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Direito Penal - Aulas 1º Semestre (2)

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Aula 01 - 26/02/2021
Dicas - Édison Santana
● Quem não lê, não escreve, Direito é um curso que exige disciplina e
desenvolvimento pessoal constante, leitura será fundamental e deve acompanhar do
início ao fim o curso, crie hábito, estude . Busque Sebos e Leituras em PDF, também
a biblioteca da faculdade como ponto de apoio.
● DESENVOLVA A LEITURA
● Aluno que faz prévias é um aluno inteligente, diferencial esamc.
● A Prévia serve como estudo, reforço do conteúdo, auxílio e incentivo de 20% da
nota. Elas podem ser por aula do assunto ou pré aula do assunto
● Não deixar e ouvir professores
● ATENÇÃO E CUIDADOS COM AS FACILIDADES E TEXTOS DA INTERNET
● Interdisciplinar - temas polêmicos para discussão e apresentação de trabalho. Em
formas de debate, simulando tribunal de júri, apresentado no teatro.
● Espírito esamc- vencedor, serenidade e competitividade. Fruto de resiliência e
esforço.
Aula Direito Penal - Marcelo Marcochi
Ao escolhermos o direito perdemos o direito de fazer escolha
No direito civil eu posso presumir algumas coisas.
exemplo - teste da, não posso negar a fazer, se eu nego sou considerado pai.
Direito penal eu não posso presumir.
exemplo - teste do bafômetro, posso negar fazer, não significa que estou bêbada, não
posso compor provas contra mim.
regras sociais - se você mora sozinho, faz o que quiser. mas a partir do momento que tem
mais 1 pessoa, você já precisa ter regras/lei sociais. são regras decididas pelo legislativo.
O Direito Penal é muito específico e é necessário levar em conta o princípio da taxatividade.
exemplo artigo 288 - mais que um envolvido em crime - se é só um crime não se enquadra
no artigo.
Constranger no direito penal é constranger com violência ou grave ameaça.
O mundo é relação pessoal, network.
o que vale é o que tá na lei
Primeiro semestre - legalidade
segundo semestre - Ilicitude
terceiro semestre - culpabilidade
quarto semestre - vida, patrimônio, honra
quinto semestre - adm publica(corrupçao,peculato), familia,(abandono material, bigamia)
falso -(falsidade material, falsidade idelogica)
sexto semestre - Leis especiais (drogas, lei seca) - curiosidade maconha tem planta macho
e a fêmea, se eu comprar a planta que não tem o thc (tetra hidro canabinol) se o nível não
causa dependência, não é crime.
sétimo semestre - processo penal.
2 semestres de prática, recursos e etc
Divisão provas e notas
P1 - todo conteúdo
P2 - todo conteúdo
Previa - questão para pesquisa,e discussão para a aula ao vivo
Interdisciplinar - trabalho escrito
Aula 02 - 05/03/2021
Princípios de direito penal
Princípios de direito penal: o direito penal e processual penal é influenciado e deve
respeitar os princípios constitucionais e infraconstitucionais. Um princípio é o
fundamento de uma norma que representa a base do estudo e da aplicação do direito.
Como fundamento, sempre que houver conflito entre a aplicação da LEI e o
princípio,devemos dizer que ocorre uma ilegalidade ou uma inconstitucionalidade.
Dizemos ilegalidade quando há violação à lei infraconstitucional. Contraria a LEI
Dizemos inconstitucionalidade quando ocorrer afronta ao princípio constitucional.
Contraria a CONSTITUIÇÃO.
Princípio: é fundamento, é base, é a parede de 5 metros com cimento e concreto, barreira
intransponível, se eu conflitar, gritar, opinar a parede não vai cair.
1 - Princípio da Legalidade: não há crime sem lei, nem pena sem previsão legal, o que
importa é o que está previsto na LEI.
Na dúvida use de bom senso.
2 - Princípio da anterioridade:a lei precisa ser anterior a prática da conduta.
3 - Princípio da irretroatividade: A LEI penal não retroage,significa que a LEI não pode ser
aplicada para trás.
