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Componente curricular: SOCIOLOGIA - 2º ANO Professora: LEILA MARIA SCHEID JOCHIMS – WhatsApp (65) 98466-4216 Estudante: ...........................................................................Turma:......................... Pais ou responsáveis: .............................................................................................. ATIVIDADES SOCIOLOGIA DO 6º BIMESTRE – (26/05 à 16/07/2021) CRITÉRIOS AVALIATIVOS Atenção ao uso correto da pontuação e uso da norma culta; Coesão e coerência ao responder as questões (é necessário que estejam relacionadas com o tema e que atendam às perguntas); Responder as questões com caneta azul ou preta no próprio roteiro ou numa folha de caderno. Se estiver online, fazer no caderno e enviar a atividade. Observação: Estabeleça horários de estudo em locais calmos e sem distração, e lembre-se, o(a) professor(a) é um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, mas a sua dedicação e interesse são fundamentais também para seu aprendizado. DIA / SEMANA 1ª SEMANA - 1 aula CONTEÚDO / OBJETOS DO CONHECIMENTO Conceito de Democracia COMO ESTUDAR ESTE TEMA, ONDE PESQUISAR? Fazer com atenção a leitura do texto e a atividade que está na sequência. ATIVIDADE TEXTO I Democracia O conceito de democracia como "poder do povo" surgiu na Grécia antiga, aproxima damente no século V a.C. O termo demokratia é composto dos vocábulos demos, "povo", e kratos, "poder". A democracia é, assim, um regime politico que pressupõe a existência de um governo direto ou indireto da população mediante eleições regulares para os cargos administrativos do país, do estado ou do municipio. No entanto, o exato significado de "poder do povo" depende do período histórico e da sociedade que se tem como referência, assim como de diferenças conceituais e ideológicas. Por exemplo, ao longo da história, o atributo de cidadão já foi exclusivo de proprietários de terras, de homens brancos, de homens letrados, de homens e mulheres adultos etc. Em nossos dias, existem diferentes concepções de democracia presentes na sociedade. Há os que defendem a ideia de democracia como algo que diz respeito apenas à esfera política (votar e ser votado, por exemplo). Outras a aplicam também a áreas da vida econômica (como participar na definição do orçamento público de certa localida social (decidir sobre leis que tratem da vida privada, como questões ligadas à sexualidade ou à reprodução, como ocorre em relação ao aborto), cultural (opinar sobre que aparatos de cultura, como teatros e cine mas, e de lazer, por exemplo, parques e praças, serão instalados, em que quantidade e onde). Essas diferenças indicam que as concepções de democracia sofrem influência de dife rentes matizes ideológicos. Nas sociedades em que a participação popular nas decisões governamentais é significativa, o alcance da ideia de democracia perpassa as diferentes esferas da vida social. Há ainda casos de nações que pretendem impor seu sistema de democracia a outros povos, como ocorre nas intervenções armadas estadunidenses em outros países. Quais seriam, então, as caracteristicas necessárias para um governo democrático? É bastante difundida, em nossa sociedade, a ideia de que todos os individuos devem ter direitos e deveres iguais, quaisquer que sejam sua classe social, seu gênero, sua etnia. Mas o que parece tão óbvio é, na verdade, um dilema das sociedades contemporâneas e uma luta de diversos segmentos, que buscam reconhecimento e aceitação, bem como o atendimento de seus interesses. O conceito de povo como coletividade que compartilha direitos e deveres conside rados essenciais surgiu no periodo histórico denominado Idade Contemporânea (que começa com a Revolução Francesa, no fim do século XVIII). A partir do momento em que os seres humanos passam a ser vistos como juridicamente iguais é que se pode pensar em democracia, em um governo de todos, "do povo, pelo povo e para o povo". A democracia, no entanto, não foi o sistema politico predominante