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Simulado Enem 2018 - 3º conjunto Prova I

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SIMULADO 3 - ENEM 2018 - PROVA I
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IA
S
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
Disponível em: <http://www.adsoftheworld.com/media/print/weak_naira_2>. Acesso em: 11 dez. 2017.
As peças publicitárias costumam associar recursos verbais e não verbais para obter efeitos de sentido específicos. 
Na publicidade anterior, o rosto magro do indivíduo estampado na nota e as frases logo abaixo dela revelam a intenção de
A. 	 explicar a diminuição do poder de compra da classe média nigeriana.
B. 	 elencar os efeitos da crise econômica na vida da população nigeriana. 
C. 	 responsabilizar a classe política pela situação da economia nigeriana.
D. 	 buscar auxílio para solucionar o problema da desnutrição na Nigéria.
E. 	 chamar atenção para a desvalorização da moeda oficial da Nigéria.
Alternativa E
Resolução: 
A) INCORRETA – Embora a peça publicitária aborde a desvalorização do naira nigeriano (o que pode – ou não – interferir 
no poder de compra da população), não se faz nenhum tipo de recorte de classe. Além disso, a publicidade não explica 
as causas que levaram à diminuição do poder de compra dos nigerianos; somente aponta que o naira se desvalorizou. 
Logo, a afirmação da alternativa não se sustenta.
B) INCORRETA – O verbo “elencar” sugere a produção de uma lista de itens, e isso invalida a alternativa B, pois a publicidade 
não elenca efeitos da crise econômica, apenas chama a atenção do leitor para a desvalorização do naira, tendo em vista 
o ano de 1986. 
C) INCORRETA – A publicidade não se ocupa de responsabilizar nenhum indivíduo pela situação da economia da Nigéria. 
Ela apenas aponta que o naira se desvalorizou desde 1986 e convida o leitor a pensar maneiras de revalorizá-lo, o que 
fica evidente na frase “What will #PlumpTheNaira?” (O que vai “engordar” o naira?).
D) INCORRETA – Na nota de 500 nairas representada na peça publicitária, o rosto de Nnamdi Azikiwe (primeiro presidente 
da Nigéria) foi digitalmente alterado para aparentar magreza extrema. Isso pode levar a crer que a peça publicitária faz 
um apelo contra a desnutrição na Nigéria. Contudo, trata-se, na realidade, de uma alegoria do próprio enfraquecimento 
dessa moeda. Portanto, a afirmativa da alternativa D não se sustenta.
E) CORRETA – Nessa peça publicitária, associa-se o rosto digitalmente modificado de Nnamdi Azikiwe aos dizeres “In 1986, 
this man could buy you a car. What can he buy you now? What will #PlumpTheNaira? Talk!” (Em 1986, esse homem poderia 
lhe comprar um carro. O que ele pode lhe comprar agora? O que vai #EngordarONaira? Manifeste-se!). Nessa frase, “this 
man” não se refere exatamente ao ex-presidente nigeriano estampado na nota de 500 nairas, mas sim, metonimicamente, 
à própria nota de 500 nairas, ou seja, aponta-se que essa nota não tem o mesmo valor que tinha antes; enfraqueceu-se. 
Portanto, conclui-se que a publicidade chama atenção para a desvalorização da moeda oficial da Nigéria, conforme propõe 
a alternativa E.
B2C3
ENEM – VOL. 3 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 1BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 02 
Saudi prince to donate $32bn fortune to charity
Saudi Arabian billionaire Prince Alwaleed bin Talal has 
said he will donate his $32bn (£20bn; €29bn) personal fortune 
to charity.
The 60-year-old nephew of King Salman is one of the 
world’s richest people.
He said he had been inspired by the Gates Foundation, 
set up by Bill and Melinda Gates in 1997.
The money would be used to foster cultural understanding, 
empower women, and provide vital disaster relief, among 
other things, he said.
Mr. Gates praised the decision, calling it an “inspiration 
to all of us working in philanthropy around the world”.
Prince Alwaleed is at number 34 on the Forbes list of the 
world’s richest people.
The money will go to the prince’s charitable organisation, 
Alwaleed Philanthropies, to which he has already donated 
$3.5bn.
The prince, who does not hold an official government 
position, is chairman of investment firm Kingdom Holding 
Company. 
Disponível em: <http://www.bbc.com>. Acesso em: 14 jul. 2015.
Ajudar instituições de caridade é uma atividade de praxe 
entre personalidades. O príncipe Alwaleed, inspirado na 
fundação de Bill Gates, pretende doar sua fortuna para 
diversas causas, entre elas o(a)
A. 	promoção da filantropia no mundo.
B. 	combate à violência contra mulheres.
C. 	construção da Alwaleed Philanthropies.
D. 	erradicação do entendimento entre as culturas.
E. 	envio de ajuda humanitária na ocorrência de calamidades.
Alternativa E
Resolução: No quarto parágrafo do texto, são enumerados 
os objetivos da doação feita pelo príncipe: estimular o 
entendimento cultural, empoderar as mulheres e promover 
ajuda humanitária em situações de catástrofe (“vital disaster 
relief ”). A única alternativa que apresenta corretamente um 
desses objetivos é a E.
QUESTÃO 03 
Disponível em: <http://www.bestadsontv.com>. Acesso em: 24 jan. 2017.
37JY
DØØL
Textos publicitários lançam mão de recursos verbais e não 
verbais com fins específicos. A peça anterior enfoca os 
problemas consequentes 
A. 	do uso de paredes de vidro nos recintos destinados a 
animais marinhos.
B. 	da participação de animais selvagens em filmes e 
programas de televisão.
C. 	da presença de animais psicologicamente instáveis em 
parques aquáticos. 
D. 	da rotina repetitiva imposta aos animais marinhos 
confinados em parques.
E. 	do confinamento de animais marinhos com o propósito 
de entretenimento.
Alternativa E
Resolução:
A) INCORRETA – A leitura do texto permite concluir que o 
problema central não são as paredes de vidro, e sim o 
confinamento em si. Logo, a alternativa está incorreta.
B) INCORRETA – O texto não cita filmes e programas de 
televisão. A palavra “show” é utilizada na peça publicitária 
para fazer referência às atrações de parques aquáticos 
que envolvem animais marinhos como Hugo, a orca.
C) INCORRETA – O texto indica que o confinamento de 
animais marinhos gera um estresse psicológico que pode 
ser fatal. Portanto, o problema enfocado pelo texto não é 
a presença de animais instáveis em parques aquáticos, 
e sim o fato de que o confinamento desses animais 
pode levá-los a desenvolver esses problemas. Logo, a 
alternativa está incorreta, pois distorce as informações 
contidas no texto.
D) INCORRETA – Não há menção a uma rotina repetitiva no 
texto. O termo “repeatedly” é empregado para descrever 
a atitude da baleia Hugo que a levou à morte: bater a 
cabeça repetidamente no vidro do tanque.
E) CORRETA – Para chegar à resposta, pode-se basear nas 
seguintes passagens do texto: “Confined in tanks for many 
years, Hugo started showing signs of psychological stress 
[...]; Captivity kills. Stop supporting marine parks”. Vê-se 
que o texto enfatiza os problemas causados aos animais 
pelo confinamento. Logo, a alternativa está correta.
QUESTÃO 04 
No speak English
Mamacita is the big mama of the man across the street, 
third-floor front. […]
The man saved his money to bring her here […] because 
she was alone with the baby boy in that country. He worked 
two jobs. He came home late and he left early. Every day.
Then one day Mamacita and the baby boy arrived in a 
yellow taxi […].
Up, up, up the stairs she went […]. Then we didn’tsee 
her. […] I believe she doesn’t come out because she is 
afraid to speak English […]. She sits all day by the window 
[…]. She still sighs for her pink house, and then I think she 
cries. I would. 
Sometimes the man gets disgusted. He starts screaming 
and you can hear it all the way down the street. […]
¡Ay, caray! We are home. This is home. Here I am and 
here I stay. Speak English. Speak English. Christ!
546G
LCT – PROVA I – PÁGINA 2 ENEM – VOL. 3 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
¡Ay! Mamacita […] lets out a cry, […] as if he had torn 
the only skinny thread that kept her alive, the only road out 
of that country.
And then to break her heart forever, the baby boy, who 
has begun to talk, starts to sing the Pepsi commercial he 
heard on T.V.
No speak English, she says to the child who is singing 
in the language that sounds like tin. No speak English, no 
speak English, and bubbles into tears. No, no, no, as if she 
can’t believe her ears.
CISNEROS, S. No Speak English. In: The house on Mango Street. 
Vintage Books USA, 1991.
Sandra Cisneros é uma escritora americana de ascendência 
mexicana. Em No speak English, a autora aborda desafios 
enfrentados por latinos que migram para os EUA, tais como
A. 	a dificuldade de assimilação e inserção em uma nova 
cultura.
B. 	a crise identitária de crianças criadas em lares 
multiculturais.
C. 	o problema da violência doméstica em lares de 
imigrantes.
D. 	o conflito entre pessoas de idades e culturas diferentes.
E. 	a intolerância contra falantes de línguas estrangeiras.
Alternativa A
Resolução:
A) CORRETA – Mamacita tem dificuldade para se encontrar 
no novo país. Sente falta de casa e recusa-se a falar inglês. 
Além disso, a ideia de que seu bebê esteja aprendendo a 
língua a atormenta. Isso evidencia sua dificuldade para 
assimilar e se inserir na cultura estadunidense.
B) INCORRETA – No conto, o bebê não aparenta estar 
passando por nenhuma crise identitária. Pelo contrário: 
logo que começa a falar, ele se mostra bastante alinhado 
com a cultura local, cantando uma música em inglês que 
ouvira na TV. É justamente isso que aflige Mamacita.
C) INCORRETA – Embora o homem perca a paciência com 
a nostalgia de Mamacita e trate-a de forma ríspida, não se 
pode afirmar que haja uma intenção autoral de apontar, 
por meio disso, a existência de violência doméstica 
sistêmica em lares de imigrantes. Essa alternativa, na 
verdade, pode ser considerada falaciosa, pois parte do 
evento pontual relatado no texto para descrever um grupo 
social inteiro.
D) INCORRETA – Embora Mamacita e o homem sejam 
de idades diferentes (pois ela é mãe dele), ambos vêm 
do mesmo país, portanto têm a mesma cultura. Logo, o 
aspecto descrito na alternativa não se aplica ao texto.
