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Vetor, hospedeiro, reservatório, portador, amplificador ou suspeito para alguma zoonose de relevância para a saúde pública, quanto à transmissão de agente etiológico para humanos; Suscetível para alguma zoonose de relevância para a saúde pública, quando em situações de risco quanto à transmissão de agente etiológico para humanos; Venenoso ou peçonhento de relevância para a saúde pública; Causador de agravo que represente risco de transmissão de doença para a população humana. Considera-se animais de relevância para a saúde pública: Agravo de notificação compulsória, independentemente de o paciente ter sido submetido à soroterapia. Notificação compulsória/ imediata (até 24 horas) O registro da notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) é realizado mediante o preenchimento da Ficha de Investigação de Acidentes por Animais Peçonhentos. Portaria N° 1.138, DE 23 DE MAIO DE 2014 “Defini as ações e os serviços de saúde voltados para vigilância, prevenção e controle de zoonoses e de acidentes causados por animais peçonhentos e venenosos, de relevância para a saúde pública.” São aqueles que possuem glândulas produtoras de veneno ou substâncias tóxicas, além de aparelho especializado por onde o veneno é inoculado; Os animais peçonhentos de importância para a saúde pública no Brasil: Serpentes, aranhas, escorpiões, lagartas, abelhas e alguns animais aquáticos Diagnóstico etiológico Animais Sinantrópicos �Abelhas, Aranhas, Baratas, Barbeiro, Carrapatos, Escorpiões, Formigas, Lacraias e Centopeias, Morcegos, Moscas, Mosquitos, Pombos, Ratos, Pulgas, Taturanas, Vespas. �Aqueles que se adaptaram a viver junto ao homem, a despeito de sua vontade Os animais sinantrópicos causam danos ao homem desde os tempos mais remotos, seja através dos agravos, doenças transmitidas, ou pelos prejuízos causados por estocagem de alimentos, contaminando os produtos, as embalagens e o meio ambiente. Além dos sinais e sintomas apresentados pelo acidentado. É requerida a identificação física (por profissional competente) do animal causador do acidente, apresentado pelo vítima ou familiar. Notificação Animais Peçonhentos Animais de relevância para a saúde Portaria 1138/2014 Fatores predisponentes – 4 As ÁGUA – ALIMENTO – ABRIGO – ACESSO As glândulas secretoras de veneno ficam localizadas de cada lado da cabeça, recobertas por músculos compressores, conectadas, por ductos, às presas inoculadoras; Essas presas tem tamanho diferenciado dos demais dentes e podem estar localizadas nas regiões anterior ou posterior da boca. Possibilita a dispensa imediata da maioria dos pacientes picados por serpentes não peçonhentas; Viabiliza o reconhecimento das espécies de importância médica; Auxilia na indicação mais precisa do anti- veneno a ser administrado; Apesar da importância do diagnóstico clínico, que orienta a conduta na grande maioria dos acidentes, o animal causador deve, na medida do possível, ser encaminhado para identificação por técnico treinado. Importância da identificação de serpentes Ambiente úmidos como: matas e áreas cultivadas, e locais onde haja facilidade para a proliferação de roedores - Paióis, celeiros, depósitos de lenha; Hábito noturno, crepuscular; Coloração esverdeada com desenhos semelhantes a um “V” invertido, corpo fino medindo aproximadamente 1 m; Sua picada causa muita dor e edema no local, podendo haver sangramento também nas gengivas ou em outros ferimentos pré-existente (tirar anéis, pulseiras, ou qualquer tipo de acessório que possa garrotear o local). Bothrops Jararaca Fosseta Loreal (Sensível à radiação térmica) Bothrops: Acidentes Botrópico – Jararaca (de maior importância e distribuição dentre os acidentes ofídicos no Brasil.); Crotalus: Acidente Crotálico – Cascavel; Lachesis: Acidentes Laquético – Surucucu ou pico-de-jaca; Micrurus: Acidente Elapídico – Família Elapidae) – Coral Verdadeira. Agente causais Cauda lisa – Bothrops; Guizo ou Chocalho – Crotalus; Escamas eriçadas – Lachesis. A identificação entre os gêneros das serpentes referidos também pode ser feita pelo tipo de cauda: JARARACA Identificação pela cauda Caracterização de serpentes Envenenamento causado pela inoculação de toxinas, por