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Planta baixa PDF

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REPRESENTAÇÃO 
GRÁFICA
Roberta Alina Boeira 
Tiburri
Planta baixa: conceito, 
traçados básicos e 
hierarquia de planos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer os elementos compositores de plantas baixas em repre-
sentação projetual.
 � Descrever as normas de elaboração de plantas baixas.
 � Desenhar plantas baixas, verificando os traçados básicos e a hierarquia
de planos.
Introdução
A representação gráfica, especialmente o desenho técnico, é a linguagem 
que permite a comunicação entre todos os profissionais envolvidos em 
uma obra, desde o projeto até a sua execução. Assim, a planta baixa faz 
parte de um conjunto de desenhos relacionados entre si, necessários 
para a correta compreensão de um projeto. Por ser uma representação 
reduzida da realidade, a planta baixa deve seguir determinadas normas e 
convenções. Assim, ela pode ser lida com clareza e garantir uma correta 
execução do projeto.
Neste capítulo, você vai compreender o que é uma planta baixa. Tam-
bém vai conhecer os elementos que a compõem e ver como devem ser 
representados. Além disso, você vai aprender a ler e desenhar uma planta 
baixa, aplicando as normas técnicas que regulam essa representação.
Elementos da planta baixa
Um projeto é representado por um conjunto de desenhos complementares 
entre si: plantas, cortes, fachadas e perspectivas. Nas plantas baixas, há os 
planos horizontais do objeto arquitetônico. Ela é uma representação em vista 
superior. Para compreender o que é uma planta baixa, você pode imaginar um 
plano horizontal cortando a edificação a aproximadamente 1,5 m de altura, 
paralelamente ao piso. Essa altura pode variar aproximadamente entre 1,2 m 
e 1,6 m. O importante é que corte paredes, portas e janelas. Para entender 
melhor, observe a Figura 1. Nela, não aparece a parte superior da edificação, 
e a parte que foi cortada está representada em projeção ortográfica: essa é a 
representação da planta baixa.
Figura 1. Plano de corte horizontal que secciona o volume arquitetônico para criar a 
planta baixa.
Fonte: Ching (2017, p. 51).
Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos2
Na Figura 1, observe que o plano de corte horizontal é paralelo ao piso 
da edificação. Assim, a planta baixa gerada a partir dessa seção horizontal é 
uma projeção ortográfica.
A planta baixa é uma projeção ortográfica, ou seja, uma representação bidimensional, 
paralela ao plano de corte horizontal. Para saber mais sobre projeções ortográficas, leia 
o capítulo “Desenhos em vistas múltiplas” do livro Representação Gráfica em Arquitetura, 
de Francis Ching (2017).
A planta baixa é uma representação em vista superior de um plano de 
corte horizontal paralelo ao piso, a uma altura aproximada de 1,5 m. Que tal 
conhecer os elementos que aparecem na planta baixa? Por ser uma representação 
reduzida do objeto arquitetônico, são empregadas determinadas simbologias 
e convenções de desenho, que você vai conhecer a seguir. O plano de corte 
horizontal a 1,5 m do piso é o que vai definir o que se vai representar e como 
vai ser representado (MONTENEGRO, 2012).
Todos os elementos cortados por esse plano são representados “em corte”, 
como paredes, pilares, portas e janelas. Tudo o que fica abaixo desse plano, 
que não está sendo cortado, como pisos, mesas e bancadas, são os elementos 
“em vista”. E tudo o que fica acima desse plano de corte, como beirais de 
telhado, está “em projeção”. Para uma leitura clara desses diferentes níveis, é 
necessário enfatizar o que está sendo cortado, diferenciando esses elementos do 
que está em vista, ou seja, abaixo do plano de corte. Essa diferença é expressa 
graficamente pela hierarquia de peso das linhas, ou seja, pela espessura do 
traço, como você pode observar na Figura 2 (CHING, 2012, p. 152).
3Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos
Figura 2. Planta baixa com hierarquia de linhas.
Fonte: Ching (2012, p. 152).
A ênfase nos elementos em corte, como pilares e paredes, também pode 
contar com o reforço dos preenchimentos, ou hachuras, como você pode 
observar na Figura 3 (CHING, 2012, p. 152).
Figura 3. Ênfase nas paredes em corte com uso de hachura (preenchimento) sólida.
Fonte: Ching (2012, p. 152).
