número de precursores de adipócitos e gerar condições para obesidade hiperplástica Ø Independentemente do tipo de obesidade a causa principal é o excesso de calorias Ø Base genética: mutação do gene que codifica leptina, a forma inativa desse hormônio vai gerar apetite voraz e ganho de peso descontrolado TECIDO CARTILAGINOSO Ø Tecido conjuntivo de consistência rígida Ø Fundamental ao crescimento dos ossos longos Ø Suporte a tecidos moles, revestimento de superfícies articulares Ø Consistência firme das cartilagens: ligações eletrostáticas entre Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 24 glicosaminoglicanas e colágeno Ø Grande quantidade de moléculas de água presas a glicosaminoglicanas: turgidez e resistência Ø 3 TIPOS DE CARTILAGEM: 1. Cartilagem hialina: mais comum, matriz com fibrilas delicadas (colágeno tipo 2) 2. Cartilagem elástica: poucas fibrilas de colágeno tipo 2 e muita fibra elástica 3. Cartilagem fibrosa: matriz formada em sua maioria por colágeno tipo 1 CARTILAGEM HIALINA Ø Tipo mais encontrado no corpo Ø Coloração branca-azulada e translúcida Ø Primeiro esqueleto do embrião Ø Adulto: parede das fossas nasais, traqueia, brônquios, extremidade ventral das costelas e recobrindo articulações dos ossos longos Ø Compõe o disco epifisário: localizada entre a diáfise e epífise dos ossos longos em crescimento Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 25 MATRIZ – CARTILAGEM HIALINA Ø Matriz Cartilagem Hialina Ø Formada por fibrilas de colágeno tipo II associadas ao ácido hialurônico, proteoglicanas hidratadas e glicoproteínas Ø Proteoglicanas: glicosaminoglicanas ligadas covalentemente com proteínas (cerne proteico + moléculas de glicosaminoglicanas sulfatadas) Ø ± 200 moléculas de proteoglicanas para cada molécula de ácido hialurônico (rigidez da matriz cartilaginosa) Ø Glicosaminoglicanas: alto conteúdo de água de solvatação (mola biomecânica é importante nas cartilagens articulares) Ø Matriz apresenta basofilia: presença de glicosaminas com radicais sulfato Ø Ligações eletrostáticas entre cadeias sulfatadas de condroitina das proteoglicanas com fibras colágenas (aumento da rigidez da matriz) PERICÔNDRIO – CARTILAGEM HIALINA Ø Camada de tecido conjuntivo denso (maior parte), presente em todas as cartilagens hialinas, exceto nas cartilagens articulares Ø Função: fonte de novos condrócitos para o crescimento, nutrição, oxigenação, eliminação de metabólitos, presença de vasos sanguíneos e linfáticos Ø Tecido conjuntivo rico em fibras colágenas tipo I na parte mais superficial e rico em células próximo a cartilagem Ø Células semelhantes a fibroblastos que multiplicam- se por mitoses originando condrócitos Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 26 Esquema da transição entre o pericôndrio e a cartilagem hialina: - Células alongadas do pericôndrio (células condrogênicas) diferenciam em condrócitos: tornam-se globosas e sua superfície irregular - Matriz da cartilagem contém fibrilas colágenas muito finas (colágeno tipo II), exceto em volta dos condrócitos, onde a matriz consiste principalmente em proteoglicanas. CÉLULAS DA CARTILAGEM Ø Três tipo de células: 1. Condrogênicas: fusiformes, estreitas originárias de células mesenquimatosas que podem se diferenciar em condroblastos ou células osteoprogenitoras 2. Condroblastos: podem se originar de células mesenquimatosas ou de células condrogênicas do pericôndrio. Células basófilas, arredondadas rico em RER, complexo de Golgi desenvolvido, numerosas mitocôndrias e vesículas de secreção 3. Condrócitos: - Condroblastos circundados por matriz - Localizados na periferia (ovoides) e na parte profundada cartilagem (arredondadas) - Secretam colágeno (especialmente tipo 2) proteoglicanos e glicoproteínas - A oxigenação dos condrócitos é deficiente, gerando dificuldade de crescimento e regeneração da cartilagem Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 27 - Nutrientes chegam pelos capilares do pericôndrio e penetram na matriz até atingirem os condrócitos - Difusão pela água de solvatação das macromoléculas e bombeamento por compressão/descompressão sobre a cartilagem HISTOGÊNESE Ø Embrião: surgem o esboço a partir do mesênquima, arredondamento das células mesenquimatosas retraem seus prolongamentos e multiplicam-se rapidamente Ø Condroblasto: citoplasma muito basófilo, síntese de matriz Ø Cartilagem apresenta regiões diferentes no centro e periferia: células centrais apresentam características de condrócitos e as periféricas de condroblastos Ø Pericôndrio: é formado pelo mesênquima superficial CRESCIMENTO Há dois processos envolvidos: 1. Crescimento intersticial: divisão mitótica dos condrócitos e crescimento aposicional a partir das células do pericôndrio 2. Crescimento aposicional: a partir das células do pericôndrio CRESCIMENTO INTERSTICIAL Ø Ocorre somente na fase inicial de formação da cartilagem hialina Ø Células mesenquimatosas retraem seu prolongamentos tornam-se arredondadas e formam grupos isógenos Ø Início da produção de matriz células se separam, há formação de lacunas Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 28 individuais e aumento da cartilagem “por dentro” CRESCIMENTO APOSICIONAL Ø Crescimento de toda cartilagem do corpo, EXCETO na cartilagem articular e placa epifisária - não apresenta pericôndrio crescimento apenas intersticial Ø Células mesenquimatosas se diferenciam em fibroblastos, há produção de tecido conjuntivo denso, fibras colágenas pericôndrio que são responsáveis pelo crescimento e manutenção da cartilagem Ø Células condrogênicas do pericôndrio dividem-se e diferenciam-se em condroblasto: síntese de matriz CARTILAGEM ELÁSTICA Ø Encontrada no pavilhão auditivo, conduto auditivo externo, tuba auditiva, epiglote e cartilagem cuneiforme da laringe Ø Semelhante a cartilagem hialina: colágeno tipo II e rica rede de fibras elásticas contínuas com as do pericôndrio Ø Rica em elastina, coloração amarelada a fresco (evidenciada por coloração como orceína) Ø Apresenta pericôndrio e cresce por aposição Ø Está menos sujeita a processos degenerativos que a cartilagem hialina Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 29 Cartilagem elástica do pavilhão auricular. (1) Pericôndrio: como na cartilagem hialina; (2) Condrócitos e (3) Condroblastos. Coloração argêntica. CARTILAGEM FIBROSA OU FIBROCARTILAGEM Ø Diferentemente da cartilagem hialina e elástica, não apresenta pericôndrio e matriz possui colágeno do tipo I Ø Apresenta características intermediárias entre tecido conjuntivo denso e cartilagem hialina Ø Localizada nos discos intervertebrais, região onde ligamentos e tendões se inserem no osso e na sínfise pubiana Ø Sempre associada a conjuntivo denso: difícil de limitá-los Ø Geralmente condrócitos formam fileiras alongadas Ø Característica acidófila: grande quantidade de fibras colágenas (tipo I) Ø Fibras colágenas formadas por feixes de orientação irregular entre os condrócitos ou paralelo a eles (orientação sofre influência das forças que atuam sobre a cartilagem) Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 30 Cartilagem Fibrosa. (1) Fileiras de condrócitos; (2) Feixes de colágeno. Aumento médio. Coloração Hematoxilina e Eosina. Cartilagem Fibrosa. (1) Fileiras de condrócitos; (2) Feixes de colágeno. Grande aumento. Coloração Hematoxilina & Eosina. Cartilagem