EXCEÇÃO ATENÇÃO - A lei penal mais benéfica retroage.
Exemplo: LEI DO COVID, PERÍODO ESPECÍFICO, DEPOIS ELA RETROAGE.
Exemplo: adultério, era crime, e deixou de ser crime (abolição do crime) beneficiando quem
cometeu este crime na época.
Atividade próxima aula - Dia 12 / 03 / 2021
Aula 03 - 12/03/2021
Pesquisar e estudar a questão: Crime praticado durante lei temporária ou excepcional
, retroage?
As Leis temporárias e excepcionais continuam produzindo efeito, - em relação aos crimes
praticados durante a sua vigência- ainda que tenha havido a revogação dessas Leis.
Assim, ainda que sobrevenha uma lei mais benéfica, esta nova LEI não irá retroagir.
OBS: parte minoritária (1%) da doutrina e da jurisprudência entende que o Artigo 3º do
Código Penal não foi recepcionado pela constituição, com base no entendimento de que a
constituição não prevê exceção à retroatividade da LEI mais benéfica, logo não cabe ao
legislador infraconstitucional fazer qualquer exceção. (Se a constituição não permite, o
código penal não está autorizado.)
1 - Ultratividade- Ocorre quando a Lei é revogada e continua a regular fatos que ocorrem
enquanto estava vigente.
2 - Lei temporária - tem tempo para findar , já nasce com tempo para acabar, já tem o
período de sua duração pré estabelecido.
3 - Lei excepcional - não tem tempo de findar , ela vai vigorar até que as circunstâncias
que a exigem, perdurem ou deixem de existir, ela perdura. Ela não tem data. Ela vai durar
até o dia que a “guerra” a “pandemia” acabar, mas eu não sei a data.
As duas se aplicam a casos excepcionais e emergenciais
Estas Lei se revogam automaticamente.
A súmula 711 aplica-se neste caso.
Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Resposta
- Os crimes permanentes são aqueles em que a consumação se prolonga no
tempo,de modo que o momento consumativo também se estende.
- Nestes casos, se durante a consumação do crime sobrevém uma LEI mais
grave,esta LEI será aplicada.
Explicação
Se a LEI mudar durante a permanência do crime mesmo que a lei mude para pior aplica-se
a lei pior.
- Crime instantâneo - imediato, exemplo assassinato
- Crime permanente - crime que perdura, exemplo sequestro.
- Há crimes que se prolongam no tempo, exemplo: Posse de drogas.
- Nesta hipótese de crime permanente mesmo que venha uma lei mais grave a lei
mais grave se aplica.
- Um sequestro seguido de morte é o que chamamos de agravante, o ato inicial era
sequestrar mais agravou pra morte.
- Crimes mais graves, penas mais graves.
- Estudar caso Mizael Bispo.
Aula 04 - 19/03/2021
4 - Princípio da presunção de inocência: ninguém será considerado culpado antes do
trânsito em julgado da sentença penal condenatória, transito em julgado significa
sentença definitiva.
Analogia: Crime de calúnia é intuir a alguém um fato criminoso que ele não praticou.
Só posso ser considerado culpado depois do trânsito em julgado. Enquanto não for
transitado, eu não posso ser acusado de criminoso, e quem me acusa, pode ser acusado de
calúnia.
- Quando um crime é praticado é instalado um inquérito policial solicitado por um
delegado de polícia, quando encerra o inquérito policial ele é encaminhado por um
promotor de justiça e por juiz.
- Então dá-se início ao processo de conhecimento, identificar a responsabilidade
penal de alguém,esta ação do processo de conhecimento é de competência do juiz,
e ele se encerra com um sentença, que pode ser uma sentença absolutória
(absolvição) ou condenatória.
- Independente de ser absolvido ou não, o processo não se encerra com a sentença
de primeira instância.
- Após isso abre-se a 3ª fase de recursos, agregam-se novas sentenças de 2ª
instância (chamada de acórdão), e nesta fase de recursos é de responsabilidade dos
tribunais. (STJ e STF).