Os elementos que constituem a planta baixa podem ser divididos em ele-
mentos construtivos (paredes, estrutura, escadas, esquadrias, equipamentos 
Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos4
e mobiliário fixo, elementos não visíveis) e elementos informativos (nome 
dos compartimentos, tipo de piso, área, níveis, indicação de norte, cortes e 
acessos), que são convencionados pela NBR 6.492.
A seguir, você vai conhecer as convenções gráficas para a representação 
dos principais elementos construtivos.
Paredes
As paredes são representadas por duas linhas paralelas, com traço grosso. 
Como elas são cortadas pelo plano de corte horizontal, são os elementos 
mais espessos do desenho. Sua representação (dimensão, preenchimento e 
hierarquia) pode variar conforme o tipo de material construtivo, como você 
pode observar na Figura 4 (XAVIER, 2011). Por exemplo, você pode usar 
uma hachura sólida na cor preta para representar paredes de concreto, usar 
linhas mais espessas para representar paredes de alvenaria e linhas médias 
para paredes de gesso acartonado.
Figura 4. Representação de paredes com diferentes materiais.
Fonte: Xavier (2011, p. 21).
5Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos
Portas
Para representar portas em planta baixa, você deve observar de que elementos 
elas são compostas, qual é a sua dimensão e qual é a forma de abertura: 
de abrir, de correr, sanfonada, entre outras. Os marcos ou batentes e as 
folhas da porta, que são os elementos em corte, são representados com uma 
linha média, e o arco que indica o sentido de abertura, com uma linha fina 
(XAVIER, 2011, p. 25).
Nas portas de abrir, é importante observar que a dimensão da folha da porta 
deve ser exatamente igual à dimensão do vão entre os marcos (CHING, 2017, 
p. 60). Outro elemento importante é a soleira, que aparece apenas nas portas 
externas. Ela representa o desnível entre o interior e o exterior da edificação. 
Nas plantas baixas, as portas são representadas sempre abertas. Você pode 
observar alguns exemplos na Figura 5.
Figura 5. Representação gráfica de portas.
Fonte: Ching (2017, p. 58).
Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos6
Janelas
O nível de detalhamento das janelas depende da escala do desenho. Na escala 
1:50, por exemplo, é possível representar os elementos que compõem a janela 
(marcos, caixilhos, vidros e peitoril) e representar o sentido de abertura. Os 
elementos que estão em corte são representados com um traço médio, enquanto 
os elementos em vista devem ser desenhados com um traço fino (XAVIER, 
2011, p. 25), como você pode ver na Figura 6. Nas plantas baixas, as janelas 
são representadas sempre fechadas.
Figura 6. Representação de janelas.
Escadas
Nas escadas, são representados apenas os elementos horizontais, ou seja, pisos 
e patamares. Como o que delimita o que se vê é o plano de corte, que passa a 
1,5 m do piso, deve-se representar os degraus em vista até essa altura. Também é 
preciso desenhar uma linha de interrupção na diagonal para representar a divisão 
entre o que está em vista e o que está acima do plano de corte — o desenho é 
em projeção, com linha tracejada. Você também deve indicar com uma seta o 
sentido de subida da escada (CHING, 2012, p. 154), como mostra a Figura 7.
Figura 7. Representação de escada.
7Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos
Mobiliário e equipamentos fixos
A planta baixa é o documento de projeto que informa sobre o layout dos es-
paços, ou seja, a disposição do mobiliário. É obrigatório que os equipamentos 
fixos (lavatório, bacia sanitária, pia, etc.) sejam representados, já que eles 
dependem da localização das instalaçõeshidrossanitárias. Também é impor-
tante representar mobiliário fixo, se houver, como bancadas e balcões. Para 
projetos de design de interiores, você pode representar os equipamentos que 
dependem de pontos elétricos e os demais móveis, como sofás, mesas e camas.
Como a planta baixa é um desenho técnico, não é preciso representar de-
talhadamente o mobiliário nessa etapa. É indicado que sejam usados códigos 
de representação demonstrando a posição e as dimensões gerais do mobiliário, 
traçados com uma linha de espessura média, como você pode observar na 
Figura 8. Lembre-se de que o desenho de mobiliário não é uma norma. Portanto, 
você pode variar a representação, com mais ou menos detalhes, conforme 
a escala com que estiver trabalhando (XAVIER, 2011, p. 26). Inclusive, é 
possível criar uma representação própria, observando e medindo móveis e 
equipamentos. Na Figura 8, você também pode observar alguns exemplos de 
representação de equipamentos fixos e mobiliário.