intermédio das presas de serpentes (aparelho inoculador). Acidentes com serpentes Acidente Ofídico: Ofidismo Coloração marrom-amarelado, corpo robusto, medindo aproximadamente 1m; Apresenta chocalho na ponta da cauda (ruído característico); Após a picada, o paciente apresenta visão dupla e borrada e sua face se apresenta alterada (pálpebras caídas, aspectos sonolento); Campos abertos, áreas secas, arenosas e pedregosas; Habitualmente não ataca. Crotalus Durissus Possui anéis vermelhos, pretos e brancos ao redor do corpo, medindo entre 70 e 80 cm; Se esconde em buracos, montes de lenha e troncos de árvores; Após a picada, o paciente apresenta a visão dupla e borrada, a face se apresenta alterada (pálpebras caídas, aspecto sonolento), dores musculares e aumento da salivação; Insuficiência respiratória pode ocorrer como complicação do acidente. Micrurus Frontalis CORAL VERDADEIRACASCAVEL SURUCUCU Também conhecida como pico-de-jaca; A cauda apresenta escamas eriçadas como umas escova; É a maior das serpentes peçonhentas das Américas atingindo até 3,5m; São encontradas apenas em áreas de floresta tropical densa, como a Amazônia, pontos da Mata Atlântica e alguns enclaves de matas úmidas do Nordeste. Lachesis Muta Os anéis não dão continuidade, a barriga é branca/não fecha o anel embaixo. FALSA CORAL A maioria dos acidentes ofídicos no Brasil é ocasionada por serpentes do gênero Bothrops, seguido pelo gênero Crotalus; Região brasileira de maior incidência: NORTE; Meses quentes e chuvosos (setembro a março); Os acidentes ofídicos são mais frequentes na população rural, no sexo masculino e em faixa etária economicamente ativa (15 a 49 anos) e ocorrem principalmente em pés/pernas seguido de mãos/antebraços; A maioria dos acidentes é classificada clinicamente como leve, porém, a demora no atendimento médico e soroterápico como elevar consideravelmente a taxa de letalidade. Telson - estrutura final da cauda – aparelho inocular de veneno; O maior de todos os escorpiões pode atingir até 21 cm e o menor chega no máximo a 12 mm quando adulto; Duração de vida que vai dos 2 aos 6 anos; O maior tempo de vida registrado para um escorpião chega até 8 anos. Alta incidência; Gravidade dos casos – principalmente em crianças menores de 7 anos ou desnutridas; Todas as espécies de escorpião são venenosas; Os escorpiões de importância médica no Brasil pertencem ao gênero Tityus: BA, ES, GO, MG, PR, RJ, SP GO, SP, MS, MG, OR, RS, SC Escorpiões: Acidentes com escorpiões: Tityus serrulatus (escorpião amarelo); Tityus bahiensis (escorpião-marrom); Tityus stigmurus (escorpião-amarelo do Nordeste); Tityus obscurus (escorpião-preto da Amazônia). Escorpionismo Características Epidemiológicas Podem ser encontrados em áreas secas, úmidas, áreas costeiras e regiões urbanas; Os escorpiões podem viver tanto em lugares desertos quanto nas matas; Vivem também debaixo de pedra, tijolos, telhas e nas fendas das árvores; Dentro das casas, podem se esconder em armários, calçados ou sob peças de roupas deixadas no chão, aumentando o risco de acidentes; Entulhos de obras e lixo em quintais e terrenos baldios onde se propaga insetos, constituem um ótimo ambiente para os escorpiões encontrarem uma dieta constituída de: aranhas, baratas, grilos e moscas; Os escorpiões podem sobreviver vários meses sem alimento e mesmo sem água, o que torna seu combate muito difícil; O veneno dos escorpiões é neurotóxico – Dor intensa nas primeiras horas após o acidente; Sua ação é muito rápida e forte; Gravidade: Espécie; Tamanho; Quantidade de veneno; Massa corporal do acidentado; Sensibilidade do paciente. Diagnóstico diferencial Quando não há histórico de picada e/ou identificação do agente causal, o diagnóstico diferencialdeve ser feito com acidente por aranha do gênero Phoneutria (aranha-armadeira), que provoca quadro local e sistêmico semelhante ao do escorpionismo. Vem se verificando um aumento significativo no número de casos ao longo do tempo; MG e SP: 50% dos casos. Discreta predominância no sexo masculino e a faixa etária de 25 a 49 anos é a mais acometida -Membros superiores à 65% em mãos e antebraço Letalidade 0,58% De caráter predominantemente urbano, o escorpionismo tem se elevado, particularmente nos estados