E) INCORRETA – Tanto Mamacita quanto o homem são 
falantes nativos do espanhol. O homem inclusive começa 
sua frase com “¡Ay, caray!”, que é uma interjeição castelhana 
que demonstra enfado. Portanto, o espanhol não é uma 
língua estrangeira para ele, o que invalida a alternativa.
QUESTÃO 05 
Election 2015: Tory inheritance tax plan “about values” 
Chancellor George Osborne has said Conservative plans 
to remove family homes worth up to £1m from inheritance tax 
“supports the basic human instinct to provide for your children”. 
It means more owners of homes in the UK would be able 
to pass them on to their children without paying tax. 
EYN3
The policy is likely to be at the centre of the Tory election 
manifesto, which will be launched next week. 
Labour said the Tories had promised such a move before 
and did not deliver. 
Deputy leader Harriet Harman contrasted the idea with 
Labour’s plan for a “mansion tax”, saying “people face a big 
choice”. 
“It’s becoming clearer and clearer as we get to the election 
how actually the Tories are helping a few people – and we 
want everybody to be better off,” she told BBC One’s Andrew 
Marr Show. 
The £1bn cost of the Conservative policy will be paid for 
by reducing tax relief on the pension contributions of people 
earning more than £150,000, says the party. 
Disponível em: <http://www.bbc.com/news/election-2015-32271505>. 
Acesso em: 12 dez. 2017. [Fragmento]
A notícia anterior, publicada na época das eleições britânicas 
de 2015, aborda uma proposta que constituía a base da 
campanha do Partido Conservador. Essa proposta previa 
A. 	 a cobrança de taxas sobre transmissões de imóveis 
familiares de qualquer valor. 
B. 	 a redução dos valores pagos a pensionistas que 
recebem acima de 150 000 libras anuais.
C. 	 a isenção de impostos na transferência de imóveis de 
até um milhão de libras por motivo de herança.
D. 	 a elevação dos valores pagos pelo governo britânico 
àqueles que necessitam de auxílio-moradia. 
E. 	 o aumento do valor dos impostos pagos sobre os 
planos de aposentadoria de funcionários públicos. 
Alternativa C
Resolução:
A) INCORRETA – A proposta dos Tories não contempla a 
cobrança de impostos sobre a transferência de imóveis 
de qualquer valor, mas sim, ao contrário, a isenção da 
cobrança sobre a transferência de imóveis cujo valor seja 
inferior a um milhão de libras esterlinas.
B) INCORRETA – Na última frase do texto, lê-se o seguinte: 
“The £1bn cost of the Conservative policy will be paid for by 
reducing tax relief on the pension contributions of people 
earning more than £150,000, says the party”. Isso quer 
dizer que, para compensar o ônus aos cofres públicos 
causado pela mudança na taxação da transferência 
de imóveis, o Partido Conservador pretende reduzir 
a desoneração fiscal das contribuições ao fundo de 
pensões feitas por indivíduos cuja renda supera as 150 mil 
libras por ano. Com a redução dessas desonerações, 
os contribuintes passarão a pagar mais para o governo. 
Portanto, não se trata de reduzir o valor pago aos 
pensionistas, mas de aumentar o valor da contribuição 
dos futuros aposentados.
C) CORRETA – Nos dois primeiros parágrafos do texto, 
explica-se que o plano do Partido Conservador é 
aumentar para um milhão de libras o valor máximo para 
que um imóvel seja isento do “imposto sobre herança” 
(inheritance tax).
D) INCORRETA – O texto não faz referência a auxílios-
-moradia, logo não é possível fazer a afirmação da 
alternativa D.
E) INCORRETA – O texto não faz qualquer menção ao plano 
de aposentadoria de funcionários públicos britânicos, 
portanto a afirmação da alternativa não é cabível.
ENEM – VOL. 3 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
Entrevista con Mario Benedetti
 Clárin: Hay un libro suyo que lleva por título La vida ese 
paréntesis [...] Y dentro de su paréntesis personal, ¿hay 
cosas de las que se arrepienta, algo que hubiera querido 
hacer de manera diferente?
 Mario Benedetti: Y sí, claro que sí, me he equivocado en 
muchas cosas. A veces me arrepiento de haber publicado un 
poema, no por cuestiones políticas, sino porque hoy lo veo y 
no creo que esté bien. Me he equivocado en haber publicado 
libros que todavía no estaban suficientemente maduros. 
Y en la vida misma también hay arrepentimientos. Hubiera 
deseado ser un joven más feliz, menos prejuicioso, menos 
ensimismado... También me arrepiento bastante de lo que fue 
mi actividad política, que en un momento fue muy intensa. 
Yo fui dirigente del Frente Amplio, pero a medida que iba 
pasando el tiempo advertí que no tenía la menor vocación 
para dirigente político, sí para militancia independiente, fuera 
del aparato partidario. Finalmente llegué a la conclusión 
de que podía tener una incidencia política mucho mayor a 
través de la literatura. Puede ser que me haya equivocado 
en muchas cosas, pero en lo que no me he equivocado es 
en mantener cierta coherencia política. A pesar de algunos 
errores circunstanciales, creo que volvería por el mismo 
camino aunque tal vez no con los mismos pasos, para no 
meter la pata.
MARTINEZ, Ezequiel. Disponívelem: <http://edant.clarin.com/
diario/especiales/benedetti/nota1.htm>. Acesso em: 03 mar. 2015 
(Adaptação).
No trecho da entrevista ao jornal Clarín, o escritor e jornalista 
uruguaio Mario Benedetti afirma que se arrepende de ter 
A. 	 escolhido as profissões de escritor e jornalista. 
B. 	 provocado muitos prejuízos na juventude.
C. 	 publicado opiniões políticas em seus poemas.
D. 	 sido incoerente em suas concepções políticas. 
E. 	 vivido momentos de intensa militância política. 
Alternativa E
Resolução: No texto, Benedetti diz ter se arrependido de 
sua atividade política, pois percebeu com o tempo, que não 
tinha vocação para a militância partidária, e sim, para a 
militância independente por meio da literatura, o que torna 
correta a alternativa E. A alternativa A está incorreta porque 
no texto não há menção ao escritor ter se arrependido de sua 
atividade profissional. A alternativa B está incorreta porque 
ela explora a palavra “prejuicioso”, um falso cognato que em 
espanhol significa “preconceituoso”, de modo que o escritor 
declarou que gostaria de ter sido menos preconceituoso, e 
não que se arrepende de ter causado prejuízos na juventude. 
A alternativa C está incorreta, pois Benedetti acredita que 
sua vocação é a militância política por meio da literatura. Por 
fim, a alternativa D está incorreta porque o escritor afirma 
que manteve sua coerência política com apenas alguns 
erros circunstanciais. 
JRØD
QUESTÃO 02 
Retrato 
No tenía este rostro que tengo
tan calmo, tan triste, tan magro,
ni estos ojos tan vacíos,
ni el labio amargo.
No tenía estas manos sin fuerza,
tan paradas, tan frías, tan muertas.
No tenía este corazón
que ni se muestra.
Y no entiendo esta mudanza,
tan simple, tan cierta, tan fácil.
¿En qué espejo se perdió
mi rostro grácil?
MEIRELES, C. Disponível em: <http://www.letrasenlinea.cl>. 
Acesso em: 24 out. 2017.
Nesse poema de Cecília Meireles, o eu lírico faz um retrato 
de si próprio,
A. 	 comparando seu rosto com o de pessoas mais fortalecidas, 
que passaram pelas mesmas transformações. 
B. 	 constatando as mudanças e transformações psicológicas 
e físicas pelas quais passou ao longo dos anos.
C. 	 compreendendo as mutações físicas e emocionais 
trazidas pelas experiências vivenciadas ao longo da vida. 
D. 	 aceitando a fragilidade de seu corpo e o semblante 
magro e triste de seu rosto precocemente envelhecido. 
E. 	 repudiando, assombrada, as transformações físicas e 
emocionais vivenciadas, perceptíveis em seu corpo e 
atitude. 
Alternativa E
Resolução: O eu lírico do poema tem um posicionamento 
de repúdio e assombro diante das transformações que nota 
em seu corpo e em sua atitude, que podem ser percebidos 
na não aceitação constante de suas mudanças explicitadas 
nos trechos: “No tenía ...”, “Y no entiendo esta mudanza” 
e “¿En qué espejo se perdió mi rostro grácil?”. Portanto, a 
alternativa correta é a E. A alternativa A está incorreta porque 
o eu lírico se compara a si mesmo no passado e não com 
outras pessoas. A alternativa B está incorreta porque o eu 
lírico faz um retrato de si próprio não constatando apenas, 
mas rejeitando as mudanças, com as quais se entristece. 
As alternativas C e D estão incorretas porque o eu lírico não 
aceita nem compreende sua transformação.
QUESTÃO 03 
Tareas diarias para mantener el orden en casa
1. Deja la cama hecha siempre antes de salir de casa. 
¡Qué feo queda volver de trabajar y ver la cama revuelta!
2. Recoge la mesa después de cada comida, nada más 
terminar. No te recuestes en el sofá antes de hacer eso. 
Luchar contra la pereza es duro.
3. Recoge la cocina. No basta con recoger la mesa y 
dejar todos los platos en la cocina. El fregadero no es un 
contenedor. Así que rápidamente los platos al lavavajillas.
TKH1
LONV
LCT – PROVA I – PÁGINA 4 ENEM – VOL. 3 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
4. Antes de salir de una habitación, si ya has terminado lo que estabas haciendo, echa un vistazo y recógela.
5. Dobla y guarda la ropa en los armarios, tanto la que has llevado puesta ya aireada como si recoges el tendedero. 
Si amontonas en una silla, la montaña crecerá.
6. Plantéate hacer una tarea de la casa al día. Poner una lavadora, planchas, limpiar el polvo, ir a la compra… Solo 
una por día para no acumularlas todas. [...]
7. Tira la basura. No la acumules.
8. Planifica las comidas del día siguiente. Dedica unos días a pensar qué comerás y cenarás al día siguiente. Mira el 
interior de tu nevera para ver qué corre el riesgo de estropearse en su interior y aprovéchalo.
Disponível em: <http://www.micasarevista.com>. 
