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CROMATOGRAFIA POR TROCA IÔNICA – CTI É uma técnica físico-química de uso geral na purificação de biomoléculas, que consiste na separação de moléculas a partir da sua carga durante a interação da amostra com as fases. Essa técnica promove a separação de substâncias que por outra técnica seria muito mais difíceis. PRÍNCIPIO O íon da amostra se liga covalentemente a uma fase estacionária sólida, que neste tipo de cromatografia costuma ser uma resina. Os íons do soluto, com carga oposta, são atraídos para a FE por forças eletrostáticas. A fase móvel é geralmente uma solução iônica com propriedades tamponantes escolhidas de forma a ser compatível com o tipo de trocador usado. É comumente utilizada para separar moléculas biológicas, como os aminoácidos que constituem grupos químicos com cargas positivas e negativas. Sua separação se dá pelo pH do meio que tem a possibilidade de mudar a carga da molécula. O pH no ponto isoelétrico (pI) pode deixar a molécula sem carga ou de carga neutra. EQUIPAMENTO UTILIZADO Suporte – coluna. Fase estacionária – uma resina sólida. Fase móvel – solução iônica tamponante. PROCEDIMENTO 1. Escolha e preparo da FE A FE é denominada matriz de um trocador, que consiste em um material poroso, podendo ter uma origem natural ou sintética, inerte, insolúvel em água e solventes orgânicos e apresenta ligações covalentes com grupos trocadores iônicos. A matriz pode ter origem orgânica ou inorgânica e dependendo do grupo trocador ligado pode ser classificada em: trocador aniônico, trocam ânions e possuem grupos positivos ligados à matriz, e trocador catiônico, trocam cátions e possuem grupos negativos ligados à matriz. Trocadores inorgânicos Naturais Sintéticos Grupos dos alumínios- silicato Óxidos de metais do grupo IV UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS Instituto De Ciências Exatas / Departamento De Química DISCIPLINA: IEQ645 – Introdução à cromatografia / PROFESSOR: Emmanoel Vilaça Costa DISCENTE: Jéssica Fernandes Auzier / Matrícula: 21851606 DATA DE ENTREGA: 06/05/2021 Resumo do capítulo cromatografia por troca iônica (CTI) Minerais do solo Ácidos dos grupos V e VI Trocadores orgânicos Naturais Sintéticos Celulose Poliestufênicas Agarose Polifenólicas Dextrano Estireno- divinilbenzeno Trocadores iônicos líquidos podem ser usados revestindo suportes peliculares ou porosos. Trocadores iônicos líquidos Trocadores catiônicos Alquilésteres do ácido alcano-fosfônio Trocadores aniônicos Aminas com alta massa molecular ou compostos de amônio quaternário (trioctilmetilamônio). Os trocadores iônicos podem ser classificados a partir do grau de ionização e o pH em 3 grupos: fortes (ionização completa em qualquer pH), médios e fracos (ionização é influenciada pelo pH). Propriedades dos T.I Capacidade do trocador: Relaciona a troca de íons que ocorre entre a matriz e os íons da fase móvel. Capacidade disponível: é a capacidade real que depende da força iônica, pH e da temperatura). Seletividade: é uma relação inversamente proporcional do poder de polarização do íon com o grau de hidratação. Ordem crescente de afinidade de um trocador catiônico fortemente ácido Para cátions Th4+ > Fe3+> Al 3+>Ba²+> Pb²+ > Sr²+ > Ca²+ > Co²+ > Ni²+ > Cu²+ > Zn²+ > Mg²+ > Mn²+ > Ag+ > Cs+ > Be²+> Rb+ > Cd²+ > NH4+> K+ > Na+ > H+ > Li+ > Hg²+ Para ânions SO42- > CrO42- > citrato³- > tartarato2- > NO3- > AsO43- > PO43- > MoO42- > acetato- > I- > Br- > Cl- > HO- > F- > Escolha do trocador: Em C.P.: poros maiores e partículas entre 150-300 μm. Em C.A.: poros menores com partículas entre 40-75 μm. 2. Preparo da amostra Uma amostra impura é carregada na coluna de cromatografia da troca iônica em um pH particular. 3. Preparo da coluna A coluna é lavada para remover os compostos indesejados e as outras impurezas. Colunas com pequena secção transversal resulta em picos estreitos e mais altos. 4. Escolha da fase móvel A fase móvel pode ser soluções ácidas, básicas ou ainda tampões. A escolha da solução tamponada depende de qual pH pretende-se manter o sistema. Para uma boa solução tamponante é utilizado um ácido conjugado com o pKa perto de 1, sendo a concentração final da solução tampão no C.T.I. entre 1,0 x 10³ M a 5,0 x 10-1M. Os tampões mais utilizados são: fosfato, borato, Tris (trishidroximetilaminometano), citrato e acetato. Usa-se tampões voláteis como o acetato de piridina para não obter resíduos salinos. Para aumentar a seletividade e a força iônica adiciona-se sais neutros, como NaCl, ou solventes orgânicos. Deve-se levar em consideração que a diminuição de temperatura mesmo que mínima ocasiona um aumento do pH. 5. Aplicação da amostra A quantidade de amostra para o método cromatográfico se mostrar eficiente depende da capacidade do sistema, estima- se que o volume ocupado seja de 1-5 % da capacidade total do trocador. Excesso ou a carência do material resulta numa má resolução e tornando a análise mais difícil. 6. Eluição Ao utilizar o próprio tampão do preparo da coluna, na eluição, é denominada cromatografia de equilíbrio. Possibilitando numa separação de 2 componentes com cargas semelhantes, essa separação ocorre de forma lenta. Utilizando uma mudança discreta do pH do tampão ou da força iônica causa a diminuição da carga líquida, ocasionando uma separação mais rápida. ANÁLISES Os resultados quantitativos são obtidos por cálculo da área ou altura do pico apresentado no cromatograma, que são proporcionais à concentração da espécie a ser determinada. APLICAÇÕES - É o método cromatográfico o mais amplamente utilizado para a separação e a purificação de biomoléculas cobradas tais como polipeptídeos, proteínas, polinucleotido, e ácidos nucleicos. - Separação e purificação de componentes do sangue tais como a albumina, fatores de crescimento de recombinação e enzimas. - Biotecnologia, aplicações analíticas tais como a monitoração do controle e de processo de qualidade. - Estudo dos alimentos e pesquisa clínica. - Monitoramento do processo de fermentação durante a produção da B- galactosidade.
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