Figura 8. Representação de mobiliário e equipamentos.
Fonte: Adaptada de Montenegro (2012, p. 68).
Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos8
Você também pode desenhar equipamentos e mobiliário com o auxílio de gabaritos. 
É possível adquiri-los em lojas especializadas de material de desenho.
Pisos
Na representação dos pisos, você deve levar em consideração a escala do 
desenho e a dimensão do ambiente, a fim de definir a densidade da hachura de 
piso a ser desenhada. Ou seja, o espaçamento entre as linhas que representam o 
piso deve ser proporcional à área do ambiente. Na medida do possível, deve-se 
buscar uma proximidade das dimensões representadas com as medidas reais. 
Se você considerar que os elementos que estão sendo cortados são representa-
dos com um traço mais espesso, os pisos são os elementos que estão no nível 
mais baixo da planta, mais distantes do plano de corte (Figura 9). Portanto, 
são desenhados com linhas mais finas (XAVIER, 2011, p. 28).
Figura 9. Representação de piso em áreas molhadas.
Fonte: Ching (2012, p. 155).
Elementos acima do plano de corte
Por fim, além dos elementos cortados e dos elementos em vista, é preciso 
representar também os elementos que estão acima do plano de corte, como 
beirais, mezaninos, claraboias, etc. Esses elementos são representados com 
linha tracejada, como você pode ver na Figura 10. Você pode representar, 
também, elementos que estão abaixo do plano de corte, ocultos por algum 
outro elemento arquitetônico (CHING, 2017, p. 59).
9Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos
Figura 10. Representação de elemento em projeção.
Fonte: Ching (2012, p. 154).
Aplicação de normas técnicas na elaboração de 
plantas baixas
A NBR 6.492, que trata da representação de projetos de arquitetura, é a prin-
cipal norma que fixa as condições para a representação gráfica de projetos. 
Segundo ela, as plantas baixas devem conter:
simbologias de representação gráfica conforme sua prescrição, indicação do 
norte, eixos do projeto, sistema estrutural, indicação das cotas entre os eixos, 
cotas parciais e totais, caracterização dos elementos do projeto (fechamentos 
externos e internos, circulações verticais e horizontais, cobertura/telhado 
e captação de águas pluviais, acessos e demais elementos significativos), 
marcação de projeção de elementos significativos acima ou abaixo do plano 
de corte, indicação dos níveis de piso acabado, denominação dos diversos 
compartimentos e respectivas áreas úteis, marcação de cortes e fachadas, 
escalas, notas gerais, desenhos de referência e carimbo (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 7).
A seguir, você vai ver as aplicações práticas dessa norma na representação 
da planta baixa, com ênfase nos projetos de design de interiores, analisando 
as convenções e simbologias sugeridas pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT).
Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos10
A NBR 6.492 foi elaborada em 1994 e está passando por um processo de revisão feito 
pela Comissão de Estudo de Elaboração de Projetos, Representação Gráfica e Atividades 
Técnicas de Arquitetura da ABNT.
Primeiro, considere as indicações de direção e sentido. Sempre que pos-
sível, deve-se representar a planta baixa orientada com o norte para cima 
(YEE, 2009, p. 492). As setas de indicação de norte auxiliam o observador 
no entendimento da orientação da edificação (CHING, 2017, p. 208). Também 
é preciso indicar com setas os acessos à edificação. A norma exemplifica a 
simbologia de acesso principal, mas você também pode informar, utilizando o 
mesmo símbolo e modificando apenas o texto, os acessos secundários. Fique 
atento às indicações de dimensão sugeridas.
Outra indicação de sentido é a seta que demonstra o sentido de subida de 
rampas e escadas. Além da seta, uma circunferência deve indicar o início da 
subida. Essa circunferência deve ficar posicionada na intersecção da linha que 
indica o sentido de subida com a linha que representa o espelho do primeiro 
degrau ou o início da inclinação da rampa. Os degraus devem ser numerados 
de baixo para cima, a partir do primeiro piso até o patamar ou laje superior. 
Nas rampas, deve-se indicar a inclinação (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 15).
A NBR 6.492 recomenda a indicação dos níveis. Os níveis informam as 
diferentes alturas dos pisos em uma planta baixa, a partir de um nível zero 
definido pelo projetista. Os níveis devem ser indicados, preferencialmente, 
em metros. Se o nível for maior do que zero, você deve usar o sinal de positivo 
(+) antes da altura. Se for menor do que zero, use o sinal de negativo (–). Sem-
pre que houver transição de nível, este deve ser indicado, preferencialmente 
próximo à transição.
