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Aula 3 Representação Gráfica Arquitetônica Auxiliada por meios Digitais

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/
Projeto Assistido por Computador
Aula 3: Representação Grá�ca Arquitetônica Auxiliada por
meios Digitais
Apresentação
Esta aula apresentará o passo a passo para a representação de projeções ortogonais em planta, a partir de um caso
exemplar com �ns didáticos. Daremos início ao conteúdo com uma breve conceituação e caracterização das plantas
usadas para desenhar os planos horizontais de uma edi�cação.
O objetivo desta aula é fazer você conhecer as normativas e convenções utilizadas na produção de desenhos técnicos
com o software AutoCAD® 2016. Ao �nal, estará apto a desenvolver e compreender uma planta arquitetônica, que servirá
ainda de base para o conteúdo a ser exposto na Aula 4. Você aprenderá ainda o passo a passo necessário para produzir
uma planta, quais e como os elementos construtivos devem ser representados e que comandos do software nos auxiliam
nesse processo.
Bons estudos!
Objetivos
Ilustrar o passo a passo para a representação de projeções ortogonais em planta;
Descrever o conceito e as características das plantas úteis no desenho dos planos horizontais de uma edi�cação;
Apontar as normativas e convenções empregadas na produção de desenhos técnicos com o software AutoCAD®.
Premissa
Esta unidade tem como objetivo apresentar ao aluno o passo a passo para representação de projeções ortogonais em
planta, a partir de um caso exemplar com �ns didáticos. Inicialmente, faremos uma breve conceituação e caracterização
das plantas utilizadas para desenhar os planos horizontais de uma edi�cação.
Segundo Oberg (1977), planta é:
/
"A seção que se obtém fazendo passar um plano horizontal paralelo ao plano de piso
a uma altura tal que o mesmo venha a cortar as portas, janelas, paredes etc., e assim
ficam bem assinaladas todas as particularidades da construção."
- OBERG,1977
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Montenegro (1997) é ainda mais preciso ao de�nir que a planta é a representação do plano horizontal que corta uma
edi�cação entre 1,20m e 1,50m de altura, admitindo-se a remoção da parte superior para visualização apenas do que
está abaixo dessa linha de corte horizontal, conforme ilustra a Figura 1.
 Figura 1: Planta de uma residência, com a representação de todos os seus elementos construtivos (paredes, pisos, esquadrias etc.), cotas lineares, cotas de nível, nomenclatura
de ambientes, demarcação de cortes e blocos de peças sanitárias. | Fonte: Os autores (2019).
Há alguns anos, era comum ouvirmos a expressão planta baixa, que caiu em desuso e passou a ser substituída por
simplesmente planta. Em projetos com mais de um pavimento, a nomenclatura empregada para cada uma das plantas
traz a identi�cação do pavimento a que se refere.
Exemplo
Planta do pavimento térreo, planta do primeiro pavimento, planta do pavimento tipo (no caso de prédios de múltiplos andares
com a mesma con�guração interna) etc.
A planta é usada para representar elementos de vedação vertical – constituída por materiais como alvenaria, madeira,
gesso etc. –, esquadrias (portas e janelas), escadas, rampas, guarda-corpos, estruturas (pilares, vigas e lajes), entre
outros.
/
Além da representação grá�ca desses elementos construtivos, existem informações complementares necessárias ao
entendimento do projeto e, por consequência, à correta construção dele. Essas informações dizem respeito ao
dimensionamento de ambientes (cotas lineares), à identi�cação dos níveis de piso (cotas de nível), às especi�cações
técnicas textuais (linhas de chamada), à humanização de ambientes (blocos/layout) e às diversas simbologias
convencionalmente empregadas para tornar o desenho legível, conforme ilustra a Figura 2.
 Figura 2: Planta de uma suíte com a representação de seus elementos construtivos: paredes de alvenaria e esquadrias. Estão indicadas todas as informações complementares
necessárias à compreensão do projeto, tais como o nome e a área de cada ambiente, as cotas de nível, as cotas lineares e as peças sanitárias do banheiro. Repare que as linhas são
diferenciadas pelo tipo de traço (contínuo e tracejado) e pela espessura (mais grossa para representar a alvenaria; mais fina em elementos mais distantes do plano de corte – como
as linhas de piso e nos textos). | Fonte: Os autores (2019).