Fibrosa. Considerável quantidade de colágeno (azul) distribuída irregularmente. Condrócitos em vermelho DISCOS INVERTEBRAIS Ø Função de coxins lubrificados para prevenir o desgaste ósseo durante os movimentos da coluna espinhal Ø Localizado entre os corpos das vértebras: união por ligamentos Ø Formada por anel fibroso e núcleo pulposo Ø Anel Fibroso: porção periférica de tecido conjuntivo denso e formada em sua maioria por fibrocartilagem feixes de colágenos em camadas concêntricas Ø Núcleo Pulposo: localizado na parte central do anel fibroso, banhado por líquido viscoso (ácido hialurônico + colágeno tipo II) gradualmente substituído por fibrocartilagem com o avançar da idade Ø Muito hidratado: absorve pressões reduzindo impacto sobre a coluna Hérnia de Disco Intervertebral: ruptura do anel fibroso, expulsão do núcleo pulposo, achatamento do disco podendo se destacar Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 31 TECIDO ÓSSEO Ø Suporte para as partes moles Ø Protege órgãos vitais (caixa craniana torácica e canal raquidiano) Ø Apoio aos músculos esqueléticos Ø Depósito de cálcio, fosfato e outros íons CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO: OSTEÓCITO Ø Célula achatada em forma de amêndoa Ø Localizado no interior da matriz óssea Ø Ocupam as lacunas que se comunicam por canalículos Ø Cada lacuna contém apenas 1 osteócito Ø Canalículos: osteócitos estabelecem junções comunicantes para troca de moléculas e íons Ø Função: essenciais para a manutenção da matriz óssea Ø Não secreta matriz OSTEOBLASTO Ø Função: síntese da parte orgânica da matriz óssea (colágeno tipo 1, proteoglicanas e glicoproteínas) Ø Participam da mineralização da matriz: concentram fosfato de cálcio Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 32 Ø Localizam-se nas superfícies ósseas lembrando epitélio simples Ø Intensa atividade sintética Ø Citoplasma basófilo Ø Quando aprisionado pela matriz sintetizada passa a ser denominado osteócito Ø Matriz óssea recém- formada, não calcificada – osteóide OSTEOCLASTO Ø Células móveis, gigantes e muito ramificadas podendo conter de 6 até mais de 50 núcleos Ø Tem origem na medula óssea e no tecido ósseo se unem formando osteoclastos multinucleados Ø Função: reabsorção óssea Ø Apresenta prolongamentos vilosos irregulares voltados para matriz óssea Ø Microambiente para adesão à matriz (zona clara): reabsorção óssea Ø Secretam íons H + , colagenases e outras hidrolases que digerem a matriz orgânica e dissolvem os cristais de sais de cálcio Ø Atividade dos osteoclastos é coordenada especialmente pela calcitonina (tireóide) e paratormônio (paratireóide) Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 33 Ø Transferência de enzimas lisossomais e íons hidrogênio para zona circunferencial clara Ø Acidificação: dissolução mineral e atuação das enzimas hidrolíticas lisossomais Ø Remoção da matriz: capturada pelo citoplasma dos osteoclastos que fazem a digestão e transferência de produtos para capilares sanguíneos Lacuna de Howship: porções dilatadas de osteoclastos em depressões da matriz em processo de desmineralização MATRIZ ÓSSEA PARTE INORGÂNICA Ø Íons mais encontrados: fosfato, cálcio e em menor quantidade o bicarbonato, magnésio, potássio e o sódio Ø Cálcio e fósforo formam cristais de hidroxiapatita hidratado que facilita a troca de íons entre o cristal e o líquido intersticial PARTE ORGÂNICA Ø Formada por fibras colágenas (95%) colágeno tipo I e pequena quantidade de proteoglicanas e glicoproteínas Ø Associação entre hidroxiapatita e fibras colágenas que são responsáveis pela dureza e resistência do tecido ósseo Carolina Maira N Rosa1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 