Nas plantas baixas, ainda é preciso indicar e referir outros desenhos que 
complementam o projeto, como cortes e detalhes. Essas indicações também 
são normatizadas, para que se tenha uma clara compreensão do projeto como 
um todo. Considerando que as plantas baixas são parte de um conjunto de 
desenhos que representam um projeto, um único projeto pode estar represen-
tado graficamente em várias pranchas, e cada prancha pode conter mais de 
um desenho. A composição e a organização dos desenhos são flexíveis; no 
11Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos
entanto, é necessário primar pela unidade e pela continuidade, para permitir 
uma boa leitura do projeto (YEE, 2009, p. 492).
Os planos de corte são representados com uma linha que indica, em planta, 
onde o plano intercepta o volume. É utilizada uma circunferência contendo a 
informação do número da folha em que o corte está desenhado. Se houver mais 
de um desenho por prancha, deve haver a indicação do número desse corte 
na prancha. A seta indica a direção do observador (ou desenhista) em relação 
ao plano de corte. Se o conjunto de desenhos do projeto incluir detalhes ou 
ampliações, eles devem estar indicados na planta. Deve-se indicar com uma 
circunferência o recorte da área detalhada. Além disso, é preciso informar 
qual é a prancha em que o detalhe está desenhado e qual é o número desse 
desenho na folha (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
1994, p. 19).
A NBR 6.492 normatiza, ainda, indicações numéricas e textuais. Entre 
essas indicações, estão o título do desenho e a escala utilizada. No caso 
das plantas baixas, o título deve vir acompanhado do pavimento ao qual se 
refere o desenho. Por exemplo: planta baixa térreo, planta baixa subsolo, 
planta baixa pavimento tipo (quando o pavimento se repete mais de uma 
vez). Devem ser informadas também as dimensões de portas e janelas e, 
ainda, o nome do ambiente, a área e o tipo de piso de cada cômodo. Por 
fim, você deve informar todas as dimensões da planta baixa, por meio das 
cotas. Lembre-se de que, nas plantas baixas, são informadas apenas as cotas 
horizontais. Na Figura 11, você pode observar um exemplo de aplicação 
prática de alguns desses elementos.
Plantabaixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos12
Figura 11. Aplicação prática de inserção de elementos textuais conforme a NBR 6.492.
Fonte: Xavier (2011, p. 31).
Como desenhar plantas baixas
Agora que você já sabe como representar os elementos de uma planta baixa 
e como aplicar as indicações da norma que regulariza o desenho arquitetô-
nico, vai conhecer as etapas de desenho de uma planta baixa. Inicialmente, 
você deve planejar o desenho, ou seja, definir qual é o formato de prancha 
que vai utilizar (A0, A1, A2, A3, etc.) e em que escala vai desenhar (1:100, 
1:75, 1:50, etc.). Sabendo a escala e as dimensões totais da edificação ou do 
ambiente que será representado, você pode calcular o espaço gráfico que esse 
desenho vai ocupar na prancha. Trace as margens da folha reservando um 
espaço para o selo ou carimbo e utilizando a área restante para centralizar 
a planta baixa. Usualmente, o espaço sobre o selo é deixado em branco, 
para colocação de carimbos e registros de revisões e aprovações de projeto 
(XAVIER, 2011, p. 69).
13Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos
Todos os elementos cortados pelo plano de corte horizontal a 1,5 m do piso 
devem ser representados com um traço mais grosso. É o caso de paredes e 
pilares. Alguns elementos das esquadrias, como folhas das portas e janelas, 
marcos e caixilhos, também são cortados. Eles devem ser representados com 
um traço médio, pois são elementos com dimensões menores do que paredes 
e pilares. Os elementos em vista das portas e janelas, como peitoris e soleiras, 
devem ser desenhados com linha fina. Os demais elementos em vista devem 
ser representados com traços médios ou finos.
Quanto mais próximos os elementos estão do observador, ou seja, do plano 
de corte, mais espesso o traço; quanto mais distantes, mais fino. Assim, equi-
pamentos e mobiliário devem ser representados com um traço médio, enquanto 
pisos devem ser desenhados com linha fina. E, por fim, para representar os 
elementos que estão acima do plano de corte, você deve usar a linha tracejada, 
respeitando a hierarquia de linhas (XAVIER, 2011).
