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ANGINA ESTÁVEL

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ANGINA ESTÁVEL
· Diretrizes brasileiras de angina estável: síndrome clínica caracterizada por dor ou desconforto em qualquer das seguintes regiões do tórax: epigástrio, mandíbula, ombro, dorso ou MMSS, sendo tipicamente desencadeada ou agravada com atividade física ou estresse emocional e atenuada com repouso, ou uso de nitroglicerina 
· O exame físico destes pacientes é quase sempre normal, mas quando o paciente na vigência de dor apresenta alterações como presença de terceira ou quarta bulha cardíaca, sopro de regurgitação mitral, estertores pulmonares isto sugere a presença de doença coronariana.
· Exames mínimos recomendados pela AHA para pacientes com suspeita diagnóstica de angina estável: hemoglobina, glicemia em jejum, perfil lipídico, raio-x de tórax, 
 
 (hemograma, principalmente a dosagem de hemoglobina ajuda a descartar a presença de anemia que pode ser um fator precipitante de angina)
· Achado de aterosclerose em outros locais costuma ter boa correlação com a presença de doença coronariana, assim como a presença de múltiplos fatores de risco cardiovascular, como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, dislipidemia e antecedente familiar de doença cardiovascular aumentam a probabilidade diagnóstico.
· O ECG tem utilidade limitada para o diagnóstico angina estável, pois alterações da repolarização não implicam obrigatoriamente no diagnóstico, podendo ocorrer por sobrecarga ventricular esquerda secundária a hipertensão e distúrbios hidroeletrolíticos entre outras causas.
Eletrocardiograma normal não exclui a presença de obstrução coronariana
· Radiografia de tórax pode auxiliar na diferenciação com outras causas de dor torácica (como fraturas de costelas, pneumotórax...), sendo considerado como de classe i para pacientes com suspeita de doença coronariana e sinais e sintomas sugestivos de insuficiência cardíaca, considerado como classe iia (provavelmente indicado), em pacientes com possível doença pulmonar associada e classe iib nos outros pacientes (possivelmente indicado).
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CLASSIFICAÇÃO DA DOR TORÁCICA
Angina típica (definida):
· Desconforto ou dor restroesternal
· Desencadeada pelo exercício físico ou estresse emocional
· Aliviada com o repouso ou uso de nitroglicerina
Angina atípica: presença de somente dois fatores acima
Dor torácica não cardíaca: presença somente de um ou enhum dos fatores acima.
Sistema de classificação cardiovascular canadense da angina de peito
	Classe
	Atividades que deflagram dor torácica
	1
	Esforço extenuante, rápido ou prolongado
	
	Atividades físicas incomuns (p. ex., caminhar e subir escadas)
	2
	Andar rapidamente
	
	Caminhar em aclive
	
	Subir escadas rapidamente
	
	Caminhar ou subir escadas após refeições
	
	Frio
	
	Vento
	
	Estresse emocional
	3
	Caminhar por apenas 1 ou 2 quarteirões com passo habitual em terreno plano
	
	Subir escadas, apenas 1 lance
	4
	Qualquer atividade física
	
	Às vezes, ocorre em repouso
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS:
O TESTE ERGOMÉTRICO (te): 
· método não invasivo utilizado com maior frequência na angina estável, visando especialmente à confirmação diagnóstica, à determinação prognóstica e à definição de conduta terapêutica.
ECOCARDIOGRAMA
· pode fornecer auxílio diagnóstico importante, especialmente quando a história Clínica e o ecg não são conclusivos, ao demonstrar anormalidades, reversíveis ou não, da motilidade segmentar em pacientes com quadro clínico de dac.
CARDIOLOGIA NUCLEAR:
· Cardiologia nuclear avalia o coração enfocando os aspectos de perfusão miocárdica, integridade celular, metabolismo miocárdico, contratilidade miocárdica e função ventricular global ou segmentar. Têm importante espaço no diagnóstico da doença isquêmica, por usarem método não invasivo. Pode-se confirmar ou excluir doença arterial coronária com altos valores de sensibilidade e especificidade.
CINEANGIOCORONARIOGRAFIA
· As lesões coronarianas são significativas quando há obstrução de uma ou mais artérias epicárdicas, com, no mínimo, 70% de estenose e/ou tronco da coronária esquerda (tce) com, no mínimo, 50%, sendo tais obstruções avaliadas e mensuradas pela CINEANGIOCORONARIOGRAFIA (cate), exame diagnóstico com baixas taxas de complicações
· Método mais acurado para diagnóstico de lesões coronarianas obstrutivas e causas não ateroscleróticas para angina, como espasmo coronariano, anomalia coronariana, doença de kawasaki e dissecção primária da coronária.
· O mais simples e mais usado método para descrever a extensão da dac separa os pacientes em uniarterial, biarterial, triarterial ou lesão em tce.
 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
(tc) cardíaca oferece duas principais modalidades de exame, as quais empregam técnicas diferentes e fornecem informações distintas: o escore de cálcio (ec) e a angiotomografia coronariana.
· ESCORE DE CALCIO: a quantificação da calcificação das coronárias, correlaciona com a carga total de arteriosclerose. O escore de cálcio tem alta correlação com o risco de eventos cardiovasculares futuros de maneira independente dos fatores de riscos. Ferramenta para estratificação de risco cardiovascular por meio da detecção de arteriosclerose subclínica, especialmente em pacientes assintomáticos de risco intermediário. O EC é considerado um fator agravante que quando presente, reclassifica o indivíduo para um risco cardiovascular mais alto.
· ANGIOTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DAS ARTÉRIAS CORONÁRIAS (ANGIO-TC): permite a avaliação da luz das artérias coronárias de maneira não invasiva, permitindo a visualização detalhada da luz das artérias coronárias com alta acurácia diagnóstica quando comparada ao cateterismo cardíaco (o padrão-ouro), porém de maneira não invasiva, rápida e segura. as principais indicações clínicas do método na avaliação da doença coronária crônica são para pacientes sintomáticos de risco intermediário.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CARDIOVASCULAR
· é um excelente método diagnóstico, pois permite a avaliação da anatomia cardíaca e vascular, da função ventricular, da perfusão miocárdica e a caracterização tecidual de forma acurada, reprodutível, sendo capaz de fornecer todas essas informações juntas, em um único exame.
· Considerada o exame padrão-ouro para a quantificação de volumes ventriculares, fração de ejeção (fe) e massa miocárdica.
· Extremamente acurada para a avaliação das funções global e segmentar biventriculares.
· Pode ser aplicada para a pesquisa de isquemia miocárdica, detecção de fibrose/infarto/viabilidade miocárdica.

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