Buscar

Petição Inicial - Direito de Família

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE PARACATU, ESTADO DO MINAS GERAIS.
Júlio César Caldeira, brasileiro, menor impúbere, neste ato representado por sua genitora Jozileny dos Santos, brasileira, solteira, Psicóloga, sob o RG nº 81-708.805 e CPF nº 123.456.789-01, endereço eletrônico psi.jozilenysantos@gmail.com.br, residente e domiciliada à Rua Manoel Gonçalves de Carvalho, nº 890, bairro Paracatuzinho, na cidade de Paracatu/MG, CEP 38600-000, telefone: (38) 9 9976-5600, vem, por intermédio de seus advogados Camila Melo Franco, Isabela Cristina Pinheiro, Gustavo Menezes, Igor Ribeiro, Igor Vida, Jomayer Facundi, Elvys Lopes e Julio Cesar Diaz, procurações em anexo, com escritório conjunto profissional na Avenida Marabá, nº 590, bairro Centro, na cidade de Paracatu, CEP 38600-000, onde recebe as notificações e intimações de estilo, respeitosamente, perante Vossa Excelência propor a presente AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS PARA MAJORARAÇÃO C\C ALIMENTOS PROVISÓRIOS em face de Jomayer Queiroz de Souza, brasileiro, divorciado, vendedor de carros comerciais, RG nº 21.679.123 e CPF nº110.457.093-12, endereço eletrônico jomayer.souza@mercedes.benz.com.br residente e domiciliado na Avenida Olegário Maciel, nº 1.690 bairro Centro, na cidade de Paracatu, CEP 38600-000, telefone: (38) 9 9985-3994, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
DOS FATOS
 Em acordo firmado nos autos da Ação de Dissolução de União Estável Consensual, processo número 54.863.00, que tramitou perante a Vara Única de Família e Sucessões da Comarca de Paracatu, no ano de 2020, o Requerido se comprometeu a arcar com o pagamento de pensão alimentícia, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) representando 20% do seu salário, ao filho, Júlio César Caldeira, representado por sua genitora Jozileny dos Santos.
 No momento da celebração do acordo, o menor tinha apenas 4 quatro ano de idade, perfeita saúde, onde os gastos de sua subsistencia limitava-se a alimentação, como leites com suplementação, frutas e verduras, fraudas, gastos básicos com pediatra, psicologo, fonoaudióloga, lazer, aulas de ingles, futebol, natação, vestes e moradia, bem como padrão de vida das demais proles do requerido, e do próprio pai, que vive uma vida luxuosa, de muitas viagens, e carros na garagem. 
 Ocorre que, no ano de 2021, a situação fática mudou, o menor hoje tem 5 anos de idade, iniciando-se a vida escolar, aumentando-se os gastos com materiais escolares, além das despesas antes pré-estabelecidas, como alimentação, saúde, vestimenta, moradia, e laser, alguns como a alimantação até aumentando os gastos pois o menor cresceu e, consequentemente se alimenta mais, e o principal motivo, Júlio foi diagnosticado atráves de exame médico que ele possui uma alergia em sua pele, e desde então Jozylene tem dido gastos exorbitantes com seu tratamento, e não vem conseguindo arcar com todas as despesas. Os gastos imprevistos com consultas e realizações de exames mensais, medicamentos e pomadas tópicas que ao todo mensalmente quase chegam a faixa de R$ 500,00 (quinhentos reais), conforme tabela abaixo e Notas Fiscais em anexo.
 A representante legal de Júlio, Jozileny, não possui renda fixa, pois atua como psicóloga em seu escritório e, sua remuneração varia de acordo com as consultas que ela faz, veriando de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), dado a sua instabilidade, alega ter passado dificuldade cortando inclusive a aula de ingles de seu filho para que ela consiga pagar todas as despesas. 
 Por sua vez, o requerido trabalha como vendedor de carros comerciais na empresa MERCEDEZ BENZ, função esta que lhe garante uma remuneração de apenas R$ 10.000,00 (dez mil reais), conforme cópias do contracheque em anexo, é incluso em sua remuneração as comissões que mesmo Diante da situação atípica da pandemia e a diminuição nas vendas, ainda que sua remuneração tenha caido em 50%, este ainda detém de uma renda fixa de 5.000,00 (cinco mil reais), superior a renda mensal de Jozylene, que passa dificuldades com seu filho doente.