As etapas a seguir são uma sugestão para a construção dos desenhos, 
baseada em diversos autores (como MONTENEGRO, 2012, p.77; XAVIER, 
2011, p. 32). A sequência de elaboração do desenho não é uma regra e, portanto, 
pode variar conforme as necessidades do projeto.
 � Etapa 1: comece traçando o contorno externo do projeto e, em seguida, 
desenhe a espessura de paredes externas e elementos de estrutura, como 
pilares. Toda a construção da planta baixa deve ser feita com um traço 
fino e suave. Apenas no final é feita a hierarquia dos traços. Em seguida, 
você pode desenhar as paredes internas (Figura 12).
 � Etapa 2: marque a posição de portas e janelas e desenhe elementos 
construtivos relevantes, como escadas e lareiras. Desenhe também as 
portas e janelas, já diferenciando com a espessura do traço os elementos 
em corte e os elementos em vista das aberturas. Você pode usar um 
traço médio para elementos em corte e um traço fino para elementos 
em vista (Figura 13).
 � Etapa 3: desenhe o mobiliário e os pisos, já com hierarquia de li-
nhas. Inicie pelo mobiliário e pelos equipamentos com espessura 
de linha média e, em seguida, represente os pisos com linhas finas, 
como exemplifica a Figura 14. Lembre-se de que são obrigatórios os 
desenhos dos equipamentos hidrossanitários, como pias, lavatórios, 
bacias sanitárias e tanques, e dos pisos das áreas molhadas. A repre-
sentação dos demais móveis e pisos deve ser avaliada conforme as 
necessidades do projeto.
Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos14
Figura 12. Desenho das paredes.
Fonte: Montenegro (2012, p. 77).
Figura 13. Desenho de portas e janelas.
15Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos
Figura 14. Desenho de equipamentos fixos e pisos.
 � Etapa 4: desenhe os elementos acima do plano de corte. Identifique 
beirais, mezaninos e aberturas zenitais e represente com linha tracejada.
 � Etapa 5: você deve hierarquizar as paredes e demais elementos estrutu-
rantes cortados pelo plano horizontal, utilizando um traço mais espesso. 
Com essa etapa concluída, você terá todos os elementos construtivos 
representados em planta baixa (Figura 15). A próxima etapa é incluir 
as informações numéricas, textuais e demais indicações.
Figura 15. Representação gráfica de uma planta baixa, com hierarquia dos elementos 
construtivos.
Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos16
 � Etapa 6: desenhe todas as indicações necessárias — norte, acessos, 
indicações de rampas e escadas, níveis, indicação de cortes e detalhes, 
título e escala, nome dos ambientes, área e tipo de piso e, por fim, cotas.
Depois que você dominar os conceitos do desenho técnico, você também pode 
produzir plantas baixas ilustradas. No link a seguir, veja os exemplos que o designer 
de interiores espanhol Iñaki Aliste Lizarralde criou, reproduzindo os espaços de seus 
seriados favoritos.
https://goo.gl/YXNRFM
É importante você lembrar que a planta baixa é um documento do projeto 
arquitetônico. É, também, a forma de comunicação entre todos os membros 
da equipe envolvida no projeto e na execução da obra. Assim, é fundamental 
construir essa representação gráfica com precisão e clareza, fornecendo in-
formações completas e corretas, com hierarquia de linhas adequada e respeito 
às convenções da NBR 6.492.
1. A planta baixa é uma representação 
em vista superior de um plano de 
corte horizontal, paralelo ao piso, 
a uma altura aproximada de 1,5 m. 
Esse plano estabelece a hierarquia 
de linhas do desenho. Assinale 
a alternativa que representa a 
hierarquia de linhas correta para 
a planta baixa de um lavabo.
a) 
b) 
c) 
17Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos
d) 
e) 
2. Em uma planta baixa, deve-se 
representar os equipamentos 
fixos em função das instalações 
hidrossanitárias. Os ambientes onde 
são instalados esses equipamentos são 
denominados “áreas molhadas”. Nelas, 
o piso também deve ser representado. 
Assinale a alternativa que menciona os 
equipamentos fixos de uma residência.
a) Pia, lavatório, bacia 
sanitária e tanque.
b) Pia, geladeira, bacia 
sanitária e tanque.
c) Pia, geladeira, fogão, bacia 
sanitária e lavatório.
d) Pia, fogão, lavatório, bacia 
sanitária e tanque.
e) Pia, bacia sanitária, 
tanque e secadora.
