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DIREITO EMPRESARIAL - ESTABELECIMENTO (RESUMO PARA OAB)

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Estabelecimento: Conjunto de bens, materiais ou imateriais, diretamente destinados ou úteis ao exercício da atividade empresarial. Prevalece na doutrina que o estabelecimento comercial tem natureza jurídica de universalidade de fato.
	CESPE – TCERO/2019: O estabelecimento comercial é todo o complexo de bens, materiais e imateriais, organizado para o exercício da empresa. Os bens materiais do estabelecimento comercial incluem as mercadorias
CESPE – TRF 1°/2017: O estabelecimento comercial é todo o complexo de bens, inclusive bens de natureza imóvel, organizados para o exercício da empresa.
Obs: "As mercadorias do estoque constituem um dos elementos materiais do estabelecimento empresarial, visto tratar-se de bens corpóreos utilizados na exploração da sua atividade econômica" (REsp 1.079.781/RS, ReI. Min. Nancy Andrighi, Terceira Turma, j. 14.09.2010, DJe 24.09.2010).
VUNESP – TJRS/2019: Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.
CESPE – ABIN/2018: O imóvel de uma sociedade empresarial utilizado exclusivamente como clube para seus funcionários integra o estabelecimento empresarial. (errado)
Obs: ESTABELECIMENTO EMPRESÁRIAL: BENS DIRETAMENTE RELACIONADOS A ATIVIDADE EMPRESÁRIA
PATRIMÔNIO: BENS QUE NÃO ESTÃO DIRETAMENTE RELACIONADOS A ATIVIDADE EMPRESÁRIA
CESPE – AGU/2015: O imóvel no qual se localize o estabelecimento da empresa é impenhorável, inclusive por dívidas fiscais. (errado)
FCC – TJAL/2015: É legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial.
Obs: Súmula 451 STJ “É legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial.”
FCC – SEFAZPE/2015: Na classificação geral dos bens, conforme Código Civil, o estabelecimento empresarial é uma universalidade de fato, por encerrar um conjunto de bens pertinentes ao empresário e destinados à mesma finalidade, de servir à exploração de empresa.
FGV – ALMT/2013: O complexo de bens organizados de forma racional para o exercício da empresa, entendida esta como a atividade economicamente organizada para a produção de bens e serviços, por empresário ou sociedade empresária, é denominado estabelecimento.
Ponto comercial/empresarial: É o local em que o empresário exerce sua atividade e se encontra com a sua clientela. O ponto pode ter existência física ou virtual.
	CESPE – TJPA/2019: Assinale a opção que indica a denominação dada ao elemento incorpóreo do estabelecimento empresarial pertencente ao empresário e que concerne à localização do imóvel onde é exercida a mercancia ou atividade industrial, que não se confunde com o imóvel propriamente dito e que muitas vezes assume papel preponderante para o sucesso da empresa, seja pela relação com os clientes, seja pela relação com os fornecedores, e que é protegido pela lei de locações.
e) Ponto empresarial
Trespasse: negócio jurídico que envolve a transferência do estabelecimento empresarial de um empresário para outro.
	MPT/2020: A compra e venda do estabelecimento empresarial, denominada trespasse, é exemplo de negócio jurídico translativo e está expressamente prevista pelo Código Civil.
CESPE – TRF 1°/2017: Após a alienação e entrega de um estabelecimento comercial, entre duas sociedades empresárias, o objeto do negócio foi penhorado em face de dívida contabilizada do vendedor constituída antes do negócio. O negócio jurídico realizado na referida situação hipotética constitui um trespasse.