das regiões Nordeste e Sudeste. Na época de calor e chuvas (setembro a dezembro), período de maior atividade dos escorpiões, há um aumento no número de acidentes. Tityus Serralatus -Escorpião amarelo; -Mede cerca de até 7 cm de comprimento; -Apresenta o tronco escuro, patas, pedipalpos e cauda amarela sendo esta serrilhada no lado dorsal; -Considerado o mais venenoso da América do Sul. As aranhas peçonhentas de interesse médico no Brasil são representadas pelos gêneros: Apresentam aspectos biológicos e distribuição geográfica bastante distintos. Loxosceles (aranha-marrom); Phoneutria (armadeira); Latrodectus (viúva-negra); Características epidemiológicasEscorpiões Araneísmo O gênero Loxosceles é encontrado em todo o país, no entanto sua importância é mais destacadas na região Sul e, particularmente, no Paraná, onde vem se proliferando de maneira significativa na última década; Várias são as espécies descritas no Brasil, sendo as principais causadoras de acidentes as seguintes: Podem atingir 1 cm de corpo e até 3 cm de envergadura de pernas; Não são agressivas e picam somente quando comprimidas contra o corpo; Constroem teias irregulares em fendas de barrancos, sob cascas de árvores, telhas e tijolos, atrás de quadros e móveis e em roupas, geralmente ao abrigo da luz. Loxosceles Loxosceles intermedia; Loxosceles laeta; Loxosceles gaúcho. Encontradas principalmente no litoral da região Nordeste; Constroem teias irregulares entre vegetação arbustivas e gramíneas, podendo também apresentar hábitos domiciliares e peridomiliciares; Somente as fêmeas, que apresentam corpo de 1 cm de comprimento e 3 cm de envergadura de pernas, são causadoras de acidentes, que ocorrem normalmente quando são comprimidas contra o corpo. A maioria dos casos tem evolução benigna; sendo bastante comuns as chamadas “queimaduras”; No entanto, o contato com lagartas do gênero Lonomia pode causar manifestações sistêmicas com risco potencial de complicações e óbitos; Ocorrem entre os meses de outubro e abril, característicos da zona rural; As crianças constituem o grupo etário mais acometido, já os casos graves têm sido registrados em idosos com patologias prévias; O veneno da Lonomia provoca distúrbio na coagulação sanguínea, propiciando o surgimento de manifestações hemorrágicas – sangramento na gengiva, urina e outras regiões do corpo. Lonomia obliqua: Assumem comportamento de defesa e saltam em direção à presa ou ao homem – até 30cm; De 3 a 4 cm de corpo e até 15 cm de envergadura de pernas; São agressivas, e se apoiam nas patas traseiras, levantando as dianteiras quando molestadas; Não constroem teia geométrica e são de hábitos noturnos; Os acidentes ocorrem frequentemente, dentro das residências – Calçar sapatos ou manusear materiais de construção, entulho ou lenha. Phoneutria Viúva NegraAranha Marrom Lonomia Ação demonecrótica Aranha armadeira Manter a vítima calma e deitada; Localizar a marca da picada e limpar o local com água e sabão; Cobrir com um pano limpo; Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear, em caso de inchaço do membro afetado; Evitar que a vítima se movimente para não favorecer a absorção do veneno; Tentar manter a área afetada no mesmo nível do coração ou, se possível, acima dele; Afastar o acidentado do animal, e se for possível, captura-lo com muito cuidado; A identificação do animal causador do acidente pode ajudar no diagnóstico, portanto deve-se leva-la ao serviço de saúde; Levar o acidentado o quanto antes para o serviço de saúde mais próximo; Monitorar sinais vitais (pressão arterial e FC). O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTES: Não amarrar ou fazer torniquete; Não aplicar nenhum tipo de substâncias sobre o local da picada (fezes, álcool, querosene, fumo, ervas, urina); Não fazer curativos que ocluam o local – favorece a ocorrência das infecções; Não cortar, perfurar ou queimar o local da picada; Não esperar para dar atendimento à vitima em serviços de saúde, de maior complexidade e mais distantes. Deve-se procurar o local mais próximo, o quanto antes; Não dar bebida alcoólica ao acidentado ou outro líquidos como álcool, gasolina, querosene etc., pois não têm efeito contra o veneno e podem causar problemas gastrointestinais na