Acesso em: 26 jan. 2016. [Fragmento]
Para manter a ordem em uma casa, algumas tarefas diárias são necessárias. Entre essas atividades, a autora do 
texto sugere 
A. 	realizar todas as tarefas em um único dia da semana para ter mais tempo livre. 
B. 	dobrar e empilhar as roupas em uma cadeira de maneira para que não fiquem espalhadas. 
C. 	recolher a mesa após as refeições mesmo que a louça não seja lavada no mesmo dia. 
D. 	guardar a vassoura e os demais materiais de limpeza para que não fiquem acumulados.
E. 	planejar a alimentação do dia seguinte para que os alimentos não estraguem na geladeira.
Alternativa E
Resolução: A alternativa correta é a E, como pode ser confirmado no oitavo tópico do texto, o qual afirma que devemos planejar 
as refeições do dia seguinte e conferir a geladeira para não correr o risco de que algum alimento estrague. A alternativa A 
está incorreta porque as tarefas apresentadas devem ser realizadas escalonadamente. A alternativa B está incorreta, pois as 
roupas devem ser guardadas no armário, evitando colocá-las em uma cadeira para que não fiquem amontoadas. A alternativa C 
está incorreta, pois deve-se colocar a louça na lava-louça logo após tirar a mesa. A alternativa D está incorreta, pois o texto 
não se refere a materiais de limpeza e onde guardá-los. 
QUESTÃO 04 
Chicos en las redes o cómo huir de los adultos
Perfiles paralelos, lenguaje en código, identidades falsas: en Internet los adolescentes construyen un mundo propio y 
alejado de la mirada adulta.
Daniela Lepiscope no entendía por qué cuando entraba al perfil que Valentina tiene en Instagram le aparecían en la 
pantalla comentarios y fotos que ella no reconocía como de su hija. “Es que le presté mi usuario a Paz y ella me prestó 
el suyo. Lo hicimos porque yo bardeo mejor”, fue la respuesta casi crítica de la adolescente de 12 años. “¿Bardeo mejor? 
Te dije que por las redes no quiero que insultes porque queda horrible”, le recordó Daniela. “Ay, má, bardear no es insultar. 
Es responder de forma sagaz”, retrucó.
Además de prestarles su usuario a las amigas, donde adoptan la identidad – al menos virtual – de la otra, Valentina también 
le contó a su mamá que inventa perfiles de gente que no existe para llamar la atención de unos chicos que juegan al rugby y 
que cambia la contraseña de acceso a su perfil de Instagram y Snapchat casi a diario. Daniela la escucha con atención y trata 
de comprender un poco más acerca de ese universo que habita su hija en Internet y del que ella está prácticamente excluida. 
Disponível em: <http://www.elpais.com.uy>. Acesso em: 02 mar. 2017. [Fragmento]
O texto evidencia o quão particular se tornou o universo dos jovens e adolescentes após o advento da Internet. Ao usar a 
estrutura “Ay, má, bardear no es insultar. Es responder de forma sagaz”, a filha mostra-se
A. 	impaciente com a falta de conhecimento da mãe.
B. 	irônica perante o desejo da mãe de criar um perfil. 
C. 	compreensiva com o interesse exposto pela mãe. 
D. 	surpresa com as limitações apresentadas pela mãe.
E. 	orgulhosa por saber mais sobre a Internet que sua mãe.
DSTQ
ENEM – VOL. 3 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa A
Resolução: A alternativa correta é a A, como pode ser confirmado na sexta linha do primeiro parágrafo: “responder de 
forma sagaz”, “retrucó”. O uso do verbo “retrucar” comprova a impaciênciada filha com o desconhecimento da mãe sobre o 
vocabulário referente à Internet e às redes sociais. A alternativa B está incorreta porque a mãe não manifesta desejo de ter 
um perfil, mas sim de compreender um pouco mais sobre o universo da filha. A alternativa C está incorreta, pois de acordo 
com o texto, a filha responde à mãe de forma ríspida nas duas ocasiões mencionadas no primeiro parágrafo. A alternativa D 
está incorreta, pois a filha não se mostra surpresa, mas sim impaciente e arredia ao interesse da mãe. A alternativa E está 
incorreta porque a filha não se vangloria por saber mais que a mãe em nenhum momento do texto.
QUESTÃO 05 
Las cosas
El bastón, las monedas, el llavero,
la dócil cerradura, las tardías
notas que no leerán los pocos días
que me quedan, los naipes y el tablero,
un libro y en sus páginas la ajada
violeta, monumento de una tarde
sin duda inolvidable y ya olvidada,
el rojo espejo occidental en que arde
una ilusoria aurora. ¡Cuántas cosas,
láminas, umbrales, atlas, copas, clavos,
nos sirven como tácitos esclavos,
ciegas y extrañamente sigilosas!
Durarán más allá de nuestro olvido;
no sabrán nunca que nos hemos ido.
BORGES, J. L. Disponível em: <http://marcelosaraceno.tripod.com>. Acesso em: 16 jun. 2017.
O poema de Jorge Luis Borges fala sobre diversas coisas e objetos. Nele, o foco do autor está direcionado para a(o)
A. 	 admiração causada por conseguirmos desapegar-nos de todos os bens materiais que adquirimos quando chegamos ao 
fim da vida.
B. 	 estranheza causada pelas pessoas que possuem muitas coisas sem verdadeira utilidade, visto que nada levaremos no 
momento da morte.
C. 	 assombro causado por possuirmos muitas coisas que têm significado e utilidade para nós, enquanto elas, por natureza, 
ignoram nossa existência.
D. 	 vaidade causada pela percepção de que nós, seres humanos, possuímos a crença egocêntrica de que temos direito 
sobre todas as coisas.
E. 	 ódio causado pela constatação de que somos mortais, enquanto todas as coisas e objetos dos quais nos servimos 
sobreviverão à nossa existência.
Alternativa C
Resolução: A alternativa correta é a C, pois o foco do autor está direcionado para o assombro devido ao fato de que 
todas as diversas coisas que possuímos não têm a menor consciência de nossa existência. As alternativas A, D e E são 
incorretas porque não é possível afirmar com base no poema que o autor sinta admiração, vaidade ou ódio no tocante 
aos objetos e a nossa relação com eles. A alternativa B é incorreta porque não é possível afirmar que os objetos citados 
não tenham verdadeira utilidade. Além disso, o tom predominante do poema é de assombro e reflexão acerca da relação 
dos seres com os objetos.
NMAD
LCT – PROVA I – PÁGINA 6 ENEM – VOL. 3 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 06 
A presidente do Conselho Federal de Fonoaudiologia, 
Thelma Costa, comentou o tema da redação do Enem de 
2017 – “Desafios para a Formação Educacional de Surdos 
no Brasil”. Segundo ela, o assunto da inclusão deveria ser 
debatido por todos, inclusive porque o deficiente auditivo 
faz parte da comunidade escolar, como qualquer pessoa 
com deficiência.
“Os desafios são vários, porque existe a questão da 
formação do professor. O aluno, seja surdo ou com qualquer 
deficiência, é colocado na sala de aula, mas não é incluído. 
É muito mais fácil incluir pessoas com deficiência física, mas 
com relação ao surdo, é preciso ter um intérprete e uma 
maneira diferente de dar aula. É um desafio”, disse.
O preconceito existe, ainda, na própria pessoa com 
deficiência auditiva. “A primeira pergunta que ela faz é se o 
aparelho vai aparecer. Como se, desaparecendo o aparelho, 
desaparece o problema. Isso é preconceito da própria 
pessoa. E a gente pergunta: ‘Mas você usa óculos? Qual é 
a dificuldade e a diferença?’”, acrescentou a especialista.
VERDÉLIO, A. Hoje em dia, 12 nov. 2017. [Fragmento adaptado]
A coesão textual é responsável por estabelecer relações 
entre as partes do texto. No trecho “desaparece o problema”, 
há uma inadequação entre o verbo e o seu modo verbal, ao 
se considerar a oração anterior, pois a
A. 	 ideia de suposição deixa de ser realçada.
B. 	 noção de consequência se torna incoerente.
C. 	 certeza da conclusão da ação deixa de existir.
D. 	 ação passa a ser representada como habitual.
E. 	 realização da ação passa a acontecer no passado.
Alternativa A
Resolução: Analisando o período “Como se, desaparecendo 
o aparelho, desaparece o problema”, identifica-se a ideia 
de hipótese que se pretende imprimir, já que o problema 
desapareceria caso o aparelho não ficasse exposto. Essa 
ideia é registrada pelo conectivo “se”. Nesse sentido, o 
tempo verbal que se relaciona com o verbo da oração 
“desaparecendo o aparelho” – que também poderia ser 
redigida “quando desaparecer” ou “ao desparecer” – é o 
pretérito imperfeito do modo subjuntivo: “desaparecesse”. 
Da maneira que foi proferida a frase no texto, perde-se a 
ideia de suposição, a qual deveria ser realçada. Portanto, 
está correta a alternativa A. A alternativa B está incorreta 
porque não há noção de consequência no texto, e sim 
conformidade, a qual denota suposição. A alternativa C 
está incorreta porque, mesmo grafando-se “desaparece” 
ou “desaparecesse”, ainda assim, não há certeza da 
conclusão da ação, já que ela ocorre num plano hipotético. 
A alternativa D está incorreta porque, mesmo que o tempo 
verbal de “desaparece”, presente do modo indicativo, possa 
denotar uma ação habitual, não há essa noção na frase, já 
que se trata de uma suposição. Por fim, a alternativa E está 
incorreta porque, sendo uma ação hipotética, ela aconteceria 
no futuro.
FQG8 QUESTÃO 07 
Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com>. 
Acesso em: 13 dez. 2017.
É usual, na Internet, a apropriação de diferentes gêneros 
para a composição de um novo texto. No meme anterior, 
o humor é alcançado por meio de
A. 	 conectivo aditivo com valor semântico de conclusão.
B. 	 hipérbole na quantidade de amigos virtuais dos usuários.
C. 	 descrição da atitude de alguns usuários de redes sociais.
D. 	 surpresa da personagem com a quantidade de amigos 
virtuais.
E. 	 fusão da reação da personagem com a insatisfação no 
texto verbal.