- Após esta segunda fase é que finaliza a sentença de trânsito em julgado que
significa sentença irrecorrível.
- Após este trânsito em julgado abre-se a 4ª e última fase, de execução da pena só
neste momento a pessoa pode ser presa.
- As etapas são Inquérito, processo, recurso, execução.
- Enquanto a sentença não transita em julgado, o cidadão é considerado
inocente, enquanto não transitar, não fui eu.
- Provas produzidas em audiência são o coração do processo.
5- Princípiodo Indubio pro réu : o benefício da dúvida deve servir sempre ao acusado
(favorece o réu). Essa determinação decorre do princípio da presunção de inocência, ou
seja, se enquanto não houver o trânsito todos são inocentes, havendo dúvida é natural que
ela seja decidida em favor do réu.
6- Princípio da humanidade da pena: de acordo com a constituição federal no artigo 5º -
Inciso XLV II - Constituição Federal / Constituição República: não ha pena de morte, “
exceto em casos de guerra declarada, como preve o codigo penal militar (pena de morte
executada por fuzilamento)”, nao ha pena de carater perpetuo, de trabalhos forçados, de
banimento, de natureza cruel, ou contrarias a dignidade da pessoa humana.
Quando o preso trabalha, ele paga a vitamina, paga o estado, e o que sobrar ele paga
a família.
Leitura dos artigos dentro dos códigos
Caput - cabeça do artigo (conteúdo)
§ cobrinha - parágrafo
Número romano - inciso
Letras - alínea
Aula 05 - 26/03/2021
7 - Princípio da ofensividade: para que uma conduta seja considerada criminosa não
basta que seja imoral, devendo ao menos provocar uma ameaça de lesão concreta ao
bem jurídico.
No direito penal a gente não julga o que é justo ou injusto, uma conduta para ser julgada no
penal tem que ser uma ameaça jurídica.
Exemplo prostituiçao: no brasil é uma conduta lícita e não ilícita. Mas com certeza muitas
pessoas consideram uma conduta IMORAL, mas ela sendo IMORAL não é suficiente para
que ela seja criminalizada. É necessário que haja ao menos uma ameaça ao bem jurídico.
Artigo 147 código penal - crime de ameaça.
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público(rua praia,gratuito, qualquer pessoa
pode ir, independente do lugar ou idade) ou aberto (shopping, parque, cinema,
estádio- lugares que tem custo respeita horários, tem condições específicas, aberto
com restrições) ou exposto ao público (local privado, reservado-sacada do predio,
garagem de casa, sacada) Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. Escrito ou
objeto obsceno.
8 - Princípio da Culpabilidade: a responsabilidade penal é individual, se basta na pessoa,
subjetiva, que depende do dolo "intenção" e da culpa (falta do dever de cuidado).
- Dolo é querendo ( jogo a pessoa da janela)
- A Culpa é sem querer (falta de cuidado, cautela)
No direito civil a responsabilidade é objetiva, solidária, que não depende do dolo ou da
culpa.
Exemplo 1 : Marcochi empresta carro para Renan, o Renan atropela Posoco , O Posoco
Morre, o MARCOCHI responde pelo homicídio? NÃO! O Renan responde pelo crime.
Os filhos do Posoco podem entrar com uma ação civil contra o MARCOCHI, porque o pai
não vai mais poder sustentar eles. ? SIM!
Porque Homicídio NAO, e CIVIL SIM?
Marcochi não responde por homicídio só pelo civil.
Renan responde por homicídio e crime civil.
O carro está no nome do Marcochi - é o nexo causal.
O Renan não está bêbado e tem CNH, ele atropela o Posoco, homicídio, lesão corporal
(penal) danos civis ( natureza civil)
Pelo dano corporal e homicídio o RENAN RESPONDE - DIREITO PENAL É INDIVIDUAL.
Pelo dano civil o Renan e o MARCOCHI RESPONDEM - DIREITO CIVIL É COLETIVO.
Exemplo 2: O professor da ESAMC ofende o aluno.