na história. Desde sua formulação, em Atenas, até o século XIX, poucos governos a adotaram e, nos últimos séculos, a ampliação da participação popular sempre ocorreu em resposta à luta dos diferentes grupos excluidos do processo de tomada de decisão politica. Portanto, ela sempre foi uma conquista das sociedades, não uma concessão das classes dominantes. TEXTO II Como podemos perceber o quadrinho acima se refere a Democracia, que vem sendo ameaçada no nosso país, toda vez que o governo deixa de atender às necessidades do povo. Corrupção, autoritarismo, preconceito, discriminação, privilégios, desigualdade, injustiça são alguns exemplos de acontecimentos que maltratam a democracia. Entretanto cabe a nós valorizarmos a Democracia e lutarmos para que ela se torne plena, cobrando os políticos, exigindo nossos direitos, cumprindo nossos deveres. A democracia só se estabelece no país quando tomamos consciência de que somos responsáveis pela sua manutenção por meio do voto, do cumprimento de nossos deveres, e da defesa do bem comum, da liberdade, da justiça e da igualdade entre todos os cidadãos. RESPONDA: 1) Quais fatores podem prejudicar um processo democrático? 2) Assinale uma alternativa abaixo que mostra como podemos contribuir para que a democracia se estabeleça no nosso país após tomarmos consciência de que somos responsáveis pela manutenção da democracia: a) Cobrando os políticos porque eles são os únicos responsáveis pela manutenção da democracia. b) Torcendo para que a justiça fiscalize quando o governo deixar de atender às necessidades do povo. c) Votando, cumprindo os deveres, e defendendo o bem comum, a liberdade, a justiça e a igualdade. d) Votando e esperando que os políticos mantenham a democracia porque é função somente deles. DIA / SEMANA 2ª e 3ª SEMANA – 2 aulas CONTEÚDO / OBJETOS DO CONHECIMENTO Expressões históricas da Democracia COMO ESTUDAR ESTE TEMA, ONDE PESQUISAR? Fazer com atenção a leitura do texto e a atividade que está na sequência. ATIVIDADE Expressões históricas da democracia Somente a partir do século XX, a democracia passou a ser considerada por muitos um critério de legitimação da vida política. Ao longo de sua trajetória, o pensamento demo crático se modificou, incorporando e abolindo diferentes elementos. Desse modo, duas expressões da democracia, a direta e a representativa, tiveram lugar na história ocidental. Democracia Direta Na democracia clássica, em Atenas, todos aqueles que fossem considerados cida dãos podiam e deviam participar da criação e da manutenção de uma vida em comum. O demos (povo) era a autoridade soberana para exercer funções legislativas e judiciárias. Ou seja, a cidadania ateniense requeria a participação direta dos cidadãos nos assuntos da pólis (cidade). A virtude cívica, princípio de compromisso de todos os atenienses, implicava dedicação à cidade republicana e subordinação da vida privada aos assuntos públicos e ao bem comum. Nesse modelo, o conceito de cidadão está associado à participação, pois cada cidadão interfere direta mente nos interesses do Estado. Na prática, o exercício da democracia direta consiste na discussão, sem intermediários, das principais questões de interesse comum. Na Grécia antiga, as assembleias populares reuniam os cidadãos na ágora, praça pública onde se de liberavam leis, impunham-se sanções etc. Esse modelo, entretanto, dificilmente seria possível em comunidades mais numerosas do que as das cidades-Estado gregas, nas quais o conceito de "cidadão" era aplicado a um número restrito de pessoas. Democracia Representativa O conceito moderno de democracia repre sentativa surgiu com as revoluções burguesas da Europa, entre os séculos XVII e XIX, especialmente com os ideais iluministas de liberdade e primado da razão,bem como da independência dos Estados Unidos, no século XVIII. O pilar desse modelo é a noção de soberania popular, que se efetiva pelo exercício do voto. Além dela, outras instituições políticas foram criadas e se tornaram indispensáveis para caracterizar um regime