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Farmacologia (Tratamento de Asma, DPOC, HIV, Hepatites, ITU, ISTs, Herpes; Anemias, Antifúngicos, Antiparasitários, Meningite, Sepse, Farmacologia tireoidiana, da obesidade e sistema gástrico)

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Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
1. Anemias 
2. Antifúngicos 
3. Antiparasitários 
4. Asma e DPOC 
5. Antibióticos 
6. Hepatites 
7. Herpes 
8. HIV/AIDS 
9. O besidade 
10. TGI 
11. Tratamento de ITU, ISTs e Vaginose bacterianas 
12. Tratamento de Meningites 
13. Tratamento da Sepse 
14. Tireoidiana 
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T4: latência de 3 dias, pico de atuação em 12 dias, meia-vida de 15 dias;
T3: latência de 6 a 12 horas, pico de atuação em 2 a 3 dias;
Os receptores de hormônios tireoidianos são mais sensíveis a T3, desse modo quase todo o
T4 perde um iodo e torna-se T3;
A função básica desses hormônios é acelerar o metabolismo;
➢Induz transcrições proteicas;
➢Aumenta em número e tamanho as mitocôndrias;
➢Aumenta a permeabilidade das membranas celulares ao sódio;
➢Crescimento corporal;
➢Maturação e crescimento cerebral;
➢Aumento da glicólise, da gliconeogênese e da absorção de glicose peloTGI;
➢Oxidação de gordura, mobilizada do tecido adiposo;
➢Redução de colesterol, fosfolipídios e triglicerídios no plasma;
➢Aumento do fluxo sanguíneo, do débito cardíaco e da frequência cardíaca;
➢Aumento da frequência respiratória, da motilidade do TGI, da fome;
➢Estímulo ao SNC. 
FARMACOLOGIA TIREOIDIANA
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No eixo normal, o hormônio liberador de tireotrofina (TRH) estimula os tireótropos da
adeno-hipófise a liberar o hormônio tireoestimulante (TSH). Este estimula a síntese e a liberação de
hormônio tireoidiano pela glândula tireoide. Tal hormônio, além de seus efeitos sobre os tecidos-
alvo, inibe a liberação adicional de TRH e TSH pelo hipotálamo e pela adeno-hipófise,
respectivamente. 
Na doença de Graves, um autoanticorpo (autoanticorpo IgG específico para o receptor de
TSH, conhecido como imunoglobulina estimulante da tireoide (TsIg) ) estimulador ativa
autonomamente o receptor de TSH na glândula tireoide, resultando em sua sustentada estimulação,
aumento dos níveis plasmáticos de hormônio tireoidiano (linhas espessas) e supressão da liberação
de TRH e TSH (linhas tracejadas). 
Na tireoidite de Hashimoto, um autoanticorpo destrutivo ataca a glândula tireoide, causando
insuficiência desta e diminuição de síntese e secreção de hormônio tireoidiano (linhas tracejadas).
Em consequência, não ocorre inibição mediante retroalimentação do hipotálamo e da adeno-
hipófise, e os níveis plasmáticos de TSH se elevam (linhas espessas).
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Tratamento do Hipotireoidismo
Reposição de hormônio tireoidiano: reposição
Levotiroxina T4 e Liotironina T3
Uso: hipotireoidismo e coma mixedematoso1
Efeitos Adversos: Hipertireoidismo, osteopenia, pseudomotor
cerebral, convulsões, IAM;
Contraindicações: IAM, Insuficiência adrenocortical não
tratada
Considerações:
Manifestação de angina suspender tratamento;
Em pacientes >50anos sem doença cardíaca, a
levotiroxina pode ser iniciada em uma dose de 50
mcg/dia. No hipotireoidismo de longa duração e em
pacientes idosos com doença cardíaca subjacente, é imperativo iniciar com uma dose
reduzida de levotiroxina, 12,5 a 25 mcg/dia, durante 2 semanas, antes de aumentarem
12,5 a 25mcg/dia, a cada 2 semanas, até obter um estado de eutireoidismo ou ocorrer
“toxicidade” (efeitos de colaterais de hipertireoidismo) provocado pelo farmaco. 
Coma mixedematoso: levotiroxina por via intravenosa –em geral 300 a 400 mcg no
início, seguidos de 50 a 100 mcg ao dia. 
Deve ser tomada uma vez ao dia 60 min antes de comer ou 4 h após a refeição, o
ideal é ao deitar.
Tratamento do Hipertireoidismo 
Tireoidectomia: a tireoidectomia quase total constitui o tratamento de escolha para pacientes com
glândulas muito volumosas ou bócios multinodulares 
Inibidores da captação de iodeto: competem com o iodeto pela captação nas células foliculares da
tireoide por meio do simporte de sódio-iodeto, dminuindo, assim, o suprimento intratireóideo de
iodeto disponível para síntese dos hormônios tireoidianos.
Perclorato, tiocianato, pertecnetato
Uso: hipertireoidismo e agentes de contraste radiológico
Efeitos Adversos: Anemia aplásica, irritação gastrointestinal
1 Está associado a fraqueza progressiva, torpor, hipotermia, hipoventilação, hipoglicemia, hiponatremia, intoxicação 
hídrica, choque e morte. O coma mixedematoso é uma emergência médica. 
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Contraindicações: Nenhuma
Inibidores de organificação e liberação do hormônio tireoidiano: o iodeto radioativo emite
fortemente partículas beta, tóxicas para as células foliculares da tireoide, em altas doses inibe a
captação de iodeto por meio do efeito Wolff-Chaikoff. A propiltiouracila inibe a tireoide peroxidase
e a conversão de T4 em T3, já o metimazol inibe a tireoide peroxidase.
Iodeto radioativo
Uso: hipertireoidismo 
Efeitos Adversos: Agravar oftalmopatia na doença de Graves, hipotireoidismo
Contraindicações: Gravidez
Iodeto em altas concentrações
Uso: hipertireoidismo 
Efeitos Adversos: Pode agravar sintomas do bócio tóxico
Propiltiouracila metimazol
Uso: hipertireoidismo 
Efeitos Adversos: Agranulocitose, hepatotoxicidade, vasculite, hipoprotrombinemia,
exantema e artralgias;
Contraindicação: Gravidez e Lactação
Inibidores do metabolismo periférico do hormônio da tireoide: bloqueiam a 5’-desiodade,
inibindo, assim, a conversão de T4 em T3
Beta-bloqueadores (Esmolol)
Uso: Crise tireotóxica
Efeitos Adversos: Broncoespasmo, bloqueio atrioventricular, bradiarritmias, sedação,
diminuição da libido, mascaramento hipoglicemia, depressão, dispneia e sibilos;
Ipodato
Uso: Hipertireoidismo
Efeitos Adversos: Urticária, doença do soro.
C onsiderações: ainda não disponível em mercado
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Os principais medicamentos empregados
contra os herpes vírus são os análogos de
nucleosídeos, que interrompem a elongação da
cadeia do DNA viral, como o aciclovir e o
ganciclovir.
Análogo da de oxiguanosina: O trifosfato de aciclovir compete com o trifosfato de
desoxiguanosina com o substrato da DNA-polimerase viral e é incorporado ao DNA viral, causando
finalização prematura da cadeia de DNA. O medicamento é ativado pela enzima TK em células
infectadas, não agindo sobre células sadias.
Aciclovir, Valaciclovir, Ganciclovir, Penciclovir e Fanciclovir
Uso: infecções por herpes vírus, orais, genitais e encefalites
Apresentações: Comprimidos: 200, 400 e 800mg; Creme 50 mg/g (5%); pomada
oftálmica 3 mg/g (3%) Intravenoso;
Pico plasmático em 1 a 2 h;
Meia vida: 4 h (Neonatos); 2-3 h (crianças); 3 h (adultos);
Tomadas de 4 em 4 horas ou 6 em 6 horas no caso do aciclovir, devida baixa
disponibilidade oral;
Metabolismo hepático e excreção renal; 
Valaciclovir: pró-farmaco do aciclovir, maior biodisponibilidade oral;
Ganciclovir: melhor seletividade no caso do citomegalovírus;
Valganciclovir: pró-farmaco do ganciclovir, maior biodisponibilidade oral;
Fanciclovir: permite uma dose apenas, ao dia
Efeitos Adversos: Flebite, náuseas, elevação de enzimas hepáticas, diarreia e rash cutâneo
Considerações: infusão IV > 1 hora → dano renal, o início do tratamento em até 72 h
aumenta sua eficácia. Aciclovir ultrapassa a barreira hematoencefálica. 
TRATAMENTO HERPES 
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Herpes Oral:
Aciclovir(tópico ou oral) e Fanciclovir (oral). Penciclovir (tópico)
Tratamento precoce reduz a duração do episódio em termos de cicatrização e sintomas,
porém, o benefício total não é de grande magnitude. 1 a 2 dias de abreviação da crise. Benefício
maior com administração sistêmica. 
Herpes Vaginal : 
Aciclovir (oral) a pomada não apresentou benefícios
Uso do Aciclovir oral reduz duração das lesões, melhora da cicatrização sem alterar
frequência de recorrência. Preferencialmenteinciar o tratamento em 24 h após as lesões
aparecerem.
Profilaxia em recorrentes ou imunossuprimidos.
A profilaxia em gestantes pode impedir os quadros de contaminação do RN, apesar de
teratogênico ela ocorre com aciclovir, o uso ocorre nas últimas semanas de gestação o que mitiga
os riscos ao feto.
Herpes Ocular : 
Aciclovir pomada oftamológica 30 mg/g
Usada a pomada que é utilizada em ceratite herpética superficial.
O uso de corticoide pode piorar o quadro.
Encefalite herpética : 
Aciclovir 
Quadro agressivo causado pelo herpes 1
A tríade clássica é: cefaleia, febre e alterações de comportamento podendo ser acompanhada
por quadros convulsivos.
Varicela Zoster:
Não tem indicação de aciclovir em quadros leves. Quadros graves devem ser tratados com
altas doses de aciclovir IV
Autolimitada
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Herpes Zóster: cura ocorre em 2 semanas, mas pode se estender até 6 semanas. Uso de
analgésicos derivados da morfina + Aciclovir/Valaciclovir/Famciclovir precoce durante 7 a 10 dias
(imunossuprimidos deve ser feito IV). A neurite pós-herpética leva ao quadro de dor crônica.
Citomegalovírus : 
Valganciclovir e Ganciclovir
Uso desses medicamentos em casos de retinite; 
Quadros comuns que podem ocorrer são colite, esofagite, enterite, gastrite. 
Pacientes com sorologia positiva e transplantados DEVEM receber profilaxia;
Profilaxia recomendada também para quadros de HIV com baixa contagem de CD4
Ganciclovir 5 mg/Kg de 12/12h em infusão lenta (não superando 1 h) por 14 a 21 dias
Análogo ao nucleotídeo da citosina: Inibe a síntese de DNA viral, sem depender de enzimas do
vírus para ser ativado
Cidofovir
Uso: casos refratários e resistentes ao aciclovir e seus derivados;
Toxicidade renal significativa;
Meia-vida curta, mas fica retido 17 a 65 h retido na célula, além de originar
metabólitos ativos, o que permite uma administração com intervalos mais elevados.