 Observe a tabela com gastos anteriores:
	Alimentação
	 R$ 300,00 
	Pediatra e Psicóloga
	 R$ 300,00 
	Futebol
	 R$ 150,00 
	Inglês
	 R$ 200,00 
	Natação
	 R$ 150,00 
	Lazer
	 R$ 200,00 
	Roupas
	 R$ 200,00 
	Moradia
	 R$ 300,00 
	Total
	 R$ 2.000 
  Observe agora as novos gastos ADICIONAIS:  
	Medicamentos
	Quantidade
	Valor Unitário
	 Total 
	Desloratadina
	4
	 R$100 
	 R$400,00 
	Exames de Sangue e Dermatologista
	1
	 R$450,00 
	 R$450,00 
	Pomada hidrocortisona
	2
	 R$20,00 
	 R$40,00 
	Total
	7
	R$570,00
	 R$890,00 
 Conforme descrito na tabela acima, o valor pago pelo Demandado a título de pensão alimentícia ao filho, não é mais suficiente para cobrir as despesas destas, ficando demonstrada a desarmonia entre o valor pago mensalmente pela Requerido e as despesas mensais da criança.
 Desse modo, a renda atual de Jozileny encontra-se extremamente comprometida, de forma que o Requerente vêm passando sérias restrições, em virtude da negativa de seu genitor em aumentar o valor da pensão alimentícia.
 Por essas razões, requerem a revisão para majorar da pensão alimentícia a ser paga pelo Requerido ao filho, para o valor mensal equivalente a 30% (trinta por cento) dos seus vencimentos, quantia atualmente correspondente R$ 3.000,00 (três mil e quinhentos reais), a ser descontada em folha de pagamento, até o dia 5 (cinco) de cada mês.
DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS
 Os alimentos provisórios pleiteados na presente ação têm como objetivo promover o sustento das menores na pendência da lide. Tal pedido encontra-se previsto no artigo 4º da Lei. 5.478/68, que dispõe sobre a ação de alimentos.
Art. 4º. Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
É incontestável a possibilidade jurídica de alimentos provisórios na ação revisional de alimentos, conforme dispõe o artigo 13 da mesma lei:
Art. 13. O disposto nesta Lei aplica-se igualmente, no que couber, às ordinárias de desquite, nulidade e anulação de casamento, à revisão de sentenças proferidas em pedidos de alimentos e respectivas execuções.
No caso em questão, a criança vêm passando por sérias privações materiais, como privação de sua educação, em sua aula de ingles, lazer, entre outras coisas uma vez que sua genitora não possui meios de arcar com suas necessidades básicas e seu genitor se recusa a aumentar o valor da pensão alimentícia, apesar de evidente seu estático status financeiro e social.
Dessa forma, em razão da urgência em obter recursos financeiros destinados a prover sua subsistência durante o curso do processo, requer a fixação de alimentos provisórios, nos termos dos alimentos definitivos pleiteados acima.
DO DIREITO
Dispõe o Código Civil, em seu artigo 1694, que, os alimentos devem ser fixados na PROPORAÇÃO DAS NECESSIDADES e diante os recursos do alimentado podendo pleitear ao juiz a majoração, redução ou exoneração da pensão:
Art. 1.694 § 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
 Ademais, o alimentado é acometido de doença que promove e gera gastos diferenciados de uma criança sem esta condição, devendo ser majorado os alimentos, afim de, proteger o direito de sustento e de bem estar para a criança que por si só não tem culpa de sua condição e dos demais gastos que o pai possuiDessa forma, mostra-se cabível o presente pleito de revisão de pensão alimentícia para que as Autoras possam subsistirem com o mínimo de dignidade, suprindo suas necessidades com sua saúde, moradia, lazer, transporte, dentre outras, uma vez que o valor antes acordado hoje mostra-se insuficiente para custear todas as despesas das crianças
Nesse sentido, também dispõe o artigo 1.699:
 Art. 1.699 estabelece que se, fixados os alimentos, sobreviermudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.
 Nesse caso, observa-se que houve uma grande alteração na vida do alimentado, pois a criança está com uma grave alergia de pele, o que vem onerando de forma desproporcional a mãe. Sendo assim, faz-se necessário requerer a majoração da pensão alimentícia, afim de proporcionar o equilíbrio entre ambos os genitores para garantir a subsistencia da prole.
O Art. 1.703 do Código Civil também dispõe sobre a matéria:
Art.1703: Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção de seus recursos.
 Ambos detém o poder familiar, sendo portanto solidária a obrigação de subsistenia da prole. Haja vista que ela persiste, independente de pandemia, e de qualuqer outro evento, a prole sempre deverá ser alimentada e cuidada, é um dever absoluto.