34 PERIÓSTEO E ENDÓSTEO Ø Recobrem as superfícies externa (periósteo) e interna (endósteo) dos ossos formada por células osteogênicas e tecido conjuntivo Ø Função: nutrição do tecido ósseo e fornecimento de novos osteoblastos para crescimento e reparo ósseo Ø Camada superficial do periósteo contém principalmente fibras colágenas e fibroblastos Ø Fibras de Sharpey: feixes de fibras colágenas do periósteo que prendem o tecido ósseo ao periósteo Ø Porção profunda do periósteo: maior celularidade (células osteoprogenitoras multiplicam-se e se diferenciam em osteoblastos) Ø Importante para o crescimento ósseo e reparo de fraturas Ø Endósteo: formado por camada de células osteogênicas achatadas Ø Reveste a cavidade do osso esponjoso, canal medular, Canal de Havers e de Volkmann TECIDO ÓSSEO IMATURO OU PRIMÁRIO Ø É o primeiro tecido ósseo que aparece no organismo Ø Pouco frequente no adulto Ø Presente nas suturas dos ossos do crânio, alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção de tendões Ø Fibras colágenas dispostas em várias direções sem organização definida Ø Há menor quantidade de minerais e maior número de Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 35 osteócitos em relação ao secundário TECIDO ÓSSEO SECUNDÁRIO, MADURO OU LAMELAR Ø Encontrado no adulto Ø Característica principal: fibras colágenas organizadas em lamelas, paralelas ou dispostas em camadas concêntricas em torno de canais (sistema de Havers ou osteônios) Ø Lacunas com osteócitos entre as lamelas ósseas Ø Matriz mineralizada entre grupos de lamelas Ø Sistema de Havers: característico da diáfise de ossos longos: encontrado em osso compacto Ø Sistema de Havers ou Ósteon: cilindro longo paralelo a diáfise, formado por 4-20 lamelas concêntricas Ø Centro: vasos e nervos Ø Diâmetro dos canais de Havers é variável: tecido ósseo está em remodelação constante Ø Canais de Volkmann: canais de comunicac ̧ão do sistema de Havers com canal medular e a superfície externa do osso atravessam as lamelas ósseas Ø Sistema circunferencial interno e externo: lamelas ósseas paralelas ao redor do canal medular próximo ao endósteo e externamente próximo ao periósteo Ø Lamelas intersticiais (sistemas intermediários): restos de sistemas de Havers destruídos durante o crescimento Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 36 Tecido ósseo secundário: fibras colágenas paralelas ou em lamelas concêntricas (sistema harvesiano ou osteônios) HISTOGÊNESE Ø Formação do tecido ósseo se dá por ossificação intramembranosa ou por ossificação endocondral Ø Ambos: formado inicialmente tecido ósseo primário sendo substituído mais tarde por tecido ósseo secundário Ø Processo de Calcificação: 1- Inicia-se com a deposição de sais de cálcio sobre fibrilas de colágeno 2- Influenciada pela [Ca2+] em vesícula do citoplasma de osteoblastos 3- Participação de enzimas (fosfatase alcalina) sintetizada pelos osteoblastos OSSIFICAÇÃO INTERÓSSEA Ø Ocorre em membranas de tecido conjuntivo Ø Forma os ossos do crânio: frontal, parietal, partes do occipital, do temporal e dos maxilares superior e inferior Ø Contribui no crescimento de ossos curtos e crescimento em espessura dos ossos longos Ø Formação do Centro de ossificac ̧ão primária: início do processo de ossificação na membrana conjuntiva Ø Diferenciação de células mesenquimatosas que transformam-se em grupos de osteoblastos Ø Síntese de osteóide (matriz não mineralizada): formam malha de espículas e trabéculas com superfície coberta pelos osteoblastos que fazem mineralização (centro primário de ossificac ̧ão) e englobamento de osteoblastos pelos osteócitos Ø Células mesenquimatosas: mitoses