Usado Endovenoso;
É gonadotóxico, embriotóxico, mutagênico.
Coadministrado com probenicida e salina para reduzir a toxicidade;
Causa acidose metabólica e neutropenia
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Fosfanoformato: Inibe reversivelmente a DNA e a RNA-polimerase viral, interferindo, assim, na
síntese de DNA e RNA viral 
Foscarnate
Uso: casos refratários e resistentes ao aciclovir e seus derivados. Doença de órgão terminal
por CMV, 
Efeitos adversos: nefrotoxicidade, anemia, náuseas e febre. Hipocalcemia e hipomagnesemia
podem ocorrer pois o medicamento pode quelar os cátions bivalentes.
Hepatite B
Vírus de DNA
HBsAg: proteína do envelope
HbcAg: atg interno (capsídeo)
HBeAg: marcador de replicação 
Possui vacina (recombinante)
Diagnóstico:
HSV1 e 2: esfregaço, isolamento viral, 
sorológico (2 a 7 dias). PCR
VHZ: sorológico, PCR
EBV e CMV: sorologia
Roséola: PCR
SK: PCR
DNA-viral: indica casos agudos 
ou crônicos. Quanto maior a 
quantidade maior a probabilidade 
de câncer
FARMACOLOGIA DAS HEPATITES
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Se anti-HBC total (+) com anti-Hbs (-) indica infecção não curada
→ pedir anti-HBC IgM: se (+) →infecção aguda; se (-) olhar IgG
→pedir anti-HBC IgG: se (+) suspeita de hepatite crônica
→ pedir HBsAg e DNA viral: (+) Portador crônico
AST/GOT –5 a 34 U/L (enzima mitocondrial) ALT/GTP –6 a 37 (enzima citoplasmática)
Hepatites agudas: Podem se elevar a 100x o valor de referência
Cirrose: Valores em torno de 4 a 5x
Medicamentos: Salicilatos, ampicilina, álcool
GGT –5 a 55 U/L
Hepatites infecciosas: Pouca elevação; duas a 4x a referência
Hepatites alcoólicas: Importante indicador de alcoolismo; 
Pouca importância em consumo alcoólico em ocasiões sociais; 
Normalização dos valores em 2 a 3 semanas
Medicamentos: Paracetamol 
Hepatite B crônica: 
No mínimo de 2-4 consultas por ano; cirróticos mais frequentes
Acompanhamento dos marcadores
Não há cura. 
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O ponto mais próximo da cura é a negativação do HBsAg 
Identificado o portador crônico, quando tratar ?????????
Paciente > 30 anos→ HBeAg (+);
Paciente < 30 anos→ HBeAg (+) pesquisar AST e ALT, se 2X maiores que o normal;
Paciente HBeAg (-), mas portador ativo→ DNA vira >2000U/ml com AST e ALT, se
2X maiores que o normal;
Resultados ideias do tratamento: HbsAg negativo e anti-Hbs positivo→ completa remissão,
portador assintomático.
Resultado alternativo: HbeAg negativo e anti-Hbe positivo, normalização de ALT e redução do
HBV-DNA, isso indica um portador inativo, com fim da replicação viral. Em portadores de cirrose
busca-se HbeAg negativo e redução de carga viral.
Não cai na prova, mas tem que 
saber pra vida 
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Os protocolos são baseados na presença ou não do HbeAg
Tenofovir: Inibição seletiva da DNA polimerase viral, diminuição da replicação 
Uso: primeira linha para tratamento de hepatite B em pacientes virgens de tratamento não
cirrótico. A resistência do vírus é mínima, assim torna-se um medicamento muito efetivo.
300 mg dia
Meia-vida: 1 h
Pico: 30 min VO
12 a 24 semanas: HBV-DNA
A conversão de anti-Hbs/HBV-DNA indica resposta a terapia, após isso espera-se 6
meses para suspender o tratamento.
Efeitos adversos: dor de cabeça, dor abdominal, fadiga, mal-estar, tosse, glicosúria, náuseas,
dor nas costas, aumento da AST e ALT.
Está associado a desmineralização óssea e toxicidade renal
Contraindicação: paciente com DRC, doença de mineralização, coinfecção HIV/HCV, uso
com cautela em pacientes portadores de cirrose.
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Entecavir: Inibição seletiva da DNA polimerase viral, diminuição da replicação 
Uso: primeira linha para tratamento de hepatite B em pacientes cirróticos, em tratamento
com imunossupressão. A resistência do vírus é mínima, assim torna-se um medicamento
muito efetivo.
Paciente virgem e/ou portador de cirrose: 0,5 mg dia
Paciente portador de cirrose: 1,0 mg/dia 
Meia-vida: 5 a 6 dias 
Pico: 1 h VO
Efeitos adversos: dor de cabeça, tontura, náuseas, diarreia, dispepsia, vômito, fadiga.
Está associado a resistência se pacientes já usaram lamivudina ou telbivudina,
recomenda-se evitar o uso
Indicação especial: paciente com DRC, doença de mineralização, coinfecção HIV/HCV.
Nesses casos a presença do HBeAg indica uma replicação intensa do vírus, o que justifica
um tratamento mais agressivo com interferon que inibe a replicação e induz resposta imune.
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Interferon: Codificam proteínas que interferem na replicação viral. Ativação de RNAsese
inibidores da transcrição e tradução 
Uso: primeira linha para tratamento de hepatite B em pacientes HBeAg (+)
TRATAMENTO ÚNICO EM 48 SEMANAS
Injeção subcutânea
Meia vida: 2 h
Pico: 3 a 10 h
Duração: 48 semanas, com 24 semanas é indicado o teste de quantificação do DNA,
se não indicar remissão→ uso de tenofovir ou entecavir;
Após mais 24 semanas, novo teste, se não reduziu HBeAg → uso de tenofovir ou
entecavir;
Efeitos adversos: dor torácica, alopécia, rash cutâneo, prurido, amenorreia, náuseas,
anorexia, vômito, neutropenia, anemia, trombocitopenia, leucopenia, mialgia, fraqueza,
rigidez, parestesia, dispneia, tosse, faringite, sinusite, febre, depressão, mal-estar, confusão e
insônia.
Contraindicação: hipo ou hipertireoidismo não controlado
Alfapeguinterferona: Codificam proteínas que interferem na replicação viral. Ativação de
RNAsese inibidores da transcrição e tradução 
Uso: primeira linha para tratamento de hepatite B em pacientes HBeAg (+) com
transaminase elevada e/ou pacientes jovens
TRATAMENTO ÚNICO EM 48 SEMANAS
Aplicação subcutânea
Meia vida: 6 h
Pico: 15 a 44 h
Duração: 48 semanas, com 24 semanas é indicado o teste de quantificação do DNA,
se não indicar remissão→ uso de tenofovir ou entecavir;
Após mais 24 semanas, novo teste, se não reduziu HBeAg → uso de tenofovirou
entecavir;
Efeitos adversos: dor torácica, alopécia, rash cutâneo, prurido, amenorreia, náuseas,
anorexia, vômito neutropenia, anemia, trombocitopenia, leucopenia, mialgia, fraqueza,
rigidez, parestesia, dispneia, tosse, faringite, sinusite, febre, depressão, mal-estar, confusão e
insônia.
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Contraindicação: consumo atual de álcool ou drogas, a cardiopatia grave, a disfunção
tireoidiana não controlada, os distúrbios psiquiátricos não tratados, neoplasia recente. 
São equivalentes em pacientes virgens de tratamento:
Alfapeguinterferona 2a (40 Kda)– 180 mcg/semana (dose fixa);
Alfapeguinterferona 2b (12 Kda)- 1,5 mcg/kg/semana (dose calculada);
Manejo da neutropenia em pacientes em uso de alfapeguinterferona 
♠Pacientes candidatos a uso de filgrastim (G-CSF): 
•Neutropenia severa–neutrófilos <500/mm³ ou <750/mm³ 
•300mcg SC 1 a 2 X na semana
♠Suspensão do uso de PEG-IFN: plaquetas <25.000/mm 
♠Hemoglobina atual <10g/dL ou queda de >3,0g/dL em relação ao nível pré-tratamento; 
Pacientes sintomáticos→ Eritropoetina sintética (alfapoetina): 10.000UI a 40.000UI
por semana, SC, a critério clínico. 
H epatite C 
Geralmente, sua apresentação é subclínica e cronifica. O objetivo do tratamento é a cura.
O diagnóstico diferencial se dá por meio de anticorpo total anti-HCV, não indica o estado da
doença, somente o contato. Se o resultado for positivo indica-se a realização de PCR, tal qual a
suspeita de uma exposição. A janela do sorológico é de 1 mês e a do PCR é de 2 semanas.
A quantificação do HCV-RNA está indicada para o diagnóstico da hepatite C crônica,
estando positivo por mais de 6 meses, bem como anti-HCV.
Já o exame de genotipagem do HCV é importante fator de decisão terapêutica. Seu resultado
é analisado acompanhado das funções renais e hepática do paciente e se ele é virgem ou não quanto
a outros tratamentos.
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
O resultado esperado é a resposta virológica sustentada, indicada pela indetectabilidade do
HCV-RNA, em 24 semanas; 
O tratamento atua diretamente no HCV, interrompendo sua replicação. Facilidade
posológica; tratamento por menor período de tempo e com menos efeitos adversos; menor
necessidade de exames de biologia molecular para avaliação do tratamento; e melhores resultados 
O tratamento deve ser suspenso se a paciente estiver ou descobrir uma gestação. Após o
término do tratamento um prazo de 24 semanas (6 meses) deve ser esperado para uma gestação.
H epatite A 
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Hepatite E: detecção de IgM contra o HEV no sangue 
Tratamento das hepatites A e E: O repouso, alimentação equilibrada e evitar a ingestão de álcool 
H epatite D: protocolo da Hepatite B
A TARV tem por objetivo proteger as células TCD4 e diminuir a viremia (redução da carga
viral), aumentando a qualidade do sistema imune e reduzir a transmissão na comunidade.
Exames:
RNA viral PCR→ janela de 10 dias;
Carga Viral→ janela de 15 dias, determina o prognóstico da infecção, PADRÃO OURO,
detecta precocemente problemas de adesão ao tratamento; 
Capsídio antígeno (p24) → janela 20 dias;
Anticorpos para proteína gp120 (anticorpo anti-HIV)→ janela de 100 dias
Contagem de CD4→ avalia o grau de comprometimento do Sistema imune
Normal: 1000-1500 U/mL
Infecção Latente: > 350 U/mL
Risco elevado de infecção: < 200 U/mL
Imunodeficiência grave: 50-100 U/mL
♠ Infecção Aguda → Contato com o vírus;
♠ Síndrome Retroviral Aguda → 2 a 6 semanas após infecção, sintomas semelhantes aos da
mononucleose; 
↑ Carga Viral = ↓ Contagem CD4
TRATAMENTO DO HIV/AIDS
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
♠ Latência Clínica → >350 céls/mm3 CD4 +; Pode apresentar linfonodopatias e durar de 8 até 10
anos;
♠ Fase Sintomática → 200 – 300 céls/mm3 CD4 +; 2 a 3 anos. Diarreia crônica, cefaleia, infecções
e reativações de patógenos latente;
♠ AIDS → <200 céls/mm3 ou doença oportunista associada; 1 ano. São comuns os quadros de
candidíase. AIDS plena, junta a contagem inferior a 200 de CD4 + carga viral > 75000 cópias/mL.