 Dessa forma, Jomayer detentor de casas, automóveis e demais bens, tem possibilidade de arcar com suas obrigações de paternidade responsável, já que detém o poder familiar também conforme afirma o artigo 1.703 do Código Civil possuindo a responsabilidade de arcar com absoluta necessidade e sustento de seu herdeiro. 
Reluz também o Art. 22 da Lei 8.069/90. 
Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. Parágrafo único.  A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm direitos iguais e deveres e responsabilidades compartilhados no cuidado e na educação da criança, devendo ser resguardado o direito de transmissão familiar de suas crenças e culturas, assegurados os direitos da criança estabelecidos nesta Lei.
A respeito da situação em tela, podemos observar o posicionamento majoritário dos tribunais pela seguinte jurisprudência:
REVISÃO ALIMENTOS - PEDIDO DE MAJORAÇÃO DO QUANTUM - MODIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DAS PARTES - FILHO MENOR EM IDADE ESCOLAR - ACOMETIMENTO DE DOENÇA QUE IMPORTA EM AUMENTO DO CUSTEIO DAS DESPESAS DO MENOR - IMPOSSIBILIDADE DO PENSIONAMENTO NÃO DEMONSTRADA - CONFIGURAÇÃO DE REQUISITO PARA A MODIFICAÇÃO DA PENSÃO ALIMENTÍCIA - MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. - A procedência da ação de revisão de alimentos imprescinde da prova da alteração das condições financeiras das partes, posteriormente à fixação, a teor do art. 1.699 do Código Civil de 2002 - Comprovada a modificação das necessidades do filho menor, decorrente do acometimento de doença que demanda gastos com o tratamento e controle, e do ingresso na vida escolar, é cabível a majoração do valor fixado a título de alimentos.
 (TJ-MG - AC: 10183071316669001 Conselheiro Lafaiete, Relator: Sandra Fonseca, Data de Julgamento: 29/03/2011, Câmaras Cíveis Isoladas / 6ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 29/04/2011)
A posição doutrinárias a respeito tanto da majoração da pensão alimentícia, temos o ilustre posicionamento da doutrinadora Maria Helena Diniz, senão vejamos:
(...) O valor da pensão alimentícia pode sofrer variações quantitativas ou qualitativas, uma vez que é fixado após a verificação das necessidades do alimentando e das condições financeiras do alimentante; assim, se sobrevier mudança na situação financeira de quem a paga ou na de quem a recebe, poderá o interessado reclamar do magistrado, provando os motivos de seu pedido, conforme as circunstâncias, exoneração, ou majoração do encargo.
(...) Como a sentença condenatória de alimentos, no que atina ao quantum, não faz coisa julgada, todas as alterações necessárias, inclusive atualização monetária, são requeridas mediante ação ordinária de revisão ou de modificação aforada perante o mesmo juízo que anteriormente arbitrou a pensão alimentícia. Se, porventura, os alimentos forem pagos a mais, serão tidos como adiantamento de prestações futuras. (DINIZ, Maria Helena, 2014, CÓDIGO CIVIL ANOTADO)
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer de Vossa Excelência:
a) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita, por ser o representante legal do Autor pobre na forma da lei, não podendo arcar com as despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família;
b) A fixação de alimentos provisórios no percentual de 30% (trinta por cento) da renda bruta da Alimentante, quantia atualmente correspondente R$ 3.000,00 (tres mil reais), a ser descontada em folha de pagamento, até o dia 5 (cinco) de cada mês, nos termos do artigo 529 do Código de Processo Civil;
c) A citação do Requerido para comparecer em audiência de tentativa de autocomposição e, restando esta infrutífera, para, querendo, apresentar resposta no prazo legal, sob pena de sofrer os efeitos da revelia;
d) A intimação do representante do Ministério Público para que intervenha no feito, tendo em vista se tratar do interesse de incapazes, nos termos do artigo 178, inciso II do Código de Processo Civil;
e) O julgamento da procedência do pedido principal, determinando a majoração do encargo alimentício para o percentual de 30% (trinta por cento) da renda bruta da Alimentante, valor atualmente correspondente R$ 3.000,00 (tres mil reais), nos termos dos alimentos provisórios requeridos no item b;
f) A condenação da Requerida ao pagamento das custas processuais e verbas de sucumbência, na proporção de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação.
Assim, protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas, e juntada de documentos.
Nestes termos,
Requer deferimento.
Paracatu, Minas Gerais , 21 de Julho de 2021.
  Camila, Isabela, Izabela, Gustavo, Igor, Igor, Jomayer, Júlio e Elvys
  OABS: MG098765; MG123456; MG456873; MG084579; MG126439; MG051843; MG492641; MG036864 e MG7380911

Continue navegando