Alternativa E
Resolução: No meme, o autor posiciona-se criticamente 
acerca do comportamento de alguns usuários em redes 
sociais, os quais seriam contraditórios ao dizer que “amigo 
a gente conta no dedo” – significando que são poucos os 
amigos – e marcar um número altíssimo de pessoas. Essa 
crítica é percebida por meio da combinação dos elementos 
verbais e não verbais do texto: respectivamente a descrição 
do que fazem alguns usuários e o semblante contrariado 
do homem, a personagem Seu Madruga, do seriado de TV 
Chaves. Portanto, está correta a alternativa E. As demais 
alternativas não interpretam corretamente o texto ou não 
apontam o elemento gerador de humor. A alternativa A está 
incorreta porque o conectivo aditivo “e” apresenta valor 
semântico de oposição. A alternativa B está incorreta porque, 
mesmo que haja hipérbole em “58 pessoas”, o humor do 
meme só é alcançado por meio da fusão dos elementos 
verbo-visuais. A alternativa C está incorreta porque somente 
a descrição da atitude de alguns internautas não gera humor 
no texto. Finalmente, a alternativa D está incorreta porque a 
expressão da personagem não representa surpresa pelo alto 
número de amigos, mas insatisfação com o comportamento 
contraditório dos usuários.
QUESTÃO 08 
Os rios, de tudo o que existe vivo, 
vivem a vida mais definida e clara; 
para os rios, viver vale se definir 
e definir viver com a língua da água. 
O rio corre; e assim viver para o rio 
vale não só ser corrido pelo tempo: 
o rio o corre; e pois que com sua água, 
viver vale suicidar-se, todo o tempo.
MELO NETO, J. C. Disponível em: <http://amoraroxa.blogspot.com.br>. 
Acesso em: 14 dez. 2017. [Fragmento]
OKXW
HO3Q
ENEM – VOL. 3 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINONo penúltimo verso do fragmento anterior, as duas 
ocorrências do vocábulo “o” podem ser classificadas, 
respectivamente, quanto à classe gramatical como
A. 	 artigo definido e pronome relativo.
B. 	 artigo definido e pronome pessoal.
C. 	 pronome relativo e pronome relativo.
D. 	 pronome relativo e pronome pessoal.
E. 	 pronome pessoal e pronome pessoal.
Alternativa B
Resolução: No verso “o rio o corre; e pois que com sua 
água”, a primeira ocorrência do vocábulo “o” é classificada 
como artigo definido masculino, pois determina o substantivo 
masculino “rio”, antecedendo-o. Já a segunda ocorrência é 
classificada como pronome pessoal oblíquo, pois substitui 
o termo “tempo”, visto no verso anterior, assumindo função 
sintática de objeto direto. Portanto, a alternativa correta é a B.
QUESTÃO 09 
Os cientistas Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e 
Michael W. Young ganharam na segunda-feira o Prêmio 
Nobel de Medicina de 2017 “por descobrirem os mecanismos 
moleculares que controlam o ritmo circadiano”, os fenômenos 
biológicos que ocorrem ritmicamente por volta da mesma 
hora do dia, como o sono. Suas descobertas, de acordo 
com o júri, explicam como as plantas, os animais e as 
pessoas sincronizam seus ritmos biológicos com as voltas 
do planeta Terra.
Hall (Nova Iorque, 1945), Rosbash (Kansas City, 1944) 
e Young (Miami, 1949) utilizaram moscas da fruta em 1984 
para isolar um gene que controla o ritmo biológico normal. 
Suas pesquisas mostraram que esse gene codifica uma 
proteína que se acumula nas células durante a noite e 
se degrada durante o dia, como detalha um comunicado 
do Instituto Karolinska de Estocolmo, responsável pela 
premiação. Depois, identificaram mais componentes do 
relógio interno, que também funciona nas células de outros 
organismos multicelulares, como os seres humanos.
 Disponível em: <https://brasil.elpais.com>. Acesso em: 13 dez. 2017. 
[Fragmento]
Considerando as informações apresentadas, verifica-se que 
o excerto tem como um de seus objetivos
A. 	 mostrar a importância de um prêmio Nobel para a 
sociedade.
B. 	 explicar o projeto ganhador do Nobel de Medicina do 
ano 2017.
C. 	 exemplificar caminhos para o reconhecimento científico 
internacional.
D. 	 defender pesquisas e investimentos nas áreas 
medicinal e acadêmica.
E. 	 enaltecer os cientistas ganhadores para a valorização 
de conquistas pessoais. 
W336
Alternativa B
Resolução: O texto jornalístico noticia quem são os 
ganhadores do Prêmio Nobel de Medicina de 2017, bem 
como qual projeto desenvolveram. Nesse sentido, dada a 
grande repercussão por trás da premiação anual, o texto, 
em especial o fragmento analisado, tem como objetivo 
explicar o projeto ganhador e sua relevância, uma vez que 
o público-alvo do veículo é constituído por pessoas cujo 
conhecimento acerca do tema é superficial. Assim, está 
correta a alternativa B. A alternativa A está incorreta porque 
o texto não aponta os supostos benefícios da premiação 
para a sociedade. A alternativa C está incorreta porque o 
texto não expõe maneiras de se adquirir reconhecimento 
científico internacional, mas explica e descreve o trabalho 
dos cientistas estadunidenses. A alternativa D está 
incorreta porque o texto foca apenas no projeto ganhador 
do Prêmio Nobel de Medicina de 2017, sem juízo de valor 
sobre pesquisas e investimentos nas áreas medicinal e 
acadêmica. Por fim, a alternativa E está incorreta porque o 
texto não enaltece os cientistas ganhadores por causa de 
suas conquistas pessoais, mas por causa da contribuição 
do projeto para a sociedade.
QUESTÃO 10 
Vira e mexe o dinheiro toma na moleira: é o pai da 
desigualdade, mãe da injustiça, filho da ganância, irmão 
da discórdia, tio do ressentimento, primo (por afinidade) da 
desilusão. Mas ouso afirmar que há um outro ativo muito 
mais injusto, pernicioso e mal distribuído a fustigar nossa 
miserável humanidade: a beleza.
A beleza é congênita, aleatória e não meritocrática. 
Num país minimamente igualitário (não me refiro ao Brasil, 
claro), um pobre que se esforce bastante tem chances de 
acabar rico. Já um bebê que vier ao mundo com nariz de 
Nosferatu, orelhas de Dumbo e dentição do Shrek vai morrer 
tão feio quanto nasceu. O estado de bem-estar social, a ONU, 
George Soros ou o Médicos Sem Fronteiras são impotentes 
diante do feio.
O cineasta Luis Buñuel começa sua autobiografia 
dizendo que ao chegar aos 80 sentiu uma paz inédita. 
A partir dali, ao cruzar com uma mulher deslumbrante, seguia 
impávido: estava livre da beleza.
Ao contrário do dinheiro que, durante o século XX, 
aos trancos e barrancos, aqui e ali, foi sendo mais bem 
distribuído, a beleza concentrou-se. Antes das revistas, do 
cinema, da televisão, da Internet, a mais bonita do vilarejo 
era a mais bonita do mundo. Cada cafundó tinha seu 
Brad Pitt, sua Gisele. Chineses se mediam pelos padrões 
chineses, Yanomami pelos padrões Yanomami, congoleses 
pelo congolês. Agora todo mundo é feio, só o Brad Pitt e a 
Gisele é que não.
Pior, mesmo o Brad Pitt e a Gisele são vítimas do 
esteticismo selvagem: a cada dia que passa, a cada hora, a 
cada minuto, se afastam do Brad Pitt e da Gisele que foram. 
O rico velho, se souber aplicar o dinheiro, fica mais rico, mas 
não existe aplicação para a beleza. 
M6GB
LCT – PROVA I – PÁGINA 8 ENEM – VOL. 3 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Aí vem o século XXI, império do Photoshop e chegamos 
à miséria absoluta. Até o ser humano considerado mais 
belo só será belo nas fotos, com filtro, na tela de um celular. 
Concentramos tanto a beleza que acabamos por extingui-la 
– o que não deixa de ser, de um modo estranho, certa forma 
de justiça. 
PRATA, A. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 
13 nov. 2017. [Fragmento]
No fragmento, o autor mistura fatos e opiniões para compor 
seu projeto argumentativo. A passagem em que o teor factual 
prevalece é:
A. 	 “A beleza é congênita, aleatória e não meritocrática.”
B. 	 “O estado de bem-estar social, a ONU, George Soros 
ou o Médicos Sem Fronteiras são impotentes diante 
do feio.”
C. 	 “A partir dali, ao cruzar com uma mulher deslumbrante, 
seguia impávido: estava livre da beleza.”
D. 	 “Antes das revistas, do cinema, da televisão, da 
Internet, a mais bonita do vilarejo era a mais bonita do 
mundo.”
E. 	 “Aí vem o século XXI, império do Photoshop e chegamos 
à miséria absoluta.”
Alternativa C
Resolução: Na passagem “A partir dali, ao cruzar com 
uma mulher deslumbrante, seguia impávido: estava livre da 
beleza”, o autor apenas relata o que leu na autobiografia 
do cineasta Luis Buñuel. Assim, não há juízo de valor, já 
que o fragmento não é opinativo, mas factual. A alternativa 
correta, então, é a C. Nas passagens das outras alternativas, 
o caráter opinativo do texto é preponderante, uma vez que o 
posicionamento do autor é marcado, principalmente, pelo uso 
dos verbos de ligação “é” e “são”, e dos adjetivos “congênita”, 
“impotente”, “bonita” e “absoluta”, entre outros. Dessa forma, 
a principal diferença entre os trechos das alternativas é que 
na C o autor não exprime sua opinião, já que usa as palavras 
de outrem em seu relato.
QUESTÃO 11 
Foi coisa tão nova e tão desusada aos olhos humanos 
a semelhança daquele fero e espantoso monstro marinho 
que nesta província se matou no ano de 1564, que ainda por 
muitas partes do mundo se tenha já notícia dele, não deixarei, 
todavia, de dar aqui outra vez de novo [...]. Era quinze palmos 
de comprido e semeado de cabelos pelo corpo, e no focinho 
tinha umas sedas mui grande como bigodes. Os índios 
da terra chamam em sua língua iupiara, que quer dizer 
demônio-d’água. Alguns como estes se viram já nestas 
partes, mas acham-se raramente. E assim também deve de 
haver outros muitos monstros de diversos pareceres, que 
no abismo desse largo e espantoso mar se escondem, de 
não menos estranheza e admiração; e tudo se pode crer 
por difícil que pareça; porque os segredos da natureza não 
foram revelados todos ao homem, para que com razão 
possonegar, e ter por impossível as coisas que não viu, 
nem de que nunca teve notícia.