Para que o contrato de trespasse tenha eficácia perante terceiros:
· Averbado na junta comercial e;
· Publicado
	CESPE – TJAM/2016: É condição de eficácia perante terceiros o registro do contrato de trespasse na junta comercial e sua posterior publicação
VUNESP – TJRS/2019: A sociedade empresária ABC Manufaturas Ltda. possui diferentes divisões de negócios no Brasil. Decidindo descontinuar determinada divisão para concentrar-se em outras consideradas mais rentáveis, aliena a planta fabril correspondente, assim como direitos, bens e obrigações atrelados à respectiva divisão. Como resultado da alienação, a sociedade resulta financeiramente ainda mais sólida. Considerando este caso, é correto afirmar que o negócio jurídico celebrado se qualifica como trespasse do estabelecimento comercial, é válido entre as partes desde a sua celebração, mas sua eficácia perante terceiros requer averbação no registro público de empresas mercantis e publicação na imprensa oficial.
FCC – TJRR/2008: Como regra geral, o contrato de trespasse independe de averbação no órgão do registro do comércio para que tenha plena validade.
Obs: a averbação (+ publicação) do contrato de trespasse não é condição de validade, mas de eficácia perante terceiros
Efeitos obrigacionais do trespasse: o adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados; continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir:
· Créditos vencidos: da publicação do contrato
· Créditos vincendos: um ano a partir do vencimento.
	FCC – TJSC/2015: Ricardo, empresário do ramo de móveis, alienou o seu estabelecimento para Alexandre, que ali deu continuidade à exploração da mesma atividade. No contrato de trespasse, foram regularmente contabilizadas todas as dívidas relativas ao estabelecimento, algumas delas já vencidas e outras por vencer. Nesse caso, Ricardo responde solidariamente com Alexandre, durante determinado prazo, por todas as dívidas anteriores à transferência do estabelecimento.
Cláusula de não concorrência no contrato de trespasse: esculpida no art. 1.147 do CC/02, o objetivo dessa cláusula é evitar que o empresário alienante não concorra com o empresário adquirente pelo prazo de 5 anos, salvo disposição em contrário.
Obs: Nos contratos de trespasse (alienação do estabelecimento comercial) existe, de forma implícita, por força de lei, uma cláusula de não concorrência (cláusula de não restabelecimento). Isso significa que, em regra, o alienante não pode fazer concorrência ao adquirente. Segundo o art. 1.147, o prazo da cláusula de não concorrência é de 5 anos. As partes não podem prever que a cláusula de “não restabelecimento” será por prazo indeterminado. O ordenamento jurídico pátrio, salvo expressas exceções, não aceita que cláusulas que limitem ou vedem direitos sejam estabelecidas por prazo indeterminado. Logo, a cláusula de não restabelecimento fixada por prazo indeterminado é considerada abusiva. STJ. 4ª Turma. REsp 680.815-PR, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 20/3/2014 (Info 554).
	CESPE – TJAM/2013: É vedado ao alienante de um estabelecimento empresarial fazer concorrência ao adquirente nos cinco anos posteriores à transferência, salvo mediante expressa autorização.
FAURGS – TJRS/2016: O alienante do estabelecimento, não havendo autorização expressa, não pode fazer concorrência ao adquirente nos cinco anos subsequentes à transferência.
FCC – DPECE/2014: João, titular de estabelecimento comercial do ramo de confeitaria, alienou-o para Paulo, que continuou explorando a mesma atividade no local. Dois anos depois da transferência, João decidiu alugar o imóvel vizinho, no qual estabeleceu nova confeitaria, passando a competir diretamente com Paulo. Nesse caso, e considerando que o contrato de trespasse nada previa acerca da proibição de concorrência, é correto afirmar: Na omissão do contrato, João não poderá fazer concorrência a Paulo nos cinco anos subsequentes à transferência do estabelecimento.
FCC – TCEPI/2014: A alienação do estabelecimento implica proibição de concorrência, pelo alienante ao adquirente, pelo prazo de cinco anos da transferência, salvo se houver autorização expressa.
Aviamento: é a aptidão que um determinado estabelecimento possui para gerar lucros ao exercente da empresa.
	CESPE – PCPE/2016: Aviamento refere-se à aptidão que determinado estabelecimento empresarial possui para gerar lucros.
Clientela: conjunto de pessoas que mantém com o empresário ou sociedade empresária relações jurídicas constantes.

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