3. Suponha que você está desenhando 
as plantas baixas de uma residência 
de dois pavimentos. Você definiu 
que o piso da sala de estar é o nível 
0,0. Do hall de entrada para a sala de 
estar, você precisa subir dois degraus 
com 15 cm de altura cada um. E da 
sala de estar para os dormitórios, 
que ficam no segundo pavimento, 
você deve subir uma escada com 
16 degraus de 17 cm de altura 
cada um. Sabendo que os níveis 
sempre devem ser indicados em 
metros, que níveis você deve indicar, 
respectivamente, na sala de estar, no 
hall de entrada e nos dormitórios?
a) 0,00; +0,30; +2,72
b) +0,30; 0,00; +2,72
c) 0,00; –0,15; +2,87
d) 0,00; –0,30; +2,72
e) –0,30; 0,00; +2,87
4. A NBR 6.492 é a principal norma 
que fixa as condições para a 
representação gráfica de projetos. 
Essa norma sugere algumas 
convenções de desenho que devem 
ser usadas na representação de 
plantas baixas. Assinale a alternativa 
que corresponde a símbolos e/
ou indicações de representação 
convencionados pela NBR 6.492 que 
devem constar nas plantas baixas.
a) Símbolo de equipamentos 
fixos, símbolo de esquadrias 
e indicação de corte.
b) Símbolo de norte, símbolo de 
níveis e indicação de acessos.
c) Símbolo de portas e janelas, 
indicação de sistema estrutural 
e indicação de detalhes.
d) Símbolo de pisos em áreas 
molhadas, símbolo de 
mobiliário e símbolo de 
equipamentos hidrossanitários.
e) Símbolo de paredes e muros, 
indicação do sentido de 
aberturas de portas e janelas 
e símbolo de mobiliário.
5. A hierarquia de linhas, na planta 
baixa, auxiliana correta leitura 
dessa representação. Ela fornece 
informações gráficas, por meio 
da espessura e do tipo das linhas, 
sobre a relação dos elementos 
desenhados com o plano de 
Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos18
corte horizontal a 1,5 m do piso, 
facilitando a visualização do leitor. 
Considerando essa afirmação, 
assinale a alternativa correta.
a) Os elementos em corte, 
como paredes, devem ser 
representados com linhas finas.
b) Os elementos acima do 
plano de corte horizontal, 
como mezaninos, devem 
ser representados com 
linhas finas e contínuas.
c) Os elementos em vista, como 
pisos, devem ser representados 
com linhas grossas.
d) Os elementos em vista, como 
muros com 1 m de altura, 
devem ser representados 
com linhas grossas.
e) Os elementos acima do 
plano de corte horizontal, 
como mezaninos, devem 
ser representados com 
linhas finas e tracejadas.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492. Representação de projetos 
de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. 
CHING, F. D. K. Desenho para arquitetos. Porto Alegre: Bookman, 2012.
CHING, F. D. K. Representação gráfica em arquitetura. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2017.
MONTENEGRO, G. A. Desenho arquitetônico. São Paulo: Edgard Blücher, 2012.
XAVIER, S. Desenho arquitetônico [apostila de desenho arquitetônico]. Rio Grande: 
Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Escola de Engenharia, 2011.
YEE, R. Desenho arquitetônico: um compêndio visual de tipos e métodos. Rio de Janeiro: 
LTC, 2009.
Leituras recomendadas
CHING, F. D. K. Arquitetura de interiores ilustrada. Porto Alegre: Bookman, 2013.
FARRELLY, L. Técnicas de representação. Porto Alegre: Bookman, 2011.
GOMES, A. P. Desenho arquitetônico. Ouro Preto: Instituto Federal de Educação, Ciência 
e Tecnologia, 2012.
NEUFERT, E. A arte de projetar em arquitetura. 18. ed. São Paulo: GG, 2013.
PARTE 1 – Noções gerais do desenho técnico. Disponível em: <https://wiki.ifsc.edu.
br/mediawiki/images/0/0d/ARU_TMC_PBA_Apostila_Parte_A.pdf>. Acesso em: 28 
mov. 2018.
SOUZA, J. P. et al. Desenho técnico arquitetônico. Porto Alegre: Sagah, 2018.
19Planta baixa: conceito, traçados básicos e hierarquia de planos
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