GÂNDAVO, P. M. História da província de Santa Cruz. São Paulo: 
Hedra, 2008. p. 117-119.
9P4D
As primeiras cartas de viagem registraram a então Terra de 
Santa Cruz e seus habitantes por meio de relatos, muitas 
vezes, imaginários. Imagens de mitos de origem medieval ou 
clássica aparecem conjugadas com descrições de elementos 
provenientes da cultura indígena, o que possibilita acreditar 
que os
A. 	interesses da Coroa portuguesa em receber informações 
objetivas foram relevados pelos escrivães, tão somente 
dedicados a descrever o comportamento grotesco dos 
nativos.
B. 	viajantes escreveram por analogia ao associar 
o desconhecido a ideias que já faziam parte da 
tradição ocidental e sistematizaram, desse modo, o 
conhecimento sobre o Novo Mundo. 
C. 	registros são documentos inverídicos produzidos 
para denegrir as crenças dos nativos no anseio de 
deslegitimá-los perante os europeus e possibilitar a sua 
rápida extinção.
D. 	habitantes nativos se comportavam de maneira muito 
semelhante aos povos estrangeiros, estando a cultura 
indígena e a cultura europeia associadas intimamente 
uma à outra. 
E. 	documentos pertencentes à literatura de viagem, 
inéditos até o início do século XX, foram modificados 
na publicação para se tornarem mais interessantes ao 
público leitor da época.
Alternativa B
Resolução: Os registros feitos ao longo das Grandes 
Navegações refletem as crenças dos europeus, que, muito 
religiosos e supersticiosos, projetavam suas tradições nos 
acontecimentos que não conseguiam explicar. Um exemplo 
no texto de Pero de Magalhães Gândavo é o nome dado 
à criatura misteriosa, “demônio”, num óbvio sincretismo 
com o cristianismo. Portanto, está correta a alternativa B. 
A alternativa A está incorreta porque no fragmento não há 
descrição dos hábitos dos indígenas, os quais também não 
são tidos como grotescos. A alternativa C está incorreta 
porque o texto carece de alteridade, no entanto não foi 
produzido com o intuito de denegrir a cultura indígena ou 
promover sua extinção. A alternativa D está incorreta porque 
os povos ameríndios e os europeus apresentavam e ainda 
apresentam diferenças em vários âmbitos sociais, políticos, 
culturais, religiosos. Finalmente, a alternativa E está incorreta 
porque os textos não permaneceram inéditos nem foram 
modificados antes de sua publicação.
QUESTÃO 12 
Pesadão
Vou reerguer o meu castelo 
Ferro e martelo 
Reconquistar o que eu perdi 
Eu sei que vão tentar me destruir 
Mas vou me reconstruir 
Vou ‘tá mais forte que antes 
Quando a maldade aqui passou 
E a tristeza fez abrigo 
Luz lá do céu me visitou 
EIHN
ENEM – VOL. 3 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
E fez morada em mim 
Quando o medo se apossou 
Trazendo guerra sem sentido 
A esperança aqui ficou 
Segue vibrando 
E me fez lutar para vencer
LIMA, I.; FALCÃO, M.; BISPO, P. Pesadão. In: Pesadão. Download 
digital. Warner, 2017. [Fragmento]
Na letra da canção, o verso que se inicia por conjunção que 
estabelece elo conectivo com a oração que o sucede é:
A. 	 “Mas vou me reconstruir”.
B. 	 “Quando a maldade aqui passou”.
C. 	 “E a tristeza fez abrigo”.
D. 	 “E fez morada em mim”.
E. 	 “E me fez lutar para vencer”.
Alternativa B
Resolução: Analisando a estruturação das orações na letra, 
vê-se que o verso da alternativa B faz parte do período 
“Quando a maldade aqui passou / e a tristeza fez abrigo”, 
relacionando-se, então, com a oração do verso seguinte por 
meio da conjução “quando”. Portanto, essa é a alternativa 
correta. Analisando esses mesmos versos, vê-se que a 
conjunção “e” em “E a tristeza fez abrigo”, na alternativa C, 
impõe sentido de adição com a oração anterior, por isso 
está incorreta. A alternativa A está incorreta porque a 
conjunção “mas” traz sentido de oposição à oração anterior: 
“Eu sei que vão tentar me destruir”. Já as alternativas D 
e E estão incorretas porque a conjunção “e” também traz 
sentido de adição com as orações anteriores, quais sejam, 
respectivamente, “Luz lá do céu me visitou” e “Segue 
vibrando”.
QUESTÃO 13 
TEXTO I
Flores
Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os pulsos e os punhos cortados
E o resto do meu corpo inteiro.
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo
GAVIN, Charles; MIKLOS, Paulo; BRITTO, Sérgio; BELLOTTO, Tony. 
Flores. In: Titãs. Õ Blésq Blom. LP. WEA, 1989. [Fragmento]
NBYA
TEXTO II
 No intento de compreendermos melhor acerca desta 
organização, basta concluirmos que toda manifestação 
literária é fruto resultante da visão do homem de acordo 
com o mundo que o rodeia, que diz respeito ao conteúdo, 
ou seja, o produto artístico em si, materializado por meio de 
uma técnica e uma estilística próprias (forma). Partindo desse 
pressuposto, os gêneros literários, segundo a concepção 
aristotélica proposta na Grécia Antiga (384-322 a.C.), foram 
classificados em lírico, dramático e épico. Atualmente, como 
o gênero épico praticamente foi extinto, prefere-se dividi-los 
em lírico, dramático e narrativo [...], cada qual com suas 
características que lhes são peculiares [...].
DUARTE, V. M. N. Disponível em: <www.alunosonline.com.br>. 
Acesso em: nov. 2014 (Adaptação).
Considerando o que o texto II expressa sobre os gêneros 
literários e as características da canção dos Titãs, o gênero 
do texto I envolve, principalmente,
 A tema ligado diretamente à representação de um 
acontecimento, envolvendo viagens, aventuras, gestos 
heroicos e exaltação de feitos.
 B presença de um narrador que conta uma história de terceiros, 
mostrando a história de um povo ou de uma nação.
 C narrativa informal, que capta flagrantes da vida com um 
toque de sarcasmo, apresentando uma história completa, 
com personagens, conflito e temporalidade.
 D manifestação de um eu lírico que se expressa por meio 
dos elementos que acabam tomando suas características.
 E conflitos dos homens e de seu mundo, expondo 
manifestações da miséria humana, com o intuito de 
serem dramatizadas em cena.
Alternativa D
Resolução: O texto I é a letra de uma canção da banda 
Titãs, portanto pode ser compreendido como um texto 
literário, uma vez que compartilha inúmeras características 
com textos poéticos. Nesse sentido, sendo representante do 
gênero lírico, a letra dá vazão aos sentimentos e impressões 
da voz poética em um texto permeado de linguagem 
figurada, cuja intenção não é retratar o mundo exterior, mas 
aquele íntimo e concernente apenas ao autor. Está correta, 
portanto, a alternativa D. A alternativa A está incorreta porque 
o texto não representa acontecimento algum, apenas aquilo 
que sente o eu lírico. A alternativa B está incorreta porque 
não há narrador no texto, mas sim um eu lírico, o qual não 
conta história de outrem. A alternativa C está incorreta 
porque, novamente, não se trata de uma narração, mas de 
um texto lírico. A alternativa E, por fim, está incorreta porque 
o texto não trata de sentimentos universais ao ser humano, 
mas de percepções íntimas da voz poética.
LCT – PROVA I – PÁGINA 10 ENEM – VOL. 3 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 14 
Atualmente a população e os órgãos públicos têm exercido 
um papel fundamental na construção de uma sociedade 
sustentável, entendendo a importância da sustentabilidade e 
pressionando as organizações a se posicionarem perante as 
ações de sustentabilidade empresarial.
Muitas organizações não aderem a projetos sustentáveis 
devido à delonga do retorno financeiro, porém esse cenário 
está mudando, as empresas estão repensando seus 
valores e, para Elson Aparecido dos Santos, Coordenador 
de Utilidades na Unilever e pós-graduado em Gestão 
da Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa na 
Unicamp, “as iniciativas com o viés de sustentabilidade 
estão sendo colocadas como prioridade independentedo 
benefício financeiro. Isso certamente será uma tendência por 
conta do grande momento que vivemos e dos compromissos 
assumidos pelos governantes do mundo para reduzir os 
impactos ambientas, mantendo o crescimento da economia”.
Com essa evolução vemos que as organizações de 
origem privada e pública precisam tornar visíveis os projetos 
de sustentabilidade nos quais estão engajadas para que essas 
ações gerem credibilidade significativa frente à opinião pública.
MIOTO, D.; MUNIZ, S. Disponível em: <https://portal.metodista.br>. 
Acesso em: 21 out. 2017. [Fragmento]
Com base na argumentação construída, o texto apresenta uma 
proposta de intervenção para o problema da sustentabilidade 
nas organizações, que consiste em
A. 	 proporcionar transparência para os projetos de 
sustentabilidade.
B. 	 associar a sustentabilidade ao lucro para atrair as 
organizações. 
C. 	 possibilitar a evolução das empresas para justificar os 
projetos.
D. 	 mobilizar a opinião pública em favor das empresas 
privadas.
E. 	 fomentar as parcerias entre empresas públicas e 
privadas.
Alternativa A
Resolução: Após apresentarem o problema de muitas 
organizações que não aderiram a projetos sustentáveis 
devido aos valores da empreitada, no último parágrafo os 
autores propõem como solução que as organizações de 
origem privada e pública deem visibilidade aos projetos de 
sustentabilidade para que essas ações gerem credibilidade 
significativa frente à opinião pública. Está correta, portanto, 
a alternativa A. A associação da sustentabilidade ao lucro 
para atrair as organizações, proposta em B, está incorreta 
porque a argumentação se desenvolve em torno de 
modificar os valores das empresas que somente esperam 
o lucro para uma visão sustentável. A alternativa C está 
incorreta porque a solução proposta também não consiste 
em possibilitar a evolução das empresas para justificar o 
projeto, mas sim em proporcionar visibilidade para eles. 
