Buscar

Abdome agudo na infância

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ABDOME AGUDO NA INFÂNCIA 
FAIXAS ETÁRIAS PEDIÁTRICAS 
• RECÉM-NASCIDO: até 28 dias. 
• LACTENTE: 29 dias a 2 anos. 
• PRÉ-ESCOLAR: 2 a 6 anos. 
• ESCOLAR: 6 a 10 anos. 
• ADOLESCENTES: 11 a 18 anos. 
ABDOME AGUDO EM RECÉM-NASCIDOS 
ENTEROCOLITE NECROSANTE 
É uma doença caracterizada por inflamação do 
intestino delgado e grosso que pode progredir para 
necrose da mucosa intestinal. 
90% dos casos ocorrem nos RN pré-termos. 
Sendo mais comum no 10º dia de vida, e também 
no período do 1º dia ao 6 mês de vida. 
DIAGNÓSTICO: Clínico, laboratorial e 
radiografia. 
RAIO-X: Normal em RN: Distribuição homogênea, 
em mosaico 
Pneumoperitôneo → ar entre a cúpula 
diafragmática e o fígado. 
TRATAMENTO: a primeira opção é clínico → 
Jejum + antibiótico de largo espectro. 
COMPLICAÇÕES: Perfurações no intestino → 
necessita de drenagem e cirurgia. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL COM ÍLEO 
INFECCIOSO (PARALÍTICO). 
ABDOME AGUDO EM LACTENTES 
HÉRNIA INGUINAL ENCARCERADA 
A hérnia inguinal simples na criança é diferente do 
adulto, pois é congênita. Acontece devido à 
persistência do conduto peritônio-vaginal. A hérnia 
encarcerada é uma complicação da hérnia inguinal 
simples. 
• É mais grave em meninos, devido à 
isquemia provocada pelos órgãos que 
comprimem os testículos. 
 
COMPLICAÇÕES: É a principal síndrome 
obstrutiva do lactente masculino → É raro ocorrer 
em meninas, pois é o ovário que se desloca para 
a hérnia. 
Necrose testicular (5%) e intestinal (1,5%). 
CLÍNICA: Choro contínuo, vômitos, peristaltismo 
visível. Tumefação dura na região inguinal de difícil 
redução. 
60% dos casos de hérnia inguinal simples evoluem 
para encarceramento. 
INVAGINAÇÃO INTESTINAL 
É a penetração de uma alça intestinal em outra, 
causando obstrução intestinal. É a intussuscepção 
intestinal. 
A maioria é de causa idiopática e ocorre 
principalmente aos 5 meses de vida. E em 90% 
dos casos ocorre de forma ileocecocólica (íleo 
penetra no ceco). 
CLÍNICA: Choro, vômitos, fezes em geleia de 
morango, massa palpável, sinal de dance (fossa 
ilíaca direita vazia). 
Quadro clínico caracterizado por dor na região abdominal, não traumática, súbita e de intensidade variável 
associada ou não a outros sintomas e que necessita de diagnóstico e conduta terapêutica imediata, cirúrgica 
ou não. 
DIAGNÓTICO: Raio-X e USG (alvo, casca de 
cebola). 
TRATAMENTO: Redução por enema (USG + 
soro fisiológico inserido pelo ânus → empurrará a 
alça para o local de origem). É indicado nos casos 
com menos de 12 horas dos sintomas e bom 
estado geral. 
Redução cirúrgica. 
A taxa de recidiva é baixíssima (2 a 3%). 
OUTRAS CAUSAS 
• Obstrução por bolo de áscaris. 
• Apendicite. 
• Diverticulite de Merckel 
• Volvo do intestino médio 
ABDOME AGUDO EM PRÉ-ESCOLARES E 
ESCOLARES 
APENDICITE AGUDA 
Principal causa de cirurgia abdominal na criança. 
QUADRO CLÍNICO: dor epigástrica → vômitos 
→ febre → dor em fossa ilíaca direita. Anorexia e 
parada de eliminação de gases e fezes nem 
sempre ocorrem. 
DIAGNÓSTICO: é clínico. 
EXAMES COMPLEMENTARES: hemograma + 
RX de abdome em pé. NÃO É INDICADO 
TOMOGRAFIA. 
Em dúvidas: Avaliação seriada (acompanhamento 
da evolução do quadro) → é superior ao USG. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Gastroenterite 
aguda, ITU, Peritonite primária (Síndrome 
nefrótica), anexite, hepatite, colecistite aguda. 
TRATAMENTO: estabilizar (antibióticos) → 
cirurgia 
BOLO DE ÁSCARIS COM SEMI-OCLUSÃO 
INTESTINAL 
QUADRO CLÍNICO: dor abdominal, vômitos, 
desidratação, diarreia. Sem sinal de irritação 
peritoneal. 
TRATAMENTO CLÍNICO: jejum e sonda 
nasogástrica por 24 a 72 horas, reavaliação 
seriada contínua. 
Uso de anti-helmíntico deve ser feito quando o 
intestino voltar a funcionar. Não é indicado utilizar 
antes da desobstrução, pois ao matar os vermes 
pode piorar os sintomas por cessar a mobilidade 
do bolo. 
BOLO DE ÁSCARIS COM OBSTRUÇÃO 
INTESTINAL COMPLETA 
Quadro tardio com sinal de irritação peritoneal → 
mais grave. 
TRATAMENTO CIRÚRGICO: mobilização 
manual dos helmintos para o cólon, e em caso de 
necrose ressecar alça e fazer ostomia da boca 
proximal. 
NOTAS 
♦As incisões para as cirurgias na infância são 
transversas. 
♦Deve-se prevenir a hipotermia. 
♦Na criança que já possui uma cirurgia 
abdominal anterior a principal causa de abdome 
agudo é obstrução por bridas / aderências.

Continue navegando