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Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Tratamento:
Objetivos da TARV: imunológico (aumento de CD4), epidemiológico (diminuição da
transmissão), virológico (redução da carga viral para níveis indetectáveis), clínicos (aumento da
sobrevida e qualidade de vida)
Terapia Antirretroviral Altamente Ativa (HAART): 
Uso: Utilização de medicações combinadas. O tratamento é indicado para todo HIV+.
Terapia inicial:
Inibidor da integrase + dois ITRN/ITRNT
Primeira escolha para adultos: Dolutegravir50mg + Tenofovir300mg/
Lamivudina 300mg; 
Baixa resistência, melhor adesão e poucos efeitos adversos;
Exceção a esse esquema deve ser observada para os casos de coinfecção TB-
HIV, MVHIV com possibilidade de engravidar e gestantes;
Efeitos adversos: lipodistrofia, toxicidade mitocondrial, anemia, IR, hepatoxicidade,
pancreatite, dislipidemias, diabetes e resistência à insulina. Alterações neuropsiquiátricas.
Reações de Hipersensibilidade. Diarreia, náuseas, vômitos, anorexia, 
Contraindicação ao Dolutegravir : Gestação; Mulheres em Idade Fértil; Uso de
anticonvulsivantes (Fenitoína, Fenobarbital, Carbamazepina, Oxcarbazepina);
Rifampicina(TB): interações medicamentosas (hiperdose); Antiácidos e cátions divalentes
(requer intervalo de doses); Metformina (requer ajuste de dose)
Substituir por Efavirez, se contraindicado (sensibilidade ou TB+HIV)
Substituir por Raltegravir
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Paciente com 
hipercolesterolemia + HIV 
deve fazer uso de Genfibrozila
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Contraindicação ao Tenofovir : Doença renal atual ou potencial; Osteopenia/osteoporose;
Hipertensão grave/descompensada
Substituir por Abacavir+ Lamivudina(ABC/3TC)
ABC é contraindicado para pacientes HLA-B*5701 +
Zidovudina + lamivudina (AZT/3TC) 
Falha Virológica: 
Carga viral detectável após 6 meses do início ou da modificação da TARV;
Carga viral detectável em paciente em TARV que possuía carga viral indetectável;
A principal causa é a má adesão ao tratamento;
Genotipagem pré-tratamento: indicada em:
Casais sorotipo diferentes, contrair HIV de parceiro em TARV;
Gestantes HIV+;
Crianças HIV+;
Coinfecção TB-HIV.
Após confirmada a falha virológica→recomenda-se a pesquisa de resistência viral
aos ARV. Definição do esquema de resgate: Inibidores não análogos de nucleotídeos,
Inibidores da entrada e Inibidores de fusão.
Enfurvirtida90mg: Inibidor de fusão
Maraviroque300mg: Inibidor de entrada
Etravirina100mg ETV: Inibidor da TR não análogo 
Inibidores da protease “reforçados” por ritonavir(IP/r): Atazanavir(ATV), Darunavir
(DRV) e Lopinavir (LPV) 
Lamivudina (3TC): coinfecção HIV/HBV, apresenta baixa barreira genética, 
Efeitos adversos: tosse, diarreia, fadiga, febre, cefaleia, mialgia, náuseas, vômitos.
Associação: Tenofovir (TDF), Abacavir (ABC), Zidovudina (AZT)
Tenofovir (TDF): primeira linha para a hepatite B e virgens de tratamento, alta barreira
genética e elevada potência de supressão viral. 
Efeitos adversos: cefaleia, dor abdominal, fadiga, mal-estar, glicosúria, náuseas, dor nas
costas, aumento AST.
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Contraindicado: pacientes com disfunção renal ou insuficiência renal e seu uso deve ser
cuidadoso em pacientes com DM, HAS e osteoporose/osteoponia. Seguro e bem tolerado na
gestação
Associação: Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC)→ recomendada para pacientes
HIV+HBV, permite tomada única.
Abacavir: necessidade de tipagem genética para HLA-B*5701, alternativa para os pacientes
que não podem fazer uso de Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC)
Efeitos adversos: Dislipidemia, diarreia, fadiga, febre, cefaleia, mialgia, náuseas, vômitos,
depressão
Associação:Lamivudina
Zidovudina (AZT): Lamivudina 
Efeitos adversos: Toxicidade hematológica, anemia e neutropenia grave, lipoatrofia,2
anorexia, diarreia, leucopenia, cefaleia severa, náuseas, vômitos, dor, rash, fraqueza, tontura.
Associação: Lamivudina (3TC)
Dolutegravir (DTG): alta potência e alta barreira genética, 
Efeitos adversos: hiperglicemia, aumento da creatinina sérica sem modificar a TFG, insônia,
cefaleia, fadiga, dano renal. Pacientes com insônia, administrar de manhã.
Efavirez: promove supressão da replicação viral por longo tempo, baixa barreira genética, 
Efeitos adversos: sonolência, sonhos vívidos, alucinações, ansiedade, insônia, depressão,
tontura, febre, náuseas. Lipoacumulação3
PrEP (entecavir 300 mg + entricitabina 200 ): profilaxia pré-exposição
Indicações: 
Pacientes HSH;
Pessoas trans;
Profissionais do sexo;
Parceiros sorodiscordantes.
2 Redução da gordura em regiões periféricas, como braços, pernas, face e nádegas, podendo apresentar proeminência
muscular e venosa relativa.
3 Acumulação de gordura: dorso, abdomem, braços, mamas e submento; observado em esquemas com EFV, IP e 
RAL 
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Começa agir 7 dias de uso para relação anal e 20 dias para relação vaginal
Efeitos adversos: efeitos gastrointestinais. Em longo prazo, o risco é a alteração da função
renal e perda óssea. 
PEP: profilaxia pós-exposição
Uso: 
Deve ser usado em no máximo 72h
após a exposição;
Ideal, 2 h após exposição;
São determinantes a carga viral, a
integridade da mucosa exposta,
presença de traumatismo ou violência.
Percutânea: lesões causadas por agulhas ou outros instrumentos perfurantes e/ou
cortantes; 
Membranas mucosas: exposição sexual desprotegida; respingos em olhos, nariz e
boca; 
Cutâneas envolvendo pele não íntegra: presença de dermatites ou feridas abertas; 
Mordeduras com presença de sangue: nesses casos, os riscos devem ser avaliados
tanto para a pessoa que sofreu a lesão e a que lesionou
Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG) DURANTE 28 DIAS
Efeitos adversos: efeitos gastrointestinais. Em longo prazo, o risco é a alteração da função
renal e perda óssea. 
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H IV+GESTAÇÃO: 
Todos os RN expostos ao HIV devem receber profilaxia com ARV 
O AZT deverá ser administrado imediatamente após o nascimento (nas quatro
primeiras horas de vida). Para a eficácia da profilaxia, esta deve ser iniciada o mais
precocemente possível, até 48 horas do nascimento. 
Antifúngico ideal: Baixa toxicidade; Alta penetração tecidual (SNC e ossos), múltiplas vias
de administração (solúvel em água) e amplo espectro.
Sistêmicos:
Poliênicos: Anfoterecina (formação de poros na membrana)
Triazólicos: Fluconazol, Itraconazol, Voriconazol
Equinocandinas: Micafungina; Anidulafungina
ANTIFÚNGICOS
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Pirimidina Flurorada: Griseofulvina
Tópicos:
Poliênicos: Nistatina
Imidazólicos: Cetoconazol; Miconazol
Alilaminas: Butenafina; Terbinafina
Candidíase Mucocutânea (C. Albicans, C.tropicalis, C. Psudotropicalis; C. Guillermondi; C. 
Parapsilosis; C. Krusei; C. Glabrata).
Nistatina:
U so: Infecção por Candida
Administração oral (suspensão), não é absorvida de maneira sistêmica;
Uso por meio de bochecho, que deve ser realizado e o medicamento deve
permanecer na boca pelo maior tempo possível antes de ser engolido
Efeitos adversos: Diarreia, náuseas, vômitos, dor de estômago, vômito, síndrome de
Stevens-Johnson, reação de hipersensibilidade
Miconazol gel oral 20 mg: 
U so: profilaxia e terapêutico
Bebês > 6 meses podem fazer uso
4 aplicações diárias de 10 a 14 dias
Efeitos adversos: Náuseas, vômitos e regurgitação
Interações: inibe a enzima CYP3A4 e CYP2C9, deve ser evitado na gestação
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Mucocutânea-Vaginal:
Não Complicada:
•Mais comum
•< 3 episódios por ano
•Nistatina, miconazol, clotrimazol em cremes vaginais, a resposta é mais rápida, porém
impede relação sexual;
•Itraconazol e Fluconazol VO demoram mais para atuar, mas permitem a relação sexual
C omplicada: 
•Ser recorrente, com mais de 4 episódios por ano. 
•Provocar sintomas muito intensos.
•Ser provocada por uma Candida que não a Candida albicans, como, por exemplo, Candida
glabrata.
•Acometer grávidas, pacientes com diabetes mal controlado ou qualquer doença que
provoque imunossupressão.
♠ Recorrente e sintomas intensos: Fluconazol 150 mg por via oral, 3 doses com
intervalo de 72 horas entre cada uma; esquemas tópicos
♠ Candidas não albicans: Candida glabrata: Ácido bórico, cápsula vaginal de 600 mg,
1 vez por dia durante 14 dias. Candida krusei: Cotrimazol, Miconazol ou Terconazol
intravaginal por 7 a 14 dias.
♠ Gestantes: tt tópico→ O Cotrimazol e o Miconazol por 7 dias são as drogas mais
usadas 
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Candidíase mucocutânea nas dobras
Uso de pomadas e aplicações tópicas, em casos graves fluconazol 150 mg 1 vez na semana
por 2 a 4 semanas.
Candidíase mucocutânea esofágica
Doença definidora de AIDS, candidemia é a entrada do patógeno na corrente sanguínea,
pode estar relacionada com cateteres venosos centrais, cirurgias, terapias de amplo espectro.
TTO: fluconazol 200-400 mg VO ou EV 14 a 21 dias, pode ser associada à Anfoterecina
Dermatomicoses ( Mycrosporum ; Epidermophyton; Tricophyton ) 
Tinea do corpo
Terbinafina 1% 2 X ao dia por 2 semanas
Butenafila 2x ao dia por 2 semanas 
U so: evitar contato com mucosa
Efeitos adversos: queimação eritema e irritação local
Contraindicação: Nistatinas
Tinea dos pés
Itraconazol tópico 200 mg/dia 12 semanas
T erbinafina tópico 250 mg/dia 12 semanas 
U so: evitar uso de calçados fechados
Efeitos adversos: Descamação da pele, irritação, pele ressecada.