Existem diferentes tipos de plantas, cada uma representando determinada instância da edi�cação. Pensemos nesta última
de forma semelhante ao zoom de uma câmera fotográ�ca. Imagine que você está sobrevoando o seu bairro e chega ao
quarteirão onde está localizada a sua casa. Além dela, você avista também a dos seus vizinhos e as ruas próximas. A essa
planta damos o nome de planta de situação. Ela é a representação em plano horizontal do lote em relação ao quarteirão
no qual se insere, indicando suas dimensões, a forma dos lotes adjacentes, as ruas que o delimitam e a orientação
geográ�ca.
/
Para construções de pequeno porte, como residências unifamiliares, costuma-se adotar a escala de 1:500. Em áreas
maiores, essa escala pode ser reduzida a 1:1000 ou 1:2000, desde que se mantenham legíveis as informações mínimas
anteriormente descritas (dimensões, lotes, quarteirão e ruas). Nas plantas de situação não há demarcação da edi�cação,
mas, sim, do lote onde ela será implantada, hachurado como na Figura 3.
 Figura 3: Planta de situação da casa ilustrada na Figura 1, com o terreno hachurado e destacado dos demais lotes que compõem a quadra. O quarteirão e os lotes apresentam
numeração de acordo com o projeto urbanístico do loteamento. As ruas são nomeadas, e a orientação solar é dada a partir do símbolo do Norte, ao lado direito do desenho. |
Fonte: Os autores (2019).
Agora se aproxime um pouco mais e faça um “recorte” do quarteirão, referente à porção do terreno da sua casa. Assim,
você passará a enxergar apenas aquilo que está contido dentro do perímetro de seu terreno e sua relação com as ruas
confrontantes:
Se for um lote de meio de quadra,
muito provavelmente terá apenas a
rua da frente. 
Se for um lote de esquina, duas serão
as vias desenhadas, e assim por
diante.
Atenção
E não se esqueça de que a rua é composta pelo leito carroçável, onde passam os veículos, motorizados ou não, e as
calçadas, destinadas aos pedestres, incluindo os eixos de passagem e possíveis canteiros.
/
A representação desses elementos é somada ao desenho do contorno da edi�cação sobre o lote. Essa peça grá�ca,
chamada de implantação ou planta de locação, representa a edi�cação inserida no lote e tem como objetivo a marcação
do perímetro a ser construído no canteiro de obras. Por isso, é de extrema importância que essa planta seja devidamente
cotada para que se respeitem os afastamentos mínimos em relação às testadas do lote e a máxima ocupação permitida,
conforme ilustra a Figura 4.
 Figura 4: Implantação da residência ilustrada nas figuras 1 e 2 desta aula. São desenhados os limites do terreno e os muros de divisa, a rua e a área a ser construída
(hachurada). Esta planta serve para a demarcação da edificação no lote. | Fonte: Os autores (2019).
A partir da implantação, derivamos a próxima peça grá�ca: a planta de cobertura. Agora estarão traçados todos os
elementos que compõem a vedação superior da sua casa. Sabemos que as coberturas podem ser executadas com as
mais diversas técnicas e materiais.
No Brasil, são populares os telhados cerâmicos, devido ao seu bom desempenho térmico. Em geral aparentes, esses
telhados também têm sido executados com telhas de concreto. Além dos telhados aparentes, são comuns telhados
embutidos em platibandas, nos quais se usam telhas de menor inclinação (entre 5 e 15%), como as metálicas e de
�brocimento. Existem ainda as lajes impermeabilizadas e os tetos-jardins, que, além de cobrirem o interior das edi�cações,
permitem o uso desses espaços.
/
A planta de cobertura é uma vista superior externa da edi�cação, no qual são representados todos os planos de lajes ou
telhados, indicação da torre de caixa-d’água, tipo e inclinação da telha, sentido da queda de água, locação dos rufos,calhas, cumeeiras, águas-furtadas, espigões e beirais, conforme ilustra a Figura 5.
