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Lesão por pressão- Semana Integradora

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2. Diferencie lesão por pressão de escaras, descrevendo tratamento, cuidados profiláticos, 
curativos e cicatrizes. 
 
Existem graus de lesão por pressão que vão do I ao IV, a depender da gravidade, do tamanho 
e se a lesão está aberta. No caso das escaras, não há classificação, pois são camadas densas e 
secas que não permitem medir a profundidade e “enxergar” o real estado da lesão. 
 
 
 
A profilaxia para lesão por pressão consiste em: 
 
 Inspeção regular da pele dos usuários que estão em risco de desenvolver úlceras por pressão 
incluindo a avaliação de calor localizado, edema ou tumefacção (rigidez), especialmente em 
pessoas com pele mais pigmentada; 
Vigiar a pele quanto a danos em situação de pressão ocasionada por dispositivos médico e 
proteger proeminências ósseas; 
Adotar o uso de fotos digitais em associação com a Escala de Braden para identificar e 
prevenir essas lesões; 
 Avaliar o estado nutricional dos usuários em risco de desenvolver úlceras por pressão, pois 
proteínas, ferro, vitamina-C e zinco auxiliam na cicatrização de lesões; Mobilizar e mudar 
frequentemente de decúbito o usuário a cada 2/2h; quando o usuário estiver sentado a cada 
1/1h; para o usuário de cadeira de rodas, realizar alívio de pressão a cada 15 minutos; sempre 
atentando para o alinhamento postural. 
 
No caso do curativo feito é preciso avaliar algumas coisas como os recursos financeiros do 
paciente e da unidade de saúde, o tempo com o curativo, se existe alguém capaz de refazê-lo 
periodicamente. Avaliado isso, nas feridas abertas, hoje, é recomendado oclusão e a 
manutenção do ferimento úmido porque existem vantagens como a prevenção da 
desidratação, a aceleração da angiogênese, maior facilidade de remoção do tecido necrótico, 
menor dor, evita traumas na hora de trocar o curativo. Tais premissas não são válidas para 
incisões cirúrgicas, já que a oclusão deverá ser de 24h a 48h com curativo seco. 
 
Curativos com pomadas e óleos: 
● Curativo com Sulfadiazina de Prata: é indicado para feridas causadas por queimaduras 
ou que precisem de ação antibacteriana. 
● Curativo com Pomada Enzimática de Colagenase: indicado para tecido desvitalizado. 
● Curativo com Ácidos Graxos Essenciais (AGE): indicado para prevenção de lesões 
por pressão e feridas abertas superficiais- estejam elas infeccionadas ou não. 
● Curativo com Hidrocolóides: indicado para feridas abertas não infectadas, com leve a 
moderada exsudação. Prevenção ou tratamento de úlceras de pressão não infectadas. 
● Curativo com hidrogel: Remover as crostas, fibrinas, tecidos desvitalizados ou 
necrosados. 
● Curativo à vácuo: feridas agudas e crônicas, extensas e/ou de difícil resolução. Sobre 
enxertos cutâneos. 
Nas feridas com extensas placas de necrose deve ser avaliado e considerado o desbridamento 
cirúrgico, complementado pelo químico através de pomadas e curativos especiais. Caso não 
haja necrose, a pomada com sulfadiazina de prata é uma boa indicação. 
 
Cicatrizes: 
 
Queloide: resultado de uma cicatrização agressiva que se estende além da lesão original e 
pode causar problemas posteriores, como dificuldade de movimento. 
 Sociedade Brasileira de Dermatologia (2021) 
 
Contratura : cicatrizes que “apertam a pele” e podem prejudicar a mobilidade, além de às 
vezes afetar músculos e nervos. 
Sociedade Brasileira de Dermatologia (2021) 
Hipertróficas: vermelhas e levantadas, mas sem maiores consequências . 
 
Sociedade Brasileira de Dermatologia (2021) 
  
Normotróficas: tem mesma cor e textura da pele, porém ainda deixa uma leve marca no 
local. 
 
 
Sociedade Brasileira de Dermatologia (2021) 
 
Atrófica: deixam uma depressão na região. 
 
 
 
 Sociedade Brasileira de Dermatologia (2021) 
Referências: 
 
Bates - Propedêutica Médica - Lynn S. Bickley. 11ª Edição. 2015. Editora Guanabara 
Koogan. 
 
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/197706/001084686.pdf?sequence=1&isAl 
lowed=y 
 
Franco, Diogo e Gonçalves, Luiz Fernando Feridas cutâneas: a escolha do curativo adequado. 
Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões [online]. 2008, v. 35, n. 3 [Acessado 25 Agosto 
2021] , pp. 203-206. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0100-69912008000300013>. 
Epub 28 Jul 2008. ISSN 1809-4546. https://doi.org/10.1590/S0100-69912008000300013 . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/197706/001084686.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/197706/001084686.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://doi.org/10.1590/S0100-69912008000300013

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