vítima. O QUE NÃO FAZER EM CASO DE ACIDENTE: O tratamento é feito com a aplicação do antiveno (soro) específico para cada tipo de acidente, de acordo com a gravidade do envenenamento; O ministério da Saúde compra os soros e envia às Secretarias de Saúde para a aplicação gratuita pelo SUS; Pode ser encontrado em postos de saúde e hospitais credenciados; Existem soros específicos para cada gênero e devem ser aplicados de acordo com a gravidade. Outros tipos de acidentes Tratamento No verão, as taturanas costumam aparecer em árvores nativas ou frutíferas – observe atentamente as folhas e tronco de árvores; Cuidado ao colher frutas ou manusear folhas e gravetos, lembrando sempre que o uso de luvas evita o acidentes; Atenção especial deve ser dada às crianças que costumam subir em árvores e colocar as mãos nas taturanas; Pinte de branco os troncos das árvores próximas às residências – Facilita a visualização das lagartas urticantes; A limpeza da casa e dos terrenos baldios é a medida mais adequada para diminuir a ocorrência de aranhas e escorpiões; Ao manusear materiais de construção, usar luvas de raspa de roupo e calçados; Rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos e frestas; Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques; Acondicionar o lixo em recipientes fechados para evitar baratas e outros insetos; Realizar roçagem de terrenos; Manter berços e camas afastados das paredes; Examinar calçados e roupas. Usar botinas com perneiras ou botas de cano alto no trabalho; Usar luvas de couro nas atividade rurais e de jardinagem; não colocar as mão em buracos na terra, ocos na árvores, cupinzeiros, utilizando para isso um pedaço de pau ou enxada; Examinar os calçados; Vedar frestas e buracos em paredes e assoalhos; Limpar as proximidades das casas, evitando folhagens densas junto delas; Evitar acúmulo de lixo, entulhos e materiais de construção; Avaliar bem o local onde montar acampamentos e fazer piqueniques; Preservar inimigos naturais (raposa, gambá, gaviões e corujas, lagartixas). Prevenção Medidas preventivas Chiro = mão Ptera = asa Mais de 1150 espécies de morcegos do mundo; Cerca de 178 já foram registradas no Brasil; Único mamífero capaz de voar; Hábitos noturnos. MORCEGOS Os morcegos pertencem à Ordem Chiroptera Podem ser encontrados em ambientes naturais, como cavernas, tocas de pedras, ocos de árvores, do mesmo modo que em construções, como telhados, interior de churrasqueiras, forros de prédios. Quente, escuro e com alta umidade. Insetívoros – Insetos (Área urbana); Fitófagos/frutívoros – Frutos, Néctar, Pólen, Folhas (Área Urbana); Carnívoros – Pequenos vertebrados terrestres (Área rural); Piscívoros – Peixes (Área rural); Onívoros – Tanto de carne, quanto de vegetais (Área rural); Hematófagos – Exclusivamente de sangue (Área rural). Hábitos alimentares Porte médio: envergadura de 37 cm e peso 29g; Grupos de 20 a 200 indivíduos; Estrutura social complexa; Haréns (macho dominante, geralmente são 12 fêmeas e os filhotes); Machos jovens são expulsos da colônia; Comportamento de lamber outros indivíduos da sua espécie – partilha do alimento. Abrigos De todos as espécies de morcegos, apenas três apresentam hábitos hematófagos e todas ocorrem na América Latina, desde o sul do Méxicoaté o norte da argentina (Desmodus rotundus, Diphylla ecaudata e Diaemus youngi). DESMODUS ROTUNDUS Dispersão de sementes. Raiva CONFLITOS Importância ecológica: Doenças: Antropozoonose; Transmitida ao homens pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal infectado principalmente pela mordedura e lambedura; Encefalite progressiva e aguada; Letalidade de aproximadamente 100%. Insetívoros – Insetos (Área urbana); Fitófagos/frutívoros – Frutos, Néctar, Pólen, Folhas (Área Urbana); Carnívoros – Pequenos vertebrados terrestres (Área rural); Piscívoros – Peixes (Área rural); Onívoros – Tanto de carne, quanto de vegetais (Área rural); Hematófagos – Exclusivamente de sangue (Área rural). Hábitos alimentares Raiva No brasil, caninos e felinos constituem as principais fontes de infecção nas áreas urbanas; Apenas os mamíferos transmitem e são acometidos pelo vírus da raiva. Reservatórios Contato direto – Penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas. Modo