 Figura 5: Planta de cobertura da residência utilizada nas figuras anteriores. Neste caso, temos a representação de um telhado de fibrocimento embutido em platibanda. As
platibandas têm alturas diferentes, marcando cada um dos volumes que compõem a casa. Para cada área delimitada pelas platibandas, é indicado o material da telha, a inclinação e
o sentido da declividade. | Fonte: Os autores (2019).
No caso de construções com beirais, o perímetro da edi�cação é indicado com linha tracejada sobre o plano de cobertura.
Em plantas de cobertura, costuma-se adotar a mesma escala da planta, ou seja, 1:50 ou 1:75. No entanto, em coberturas
de menor complexidade, pode-se adotar a escala de 1:100, desde que seus elementos compositivos estejam legíveis e
contendo as informações mínimas necessárias à correta execução da cobertura.
Finalmente chegamos ao interior da edi�cação e retornamos ao conceito de “planta baixa”, da qual derivam todas as
plantas utilizadas na execução dos projetos complementares, a exemplo das plantas de locação de pilares, de fôrmas, de
pontos elétricos etc. Observe a Figura 6.
/
 Figura 6: Projeto estrutural: planta com locação de pilares e vigas de uma edificação. | Fonte: Os autores (2019).
Basicamente, para a produção de plantas, bem como das demais peças grá�cas, precisamos de linhas horizontais,
verticais, diagonais, em arco etc., as quais irão compor todas as informações de um desenho técnico, sejam elas grá�cas
ou textuais.
/
 Atividade
1. (Prova Desenhista/Projetista – SAEG – VUNESP – 2015) Entre as peças grá�cas que compõem um projeto de
arquitetura, a vista superior do plano secante horizontal, localizado a, aproximadamente, 1,50m do piso em referência, é
denominada:
a) planta de edificação.
b) fachada.
c) planta de situação.
d) elevação.
e) planta de locação.
A Linha | Tipos, Traços, Escalas
Antes de iniciar o desenho, retomaremos as normativas referentes aos diversos tipos de linhas e traços utilizados na
confecção de plantas de arquitetura. A NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Largura de
linhas estabelece uma série de tipos de linhas, com variações de espessura e traçado, diretamente relacionadas à sua
aplicação. Para desenharmos uma planta arquitetônica, as principais são apresentadas na Figura 7.
 Figura 7: Tipos de traçado, denominação, aplicação e espessura de linhas frequentemente empregadas na representação de projetos. | Fonte: ABNT (1994), adaptada pelos
autores.
Na medida em que o desenho técnico se torna mais habitual, você irá acostumar-se a essa normalização. Mais do que
memorizar valores e aplicações, é importante compreender a lógica da hierarquização de linhas, conforme apresentada
por Xavier (2011):
/
"Traço forte: As linhas grossas e escuras são utilizadas para representar, nas plantas e
cortes, as paredes e os elementos estruturais (pilares, vigas, lajes) interceptados pelo
plano de corte.
Traço médio: as linhas de espessura médias, representam elementos em vista,
ou seja, tudo que esteja abaixo (planta) ou além (cortes) do plano de corte, como
peitoris, soleiras, mobiliário, ressaltos no piso, vãos de aberturas, paredes em
vista etc. Também são utilizadas para representar elementos seccionados de
pequenas dimensões, tais como marcos e folhas de esquadrias.
Traço �no: as linhas �nas são utilizadas principalmente para representar
hachuras e texturas, tais como as que representam os elementos de concreto e
madeiras, e as que representam os pisos e paredes revestidas, por exemplo, com
pedras e cerâmicas. Também são utilizadas para representar as linhas de cotas
e de chamadas."
- XAVIER, 2011
Tipos e traços
Como vimos, uma planta representa todos os elementos que estão abaixo de uma linha imaginária posicionada entre
1,20m e 1,50m de altura. Esses elementos são desenhados com linhas contínuas. As espessuras serão atribuídas às
linhas em função da proximidade que os elementos por elas representados estão em relação à nossa linha imaginária de
corte:
Quanto mais próximo, mais grossa, e quanto mais distante, mais
�na.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Veja, na Figura 8, o exemplo de um sobrado apresentado em perspectiva. A planta é gerada a partir de um corte horizontal
feito sobre o objeto arquitetônico. Todos os elementos cortados, como a alvenaria, as janelas e portas, serão
representados com linhas mais espessas. Note, porém, que temos materiais distintos para cada um desses elementos.