contínuas suprimento de células osteoprogenitoras Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 37 Ø Há confluência das traves ósseas (aspecto esponjoso) Ø Infiltração de vasos sanguíneos e células mesenquimatosas indiferenciadas (formarão a MO) entre as traves ósseas Ø Centros de ossificação crescem radialmente: substituem a membrana conjuntiva Ø Membrana conjuntiva que não sofre ossificação forma o endósteo e o periósteo OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL Ø Inicia-se sobre cartilagem hialina: anatomicamente semelhante a peça que será formada mas de tamanho menor Ø Importante na formação de ossos curtos e longos Ø Formação de molde de Cartilagem Hialina em miniatura: 1- Cartilagem Hialina sofre modificações como hipertrofia dos condrócitos 2- A matriz cartilaginosa se reduz a finos tabiques e ocorre mineralização levando a morte dos condrócitos por apoptose Ø Molde (cartilagem em início de calcificação) serve de esqueleto estrutural: Cavidades previamente ocupadas por condrócitos calcificados são invadidas por capilares sanguíneos e células osteogênicas Ø Diferenciam-se em osteoblastos: deposição de matriz óssea sobre cartilagem calcificada Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 38 Ø Formação óssea endocondral: 1- Formação de molde de cartilagem hialina no embrião: hipertrofia de condrócitos leva a calcificação 2- Simultaneamente: vascularização da região média da diáfise, células condrogênicas tornam-se osteoprogenitoras, formação de osteoblastos e o pericôndrio torna-se periósteo 3- Sobre a superfície do molde cartilaginoso: secreção de matriz óssea pelos osteoblastos recém-formados (formação do colar ósseo subperiósteo por ossificação intramembranosa) 4- Colar ósseo: impede a nutrição dos condroblastos hipertrofiados no centro do molde cartilaginoso 5- Atividade dos osteoclastos: escavam furos no colar ósseo para a passagem do botão periósteo (células osteoprogenitoras, células hematopoéticas e vasos sanguíneos) 6- Divisão de células osteoprogenitoras em osteoblastos, secreção de matriz óssea na superfície da cartilagem calcificada, formação do complexo cartilagem calcificada (basófila)/osso calcificado (acidófilo) 7- Osso subperiósteo: torna- se mais espesso e cresce em direção as 2 epífises e há reabsorção de cartilagem calcificada/osso Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 39 calcificado pelos osteoclastos, ocorrendo a dilatação da cavidade da medula Ossificação Endocondral: restos de cartilagem calcificada (roxo escuro) envolvido por tecido ósseo (coloração clara). Tecido róseo neoformado circundado por osteoblastos. Setas: osteócitos. Ø Formação dos centros secundários de ossificação: 1- Formam-se nas epífises de ambas as extremidades ósseas, semelhante ao processo de diáfise, sem haver formação do colar ósseo 2- Células osteoprogenitoras invadem a cartilagem da epífise e diferenciam-se em osteoblastos 3- Os osteoblastos iniciam a secreção de matriz óssea sobre o esqueleto cartilaginoso 4- Avança para diáfise e epífise: substituídos por tecido ósseo, exceto superfície articular que permanece cartilaginosa para sempre, e placa epifisária que permanece até a maturação sexual Ø Crescimento ósseo em comprimento longitudinal do osso depende da placa epifisária Ø Zonas de cartilagem de conjugação: Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 40 1- Zona de repouso: há cartilagem hialina sem alteração 2- Zona de cartilagem seriada ou de ploriferação: divisão rápida dos condrócitoss formando fileiras paralelas de células achatadas em sentido longitudinal do osso 3- Zona de cartilagem hipertrófica: condrócitos entram em apoptose 4- Zona