de transmissão da raiva Os quirópteros são os responsáveis pela manutenção da cadeia silvestre; Na zona rural, a doença afeta animais de produção, como bovinos, equinos e outros. IN 5, 2002 – Normas Técnicas para o controle da raiva em herbívoros domésticos; O método para o controle de morcegos hematófagos está baseado na utilização de substâncias anticoagulantes, especificamente a warfarina; Devem ser seletivos – Desmodus rotundos; Morcego é protegido por lei. CONTROLE DE MORCEGOS HEMATÓFAGOS Captura do morcego; Aplicação tópica do vampiricida no dorso; Somente deverá ser executado pelos serviços oficiais – MV. Aplicação tópica de pasta vampiricida ao redor das mordeduras recentes de morcegos hematófagos; Eliminação apenas dos morcegos hematófagos agressores; Deve ser realizada pelo proprietário do animal espoliado, sob orientação de um MV. Método seletivo direto Método seletivo indireto Para que o controle da raiva dos herbívoros seja efetivo, é importante que o Serviço Estadual de Defesa Sanitário Animal mantenha uma rotina de cadastro dos refúgios/abrigos de Desmodus rotundos (Ficha de cadastramento de abrigos de morcegos hematófagos), com monitoramento pelo menos uma vez por ano, respeitando as características regionais de cada estado; Abrigos devem ser georreferenciados (GPS) CADASTRO DE MONITORAMENTO DE ABRIGOS Adentramento é definido como a entrada de morcegos no interior de edificações; As edificações representam os principais abrigos diurnos dos morcegos insetívoros Na área urbana Manejo ambiental para controle da fauna sinantrópica nociva; Eliminação ou alteração de recursos utilizados pela fauna sinantrópica, com intenção de alterar sua estrutura e composição, e que não inclua manuseio, remoção ou eliminação diretas dos espécimes; A eliminação direta de indivíduos das espécies em questão deve ser efetuada comente quando tiverem sido esgotadas as medidas de manejo ambiental. INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA N° 141 DE 19/12/2006 Os morcegos são espécies silvestres e, no Brasil, estão protegidos pela Lei de proteção à Fauna; Sua perseguição, caça ou destruição são considerados como crime; Não se deve utilizar inseticidas; Manejo dos abrigos, visando impedir o acesso; Avaliar o risco de exposição; Evitar contato com outros animais; Isolar o animal (caixa ou balde); Contato com as autoridades de saúde; Captura e remoção; Diagnóstico laboratorial da raiva; Caso a pessoa tenha entrado em contato – procurar o atendimento médico para a profilaxia da raiva humana. CONDUTA EM CASOS DE ADENTRAMENTO DE MORCEGOS NAS RESIDÊNCIAS Vacinação dos animais (herbívoros, cães e gatos); Comunicar as autoridades; Abrigos de morcegos na propriedade; Mordedura de morcegos dos animais; Animais com sinais clínicos suspeitos de raiva; Morcegos dentro das casas/edifícios; Procurar atendimento médico o mais rápido possível em caso de contato com morcegos ou mordedura ou arranhadura causada por cão ou gato. Adaptados ao convívio do ser humano Inconvenientes: Transmissão de doenças; Roeduras; Contaminação física; Esses animais não desenvolvem a doenças quando infectados e albergam a leptospira nos rins, eliminando-a viva no meio ambiente e contaminando água, colo e alimentos. ROEDORES Roedores urbanos Rattus novergicus – “ratazana”, o maior de todos. É a espécie principal portadora de um sorotipo da leptospira, sendo o mais perigoso para o homem. Rattus rattus – Rato preto ou rato de telhado. Mus musculus – Camundongo, o menorzinho e mais ágil. Papel da sociedade A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados; Através da pele com presença de lesões; Pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada; Através de mucosas – olhos, boca, nariz, etc. Ocorrência favorecida pelas condições ambientais dos países de clima tropical e subtropical (épocas com elevados índices pluviométricos); Leptospira precisa de ambiente úmidos para sobreviver; Período de incubação (desde o momento que a pessoa entra em contato com a leptospira, até o desenvolvimento dos sintomas): vária de 1 a 30 dias (média entre 5 e 15 dias) O homem é apenas hospedeiro acidental e terminal, dentro da cadeia de transmissão. Penetração do microrganismo: A leptospirose tem distribuição universal; No Brasil, é uma doença endêmica; Torna-se epidêmica em períodos chuvosos, principalmente nas capitais e áreas metropolitanas: Enchentes Aglomeração populacional de baixa renda; Condições inadequadas de saneamento; Alta infestação de roedores infectados. Nos últimos 10 anos: 1. 