como democrático: a separação dos poderes, o respeito às leis, a livre manifestação do pensamento e a cidadania. O modelo se caracteriza pela representação política. Na democracia representativa as deli berações coletivas não são tomadas diretamente pelos cidadãos, mas por pessoas eleitas para tal finalidade. A participação dos cidadãos é indireta, periódica, formal e se expressa por meio das instituições eleitorais e dos partidos políticos. Nas últimas décadas, em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, surgiram questionamentos ao modelo Ostracismo, uma prática da Grécia antiga Com atual significado de isolamento, exclusão ou podiam ser deportados. Utilizando de um pedaço de afastamento das próprias funções, a prática do ostra- cerâmica (ostraka, em grego), os cidadãos anotavam o cismo era uma forma de desterro na Grécia antiga. De nome da pessoa impopular para que ela fosse banida tempos em tempos, ocorria uma votação em que os por dez anos. Apesar da punição, não havia prejuízos individuos considerados uma ameaça à comunidade para o condenado no que se referia a direitos e bens. representativo, na medida em que, em muitos casos, os representantes eleitos pelo voto popular costumam agir em defesa de interesses de grupos dominantes. Democracia Participativa Em muitos paises ocidentais, como os da América Latina, a democracia representativa mostrou-se incapaz de fazer que os governos agissem de acordo com os interesses da maioria dos cidadãos. Então, a democracia participativa surgiu como alternativa de superação das deficiências do sistema representativo, já que os dois não são necessariamente antagônicos. Suas principais propostas buscam ampliar a participação cidadã nos assuntos públicos e reduzir a distância entre representantes e representados. Apesar de não ser amplamente adotada, a democracia participativa visa propiciar uma ação politica mais igualitária, baseada em grande número de grupos sociais, que, articulados em rede, contribuem para orientar as ações governamentais no sentido de atender às necessidades da maioria dos cidadãos. Um dos exemplos desse modelo de democracia é o orçamento participativo, que tem o intuito de sujeitar o uso dos recursos municipais à opinião pública. Por meio de reuniões comunitárias, prop tas são coletadas, prioridades são votadas e, com base nessas emendas, é elaborada a Lei Orçamentária Anual (LOA), que depois é encaminha da ao Poder Legislativo para votação. Nesse caso, a sociedade civil passa a preencher espaços que antes eram ocupados por uma elite burocrática, muitas vezes distante da realidade da população local e que atende a outros interesses. De acordo com o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, a democracia participativa é exercida por mecanismos que buscam ampliar a participação social. Essa maneira de atuação do cidadão procura superar falhas do modelo representativo, já que este se tornou um método de formação de governo quando deveria ser uma prática social que inserisse na politica os atores sociais excluídos. ATIVIDADE Para cada tipo de democracia (Direta, Representativa e a Participativa) faça uma tirinha ou um desenho que represente está forma de democracia conforme colocado na leitura das definições das expressões de cada uma, use sua criatividade!!! Faça numa folha de caderno e junte a este roteiro. DIA / SEMANA 4ª e 5ª SEMANA – 2 aulas CONTEÚDO / OBJETOS DO CONHECIMENTO Teoria da Democracia Moderna COMO ESTUDAR ESTE TEMA, ONDE PESQUISAR? Fazer com atenção a leitura do texto e a atividade que está na sequência. ATIVIDADE Teoria democrática moderna Em meados do século XVI, surgiu a ideia de autonomia do indivíduo, que deu origem ao individualismo e ao liberalismo político. A concepção de democracia que se desenvolveu com base nesses princípios assumiu um perfil bastante diferente daquele utilizado na Grécia antiga. Se antes a democracia estava diretamente ligada à ideia de igualdade, em sua nova versão passou a se relacionar primordialmente com a ideia de liberdade. Em