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Compensação 1 💹 Compensação Introdução Forma de pagamento indireto > extingue uma obrigação Relações jurídicas com a mesma pessoa: relação 1: A devedor e B credor relação 2: A credor e B devedor Mesmas pessoas, mas inverte-se a situação Duas pessoas com mais de uma relação perante a outra, com inversão de polos Pessoas → autonomia de vontade Múltiplas relações jurídicas com a mesma pessoa Possibilidade de ocorrer inversão dos polos: situação de relação creditícia e debitória simultânea 💡 Forma de extinção de obrigações, em que seus titulares são, reciprocamente, credores e devedores. Extinção acontecerá até o limite da existência do crédito recíproco, remanescendo, caso exista, o saldo em favor do maior credor Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem Espécies Legal Presentes os requisitos da lei, o juiz a reconhecerá (necessita de provocação) Reciprocidade entre as obrigações Troca dos polos Simultaneidade de obrigações, com inversão dos sujeitos em seus polos. Obrigações de mesma natureza jurídica Única exceção → fiador; é o único terceiro interessado, que poderá ser responsabilizado sem débito próprio. Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado vai se subrogar e vai poder cobrar única possibilidade como terceiro Liquidez das dívidas Identificação da expressão numérica das dívidas. Compensação 2 Caso não esteja liquidas, não há como falar em compensação legal Exigibilidade atual das prestações Prestação já precisa estar vencida Não ha que se falar em compensação de dívida futura Tanto uma, quanto a outra deve estar vencida se for convencional, ai não tem esse requisito Imediata exigibilidade da prestação. Salvo pela via convencional, não pode ser compensado um débito vencido com outro a vencer. Não obstam a compensação os chamados prazos de favor dilatação do prazo por mera liberdade do credor. Exemplificando: dívida vencida com concessão de prazo maior para pagamento nada impede a compensação do crédito com outra dívida vencida Fungibilidade dos débitos mesma natureza dar pecuniário X dar pecuniário mesma espécie da prestação precisam ter a mesma qualidade, não bastando ser do mesmo gênero Exemplo: qualidade de sacas de soja ou de feijão Convencional Decorrência direta da autonomia da vontade liberdade as partes vão assim estipular e definirem o que quiserem não SE exige os mesmos requisitos da compensação legal. Podem as partes vedar sua possibilidade Possibilidade de compensação de dívidas de naturezas completamente distintas. Obrigação pecuniária x obrigação de fazer, por exemplo Qual a vantagem? custos > bancários, tributários etc. Judicial Realizada em juízo Autorização de norma processual Compensação de honorários e despesas processuais Litigante vencedor e vencido simultaneamente credores e devedores quando tem a reconvenção. Atualmente há a vedação nesse sentido: Compensação 3 Art. 383 do CPC § 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial. Superada a Súmula 306, do STJ “Os honorários advocatícios devem ser compensados quando houver sucumbência recíproca, assegurado o direito autônomo do advogado à execução”. Impossibilidade de compensação Art. 373. A diferença de causa (motivo, origem) nas dívidas não impede a com-pensação, exceto: I -se provier de esbulho, furto ou roubo; afeta a propria validade da obrigação Ailicitude afeta a validade da obrigação. Impossibilita tanto a cobrança como, via reflexa, sua compensação. II -se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos; comodato = empréstimo de um bem infungível, ao final da utilização há a devolução do mesmo bem Aqui uma especificação, acarretando a infungibilidade da coisa. Logo, impossível a compensação legal. não pode ser compensado com outro bem, mas apenas com o mesmo > impossível compensação III -se uma for de coisa não suscetível de penhora. Importância de alguns bens que a norma processual obsta a sua penhora Art. 833. São impenhoráveis: rol do que não pode ser penhorável I -os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntá-rio, não sujeitos à execução; II -os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns corres-pondentes a um médio padrão de vida; III -os vestuários, bem como os pertences de uso pes-soal do executado, salvo se de elevado valor; IV -os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do deve-dor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º ; V -os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; Compensação 4 VI -o seguro de vida; VII -os materiais necessários para obras em anda-mento, salvo se essas forem penhoradas; VIII -a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; IX -os recursos públicos recebidos por instituições pri-vadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou as-sistência social; X -a quantiadepositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários- mínimos; XI -os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei; XII -os créditos oriundos de alienação de unidades imo-biliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra. Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas. Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe dever. não pode compensar com bem de terceiro; só pode se for fiador afasta qualquer possibilidade sobre compensação de terceiro compensar dívida (exceção ao fiador) Art. 378. Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar sem dedução das despesas necessárias à operação. se tem que entregar um cavalo a uma pessoa > para entregar vai ter despesa de frete > oneroso para ocorrer eventual compensação quando nao se pode compensar no mesmo lugar e tenha custos que precisam ser associados esse dispositivo fala que a divida é de x e os custos são y > tem que somar tudo para que realize a compensação ⚠ tem que ter uma sucessão de eventos para que possamos falar em compensação Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crédito deste, não pode opor ao exequente a compensação, de que contra o próprio credor disporia. não pode prejudicar terceiro se este estiver de boa-fé Aplicabilidade supletiva das normas da Imputação do pagamento Compensação 5 Art. 379. Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis, serão observadas, no compensá-las, as regras estabelecidas quanto à imputação do pagamento. regras: devedor que indica > credor que indica > mais onerosas > mais antigas > líquidas > juros > acessórios > principal Havendo várias dívidas a compensar: Observância da ordem estudada: Devedor indica Omissão →credor Omissão dupla →indicação legal. Dívidas mais onerosas Dívidas mais antigas e líquidas. Juros →acessórios →principal
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