Entre eles, a alvenaria – hachurada na perspectiva – é aquela que irá adquirir a maior espessura. Além dos elementos
cortados, temos ainda os que estão em vista, situados em um plano abaixo de 1,50m, como as linhas de piso. Logo, as
linhas empregadas para a representação desses elementos serão também mais �nas.
/
 Figura 8: Derivação da planta a partir do objeto tridimensional. Elementos cortados são desenhados com espessura de linha mais grossa; para aqueles em vista, no entanto,
são usadas linhas mais finas. | Fonte: Adaptada de AulasCAD.com. Disponível em: http://www.aulascad.com/wp-content/uploads/2012/02/Figura-1-planta-baixa.jpg.
Repare ainda na mesma ilustração que temos uma “fatia” da casa que �cou de fora, pois está situada acima da nossa
linha de corte. Todos os elementos contidos no pavimento térreo dessa porção removida serão representados em linha
tracejada, como os degraus da escada acima de 1,50m, vigas e beirais. Já aqueles que se encontram no pavimento
superior serão desenhados na planta corresponde ao mesmo.
/
 Atividade
2. As linhas indicadas por A-A, B-B, C-C, D-D e E-E, representadas na planta a seguir, representam:
a) eixos estruturais.
b) linhas de cotas.
c) linhas de cortes.
d) lajes da casa.
e) indicação de fachadas.
/
3. (Prova Arquiteto – AL-MT – FGV – 2013) O tipo de linha empregado para representar, em planta, uma esquadria de
janela cuja base se situa a 2,20m do piso é:
a) o traço e ponto.
b) a linha contínua.
c) a linha pontilhada.
d) a linha sinuosa.
e) a linha tracejada.
Representação de Elementos Construtivos
Embora tenhamos a facilidade de utilizar softwares como meio de representação grá�ca, há convenções do desenho
manual que permanecem, de modo que a leitura do projeto se mantenha a mesma. Vamos retomar algumas delas, já
introduzindo alguns comandos básicos de AutoCAD® necessários à sua execução.
O primeiro e mais frequente elemento construtivo presente nos projetos de Engenharia é a alvenaria. Convencionou-se sua
representação como duas retas paralelas, cuja espessura varia em função do tipo de bloco usado. Em desenhos de maior
escala, e consequentemente, maior nível de detalhes, é comum encontrarmos, para além das linhas-limites da alvenaria,
também as linhas representativas de emboço, reboco e revestimentos. No entanto, ainda existem outros tipos de
materiais e técnicas usados para executar as vedações verticais de um edifício.
A Figura 9 mostra algumas delas. Note que a diferenciação também pode basear-se na hachura interna. Ao �nal desta
aula, aprenderemos a inserir hachuras.
 Figura 9: Tipos de parede e suas diferentes representações gráficas. | Fonte: Xavier (2011).
Lembre-se de que as diferentes espessuras de linhas adotadas na representação das vedações verticais têm relação não
apenas com o material do qual elas são feitas, mas também com as respectivas alturas.
/
1
Paredes em corte
Têm um traço mais grosso
2
Paredes em vista, abaixo da linha de corte
São desenhadas com traços mais �nos
3
Paredes cujas arestas não são visíveis
Sobrepostas por elementos como bancadas, por
exemplo, além do traço mais �no, solicitam o uso de linha
tracejada
A Figura 10 ilustra um exemplo de paredes custas arestas não são visíveis:
 Figura 10: Hierarquia de linhas para diferenciar alturas de paredes e contornos não visíveis. | Fonte: Xavier (2011).
Além das paredes, também temos elementos de piso cujas linhas, em geral, são as mais�nas do desenho, por estarem
distantes do plano de corte. Novamente adotamos aqui dois padrões de hachuras que indicam modelos de piso distintos.
