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TICS semana 5

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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. 
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. 
Rodovia BR 343, Km 16 Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI 
86 33227314 | WWW.iesvap.edu.br 
TICS semana 5 – SOI III 
Aluno(a): Maria Seiane Farias Barros 
Terceiro período de medicina 
 
1. Quais os mecanismos de ação dos agentes antimicrobianos? 
Os antimicrobianos são fármacos que têm a capacidade de eliminar 
microrganismos diretamente (bactericidas) ou impedir a multiplicação/crescimento 
das bactérias (bacteriostáticos), por isso são utilizados para o tratamento de infecções 
causadas por esses agentes. Geralmente, eles não influenciam em funções do 
hospedeiro, já que possuem ação especifica sobre as células procarióticas. Além 
disso, os agentes antimicrobianos possuem vários mecanismos de ação, que incluem 
a inibição da síntese da parede celular, inibição da síntese de proteínas, inibição da 
síntese de ácidos nucleicos, danos à membrana plasmática ou inibição da síntese de 
metabólitos essenciais (Figura 1). 
 
Figura 1: Mecanismos de ação das principais drogas antimicrobianas. 
Fonte: Microbiologia. TORTORA et al. 
Primeiramente, tem-se que o mecanismo mais comum de combate às bactérias 
é pela interferência na síntese da parede celular. A classe mais comumente usada é 
dos β-lactâmicos (ex.: penicilinas, cefalosporinas e carbapenêmicos), os quais se 
ligam às proteínas ligantes de penicilina, inibindo a síntese da cadeia de 
peptideoglicano, que é o principal constituinte da parede celular. Essa ação irá ativar 
autolisinas que fazem a quebra da parede, culminando na morte da bactéria, 
 
 
FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. 
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caracterizando essa classe como bactericida. Outra categoria são os glicopeptídeos 
(vancomicina), que interagem com a extremidade D-alanina-D-alanina das cadeias 
pentapeptídicas laterais, inibindo a construção das pontes entre as cadeias de 
peptideoglicano das bactérias Gram-positivas, e, assim, interferem na síntese da 
parede celular. A vancomicina não é eficaz contra bactérias Gram-negativas, já que a 
molécula grande não consegue atravessar os poros presentes na membrana externa, 
então não se liga na cadeia. 
Em relação à classe dos polipeptídeos (bacitracina, gramicidina e polimixina B), 
eles afetam a permeabilidade da membrana da bactéria, pois permitem a passagem 
desordenada de íons através dessa. Por outro lado, quando os lipopeptídeos 
(daptomicina) se ligam à membrana citoplasmática, causam despolarização e 
interferem na manutenção do gradiente iônico, resultando em destruição da parede 
celular e morte da bactéria. 
O segundo mecanismo mais usado é o da inibição da síntese proteica, que é 
representado pelas classes dos aminoglicosídeos, tetraciclinas, oxazolidinona, 
lincosamida, macrolídeos e outros. Eles atuam sobre os ribossomos bacterianos 
seguindo basicamente o mesmo princípio, ligando-se à subunidade 50S ou à 30S, e 
assim, causando uma leitura errada do RNAm, bloqueando ligações ou tendo efeito 
sobre a translocação e transpeptidação. Com isso, possuem efeito bacteriostático. 
Vale ressaltar que o uso elevado desses antibióticos pode interferir na síntese proteica 
mitocondrial do hospedeiro, já que os ribossomos presentes na mitocôndria dos 
eucariotos são semelhantes aos encontrados na bactéria. 
Os inibidores da síntese de ácido nucleico são representados, principalmente, 
pelas classes dos quinolonas, fluoroquinolonas e rifampicina. A primeira e a segunda 
são quimicamente semelhantes e agem inibindo a topoisomerase IV (Gram-positivas) 
e a topoisomerase II (Gram-negativas), impedindo o super-enrolamento do DNA, o 
que afeta a transcrição e a replicação do DNA bacteriano. Já a rifampicina, liga-se a 
subunidade β do RNA polimerase, impedindo sua transcrição e, consequentemente, 
a síntese proteica. 
Os principais fámacos que atuam causando danos à membrana plasmática são 
as polimixinas. Elas interagem com os lipopolissacarídeos da membrana bacteriana, 
retirando moléculas de cálcio e magnésio, que são estabilizadores. Dessa forma, há 
aumento da permeabilidade e liberação de constituintes bacterianos, o que culmina 
na morte celular. 
 
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Por fim, o último mecanismo de ação envolve a inibição da síntese de 
metabólitos essenciais à bactéria, e é representado, principalmente, pelas 
sulfonamidas e trimetoprimas. Elas são bacteriostáticas e agem inibindo a síntese de 
folato por meio da atuação como análogos do PABA, um importante precursor do 
ácido fólico, que, por sua vez, auxilia na síntese de dos precursores do DNA e RNA 
bacterianos. 
Contudo, o uso desses fármacos deve ser feito de maneira eficiente, pois seu 
uso indiscriminado pode facilitar o surgimento de linhagens resistentes aos 
antimicrobianos. Visto isso, a resistência bacteriana pode se manifestar através de 4 
mecanismos: bloqueio da entrada do fármaco na célula, inativação da droga por 
enzimas, alteração nos seus sítios de ligação e o efluxo celular da mesma. Dessa 
maneira, vê-se a importância da escolha correta da terapêutica e da sensibilização da 
população acerca dos perigos da automedicação e do abandono ao tratamento. 
 
REFERÊNCIAS: 
 
LETOURNEAU, Alyssa R., M. D. Beta-lactam antibiotics: Mechanisms of action and 
resistance and adverse effects. UpToDate, 2019. 
 
MURRAY, P. R.; ROSENTHAL, K. S.; PFALLER, M. A. Microbiologia Médica. 8ª 
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 
 
NOGUEIRA, H. S. et al. Antibacterianos: principais classes, mecanismos de ação e 
resistência. Revista unimontes científica, v. 18, n.2, p. 96-108, 2016. 
 
TORTORA, Gerard J.; CASE, Christine L.; FUNKE, Berdell R. Microbiologia. 12ª 
Edição. Porto Alegre: Artmed Editora, 2017.

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