decorrência dos ideais desenvolvidos naquele momento histórico, o principal dilema político fundamentava-se na limitação do poder do soberano (que às vezes se confundia com o próprio Estado) e na ampliação das liberdades individuais, como o direito a dispor da propriedade material e a defender-se judicialmente. Até hoje, grande parte do debate político tem como tema a defesa dos ideais liberais ou a crítica a eles. Teóricos da modernidade como Thomas Hobbes, John Locke e Jean Jacques Rousseau, divergem na sua concepção de melhor forma de governo, entretanto é extremamente relevante notar que sua discussão demonstra a racionalidade da discussão, ou seja, não falam de puro "achismo", mas defendem argumentativamente sua opinião. O texto abaixo "Uma discussão célebre"- sobre as Formas de Governo de Norberto Bobbio traz uma discussão contida no livro "História" de Heródoto. A discussão é fictícia, mas demonstra um elevado grau de conhecimento político dos gregos, já que nela discute-se as diversas formas de governo, especialmente três: monarquia (governo de um), oligarquia (governo de poucos) e democracia (governo de muitos). Uma Discussão Célebre “(...) na discussão referida por Heródoto, na sua História (Livro III, pag. 80-82), entre três persas- Otanes, Megabises e Dario - sobre a melhor forma de governo a adotar no seu país depois da morte de Cambises.” “(...) A passagem é verdadeiramente exemplar porque, como veremos, cada uma das três personagens defende uma das três formas de governo que poderíamos denominar de “clássicas” - não só porque foram transmitidas pelos autores clássicos mas também porque se tornaram categorias da reflexão política de todos os tempos (razão porque são clássicas mas igualmente modernas). Essas três formas são: o governo de muitos, de poucos e de um só, ou seja, “democracia”, “aristocracia” e “monarquia”. “Otanes propôs entregar o poder (...): ‘minha opinião é que nenhum de nós deve ser feito monarca’ (...). De que forma poderia não ser irregular o governo monárquico se o monarca pode fazer o que quiser(...) O governo do povo, porém, merece o mais belo dos nomes, “isonomia‘’; não faz nada do que caracteriza o comportamento do monarca. Os cargos públicos são distribuídos pela sorte; os magistrados precisam prestar contas do exercício do poder; todas as decisões estão sujeitas a voto popular." “Megabises, contudo, aconselhou a confiança no governo oligárquico: subscrevo o que disse Otanes em defesa da abolição da monarquia; quanto à atribuição do poder ao povo, contudo, seu conselho não é o mais sábio. A massa inepta é obtusa e prepotente; nisto nada se lhe compara. De nenhuma forma se deve tolerar que, para escapar da prepotência de um tirano, se caia sob a da plebe desatinada. Tudo o que faz, o tirano faz conscientemente; mas o povo não tem sequer a possibilidade de saber o que faz.” “(...) quanto a nós, entregaríamos o poder a um grupo de homens escolhidos dentre os melhores - e estaríamos entre eles. É natural que as melhores decisões sejam tomadas pelos que são melhores.” “Em terceiro lugar, Dario manifestou sua opinião (...). Entre as três formas de governo, todas elas consideradas no seu estado perfeito, isto é, entre a melhor democracia, a melhor oligarquia e a melhor monarquia, afirmo que a monarquia é superior a todas. Nada poderia parecer melhor do que um só homem - o melhor de todos; com seu discernimento, governaria o povo de modo irrepreensível; como ninguém mais, saberia manter seus objetivos políticos a salvo dos adversários. Numaoligarquia, é fácil que nasçam graves conflitos pessoais entre os que praticam a virtude pelo bem público (...) Por outro lado, quando é o povo que governa, é impossível não haver corrupção na esfera dos negócios públicos, a qual não provoca inimizades, mas sim sólidas alianças entre os malfeitores(...), até que alguém assume a defesa do povo e põe fim às suas tramas, tomando-lhes o lugar na admiração popular;(...) torna-se monarca.” “Numa oligarquia, é fácil que nasçam graves conflitos