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Fernanda Feitosa – Tegumento Comum Tegumento Comum Tegumento Comum ➢ O termo tegumento comum compreende a pele e a tela subcutânea, com seu revestimento de pelos e uma variedade de glândulas cutâneas, assim como regiões mais especializadas como garras, cascos e cornos, por exemplo ➢ Auxilia no exame físico-clínico • Reflete uma variedade grande de processos patológicos externos e internos ➢ A perda de 25% do tegumento resulta em complicações fatais ➢ Representa um fator importante fator econômico ➢ Constituído por: • Pele + hipoderme (tela subcutânea) • Anexos cutâneos (glândulas, pelos, unhas, garras, cascos, coxins, chifres, cornos, bicos e escamas epidérmicas) ➢ Órgão mais extenso do corpo ➢ Composto pelos quatro tipos de tecido (epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso) ➢ Barreira protetora (patógenos, agentes mecânicos e químicos e raios solares) e relativamente impermeável ➢ Órgão sensorial ➢ Órgão endócrino (vitamina D) ➢ Órgão excretor (secreções das glândulas sudoríparas e sebáceas) ➢ Órgão imunológico ➢ Responsável pela homeostasia • Regulação da temperatura corporal ➜ vasos, glândulas e tecidos adiposo ➢ Pele • Epiderme (epitélio superficial) + Derme (tecido conjuntivo frouxo/denso ➢ Tegumento • Pele (Epiderme + Derme) + Hipoderme (tecido conjuntivo frouxo entremeado de gordura) Epiderme ➢ Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado ➢ Células mais abundantes ➜ queratinócitos ➢ Continuamente renovada ➢ Ausência de vasos sanguíneos e linfáticos ➢ Queratinócitos ➜ queratina ➢ Melanócitos ➜ melanina ➢ Células de Langerhans ➜ APC (defesa ➜ células apresentadoras de antígenos) ➢ Células de Merkel ➜ receptores de tato ➢ Córneo ➢ Lúcido ➜ limita-se a regiões espessas ➢ Granulosa ➢ Espinhosa ➢ Basal ➢ Diferenças entre regiões de intensa e pouca abrasão (pele fina e pele grossa) • Mais espessa e complexa na palma das mãos, planta dos pés e em algumas articulações Estrato Córneo Estrato Granuloso Estrato Espinhoso Estrato Basal Derme Desmossomos Queratinócitos Células de Langerhans Melanócitos Grânulos de Melanina Célula de Merkel Terminação do nervo sensorial Fernanda Feitosa – Tegumento Comum Estrato Basal ➢ Camada germinativa células (muita mitose) sustentada pela lamina basal, moldada sobre a derme ➢ Rica em células-tronco ➢ Renovação 15-30 dias ➢ Células cúbicas ou prismáticas ➢ Filamentos intermediários de queratina ➜ TONOFILAMENTOS ➢ Importante na cicatrização Estrato Espinhoso (Parabasal) ➢ Células mudam de poliédrica a pavimentosas ➢ Desmossomos entre as células (aspecto de espinhos) ➜ coesão • Resistência ao atrito ➢ Tonofilamentos mais numerosos Estrato Granuloso ➢ Três a cinco camadas de células achatadas ➢ Camada mais superficial da epiderme na qual as células ainda possuem núcleo ➢ Numerosos grânulos querato-hialina no citoplasma • Condensam os Tonofilamentos, previamente à formação da camada córnea Estrato Lúcido ➢ Mais evidente na pele espessa ➢ Camada fina, clara, homogênea e pouco corada ➢ Células pavimentosas homogêneas ➢ Não possuem organela nem núcleo ➢ Filamentos de queratina (Tonofilamentos) densamente agrupados, orientados paralelamente a superfície da célula Estrato córneo ➢ Camada mais superficial de espessura variável ➢ Células achatadas, mortas, queratinizadas e sem núcleo nem organelas ➢ Tonofilamentos + grânulos de querato- hialina ➜ QUERATINA ➜ elasticidade A queratina confere especializações epidérmicas, como os pelos Queratinócitos ➢ Maior população de células ➢ Organizados em cinco camadas ➢ Sofrem mitose ➢ Principal produto é a queratina ➢ Citomorfose ➜ acumulam queratina Melanócitos ➢ Sintetizam melanina ➜ eumelanina (preta e marrom) e feomelanina (vermelha) ➜ pigmentação da pele • Áreas glabras (sem pelos) e não pigmentadas são afetadas pela coloração dos vasos ➢ Células redondas e com longos prolongamentos, localizadas no extrato basal ➢ A melanina, contida nos melanossomos, é transferida aos queratinócitos ➢ Para ter melanina ➜ enzima