No direito penal, o professor responde por calúnia e difamação.
No direito penal a responsabilidade é do professor, no direito penal cada um paga a sua
conta.
No direito civil, a Esamc e o professor respondem por danos.
No direito civil a responsabilidade é do coletivo, a conta é dividida.
No direito penal a responsabilidade é individual.
No direito penal a responsabilidade é subjetiva.
No direito penal é necessário que tenha nexo causal.
No direito penal é necessário que tenha dolo / culpa.
No direito civil a responsabilidade é coletiva.
No direito civil a responsabilidade é objetiva.
No direito civil é necessário que tenha nexo causal.
No direito civil não é necessário que tenha dolo / culpa.
9 - Princípios da intervenção mínima: o direito penal só pode intervir nas relações quando
os outros ramos do direito não conseguirem solucionar o conflito. è também chamado de
princípios da ultima ratio. (rácio pronúncia).
Última razão, último instrumento, porque estamos lidando com a liberdade do indivíduo.
- Não dá pra usar o Direito Penal, para resolver pequenas coiss”, “simples coisas”,
para isso usa o direito civil, por o penal impacta diretamente na liberdade da pessoa.
Explicação Interdisciplinar.
Aula 06 - 09/04/2021
10 - princípio da isonomia: consiste em tratar de maneira igual aqueles que possuem as
mesmas características e condições, e tratar de maneira diferente aqueles que possuem
características e condições distintas. (Dar tratamento igual aos iguais e tratamento desigual
aos desiguais.)
- Pessoas com deficiente física ou visual, com síndrome de down, necessitam de
tratamento diferentes para terem a mesma igualdade e resultado.
- Vagas de supermercado específicas para gerar acessibilidade. Tratamento igual
para hipóteses distintas.
- É preciso tratar diferentes aqueles que são diferentes( exemplo caixote, tamanho e
visão por cima do muro)
ECA : estatuto criança adolescente, legislador quer que este tenha um tratamento diferente.
Igualdade de resultado.
Idoso, Maria da Penha.
11 - princípio da taxatividade: a LEI penal precisa ser clara fazendo com que o
destinatário da LEI, possa compreendê-la de maneira imediata. Os tipos penais devem ser
redigidos com a máxima precisão. Evitando o que chamamos de TIPOS PENAIS
ABERTOS.
Obs : As normas penais em branco não violam o princípio da taxatividade. Na medida
em que Elas não se equiparam com as normas vagas, que não possuem
complemento.
- Leis penais em branco:é aquela que depende de complemento para que se
tenha a sua efetiva aplicação: a LEI que exige complemento é chamada de
continente, ao passo que a LEI que pretende implementá-la é chamada de
conteúdo.
- Este complemento pode vir de uma norma jurídica, de igual hierarquia. Ou de
uma norma de hierarquia diferente.
- Quando o complemento advém de uma norma de mesma hierarquia
estamos diante da chamada “lei penal em branco homogênea (igual) “.
Se o complemento ocorre de forma hierárquica diferente, estamos diante da
chamada “lei penal em branco heterogênea (diferente)”.
- Crime penal aberto, um crime contrário ao princípio da taxatividade.
Exemplo: artigo 240. em 2005 o legislador alterou o código penal e revogou o crime de
adultério.
Definição de adultério e traição? Conceito vago e impreciso.
Exemplo artigos 312 a 326 e 327: artigo funcionário público. Explicação em aula.
Exemplo 01 : garrafa vazia é o artigo 312 - peculato ) copo com água é o artigo 327-
conceito de funcionário público)
O legislador pega o 327 e preenche o 312. A água é o conteúdo da garrafa, a garrafa é
continente.
312 continente ( não é impreciso, não é vago) ele é em branco só precisa de complemento.
Neste caso 327 conteúdo é complemento.
Exemplo 02: norma penal em branco, quando precisa de complemento.
Artigo 26 - A doença mental. Qual doença mental? Conceito vago.
