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modelo petição inicial - processo civil

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA X VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE FORTALEZA/CE.
  
 
 
Moema, brasileira, solteira, profissão, portadora do RG nº XXXXXXXXXX, e do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua X, n. X, Bairro X, em Fortaleza/CE, por sua advogada devidamente constituída pelo instrumento de procuração anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento na Lei n. 11.804 de 2008, propor a presente
AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS
em face de Tomás, brasileiro, solteiro, empresário, portadora do RG nº XXXXXXXXXX, e do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua X, n. X, Bairro X, no Rio de Janeiro/RS, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
 
PRELIMINARMENTE DA JUSTIÇA GRATUITA
 A requerente não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa, sob égide no Novo Código de Processo Civil, art. 98 c/c caput e parágrafo 3º do artigo 99, ambos do CPC c/c o artigo 5°, LXXIV, da Constituição Federal, em virtude de não possuir recursos suficientes para arcar com as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios. 
Desse modo, a autora faz jus à concessão da gratuidade de Justiça, motivo pelo qual exerce neste ato o direito constitucionalmente assegurado à assistência jurídica integral e gratuita. Insta ressaltar que entender de outra forma seria impedir os mais humildes de ter acesso à Justiça, garantia maior dos cidadãos no Estado Democrático de Direito.
 I. DOS FATOS
 Durante todo o ano de 2017 o requerido viajava para o Ceará semanalmente para tratar de negócios. Durante uma dessas viagens, conheceu Moema, ora autora, com quem iniciou um relacionamento. Durante o namoro, o casal frequentava diversos lugares juntos e o requerido sempre a apresentou como sua namorada.
Como fruto da relação, a autora engravidou. Ao entrar em contato com Tomás, este se negou a reconhecer o filho, alegando que o relacionamento havia acabado e que não estava pronto para ser pai naquele momento, se opondo a reconhecer a paternidade do nascituro e também a fornecer qualquer apoio financeiro à autora, tanto para auxiliá-la durante a gestação como para custear despesas depois do nascimento da criança. 
A requerente ficou completamente desolada. Está desempregada e não tem o mínimo de condições de arcar financeiramente com os custos do plano de saúde e demais despesas da gravidez, além disso, Moema está em uma gravidez de risco, o que faz com que necessite do dobro de cuidados, estando impossibilitada de trabalhar, consoante atestado médico anexo.
Neste passo, a autora não possui condições de arcar com as despesas da gravidez de risco em que se encontra, haja vista estar desempregada e não possuir renda, diferentemente do requerido, que labora como empresário, vive com muitos luxos, fazendo diversas viagens internacionais e usando ternos de luxo, conforme publicações de uma rede social abaixo, sendo assim possuí plenas condições de auxiliar a demandante com os gastos de seu(sua) descendente.
 
Diante da extrema necessidade de obtenção dos valores que possam suprir as necessidades da autora, como os custos com hospital, médico e outras despesas decorrentes da sua gravidez, intenta-se a presente ação de alimentos gravídicos, com a finalidade de incumbir ao demandado o dever de alcançar alimentos à autora, observando-se o binômio necessidade/possibilidade.
II. DOS FUNDAMENTOS 
 O artigo 2º da Lei n. 11.804/06 descreve os alimentos gravídicos, in verbis:
Art. 2o  Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes à alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes. 
A concessão dos alimentos à autora se funda ao direito à vida, haja vista ser de suma importância para o decorrer da gestação e o bom desenvolvimento do feto, não tendo a autora condições financeiras de arcar sozinha com todos os custos, sendo dever do genitor do nascituro auxiliá-la economicamente.
As provas coligidas ao feito, mormente as fotos do ex casal, mensagens trocadas pelos dois através do aplicativo whatsapp e as declarações das testemunhas evidencia que os dois mantiveram relação amorosa, bem como que o filho que a autora está esperando é do demandado.
Cabe salientar que, mesmo após o nascimento do infante, os alimentos devem continuar sendo alcançados pelo genitor, haja vista ser dever do pai alcançar alimentos ao filho quando da separação a guarda restar fixada a favor da genitora. Consoante o parágrafo único do artigo 6º da Lei n. 11.804/08:
 Art. 6o  Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré. 
        Parágrafo único.  Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão. 
Diante do farto conteúdo probatório anexo ao feito, resta comprovada a paternidade, bem como a necessidade dos alimentos por parte da genitora, sendo assim, requer-se a concessão imediata dos referidos alimentos no montante de dois salários mínimos nacionais.
III. DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS
Dada a atualidade das necessidades da requerente, tendo que o indeferimento do pedido postulado pode gerar sério perigo para a autora bem como para o filho que ela está gerando em seu ventre, se faz necessário o deferimento da liminar.
Como acima exposto, as necessidades da autora estão comprovadas, bem como as condições do demandado, sendo assim, sendo os deveres alimentares matéria especial dentro das normas brasileiras, se faz necessária a concessão dos alimentos provisórios no patamar de dois salários mínimos.
IV. DOS PEDIDOS
 Diante do acima exposto, requer:
1) a concessão do benefício da gratuidade de Justiça, haja vista que a requerente é pobre na acepção jurídica do termo;
2) a concessão da liminar, fixando os alimentos provisórios em 02 (dois) salários mínimos, observando-se a necessidade da autora e possibilidade do réu;
3) a citação do requerido para, querendo, apresentar resposta à acusação, sob pena de ser decretada sua revelia;
4) a intimação do Ministério Público para acompanhar o feito;
5) no mérito, a fixação dos alimentos gravídicos no patamar de 02 (dois) salários mínimos, com procedência do pedido formulado pela autora;
6) a conversão dos alimentos gravídicos em pensão alimentícia ao infante após o seu nascimento;
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, que ficam desde já requeridos, ainda que não especificados.
Atribui-se à causa o valor de R$ 24.000,00.
Termos em que pede deferimento.
Fortaleza, 22 de março de 2021.
Thaiana Borba da Silva 
OAB/CE n. X

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