A especi�cação das dimensões, do fabricante e dos rejuntes compete ao chamado projeto de paginação, desenvolvido
pelo arquiteto ou pelas lojas representantes. A partir desse projeto, faz-se o quantitativo de áreas e elabora-se o
orçamento.
/
O terceiro elemento construtivo cuja atenção às especi�cações técnicas é de extrema importância para a correta
execução em canteiro são as esquadrias – portas e janelas que podem ser executadas em alumínio, madeira, ferro e PVC.
Existe um projeto especí�co para o detalhamento de esquadrias, mas qualquer planta arquitetônica deverá representar
�elmente ao menos o sistema de abertura, as dimensões e o material do qual são feitas.
Veja que, no exemplo da Figura 11, não temos informadas as dimensões da porta; no entanto, sabemos que se trata de
uma porta de abrir. O mesmo acontece com a janela: a linha tracejada indica um peitoril alto. Na etapa de projeto
executivo, essas esquadrias receberão uma legenda contendo tais informações, apresentadas nos chamados Quadros de
Esquadrias.
 Figura 11: Elementos de piso solicitam o uso do traço mais fino. | Fonte: Os autores (2019).
Agora que retomamos alguns elementos construtivos e normas gerais de desenho técnico, podemos dar início à
apresentação dos procedimentos para produzirmos uma planta em AutoCAD® 2016. Abra o software e, na tela inicial,
clique no ícone Start Drawing.
Antes de começar o desenho, criaremos layers (camadas) para formar grupos de elementos com atributos semelhantes.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
"A organização do desenho em camadas possibilita uma série de operações que
facilitam sobremaneira o processo de representação. Além de facilitar o desenho, a
sobreposição de camadas (que podem a qualquer momento ser ligadas ou
desligadas, bloqueadas e desbloqueadas) permite representar-se sobre uma mesma
base, como a planta de uma edificação, diversos temas referentes a esta edificação.
/
Assim, por exemplo, pode-se sobrepor informações dos diversos projetos
complementares, verificando-se as compatibilidades e os reflexos de uns sobre os
outros."
- XAVIER, 2011
Criar e/ou modi�car as propriedades dos layers
Para criar e/ou modi�car as propriedades dos layers, vá na aba Home e clique no comando Layer Properties. Uma nova
janela será aberta, na qual você verá a relação de todos os layers do seu desenho. Os layers são diferenciados por:
1
Nome
Name
2
Cor
Color
3
Tipo de linha
Linetype
4
Espessura de linha
Lineweight
As demais propriedades dizem respeito à visualização e ao congelamento deles na área de trabalho, bem como à
impressão. Por enquanto, daremos atenção apenas às propriedades pertinentes ao desenho na guia Model.
Acompanhe, na Figura 12, o layer Linha 1, ao qual foi atribuída a cor verde (green).
/
 Figura 12: Criação de layers para estabelecer tipos de linha. | Fonte: AutoCAD® 2016.
Ao lado, em Linetype, vemos especi�cado Continuos, ou seja, a linha aqui usada é contínua. Se clicarmos sobre esse
campo, a janela Select Linetype será aberta com outras opções de linhas, conforme reproduzido na Figura 13.
 Figura 13: À esquerda, especificação de Linetype. | Fonte: AutoCAD® 2016.
Veja que temos dois tipos de linha além daquele selecionado (em azul), sendo que uma é tracejada (DASHEDX2) e a outra
do tipo traço e ponto (ACAD_ISO04W100). Você pode carregar mais opções, clicando no botão Load, que, por sua vez,
abrirá uma nova janela, conforme ilustra a Figura 14.
/
 Figura 14: À direita, carregando outras Linetypes. | Fonte: AutoCAD® 2016.
Selecione o tipo de linha desejada de acordo com sua atribuição.
Exemplo
Se for criado um layer chamado Linha de Corte, no campo Linetype, deve-se selecionar algum modelo de linha do tipo traço e
ponto, para que atendamos às normas de desenho da ABNT.
Especi�car a espessura da linha
Uma vez de�nido o traçado, será necessário especi�car a espessura da linha. Você irá retomar essas especi�cações ao
fazer as con�gurações de plotagem. Aqui, porém, já iremos preestabelecer a hierarquia de linhas do desenho.