Não há indícios no texto que permitam a inferência de uma 
mobilização da opinião pública em favor das empresas 
privadas, e sim em favor da sustentabilidade, o que torna 
incorreta a alternativa D. Por fim, embora sejam citadas 
as empresas públicas e privadas, não se propõe parceria 
alguma entre elas, o que invalida a alternativa E.
FF45 QUESTÃO 15 
Reza a metáfora que, se você joga o sapo na água 
fervendo, ele pula fora, mas se você joga na água fria e vai 
esquentando a água aos poucos, ele não percebe e morre 
cozido. Pura lenda urbana (na verdade, rural – dificilmente 
você encontrará sapos pra ferver na cidade). Recentemente, 
biólogos fizeram o teste e descobriram que o sapo, ao 
perceber que está virando caldo, pula fora da panela, 
estragando ao mesmo tempo a sopa e a metáfora. Malditos 
biólogos. Que obsessão em estragar metáforas.
A parábola servia muito bem para explicar um fenômeno 
tão comum quanto difícil de entender: por que as pessoas 
demoram tanto a pular fora de casamentos falidos, empregos 
deprimentes e governos autoritários. O ser humano demora 
pra perceber que a água está fervendo – e inventou a 
metáfora do sapo, coitado, logo ele que é tão melhor que a 
gente na sensibilidade à fervura. Seria mais justo se os sapos 
usassem, entre eles, a metáfora do humano.
A água está esquentando, pessoal. E tem sapo achando 
que é jacuzzi.
DUVIVIER, G. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 13 nov. 2017. [Fragmento]
No fragmento anterior, a partir da análise das tipologias 
textuais que o compõem, identifica-se como objetivo 
comunicativo central do autor 
A. 	 defender um ponto de vista crítico sobre a lenta 
percepção das sociedades. 
B. 	 descrever o contexto social atual que ilustra a parábola 
acerca dos sapos. 
C. 	 expor a recente pesquisa científica que derrubou a 
metáfora dos sapos. 
D. 	 relatar uma já superada crença popular acerca do 
comportamento dos sapos. 
E. 	 sugerir que os brasileiros devem ser mais perspicazes 
ao tomarem decisões.
Alternativa A
Resolução: O texto apresenta caráter dissertativo- 
-argumentativo, assim o objetivo central do autor é a 
exposição de um fato ou ideia e a defesa de um ponto de 
vista. No trecho “A parábola servia muito bem para explicar 
um fenômeno tão comum quanto difícil de entender: por 
que as pessoas demoram tanto a pular fora de casamentos 
falidos, empregos deprimentes e governos autoritários. O ser 
humano demora pra perceber que a água está fervendo”, o 
autor se posiciona a respeito da percepção das pessoas nas 
sociedades, afirmando que elas, como o sapo da metáfora, 
demoram a assumir que as coisas andam ruins – ou mesmo 
nunca assumem. Portanto, está correta a alternativa A. 
A alternativa B está incorreta porque não há descrição de 
contexto social algum no fragmento, mas a exposição de 
situações análogas à parábola do sapo, segundo o autor: 
“casamentos falidos, empregos deprimentes e governos 
autoritários”. A alternativa C está incorreta porque o texto se 
limita a mencionar a pesquisa de biólogos que comprovam 
que os sapos pulam fora da panela ao perceberem que a 
temperatura da água está esquentando. A alternativa D está 
incorreta porque o texto não afirma que a parábola dos sapos 
já é compreendida como falsa pela população em geral. 
P9LS
ENEM – VOL. 3 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Por sua vez, a alternativa E está incorreta porque o autor 
sugere, na verdade, que os brasileiros tenham mais iniciativa 
para reagir a situações desfavoráveis, e não na tomada de 
decisões.
QUESTÃO 16 
IAT, a sigla inglesa para Teste de Associação Implícita, 
é o nome da técnica que revolucionou os estudos sobre o 
preconceito. Ao avaliar a facilidade com que associamos 
categorias como negros, gays, gordos, velhos etc. a 
conceitos positivos e negativos, ela permite não apenas 
acessar o inconsciente como também medir nosso grau de 
preconceito implícito, isto é, aquele que não admitimos nem 
para nós mesmos. E o que o IAT revela sobre o preconceito 
contra idosos? Há na discriminação etária um par de 
paradoxos bem intrigantes. 
Para começar, há a constatação de que, apesar de não 
se ter notícia de discursos de ódio ou mesmo de hostilidades 
sistemáticas contra idosos, o preconceito em relação a 
esse grupo é forte e disseminado. Quando medido pelo IAT, 
apenas 6% dos norte-americanos associam a velhice a algo 
positivo, contra 80% que relacionam juventude ao bem. Esse 
mesmo fenômeno aparece também em sociedades asiáticas, 
onde o respeito pelos mais idosos é tido como traço cultural 
marcante. Mais interessante ainda, os próprios idosos 
exibem, pelo IAT, níveis de preconceito contra os mais velhos 
semelhantes aos demonstrados por jovens, diferentemente 
do que ocorre com outras discriminações. 
A dissonância cognitiva se resolve quando usamos o IAT 
para avaliar como os idosos veem a si mesmos. O resultado, 
surpreendente, é que tanto jovens quanto idosos associam 
automaticamente seu eu com juventude, e não com velhice. 
Para os nossos cérebros, velho é só o outro. Seria o segredo 
da juventude eterna, se o corpo acompanhasse os desejos 
do cérebro e não fosse parando de funcionar direito.
SCHWARTSMAN, H. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 05 dez. 2017. [Fragmento adaptado] 
Textos opinativos valem-se de estratégias dissertativas 
diversas visando ao convencimento. No artigo, a apresentação 
de dados científicos corrobora a ideia de que a(o)
A. 	 discriminação contra idosos funciona de forma similar a 
qualquer outro tipo de preconceito. 
B. 	 segredo da juventude eterna pode ser descoberto com 
a ajuda da pesquisa divulgada. 
C. 	 Teste de Associação Implícita permite quantificar o 
grau de preconceito inconsciente.
D. 	 população estadunidense entende o envelhecimento 
de forma diferente da asiática. 
E. 	 preconceito etário se manifesta de forma contraditória 
nos resultados encontrados.
Alternativa E
Resolução: No texto, a exposição do resultado de pesquisas 
e estudos serve para corroborara ideia de que existe um 
preconceito velado contra idosos, o qual não é percebido 
na sociedade como aquele contra outras categorias. Isso 
pode ser comprovado, por exemplo, no seguinte trecho: 
“há a constatação de que, apesar de não se ter notícia de 
discursos de ódio ou mesmo de hostilidades sistemáticas 
contra idosos, o preconceito em relação a esse grupo é 
forte e disseminado”. A alternativa correta, portanto, é a E. 
HDRN
A alternativa A está incorreta porque apresenta uma 
afirmação que não se pode inferir do conteúdo do texto, já 
que o preconceito etário, embora forte e disseminado, não se 
revela por discursos de ódio ou manifestações de hostilidade. 
A alternativa B está incorreta porque, quando menciona 
o segredo da juventude eterna, o autor está, na verdade, 
sugerindo que ele só existiria se o corpo acompanhasse os 
desejos do cérebro, diferentemente do que foi encontrado 
na pesquisa. A alternativa C está incorreta porque apresenta 
uma descrição do Teste de Associação Implícita, e não o 
resultado da exposição dos dados encontrados por ele. 
Finalmente, a alternativa D está incorreta porque também 
apresenta uma afirmação não encontrada no texto, o qual diz 
justamente o contrário, que o fenômeno do preconceito etário 
também foi identificado em sociedades asiáticas pelo IAT.
QUESTÃO 17 
Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os 
pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, 
porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal 
é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta 
como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de 
sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? 
Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa 
salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não 
pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa 
salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes 
dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salga, e 
os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou porque a 
terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar 
o que eles fazem, que fazer o que dizem. Ou é porque o sal 
não salga, e os pregadores se pregam a si e não a Cristo; 
ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez 
de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto 
verdade? Ainda mal! 
VIEIRA, A. Sermão de Santo Antonio. Disponível em: <http://www.
bibvirt.futuro.usp.br>. Acesso em: 29 dez. 2017.
Para convencer seus leitores e ouvintes, Antonio Vieira parte 
do raciocínio lógico em vez do apelo à emoção. No texto, 
o autor cria uma alegoria para
A. 	 analisar o comportamento de ouvintes corruptores do 
sal da terra.
B. 	 reiterar o papel do homem diante das provações do 
Novo Mundo.
C. 	 orientar sacerdotes renunciadores da vocação cristã 
da pregação.
D. 	 sintetizar a doutrina cristã segundo os interesses dos 
colonos.
E. 	 explicar o dever dos pregadores e dos ouvintes dos 
sermões.
Alternativa E
Resolução: No texto, Padre António Vieira cria uma 
alegoria em que os pregadores são representados pelo 
sal da terra, e os ouvintes, pela terra. Assim, segundo o 
fragmento do Sermão de Santo António, os pregadores 
têm o mesmo dever do sal, que “impede a corrupção” 
da terra, ou seja, eles devem pregar verdadeiramente 
a doutrina cristã. Já a terra deve se deixar salgar, 
isto é, os ouvintes devem receber e seguir a doutrina. 
9HXI
LCT – PROVA I – PÁGINA 12 ENEM – VOL. 3 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Portanto, está correta a alternativa E. A alternativa A está 
incorreta porque, de acordo com o texto, o sal da terra não é 
corrompido, mas, na verdade, é quem impede a corrupção 
do solo, e é o pregador que impede a corrupção do ouvinte. 
A alternativa B está incorreta porque, embora seja tratado 
o fato de que os ouvintes devem receber a doutrina cristã, 
comportando-se de acordo com os preceitos da religião, 
não há menção à América portuguesa. A alternativa C 
está incorreta porque o fragmento não tem a intenção de 
orientar ex-pregadores, mas de convencer pregadores 
e ouvintes a seguirem a doutrina cristã. Finalmente, a 
alternativa D está incorreta porque no texto não há defesa 
dos interesses dos colonos; na verdade, no Sermão de 
Santo António, o autor critica os colonos portugueses pela 
exploração dos índios.
QUESTÃO 18 
A obsessão do Estado em controlar todos os 
comportamentos dos cidadãos tem como resultado um 
enfraquecimento da responsabilidade moral e cívica dos 
mesmos. A lei deveria ser o último recurso – depois da 
educação, da ética, da negociação e do compromisso entre 
os indivíduos. É agora o primeiro recurso. 