2. 3. 4. Média anual de 3.600 casos e 375 óbitos no país; As regiões Sudeste e Sul concentram o maior número de casos confirmados. Modo de transmissão - Lectospirose Características epidemiológicas Compreende todas as medidas empregadas para a eliminação de roedores, através de: Essas ações deverão ser acompanhadas de medidas de saneamento e controle ambiente; Para maior eficiência, a desratização deve ser realizada paralela ao trabalho de antirratização, limpeza e saneamento, a fim de se evitar a disseminação da população de roedores. Métodos mecânicos (ratoeiras); Métodos biológicos (animais predadores); Métodos químicos (raticidas); Inspeção do local infestado; Identificação da espécie infestante; Medidas de eliminação (desratização); Medidas preventivas e corretivas (antirratização). Manejo Integrado Controle Conjunto de medidas que visam modificar as características ambientais que favorecem a penetração, instalação e livre proliferação de roedores: acesso, alimento, abrigo e água; Compreende também ações de educação em saúde, através de informação, orientação e esclarecimento às pessoas ligadas diretamente ao problema, escolares e população em geral; Melhorar os serviços de coleta de lixo, aprimorar a utilização de aterros sanitários, aperfeiçoar a legislação sanitária e promover o envolvimento e participação da comunidade; Armazenamento apropriado dos alimentos em locais inacessíveis aos roedores; Nas áreas urbanas, deve-se ter atenção com o armazenamento e destinação do lixo doméstico: Manutenção de terrenos, murados, limpos e libres de mato e entulhos, evitando condições propícias à instalação e proliferação de roedores. As latas de lixo devem ser bem vedadas, e seu conteúdo, destinado ao serviço de coleta público. DESRATIZAÇÃO ANTIRRATIZAÇÃO Columbia livia; Alimentam-se preferencialmente de grãos e sementes, mas podem reaproveitar restos de alimentos; Nos centros urbanos, podem viver aproximadamente de 3 a 5 anos; Extremamente bem adaptada aos ambientes urbanos; Constroem seus ninhos em locais altos como prédios, torres de igreja, Inconvenientes; Contaminação física: Envolvimento na transmissão de doenças: POMBOS forros de casas e beiras de janelas, vãos de ar condicionado, etc.; Corrosão Histoplasmose, criptococose. Cryptococcus neoformans Micose sistêmica;Porta de entrada – via inalatória; É um fungo oportunista; Meningoencefalite, da evolução grave e fatal, acompanhada ou não, de lesão pulmonar evidente, fungemia e focos secundários para pele, ossos, rins, suprarrenal, entre outros; Cryptococcus neoformans é cosmopolita, ocorre em diversos substratos orgânicos, frequentemente associa-se a habitat de aves, excretas secas, ricas em fontes de nitrogênio, como ureia e creatinina. Reduzir a disponibilidade de alimento, água e, principalmente, abrigos. Não alimentar Recolher as sobras de alimentos dos animais domésticos Colocar o lixo em sacos plásticos bem fechados Evitar acumulo de restos de alimentos Impedir a formação de ninhos e o pouso, através de barreiras físicas como: telas, fios de nylon ou arame e fechamento dos acessos. Utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), sobretudo de máscaras, na limpeza de locais onde estejam acumuladas fezes e ninhos de pombos; Os locais com acúmulo de fezes desses animais devem ser umidificados para que os fungos possam ser removidos com segurança; Umedeça as fezes secas com solução desinfetante antes de removê-los, sempre usando luvas, mascaras ou pano úmido para proteger nariz e boca; Mantenha os alimentos protegidos. Criptocose Medidas preventivas Doença infecciosa febril aguda; Transmitida por carrapatos - estrela; Gravidade variável – formas leves e atípicas até formas graves com elevada taxa de letalidade; A transmissão geralmente ocorre quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro por um período de 4 a 6 horas. Evitar contato com o carrapato; Vestimentas (inclusive calçados e