Artigo 33 - drogas.o que é droga ? Conceito vago
Artigo 288 -
- Apreensão de drogas é feita exame de constatação imediato ( flagrante) e
depois o laudo definitivo.
- Todos os Crimes que deixam vestígios ( exemplo torrada, bolacha água e sal,
impossível consumir sem deixar um vestígio) precisa fazer exame de corpo de
delito.
- O exame de corpo de delito não necessariamente é um exame na pessoa mas
sim examinar o crime.
Aula 07 - 16/04/2021
12 - princípio da proporcionalidade: algo proporcional, é naturalmente, adequado, de
modo que a desproporção se revela naqueles casos em que há o excesso “ muito” ou
nos casos em que há um déficit “ pouco”.
No direito penal a proporcionalidade é demonstrada pela quantidade de pena
estabelecida na lei, e também pela pena aplicada na sentença. Desse modo, Crimes
que prevêem penas mais graves, são presumidamente, Crimes mais complexos, que
violam bem jurídico mais valioso. Do mesmo modo aqueles Crimes em que a pena é
branda, presume-se que se tratade conduta criminosa que atenta contra bem jurídico
menos valioso. Assim, por exemplo, o crime de homicídio ( contra a vida), tem uma
pena maior do que o crime de furto. ( crime contra o patrimônio).
A desproporcionalidade se manifesta pela proibição de excesso, e pela proibição de
proteção deficiente.
Exemplo: algo muito quente ou muito frio, o que está na média é proporcional. O que vai
além da proporção é excesso, e o que fica abaixo é deficiente.
Pena falsificação esmalte - 10 anos ( excesso )
Pena de aborto - 3 anos ( deficiencia )
Desproporcionais
13 - princípio da individualização da pena: este princípio guarda relação com o princípio
da culpabilidade, com a ideia de que a responsabilidade penal é individual, pessoal,
subjetiva. A responsabilidade coletiva é própria do direito civil.
Exemplo: assalto ao banco, um dirige, outro entra com arma, outro rouba, outro pensa em
tudo… cada um vai ter sua pena proporcional. O julgamento é feito na cidade do ato.
14 - princípio da intranscendência das penas: a pena não passa da pessoa do
condenado.
Exemplo: direito civil é coletivo - pensão de morte , se o pai não paga alguém da família
paga.
Direito penal é individual- se ele tem uma casa e coloca a mulher pra fora, a família não
pode dar uma casa pra ela.
Fontes do Direito Penal
Fonte é origem e fundamento.
Fonte de produção = material, união
Fonte de conhecimento = formal, LEI
Fontes do direito penal: a origem do direito se revela de algumas maneiras:
- 1º Quando se discute a criação das LEIS, quem as produz, dizemos que se trata da
fonte de produção, fonte material. No Brasil a fonte de produção é a união.
- 2º a fonte formal é também chamada de fonte de conhecimento, que por sua vez se
divide em direta e indireta.
- A fonte formal direta, é a lei.
- E a fonte formal indireta se refere aos princípios, à doutrina, aos costumes, à
jurisprudência e às regras gerais de direito.
Aula 08 - 30/04/2021
Classificação das leis penais
- Leis penais incriminadoras: caracterizam-se pela presença de uma pena na
descrição do artigo, quando o legislador prevê uma pena correspondente aquela
conduta. “Para todo Crime há uma pena.” “Não há crime sem pena.”
- Leis penais não incriminadoras: descrevem uma circunstância qualquer, mas não
prevê pena. Se não há pena, não há crime. As LEIS não incriminadoras se dividem
em permissivas e explicativas:
- Permissivas: porque autorizam a prática de determinadas condutas.
- Explicativas: esclarecem o conteúdo de um artigo.
O código penal não contempla apenas crimes, algumas situações não são criminosas.
⅓ do código revela circunstâncias não criminosas.
1 ao 120 tem tudo menos crime
121 em diante começa a aparecer alguns crimes
Interpretação da lei penal
Interpretação quanto ao sujeito
1A - autêntica: é a interpretação feita pelo legislador, o conceito de determinado
instituto está definido na LEI. O legislador quem diz o que é o que.