de cartilagem calcificada:mineralização dos tabiques de matriz cartilaginosa – fim da apoptose de condrócitos 5- Zona de ossificação: surge o tecido ósseo. Há invasão das cavidades de condrócitos mortos por capilares sanguíneos e células osteoprogenitoras do periósteo que originam os osteoblastos e fazem deposição de matriz óssea sobre restos de matriz cartilaginosa Ossificação Endocondral: parte superior com fileira de osteoblastos (citoplasma fortemente basófilo: alta produção protéica, especialmente colágeno tipo I). Seta: osteoblasto recentemente capturado pela matriz. Seta azul: Faixa clara de matriz não mineralizada (osteóide). Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 41 CRESCIMENTO E REMODELAÇÃO ÓSSEA Ø O osso é remodelado de acordo com as forcas que incidem sobre ele Ø Nos jovens: formação óssea é maior que a reabsorção e há maior formação de novos sistemas de Havers Ø Nos adultos: fechamento das placas epifisárias e crescimento máximo ósseo Ø No tecido adulto novo osso formado e osso morto reabsorvido, porque: 1- Sistema de Hanvers são substituídos continuamente 2- Necessidade de reabsorção óssea de uma área e adicionando em outra para adequar-se as mudanças de tensões (peso, postura, fratura) Ø Na reabsorção de antigos sistemas de Haners há morte de osteócitos e os osteoclastos reabsorvem matriz óssea formando cavidades de reabsorção com aumento do diâmetro e comprimento dessas cavidades, levando a invasão de vasos sanguíneos Ø Cessa reabsorção óssea: deposição de novas lamelas concêntricas pelos osteoblastos em torno dos vasos sanguíneos, formando novos sistemas de Hanvers Ø Remodelação óssea segue por toda a vida seguida de depósito e formação de novos sistemas de Hanvers REPARO ÓSSEO: FRATURAS Ø Envolve formação de cartilagem e formação óssea intramembranosa e endocondral Ø Fratura: destruição da matriz óssea, morte celular, rompimento do periósteo e endósteo e deslocamento de fragmentos ósseos Ø Hemorragia no local da fratura causa comprometimento da irrigação sanguínea local, ocorrendo morte de parte de osteócitos de sistema de Havers da região lesada Ø Formação de tecido de granulação: coágulo é invadido por pequenos capilares e fibroblastos Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 42 Ø Região da medula: coágulo invadido por células osteoprogenitoras do endósteo e por células multipotentes da MO: formac ̧ão em 7 dias de calo interno de osso trabecular Ø Após 48h: acúmulo de células osteoprogenitoras há intensa atividade mitótica da camada osteogênica do periósteo e endósteo Ø Formação de colar ósseo: células osteoprogenitoras do periósteo se diferenciam em osteoblasto que une o colar ósseo ao osso morto Ø Formação de cartilagem da parte externa do colar ósseo Ø ¯ [O2]: células osteoprogenitoras se diferenciam em condrócitos Ø Colar ósseo é formado por 3 regiões: 1- Camada de osso novo cimentado ao osso fragmentado 2- Camada intermediária de cartilagem 3- Camada superficial osteogênica em proliferação Ø Formação de calo externo: fusão das 3 regiões do colar ósseo Ø Toda a cartilagem vai sendo substituída por osso primário por ossificação endocondral havendo remodelação e substituição por osso secundário (calo é desfeito) Ø Primeiro osso formado junto ao osso lesado: 1- Ossificação intramembranosa faz união firme de novas trabéculas ao osso morto/lesado 2- Sua matriz óssea é reabsorvida 3- Os espaços preenchidos por osso novo fazem reparo da fratura com osso esponjoso e pelo calo ósseo 4- Mais tarde o osso primário vai ser substituído por osso secundário fazendo reforço na zona de reparo da fratura Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 43 TECIDO