Onicomicose
Itraconazol 200 mg 2x ao dia por 1 semana ao mês durante 3 meses
Terbinafina 250 mg/dia 3 meses
F luconazol 150 a 300 mg 1 x/semana 3 a 4 meses 
Amorolfina esmalte 1 a 2 x semana por 3 a 6 meses
Efeitos adversos: Descamação, irritação local
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Tinea do couro cabeludo
Griseofulvina 500 mg 1 x dia VO, por 4 a 6 semanas (criança) e 10 a 20 mg/Kg/dia de 2
a 4 semanas (crianças)
Terbinafina 250 mg/dia por 4 a 8 semanas
Efeitos adversos: Descamação, irritação local
Ptríase versicolor
Fluconazol 150 mg 1 x semana por 3 semanas
Itraconazol 200 mg 1 x dia por 5 dias
Efeitos adversos: Descamação, irritação local
Antifúngicos Sistêmicos:
Aspergilose
Itraconazol;V oriconazol; Anfotericina B 
Histoplasmose (lesões de pele que podem apresentar foco pulmonar por disseminação
sistêmica)
Anfotericina B (EV) seguida de Itraconazol 
Considerações: imunossuprimidos devem realizar profilaxia com Anfotericina B
Paracoccidiomicose (pode ocorrer manifestação sistêmica, focos pulmonares com infiltrado
intersticial, manifestações mucocutâneas)
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Anfotericina B; Itraconazol; Fluconazol 
Cryptococcus ( cursa com meningite subaguda ou meningoencefalite com febre protação e
cefaleia progressiva)
Anfotericina B; Fluconazol
Micoses subcutâneas (esporotricose, zigomicose, cromoblastomicose, feohifomicose )
Anfotericina B; Itraconazol; Fluconazol + remoção cirúrgica
Anfoterecina B: formação de poros na membrana do fungo por ligação ao ergosterol
Uso: 
Amplo espectro, usada inicialmente para reduzir a carga fúngica, seguida por um
azól
Endovenosa
A forma desoxicolato e lipossomal reduzem os efeitos adversos, tem maior
penetração tecidual e permite maiores doses, porém mais caras.
Meia-Vida: 15 dias
Efeitos adversos: toxicidade renal; toxicidade hepática, hipomagnesemia, hipocalemia,
depressão medular ↓ eritropoetina, anemia, trombocitopeniaContraindicação: paciente com DRC, ITU
Consideração: toxicidade pré-infusão: calafrios, febre, zumbidos, cefaleia,
Realizar hidratação com SF 0,9% 1 L
Pré-medicação: paracetamol + difenidramina + hidrocortisona de 30 a
60 minutos antes da anfoterecina.
Fotossensível 
Dose máxima diária: 1,5 mg/Kg/dia adulto
Dose máxima da formulação lipídica: 10 mg/Kg/dia
Diluição em SG 5% em 2 a 4 h
Monitoração da creatinina sérica se > 3 mg/dl em sadios, suspender 
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Azóis: inibe a produção do ergosterol por afinidade ao P450 fúngico
Uso: 
Imidazóis: tópicos→ butoconazol, clotrimazol, econazol, cetoconazol, miconazol,
isoconazol, oxiconazol, sertaconazol, sulconazol, terconazol e tioconazol. 
Efeitos adversos: dermatite de contato, irritação vulvar, edema, Cetoconazol
pode aumentar os níveis de testosterona e cortisol
Tiazóis: orais→ dermatófitos, fungos filamentosos, leveduras e fungos dimórficos 
Amplo espectro
Fluconazol: boa disponibilidade VO e EV, 
Meia Vida de 25 a 30 horas;
1 X ao dia
Não interage com medicamentos
Uso de bebidas alcoólicas é contraindicado
Atinge altas concentrações em LCR, tecido da vagina, saliva, pele, unhas, líquidos
oculares.
Usado em profilaxia de transplantes e meningites fúngicas
Dose adulto: 100 a 200 mg/dia
Dose pedi: 3 a 12 mg/Kg/dia
Dose vaginal: única de 150 mg
Duração do TTO: variável 
Efeitos adversos: cefaleia, náuseas, vômito, hepatotoxicidade, diarreia, dor
abdominal e manifestações cutâneas.
Itraconazol: boa disponibilidade VO 
Maior espectro que o fluconazol;
Escolha para esporotricose e micoses subcutâneas;
Administração preferencialmente com alimentos;
Extensa metabolização hepática (atentar hepatopatias);
Não se acumula na insuficiência renal
Sem penetração no SNC, não indicado em meningites
Inibe o Citocromo P
Disponível em cápsulas de 100 mg
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Esquemas terapêuticos variados conforme o local da infecção, mas geralmente
iniciado em 200 mg
Contraindicado da gestação e na lactação, presente no leite 
Efeitos adversos: cefaleia, náuseas, vômito, hepatotoxicidade, diarreia, dor
abdominal e manifestações cutâneas, hipertensão, febre
Voriconazol: boa ação em pacientes com cândida refratária aos outros tratamentos,
Ampla penetração tecidual, inclusive em SNC, exceção do TU
Várias interações medicamentosas.
Efeitos adversos: cefaleia, náuseas, vômito, hepatotoxicidade, diarreia, dor
abdominal e manifestações cutâneas, hipertensão, febre, hipocalemia,
hipomagnesemia, fotofobia e alteações visuais 
Equinocandinas: inibe enzima produtora da parede celular, 
Uso: 
Não atingem concentração terapêutica em olhos, urina e SNC
Paciente grave ou criticamente enfermos ou se há suspeita de infecção por C.
Glabrata ou C. krusei; Candidiase invasiva, ou casos graves
Anidulafungina→ contraindicação em pedi, uso contra todas as cândidas e aspergilos
Micafungina: boa ação em pacientes com cândida refratária aos outros tratamentos
(fluconazol e voriconazol)
Dose para Cândida: 100-150 mg/dia
Dose para Aspergilos: 200-250 mg/dia
Dose pedi: entre 1 Kg e 1,5 Kg→ 10 mg/Kg/dia
Duração variável, de 4 a 5 dias
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Asma: inflamação crônica das vias aéreas, com hiper-reatividade. (Sibilos, dispneia, tosse)
eosinófilos e TCD4. Liberação de mediadores alérgicos, IgE, leucotrienos, histaminas, citocinas,
interleucinas. História de atopia. Os sintomas iniciam na infância e apresentam remissão com o
avançar da idade. Contraindicação para o uso de AAS e outros AINES além dos BB.
A redução de eosinófilos, mastócitos, edema, permeabilidade vascular pode ser obtida por
meio dos glicocorticoides, que agem apenas na resposta alérgica/inflamatória e não promovem
broncodilatação. O uso sistêmico pode ocorrer em casos de exacerbação e gravidade do quadro por
um período curto de 5 a 7 dias.
Os inibidores dos leucotrienos como o Montelucaste pode ser usado quando ocorre
broncoconstrição induzida pelo frio, AAS, alérgenos; Possuí eficácia inferior aos glicocorticoides,
mas é indicado por não apresentar os efeitos adversos dos corticoides
TRATAMENTO DA ASMA E DPOC
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
DPOC: Limitação do fluxo respiratório, macrófagos neutrófilos e TCD8. Para alívio dos sintomas
agudos, a inalação de um β-agonista de ação curta (p. ex., salbutamol) ou de um anticolinérgico (p.
ex., brometo de ipratrópio), ou de ambos combinados, geralmente é efetiva. Para pacientes com
dispneia de esforço persistente e limitação das atividades, há indicação para uso de β-agonista de
ação longa (como o salmeterol) ou de anticolinérgico de ação longa (p. ex., tiotrópio). Para
pacientes com obstrução grave do fluxo de ar ou com história de crises anteriores, o uso regular de
um CSI (corticoesteroides inalatórios) reduz a frequência de crises. A teofilina pode ter papel
importante no tratamento da DPOC, uma vez que melhora a função contrátil do diafragma
aumentando a capacidade ventilatória. A principal diferença é na crise aguda, que no caso da DPOC
deve ser abordada com antibióticos, já que, a principal causa de exacerbação são as infecções.
Epinefrina: agonista β-adrenérgicos 
Uso: asma aguda grave refratária
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Efeitos adversos: Arritmias incluindo fibrilação ventricular, hemorragia cerebral, hipertensão
grave, cefaleia, nervosismo, tremores, palpitações e taquicardia.
Contraindicações: Trabalho de parto em curso, glaucoma de ângulo fechado, choque distinto
do anafilático, lesão cerebral orgânica, arritmias, insuficiência coronariana, hipertensão
grave, aterosclerose cerebral. 
Ipratróbio (Atrovent ® ) e Tiotrópio: antagonista muscarínico
Uso: asma e DPOC
Efeitos Adversos: íleo paralítico, anafilaxia, edema orofaríngeo, gosto anormal na boca,
xerostomia. 
Considerações: Redução do muco, além da broncodilatação
Salbutamol (Aerolin ®) , Fenoterol (Berotec ® ), Salmeterol (Seretide ® ), Formoterol 
(Alenia ® ) Isoproteronol, Terbutelina, Metapreteronol: agonista β-2-adrenérgicos
Uso: Asma e DPOC
Salbutamol e fenoterol são de ação curta: pico em 30 min duração de 3 a 5 horas
Salmeterol e Formoterol: ação longa, duração de 8 a 12 horas
Efeitos adversos: Taquiarritmia, palpitações, tontura, cefaleia, tremor, inquietação. 
M etilxantinas: Teofilina e Teobromina→inibidoras da fosfodiesterase PDE (↑AMPc) 
Uso: Asma e DPOC
Última escolha, estão entrando em desuso;
Para tratamento oral com formulações de liberação imediata, a dose utilizada
costuma ser de 3 a 4 mg/kg de teofilina a cada seis horas 
Efeitos adversos: Arritmias ventriculares, convulsões, taquiarritmias, vômitos, insônia,
tremor e inquietação 
Omalizumab: anticorpo monoclonal anti IgE
Uso: asma com evidência de sensibilização alérgica, refratária e crônica
Diminuição na frequência e na intensidade das crises de asma, ao mesmo tempo em
que reduz a necessidade de uso de corticosteroides 
Injeção subcutânea a cada 2 a 4 semanas 
Efeitos Adversos: Anafilaxia, a aplicação deve ser em ambiente hospitalar
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Montelucaste, Zafirlucaste, Zileutona: inibidores dos leucotrienos
Uso: asma com evidência de sensibilização alérgica, refratária e crônica
Alternativa ao uso dos CSI, menor toxicidade e possibilidades terapêuticas.
Muito utilizado em crianças
Possibilidade de administração VO
Efeitos Adversos: angiite granulomatose alérgica, hepatite, distúrbios GI, alucinações e
agitação 
Secreções gástricas: pepsinogênio (células principais ou pépticas), ácido clorídrico e fator
intrínseco (células parietais), muco, íons bicarbonatos, prostaglandias (estimula a secreção de muco
e do bicarbonato, pode ser desequilibrada noconsumo de AINES, álcool).