Assino por baixo. Entendo que a sociedade moderna não 
se pode resumir aos Dez Mandamentos que Moisés trouxe do 
Sinai. E muitos comportamentos que os nossos antepassados 
consideravam “normais” – violência doméstica, por exemplo 
– são hoje punidos como crimes públicos (e ainda bem). 
Mas como garantir que outros comportamentos normais 
(agora sem aspas) não serão apanhados pela rede da 
sobrecriminalização? 
Imagino potenciais crimes que os filhos dos nossos filhos 
terão receio de cometer:
Crime de ódio privado: qualquer cidadão que expresse 
preconceitos raciais, sexuais, culturais ou religiosos em privado 
poderá conhecer denúncia se alguma testemunha entender 
fazê-lo. Com a evolução tecnológica, os apartamentos serão 
obrigatoriamente equipados com sensores antiódio, bastante 
semelhantes aos sensores antifumo, diretamente conectados 
com a delegacia do bairro.
Crime de envelhecimento público: com os avanços 
da Medicina, será intolerável que um cidadão recuse 
tratamentos / cirurgias para ocultar / reverter o seu processo 
de envelhecimento, exibindo em público as marcas da 
decadência física e / ou neurológica. A imposição da velhice 
à sociedade será equiparada a um ato obsceno.
COUTINHO, J. P. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 09 dez. 2017. [Fragmento adaptado]
O planejamento argumentativo requer a estruturação de 
um projeto de texto que tenha como intenção a persuasão 
do interlocutor. No texto, de forma irônica, esse projeto 
argumentativo tem por objetivo central criticar o(a)
JBE5
A. 	 caráter absurdo das leis que serão criadas no país num 
futuro próximo.
B. 	 existência de leis que controlam o cidadão a despeito 
de sua vontade.
C. 	 criminalização preocupante que os comportamentos 
civis têm sofrido.
D. 	 excesso de leis desnecessárias que têm sido criadas 
nos dias atuais.
E. 	 endurecimento da responsabilidade moral e cívica dos 
cidadãos.
Alternativa C
Resolução: Logo no primeiro parágrafo do fragmento em 
análise, o autor expõe seu posicionamento, permitindo 
entrever suas críticas à ação do Estado em, por meio de 
leis, cercear comportamentos civis tidos como normais. 
Ainda que ele entenda que a sociedade esteja mudando, 
ele expressa sua preocupação com a possibilidade de, no 
futuro, essa prática do Estado se tornar invasiva. Para tal, 
ele cita, de forma irônica, crimes hipotéticos num futuro 
próximo. Assim, está correta a alternativa C. A alternativa A 
está incorreta porque as leis que o autor cita são hipotéticas 
e intencionalmente absurdas para corroborar sua crítica. 
A alternativa B está incorreta porque não há no fragmento 
crítica a leis contrárias à vontade dos cidadãos. A alternativa D 
está incorreta porque a crítica do autor relaciona-se ao fato 
de o Estado primeiro criar a lei, quando deveria, antes, educar 
e conscientizar a população; portanto ele não afirma 
serem as leis desnecessárias, mas precipitadas. Por fim, 
a alternativa E está incorreta porque, segundo o autor, 
o controle excessivo do Estado, na verdade, causa “um 
enfraquecimento da responsabilidade moral e cívica” dos 
cidadãos.
QUESTÃO 19 
E vós, ó bem nascida segurança 
Da Lusitana antiga liberdade, 
E não menos certíssima esperança 
De aumento da pequena Cristandade; 
Vós, ó novo temor da Maura lança, 
Maravilha fatal da nossa idade, 
Dada ao mundopor Deus, que todo o mande, 
Pera do mundo a Deus dar parte grande;
 
[...]
Vereis amor da pátria, não movido 
De prêmio vil, mas alto e quase eterno; 
Que não é prêmio vil ser conhecido 
Por um pregão do ninho meu paterno. 
Ouvi: vereis o nome engrandecido 
Daqueles de quem sois senhor superno, 
E julgareis qual é mais excelente, 
Se ser do mundo Rei, se de tal gente.
YQEL
ENEM – VOL. 3 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Ouvi: que não vereis com vãs façanhas, 
Fantásticas, fingidas, mentirosas, 
Louvar os vossos, como nas estranhas 
Musas, de engrandecer-se desejosas: 
As verdadeiras vossas são tamanhas, 
Que excedem as sonhadas, fabulosas, 
Que excedem Rodamonte e o vão Rugeiro, 
E Orlando, inda que fora verdadeiro. 
CAMÕES. L. V. Os Lusíadas. Disponível em: <http://www.
dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 26 dez. 2017. [Fragmento]
As estrofes anteriores do poema épico Os Lusíadas 
consistem na parte em que o poeta o dedica a D. Sebastião, 
rei de incontestável importância para a nação portuguesa e 
para o cristianismo. Identificam-se aspectos da dedicatória na
A. 	 esperança de liberdade expressa pelo povo português, 
representado no texto pela voz poética.
B. 	 ameaça feita diretamente aos povos mouros – “a 
Maura lança” – em nome do deus dos católicos.
C. 	 atitude de louvor e de humildade do eu lírico e na 
evidência de que o texto trata de fatos históricos.
D. 	 interlocução da voz poética com as Musas, a quem 
pede bênçãos para as futuras façanhas do Rei.
E. 	 lealdade à pátria manifestada pelo eu lírico, o qual a 
demonstra sem esperar qualquer tipo de prêmio.
Alternativa C
Resolução: Na primeira estrofe do fragmento exposto, 
veem-se louvores do poeta ao rei D. Sebastião, a quem 
é dedicado o poema. São louvadas a ascendência do rei 
e sua representação para a difusão da fé cristã e para a 
independência portuguesa dos mouros. Na estrofe seguinte, 
há uma demonstração, perante o rei, da humildade do 
poeta, que modestamente considera seu poema “um 
pregão do ninho meu paterno”. Por sua vez, na terceira 
estrofe, ao enaltecer os atos do rei, o poeta ressalta que 
seu poema trata de fatos históricos, ou seja, reais, não de 
lendas ou fantasias. Assim, está correta a alternativa C. 
A alternativa A está incorreta porque, ainda que o poeta possa 
estar representando a nação portuguesa, não é isso que 
caracteriza a dedicatória de um poema épico, a qual deve 
sinalizar a quem são dedicados os versos. A alternativa B 
está incorreta porque não há uma ameaça explícita aos 
mouros, mas a declaração de que D. Sebastião será capaz 
de derrotá-los. A alternativa D está incorreta porque o eu 
lírico não se dirige às musas, o que, aliás, acomodaria as 
estrofes na parte da invocação. Na verdade, as musas são 
citadas para reforçar o fato de que o texto tratará de matéria 
real. Por fim, a alternativa E está incorreta porque, por mais 
que o eu lírico manifeste indiretamente lealdade a Portugal, 
não é esse o aspecto que define a dedicatória de um poema 
épico. Além disso, o prêmio recusado é decorrente do seu 
texto, não de seu patriotismo.
QUESTÃO 20 
ALEIJADINHO. O carregamento da cruz. 1796-1799. 208 × 114 × 65 cm. 
Madeira policromada. Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Brasil.
Na escultura anterior, de Aleijadinho, identifica-se a 
característica barroca da
A. 	 abordagem de passagem bíblica polêmica, que 
contesta a contrarreforma.
B. 	 expressão corporal, que revela emoções intensas e 
limite físico humano.
C. 	 representação de figuras bíblicas, que valoriza o poder 
econômico local.
D. 	 harmonia das dimensões, que remete às obras do 
período clássico.
E. 	 interpretação pessoal do artista, que demonstra 
liberdade estética.
Alternativa B
Resolução: Uma característica recorrente nas esculturas 
barrocas é o apelo à emoção para sensibilizar os 
espectadores, dado o contexto da Contrarreforma. Assim, 
na obra de Aleijadinho, vê-se a representação de Jesus 
Cristo como uma figura humana, que sofre pela dor causada 
pelo carregamento da cruz e que demonstra fraqueza física 
pelo esforço empreendido, como descrito na alternativa B. 
A alternativa A está incorreta porque o Barroco opunha-se à 
Reforma Protestante; assim, não pode contestar a si mesmo. 
A alternativa C está incorreta porque a representação de 
figuras bíblicas relacionava-se, na verdade, ao poder socio- 
-cultural da Igreja. A alternativa D está incorreta porque 
as obras de Aleijadinho não eram inspiradas nas obras 
clássicas, já que tinham como características expressividade 
intensa, queixo dividido, nariz alongado, olhos amendoados 
e com pupilas planas, boca entreaberta, entre outros. 
Por fim, a alternativa E está incorreta porque, ainda que 
Aleijadinho apresentasse características únicas com relação 
ao Barroco, a interpretação do autor não é livre da estética 
desse movimento, haja vista o conteúdo da obra e o apelo 
emocional imposto a ela.
QUKG
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 ENEM – VOL. 3 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 21 
TEXTO I
 ASSISTE AO ENTERRO DE UM TRABALHADOR 
DE EITO E OUVE O QUE DIZEM DO MORTO OS AMIGOS 
QUE O LEVARAM AO CEMITÉRIO
– Essa cova em que estás, 
com palmos medida, 
é a cota menor 
que tiraste em vida. 
– é de bom tamanho, 
nem largo nem fundo, 
é a parte que te cabe 
neste latifúndio. 
– Não é cova grande. 
é cova medida, 
é a terra que querias 
ver dividida. 
MELO NETO, J. C. Morte e vida severina. Disponível em: 
<http://triplov.com>. Acesso em: 04 nov. 2015. [Fragmento]
TEXTO II
LATUFF. Disponível em: <https://latuffcartoons.wordpress.com>. 
Acesso em: 04 nov. 2015.
O texto I é um fragmento de Morte e vida severina, obra que 
trata da condição de vida dos habitantes do Sertão nordestino. 
Comparando-o ao texto II, observa-se que há uma relação de
A. 	complementação, pois o texto II mostra que o problema 
abordado no texto I foi resolvido.
B. 	contraste, pois o texto II trata da questão indígena, 
e não do retirante nordestino.
C. 	oposição, pois o texto II aborda a questão defendendo a 
perspectiva da bancada ruralista.
D. 	redundância, pois ambos os textos retratam a miséria 
dos índios e dos nordestinos.