Interpretação autêntica prevista na LEI feita pelo legislador.
1B - doutrinária: é a interpretação feita pelos estudiosos do direito, encontrada em
livros, artigos, teses, de modo que a doutrina corresponde ao conjunto de estudo
jurídicos.
1C - jurisprudencial: é aquela feita pelos tribunais, mediante a reiteração de
julgamentos.
Interpretação quanto ao modo
2A - gramatical: é a interpretação literal, feita a partir do significado da palavra.
2B - lógica: é também chamada de interpretação sistemática, que leva em conta o
histórico da LEI, o conceito extra penal, extra jurídico, por vezes o direito comparado.
Interpretação quanto ao resultado
3A - declarativa ou declarativa: o intérprete da para a lei o seu sentido literal, sem
restringir ou ampliar.
3B - restritiva: o legislador disse mais do que pretendia dizer de modo que cabe ao
intérprete da lei restringir o alcance e o significado da lei.
3C - extensiva: o texto de lei diz menos do que pretendia, de modo que cabe ao
intérprete ampliar o seu significado e o alcance de suas palavras.
Aula 09 - 07/05/2021
Tarefa próxima aula - - pesquisa feita
- Analogia: Em síntese, o emprego da analogia no Direito Penal somente é permitido
a favor do réu, jamais em seu prejuízo, seja criando tipos incriminadores, seja
agravando as penas dos que já existem. A analogia é objeto recorrente de decisões
tomadas pelo Superior Tribunal de Justiça. A analogia significa aplicar uma hipótese,
não regulada por lei, à legislação de um caso semelhante. Podemos citar, por
exemplo, o caso do artigo 128 CP que trata do aborto. Ele só é permitido em casos
excepcionais e que seja feito por médico. Significa dizer, em breves palavras, que
sempre que determinado fato não se enquadrar em nenhuma hipótese legalmente
prevista, o juiz está autorizado a aplicar norma relativa a um caso semelhante. Além
de estar presente expressamente em outros textos legais, a analogia tem previsão
na Lei de Introdução das Normas do Direito Brasileiro – LINDB, conforme se verifica
de seu art. 4º:
- Art. 4 Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Colhe-se da redação literal que o uso da analogia depende de omissão da lei e, por
isso, se diz que não é método de interpretação, mas de integração da lei.
- Interpretação analógica: É um método de interpretação.Diferentemente da
analogia, na interpretação analógica há uma lei a ser aplicada e interpretada e,
então, não há lacuna ou omissão legislativa ou normativa. Todavia, há a
necessidade da aplicação desse método interpretativo quando em parte do próprio
texto da lei há uma fórmula ou conceito genérico que precisa ser interpretado e ter
sua norma revelada a partir do mesmo texto legal.Nesse caso, não se utilizam
outras leis para tal interpretação, extraindo-se conceitos análogos do próprio texto o
qual se procura interpretar.
Os exemplos mais famosos são os do Direito Penal, como o seguinte:
- Art. 121. Matar alguém:
.
Homicídio qualificado
§ 2º Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe.
A própria lei indicou que a paga ou a promessa de recompensa seriam motivos
torpes, razão pela qual a descoberta de "outro motivo torpe" a qualificar o crime
deverá ser extraída da análise dos próprios conceitos precipitados.
Essas hipóteses ocorrem especialmente quando o legislador, por impossibilidade de
antecipar e prever todos os fatos da vida, estipula uma fórmula genérica que permite
ao intérprete revelar outras situações comparativas às quais deveriam se aplicar a
lei.
- Quem inventou, de onde surgiu, quando, o que é? Exemplo, como, para que,
quando usar, quando não usar
Aula Marcochi
TRAIÇÃO: VIOLADA A CONFIANÇA.
EMBOSCADA: PEGO SURPRESA
Analogia e interpretação analógica
Conceito: nos dois casos o intérprete equipará um fato não previsto na lei a outros
fatos previstos, com a finalidade de suprimir uma lacuna.