Os três secretagogos reguladores da bomba de prótons ejetora de ácido clorídrico são a
gastrina a Ach e a histamina. 
Antagonistas dos receptores H2: diminuem a secreção ácida ao inibirem a ligação da histamina aos
receptores H2 nas células parietais.
SABA:SABA: short-acting beta 
agonist (beta-2 agonista 
de curta ação);
LABA:LABA: long-acting beta 
agonist (beta-2 agonista 
de longa ação)
FORM:FORM: furmarato de 
formoterol
FARMACOLOGIA APLICADA AO TGI
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Cimetidina, Ranitidina, Famotidina, Nizatadina
Uso: Doença do Refluxo gastroesofágico (DRGE), úlcera péptica, esofagite erosiva,
hipersecreção gástrica. 
Cimetidina inibe o citocromo P450, influenciando no metabolismo de medicamentos
como lidocaína, varfarina, fenitoína;
Ranitidina possui formulação EV
Efeitos Adversos: Enterocolite necrosante no feto ou RN, agranulocitose, transtorno
psicótico. Cefaleia, tontura, artralgia, mialgia, ginecomastia, diarreia, galactorreia, perda da
libido, constipação.
Inibidores da bomba de prótons: diminuem a secreção gástrica ao inibir de modo irreversível a
H+/k+ ATPase nas células parietais.
Omeprazol, Esomeprazol, Lansoprazol, Dexlansoprazol, Pantoprazol, Rabeprazol
Uso: Doença do Refluxo gastroesofágico (DRGE), úlcera péptica, esofagite erosiva,
hipersecreção gástrica, Infecção por H. pylori
Interação com cetoconazol e itraconazol por reduzir a absorção.
Pantoprazol possui formulação EV, para pacientes intolerantes ao VO
Omeprazol é inativo em ambiente básico, ou seja, se associado com um antiácido,
perde seu efeito
Efeitos Adversos: Pancreatite, hepatotoxicidade, nefrite intersticial, possível interação com
clopidogrel, facilitação aos processos inflamatórios. Cefaleia diarreia, exantema,
desconforto gastrointestinal, anorexia, astenia, dor lombar.
Antiácidos: neutralizam o ácido gástrico
Hidróxido de Alumínio, Hidróxido de Magnésio
Uso: Doença do Refluxo gastroesofágico (DRGE), úlcera péptica, gastrite, hérnia de hiato
Interação com cetoconazol e itraconazol por reduzir a absorção.
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Pantoprazol possui formulação EV, para pacientes intolerantes ao VO
Efeitos Adversos: Diarreia (Hidróxido de magnésio) Constipação (Hidróxido de alumínio),
hipermagnesemia e osteomalácia em pacientes com DRC, depleção de fosfato que cursa
com fraqueza intensa, mal-estar, anorexia (Hidróxido de alumínio).
Bicarbonato de sódio
Uso: Alívio da dispepsia, acidose metabólica, alcalinização da urina, cálculos renais de ácido
úrico, diarreia.
Efeitos Adversos: cólica abdominal, flatulência, alcalose e vômitos, retenção de sódio em
pacientes com hipertensão ou sobrecarga hídrica.
C ontraindicações: alcalose respiratória, hipocalcemia, hipocloremia
Carbonato de cálcio
Uso: Alívio da dispepsia, Osteoporose
Efeitos Adversos: Hipercalcemia, náuseas, vômitos, anorexia
Contraindicações: IR grave
Agentes de revestimento: revestimento da camada gástrica com uma camada protetora
Sucralfato
Uso: Doença ulcerosa péptica, doença ulcerosa gástrica, DRGE
Reduz absorção das fluorquinolonas
Efeitos Adversos: Constipação, acúmulo de alumínio
Bismuto coloidal
Uso: Doença ulcerosa péptica, ulcerosa gástrica, DRGE, Diarreia e cólicas abdominais
associadas a infecção por H. pylori, tratamento contra H.pylori
Efeitos Adversos: escurecimento da língua, fezes, vômitos
Prostaglandinas: reduzem a secreção de ácido gástrico basal e estimulada, aumenta a secreção do
bicarbonato, produção de muco e fluxo sanguíneo.
Misoprostol
Uso: Efeitos citoprotetores e antissecretores contra úlceras gástricas na terapia com AINES,
abortivo com mifepristona
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Efeitos Adversos: Anemia rara, arritmias cardíacas, distúrbio GI
C ontraindicação: Gravidez
A gentes anticolinérgicos: diminuem a secreção gástrica ao inibir a ligação da acetilcolina a
receptores muscarínicos de Ach nas células parietais.
Diciclomina
Uso: Síndrome do intestino irritável, doença ulcerosa péptica
Efeitos Adversos: Boca seca, visão turva, taquicardia, retenção urinária, constipação
intestinal.
C ontraindicação: glaucoma, aleitamento, idade < 6 meses, miastenias gravis, uropatia
obstrutiva, esofagite de refluxo, colite ulcerativa.
Êmese: 
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Medicamentos eméticos: emetina, cefalina 
Anti-histamínicos H1 de Primeira Geração: agonistas que se ligam à conformação inativa do
receptor H1 e deslocam o equilíbrio para a inatividade do receptor. Acessam facilmente o SNC. Não
exercem efeito algum na secreção gástrica mediada pelo receptor H1. 
Etanolaminas: Difenidramina, Carbinoxamina, Clemastina e Dimenidrato (Dramin®);
Etilenodiaminas: Pirilamina, tripelenamina;
Alquilaminas: clorfeniramina e bronfeniramina; Piperidinas: ciclo-heptadina e
Fenindamina;
Fenotiazidas: Prometazina (Fenergan®). 
Uso: Náuseas e vômitos, Rinite alérgica, anafilaxia, insônia, cinetose, vômitos
Parkinsonismo (Difenidramina) e urticária
Não impedem a êmese mediada por substâncias que atuam sobre a ZGQ (zona de
gatilho quimiorreceptora)
Efeitos Adversos: Sedação, tontura, midríase, ressecamento ocular, boca seca, retenção
urinária, dificuldade miccional. Hipotensão postural por bloqueio α (prometazina)
Contraindicações: Difenidramina (RN, lactantes); Carbinoxamina e Tripelenamina (crise
aguda de asma, terapia com IMAO, glaucoma de ângulo estreito,úlcera péptica); Clemastina
(lactação, RN, Terapia com IMAO, sintomas de vias aéreas inferiores);
Fenindamina(crianças menores de 12 anos); Prometazina (estados comatosos, paciente com
< 2 anos) 
Piperazinas: Hidroxizina, Ciclizina e Meclizina (Meclin®)
Uso: Prurido, abstinência de álcool, ansiedade e vômitos (hidroxizina). Cinetose e
vertigem(ciclizina e meclizina)
Efeitos Adversos: Idem difenidramina. Hidroxizina é contraindicada no início da gravidez 
Antipsicóticos: antagonizam os receptores D2 mesolímbicos e possivelmente mesocorticais.Efeitos
adversos possivelmente relacionados a ligação nos D2 do núcleo da base e hipófise.
Fenotiazidas: Clorpromazina (Amplictil®), Metoclopramida (Plazil®) Tioridazia,
Mesoridazina, Perfenazina, Flufenazina, Tiotixeno, Trifluoperazina, Clorprotixeno.
Uso: Transtorno psicótico, náuseas e vômitos, aumento da motilidade TGI
(Metoclopramida)
Atuam sobre a ZGQ→indicado no uso da êmese por quimioterápicos.
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Efeitos Adversos: Sintomas parkinsonianos, síndrome neuroléptica maligna (catatonia,
esturpor, febre e instabilidade autonômica), discinesia tardia. Sintomas anticolinérgicos(boca
seca, constipação intestinal, retenção urinária) hipotensão ortostática, sedação e
incapacidade de ejaculação.
Contraindicações: Parkinson 
Antagonistas dos receptores da serotonina (5-HT)
Ondasetrona (Vonau®)
Uso: Náuseas
Atuam sobre a ZGQ→indicado no uso da êmese por quimioterápicos.
Efeitos adversos: Arritmias cardíacas, broncoespasmo. Aumento de enzimas hepáticas,
constipação intestinal, diarreia, cefaleia e fadiga 
Canabidioides
Vabilona
Laxativos: investigar as causas, desde psicológicas até o uso de medicamentos.
Uso: Laxativo
Efeitos adversos: Irritação intestinal, diminuição de absorção de vitaminas, distúrbios
hidroeletrolíticos e diminuição da absorção de água pelo corpo 
Formadores de massa: atuam absorvendo líquidos ao bolo fecal, com grande composição de
fibras.
Metilcelulose
Laxativo osmótico: solutos que atraem aguá ao bolo fecal, o volume aumentado chega no cólon
exerce pressão e acarreta a purgação.
Purgativos salinos e Lactulose, Manitol
Emolientes fecais: age como “detergente” composto tensoativo, induz a produção de fezes mais
moles
Docusato de sódio
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Purgativosestimulantes: estímulo do plexo mientérico e células nervosas sensoriais no cólon,
resultando em atividade do músculo liso e defecação.
Sene e Bisacodil
Aumento da motilidade gástrica
Domperidona, metoclopramida e cisaprida
Antidiarreicos: manutenção do equilíbrio hidreletrolítico com reidratação oral de soluções
isotônicas, recuperação da flora intestinal com uso de lactobacilos. O suo de antimicrobianos como
ciprofloxacino e eritromicina podem se necessárias em casos graves como a cólera.
Opiáceos (morfina, codeína, difenoxilato e loperamida) podem ser usados como inibidores
da motilidade. 
Adsorventes caulin, pectina, greda, carvão ativado vegetal, metilcelulose são usados para
neutralizar e impedir a absorção de toxinas
Antiespasmódicos: usados na redução do peristaltismo
Escopolamina, hioscina, propantelina, mepenzoato 
Colelitíase: reduzem a síntese do colesterol, visando a redução do tamanho do cálculo para que
possa ser eliminado. O uso de um nitrato pode facilitar a expulsão por dilatar o canal biliar. A
morfina é usada para dor, mas causa redução do calibre dos ductos biliares.
Ácido quenodesoxicólico (CDCA) ácido ursodesoxicólico (UDCA)
Efeitos Adversos: fezes pastosas, diarreia, dor abdominal, constipação, vômitos
O uso de medicamentos no tratamento da obesidade e sobrepeso está indicado quando,
houver falha do tratamento não farmacológico, em pacientes:
•com IMC igual ou superior a 30 kg/m²;
• com IMC igual ou superior a 25 kg/m² associado a outros fatores de risco, como a
hipertensão arterial, DM tipo 2, hiperlipidemia, apneia do sono, osteoartrose, gota,
entre outras;
FARMACOLOGIA APLICADA A OBESIDADE
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
• ou com circunferência abdominal maior ou igual a 102 cm (homens) e 88 cm
(mulheres). 