meias) sejam de cor clara, a fim de facilitar a visualização do vetor; Calça com parte inferior dentro das meias e vedadas com fita adesiva; Calçados fechados e de cor clara; Roupas de mangas longas, botar calça comprida com a parte inferior dentro das botas; Vistoriar o corpo a cada 3 horas; Não esmagar o carrapato pois ele pode liberar as bactérias e contaminar partes do corpo com lesões; Quando for retirar carrapatos, não se deve utilizar fósforo aceso ou outros objetos aquecidos, bem como produtos químicos; Deve-se girar levemente o corpo do carrapato até que se desprenda. Rhipicephalus sp. – cães Amblyomma sp. – Carrapato estrela CARRAPATOS Infestam a casinha do cachorro, postes, frestas em madeira e alvenaria, podendo escalar paredes abrigando-se em forros, batentes e portas. Terrenos baldios, parques, praças e próximos a represas e lagos onde há presença de cavalos pastando ou capivaras. Febre maculosa Medidas preventivas Identificar, quantificar e caracterizar a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações; Identificar o agente causal ou fatores de risco relacionados a causa dos agravos a saúde; Identificar e explicar os padrões de distribuição das doenças; Proporcionar dados para planejar, executar e avaliar o impacto de ações de prevenção, controle e tratamento das doenças; Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde; Prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE HUMANA E ANIMAL Pq quantificar as doenças em uma população? Através da pesquisa epidemiológica. Como quantificar as doenças em uma população? São os INDIVÍDUOS SUSCETÍVEIS; Dependente do tipo e tamanho da população; Abortamentos - vacas prenhas (suscetível); Mastite - Fêmeas em lactação; Toxoplasmose congênita - Gestantes. Quem é a população de risco? Exemplos: Conjunto de indivíduos que são o objeto do estudo; Variáveis: tamanho e características da população; Pode ser conhecida (canil, rebanho em uma propriedade). POPULAÇÃO Processo saúde-doença DETERMINANTES SOCAIS DA SAÚDE Situação de saúde – Relacionada às condições de vida e trabalho. Os agravos à saúde não ocorrem por acaso em uma população; Sendo assim, a distribuição desigual dos agravos à saúde é produto da ação de fatores que se distribuem desigualmente na população; A identificação e estimativa dos valores relativos dos fatos determinantes das doenças permite a aplicação de medidas preventivas. PROCESSO SAÚDE-DOENÇA Estudo das relações entre o agente etiológico e os demais componentes do ecossistema. ... HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS Quem, Onde quando ocorre determinada doença? Há grupos especiais mais vulneráveis? Existe alguma época do ano em que aumenta o número de casos? Em que áreas do município ou regiões do país a doença é mais frequente? Há disparidades regionais ou locais? Indivíduos idosos são mais atingidos do que crianças? Pertencer a uma dada classe social determina essa doença? PERFIL EPIDEMIOLÓGICO Objetivos e aplicações CAUSALIDADE DAS DOENÇAS ... PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA A distribuição cronológica pode ser aplicada no estudo de correlações entre a doença e variáveis climáticas. RACIOCÍNIO EPIDEMIOLÓGICO SURTO: O surto é uma ocorrência de casos em um local BEM LOCALIZADO. (ex: gastroenterite em uma festa após comer uma maionese estragada); EPIDEMIA: A epidemia acontece em um local mais abrangente, por exemplo em um município todo, em um estado; PANDEMIA: Um aumento nos números de casos de forma generalizada, em vários países. Autóctone: é o caso oriundo do mesmo local onde ocorre a doença; Alóctone/importado: caso de uma doença importada de uma outra localidade. Medidas curativas Promoção a saúde Medidas preventivas DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÕES São medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde; Qualquer medida contada ou calculada para evidenciar uma situação de saúde da população; Os indicadores de saúde foram desenvolvidos para facilitar a quantificação e a avaliação das informações produzidas; Vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para vigilância das condições de saúde daquela população; Valores absolutos podem ser utilizados como indicadores, porém sua interpretação