pessoais entre os que praticam a virtude pelo bem público (...) Por outro lado, quando é o povo que governa, é impossível não haver corrupção na esfera dos negócios públicos, a qual não provoca inimizades, mas sim sólidas alianças entre os malfeitores(...), até que alguém assume a defesa do povo e põe fim às suas tramas, tomando-lhes o lugar na admiração popular;(...) torna-se monarca.” Podemos perceber que ao final da leitura a intenção do autor foi realmente deixar o leitor pensativo e ponderar os prós e contras de cada um dos três tipos de governo. É uma leitura agradável e pouco extensa, ideal para uma reflexão sobre formas organização política de um estado. Com a leitura do texto “Uma Discussão Célebre” RESPONDA: 1) Qual a forma de governo defendida e criticada por Otanes? Coloque os argumentos usados para defender e criticar. 2) Qual a forma de governo defendida e criticada por Megabises? Coloque os argumentos usados para defender e criticar. 3) Qual a forma de governo defendida e criticada por Dario? Coloque os argumentos usados para defender e criticar. DIA / SEMANA 6ª e 7ª SEMANA – 2 aulas CONTEÚDO / OBJETOS DO CONHECIMENTO Teoria democrática contemporânea e a Democracia no Brasil COMO ESTUDAR ESTE TEMA, ONDE PESQUISAR? Fazer com atenção a leitura do texto e a atividade que está na sequência. ATIVIDADE Os "ratos" e os "queijos"... “Antigamente, lá em Minas Gerais, a política era coisa séria. Havia dois partidos com nome registrado, programa de governo e tudo mais. Mas não era isso que entusiasmava os eleitores. Eles não sabiam direito o nome do seu partido nem se interessavam pelo programa de governo. O que fazia o sangue ferver era o nome do bicho e correlatos pelo qual seu partido era conhecido. Em Lavras, os partidos eram os ‘Gaviões’ e as ‘Rolinhas’. Em Dores da Boa Esperança, onde nasci, eram os ‘Ratos’ e os ‘Queijos’. Os nomes diziam tudo. Ratos querem mesmo é comer o queijo. E o queijo quer mesmo é se colocar de isca na ratoeira para pegar o rato. [...] Como já disse, os eleitores nada sabiam dos programas de governo nem prestavam atenção nas promessas que eram feitas pelos chefões. Sua relação com seus partidos não era ideológica. Nada tinha a ver com a inteligência. Eles já sabiam que política não se faz com razão. Ganha não é quem tem razão. Ganha quem provoca mais paixão. O entusiasmo que tomava conta deles era igualzinho ao entusiasmo que toma conta do torcedor no campo. [...] Naqueles tempos o entusiasmo não vinha nem da ideologia nem do caráter dos coronéis. O que fazia o sangue ferver era o símbolo: ‘Eu sou Rato’, ‘Eu sou Queijo’. Corria o boato de que coronel Sigismundo, fazendeiro, chefe dos ‘Ratos’, usava jagunços para matar seus desafetos. Não surtia efeito. Era mentira deslavada dos ‘Queijos’. Corria o boato de que o doutor Alberto, médico rico, chefe dos ‘Queijos’, praticava a agiotagem. Mentira deslavada dos ‘Ratos’. Os chefões, na cabeça dos eleitores, eram semideuses, padrinhos, sempre inocentes. O que dava o entusiasmo era o campeonato. Quem ganharia? Os ‘Ratos’ ou os ‘Queijos’? Quem ganhasse a eleição seria o campeão, dono do poder, nomeações dos afilhados, até a próxima... Mais de oitenta anos se passaram. Os nomes são outros. Mas nada mudou. Política é a mesma paixão pelo futebol decidindo o destino do país. Os torcedores se preparam para a finalíssima entre os ‘Ratos’ e os ‘Queijos’. É como era na cidadezinha de Dores da Boa Esperança, onde nasci 73 anos atrás...” (Rubem Alves. “Os ‘ratos’ e os ‘queijos’...”) RESPONDA: 1. É possível comparar a política do interior de Minas Gerais de tempos atrás com o que acontece no Brasil de hoje? Por quê? 2. O autor afirma que nada mudou nos últimos 80 anos. Será que os partidos, o sistema eleitoral, as disputas e o cenário político permanecem semelhantes? O que mudou e o que não mudou durante esse período? Procure exemplos. 