Nós dois casos tem lacuna e omissão, a forma como o legislador preenche que dita
se será analogia ou interpretação.
Entretanto, embora nos dois casos ocorra a supressão de uma omissão, a forma
como se dará essa supressão é que distingue a analogia da interpretação analógica.
Na interpretação analógica, o legislador cita dois ou mais exemplos, e na sequência
“deixa em aberto”, usando de uma redação genérica, autorizando a equiparação,
exemplo: cachorro,gato, ou qualquer animal.
Na analogia, o legislador cita dois ou mais exemplos, “e coloca um ponto final”, não
deixando margem para a equiparação, exemplo: “cavalo e vaca.”
- Analogia (lei fechada) -
- Benício do agente OK – Prejuízo agente NÃO
- Interpretação analógica (lei aberta) -
- Benefício do réu OK – Prejuízo do agente Ok
Aula 10- 14/05/2021
Para que uma LEI penal produza seus efeitos, é necessário o cumprimento de
formalidades relativas à sua produção.
Neste sentido, quando se alega a inconstitucionalidade de uma LEI, é preciso
identificar se o vício ocorre ou sehá um vício de conteúdo.
Exemplos:
A) Uma LEI Penal de conteúdo ilícito é sancionada por um Prefeito. Nesta hipótese
dizemos que há uma INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL, porque embora o tema
proposto na LEI seja constitucional, há um erro no processo de formação.
B)Uma lei penal de conteúdo ilícito é sancionada pelo Presidente da República depois
de passar pelo congresso nacional e pelo senado federal. Nesta hipótese, embora a
LEI tenha cumprido as formalidades relativas ao processo de criação, o seu conteúdo
resulta em uma inconstitucionalidade material.
Em relação a formalidade, as LEIS penais devem cumprir as seguintes etapas:
- 1º Sanção:é o ato pelo qual o presidente da república transforma um projeto de LEI
em LEI.
- 2º Promulgação: É o ato pelo qual se confere a autenticidade da lei.
- 3º Publicação: É o ato pelo qual a lei se torna conhecida de todos, tornando seu
cumprimento obrigatório.
- 4º Revogação: é a expressão que revela que a LEI penal não deve mais produzir
efeitos, a “ LEI morre.” Esta revogação pode se dar de duas maneiras, quanto ao
conteúdo ela pode ser total ou ela pode ser parcial. A revogação da LEI pode
ocorrer de modo pleno e irrestrito, total, é a chamada a revogação, por outro lado a
revogação pode ser parcial, restrita, é a chamada derrogação.
Por outro lado, em relação ao modo em relação ao modo de declarar a revogação
ela pode se dar de maneira expressa ou tácita. Na revogação expressa o legislador,
na nova LEI, determina de modo textual que a LEI anterior “morreu”.
Na revogação tácita, o conteúdo da nova LEI é incompatível com o conteúdo da LEI
anterior.
Aula 11 - 21/05/2021
Não dá pra aplicar lei no período de vacatio Legi. Como aplicar uma lei que não entrou em
vigor, e depois como fica ?
O correto é não aplicar a LEI neste período, pois pode dar um BO, pois não podemos
retroagir a LEI.
Fazer das LEIS nosso dia a dia, é um exercício de atualização constante.
Tempo do crime
Iter Criminis: é o caminho percorrido pelo crime.
- 1º Fase - Cogitação: não se pune, porque não tem previsão legal.
- 2º Fase - Preparação: não se pune, tem previsão legal excepcional, exceção
quando caracterizar crime.(ter mais de 1 pessoa, vínculo associativo).
- 3º Fase - Execução: fase punível,salvo exceção de caso concreto, está na LEI,(tipo
penal) a fase da execução é quando você executa o verbo.
- 4º Fase - Consumação/ Resultado: fase punível, o exame diz qual foi o motivo e
culpa correta.
todo crime tem um verbo: subtrair, matar, constranger, fazer, deixar de fazer,
omitir-se.
Próxima aula
Exaurimento é fase de crime?
conceito de cogitação, preparação, execução, consumação.

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