Anfepramona, Fomproporex: Age no Sistema Nervoso Central (SNC) aumentando a
liberação de noradrenalina dentro da fenda sináptica dos neurônios hipotalâmicos,
estimulando os receptores noradrenérgicos e inibindo a fome. 
Uso: Sobrepeso e obesidade
Uso associado a atividade física e reeducação alimentar
Anfepramona: 50 a 100 mg 1 hora antes das refeições
Fomproporex: 25 a 50 mg, 1 cápsula pela manhã de 25 mg, se necessidade de
aumentar a dose, a outra cápsula não deve ser tomada depois das 16 h.
Adultos > 18 anos < 60 anos
É proibida em vários países devido à possibilidade de 
Efeitos Adversos: secura na boca, insônia, cefaleia e obstipação intestinal; mais
raramente, irritabilidade e euforia. 
Sibutramina: A sibutramina é um inibidor da recaptação da serotonina e da noreadrenalina
nas terminações nervosas do SNC, e esta ação tem efeitos anorexígenos e sacietógenos 
Uso: Sobrepeso e obesidade
Uso associado a atividade física e reeducação alimentar
10 a 15 mg pela manhã, evitar doses diárias superiores a 20 mg
Adultos > 18 anos < 60 anos
Pode aumentar os riscos cardiovasculares 
Efeitos Adversos: secura na boca, insônia, cefaleia e obstipação intestinal; mais
raramente, irritabilidade e euforia. 
Contraindicação: pacientes portadores de doença arterial coronariana, AVE, ataque
isquêmico transitório, doença cardíaca congestiva, arritmia
Orlistate: ação intestinal, age inibindo lípases pancreáticas, reduzindo em 30% a absorção
das gorduras ingeridas, que são eliminadas com a excreção fecal. Menos do que 1% do
medicamento é absorvido e não há ação em SNC. 
Uso: Sobrepeso e obesidade
Uso associado a atividade física e reeducação alimentar
3 X ao dia antes ou até 1 hora após as refeições, 60 a 120 mg
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Adultos >12 anos
Efeitos Adversos: fezes amolecidas, presença de óleo nas fezes, urgência fecal,
incontinência fecal, flatulência e, menos frequentemente, dores abdominais e retais 
Liraglutida: ação hipotalâmica em neurônios envolvidos no balanço energético, em centros
ligados a prazer e recompensa e uma ação menor na velocidade de esvaziamento gástrico. 
Uso: Sobrepeso e obesidade
Uso associado a atividade física e reeducação alimentar
3 mg 
Efeitos Adversos : Náuseas e vômitos
O uso de fluoxetina e sertralina, podem proporcionar efeito de perda de peso no curto prazo,
embora não tenham indicação formal no tratamento de obesidade. Esse efeito observado é
transitório e por isso sua indicação está mais relacionada aos distúrbios alimentares por ansiedade.
•Redução na concentração de hemoglobina;
•Reticulócito (VR: 20 000 – 80 000) é um precursor direto das hemácias;
•Anemia detectada → investigar a causa base 
Hematócrito
ANEMIAS
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♦ Manifestações clínicas: cefaleia, palpitações, taquicardia, intolerância ao esforço, tontura postural,
descompensação (ICC, angina, doenças respiratórias), palidez de mucosas, dor em MMII e sensação
de “peso”. Pode cursar de maneira assintomática.
♦Tamanho:
VCM: 80 a 100 fL microcítica ou macrocítica
♦Cor:
CHCM: 32 a 36 g/dL hipocrômicas hipercrômicas
♦Heterogeneidade: 
RDW: 11 a 14 % 
Variedade no tamanho: anisocitose
Variedade na forma: poiquilocitose
♦Investigação: 
•Inespecíficos: hemograma completo, contagem de reticulócitos, esfregaço de sangue
periférico e bioquímica sérica.
•Específicos: ferro e ferritina sérica (ferropriva), LDH e bilirrubina (lesão em
órgão→anemia hemolítica ou megaloblástica, cirrose), hormônios tireoidianos (TSH e T4),
dosagem de Vit B12 sérica, Teste de coombs, teste de Ham (hemolítica crônica), biópsia de
medula óssea.
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♣Anemias microcítica e hipocrômica
•Anemia ferropriva
•Anemia de doença crônica
•Anemia Sideroblástica
•Talassemias
♣Normocíticas e normocrômicas
•Hipoproliferativa: anemia ferropriva, anemia da doença crônica, anemia IRC, anemia
aplásica, anemia de doenças endócrinas. 
↓ de produção de reticulócitos → Valor < 2,5% ou 25 000 mm3
Falta de substrato: deficiência de ferro, folato ou Vit b12
Falta de estímulo: eritropoetina
Desordem de produção: supressão medular, anemia aplásica.
Ferropriva, aplásica, carenciais, radioterapia ou ao CA
•Hiperproliferativa: anemia de sangramento aguda, anemia hemolítica (autoimune, não
imune congênita e não imune adquirida). Anemia de doença hepáticas
↑ reticulócitos → Valor > 2,5% ou 75 000 mm3
Consumo: hemorragia, infecção, hiperesplenismo
Desnutrição: hemólise, anemia falciforme, microangiopatia
♣Anemia macrocítica
•Megaloblástica (carenciais)
Inibição da síntese de DNA e divisão celular;
Deficiência de Ácido fólico (Vit B9)
Deficiência de cianocobalamina (vitamina B12)
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♠Anemia ferropriva
•Pode ser microcítica e hipocrômica ou normocíticas e normocrômicas;
•Ingesta dietética inadequada é a principal causa
•Perda de sangue crônica (menorragia, ancilostomose, CA de cólon)
•Aumento de demanda (gravidez, adolescência, sangramento menstrual)
•Absorção inadequada (gastrectomia, doença celíaca, lesão mucosa intestinal)
•Cursa com glossite, unhas em colher, quelite angular, esclera azul, alteração alimentação,
síndrome das pernas inquietas.
•Estágio 1: diminuição de ferritina sem anemia
•Estágio 2: diminuição do ferro sérico
•Estágio 3: restrição síntese de Hb, instalação da anemia ferropriva
•TTO: 
crômica
------
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Sulfato ferroso, ferripolimaltose, fumarato ferroso, gluconato ferroso
Uso:
•Sulfato ferroso 40 mg: 
Crianças > 7 anos→ 1 a 2 comprimidos/dia
Adolescentes e adultos: 1 a 3 comprimidos/dia
Gravidas e lactentes: 1 a 3 comprimidos/dia
Efeitos adversos: diarreia, náuseas, dores abdominais
Resposta terapêutica: melhora dos sintomas de fadiga na primeira semana, reticulocitose
(aumento em 4 a 5 dias com pico em 7 a 10 dias), hemoglobina aumento em 1 semana/
normaliza em 6 meses, controle ferritina sérica com valores > 50 ng/ml
Toxicidade aguda: gastrite necrotizantegrave com vômitos, hemorragia e diarreia, seguida
de colapso circulatório. 
Toxicidade crônica: talassemias, hemocromatose (aumenta absorção de ferro)
Tratamento das Toxicidades: Desferroxamia, Deferiprona e deferasirox quelantes do ferro
(forma molécula hidrossolúvel), a primeira administrada via SC, IM e a segunda via VO.
♠Anemia Doença Crônica/Inflamatória
•Diferencia da ferropriva pela ferritina, que nesta está alta;
•DD: anemia ferropriva
•Menor absorção e maior armazenamento
•Acomete comumente pacientes hospitalizados
•HIV, ITU, Tuberculose; Artrite reumatoide, Lúpus eritematoso sist~emico, doença
inflamatória intestinal, carcinomas, neoplasias hematológicas
•Ativação imunológica IL-6, IL-1 e TNF
↑Hepcidina = Hipoferremia (↓ absorção do Fe e ↓ a liberação de Fe pelo macrófago)
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Inibe a produção, liberação e resposta a eritropoietina
•Manifestações clínicas que se assemelham com as demais anemias
•TTO: Tratar doença de base, eritropoetina (EPO), Fe, CHAD quando indicado.
♠Anemia Megaloblástica:
•Deficiência de Vit B9 e B12
•Macrocítica → VCM> 112 fL, RDW >14%
•Trombocitopenia, leucopenia, neutrófilos hipersegmentados;
•Causas: Prematuridade, anemia hemolítica, diarreia crônica grave, dieta, leucemia, linfoma,
medicamentos, perda atividade do receptor, deficiência materna, má absorção fator
intrínseco-bariátrica.
•Manifestações: Fraqueza, cansaço, perda de peso, diarreia, boca e língua sensíveis,
parestesia, taquicardia, dor abdominal;
•Brócolis, fígado e suplementação são formas de reposição;
•TTO:
Ácido Fólico/Vitamina B9
Uso:
•Uso como profilaxia em gestantes 5 mg/dia VO;
•1 cp ao dia por 4 meses
•Deficiência → 0,25 – 1 mg/dia
•Ocorre captação ativa de ácido fólico pelas células e redução a tetra-hidrofolato
(FH4) 
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•Usado para quadros de intoxicação por Metotrexato (antagonista do folato causador
de mielossupressão e usado na terapia de leucemias) Além da, mielossupressão os
casos de toxicidade cursam com falência renal.
Efeitos Adversos: alteração do sono, irritabilidade, excitabilidade, reações psicóticas,
convulsões, náuseas, distensão abdominal, gosto amargo e reações alérgicas, especialmente
broncoespasmo, eritema, febre e exantema, urticárias e rash cutâneo 
Cobalamina/Vitamina B12
Uso:
•A terapia inicial deve consistir na aplicação de 100 a 1.000 mcg de vitamina B12
por via intramuscular, diariamente ou em dias alternados, durante 1 a 2 semanas, a
fim de restaurar as reservas corporais. 
•A terapia de manutenção consiste na administração de 100 a 1.000 mcg por via
intramuscular, uma vez ao mês, pelo resto da vida. 
•Doses orais de 1.000 mcg de vitamina B12 costuma ser suficiente no tratamento de
pacientes com anemia perniciosa.
•Uma vez obtida a remissão da anemia perniciosa após terapia parenteral com
vitamina B12, ela pode ser administrada por via intranasal, como aerossol ou gel. 
Resposta terapêutica: reticulócitos em 7 a 10 dias, hemograma em 15, 30 e 60 dias. Adequar
as doses conforme a resposta.
Efeitos Adversos: erupção cutânea ou prurido, sibilância (reação anafilática após a
administração parenteral) 
Eritropoetina
Uso:
•A eritropoietina estimula a proliferação e a diferenciação das células eritroides ao
interagir com receptores de eritropoietina nos progenitores eritroides. 
•Induz a liberação de reticulócitos da medula óssea. 
•Uso em anemia de insuficiência renal crônica, durante quimioterapia, AIDS.
•Pacientes com anemia moderadamente grave apresentam níveis de eritropoietina na
faixa de 100 a 500 UI/L 
•Pacientes sem anemia apresentam níveis de 20 UI/L
•Manter hemoglobina na faixa de 10 a 12 g/dl
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•EV, SC ou Intraperitoneal 
•Uso EV: A injeção deve ser aplicada durante 1 a 5 minutos, dependendo da dose
total. Em pacientes em hemodiálise, a medicação deve ser aplicada durante ou após a
sessão de diálise.