4) Democracia e o voto a) “Um homem, um voto — e a maioria decide”. Essa definição vale para a democracia atual? b) O modelo da democracia ocidental seria adequado para organizar politicamente as várias sociedades existentes no mundo, apesar da grande diversidade que se observa entre elas? DIA / SEMANA 8ª SEMANA – 1 aula CONTEÚDO / OBJETOS DO CONHECIMENTO ATIVIDADE COMPLEMENTAR CONTINUUM CURRICULAR 2020/2021 - 6º BIMESTRE COMO ESTUDAR ESTE TEMA, ONDE PESQUISAR? Fazer com atenção a leitura do texto e a atividade que está na sequência. ATIVIDADE MEMÓRIA: HISTÓRIAS QUE MORAM EM NÓS Felipe Lima foi um dos estudantes de Ensino Médio na rede pública entrevistados para o documentário Nunca me sonharam, dirigido por Cacau Rhoden. Foi essa fala dele que inspirou o título do filme. Ao pensar sua trajetória de futuro, seus sonhos, Felipe resgata sua história. Ao dizer que seus pais “não acreditavam que o pobre também pudesse ter conhecimento, ter inteligência”, Felipe sugere um perfil de sua origem familiar: uma origem humilde, que não abre espaço para os sonhos. Ele resgata de onde vem, ou seja, sua herança familiar, que acredita em um horizonte limitador, no qual “o máximo era terminar o Ensino Médio e arrumar um emprego”. Para ressignificar sua história, constata que, sim, é possível sonhar e ir além desse limite, isto é, ir em busca de se tornar aquilo que sonhar. A fala dele inspira reflexões. A mais evidente diz respeito à importância do resgate do que nos trouxe até este ponto: sem olharmos o que nos pertence como memória, não é possível comparar e (res)significar. Uma outra diz respeito à possibilidade de afirmar a própria voz e fazer escolhas, lançar as sementes de nossos sonhos em direção ao futuro. O texto traz a percepção dessa dupla direção do tempo: pensar sobre o que vem do passado e integra o que somos e sobre aquilo que foi plantado como semente do que virá. REFLITA E RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO: 1. Em sua fala, Felipe se refere a crenças de família que poderiam limitar sua ação, suas projeções, mas que ele transforma e vai além. a) O modo de os pais entenderem as possibilidades de Felipe revela a maneira de verem o filho e as condições da família. Explique essa afirmativa. b) Você acredita que a família tem papel decisivo nas escolhas de cada um? Por quê? c) Alguma outra pessoa ou instituição tem influência de peso equivalente nas escolhas que fazemos? Qual? Por quê? 2. Declara Felipe: “Eu aprendi a sonhar sozinho”. Na sua opinião, que características pessoais ele precisou ativar para chegar a esse aprendizado? 3. Pela fala de Felipe, em que tipo de atividade se concentram os sonhos que ele projeta para si mesmo? 4. Que movimento Felipe provavelmente teve de fazer para transformar seus sonhos em ação? Formule uma hipótese. 5. Compare sua realidade com o que sabe da realidade de Felipe. Explique as diferenças e semelhanças. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Sociologia : volume único : ensino médio / Silvia Maria de Araújo, Maria Aparecida Bridi, Benilde Lenzi Motim. -- 2. ed. -- São Paulo : Scipione, 2016. Bibliografia. 1. Sociologia (Ensino médio) I. Bridi, Maria Aparecida. II. Motim, Benilde Lenzi. III. Título. Os Contratualistas em questão: Hobbes, Locke e Rousseau. Prisma Jurídico,vol. 16, núm. 1, pp. 2-24, 2017. Disponível em: Universidade Nove de Julho https://www.redalyc.org/jatsRepo/934/93453803002/html/index.html#:~:text=Desse%20modo%2C%20o%20o bjetivo%20da,Rousseau%20%C3%A9%20preservara%20liberdade%20civil. Vários autores. Sociologia em movimento. 2. ed. - São Paulo: Moderna, 2016. Obra em volume único. Campos, Maria Tereza Arruda. Tecer o futuro : você, os outros, o mundo ao redor : Projeto de vida, volume único / Maria Tereza Arruda Campos.— 1. ed. — São Paulo : Saraiva, 2020. https://www.redalyc.org/jatsRepo/934/93453803002/html/index.html#:~:text=Desse%20modo%2C%20o%20objetivo%20da,Rousseau%20%C3%A9%20preservara%20liberdade%20civil https://www.redalyc.org/jatsRepo/934/93453803002/html/index.html#:~:text=Desse%20modo%2C%20o%20objetivo%20da,Rousseau%20%C3%A9%20preservara%20liberdade%20civil
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