Na Figura 12, no campo Lineweight, temos selecionada a opção Default, ou seja, uma espessura padrão, que você pode
con�gurar ou adotar aquela preestabelecida pelo software. Ao clicar nesse campo, a janela ilustrada na Figura 15
aparecerá para que você de�na a espessura das linhas daquele Layer.
/
 Figura 15: Janela Lineweight, usada para definir a espessura das linhas de um Layer. | Fonte: AutoCAD® 2016.
Embora possamos criar um layer para agrupar elementos semelhantes, que, como consequência, solicitarão tipos e
espessuras de linhas próprios, também podemos con�gurar as linhas individualmente. Ao clicar sobre qualquer linha no
seu ambiente de trabalho, aparecerá, ao lado esquerdo, a Barra de Propriedades, contendo todas as informações sobre o
elemento selecionado.
/
Caso essa barra não apareça automaticamente, vá no comando Properties, como mostra a Figura 16, e clique na seta do
canto inferior direito da janela aberta. Por meio dela, é possível modi�car o tipo de traço e a espessura da linha, da polilinha
ou do objeto selecionado, pois aqui temos os mesmos atributos encontrados na janela de Layers. Também podemos
selecionar um grupo de linhas e modi�cá-las de uma só vez, adotando o mesmo procedimento.
 Figura 16: Alteração do tipo de traço de uma linha selecionada a partir da Barra de Propriedades. | Fonte: Desenho dos autores, feito em AutoCAD® 2016.
/
Atividade
4. (Prova Arquiteto – EBSERH – INSTITUTO AOCP – 2015) Analisando a �gura a seguir e de acordo com as normativas de
Desenho Técnico De Projeto Arquitetônico, quais são os erros de representação grá�ca?
a) A representação não apresenta o nome nem a área dos ambientes.
b) A simbologia para indicação de portas e janelas está invertida nessa planta.
c) As linhas de indicação de corte devem ser sempre contínuas e não tracejadas.
d) A indicação de nível do ambiente é feita com simbologia utilizada para cortes, e não para plantas.
e) As linhas em projeção indicam sempre a presença de um elemento em nível inferior ao nível da planta.
/
5. (Prova Desenhista – TJ-RS– FAURGS – 2012) A questão refere-se à tabela a seguir, que apresenta a con�guração de um
arquivo para impressão:
Para criar três layers com o objetivo de representar, em uma planta em desenho técnico, as paredes cortadas, os degraus
de uma escada em vista e a projeção da cobertura acima do plano de corte, quais os melhores itens a serem utilizados,
respectivamente?
a) Itens A, B e C.
b) Itens C, B e A.
c) Itens F, B e H.
d) Itens H, D e A.
e) Itens E, F e G.
Notas
Referências
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas -
Larguras das linhas. 1984.
 
CHING, F. Técnicas de construção ilustradas. 2. ed. São Paulo: Bookman, 2001.
 
MONTENEGRO, G. Desenho Arquitetônico. 3. ed. São Paulo: Blücher, 1997.
 
XAVIER, S. Apostila de Desenho Arquitetônico. Universidade Federal do Rio Grande – Furg – Escola de Engenharia – Núcleo de
Expressão Grá�ca, 2011. Disponível em: http://www.pelotas.com.br/sinval/Apostila_DA_V2-2012.pdf. Acesso em: fev. 2017.
Próxima aula
Representação de elementos construtivos;
Passo a passo para a elaboração de uma planta;
Estudo de caso.
Explore mais
/
Leia os textos:
NBR 6492 – Representação de projetos de arquitetura; <https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-6492-
representacao-de-projetos-de-arquitetura>
Aula da Estácio de Desenho para Arquitetura II. <http://www.monasterio.com.br/CleliaBlog/2017/1oSEM2017/DA2/DA2-
2017-1-aula4.pdf>
https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-6492-representacao-de-projetos-de-arquitetura
http://www.monasterio.com.br/CleliaBlog/2017/1oSEM2017/DA2/DA2-2017-1-aula4.pdf

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