exige cautela. A simples quantificação do número de casos de uma doença, sem fazer referência à população em risco, pode ser utilizada para dar uma ideia da magnitude do problema de saúde ou da sua tendência, em curto prazo, em uma população como, por exemplo, durante uma epidemia. INDICADORES DE SAÚDE VALORES ABSOLUTOS Geralmente utilizam-se valores relativos para se medir a frequência de eventos; A padronização dos valores absolutos permite criar taxas e realizar comparações; Um valor relativo (fração) é composto por um numerador (frequência absoluta) e um denominador (população em risco). INDICADORES DE SAÚDE As proporções representam uma parte do total de casos ou mortes, indicando a importância desses casos ou mortes no conjunto total; A proporção não expressa risco. PROPORÇÃO Os coeficientes (ou taxas) representam o “risco” de determinado evento ocorrer na população (que pode ser a população do país, estado, município, população de nascidos vivos, de mulheres, etc.); No numerador (casos) – doença, incapacidade, óbito, indivíduos com determinada característica etc. (é um subconjunto do denominador); No Denominador – população sob risco (de adoecer, de se tornar incapacitado, de morrer etc); Múltiplo de 10: 100, 1000, 10000 etc. (10%, 10 por mil etc). COEFICIENTE Coeficiente: Nº de casos x múltiplo de 10 População sob risco O numerador e o denominador são elementos de mesma natureza e mesma dimensão, mas são de grupos excludentes, ou seja, o numerador não está incluído no denominador. A razão mede relação entre eventos; Ex: razão entre duas doenças, razão masculino/feminino. RAZÃO Índices não expressam uma probabilidade (ou risco) como os coeficientes, pois o que está contido no denominador não está sujeito ao risco de sofrer o evento descrito no numerador; Pode ser multidimensional – escore/pontuação ou, razão entre duas quantias que expressemdimensões de natureza diferentes; Ex.: Índice de massa corporal – peso X altura. ÍNDICE Demográficos; Socioeconômicos; Mortalidade à Taxa de mortalidade e letalidade; Morbidade à Prevalência e incidência; Fatores de risco; Recursos; Cobertura. INDICADORES DE SAÚDE MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE DOENÇA PREVALÊNCIA: Relação entre o número de casos existentes de uma determinada doença e o número de indivíduos na população, em um determinado período. INCIDÊNCIA: Relação entre o número de casos novos de uma determinada doença e número de indivíduos na população, em determinado período. Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos; DEFINIR PRIORIDADES DE AÇÃO PROMOÇÃO DA SAÚDE; Fornece orientação técnica permanente para os profissionais de saúde; Auxilia na tomada de decisão sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos; Importante instrumento para o planejamento, organização e operacionalização dos serviços de saúde. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA É o número de casos da doença na população, em um determinado momento; Dado estático; Expressa como frequência (%); Denominador: população de risco; PREVALÊNCIA Número de casos x 100 = PREVALÊNCIA (%) População de risco É o número de novos casos da doença na população, em um determinado período; Dado dinâmico; Está aumentando ou diminuindo; Expressa como frequência (%) relativa Denominador: população de risco. INCIDÊNCIA Número de casos x 100 = INCIDÊNCIA (%) População de risco x tempo Vacinação em massa; Isolamento; Vazio sanitário; Tratamento dos casos; Ações de educação em saúde; Saneamento ambiental. RECOMENDAÇÃO DE MEDIDAS DE CONTROLE Os resultados das intervenções adotadas no controle das doenças e agravos devem ser monitorados e avaliados periodicamente, tanto através do acompanhamento de INDICADORES pré estabelecidos pelo serviço, como a partir de pesquisas avaliativas; Avaliar os resultados alcançados e se há necessidade de ajustes no processo de trabalho; O impacto das ações de controle adotadas na ocorrência de novos casos pode ser avaliado relacionando-se a medida dessas ocorrências com alguns parâmetros, que variam com as ações desenvolvidas vacinação à casos da doença. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO CONLUINDO...
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