tirosinase + aminoácido tirosina (colocado dentro do melanossomo) ➢ Animais albinos ➜ ausência de tirosinase ➢ O melanossomo leva a melanina do melanócitos até o queratinócitos ➜ dá a cor da pele Fernanda Feitosa – Tegumento Comum Células de Langerhans ➢ Células do sistema imune ➜ APC ➢ Derivados da medula óssea ➢ Célula com prolongamentos ➢ Espalhados pela epiderme, principalmente no estrato espinhoso Células de Merkel ➢ Maior quantidade em regiões espessas ➢ Espalhadas entre os queratinócitos do estrato basal ➢ São mecanorreceptores ligados pelos desmossomos aos queratinócitos adjacentes Região de transição ➢ Epiderme e derme ➢ Regiões com sobrecarga mecânica ➢ Papilas dérmicas + cristas dérmicas Derme (Cório) ➢ Abundantemente vascularizado e inervado ➢ Tecido conjuntivo composto por fibras colágenas e delgadas fibras elásticas ➢ Divide-se em duas camadas sem limites: camadas papilar e reticular • Ambas as camadas apresentam muitas fibras elásticas ➜ elasticidade da pele Camada papilar ➢ Delgada ➢ Tecido conjuntivo frouxo ➢ Delgadas fibras elásticas • Contribuem para prender a derme à epiderme Camada Reticular ➢ Espessa ➢ Tecido conjuntivo denso não modelado ➢ Espessas fibras elásticas • Responsável pela elasticidade da pele Hipoderme (Subcutâneo) ➢ Tecido conjuntivo frouxo entremeado de gordura (panícula adiposo) ➢ Une a pele (epiderme e derme) a estruturas profundas (periósteo, pericôndrio e fáscias profundas adjacentes) ➢ Age como isolante térmico e um absorvente de choque mecânico ➢ Formam as pregas cutâneas (espessamento local do tecido subcutâneo) • Locais onde não é desejado a movimentação da pele, a tele subcutânea é bastante delgada ➢ Filhotes • Presença de gordura marrom na fase perinatal. Encontrada na região nucal e do ombro (termogênese) ➢ Vasos arteriais suprem a pele ➜ 2 plexos • Entre a derme e a hipoderme • Entre camada reticular e papilar ➢ Plexos venosos ➜ 3 • Entre a derme e a hipoderme • Entre a camada reticular e papilar • Região média da derme Fernanda Feitosa – Tegumento Comum ➢ Ricamente inervada ➢ Plexos nervosos subcutâneos e dérmicos ➢ Terminações nervosas relacionadas com a dor, o tato e a sensibilidade a temperatura e a pressão ➢ Inervação autonômica Anexos cutâneos ➢ Derivados epidérmicos ➢ Glândulas sebáceas e sudoríparas ➢ Pelo ➢ Unhas, garras e cascos ➢ Chifres e cornos ➢ Coxins Glândulas sebáceas ➢ Produto de secreção ➜ sebo (secreção holócrinas) ➢ Se agrupam ao redor do folículo piloso (pelo), tendo o ducto excretor desembocado nele, com exceção das glândulas sebáceas especiais ➢ Glândulas alveolares simples ➢ Glândula holócrinas ➜ formação da secreção resulta na morte das células ➢ Exemplo ➜ glândulas dos lábios, mamilos, glande e pequenos lábios da vagina ➢ Podem funcionar como feromônios ➜ produção é regulada por hormônios sexuais • Odor de cachorro molhado • Lanolina = sebo da lã dos carneiros ▪ Usado em pomadas, cosméticos e agente de limpeza • Almíscar = secreção das glândulas prepuciais do boi almiscarado e das glândulas anais do gato da algalia ➢ Menor entrada de microrganismos ➢ Diminui a perda de água ➢ Contém precursores da vitamina D ➢ Pelo e pele macia e flexível ➢ Marcador territorial ➢ Glândulas sebáceas que não estão associadas ao pelo ➢ Glândulas tarsais das pálpebras ➢ Glândulas sebáceas circum-orais ➢ Glândulas sebáceas ao redor do anus ➢ Glândulas cornuais (caprinos) Glândulassudoríparas ➢ Glândulas simples tubulosa ➢ Muito numerosas ➢ Secreção • Merócrinas (ou écrinas) ➜ terminam diretamente na pele • Apócrinas ➜ associadas aos folículos pilosos ➢ Suor aquoso e hipotônico em relação ao plasma ➢ Homem ➜ principal glândula sudorípara ➢ Animais ➜ coxins plantares dos carnívoros, ranilha dos ungulados, carpo do porco e a região nasolabial dos ruminantes e dos suínos • Este suor desemprenha um papel menor na regulação da temperatura corpórea nos animais ➢ Suor viscoso e leitoso. Apresenta um odor individual, devido a degradação por bactérias ➢ Homem ➜ região mamaria, axilar, púbica e perineal ➢ Animais ➜ predominante e distribuída por todo a pele • A secreção e subsequente evaporação são importantes no metabolismo dos sais e na regulação da temperatura corpórea nos animais Fernanda Feitosa – Tegumento Comum • Glândula mamária Glândulas sebáceas e sudoríparas especiais ➢ Infra-orbitária das ovelhas ➢ Glândulas da bolsa inguinal ➢ Glândulas interdigitais dos ovinos ➢ Glândulas prepuciais ➢ Glândulas dos seios paranais (cão e gato) ➢ Glândulas da cauda ➢ Glândulas carpais dos suínos e dos gatos (exclusivamente sudoríparas apócrinas) Pelos ➢ Espalhado por toda superfície corpórea, com exceção dos orifícios corpóreos e da plantas das pés ➢ Estruturas delgadas e queratinizadas ➢ Cor do pelo depende dos melanócitos que fornecem a melanina ➢ Isolamento térmico ➢ Camuflagem ➢ Pelos retos e bastante firmes ➢ Formam o revestimento externo ➢ Todos os mamíferos domésticos • Com exceção do ovino ➢ Pelo central • Mais espesso • Mais longo ➢ Pelos finos e ondulados ➢ Encontrados na pelagem inferior ➢ Exceção ovinos que se encontram por todo o corpo ➢ Pelos periféricos • Mais curtos • Mais finos e macios ➢ Pelos de distribuição restrita ➢ Receptores de toque Pelo de cobertura ➜ 1 - Pelo lanoso ➜ 2 ➢ Contrai e puxa o pelo para uma posição mais vertical • Tornando-o eriçado ➢ Preso a cada folículo do pelo Unhas, garras e cascos ➢ Crescem a partir da epiderme ➢ Placas de células queratinizadas ➢ Proteção dos tecido subjacentes ➢ Unhas e garras: defesa ➢ Casco: reduz o impacto do pé e auxilia no retorno venosos • Garras expostas ➜ carnívoros • Garras retrateis ➜ felinos • Unhas ➜ primatas • Cascos ➜ equinos, bovinos, ovinos, caprinos e suínos Cornos e chifres ➢ Arma ofensiva ou defensiva ➢ Sinalizador sexual ➢ Osso cornual, derme e epiderme ➢ A epiderme origina a queratina tubular e Intratubular Fernanda Feitosa – Tegumento Comum ➢ A proliferação celular da epiderme é lenta ➢ O corno sempre vai crescer ➢ Constituído por osso e durante algumas épocas do ano por pele (velo) ➢ Quedas periódicas ➢ Projetam-se anualmente do osso frontal do crânio ➢ Ocorre somente em machos (exceto na rena) Coxins (Tórus) ➢ Almofadas sobre os quais os animais caminham ➢ Recoberta por uma epiderme densamente cornificada ➢ Derme escassa e subcutâneo espesso ➢ Os coxins são mais desenvolvidos nos animais plantígrados ➢ Conhecidos como castanhas nos equinos ➢ Coxim Tárciso é ausente nos carnívoros ➢ Conhecidos como castanhas nos equinos As queimaduras ➢ Podem ser classificadas como: ➢ Afetam apenas a epiderme ➢ A região fica dolorida, espessa, eritematosa e escamativa ➢ Aspecto é úmido, e a pele branqueia com a pressão ➢ Três a seis dias cara cicatrizar ➢ Atingem camadas da Derme ➢ Há edema e inflamação subcutânea, e os pelos caem com facilidade ➢ Meses até a recuperação completa ➢ Podem alcançar até os músculos ➢ Formação de crostas marrom-escura, rígidas e insensíveis ➢ Edema subcutâneo e necrose tecidual ➢ Cicatrização ocorre por contração e reepitelização ➢ Ocorre carbonização e redução significativa dos tecidos Tratamento ➢ Restaurar o tecido ➢ Reduzir a dor e a infecção ➢ Alcançar o melhor aspecto estético possível ➢ Utiliza-se analgésicos orais e compressas de água fria para diminuir a dor. Para reduzir a inflamação, o ideal é aplicar anti-inflamatórios e antimicrobianos tópicos ➢ Necessitam de curativo com sulfadiazina de prata a 1%. É importante que os tutores aprendam a realizar o curativo, já que o ideal é trocá-lo duas vezes ao dia, devido à oxidação da prata ➢ O tratamento tem de ocorrer em ambiente hospitalar. A analgesia é endovenosa, e há controle constante da função respiratória, da hemodinâmica e do suporte nutricional Fernanda Feitosa – Tegumento Comum A dor é tratada preferencialmente com os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) associados ou não aos opioides dependendo do grau de dor Referências Bibliográficas e de Imagem ➢ Slides Professora Karina Gagliardo ➢ Livro: Histologia Básica – Junqueira e Carneiro
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