•Alfaepoetina pode ser administrado por via subcutânea. A concentração de
hemoglobina ideal deve ser entre 10 e 12 g/dL (6,2 e 7,5 mmol/L) em adultos e entre
9,5 e 11 g/dL (5,9 e 6,8 mmol/L) em crianças;
•Quando a concentração de hemoglobina estiver dentro da faixa, a dose deve ser
diminuída em 25 UI/kg/dose 
•Controle de ferritina sérica > 100 ng/ml
Indicado uso de Fe associado
Meta: ferritina séria 50 ng/dl
•Meia vida 5 h, pico SC em 12 a 24 horas
Efeitos Adversos: sintomas transitórios semelhantes aos da gripe, hipertensão, deficiência de
ferro e aumento da viscosidade sanguínea.
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Toxoplasmose: a infecção na maioria dos casos é assintomática, mas quando cursa com sintomas
como linfonodomegalia cervical, sintomas virais e oculares ela apresenta uma incubação de 10 a 12
dias. Transmissão é pela ingestão do oocisto.
•IgM: 15 dias após infecção
•IgG isolado: infecção crônica inativa
•Reativação: diferença de 4 títulos do IgG entre um exame e outro
•Neurotoxoplasmose e reativação em AIDS: IgG pode dar inconclusivo, pesquisar por PCR de
sangue e líquor.
•Presença de linfocitose atípica que correspondem a mononucleares ativados, além da alteração de
enzimas hepáticas são outros achados laboratoriais.
•Fetal: corioretinite, hidrocefalia, microcefalia, calcificação intra-craniana, baixo peso ao nascer e
aborto.
• Quando tratar a gestante? Toxoplasmose aguda
IgM + e IgG -
IgM + e IgG + com baixa avidez para IgG
ANTIPARASITÁRIOS
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
♦TTO no 1º trimestre
•Espiramicina 1,5 MUI (antibiótico)
•VO 8/8 h
•Gestante aguardando confirmação, devem receber profilaxia, se descartado para o
tratamento, se confirmado segue até o parto.
♦Tto depois do 1º trimestre
•Feito até o parto e iniciado depois da 15ª semana
•Sulfadiazina: 500 mg 2 cp VO 8/8 h
•Pirimetamina 25 mg 1cp VO 12/12 h
•Ácido Fólico 15 mg 1cp VO ao dia (usado para diminuir efeitos de anemia,
plaquetopenia e/ou leucopenia) 5 mg para cada 15 mg de pirimetamina
Doença de Chagas: tripanossoma cruzi, a transmissão oral ocorre pela ingestão de alimentos
contaminados como caldo de cana, açaí e outros alimentos. Outras vias de transmissão é a vertical,
transfusão de órgãos e sangue ou no momento da picada do Barbeiro. 
•Doença aguda: 7 dias após o contato. Edema cutâneo (chagoma), linfonodomegalia local,
mal estar, febre, anorexia, hepatoesplenomegalia. Sintomas que duram de 1 a 3 meses.
•Doença crônica: o coração é o órgão mais afetado, permanecer assintomática é a regra,
podendo se manifestar após anos ou décadas 
TTO aguda:
Benznidazol 
•5 a 10 mg/Kg/dia durante 60 dias em 3 doses diárias a cada 8 horas
•Age na formação de radicais livres em condições aeróbicas e anaeróbicas que são
capazes de danificar o DNA parasitário. Inibe a síntese de DNA e RNA além de
proteínas parasitárias
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
Efeitos adversos: parestesia, artralgia, intolerância GI
Contraindicação: gestantes
Nos casos de cardiopatia aguda chagásica o tratamento é o mesmo que IC combinação de
três tipos de fármacos: diuréticos, IECA ou BRA e betabloqueadores. Em casos de arritmia o uso de
amiodarona possui boa resposta terapêutica.
Tricomoníase: IST, facilita a transmissão de HIV, cursa com corrimento vaginal leitoso e bolhoso,
disúria e dispareunia.
TTO: 
Metronidazol 2 g em dose única ou 250 mg 2X ao dia por 10 dias ou 400 mg 2X ao dia por
7 dias. 
Tratar parceiro Gel ginecológico 10 a 20 dias 5 g de gel de tinidazol. 
Tinidazol VO 2 g dose única
Amebíase: pode causar colite severa e abcessos hepáticos além de disenteria, dor abdominal,
transmitida de maneira fecal-oral.
TTO:
Amebíase intestinal: 
Metronidazol ou benzoilmetronidazol 500 mg 4 x ao dia por 5 a 7 dias 
Pedi 20 mg/Kg 4 x ao dia por 5 a 7 dias
Tinidazol dose única diária de 2 g por 3 diasse persistir manter por 6 dias
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Amebíase hepática: aumentar o tratamento para 7 a 10 dias. Tinidazol dose única diária de 2
g por 3 dias.
Giardíase: contaminação de água e alimentos infectados, cursa com diarreia que pode conter
gordura, flatulência, anorexia, febre e cólica. Nas fezes podem ser encontrados cistos e/ou
trofozoítos.
TTO: 
Metronidazol ou benzoilmetronidazol 250 mg 3x ao dia por 5 dias
Pedi (benzoil) 1 a 5 anos 20 mg 2x dia por 5 dias; 5 a 10 anos 20 mg 3x dia por 5 dias
Tinidazol dose única 2 g
Albendazol 5 dias
Nitroimidazóis {Antibiótico} (metronidazol, benzoilmetronidazol, secnidazol, tinidazol,
benznidazol)
U so: 
•Esse grupo de medicamentos não tem atuação sobre bactérias aeróbicas. 
•A atuação do medicamento é por liberação de substâncias que impedem a síntese
proteica das bactérias e parasitas.
•Atravessam a placenta e é excretado no leito, Contraindicado na gestação
•Esse medicamento pode interagir com outros medicamentos potencializando-os
como os anticoagulantes orais e o lítio, enquanto os barbitúricos aumentam a
velocidade de eliminação do metronidazol
•O benzoilmetronidazol é mais empregado na pediatria, pois sua apresentação em
suspensão com sabor melhora a adesão. A sua associação com nistatina e cloreto de
benzalcônio é usada no tratamento de vaginose bacteriana, candidíase oral e
tricomoníase. 40 mg de benzoilmetronidazol=25 mg de metronidazol
•Tinidazol e Secnidazol apresentam menores efeitos adversos e eliminação mais
lenta, o tinidazol é usado em cremes antimicóticos vaginais como para cândida.
Efeitos adversos: gosto amargo na boca, irritação TGI, diarreia, 
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Helmintos: Ascariose, Ancilostomose (anemia ferropriva), Strongilose, Enterobiose, Teníase,
Cisticercose, Esquistossomose, Tricuriose
Benzimidazóis (mebendazol, tiabendazol e albendazol)
Uso:
•Inibem a polimerização da Beta-tubulina helmíntica impedindo funções dependentes
de microtúbulos como absorção de glicose
•Albendazol, baixa absorção, pode causar diarreia, dor de cabeça e dor abdominal. Se
administrado com comidas gordurosas têm melhor absorção, essa opção deve ocorrer
para parasitas teciduais. 
•Administração em jejum para parasitas intralumial
•Mebendazol repetir TTO em 15 dias para larvas
Contraindicação: gestação.
E feitos Adversos: cefaleia, tontura, vertigem, dor abdominal.
Ascaris: Albendazol dose única
Necator: Ancylostoma Albendazol 3 dias
Enterobius: Albendazol dose única
Taenia: Albendazol 3 dias, neurocisticercose 12/12 h 10 dias
Strongyloides: invermectina dose única
Schistossoma: praziquantel dose única
Invermectina: 
U so: 
•Larva migrans, estrongiloidíase e oncocercose, piolhos, sarna
•Absorção maior
•Hiperpolariza os canais de cloreto causando paralisia e morte do helminto
•Estrongiloidíase, filariose, ascaridíase, escabiose e pediculose: dose VO 0,2 mg por
kg, 1 cp para cada 35 Kg.
•Oncocercose: 0,15 mg por kg 1 cp para cada 44 kg
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Contraindicação: gestação 
E feitos Adversos: linfadenopatia, artralgia, sinovite, prurido, rash cutâneo, febre, edema
facial, hipotensão ortostática, dor e distensão abdominal, cefaleia, leucopenia.
Praziquantel: 
U so: 
•Escolha para todas as formas de esquistossomose 50-60 mg/kg dose única diária
após refeição
Efeitos adversos: mal estar, tontura, anorexia, urticária
C ontraindicação: cisticercose ocular
Nitazoxanida (Anitta ® ) : 
Uso:
•20 mg/ml suspensão
•500 mg 2 cp/dia por 3 dias para parasitas e 14 dias para virais
•Rotavírus, norovírus, helmintos
•
Efeitos Adversos: cefaleia, dor abdominal e alteração na coloração da urina
Malária: Plasmodium transmitidos pelo Anopheles. Incubação de 7 a 14 dias, sintomas como
prostração, icterícia, IRA, acidose, hemoglobinúria, vômitos, convulsões, náuseas, sangramentos,
edema pulmonar. 
Objetivo do TTO: eliminar formas sanguíneas e hepáticas
Cloroquina + primaquina→ tratamento radical
Cloroquina: 3 dias 10 mg/kg no dia 1 (600 mg) e 7,5 mg/kg nos dias 2 e 3 (450 mg)
Primaquina: 0,5 mg/kg/dia por 7 dias
Cloroquina profilática: gestantes em área de risco
Artemisinina: crianças até 6 meses de idade
Cloroquina: 
U so: 
•Inibe a heme-polimerase
•P. falciparum é resistente por utilizar bombas de efluxo
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•Lúpus eritematoso sistêmico: 2-4 mg/kg VO 1X ao dia, contínuo
Efeitos adversos: visão turva, fadiga, nervosismo, apatia, ansiedade, alopécia, exantema
cutâneo
Contraindicações: portadores de psoríase, porfiria, epilepsia
Quinina: 
U so: 
•Opção para a resistência a cloroquina
•Ativa contra as formas eritrocitárias
Efeitos Adversos: gosto amargo na boca, irritação TGI
Primaquina: 
Uso:
•Infantil 5 mg
•Adulto 15 mg
•Não tem ação no estágio eritrocítico, mas potencializa a cloroquina. Reduz a
transmissão da doença.
•Ativa contra gametócitos e hepáticos
Contraindicações: gestantes e crianças < 6 meses
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Bactericida: inativa e destrói o microrganismo (quinolonas, aminoglicosídeos, penicilina,
cefalosporina)
Bacteriostático: controla o crescimento ao inibir a multiplicação. A eliminação do patógeno vai
depender do estado imune do portador. (sulfonamidas, clorafenicol, tetraciclinas, nitrofurantoína)
Eficácia Microbiológica: a ação farmacológica só deve acontecer nas células invasoras e não nas
do hospedeiro.