ÓSSEO E SEU PAPEL METABÓLICO NO ORGANISMO Ø Esqueleto: contém 99% do cálcio do organismo e é reserva para manutenção da calcemia Ø Cálcio absorvido da alimentação: depositado rapidamente no tecido ósseo, quando necessário o Cálcio ósseo é mobilizado para manter os níveis sanguíneos Ø Mecanismos 1°) Mecanismo físico de transferência de cristais de hidroxiapatita a partir do osso esponjoso, as lamelas ósseas mais jovens estão pouco calcificadas e recebem e cedem Ca2+ com mais facilidade 2°) Ação hormonal: paratormônio (paratireóide) aumenta o número de osteoclastos que fazem reabsorc ̧ão da matriz óssea com liberação de fosfato de cálcio: calcemia Ø Estimula osteoblastos a secretarem fator estimulador de osteoclastos Ø Hormônio calcitonina (células parafoliculares da tireóide) inibe a reabsorção da matriz e faz mobilização do cálcio, além de apresentar efeito inibidor sobre osteoclastos Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 44 TECIDO MUSCULAR Ø Constituído por células alongadas Ø Contém grande quantidade filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis Ø Energia: ATP e o fosfato de creatinina Ø São derivados do mesoderma Ø Nomes especiais aos componentes das células musculares: - Membrana celular: sarcolema - Citossol: sarcoplasma - Retículo endoplasmático liso: retículo sarcoplasmático - Mitocôndria: sarcossoma MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO MÚSCULO LISO Rede de fibra anastomosada Feixes de células cilíndricas muito alongadas e multinucleadas Aglomerado de células fusiformes Estrias transversais Estriações transversais Presente na parede dos vasos sanguíneo, nas víceras e na derme Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 45 Células alongadas com um núcleo e ramificac ̧ões (discos intercalares) As fibras são orientadas de forma paralela Não possuem estriações transversais (os filamento citoplasmáticos formam uma rede) Contração involuntária, vigorosa e rítmica Contração rápida e vigorosa – controle voluntário Contração lenta e involuntária Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 46 MÚSCULO ESQUELÉTICO Ø Feixes de células podem chegar até 3 cm Ø Contém muitos filamentos: miofibrilas Ø Diâmetro fibra muscular estriada esquelética: 10 a 100 μm Ø Origem: fusão de células alongadas (mioblastos) no embrião Ø Núcleos localizados na periferia da fibra (próximo ao sarcolema) Ø Organização do Músculo Esquelético: - Tecido muscular é recoberto por tecido conjuntivo - Permite que a força de contração de cada fibra atue no músculo inteiro (tendões e ossos) - Irrigação sanguínea pelo septo de tecido conjuntivo (extensa rede de capilares) - Contém vasos linfáticos e nervos Músculo esquelético – vasos sanguíneos injetados com resina plástica. Coloração pelo Giemsa em luz polarizada. Pequeno aumento Ø Epimísio: recobre o conjunto de feixes de fibras musculares (músculo inteiro) Ø Perimísio: recobre conjunto de feixes menores contidos no epimísio Ø Endomísio: recobre cada fibra muscular individualmente Ø Formado pela lâmina basal da fibra muscular associada a fibras reticulares Carolina Maira N Rosa 1º período/Turma 2/ 2º etapa Prof: Renato Sathler 47 ORGANIZAÇÃO DAS FIBRAS MUSCULARES ESQUELÉTICAS Ø Faixa escura: banda A (Anisotrópica) Ø Faixa clara: banda I (Isotrópica) Ø Linha Z: centro da banda I (linha transversal escura) Ø Actina: filamentos finos que partem da linha Z Ø Miosina: filamentos grossos (região central do sarcômero) Ø Banda I: formada apenas por filamentos finos Ø Banda A: formada por filamentos finos e grossos (interdigitam-se) Ø Banda H: formada apenas por filamentos grossos
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