E. 	semelhança, pois ambos criticam o problema da 
concentração de terras no Brasil.
CC8I Alternativa E
Resolução: O texto I, fragmento do famoso poema de João 
Cabral de Melo Neto, condena as circunstâncias em que 
vivem os trabalhadores do Sertão, habitantes de uma terra 
de difícil cultivo e oprimidos pelo sistema latifundiário. No 
texto II, charge de Latuff, vê-se um latifundiário demarcando 
as terras indígenas com covas, sugerindo que muitos deles 
serão mortos em consequência da PEC 215. Nesse sentido, 
vê-se que ambos os textos criticam, cada um à sua maneira, 
a concentração de terras no Brasil, a qual provoca diferentes 
problemas sociais no país. Portanto, a alternativa correta 
é a E. A alternativa A está incorreta porque o texto II não 
expõe a resolução do problema, mas, de forma irônica, diz o 
que poderia acontecer com a aprovação da PEC em pauta. 
As alternativas B e C estão incorretas porque os textos não 
se opõem. Já a alternativa D está incorreta porque cada 
texto lida com um estrato da população: o texto I trata dos 
sertanejos, e o texto II, dos índios.
QUESTÃO 22 
A imprensa foi pródiga em elogios ao anúncio das bodas 
entre o príncipe Harry e a atriz americana Meghan Markle. 
Como a futura duquesa de Sussex, além de estrangeira 
e plebeia, é filha de negra e divorciada, a interpretação 
prevalecente é a de que a conservadora monarquia inglesa 
está se modernizando e se adaptando aos novos tempos. 
A monarquia é, a meu ver, um dos mais chocantes 
paradoxos da modernidade. Como é que, em pleno século XXI, 
no qual a igualdade se tornou um dos principais objetivos 
perseguidos tanto no campo econômico como no político, 
algumas das mais avançadas sociedades do planeta, como 
Reino Unido, Holanda, Suécia, Noruega, ainda mantêm 
uma instituição que tem comoponto de partida a distinção 
jurídica entre nobres e plebeus? Não só a mantêm como 
ainda pagam para sustentá-la.
E é até mais grave do que parece. Se, no plano da 
economia, ainda dá para argumentar que é preciso permitir 
alguma desigualdade – quem produz mais ou tem melhores 
ideias ganha mais – para assegurar o dinamismo do mercado 
e estimular o crescimento, nada parecido ocorre na política. 
Não vejo aqui nenhum raciocínio para justificar que um grupo 
de pessoas, apenas por ter nascido numa família, goze de 
um estatuto jurídico diferente daquele conferido ao restante 
dos cidadãos.
Num mundo um pouco mais racional, a discussão não 
seria em torno de a monarquia estar ou não se modernizando, 
mas sim sobre a extinção desse fóssil institucional. Acredito, 
porém, que nosso essencialismo inato, somado a alguns 
milênios de propaganda pró-monárquica, em que príncipes 
e princesas são sempre retratados como heróis, nos fizeram 
perder a cabeça.
SCHWARTSMAN, H. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 09 dez. 2017. [Fragmento] 
5GED
ENEM – VOL. 3 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
O artigo alude à repercussão midiática de um casamento 
na família real britânica para, então, defender um ponto 
de vista mais amplo. O trecho do texto que explicita a tese 
endossada pelo autor é: 
A. 	 “a interpretação prevalecente é a de que a conservadora 
monarquia inglesa está se modernizando e se 
adaptando aos novos tempos.”
B. 	 “algumas das mais avançadas sociedades do planeta 
[...] ainda mantêm uma instituição que tem como ponto 
de partida a distinção jurídica entre nobres e plebeus?”
C. 	 “Se, no plano da economia, ainda dá para argumentar 
que é preciso permitir alguma desigualdade [...], nada 
parecido ocorre na política.”
D. 	 “Não vejo aqui nenhum raciocínio para justificar que 
um grupo de pessoas [...] goze de um estatuto jurídico 
diferente daquele conferido ao restante dos cidadãos.”
E. 	 “Acredito, porém, que nosso essencialismo inato 
somado a alguns milênios de propaganda pró- 
-monárquica [...] nos fizeram perder a cabeça.”
Alternativa D
Resolução: O ponto de vista defendido pelo autor em seu 
texto é o fim das monarquias, dado o contexto sociopolítico 
atual do mundo. Assim, ao longo do texto são defendidos 
argumentos que justificariam a extinção dessa forma de 
governo, como a injusta distinção jurídica entre nobres e 
plebeus. Portanto, o trecho que explicita e sintetiza a tese 
do autor é visto na alternativa D, “Não vejo aqui nenhum 
raciocínio para justificar que um grupo de pessoas [...] 
goze de um estatuto jurídico diferente daquele conferido 
ao restante dos cidadãos”, em que ele marca sua opinião 
desfavorável às monarquias. A alternativa A está incorreta 
porque apresenta uma contextualização do assunto, 
numa afirmação que será contraposta nos parágrafos de 
desenvolvimento do texto. A alternativa B está incorreta 
porque é um questionamento feito pelo autor para corroborar 
seu ponto de vista. A alternativa C está incorreta porque 
também expõe um argumento. Por fim, a alternativa E está 
incorreta porque é a conclusão das ideias expostas.
QUESTÃO 23 
Conversei recentemente com minha obstetra sobre a 
hora do parto. Não quero que seja meu corpo a decidir que 
nenêx está pronto e sim que seja nenêx a decidir que é 
chegada a hora de liberar minhas costelas de tamanha dor. 
Ela me garantiu que essa é uma decisão muito mais de nenêx 
do que minha. Que alívio. A natureza, em sua sabedoria 
esplêndida, já era hipster millennial quando inventou o parto.
Difícil registrar criança sem saber se criança quer ter a 
existência documentada. Por isso deixarei em aberto seu 
nascimento até que criança me diga: eu. Ou melhor: estou. 
Enquanto criança não aceitar que vive neste planeta, não 
forçarei a barra.
Exame do pezinho: pularei. Quando puder caminhar 
assertivamente, o próprio pezinho decidirá se deseja ser 
examinado. Banho, vulgo invasão de um corpo por estranhos: 
só darei se recém-nascidx for ao encontro da água.
KVDT
Fico na dúvida sobre trazer filhx pra casa. Filhx já sabe 
se quer morar comigo? Aceita a limitação de um quarto, uma 
família composta por dois gêneros, uma cidade? Quer ser 
brasileiro? Quer ouvir o ensaio de carnaval da PUC?
Muito complicado dar à luz pequerruchx descendente 
que ainda não decidiu se quer descender de mim e pode 
muito bem preferir o escurinho.
BERNARDI, T. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 09 dez. 2017. [Fragmento] 
A tese de um texto opinativo não está sempre explícita num 
único fragmento, sendo depreendida de sua leitura global. 
Nesse sentido, a crítica da crônica dirige-se 
A. 	 ao questionamento educativo de um futuro próximo.
B. 	 à insegurança materna quanto a como criar seus filhos.
C. 	 ao comportamento pouco interventivo dos pais hipsters.
D. 	 ao dilema das mães contemporâneas sobre sua gravidez.
E. 	 à fluidez atual na atribuição de gênero a crianças millennial.
Alternativa C
Resolução: No primeiro parágrafo, em seu relato, a autora 
demonstra comportamento pouco interventivo em relação 
ao parto de seu bebê, expondo, ainda, que essa seria 
uma atitude hipster. Ao longo do texto, a autora enumera 
outras atitudes que não pretende tomar para não limitar a 
liberdade da criança, no entanto, o exagero proposital que 
ela impõe a essas ideias revelam sua crítica a pais e mães 
que incumbem os filhos de tomarem decisões importantes 
para suas vidas, mesmo sendo tão novos. Assim, sua crítica 
central está voltada para pais que criam seus filhos de forma 
pouco interventiva, aos quais ela chama de hipsters, como 
indicado na alternativa C. A alternativa A está incorreta 
porque o questionamento acerca de um método de criação 
das crianças acontece de forma irônica, estando a crítica 
do texto voltada, na verdade, para a atitude dos pais que 
o seguem. Além disso, esse método não é futuro, mas 
presente, pois muitas famílias já adotam práticas, como a 
de permitir que os filhos tomem decisões a respeito de sua 
criação. A alternativa B está incorreta porque a crítica tem 
como alvo pais que, segundo a autora, adotam métodos 
inadequados para criar seus filhos, e não mães que não 
sabem criá-los. A alternativa D está incorreta porque as 
dúvidas e decisões expostas no texto não representam 
dilemas das mães contemporâneas em geral, mas apenas 
daquelas consideradas hipsters pela autora. Por fim, a 
alternativa E está incorreta porque, quando a autora usa 
termos neutros para se referir à criança – “nenêx”, “filhx”, 
“pequerruchx” –, ela o faz de forma irônica, empregando o 
vocabulário dos hipsters, os verdadeiros alvos das críticas.
QUESTÃO 24 
Alegres campos, verdes arvoredos, 
claras e frescas águas de cristal, 
que em vós os debuxais1 ao natural, 
discorrendo da altura dos rochedos; 
6E1V
LCT – PROVA I – PÁGINA 16 ENEM – VOL. 3 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Silvestres montes, ásperos penedos, 
compostos em concerto desigual, 
sabei que, sem licença de meu mal, 
já não podeis fazer meus olhos ledos2. 
E, pois me já não vedes como vistes, 
não me alegrem verduras deleitosas, 
nem águas que correndo alegres vêm. 
Semearei em vós lembranças tristes, 
regando-vos com lágrimas saudosas, 
e nascerão saudades de meu bem.
CAMÕES, L. V. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 22 nov. 2017.
1 rascunhais, esboçais, delineais.
2 contente, alegre, feliz.
A lírica de Camões é vista como uma composição literária 
inovadora, sofisticada e erudita. Em contrapartida, ela traz 
em seu bojo vestígios das raízes medievais. No soneto 
anterior, destaca-se, como característica das cantigas 
trovadorescas, o(a) 
A. 	 abandono à natureza ser justificado pela vivência de 
um amor profundo.
B. 	 mulher casta e idealizada ser comparada aos 
elementos da natureza.
C. 	 natureza ser o espaço de diálogo do sujeito poético 
consigo mesmo.
D. 	 eu lírico manifestar prudência ao resguardar a identidade 
da dama.
E. 	 homem

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