A concentração do antimicrobiano no sangue antes da administração da dose seguinte
(respeitando o intervalo padronizado) corresponde à concentração sérica mínima inibidora (CIM). 
ANTIBIÓTICOS
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E ficácia microbiológica: 
♦Efeito bactericida concentração-dependente: aumento da morte bacteriana com altas
doses de ATB. Aminoglicosídeos, fluoroquinolonas, azitromicina.
♦Efeito bactericida tempo-dependente: maior ação se a % de tempo acima da CIM for
alta. Carbapenêmicos, cefalosporinas e penicilinas.
♦Efeito pós-antimicrobiano: efeito antimicrobiano mesmo com concentrações abaixo da
CIM. Aminoglicosídeos.
♦TTO empírico: infecção grave que necessita de intervenção rápida. A coleta de material
para análise e identificação do patógeno deve preceder o uso do antibiótico, a opção
farmacológica deve respeitar a suspeita clínica e os patógenos mais prevalentes no sítio de
infecção. Quando considera a coloração Gram, apresenta maior sucesso
♦TTO específico: ocorre após o isolamento do patógeno e determinação de sensibilidade.
♣Profilaxias com ATB:
MO específica: febre reumática, tuberculose, sífilis, gonorreia, meningite meningocócica.
Risco de infecção: extração dentária, cateterismo, endoscopia com lesão de mucosa, evitar
recidiva de ITU, DPOC, profilaxia cirúrgica, feridas contaminadas, imunocomprometidos. 
β -Lactâmicos→ Penicilinas; Cefalosporinas; Monobactâmicos; Carbapenêmicos. 
♠Resistência aos β -Lactâmicos: 
•Produção de β-lactamase;
•Modificações estruturais das proteínas ligadoras de penicilina codificadas pelo gene mecA;
•Mutação nas porinas que diminui a permeabilidade ao antimicrobiano
Penicilinas
Impedem a síntese do peptídeoglicano da parede celular dos microrganismos. Parede mal
formada→lise celular→bactericida.
Não atuam em bactérias desprovidas de parede: Mycobacterium e Mycoplasma
Hidrossolúveis e pouca penetração no SNC
Gram positivas: tem sua parede facilmente ultrapassada pelas penicilinas;
Benzilpenicilinas: primeira escolha para, faringoamigdalite causada por Streptococcus,
meningite por Neisseria, pneumonia de aspiração, sífilis, tétano e leptospirose.
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
•Penicilina G cristalina ou aquosa: EV; ½ vida curta de 30 a 40 minutos, única
benzilpenicilina que ultrapassaBHE.
•Penicilina G procaína: IM, a associação com a procaína retarda o pico e amplia o
tempo de efeito.
•Penicilina G benzatina: IM, de depósito, níveis permanecem de 15 a 30 dias.
Ampicilina e Amoxicilina: amplo espectro contra aeróbicas gram negativas como as
enterobactérias, substituem as benzilpenicilinas em muitos casos. 
•Ampicilina: atinge concentração terapêutica em LCR, líquido pleural, articulações e
fluidos peritoniais. Pouco usada VO, biodisponibilidade <50%, acúmulo na luz
intestinal que ocasiona diarreia.
•Amoxicilina: melhor absorção que a ampicilina, mas níveis inferiores no LCR
Piperacilina e ticarcilina: antipseudomonas. Disponíveis apenas por via parenteral,
eficazes contra bacilos gram-negativos, mas não contra KPC devido sua penicilase
constitutiva.
Oxacilina: penicilina penicilase resistente, indicação EXCLUSIVA em Staphylococcus
aureus produtor de penicilase.
•MRSA Staphylococcus resistente a meticilina→sensível a vancomicina
As penicilinas podem ser associadas a inibidores suicidas de betalactamases para diminuir a
possibilidade de resistência e melhorar o tratamento. EX: Amoxicilina + ácido clavulânico;
Ampicilina + sulbactam; Piperacilina + Tazobactam.
Cefalosporinas
As gerações seguem ordem cronológica e não de superioridade farmaológica.
Cefalosporinas de 1ª Geração: Cefazolina, Cefalotina e Cefalexina
•Ativas contra cocos gram positivos;
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•Não agem contra H. influenzae, estafilococo resistente à oxacilina, pneumococo
resistente à penicilina, Enterococcus e anaeróbios. 
Cefalosporinas de 2ª Geração: Cefoxetina, Cefuroxima
•Espectro maior contra gram negativa, incluindo Haemophilus;
•Menor ação que a primeira geração contra gram positivo;
Cefalosporinas de 3ª Geração: Ceftriaxona; Cefotaxima; Cefixima
•Mais potentes contra bacilo gram negativo e estreptococos como o S. pneumoniae;
•Cefixima VO não entra no SNC;
•Ceftriaxona tem excelente penetração no SNC, ação contra Neisseria, Strepcoccus,
Haemophilus;
•Atividade contra Acinetobacter, mas não contra Pseudomonas;
•Atividade moderada anaeróbios.
Cefalosporinas de 4ª Geração: Cefepime
•Ação contra gram-negativas (inclusive, antipseudomonas), gram-positivas
(especialmente estaphilococcus sensível à oxacilina);
•Atividade mais potente contra Enterobactérias e Pseudomonas que as de 3ª geração;
•Sem ação anaeróbia;
Monobactâmicos
Aztreonam
•Espectro que abrange exclusivamente gram negativa aeróbios e pseudomonas;
•Rápida indução de resistência
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Carbapenêmicos
Meropeném; Imipeném
•Reservados para bactérias nosocomiais resistentes as demais opções;
•Amplo espectro contra gram positiva, negativa e anaeróbios;
•Atravessam BHE;
•Não devem ser usados como primeira escolha em tratamento empírico;
•Imipeném + cilastatina: aumento da concentração sérica.
Benzilpenicilina, cefalosporina de 3ª geração e meropeném ultrapassam a BHE de forma
suficiente para permitir o uso em meningites.
Efeitos Adversos: hipersensibilidade, neurotoxicidade (dose elevada), diarreia, náuseas, vômitos e
anorexia, flebite e tromboflebite, hiperpotassemia (G penicilina potássica), sobrecarga de sódio
(antipseudomonas), nefrite intersticial aguda, pseudolitíase biliar (ceftriaxona) hepatotoxicidade
(cefalosporinas).
•Reação imediata: até 1h após a segunda administração→anafilaxia;
•Reação aceleradas: entre 1 a 72 h após a segunda aplicação→ edema, broncoespasmo e
urticária;
•Reação tardias: a partir de 72 h, pode ocorrer na primeira aplicação→ urticária, edema,
anemia hemolítica, neutropenia, trombocitopenia, artralgia, dermatite esfoliativa;
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Enzimas de resistência: cefalosporinases, carbapenemases, metalobetalactamase (não inibida pelos
inibidores de betalactamase), oxacilinase. Acinobacter (MBLs, OXA, alteração nas porinas e PBPs,
mecanismo de efluxo de drogas). K. pneumoniae portadora de KPC (enzima que confere
resistência, também aos aminoglicosídeos e fluoroquinolonas).
Vancomicina
Uso:
• Útil para S. aureaus
•Baixa absorção oral;
•Usado em infecções por gram positivo resistente aos β-lactâmicos
•Deve ser administrada em SG% lentamente, máximo de 500 mg em 30 min
•VISA: S. aureaus com resistência intermediária a vancomicia→uso prévio em S.
aureaus MRSA. 
•VRE: Enterococos resistentes à Vancomicina
•VRSA: S. aureaus com resistência à vancomicia
Efeitos adversos na administração: rubor facial, prurido, hipotensão, nefrotoxicidade
Fosfomicina
U so: 
• TTO de infecções bacterianas de curta duração não complicada. (ITU não
complicada);
Patologia II Jackson Pagno Lunelli Atm2024/02
•Age contra gram + e -
•Bem absorvido VO e com boa distribuição no trato urinário, além de ser excretado
ativo, o que permite concentrações altas na urina por vários dias, assim é usado em
dose única (3 g)
Efeitos adversos: náuseas, cefaleia, diarreia
Inibidores da síntese proteica
Macrolídeos: Azitromicina, claritromicina, eritromicina, espiramicina
Uso:
•S. pneumoniae e S aureaus possuem resistência
•Não usado para enterobactérias e bacterioides spp
•Atuam como bacteriostáticos, mas dependendo do tecido e concentração, podem
atuar como bactericida;
•Difundem rapidamente para os tecidos;
•Eritromicina e Claritromicina aumentam alguns medicamentos eliminados pelo
citocromo P450;
•Digoxina e eritromicina: aumento da biodisponibilidade da digoxina pois muitos dos
microrganismos da flora intestinal neutralizam a digoxina na luz intestina, com a
eritromicina essa flora é morta e a digoxina aumenta sua concentração passível de
absorção no intestino.
•Uso para ISTs, Infecções do Trato respiratório
•Podem causar surdez transitória;
♠Eritromicina: eliminado ativo na bile e fezes, encontrada no leite materno, atravessa
a barreira placentária, apesar de não ser teratogênico;
•Seguro, uso em IST de gestante;
•Ampla distribuição, exceto SNC;
•Usado em cepas de tuberculose atípica 
•1/2 vida de 1 a 2 h;
•MRSA: são resistentes.
•Pode causar icterícia em paciente com falha hepática
♠Azitromicina: maior efetividade contra gram negativas, em particular H. influenzae;
•Ampla distribuição, exceto SNC;
•Usada no TTO de H. pylori
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•Dose única ou por 5 a 7 dias, sem necessidade de ajuste para função hepática
e renal
•Maior meia vida
•Não interage com outros fármacos, diferente das demais 
♠Claritromicina: altamente ativa contra bactérias gram positivas
•Bem absorvida VO, biodisponibilidade aumentada na presença de alimentos;
•Alta concentração no ouvido médio (TTO de otite)
•Excreção de via renal, diferente das outras, necessita de ajuste renal
Tetraciclina: doxiciclina, minociclina, tigecilina
U so: 
•Espectro amplo
•Não podem ser usadas em gestantes e lactentes por induzir necrose aguda hepática,
pancreatite, e dano renal;
•Uso somente em pessoas > 12 anos;
•Não podem ser administrados com produtos lácteos ou com cátions di ou tri
valentes como suplementação de ferro, hidróxido de alumínio, antiácido;
•Usadas em tratamento de acne, doenças inflamatórias pelvicas, infecções por
Clamydia, mycoplasma, espiroquetas, Trachomonas, cólera ou por infecções pelos
clostridiuns tetani;
•Se depositam em tecidos com cálcio como dentes e ossos, causando hipoplasia e
mudança de coloração nos dentes, além de dificultar as calcificações;
•Primeira escolha para periodontite (15 dias de tto);
•Tem atividade contra anaeróbios;
•Doxiciclina é bem tolerada em pacientes com problemas renais;
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•Efeitos adversos: irritação TGI, fototoxicidade, vertigem, insuficiência hepática;
Aminoglicosídeos: amicacina, gentamicina, tobramicina, estreptomicina, neomicina
U so: 
•Não tem atividade em meios anaeróbios como

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