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Victori� Karolin� Libóri� Card�� Sinai� abdom� agud� inflamatóri� Sinais de dor e manobras 1. Sinal de Murphy: é positivo quando há parada brusca da inspiração durante a compressão do ponto cístico; indica colecistite aguda. 2. Sinal de Blumberg: Manobra da descompressão súbita. Causa dor à descompressão abdominal; indica irritação peritoneal. 3. Sinal de Cullen: equimose periumbilical por hemorragia peritoneal, indica pancreatite aguda grave. 4. Sinal de Grey Turner: refere-se à equimoses nos flancos, pelas mesmas causas do sinal de Cullen, prediz um ataque severo de pancreatite aguda. 5. Sinal de Jobert: desaparecimento da macicez e aparecimento de timpanismo na região de projeção do fígado. É observado no pneumoperitônio (perfuração de vísceras ocas - ex estômago). 6. Sinal do obturador: dor durante a rotação interna da coxa fletida; indica apendicite. 7. Sinal de Giordano: dor à punho percussão na região lombar; indica acometimento renal (positivo em litíase e pielonefrite aguda). 8. Sinal do piparote: Pede-se que o paciente coloque sua mão na linha mediana do abdome e realiza-se uma percussão na lateral, caso positivo nota-se uma propagação de onda, por conta do líquido acumulado. Indica ascite de grande volume. 9. Sinal da macicez móvel: Em decúbito lateral realiza-se a percussão no flanco sobre o qual o paciente está apoiado, obtendo um som maciço; a seguir, sem retirar o dedo do local, solicita-se que o paciente vire apoiando-se no decúbito contralateral e realiza-se nova percussão, obtém-se o som timpânico. 10. Sinal de Rovsing: dor na fossa ilíaca direita à palpação da fossa ilíaca esquerda; indica apendicite. 11. Sinal de Gersuny: crepitação produzida ao descomprimir o abdome; indica fecaloma. 12. Sinal de Torres-Homem: percussão dígito-digital intensamente dolorosa, localizada e circunscrita. Característico de abscesso hepático. 13. Sinal de psoas: Dor ao elevar a coxa direita contra a mão do examinador, indica apendicite e peritonite. 14. Sinal de courvoisier: Vesícula palpável e às vezes visível. Característica de tumor de pâncreas. 15. Sinal de Lapinski: dor em FID quando realizada a palpação profunda em ponto de MacBurney (entre o umbigo e a espinha ilíaca ântero-superior) com o membro inferior hiperestendido e elevado. Possíveis causas de abdome agudo inflamatório Causas frequentes: apendicite, colecistite aguda, pancreatite e diverticulite. Apendicite aguda: dor iniciada em epigástrio e região periumbilical e posteriormente em fossa ilíaca direita (FID); dor de caráter contínuo ou intermitente, agravada pelos movimentos, acompanhada de náuseas e vômitos, febre. Não há comprometimento do estado geral do paciente. Colecistite Aguda: inflamação química ou bacteriana da vesícula biliar, geralmente desencadeada por obstrução do ducto cístico. A litíase biliar é a principal causa, sendo que a obstrução é consequência do cálculo em região do infundíbulo-colocístitica, desencadeando estase, fenômenos vasculares e inflamatórios e consequente proliferação de bactérias. ● Se o cálculo se mover, o quadro involui e se não se mover há evolução do quadro com formação de enfisema, necrose e perfuração da vesícula; esta pode ser bloqueada ou ser liberada para o peritônio. ● A colecistite tem maior ocorrência no sexo feminino, podendo ser a primeira manifestação da litíase biliar. ● caracterização: dor, inicialmente tipo cólica, com progressão do quadro a dor assume um padrão contínuo; a dor localiza-se em hipocôndrio direito, irradiando-se para epigástrio; geralmente acompanhada de náuseas e vômitos, febre e em 20% dos pacientes icterícia discreta. ● Exame físico: dor em hipocôndrio direito à palpação profunda, sendo o sinal de Murphy positivo. A vesícula pode estar palpável em 25 % dos pacientes. Pancreatite Aguda: desencadeada por processo inflamatório, por enzimas pancreáticas, que levam a edema, hemorragia e necrose pancreática e peripancreática. Tem repercussão sistêmica desde hipovolemia até a comprometimento de diversos órgãos e sistemas, podendo evoluir para óbito. ● exame físico: depende da intensidade do quadro. Caracterizada por dor abdominal intensa, iniciada em epigástrio, com irradiação para região dorsal, em faixa, acompanhada de náuseas e vômitos e parada de eliminação de fezes e gases, com sintomas sistêmicos. ● formas leves: o paciente encontra-se em regular estado geral, desidratado, taquicárdico e às vezes em posição antálgica. Apresenta abdome com distensão, difusamente doloroso à palpação profunda, particularmente em andar superior do abdome. Os ruídos hidroaéreos estão diminuídos. ● formas graves: comprometimento geral do paciente que está desidratado, ansioso, hipotenso, taquicárdico e dispneico. Abdome distendido, doloroso difusamente, com sinais de irritação peritoneal, ruídos hidroaéreos diminuídos a abolidos. Pode estar presente o sinal de Cullen e o de Grey Turner. Diverticulite: inflamação na parede interna do intestino. ● Possíveis causas: dietas pobres em fibras, pois as fezes ficam muito duras, o que causa a constipação intestinal. Com isso, é necessário um esforço maior para evacuar, o que provoca uma pressão no cólon e nos intestinos, formando quistos. O acúmulo de restos de fezes nesses locais é o que provoca a inflamação. Sua incidência aumenta com a idade, sendo estimado que 60% dos pacientes com idade superior a 80 anos tenham a doença. ● sintomas: na inflamação são comuns dores abdominais, com sensibilidade - principalmente na parte inferior esquerda do abdômen - inchaço ou gases, febre e calafrios, náusea e vômitos, falta de apetite e alimentação insuficiente. ● quadro clínico: é variável, podendo ser dor aguda, geralmente em quadrante inferior esquerdo, porém pode localizar-se em hipogástrio e quadrante inferior direito de abdome. Apresentando ainda náuseas e vômitos, febre não muito elevada, alteração de ritmo intestinal - diarreia ou constipação. ao exame físico há sinais de irritação peritoneal. ● complicações: perfuração, fístulas, obstrução ou estenose. ● exame físico: ○ inspeção estática - pode haver abdômen globoso, por causa de inchaço. ○ ausculta - sons hipoativos (redução da atividade intestinal) ou normoativos. ○ percussão - sons timpânicos ○ palpação superficial - localização da dor hipersensível ○ palpação profunda - sensibilidade dolorosa (dor à descompressão brusca em FIE)
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